Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Aula 01 (2019) - Pós Comunicação e Saúde
1. Produção em Comunicação e Saúde:
Teoria e Prática
Professor: Wander Veroni
E-mail: wander.veroni@gmail.com
Pós-graduação Lato Sensu em Comunicação e Saúde
AULA 01
OUTUBRO/2019
2. APRESENTAÇÃO
Wander Veroni, 34 anos, é jornalista especializado em mídias sociais e pós-graduando em
“Comunicação e Saúde” pela Escola de Saúde Pública de Minas Gerais (ESP-MG) e pós-
graduado em Rádio e TV pelo UNIBH. É autor do blog Café com Notícias
(www.cafecomnoticias.com). Atua também como Social Media da equipe de
Comunicação Institucional do Grupo Santa Casa BH.
www.santacasabh.org.br
6. Principais funções do Comunicador
PRODUZIR CONTEÚDO INFORMATIVO AUTORAL E RELEVANTE.
PARA QUEM ESTOU FALANDO? QUAL É O PÚBLICO FINAL?
FORTALECIMENTO DA MARCA: PAPEL ESTRATÉGICO NAS ORGANIZAÇÕES PÚBLICAS E
PRIVADAS.
RESPEITAR A DIVERSIDADE EXISTENTE NA SOCIEDADE.
SE PERGUNTAR: QUAL É A FUNÇÃO SOCIAL DA NOTÍCIA?
8. SENSO COMUM X CONHECIMENTO CIENTÍFICO
Modo de pensar da
maioria das pessoas.
Herança cultural, religiosa
ou familiar.
Conhecimento Empírico:
adquirido por vivência
e/ou observação do
mundo.
Achismo.
Sabedoria popular.
Pré-conceito sobre algo.
Conhecimento elaborado
por meio de pesquisas
científicas.
Autores que já
pesquisaram sobre esse
assunto, também
chamado de revisão de
literatura.
Criação de uma nova
pesquisa, seguindo
critérios e metodologias
científicas.
11. Comunicação pública no Brasil e no
mundo
A Comunicação Pública é uma expressão
que se tornou popular, no sentido de
responder um anseio da sociedade, por
uma comunicação mais democrática,
participativa e equânime.
Quando se fala em Comunicação Pública,
grande parte dos autores tratam de apenas
do sistema público de radiodifusão (Rádio
e TV), mas esquecemos que existem
também produções em impresso (revistas,
jornais e periódicos) e, sobretudo, na
internet (site, blog e redes sociais).
Comunicação Pública X Comunicação
Governamental.
Propor debates e dar voz aos assuntos que
não despertam interesse na mídia
comercial.
14. LINK DO VÍDEO: https://www.youtube.com/watch?v=crRvcPlxRRA
15. Somos todos passageiros
no serviço público. O que
importa mesmo, dentro
do nosso trabalho, é o que
fazemos para o
fortalecimento da
instituição
“
”
Ministra Cármen Lúcia
Presidente do Supremo Tribunal Federal e
do Conselho Nacional de Justiça.
17. Democratização
da Mídia
A Comunicação Pública é uma das formas de democratizar
a informação na sociedade e, principalmente, divulgar as
ações do serviço público para a população e como isso irá
impactar a vida do cidadão.
O acesso à informação é fundamental para reduzir
iniquidades e promover transformações sociais necessárias
para a qualidade de vida e o bem-estar mais democrático
das populações.
A comunicação e a informação devem ser pensadas visando
aperfeiçoar o sistema público de saúde e assegurar a
participação dos cidadãos na construção das políticas
públicas da área.
A Comunicação Pública não pode ser tratada como
Marketing Político ou com o mesmo viés da comunicação
feita pela iniciativa privada.
18. COMUNICAÇÃO PÚBLICA NO BRASIL
Financiada pelo Poder Público.
Os Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) possuem veículos próprios
para dar visibilidade às suas respectivas ações.
Deve ser apartidária, não ter pregação religiosa e nem fazer tom promocional,
propagandista ou segregador.
Linha tênue com a Comunicação Política.
Não possui fins comerciais e seu acesso é gratuito.
Não possui preocupação com audiência.
Dar amplo destaque às iniciativas do Poder Público, como programas, ações
sociais ou projetos de pesquisa.
No caso das TVs, Rádios e alguns Periódicos há um Conselho Editorial amplo e
diverso.
Preocupação com as questões de diversidade, representatividade e direitos
humanos.
24. ENTÃO, VAMOS VER O VÍDEO?
Reportagem da Rede Minas, de 23/02/2017, detona o Sistema Único de Saúde
(SUS), valoriza os planos de saúde populares e a terceirização da saúde.
25. COMUNICAÇÃO PÚBLICA NA ÁREA DA SAÚDE
Comunicação baseada nos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS):
Equidade, Integralidade e Equidade.
Informar sobre como se dá a porta de entrada do Usuário do SUS e
quais são as competências de cada ente federativo.
Tem como norte a defesa do SUS e as questões que envolvem a
promoção da saúde dentro da saúde pública brasileira.
Legitimar as ações de saúde pública como ações do SUS.
Dar visibilidade às ações científicas da área da saúde pública.
Dar visibilidade às ações relacionadas à Educação Permanente em Saúde
Pública e Coletiva.
Dar visibilidade aos debates e eventos promovidos pelo Controle Social
(Conselhos Municipais, Estaduais e Nacional de Saúde).
Caráter educativo e/ou informativo a respeito das questões que
envolvem a promoção da saúde (e prevenção de doenças).
29. COMUNICAÇÃO PRIVADA NO BRASIL
Imprensa como
indústria/empresa.
Notícia é vista como
negócio.
A área comercial pode
interferir nas pautas.
No caso das TVs e Rádio,
precisam de concessão
do Governo Federal.
Atende a interesses
comerciais, religiosos ou
ideológicos.
Preocupação com
audiência.
É sustentada pela
publicidade.
Oligopólio da
comunicação.
Desatenta às questões de
representatividade social
e aos direitos humanos.
Denuncia e/ou fiscaliza o
Poder Público.
33. PERIODÍCOS DA SAÚDE
(CADERNOS, REVISTAS CIENTÍFICAS E REVISTAS TÉCNICO-CIENTÍFICAS)
São publicações mensais, semestrais ou
anuais que têm como objetivo dar
visibilidade à produção científica no
âmbito da saúde pública.
Geralmente, estas publicações
possuem um Conselho Editorial que
procura fazer a mediação entre a parte
científica e a jornalística.
A distribuição é gratuita e não visa o
lucro.
Apresenta para o público pesquisas ou
iniciativas científicas relacionadas ao
Sistema Único de Saúde (SUS).
34. PERIODÍCOS DA SAÚDE
(CADERNOS, REVISTAS CIENTÍFICAS E REVISTAS TÉCNICO-CIENTÍFICAS)
Minas Gerais conta com cerca de 350 periódicos, de
instituições públicas (57%) e privadas (36%).
Desses, 47% são editados na Região Metropolitana de
Belo Horizonte, 24% são da área de Ciências Humanas,
seguidas pelas temáticas Multidisciplinar e Ciências
Sociais Aplicadas.
Apenas 5% da área de Ciências Biológicas.
A predominância de tiragem das publicações é de 63%
semestral.
Fonte: Periódicos Minas.
38. Direitos
Humanos na
Saúde
Pública
Em 1999, a Organização das Nações Unidas (ONU)
definiu a Cultura de PAZ como um conjunto de valores e
atitudes baseados no respeito pleno à vida e na promoção
dos direitos humanos para a transformação da realidade
por meio da cidadania e da inclusão social.
A cultura de paz e não-violência busca alternativas e
soluções para estas questões que afligem a humanidade
como um todo, não se foca na questão da violência, muito
menos na linguagem bélica, mas na paz como um estado
social de dignidade onde tudo possa ser preservado e
respeitado.
A Política Nacional de Promoção da Saúde está
intrinsecamente ligada à Cultura de Paz, na medida em
que visa à promoção da equidade e da melhoria das
condições e dos modos de viver, ampliando a
potencialidade da saúde individual e coletiva e reduzindo
vulnerabilidades e riscos à saúde decorrentes dos
determinantes sociais, econômicos, políticos, culturais e
ambientais dos usuários do Sistema Único de Saúde
(SUS).
39. Cultura de paz e
não-violência
Palavras utilizadas na Cultura de Paz (origem mobilizadora):
Enfrentar, eliminar, descartar, alertar, agir, realizar, promover,
interagir, encontrar, conversar, debater, acolher, respeitar, tolerar,
participar, propor, informar, diversidade, pluralidade, igualdade,
socialização/socializar, mobilizar, reunir, amigo, amizade,
solidariedade, união, coletivo, roda de conversa, encontro, público,
público-prioritário, grupo, grupo social, pessoas com câncer,
pessoas com diabetes, pessoas com hanseníase, pessoas com HIV,
etc.
Palavras não utilizadas na Cultura de Paz (origem bélica):
Guerra, arma, agressão/agredir, portador/portadores, adversário,
inimigo, combate/combater, batalha, golpe, luta, matar, assassinar,
massacrar, violentar, brigar, exterminar, atacar, alvo, público-alvo,
alvo atingido, inimigo, inimigo público, etc.
40. REPRESENTATIVIDADE SOCIAL NA MÍDIA
O que são GRUPOS SOCIAIS? De acordo com a Sociologia,
trata-se deum conjunto de pessoas que mantém relações
estáveis com objetivos ou interesses em comum.
Dentro de um grupo social, há também a busca por referências
culturais e de poder simbólico.
41. REPRESENTATIVIDADE
SOCIAL NA MÍDIA
Preocupação em dar visibilidade aos diversos tipos de
representações sociais.
Respeitar o lugar de fala dos grupos sociais e do indivíduo.
Pesquisar quais são as palavras, cores, gestos, costumes ou
símbolos de determinado grupo social para que ele se sinta
acolhido ou representado.
PARIDADE = dar o mesmo espaço de fala ou de decisão.
49. ENTÃO, VAMOS VER O VÍDEO?
Link para assistir no YouTube: https://youtu.be/j7ZDgFxLImI
50. REPRESENTATIVIDADE NA MÍDIA
Projeto Identidade debate representatividade do negro
na mídia brasileira. Foto: Guilherme Silva.
Tarso Brant e Carol Duarte fazem parte do elenco da
novela “A Força do Querer”. Foto: TV Globo.
51. Precisamos falar sobre o racismo recreativo!
Link para assistir no YouTube: https://youtu.be/S9GUshT_Qv0
52. REPRESENTATIVIDADE SOCIAL NA MÍDIA
A falta de espeço para a representação social da diversidade na mídia gera
distorções sobre padrões de beleza, de comportamento e, sobretudo, de
racismo.
54. 1) Produza um texto de no mínimo 15 linhas sobre a atual situação da
comunicação pública no Brasil. Opine sobre o contexto atual e os
principais desafios para a implantação de uma comunicação pública que
não seja apenas estatal, governamental ou política.
2) Escolha um periódico de saúde e faça uma análise desse material. Qual é
a periodicidade? De que forma essa publicação valoriza o SUS ou as
questões ligadas à saúde? Analise a capa e veja se os elementos que a
compõe condizem com o conteúdo apresentado?
3) Na sua avaliação, qual é a importância de se promover a diversidade e a
representatividade na mídia? Por qual motivo você acredita que os meios
de comunicação ainda sentem dificuldade de explorar melhor esse tema
na prática?
EXERCÍCIO // 5 PONTOS