A palavra que explica o fenômeno da contribuição coletiva é “CROWDSOURCING”, e seus impactos estão transformando o modo de criar, planejar e tomar decisões nas empresas.
2. ÍNDICE
Introdução 03
O que é CROWDSOURCING? 05
Tipos de CROWDSOURCING 07
História do CROWDSOURCING 12
A última versão do CROWDSOURCING 14
Áreas que podem aproveitar o CROWDSOURCING 15
Benefícios do CROWDSOURCING 19
Quem já usou o CROWDSOURCING com sucesso 21
Tecnologia para o CROWDSOURCING 24
Revolução do CROWDSOURCING 26
Referências 33
3. 3
A palavra que explica o fenômeno da contribuição coletiva é “CROWDSOURCING”,
e seus impactos estão transformando o modo de criar, planejar e tomar decisões
nas empresas.
Na chamada era do capital humano, as
opiniões e ideias se tornam fontes valiosas de
sabedoria coletiva.
Basta pensar na emergência de movimentos como
a Primavera Árabe, Occupy Movement e Jornadas
de Junho, para perceber que há uma nova forma de
conexão e organização global.
Essa hiperconectividade se tornou possível no
ciberespaço, onde o poder de cada cérebro
humano é somado a milhões de outros por meio
da tecnologia.
O gigantesco “nós” que surge no mundo digital
é muito mais poderoso que qualquer “eu”
singular, superando o individualismo em nome
do progresso coletivo.
O filósofo Pierre Lévy chamou a nova potência de
“inteligência coletiva”, formada pelos laços sociais
baseados em conhecimento que se entrelaçam no
ambiente virtual.
Já o jornalista James Surowiecki cunhou a expressão
“sabedoria das multidões”, priorizando a solução
de problemas por meio de grupos ao invés de
especialistas individuais.
Esses conceitos são aplicados na prática por meio
do CROWDSOURCING, o modelo que transforma
consumidores em produtores e consegue unir
comunidades virtuais inteiras em prol de um
único objetivo.
3
Se “multidão” já
foi um conceito
caótico, hoje é
uma resposta
para o futuro
dos negócios.
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4. 4
Quando esse objetivo é contribuir com ideias,
soluções e conhecimento para uma organização,
qualquer projeto ganha uma força-tarefa de
valor incalculável.
Talvez um dos exemplos mais notórios seja a
Wikipédia, a enciclopédia mais completa do
mundo, criada e mantida a partir das colaborações
espontâneas de 35 milhões de editores cadastrados.
E nos negócios, essa força coletiva está ganhando
cada vez mais espaço.
Como diz o empreendedor e pesquisador
Vivek Wadhwa, “as empresas de hoje precisam
de verdadeiros exércitos de pessoas.”
Mas é necessário interpretar essas vozes.
É exatamente isto que o CROWDSOURCING
proporciona: um grande grupo de pessoas, antes
disforme, trabalhando em conjunto para solucionar
problemas e criar inovações.
Ou seja, as empresas que adotam o
CROWDSOURCING ganham muito mais do que
uma tecnologia ágil.
“Elas ganham milhares de ideias e o aumento
exponencial dos resultados”, resume Campos.
E para que você possa ingressar nessa economia
cooperativa, aberta e criativa, criamos um guia
completo, um verdadeiro manual para ouvir e
interpretar as vozes da multidão e então tomar
decisões assertivas para acelerar o crescimento
da sua empresa.
“Diante desse cenário cada vez mais veloz, torna-se fundamental utilizar novas
maneiras de ouvir os milhares de funcionários, clientes e fornecedores, para que as
estratégias e iniciativas sejam mais eficientes e agreguem mais valor”, diz Kiko Campos,
General Manager da Waggl Brasil.
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5. O que é CROWDSOURCING?
Essa foi a primeira definição de Jeff Howe, o
jornalista que introduziu o termo em um artigo
de 2006 publicado na revista Wired.
No texto, Howe descreve como as empresas
da época estavam começando a aproveitar a
participação coletiva para beneficiar seus negócios.
Mas ele deixa claro em sua frase emblemática: não
é outsourcing (terceirização), é CROWDSOURCING.
Ou seja, esse novo método é muito diferente das
noções tradicionais de terceirização, em que a
empresa simplesmente transfere atividades por
meio de contrato.
A própria palavra CROWDSOURCING é um
neologismo que une crowd (multidão/coletivo)
a source (fonte).
Por essa razão, a tradução mais próxima
para CROWDSOURCING é contribuição ou
colaboração coletiva, obtida por pouca ou
nenhuma remuneração.
Muitas vezes, essa contribuição vem de grupos
indefinidos, de pessoas que podem ser classificadas
como amadoras ou voluntárias.
O primeiro exemplo de CROWDSOURCING utilizado
por Howe foi o da empresa iStockphoto, que
começou como um banco de imagens gratuito
e passou a funcionar como um marketplace
para fotógrafos amadores, recebendo milhões
de contribuições.
CROWDSOURCING é o ato de pegar uma tarefa tradicionalmente desempenhada por um
agente designado (normalmente um funcionário) para um grande grupo de pessoas.
A Wikipédia também é um símbolo da colaboração
massiva, pois foi construída por voluntários e
hoje conta com impressionantes 35 milhões
de editores cadastrados, que produzem e
mantêm conteúdo de qualidade, que rivaliza com
enciclopédias tradicionais.
A partir desses exemplos, podemos identificar
três elementos-chave para o nascimento do
CROWDSOURCING: a “multidão” conectada, a
terceirização e a evolução das comunidades virtuais
na Web 2.0.
Logo, não demorou para que as empresas
percebessem o potencial de multidões de usuários
ávidos por fazer parte de algo maior – e facilmente
conectados em um clique.
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6. 6
No modelo de CROWDSOURCING, grandes grupos
são convidados via web a realizar tarefas ou criar
soluções que antes eram de responsabilidade
das organizações.
Para as empresas, é uma oportunidade de acessar
a sabedoria coletiva e obter ideias inovadoras a
baixo custo.
Para os indivíduos participantes, é uma possibilidade
de participação em um movimento de tomada de
decisões e de obtenção dos benefícios resultantes
dessa produção de conhecimento.
Afinal, a era do conhecimento permite que cada um
tenha uma voz de fato, e cada vez mais o público
quer se envolver diretamente na criação de produtos
e serviços.
Nesse sentido, colaborar ativamente com o
desenvolvimento de soluções para empresas é como
prestar um serviço a si mesmo, garantindo que suas
necessidades sejam atendidas pelo mercado.
Do outro lado, as empresas inteligentes já
aprenderam a lição: forneça o produto que seus
clientes querem, e não o que você acha que
eles precisam.
Da mesma forma, as organizações mais antenadas
estão descobrindo, pouco a pouco, que muitas
das respostas que elas estão buscando já se
encontram dentro de casa, na voz antes inaudível
dos funcionários.
Assim, chegamos à definição mais próxima de
CROWDSOURCING: um modelo de captação
e interpretação da sabedoria coletiva para a
criação de uma solução inalcançável por um
indivíduo isoladamente.
Esse formato só é possível graças à difusão da
internet na era do capital humano, pois estamos
lidando com indivíduos mais informados e críticos,
enquanto as transformações digitais se encarregam
de conectá-los globalmente.
Então surge a questão: como extrair
o poder máximo dessas multidões
de colaboradores?
A verdade é que não há um modelo ou formato único
para o CROWDSOURCING, pois é o conhecimento
e compartilhamento que decidem os rumos
do processo.
Como o próprio Howe escreve em seu livro
CROWDSOURCING: Why the power of the crowd is driving
the future of business (Crown Publishing Group, 2008) ,
“a melhor estratégia é a improvisação inteligente”.
Ao longo deste guia, teremos cases e insights valiosos
para inspirar você na aplicação do CROWDSOURCING.
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7. 7
Tipos de
CROWDSOURCING
Para além de CROWDSOURCING, você já deve
ter se deparado com termos como crowdfunding,
crowdcompetition, crowdvoting e inúmeras variações
que disputam o posto de buzzword do momento.
Essas palavras se referem a diferentes aplicações de
CROWDSOURCING, que vêm evoluindo a partir da
mesma concepção básica.
De olho nessas transformações, o pesquisador John
Prpić, autor da Teoria do Crowd Capital, classificou os
principais tipos de CROWDSOURCING no artigo The
Fundamentals of Policy CROWDSOURCING (2014).
De acordo com o autor, há quatro tipos de
CROWDSOURCING, identificados com base em duas
dimensões: o tipo de contribuição dos membros do
grupo e como a organização processa esse conteúdo.
No que tange à contribuição, a empresa pode
receber colaborações mais objetivas, como o
cumprimento de tarefas, ou opiniões subjetivas
que agregam valor de outra forma, como votações
e cocriações.
Já na etapa do processamento, a empresa pode
filtrar as contribuições para escolher as mais
valiosas ou simplesmente agregar todas as opiniões
para criar uma solução completa.
A partir da contribuição objetiva ou subjetiva e
processo de agregação ou triagem, temos os
quatro tipos de CROWDSOURCING:
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8. 8
MICROTASK
CROWDSOURCING
realização coletiva
de tarefa específica
(objetivo, agregação)
IDEA CROWDSOURCING
proposta, criação e design
coletivo (subjetivo, triagem)
SOLUTION CROWDSOURCING
desenvolvimento coletivo de
soluções (objetivo, triagem).
CROWDVOTING
votações e feedbacks coletivos
(subjetivo, agregação)
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9. 9
Assim, uma votação para escolher o melhor anúncio
é uma ação de crowdvoting, enquanto um projeto de
dicionário que aceita verbetes de voluntários é um
tipo de microtask CROWDSOURCING.
Se a contribuição for um vídeo, imagem ou conteúdo,
temos um caso de idea CROWDSOURCING.
Por fim, se a empresa solicita colaborações para
desenvolver um produto ou serviço, podemos falar
em solution CROWDSOURCING.
Essas definições, na prática, dialogam com o
mesmo conceito e, muitas vezes, se sobrepõem.
Uma empresa de bebidas pode consultar seus
funcionários para identificar oportunidades de
melhorias no controle de qualidade da produção.
Nesse caso, estamos falando de um possível híbrido
entre crowdvoting e solution CROWDSOURCING,
já que é possível trabalhar com alternativas
predefinidas para votação e com espaço para
sugestões de autoria dos colaboradores.
A consultoria Deloitte foi além e trouxe mais
categorias de CROWDSOURCING em seu relatório
The three billion: enterprise CROWDSOURCING and the
growing fragmentation of work.
O estudo foi lançado em 2016 e sugere dez tipos
de abordagens para aplicar o CROWDSOURCING,
de acordo com as necessidades da empresa.
Vamos conhecer alguns deles:
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10. CROWD COLLABORATION
os membros de uma organização
colaboram na busca por soluções
em diferentes âmbitos, como
na plataforma Waggl
CROWD COMPETITION
os membros do grupo
competem entre si para criar a
melhor solução e receber uma
recompensa, como no
site InnoCentive
CROWDFUNDING
pessoas viabilizam projetos
em que acreditam por meio
do financiamento coletivo
de plataformas como
Kickstarter e Catarse.
CROWD CURATION
usuários realizam a curadoria
coletiva de artigos, obras,
conteúdos e recursos, como
na Wikipédia e no
próprio Linux
CROWD PROCESSING
os usuários participam
de modo passivo do
processamento coletivo,
como no caso das caixas
de diálogo reCAPTCHA
CROWD LABOUR
os usuários realizam
microtarefas que podem
exigir qualificação ou não,
como na consultoria Wikistrat
e plataforma de tradução
Lionbridge
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11. 11
Esse é apenas um resumo dos modelos de
CROWDSOURCING que têm ajudado empresas
a desenvolver produtos e serviços, captar ideias,
cumprir tarefas repetitivas e obter feedback em
dimensões colossais.
Com o CROWDSOURCING, é possível mobilizar
multidões para projetos que vão desde
a transcrição de manuscritos dos colegas de
Shakespeare até a criação de sistemas inteligentes
para prevenção de doenças cardíacas.
As possibilidades de utilizar a inteligência coletiva
são inúmeras, ainda mais em um mundo com 4,2
bilhões de internautas e 3,4 bilhões de usuários de
redes sociais, segundo dados de 2018 do Statista.
Assim, conceitos como a inovação aberta e
economia compartilhada estão ditando o
ritmo dos negócios e criando o futuro do
protagonismo humano.
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12. 12
História do
CROWDSOURCING
O termo CROWDSOURCING pode ter aparecido
somente em 2006 com o artigo de Howe, mas a
história da sabedoria coletiva é tão antiga quanto
a própria humanidade.
Em todas as épocas, os líderes recorreram às
multidões para solucionar desafios que pareciam
impossíveis até para as mentes mais brilhantes.
Em 1714, por exemplo, o governo britânico lançou
o “Prêmio Longitude”, oferecendo uma recompensa
de 20 mil libras (hoje equivalentes a 2,5 milhões)
para quem inventasse um método para determinar
a posição de um navio no oceano.
Cientistas do nível de Isaac Newton e Edmond
Halley haviam falhado na missão, mas o relojoeiro
John Harrison levou o prêmio com seu “cronômetro
marinho” (um relógio de bolso altamente preciso e
selado a vácuo).
Outro exemplo histórico memorável é o Dicionário
Oxford, que foi organizado por 800 voluntários
em 1884.
Os concursos de logotipos também são modelos
de CROWDSOURCING famosos, que já decidiram
a identidade visual de marcas como Mr. Peanut
(1916) e Toyota (1936).
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13. 13
Mas foi o novo milênio que marcou o advento do
CROWDSOURCING como o conhecemos, com o
nascimento de plataformas como iStockPhoto,
Wikipédia, Threadless e YouTube.
Hoje, existem milhares de plataformas de
CROWDSOURCING segmentadas em produção de
conteúdo, causas sociais, desafios de inovação,
microtarefas, competições de design e avaliação de
produtos e serviços.
Se o objetivo é ter um novo logotipo, basta incluir
o projeto no Designhill, ou mesmo ter um produto
recriado do zero com o RedesignMe.
Para testar a usabilidade de um software, é só
recorrer aos usuários do uTest, enquanto qualquer
freelancer pode ser encontrado rapidamente no
Amazon’s Mechanical Turk.
Os exemplos mais icônicos atualmente são
aplicativos como Uber e Airbnb, que alcançaram o
sucesso mundial aplicando o CROWDSOURCING à
economia compartilhada.
Se antes o monopólio dos transportes pertencia
aos táxis, hoje qualquer pessoa pode oferecer
e solicitar caronas particulares por meio de um
aplicativo.
Do mesmo modo, o domínio da hospedagem não
pertence mais às redes hoteleiras, passando a ser
compartilhado no modelo de negócio “peer-to-
peer” (par-a-par ou de igual para igual).
O fundador da CROWDSOURCING Week, Epi Ludvik,
acredita que o futuro é “humanocêntrico” e que
o CROWDSOURCING está mudando a realidade
econômica, política e cultural.
Em entrevista à Entrepreneur, o CEO prevê
um mundo movido pelo CROWDSOURCING,
crowdfunding, colaboração e inovação aberta, em
que a descentralização será fundamental para
acelerar a economia.
“Nas próximas
décadas, o
CROWDSOURCING
será o novo
DNA da sociedade
no mundo físico
e digital”, afirma
Ludvik, CEO of
Crowdsourcing
Week.
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14. 14
Desde a definição de Jeff Howe, o conceito de
CROWDSOURCING já ganhou novos contornos e
evoluiu junto com a tecnologia.
Segundo o professor Jan Kietzmann da London
School of Economics, esta é a definição mais atual
de CROWDSOURCING:
“O uso do TI para terceirizar
qualquer função a uma população
de atores humanos e não-humanos
estrategicamente definida, no formato
de chamada aberta/convite público.”
Em seu artigo CROWDSOURCING: A revised definition
and introduction to new research (Business Horizons,
2016), o pesquisador descreve as principais
mudanças que levaram à nova concepção.
Um dos pontos centrais é que o CROWDSOURCING
não se refere mais a “tarefas que antes eram
desempenhadas por funcionários”, pois o modelo
está sendo usado para funções totalmente novas,
que as empresas sequer consideravam.
Se antes o os grupos de pessoas eram “indefinidos”,
hoje eles são escolhidos a dedo, com o auxílio
de plataformas e redes sociais que segmentam
os públicos.
Além disso, o CROWDSOURCING deixou de ser
exclusivamente externo e passou a incluir esforços
internos, combinando a atuação de colaboradores e
grupos virtuais.
E, finalmente, o modelo colaborativo não se restringe
mais a seres humanos, pois várias iniciativas já
incluem a inteligência artificial em sua estratégia.
Logo, percebemos que a tecnologia é o meio essencial
do CROWDSOURCING, e que as máquinas estão
assumindo seu papel no modelo de negócio do futuro.
A última versão do CROWDSOURCING
Como consequência, as possibilidades de engajar
multidões e sistemas em torno de um objetivo
comum foram ampliadas, seja para solucionar
problemas ou inovar.
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15. 15
O CROWDSOURCING emergiu da internet para
impactar o ambiente de trabalho em empresas de
todos os portes e segmentos.
Prova disso é que 85% das maiores marcas do
mundo (Best Global Brands da Interbrand) usaram
o CROWDSOURCING nos últimos anos, de acordo
com o estudo The State of CROWDSOURCING in 2015,
da eYeka.
O potencial de mudança atravessa todas as áreas
corporativas, como vamos te mostrar agora:
Áreas que podem
aproveitar o
CROWDSOURCING
QUALIDADE
RH
MARKETING
GESTÃO
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16. 16
RH
O RH estratégico já entendeu que as pessoas são o
ativo mais importante da empresa, e que o capital
humano é o diferencial competitivo do século 21.
Com o CROWDSOURCING, o poder de engajar,
motivar e mobilizar pessoas pelos objetivos do
negócio é elevado a proporções antes inimagináveis.
Uma pesquisa da Timesjobs, de 2012, revelou
que 57% das empresas já haviam utilizado
o CROWDSOURCING em seus processos de
recrutamento e seleção.
Dessas empresas, 60% ficaram satisfeitas com o
resultado e enfatizaram a eficiência, custo-benefício
vantajoso e aumento do engajamento.
Basicamente, o CROWDSOURCING permite que as
empresas disponham de uma força de trabalho
distribuída globalmente, fragmentando seus
projetos em pequenas tarefas que podem ser
cumpridas por grupos de profissionais qualificados
e comprometidos.
Assim, além de contar com sua própria fonte de
talentos interna, a empresa agrega colaboradores
online que jamais alcançaria de outra forma,
contratando freelancers em plataformas como
99designs e Upwork.
Outra opção de recrutamento por CROWDSOURCING
é o uso de plataformas no modelo “Split-fee”, onde
recrutadores do mundo todo recebem comissões
para selecionar profissionais de alto nível.
A Reflik é pioneira nesse modelo de aquisição de
talentos, pois disponibiliza uma grande rede de
recrutadores independentes e dispostos a caçar
currículos excepcionais de acordo com a vaga.
E as inovações não param por aí: o
CROWDSOURCING também ajuda o RH a
promover o engajamento interno, melhorar o clima
organizacional e consultar os colaboradores para
encontrar soluções para a empresa.
Afinal, é preciso ouvir a voz dos colaboradores e
analisar seus feedbacks para construir o ambiente de
trabalho ideal.
Como benefício, a produtividade pode aumentar
em até 25% com a melhora da comunicação e
colaboração, segundo uma pesquisa do McKinsey
Global Institute (2012).
Além de tudo, o CROWDSOURCING também está
inovando a gestão de competências, substituindo os
ciclos de avaliação por feedbacks mais constantes e
ampla participação dos colaboradores.
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17. 17
MARKETING
A regra de ouro do CROWDSOURCING no marketing
é a seguinte: “As boas ideias podem vir de
qualquer lugar”.
Não à toa, as empresas vêm usando as multidões
para criar marcas, identidades visuais, anúncios,
conteúdos e promoções.
O uso do CROWDSOURCING na área de marketing
e comunicação aumentou 38% entre 2015 e 2016,
representando uma fatia de 34% do mercado,
segundo o estudo The Age of Ideation: the state of
CROWDSOURCING in 2017, da eYeka.
A pesquisa também aponta para o crescimento do
CROWDSOURCING criativo, que inclui a contribuição
coletiva de ideias, inovações e produção de conteúdo.
Um case famoso que ilustra o poder do
CROWDSOURCING no marketing é a campanha
da Doritos no campeonato publicitário Crash the
Super Bowl.
A competição é realizada anualmente no maior
evento esportivo dos EUA, onde o público escolhe o
melhor anúncio e grandes marcas se esforçam para
produzir vídeos memoráveis.
Desde 2006, a PepsiCo adotou uma estratégia de
CROWDSOURCING para alavancar seus comerciais,
solicitando que os próprios fãs enviem seus anúncios
para a marca Doritos.
Mais de 36 mil participações foram enviadas nos
primeiros 10 anos, e muitas criações acabaram
atingindo o top 10 do ranking de anúncios do
ano, representando a vontade e a criatividade
do consumidor que se identifica e se engaja com
a marca.
QUALIDADE
A gestão de qualidade tem muito a ganhar com o
CROWDSOURCING, especialmente na área de TI.
No mundo digital, a engenharia de testes é
fundamental para o desenvolvimento de softwares,
aplicativos e ferramentas, e esse trabalho já pode ser
feito por milhares de pessoas ao mesmo tempo.
O chamado crowdsourced testing é uma tendência
crescente nas empresas de tecnologia, pois permite
que a solução seja testada por comunidades virtuais
com alto nível de comprometimento.
Para isso, há plataformas que oferecem desde testes
de usabilidade (UX) feitos por usuários comuns até
testes avançados de segurança e funcionalidade
realizados por profissionais.
Algumas das mais populares são a Rainforest e
Applause, formadas por especialistas digitais que
aceleram o desenvolvimento de softwares nas
empresas e garantem sua qualidade.
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18. 18
GESTÃO
Se antes as decisões importantes eram exclusivas
do alto escalão das empresas, hoje os gestores
estratégicos podem consultar milhares – e até
milhões – de pessoas antes de bater o martelo.
Graças ao CROWDSOURCING e às tecnologias
digitais, é possível obter feedback imediato de
clientes, parceiros, colaboradores e comunidades
virtuais inteiras, agregando informações valiosas à
tomada de decisão.
Com o Big Data, as empresas podem coletar
quantidades inimagináveis de dados para identificar
padrões de comportamento em seus stakeholders.
Mas o CROWDSOURCING vai além: os próprios
indivíduos oferecem respostas voluntariamente,
contribuindo com novas soluções e insights.
E para criar engajamento, a escuta contínua e ativa
das vozes dos colaboradores é essencial, já que
reforça sua confiança nos gestores e na empresa.
Por meio desse método, líderes podem aprender
com seus colaboradores e tornar a organização mais
ágil, capaz de se adaptar rapidamente às mudanças –
critério essencial para sobreviver no mercado.
Assim, é possível coletar ideias para encontrar
oportunidades de melhorias e tomar decisões mais
inteligentes, baseadas em um grande conjunto de
experiências e formações, e não concentradas em
apenas um gestor.
Além disso, o CROWDSOURCING é a solução para
construir uma cultura organizacional sólida, em que
todos compartilham os mesmos valores e desfrutam
da sensação de pertencimento.
“UMA ORGANIZAÇÃO COM ALTO NÍVEL DE ENGAJAMENTO SUPERA AS BARREIRAS DA COLABORAÇÃO
E DA INOVAÇÃO, COMPARTILHA A RESPONSABILIDADE PELOS RESULTADOS E ACELERA AS AÇÕES
ESTRATÉGICAS POR MEIO DA AUTONOMIA E DO PROTAGONISMO”, afirma Kiko Campos.
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19. 19
ACESSO À SABEDORIA COLETIVA
O CROWDSOURCING é o portal de acesso das
empresas à sabedoria das multidões, que pode ser
muito mais poderosa do que um grupo limitado
de talentos.
Assim, o tamanho, da empresa, seu número de
colaboradores e recursos disponíveis não são mais
fatores limitantes para a descoberta e aplicação
de conhecimento.
Pelo contrário: as empresas ganharam acesso
irrestrito à inteligência coletiva, com fluxos
intermináveis de ideias diversas e criação de valor.
AQUISIÇÃO DE TALENTOS EM MASSA
Em tempos de escassez de talentos, o
CROWDSOURCING permite que as empresas
alcancem uma nova dimensão em busca das
competências necessárias aos seus objetivos.
Para além dos colaboradores internos, há um
universo de talentos lá fora que pode ser acionado
para trazer novas soluções, seja para tarefas simples
ou complexas.
Basta uma plataforma online para conectar
profissionais qualificados às atividades da empresa,
com o bônus de engajamento que só a contribuição
coletiva pode oferecer.
O ecossistema do CROWDSOURCING é relativamente jovem, mas já apresenta
um impacto disruptivo com inúmeros benefícios para as organizações. Vamos
conhecer as principais vantagens de aderir ao modelo de negócio das multidões:
Benefícios do
CROWDSOURCING
CUSTO-BENEFÍCIO SUPERIOR
Embora a redução de custos não seja o principal
objetivo do CROWDSOURCING, as empresas que
utilizam o modelo têm evidenciado seu custo-
benefício vantajoso.
Afinal, ainda é muito mais econômico recompensar
os indivíduos que contribuem do que adquirir
o mesmo serviço ou informação de empresas
terceirizadas, consultorias e agências.
No entanto, não podemos confundir
CROWDSOURCING com mão de obra barata, pois
as empresas que conduzem as ações agem como
membros da comunidade e devem satisfações – e
compensações – aos colaboradores de cada projeto.
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20. 20
AGILIDADE PARA VENCER
O modelo de CROWDSOURCING é capaz de reunir
grupos em torno de um objetivo comum por meio da
conectividade, criando um ambiente de cooperação,
coletivismo e proximidade.
Quando o grupo são os colaboradores e o objetivo
é crescer junto com a empresa, os processos se
tornam mais ágeis do que nunca.
Assim, a empresa se torna capvaz de reagir
rapidamente às mudanças e se adaptar a qualquer
cenário, na velocidade exigida pelos novos tempos.
ENGAJAMENTO INTERNO E EXTERNO
Um dos pontos centrais do CROWDSOURCING é
seu poder de engajar clientes, colaboradores e
demais públicos estratégicos por meio da sensação
de pertencimento.
Os consumidores se tornam muito mais leais à marca
quando participam de suas atividades, contribuindo e
cocriando soluções.
Já os colaboradores se sentem motivados e
dispostos a unir forças pela empresa, pois recebem
estímulos constantes para aprender, melhorar e
compartilhar informações.
OTIMIZAÇÃO DE TAREFAS
Há uma infinidade de microtarefas esperando para
serem delegadas às multidões, liberando espaço
para que a empresa foque em suas atividades
estratégicas.
Com o avanço das plataformas de
CROWDSOURCING, está cada vez mais fácil e seguro
terceirizar tarefas para a multidão, com garantia de
qualidade e comprometimento dos freelancers.
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21. 21
Com o advento do CROWDSOURCING, milhares de empresas já aplicaram o modelo e
provaram que é possível explorar a inteligência coletiva. Acompanhe alguns cases de sucesso:
Quem já adotou
CROWDSOURCING com sucesso
A Univar é uma empresa líder na distribuição de
produtos químicos e ingredientes, com insumos
presentes em produtos como bebidas funcionais,
filtros de proteção e óleos lubrificantes.
Para se tornar mais competitiva, a empresa
investiu na saúde de suas conexões, aplicando
o CROWDSOURCING na comunicação e gestão
de pessoas.
A ferramenta escolhida foi uma plataforma capaz
de coletar feedbacks de clientes em tempo real
e superar os antigos métodos de pesquisa de
satisfação, garantindo o aprimoramento contínuo de
produtos e processos.
Com o sucesso da iniciativa, o CROWDSOURCING
foi estendido aos colaboradores, que passaram
a contribuir diretamente com a melhora dos
treinamentos, eventos e atividades do RH.
A Heineken USA usou o CROWDSOURCING para
se aproximar de seus colaboradores e desenvolver
estratégias de inclusão e diversidade na força
de trabalho.
A empresa começou investindo no empoderamento
feminino e aumento da representatividade, mas
precisava alcançar mais de 8 mil colaboradores para
estabelecer uma política realmente inclusiva.
Para isso, utilizou a mesma plataforma da Univar
para se conectar rapidamente ao público interno
e receber feedbacks constantemente, perguntando
diretamente aos interessados o que eles queriam
da empresa.
O resultado foi a criação de um Conselho de
Diversidade e Inclusão embasado nos três pilares
fundamentais da estratégia: pessoas, comunidades
e cultura.
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22. 22
A plataforma “My Starbucks Idea” foi criada em
2008 como uma das estratégias pioneiras de
CROWDSOURCING, antes mesmo que o Starbucks
aderisse às redes sociais.
O site era simples, mas extremamente eficaz, pois
permitia que os clientes publicassem sugestões e
avaliassem as ideias de outros usuários.
Como resultado, a plataforma atraiu mais de 150
mil sugestões e 277 ideias foram implementadas
pelo Starbucks.
De forma semelhante ao Starbucks, a Lego criou seu
próprio “Lego Ideas”, no qual os usuários podem
enviar ideias para produtos novos e participar de
competições de inovação.
Os desafios vão desde construções inspiradas em
filmes até máquinas futuristas feitas somente com
peças de Lego.
Os donos das melhores ideias são recompensados
com participação nas vendas e prêmios em dinheiro.
O portal Unilever Foundry é um marco da evolução
do CROWDSOURCING, pois consiste em uma
plataforma para contribuição coletiva entre startups e
empreendedores criativos do mundo todo.
Por meio do site, é possível submeter projetos para
concorrer a investimentos e parcerias com marcas
da Unilever, dentro das áreas de inovação digital,
tecnologia sustentável, marketing e desenvolvimento
de produtos.
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23. 23
O já citado Amazon Mechanical Turk é a plataforma
de CROWDSOURCING da Amazon que disponibiliza
um gigantesco marketplace de profissionais para
“bicos virtuais”.
Os usuários da plataforma estão dispostos a assumir
tarefas que as máquinas ainda não conseguem fazer,
que vão desde o preenchimento de formulários até
pesquisas de opinião e moderação de conteúdo.
A Procter & Gamble é a empresa campeã no ranking
de marcas que mais utilizam o CROWDSOURCING, de
acordo com o estudo da eYeka.
A empresa conta com sua plataforma de inovação
própria, a Connect + Develop, e conta com a
contribuição externa dos usuários em mais de 50%
de seus produtos.
Não surpreende que a empresa tenha cortado
US$ 400 milhões da verba de marketing em 2018,
conforme anunciado pelo CEO David Taylor na Meio
& Mensagem.
Nas palavras dele, “a P&G poderá cortar até 80% de
suas agências e passar a trabalhar de uma maneira
mais open source” – incluindo o uso das plataformas
CROWDSOURCING.
No Brasil, a Goodyear é um bom exemplo de
CROWDSOURCING para a busca de soluções para
problemas e amparo para a tomada de decisões.
Em 2018, com apoio da Waggl Brasil, a organização
começou a ouvir seus colaboradores e líderes para, a
partir de suas ideias, criar iniciativas e projetos para
alavancar diferentes focos organizacionais.
Além dos resultados financeiros gerados
para o negócio, um benefício importante foi a
reconfiguração da empresa para o desenvolvimento
das pessoas por meio da solução de problemas.
Com um diálogo aberto em todos os níveis, esse tipo
de aprendizado oferece ganhos significativos para
uma cultura sustentável de gestão.
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A tecnologia é o meio fundamental do CROWDSOURCING, e cada avanço abre
novos caminhos para o desenvolvimento da contribuição coletiva.
Tecnologia para o
CROWDSOURCING
Apesar do crescimento expressivo do
CROWDSOURCING nos últimos anos, alguns
problemas começaram a surgir com a consolidação
das plataformas.
As empresas têm enfrentado desafios para manter
a qualidade, controlar os movimentos das multidões
e garantir a confidencialidade necessária, além de
assegurar o comprometimento dos usuários.
É aí que entra o papel das máquinas, como
mencionamos lá no início.
Já utilizamos tecnologias como o mobile, cloud
computing e redes sociais, mas é preciso dar um
passo adiante.
Para que o CROWDSOURCING chegue ao próximo
nível, precisamos de soluções tecnológicas
capazes de integrar dados complexos às
contribuições humanas.
A solução está no raciocínio humano aplicado às
máquinas: a inteligência artificial ou IA.
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O site Figure Eight oferece algoritmos
poderosos que funcionam a partir
do machine learning, ou seja, são
capazes de aprender conforme
acumulam dados.
Por meio da plataforma, é possível
transformar conteúdos em texto,
imagem e áudio em dados de
alta qualidade.
Esses dados podem então ser
aplicados a projetos de veículos
autônomos, processamento de
linguagem natural, desenvolvimento de
chatbots e muito mais
Assim, fica mais fácil filtrar a grande
quantidade de conteúdo que
o CROWDSOURCING gera para
as empresas.
A ferramenta Wire Wax é uma das
pioneiras em utilizar a inteligência
artificial para detectar elementos
em vídeos.
A empresa oferece a criação de
vídeos interativos personalizados
e tecnologias capazes de mapear
recursos nos arquivos, criando
campanhas altamente eficientes.
Esse tipo de algoritmo pode
impactar diretamente as ações
de CROWDSOURCING, tornando
a produção de conteúdo coletiva
muito mais confiável.
A plataforma Republic Systems utiliza
a inteligência artificial para mensurar
a popularidade das plataformas de
CROWDSOURCING existentes.
A missão do algoritmo é identificar
a plataforma certa para o projeto da
empresa, levando em conta critérios
como perfil de usuários, riscos
potenciais e objetivos da campanha.
Além disso, a empresa oferece
a criação de um plano de
CROWDSOURCING completo baseado
em insights obtidos por computadores.
Uma das ferramentas de IA mais
populares é o IBM Watson, o
supercomputador da IBM que promete
auxiliar empresas a construírem
sistemas cognitivos para melhorar seus
processos e interações.
O serviço inclui funções como o
reconhecimento e análise de vídeos e
imagem, interação por voz, leitura de
textos e criação de assistentes virtuais.
O sistema tem potencial para substituir
as trabalhosas análises subjetivas que
precisam ser conduzidas em materiais
de CROWDSOURCING, aumentando a
confiabilidade do modelo.
Conheça algumas das ferramentas disponíveis para aprimorar o CROWDSOURCING:
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Revolução do
CROWDSOURCING
A revolução do CROWDSOURCING está acontecendo aqui e agora, mas o amanhã
pode ser ainda mais promissor.
Para o fundador da CROWDSOURCING Week, o
modelo colaborativo tem o poder de mudar o mindset
da economia global.
Se hoje o mundo opera a partir de uma lógica de
escassez e medo, no futuro estaremos focados no
bem-estar e realização humana, pelo simples fato de
ouvirmos a multidão.
Já o CEO da plataforma e.Republic, Dustin Haisler,
acredita que evoluiremos para um modelo de
negócio 100% baseado em CROWDSOURCING.
Em seu artigo The Future of CROWDSOURCING
para a Wired, ele imagina o processo ideal para uma
empresa totalmente aberta:
Um problema é identificado
Soluções potenciais são elencadas
A melhor solução é desenvolvida pela
multidão por meio de microtarefas
O grupo lança a solução finalizada
A solução é implementada usando a
distribuição da própria multidão
A solução é validada por meio de
feedbacks e análises em tempo real.
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Enquanto isso, o professor da Harvard Business
School Karim Lakhani revela os resultados
impressionantes de sua pesquisa sobre
CROWDSOURCING: 90% dos processos de
contribuição coletiva são concluídos com sucesso.
Em entrevista à revista Digital Initiative, ele explica
que o segredo do CROWDSOURCING está em
encontrar o grupo certo de pessoas, tornar o
trabalho significativo para elas e administrar
os estímulos para que continuem interessadas
nos projetos.
Em suas palavras, “SE VOCÊ OFERECER UM
TRABALHO COM PROPÓSITO, ELE SERÁ FEITO”.
Isso porque a democratização das ferramentas de
produção combinada à explosão da internet criou
exércitos de pessoas dispostas a contribuir com
ideias em que acreditam.
Mas, para Lakhani, o obstáculo para o crescimento
do CROWDSOURCING está nas empresas, e não
nas pessoas.
Em sua pesquisa, ele descobriu que a maior
dificuldade é alimentar a multidão com desafios
constantes, atrativos o suficiente para manter a
construção coletiva.
Ao mesmo tempo, as empresas ainda relutam em
confiar seus problemas internos aos “estranhos”,
pois sentem que estão perdendo o controle sobre
suas atividades.
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Mas Lakhani é categórico ao afirmar: se as empresas
quiserem aproveitar o potencial das multidões,
terão que abrir mão da concentração total do
poder decisório.
É o que também aponta Kiko Campos: “O MODELO
ORGANIZACIONAL VERTICAL E CENTRADO
EM COMANDO E CONTROLE DÁ LUGAR PARA
UM MODELO DESCENTRALIZADO, NO QUAL
A COLABORAÇÃO É O PRINCIPAL ELEMENTO,
QUE PERMITE AS RUPTURAS NECESSÁRIAS PARA
ATINGIR O MELHOR DESEMPENHO”.
Os especialistas concordam que nem todas
as empresas estão prontas para o futuro do
CROWDSOURCING, e que precisam de ajuda na
transição para esse novo mindset.
Em relação às inseguranças, a tecnologia pode
ajudar a corrigir os erros que ainda causam receio
em empresários.
Com o big data, machine learning e inteligência
artificial no horizonte, as máquinas vão fazer o
trabalho de triagem e análise de dados, evitando que
as empresas se percam na multidão.
Se hoje ainda há problemas com materiais de
baixa qualidade, falta de engajamento e excesso
de burocracia no controle dos projetos, logo
teremos soluções para confiar plenamente
no CROWDSOURCING.
O CEO da Wikistrat Shay Hershkovitz chama esse
novo patamar de conhecimento de “Big Knowledge”,
em referência ao Big Data.
Em artigo publicado no The Hill, ele afirma que o
destino do CROWDSOURCING está na integração
entre humanos e máquinas.
Com esse aglomerado de insights e constelações de
dados processados por algoritmos, a informação
estará finalmente sob controle, e não haverá limites
para a expansão do CROWDSOURCING.
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29. O CROWDSOURCING Summit é um evento realizado
pela Waggl (startup originária do Vale do Silício,
de operação recente no Brasil) com o objetivo de
apresentar o conceito de CROWDSOURCING e sua
aplicação ao RH.
Em 2018, o evento foi realizado na InovaBra, o espaço
de coinovação do Bradesco destinado à geração de
negócios baseados em tecnologias disruptivas.
Apesar do mercado consolidado no exterior, o
CROWDSOURCING ainda está dando seus primeiros
passos no Brasil — daí a necessidade de contextualizar
o modelo em um ambiente de inovação.
Além disso, as empresas anseiam por soluções
eficientes para superar o desengajamento dos
funcionários, aumentar a agilidade dos processos e
reforçar a assertividade na tomada de decisões.
E é justamente isso que a Waggl tem a oferecer, como
veremos a seguir.
CROWDSOURCING Summit
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Em resumo, trata-se de um novo conceito de
plataforma de CROWDSOURCING.
A proposta é que os líderes tomem decisões
baseadas na coleta de informações rápida e contínua,
capaz de extrair ideias de grandes grupos com a
precisão de um grupo focal.
Diferente de uma pesquisa tradicional, a plataforma
Waggl utiliza um algoritmo avançado que incentiva os
participantes a votarem entre duas respostas abertas
em sucessão.
A PLATAFORMA WAGGL é uma solução inovadora que dá voz ao coletivo,
captando ideias, opiniões e mudanças em todos os lugares e níveis da organização.
Com a garantia do anonimato, todos compartilham
suas opiniões reais e aumentam a confiabilidade
no sistema, proporcionando insights valiosos para a
empresa.
Para alcançar esses resultados, a Waggl utiliza um
conceito de “Pulso”, derivado do inglês “take a pulse”.
Assim, as longas pesquisas periódicas que pouco
contribuem com a estratégia da empresa são
substituídas por calendários de pulsos, que são
mensurações dinâmicas e constantes feitas por meio
de perguntas ativas.
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Com os relatórios do Waggl, os gestores podem
analisar os pulsos, identificar padrões e acompanhar
as tendências entre clientes e colaboradores.
Os resultados são a melhora da comunicação e
engajamento, consolidação da cultura organizacional,
melhores experiências de aprendizagem e obtenção
de dados precisos sobre a opinião do público.
No fim das contas, é fácil constatar que precisamos
ouvir mais as pessoas, mas colocar isso em
prática exige a interligação de grandes grupos e a
interpretação de volumes gigantescos de dados.
É isto que a Waggl oferece: a mediação tecnológica
perfeita para compartilhar saberes coletivos.
“COM O USO DA TECNOLOGIA, AJUDAMOS
NOSSOS CLIENTES A CRIAR ESTRATÉGIAS QUE
TORNEM O AMBIENTE DE TRABALHO MAIS
HUMANO”, explica Kiko Campos, General Manager
da Waggl Brasil.
O próprio nome vem do ritual que as abelhas praticam
em forma de dança (waggle dance), responsável pela
sinergia do trabalho em equipe na colmeia.
Nós não temos formas de comunicação tão
complexas e eficazes como a desses insetos, mas
podemos alcançar resultados transformadores com a
inteligência coletiva.
Nesse cenário, o papel da empresa é viabilizar a
cooperação e união dos grupos por um objetivo
comum, potencializando a sabedoria das multidões.
Porque quando as pessoas são o foco, a motivação e
alta performance são consequências naturais.
E se nós queremos um mundo de apoio mútuo
forjado no CROWDSOURCING, precisamos tornar o
trabalho mais humano.
Nas palavras de Pierre Lévy, nós teremos “uma
inteligência distribuída por toda a parte, incessantemente
valorizada, coordenada em tempo real, que resulta em
uma mobilização efetiva das competências.”
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32. VOCÊ PODE COMEÇAR
ESSA REVOLUÇÃO AGORA
MESMO, ACREDITANDO
NA FORÇA DOS GRUPOS
E TRILHANDO O CAMINHO
DO SUCESSO POR MEIO
DA COOPERAÇÃO.
32 Voltar ao índice
33. ALSTYNE, Marshall; FIORE, Alessandro; SCHNEIDER, Simon. 4
Mistakes that kill CROWDSOURCING efforts. Harvard Business
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2017. eYeka, 2017.
EYEKA: The State of CROWDSOURCING in 2015: how the world’s
biggest brands and companies are opening up to consumer
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LIBERTY, Barry. We are smarter than me: how to unleash
the power of crowds in your business. New Jersey: Pearson
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CROWDSOURCING: Models, Issues, and Systems of Control.
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from CROWDSOURCING campaigns. Kelley School of Business,
2016.
Referências
33 Voltar ao índice
34. Toda voz merece ser ouvida.
contato@wagglbrasil.com 11 3230.6311 www.wagglbrasil.com