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Trend Briefing

Por Joice Preira – Cool Hunter
Analista de tendências sociocomportamentais, culturais e de consumo.

Sharing Economy: O Compartilhamento é Têndencia de Consumo
“A tendência é evidente: O Acesso vence a possessão. O acesso é melhor que a propriedade.”
Kevin Kelly

Introdução
A economia colaborativa é uma inovação de modelo sócioeconômico e cultural, está
revolucionando os hábitos dos consumidores e empresas, deslocando à fronteira entre público
e privado e, segundo pesquisadores, pode ser considerada a chave para 3° revolução
industrial. O conceito de sharing economy foi eleito pela revista Time como uma das 10 ideias
que vão mudar o mundo1. Produtos passam a ser usados sob a lógica de serviço: O consumidor
paga para usufruir do benefício do objeto por meio de empréstimo, troca, aluguel e
compartilhamento. A tendência também reinventa a forma como as pessoas usam seu tempo e
trocam conhecimento. Tudo impulsionado pela popularização das plataformas digitais

O que impulsiona esta tendência?
O acesso crescente à tecnologia da informação coloca nas pontas dos dedos de todos as
ferramentas necessárias para colaborar2.
Os pontos fundamentais para o fortalecimento da sharing economy estão se fundindo, eles são:




1
2

Torrente de redes sociais e tecnologia em tempo real – onipresença - mudando
fundamentalmente como nos comportamos.
Crença renovada na importância da comunidade.
Recessão global que chocou radicalmente o comportamento dos consumidores e de
empresas.
Preocupações ambientais: Sustentabilidade é a palavra da vez.

Time: http://content.time.com/time/specials/packages/article/0,28804,2059521_2059717_2059710,00.html
TAPSCOTT, Don e WILLIANS, Anthony. Wikinomics: How Mass Collaboration Changes Everething. EUA – 2006.
Empowerment3 é o novo status do consumidor
O poder está na mão dos consumidores, que muitas vezes tem a autonomia de criar o
produto de acordo com seus desejos. A empresa de tendências Trendwatching.com
designou de PRESUMERS o consumidor que tem como perfil o envolvimento, seja
financiando ou promovendo o produto antes que ele exista.

Arte: Edgar Maciel e Tiago Moreno

* 57% dos consumidores estão dispostos a compartilhar informações pessoais adicionais, como sua
localização, nome dos cinco principais amigos no Facebook e informação sobre integrantes da
família, em troca de recompensas financeiras ou melhores serviços. 4

3
4

Trilha Sonora para o status Empowerment: Power to the People http://www.youtube.com/watch?v=RtvlBS4PMF0
PARKER, Colleman. Abril de 2013.
Modelos de Sharing Economy
Mood: Crowd
Crowdfunding: É um

financiamento colaborativo em que o montante é obtido através de
pequenas contribuições efetuadas por um conjunto de investidores. A angariação da verba é
feita segundo um sistema de contrapartidas, no qual o apoio dos investidores implica sempre
algum tipo de retorno. O crowdfunding apresenta outras potencialidades como a avaliação da
ideia de produto no mercado e a obtenção de clientes.

Tik Tok Lunatik
Scott Wilson, ex-designer de relógios da Nike, teve a ideia de
desenhar correntes para transformar os iPod nano em relógios
de pulseira. Os fabricantes de acessórios para os produtos da
Apple não acharam que fosse um investimento atrativo e Scott
recorreu ao crowdfunding. Sua meta era 15 mil dólares, porém o
produto foi tão bem aceito e no prazo estipulado ele alcançou
60 vezes mais o valor inicial, ou seja, 1 milhão de dólares de
encomendas através da plataforma americana Kickstarter.

Crowd Equity:

Também conhecido por Equity Crowdfunding, é o financiamento
colaborativo voltado para starups. Difere de outras plataformas de crowdfunding porque os
projetos apoiados não estão fazendo pré-venda de lançamentos ou dando recompensas e
prêmios aos financiadores: Os investidores dos projetos ganham participações nas empresas.

EuSócio:
Este case é a versão brasileira e parceiro tecnológico do site
britânico Crowdcube5. A plataforma inglesa levantou 12 milhões de
libras desde que foi lançado em 2010, possui 46 mil investidores e
64 projetos em andamento. A plataforma brasileira foi lançada
em agosto de 2013, utiliza a modalidade de financiamento coletivo
com o objetivo de fomentar o crescimento e fortalecimento do
ecossistema de empreendedorismo e inovação no Brasil.6

5
6

Crowdcube: www.crowdcube.com
EuSocio: www.eusocio.com
Crowdsourcing:

O crowdsourcing é um modelo de criação coletiva cuja essência é a
cooperação entre os participantes. Trata-se de uma forma de utilizar a mídia eletrônica para
democratizar o conhecimento. No crowdsourcing fashion, estilistas são encontrados através de
uma rede social que possibilita a interação e assim pessoas do mundo inteiro podem contribuir
fianceiramente, criando uma forma diferente de ligação entre estilista, produto e consumidor.
Designers produzem suas coleções e investidores recebem peças ou participações nos eventos
conforme o valor investido. Um exemplo é a Maison Academia7, um brand Made Italy criado por
estilistas emergentes provenientes de diversos lugares do planeta, as coleções nascem através
de um processo de co criação.

Crowdlearnig:

É o aprendizado colaborativo. O conceito surge apartir da Khan
Academy , ONG que reúne uma biblioteca incrível de cursos online de alta qualidade sobre
todos os assuntos. Com a proliferação dos crowdfundings, esse modelo de aprendizado pegou
emprestada a estrutura de financiamento de um evento para aplicar com uma iniciativa
educacional. No Brasil surgiram iniciativas como o Nós.vc9 e o Cinese.me10.
8

7

Maison Academia: www.maisonacademia.com
Khan Academy: www.khanacademy.org
9
Nós.vc: www.nos.vc/pt
10
Cinese.me: www.cinese.me
8
Mood: Turismo
AirBnB
A prova de a sharing economy é uma tendência
que já movimenta milhões de dólares é o site
AirBnB, no qual os usuários ganham dinheiro
locando quartos ou mesmo apartamentos para
outras pessoas de todo o mundo. A empresa
cobra de 6 a 12% do viajante e 3% do valor da
reserva dos anfitriões. Ao todo são 33 mil
cidades de 192 países que estão cadastradas na
plataforma AirBnB. Apenas em 2013, mais de 3
milhões de pessoas viajaram por esse sistema e, segundo a estimativa, cerca de 600 milhões de
conexões sociais foram estabelecidas. Além disso, este case envolve a interculturalidade,
interação entre as partes e compartilhamento cultural.

Love Home Swap
Já o objetivo do Love Home Swap é aproximar pessoas
dispostas a permutar as próprias casas durante as férias.
Recentemente, a plataforma recebeu a quantia de U$1,28
milhões do fundo de investimento MMC Ventures e um dos
pontos decisivos à disponibilidade do recurso foi os dados de
pesquisas demonstrando que o número de pessoas
interessadas em trocar suas casa no Reino Unido duplicou em
apenas um ano, saltando de 1,6 milhão para 3,2 milhões de
potenciais usuários, comprovando que o consumo
colaborativo tende a ascenção. 11

Couchsurfing
É uma rede social que faz a ponte entre turistas
que querem hospedagem grátis durante uma
viagem e pessoas que gostariam de receber esses
visitantes. Criado em 2003, o site couchsurfing.org
já tem 4 milhões de usuários. A intenção é que o
viajante conheça a cidade baseado na experiência
do seu anfitrião, que deve servir como guia
informal. Definindo o compartilhamento cultural.

11

Love Home Swap: www.lovehomeswap.com
Mood: Compartilhamento de Espaços
Coworking:

Coworking pode ser definido como um estilo de trabalho onde as pessoas
desenvolvem suas atividade em um ambiente compartilhado ainda que de forma
independente, sem qualquer vínculo organizacional, gerando troca de idéias e experiências.

The Hub
Fundado em 2005 em Londres, o Impact Hub é uma
comunidade global de inovadores sociais e hoje
possui mais de 7000 hubbers em 40 espaços de
coworking espalhados por todos os continentes.
O diferencial mais importante desse escritório é
associar a lógica do cotrabalho à inovação e à
sustentabilidade

Piano C
Piano C è um espaço inovativo de coworking localizado
em Milão. Foi criado para mulheres, com filhos ou não, e
homens acompanhados dos filhos. Além do coworking
tradicional o espaço oferece o serviço de cobaby, com
educadoras e baby sitters à disposição das crianças, e
um espaço com cursos para desenvolvimento pessoal. 12

Empresa Colaborativa:

O modelo de loja colaborativa está em expansão. Consiste em
um espaço físico compartilhado, com peças de vários empreendedores independendentes que
locam araras ou boxes da loja.
12

Piano C: www.pianoc.it
Pandorga
É um coletivo de criação de Porto Alegre que
enfatiza a natureza experimental e reúne
atualmente cerca de 24 expositores entre
designers, estilistas e artistas. A estrutura
física que a Pandorga apresenta, valoriza a
individualidade de cada marca participante. O
conceito de coletivo de marcas viabiliza um
novo formato de negócio colaborativo.13

Cohousing: As cohousings surgiram na Dinamarca,

atualmente existem principalmente nos
EUA e na Europa. Uma forte característica das cohousings é seu desenho arquitetônico.
Normalmente elas nascem do zero, com os futuros proprietários dando palpites em todos os
estágios de sua construção – do desenho da planta aos materiais que serão usados. Cada
família tem sua própria casa e algumas peças são compartilhadas: Biblioteca, espaço de lazer,
lavanderia etc. O objetivo é a pratica da sharing economy, os habitantes colaboram entre sí
compartilhando carros, bicicletas, ferramentas entre outras coisas. Na Itália existe uma rede de
cohousing que dá suporte para pessoas interessadas nesta modalidade de habitação.14

Carpooling: É o uso compartilhado em alternância de um carro particular por duas ou mais
pessoas. Em geral, os participantes são proprietários de um automóvel e alternam sua
utilização, economizando assim em despesas de viagem, contribuindo à redução do
congestionamento e diminuindo a poluição atmosférica e a emissão de gases do efeito estufa.

BlaBlaCar
15

A BlaBlaCar é uma comunidade de confiança que junta
condutores com lugares livres com passageiros que viajam
no mesmo sentido. Transporta mais de 700 mil
passageiros todos os meses pela Europa, criando assim os
membros da sua comunidade uma nova e revolucionária
rede de transporte. A BlaBlaCar acabou de ser considerada
uma das 100 empresas mais ecológicas do mundo da lista
anual CleanTech Groups't.

13

Loja Pandorga: www.blog.lojapandorga.com.br
Cohousing Italia: www.cohousingitalia.it
15
BlaBlaCar: www.blablacar.it
14
Mood: Locações
Carsharing:

É uma forma de mobilidade inovadora, que permite alugar um automóvel à
hora, através da internet ou do telefone e tê-lo disponível sem burocracias.

DriveNow
A BMW, MINI e a SIXT fizeram uma parceria e
criaram uma starup que inova a locação de carros
nos EUA e Alemanha. DriveNow é o nome do
serviço de compartilhamento de automóveis e
através de um aplicativo de smartphone o usuário
pode verificar o carro disponível mais próximo da
sua localização. Um chip funciona como chave
eletrônica. Este conceito de mobilidade segue o
lema "entrar e entregar onde quiser". O pagamento
é calculado por minuto, e os custos de combustível
e de estacionamento já estão incluídos.

Zazcar
É a primeira empresa de compartilhamento de carros da
América Latina, localizada na cidade de São Paulo. Os
membros tem acessos a diversos modelos de veículos
espalhados em vários pontos da cidade e a locação pode ser
por hora ou diárias. 16

16

Zazcar: www.zazcar.com.br
Portais de Consumo Colaborativo:17

Descolaaí
É o portal de consumo colaborativo
pioneiro no Brasil.
O site promove
empréstimos, permutas e locações na
modalidade per to per. O funcionamento é
simples: Um sistema de geomarketing
cruza as informações de quem procura um
objeto com o perfil de quem tem esse
objeto. A ideia é apresentar pessoas
próximas, num raio de até 1 quilômetro.
Ambos se encontram na rede, conversam e
fecham o negócio. Existe também uma
seção de serviços. 18

Collaboriamo
É um site, derivado de um livro do mesmo
nome, que reúne todos os serviços
disponíveis da sharing economy italiana. No
total são 260 ofertas de consumo
colaborativo.19

17

http://youtu.be/hTwPucuYC08
Descolaaí: www.decolaai.com
19
Collaboriamo: www.collaboriamo.org
18
Qual é a perspectiva desta tendência para os próximos 10 anos?
Sharing economy é uma tendência de consumo que foi iniciada pela Geração Y – também
chamados de Millennials ou Nativos Digitais - e está sendo absorvida pelas gerações
antecedentes – os Imigrantes Digitais. A Geração Y convive desde de muito cedo com a
tecnologia da informação e as mais variadas plataformas digitais, crescendo assim, habituados
ao compartilhamento. De acordo com The World Factbook, há mais de 1 bilhão de Millennials ao
redor do mundo e a idade média da população mundial atualmente é de 28 anos. A Geração Y
tem um grande poder de influência nos hábitos de consumo das outras gerações, incluindo a
precedente: Geração Z - que portará avante o consumo colaborativo à próxima década. A
sharing economy, caracterizada pelo compartilhamento e colaboração, é a economia 2.0 e o
shift cultural da década, que através da internet tende a ascender em um processo
exponencial, diferentemente da linearidade da economia tradicional. A previsão para os
próximos 10 anos é a consolidação da economia colaborativa – assim como a economia criativa,
economia da experiência, economia da comunhão, green economy, crowd economy20 entre
outros arranjos, até então, não convencionais de produção, distribuição e consumo de bens e
serviços. Uma dinâmica extremamente poderosa, que tem implicações comerciais e culturais
enormes, está em andamento: Os consumidores vão abraçar ainda mais formas de participar
do financiamento e pré lançamento de novos produtos e marcas. Será a migração de
consumidores passivos para criadores|colaboradores altamente capacitados. Só tende
aumentar os comportamentos cooperativos e a mecânica de confiança inerente à estes
sistemas. Surgirão novos modelos de consumo e tecnologia de manufatura de vangarda. O
reital, que já está em transformação, será inovado. Nesse sentido, vale a pena refletir sobre a
frase de Bill Gates: “Daqui a algum tempo só existirão dois tipos de empresas: as que estão na
Internet e as que não estão em lugar algum”. Os sucessos no mercado ao longo dos próximos
dez anos serão aqueles que inovarem para acrescentar valor distinto à experiência do
consumidor. O futuro é o consumo colaborativo e da empresa que cria coletivamente.
Sobre a Weconomy: www.weconomy.it/libro/
O Storytelling aplicado ao ambiente empresarial será cada vez mais transparente e
colaborativo, as empresas criarão suas memórias com participação dos próprios consumidores
que querem ir além das campanhas simples, distantes e de baixo impacto social. A economia
colaborativa é valorizar as possibilidades de interação e esta mesma gerar valor econômico.
Sugestão de livros lançados que traçam um retrato desse movimento:
Mesh: Por que o Futuro dos Negócios é Compartilhar de Lisa Gansky, defende a tese de que a
colaboração entre empreendedores, fornecedores e consumidores irá definir o futuro da
economia — o termo “mesh”, cunhado por ela, significa malha, rede.
What’s Mine is Yours: The Rise of Collaborative Consumption, de Rachel Botsman. “Estamos à
beira de uma revolução que pode mudar o conceito de propriedade” defende a autora. Rachel
divide os negócios do futuro em três grupos: empresas que facilitam o compartilhamento de
um produto; sites que interligam sites de compra e venda de tudo, e negócios ligados ao estilo
de vida colaborativo.

20

Crowd Economy: http://pt.wikipedia.org/wiki/Crowd_economy
Sharing Economy: Tendências de Consumo Colaborativo

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  • 1. Trend Briefing Por Joice Preira – Cool Hunter Analista de tendências sociocomportamentais, culturais e de consumo. Sharing Economy: O Compartilhamento é Têndencia de Consumo “A tendência é evidente: O Acesso vence a possessão. O acesso é melhor que a propriedade.” Kevin Kelly Introdução A economia colaborativa é uma inovação de modelo sócioeconômico e cultural, está revolucionando os hábitos dos consumidores e empresas, deslocando à fronteira entre público e privado e, segundo pesquisadores, pode ser considerada a chave para 3° revolução industrial. O conceito de sharing economy foi eleito pela revista Time como uma das 10 ideias que vão mudar o mundo1. Produtos passam a ser usados sob a lógica de serviço: O consumidor paga para usufruir do benefício do objeto por meio de empréstimo, troca, aluguel e compartilhamento. A tendência também reinventa a forma como as pessoas usam seu tempo e trocam conhecimento. Tudo impulsionado pela popularização das plataformas digitais O que impulsiona esta tendência? O acesso crescente à tecnologia da informação coloca nas pontas dos dedos de todos as ferramentas necessárias para colaborar2. Os pontos fundamentais para o fortalecimento da sharing economy estão se fundindo, eles são:     1 2 Torrente de redes sociais e tecnologia em tempo real – onipresença - mudando fundamentalmente como nos comportamos. Crença renovada na importância da comunidade. Recessão global que chocou radicalmente o comportamento dos consumidores e de empresas. Preocupações ambientais: Sustentabilidade é a palavra da vez. Time: http://content.time.com/time/specials/packages/article/0,28804,2059521_2059717_2059710,00.html TAPSCOTT, Don e WILLIANS, Anthony. Wikinomics: How Mass Collaboration Changes Everething. EUA – 2006.
  • 2. Empowerment3 é o novo status do consumidor O poder está na mão dos consumidores, que muitas vezes tem a autonomia de criar o produto de acordo com seus desejos. A empresa de tendências Trendwatching.com designou de PRESUMERS o consumidor que tem como perfil o envolvimento, seja financiando ou promovendo o produto antes que ele exista. Arte: Edgar Maciel e Tiago Moreno * 57% dos consumidores estão dispostos a compartilhar informações pessoais adicionais, como sua localização, nome dos cinco principais amigos no Facebook e informação sobre integrantes da família, em troca de recompensas financeiras ou melhores serviços. 4 3 4 Trilha Sonora para o status Empowerment: Power to the People http://www.youtube.com/watch?v=RtvlBS4PMF0 PARKER, Colleman. Abril de 2013.
  • 3. Modelos de Sharing Economy Mood: Crowd Crowdfunding: É um financiamento colaborativo em que o montante é obtido através de pequenas contribuições efetuadas por um conjunto de investidores. A angariação da verba é feita segundo um sistema de contrapartidas, no qual o apoio dos investidores implica sempre algum tipo de retorno. O crowdfunding apresenta outras potencialidades como a avaliação da ideia de produto no mercado e a obtenção de clientes. Tik Tok Lunatik Scott Wilson, ex-designer de relógios da Nike, teve a ideia de desenhar correntes para transformar os iPod nano em relógios de pulseira. Os fabricantes de acessórios para os produtos da Apple não acharam que fosse um investimento atrativo e Scott recorreu ao crowdfunding. Sua meta era 15 mil dólares, porém o produto foi tão bem aceito e no prazo estipulado ele alcançou 60 vezes mais o valor inicial, ou seja, 1 milhão de dólares de encomendas através da plataforma americana Kickstarter. Crowd Equity: Também conhecido por Equity Crowdfunding, é o financiamento colaborativo voltado para starups. Difere de outras plataformas de crowdfunding porque os projetos apoiados não estão fazendo pré-venda de lançamentos ou dando recompensas e prêmios aos financiadores: Os investidores dos projetos ganham participações nas empresas. EuSócio: Este case é a versão brasileira e parceiro tecnológico do site britânico Crowdcube5. A plataforma inglesa levantou 12 milhões de libras desde que foi lançado em 2010, possui 46 mil investidores e 64 projetos em andamento. A plataforma brasileira foi lançada em agosto de 2013, utiliza a modalidade de financiamento coletivo com o objetivo de fomentar o crescimento e fortalecimento do ecossistema de empreendedorismo e inovação no Brasil.6 5 6 Crowdcube: www.crowdcube.com EuSocio: www.eusocio.com
  • 4. Crowdsourcing: O crowdsourcing é um modelo de criação coletiva cuja essência é a cooperação entre os participantes. Trata-se de uma forma de utilizar a mídia eletrônica para democratizar o conhecimento. No crowdsourcing fashion, estilistas são encontrados através de uma rede social que possibilita a interação e assim pessoas do mundo inteiro podem contribuir fianceiramente, criando uma forma diferente de ligação entre estilista, produto e consumidor. Designers produzem suas coleções e investidores recebem peças ou participações nos eventos conforme o valor investido. Um exemplo é a Maison Academia7, um brand Made Italy criado por estilistas emergentes provenientes de diversos lugares do planeta, as coleções nascem através de um processo de co criação. Crowdlearnig: É o aprendizado colaborativo. O conceito surge apartir da Khan Academy , ONG que reúne uma biblioteca incrível de cursos online de alta qualidade sobre todos os assuntos. Com a proliferação dos crowdfundings, esse modelo de aprendizado pegou emprestada a estrutura de financiamento de um evento para aplicar com uma iniciativa educacional. No Brasil surgiram iniciativas como o Nós.vc9 e o Cinese.me10. 8 7 Maison Academia: www.maisonacademia.com Khan Academy: www.khanacademy.org 9 Nós.vc: www.nos.vc/pt 10 Cinese.me: www.cinese.me 8
  • 5. Mood: Turismo AirBnB A prova de a sharing economy é uma tendência que já movimenta milhões de dólares é o site AirBnB, no qual os usuários ganham dinheiro locando quartos ou mesmo apartamentos para outras pessoas de todo o mundo. A empresa cobra de 6 a 12% do viajante e 3% do valor da reserva dos anfitriões. Ao todo são 33 mil cidades de 192 países que estão cadastradas na plataforma AirBnB. Apenas em 2013, mais de 3 milhões de pessoas viajaram por esse sistema e, segundo a estimativa, cerca de 600 milhões de conexões sociais foram estabelecidas. Além disso, este case envolve a interculturalidade, interação entre as partes e compartilhamento cultural. Love Home Swap Já o objetivo do Love Home Swap é aproximar pessoas dispostas a permutar as próprias casas durante as férias. Recentemente, a plataforma recebeu a quantia de U$1,28 milhões do fundo de investimento MMC Ventures e um dos pontos decisivos à disponibilidade do recurso foi os dados de pesquisas demonstrando que o número de pessoas interessadas em trocar suas casa no Reino Unido duplicou em apenas um ano, saltando de 1,6 milhão para 3,2 milhões de potenciais usuários, comprovando que o consumo colaborativo tende a ascenção. 11 Couchsurfing É uma rede social que faz a ponte entre turistas que querem hospedagem grátis durante uma viagem e pessoas que gostariam de receber esses visitantes. Criado em 2003, o site couchsurfing.org já tem 4 milhões de usuários. A intenção é que o viajante conheça a cidade baseado na experiência do seu anfitrião, que deve servir como guia informal. Definindo o compartilhamento cultural. 11 Love Home Swap: www.lovehomeswap.com
  • 6. Mood: Compartilhamento de Espaços Coworking: Coworking pode ser definido como um estilo de trabalho onde as pessoas desenvolvem suas atividade em um ambiente compartilhado ainda que de forma independente, sem qualquer vínculo organizacional, gerando troca de idéias e experiências. The Hub Fundado em 2005 em Londres, o Impact Hub é uma comunidade global de inovadores sociais e hoje possui mais de 7000 hubbers em 40 espaços de coworking espalhados por todos os continentes. O diferencial mais importante desse escritório é associar a lógica do cotrabalho à inovação e à sustentabilidade Piano C Piano C è um espaço inovativo de coworking localizado em Milão. Foi criado para mulheres, com filhos ou não, e homens acompanhados dos filhos. Além do coworking tradicional o espaço oferece o serviço de cobaby, com educadoras e baby sitters à disposição das crianças, e um espaço com cursos para desenvolvimento pessoal. 12 Empresa Colaborativa: O modelo de loja colaborativa está em expansão. Consiste em um espaço físico compartilhado, com peças de vários empreendedores independendentes que locam araras ou boxes da loja. 12 Piano C: www.pianoc.it
  • 7. Pandorga É um coletivo de criação de Porto Alegre que enfatiza a natureza experimental e reúne atualmente cerca de 24 expositores entre designers, estilistas e artistas. A estrutura física que a Pandorga apresenta, valoriza a individualidade de cada marca participante. O conceito de coletivo de marcas viabiliza um novo formato de negócio colaborativo.13 Cohousing: As cohousings surgiram na Dinamarca, atualmente existem principalmente nos EUA e na Europa. Uma forte característica das cohousings é seu desenho arquitetônico. Normalmente elas nascem do zero, com os futuros proprietários dando palpites em todos os estágios de sua construção – do desenho da planta aos materiais que serão usados. Cada família tem sua própria casa e algumas peças são compartilhadas: Biblioteca, espaço de lazer, lavanderia etc. O objetivo é a pratica da sharing economy, os habitantes colaboram entre sí compartilhando carros, bicicletas, ferramentas entre outras coisas. Na Itália existe uma rede de cohousing que dá suporte para pessoas interessadas nesta modalidade de habitação.14 Carpooling: É o uso compartilhado em alternância de um carro particular por duas ou mais pessoas. Em geral, os participantes são proprietários de um automóvel e alternam sua utilização, economizando assim em despesas de viagem, contribuindo à redução do congestionamento e diminuindo a poluição atmosférica e a emissão de gases do efeito estufa. BlaBlaCar 15 A BlaBlaCar é uma comunidade de confiança que junta condutores com lugares livres com passageiros que viajam no mesmo sentido. Transporta mais de 700 mil passageiros todos os meses pela Europa, criando assim os membros da sua comunidade uma nova e revolucionária rede de transporte. A BlaBlaCar acabou de ser considerada uma das 100 empresas mais ecológicas do mundo da lista anual CleanTech Groups't. 13 Loja Pandorga: www.blog.lojapandorga.com.br Cohousing Italia: www.cohousingitalia.it 15 BlaBlaCar: www.blablacar.it 14
  • 8. Mood: Locações Carsharing: É uma forma de mobilidade inovadora, que permite alugar um automóvel à hora, através da internet ou do telefone e tê-lo disponível sem burocracias. DriveNow A BMW, MINI e a SIXT fizeram uma parceria e criaram uma starup que inova a locação de carros nos EUA e Alemanha. DriveNow é o nome do serviço de compartilhamento de automóveis e através de um aplicativo de smartphone o usuário pode verificar o carro disponível mais próximo da sua localização. Um chip funciona como chave eletrônica. Este conceito de mobilidade segue o lema "entrar e entregar onde quiser". O pagamento é calculado por minuto, e os custos de combustível e de estacionamento já estão incluídos. Zazcar É a primeira empresa de compartilhamento de carros da América Latina, localizada na cidade de São Paulo. Os membros tem acessos a diversos modelos de veículos espalhados em vários pontos da cidade e a locação pode ser por hora ou diárias. 16 16 Zazcar: www.zazcar.com.br
  • 9. Portais de Consumo Colaborativo:17 Descolaaí É o portal de consumo colaborativo pioneiro no Brasil. O site promove empréstimos, permutas e locações na modalidade per to per. O funcionamento é simples: Um sistema de geomarketing cruza as informações de quem procura um objeto com o perfil de quem tem esse objeto. A ideia é apresentar pessoas próximas, num raio de até 1 quilômetro. Ambos se encontram na rede, conversam e fecham o negócio. Existe também uma seção de serviços. 18 Collaboriamo É um site, derivado de um livro do mesmo nome, que reúne todos os serviços disponíveis da sharing economy italiana. No total são 260 ofertas de consumo colaborativo.19 17 http://youtu.be/hTwPucuYC08 Descolaaí: www.decolaai.com 19 Collaboriamo: www.collaboriamo.org 18
  • 10. Qual é a perspectiva desta tendência para os próximos 10 anos? Sharing economy é uma tendência de consumo que foi iniciada pela Geração Y – também chamados de Millennials ou Nativos Digitais - e está sendo absorvida pelas gerações antecedentes – os Imigrantes Digitais. A Geração Y convive desde de muito cedo com a tecnologia da informação e as mais variadas plataformas digitais, crescendo assim, habituados ao compartilhamento. De acordo com The World Factbook, há mais de 1 bilhão de Millennials ao redor do mundo e a idade média da população mundial atualmente é de 28 anos. A Geração Y tem um grande poder de influência nos hábitos de consumo das outras gerações, incluindo a precedente: Geração Z - que portará avante o consumo colaborativo à próxima década. A sharing economy, caracterizada pelo compartilhamento e colaboração, é a economia 2.0 e o shift cultural da década, que através da internet tende a ascender em um processo exponencial, diferentemente da linearidade da economia tradicional. A previsão para os próximos 10 anos é a consolidação da economia colaborativa – assim como a economia criativa, economia da experiência, economia da comunhão, green economy, crowd economy20 entre outros arranjos, até então, não convencionais de produção, distribuição e consumo de bens e serviços. Uma dinâmica extremamente poderosa, que tem implicações comerciais e culturais enormes, está em andamento: Os consumidores vão abraçar ainda mais formas de participar do financiamento e pré lançamento de novos produtos e marcas. Será a migração de consumidores passivos para criadores|colaboradores altamente capacitados. Só tende aumentar os comportamentos cooperativos e a mecânica de confiança inerente à estes sistemas. Surgirão novos modelos de consumo e tecnologia de manufatura de vangarda. O reital, que já está em transformação, será inovado. Nesse sentido, vale a pena refletir sobre a frase de Bill Gates: “Daqui a algum tempo só existirão dois tipos de empresas: as que estão na Internet e as que não estão em lugar algum”. Os sucessos no mercado ao longo dos próximos dez anos serão aqueles que inovarem para acrescentar valor distinto à experiência do consumidor. O futuro é o consumo colaborativo e da empresa que cria coletivamente. Sobre a Weconomy: www.weconomy.it/libro/ O Storytelling aplicado ao ambiente empresarial será cada vez mais transparente e colaborativo, as empresas criarão suas memórias com participação dos próprios consumidores que querem ir além das campanhas simples, distantes e de baixo impacto social. A economia colaborativa é valorizar as possibilidades de interação e esta mesma gerar valor econômico. Sugestão de livros lançados que traçam um retrato desse movimento: Mesh: Por que o Futuro dos Negócios é Compartilhar de Lisa Gansky, defende a tese de que a colaboração entre empreendedores, fornecedores e consumidores irá definir o futuro da economia — o termo “mesh”, cunhado por ela, significa malha, rede. What’s Mine is Yours: The Rise of Collaborative Consumption, de Rachel Botsman. “Estamos à beira de uma revolução que pode mudar o conceito de propriedade” defende a autora. Rachel divide os negócios do futuro em três grupos: empresas que facilitam o compartilhamento de um produto; sites que interligam sites de compra e venda de tudo, e negócios ligados ao estilo de vida colaborativo. 20 Crowd Economy: http://pt.wikipedia.org/wiki/Crowd_economy