SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 21
BACIA DE CUMURUXATIBA
Viktor Ferreira de Oliveira
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA
Sumário
Introdução
Evolução
Estratigrafia
Correlações
Estrutural
Sistemas Petrolíferos
Conclusões
Introdução
Localiza-se no nordeste brasileiro, no extremo sul do Estado da
Bahia, entre as cidades de Caravelas e Porto Seguro;
Circundada pelos bancos vulcânicos de Royal Charlotte, a norte,
Abrolhos, a sul e Sulphur Minerva, a leste;
A bacia de possui quase 20200km quadrados, sendo cerca de
7000km em terra e 13200km em mar (lamina d’água de 400-
2500m de profundidade).
Mapa simplificado da bacia de Cumuruxatiba, no sul do Estado
da Bahia
Introdução
Localização da
Bacia de
Cumuruxatiba
Evolução
Cretáceo Inferior
Fase rifte (145-120 ma)
Falhas de gravidade, de
direção 20-30NE,
Lineamentos transversais,
de direção 35-45NW
Sedimentação das
formações Monte Pascoal,
Porto Seguro e Cricaré.
Ambiente: fan-delta  lacustre 
fluvio-lacustre.
Fase transicional (120-
110 ma)
Deposição da Formação
Mariricu
 Membro Mucuri - constituído
por clastos flúvio-lacustres
finos a grossos
 Membro Itaúnas,
representando um ambiente
marinho de circulação
restrita.
Fase marinha margem passiva
Evolução
Aptiano-Albiano (110-95 ma) - Deposição da
Formação São Mateus e da Formação Regência em
ambiente nerítico;
Neocretáceo (95-65 ma) - Sedimentação da Formação
Urucutuca, composta inicialmente por pelitos em
ambiente abissal;
Neopaleoceno e o Eoeoceno (65-34 ma) - Marcados
por intensos tectonismo e vulcanismo responsáveis
pela formação Abrolhos (diabásios, basaltos e
hialoclastitos);
Oligoceno (34 ma) - Deposição da Formação
Caravelas e da Formação Rio Doce.
ESTRATIGRAFIA
Embasamento: constituído por terrenos granítico-gnáissicos pré-cambrianos do Cráton do São Francisco.
Grupo Cumuruxatiba (pacote sedimentar neocomiano – cretáceo inferior)
Formação Monte Pascoal
• Composta por arcóseo médio a conglomerático de cor branco e cinza
• Intercalados aos arenitos ocorrem delgados níveis de folhelhos cinza escuro e pretos e de conglomerado vermelho;
• Depositada por fluxos gravitacionais subaquosos, pertencentes a um sistema de leques deltaicos, instalado na bacia durante o início da fase
rifte;
• O contato inferior (embasamento) é discordante e o contato superior (F. Porto Seguro) é concordante.
Formação Porto Seguro
• Constituída por folhelhos cinza escuro a pretos, com níveis esverdeados a acastanhados;
• A deposição ocorreu em um lago de água doce/salobra.
Grupo Nativo (sedimentos do neocomiano ao aptiano)
Formação Cricaré
• Composta por arenitos médios a grossos e conglomerados arcoseanos intercalados por camadas de folhelhos cinzentos e
calcíferos;
• A deposição ocorreu em ambientes flúveo-lacustres;
• A formação Cricaré apresenta uma discordância interna (também observada nas bacias de Camamu-Almada, Recôncavo e
Tucano) conhecida como Discordância Pré-Aratu.
Formação Mariricu
• Membro Mucuri
Composto por clásticos finos a grossos;
Idade de Alagoas;
A deposição ocorreu em ambiente flúveo-lacustre.
• Membro Itaúnas
Formado por evaporitos neoalagoanos;
Deposição em ambiente marinho de circulação restrita
Grupo Barra Nova (pacote sedimentar albiano e cenomaniano)
Formação São Matheus
• Constituída por arenito grosso;
• O depósito ocorreu em leques deltaicos.
Formação Regência
• Composta por carbonatos de alta e baixa energia;
• Provenientes de ambiente nerítico.
Grupo Espírito Santo (final do Cretáceo ao Neogeno)
Formação Urucutuca
• Composta por pelitos espessos e arenitos finos neocretáceos e terciários;
• A maior parte dos sedimentos dessa formação é associada à halocinese da bacia;
• A deposição em talude e bacia.
Formação Abrolhos
• Magmatismo básico, intraplaca, de caráter toleítico a alcalino.
• Rochas vulcânicas (basaltos) com rochas intrusivas, vulcanoclásticas e até ultrabásicas
Formação Caravelas
• Constituída de carbonatos terciários neríticos de alta e baixa energia.
Formação Rio Doce
• Composta por arenitos grossos;
• A deposição ocorreu em leques costeiros terciários.
Formação Barreiras
• Constitui a cobertura clástica da bacia.
Correlações
A Formação Monte Pascoal, por ser sotaposta aos folhelhos da formação Porto
Seguro, é semelhante à Formação Sergi das bacias de Camamu e Almada.
A discordância Pré-Aratu, interna à Formação Cricaré, também aparece nos riftes
das bacias de Camamu-Almada, Recôncavo e Tucano.
Os grupos Barra Nova e Espírito Santo estão presentes também na Bacia de
Jequitinhonha.
Estrutural E domínios
tectono-sedimentares
Sistema Petrolífero
Em pesquisas realizadas entre 09/1973 a 01/1974, demonstrou-se que a Bacia de
Cumuruxatiba ocupava uma área aproximada de 15000 km², sendo que a maior
parte da qual situava-se sob a plataforma continental.
Hoje, conforme mostrado, esta bacia possui quase 20500 km², sendo cerca de
7000m² emersos e 13500m² na parte submersa, até a lâmina d’água de 2000m.
Com isto, evidencia-se uma evolução dos esforços exploratórios em direção ao
mar.
Sistema Petrolífero
Rochas Geradoras: Margas e folhelhos calcíferos marinhos da Fm. Regência
(Albiano/Cenomaniano)
Rochas Reservatório: Arenitos turbidíticos da Fm. Urucutuca (Neo-Cretáceo ao Meso-Terciário)
Rochas Selantes: Folhelhos intercalados na Fm. Urucutuca
Sistema Petrolífero (Regência-Urucutuca)
Bibliografia
Origem e evolução de bacias sedimentares / Coordenadores.Guilherme Pederneiras
Raja Gabaglia e Edison José Milani. — Rio de Janeiro: Ed. Gávea: R. Redisch Prog. Visual
Prod. Gráf. e Editoração: PETROBRÁS, 1990.
FERREIRA, Tales de Souza – Análise Estrutural da Deformação Cenozoica na Bacia de
Cumuruxatiba (BA) – Dissertação de mestrado – UFRN.2010.
Santos, C. F.; Gontijo, R. C.; Araújo, M. B. & Feijó, F. J. 1995. Bacias de Cumuruxatiba e
Jequitinhonha. Boletim de Geociências da Petrobras, 8 (1): 185-190 [para o ano de
1994].
Bacias Sedimentares da Margem Continental Brasileira, CPRM

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Relevo e movimentos de massa geisa e jeferson
Relevo e movimentos de massa geisa e jefersonRelevo e movimentos de massa geisa e jeferson
Relevo e movimentos de massa geisa e jefersonCarolina Corrêa
 
RELATÓRIO DE CAMPO - GEOLOGIA
RELATÓRIO DE CAMPO - GEOLOGIARELATÓRIO DE CAMPO - GEOLOGIA
RELATÓRIO DE CAMPO - GEOLOGIAEzequias Guimaraes
 
3.1 análise granulométrica
3.1 análise granulométrica3.1 análise granulométrica
3.1 análise granulométricakarolpoa
 
Basin margins and its formation mechanism.
Basin margins and its formation mechanism.Basin margins and its formation mechanism.
Basin margins and its formation mechanism.Usama Shah
 
Carbonate Depositional Systems
Carbonate Depositional SystemsCarbonate Depositional Systems
Carbonate Depositional SystemsWilliam W. Little
 
Aula 7 est. sedimentares e facies geof (1)
Aula 7   est. sedimentares e facies geof (1)Aula 7   est. sedimentares e facies geof (1)
Aula 7 est. sedimentares e facies geof (1)nathaliaoliveira31945243
 
Intemperismo e sedimentologia
Intemperismo e sedimentologiaIntemperismo e sedimentologia
Intemperismo e sedimentologiaWendell Fabrício
 
Geomorfologia fluvial
Geomorfologia fluvialGeomorfologia fluvial
Geomorfologia fluvialjrcruzoficial
 
Sedimentos e rochas sedimentares 2014-2
Sedimentos e rochas sedimentares 2014-2Sedimentos e rochas sedimentares 2014-2
Sedimentos e rochas sedimentares 2014-2karolpoa
 
Transgressão e regressão marinha
Transgressão e regressão marinhaTransgressão e regressão marinha
Transgressão e regressão marinhaEzequias Guimaraes
 
Wireline logging: Resistivity log
Wireline logging: Resistivity logWireline logging: Resistivity log
Wireline logging: Resistivity logZiaulHaque95
 
Fracionamento de isótopos estáveis
Fracionamento de isótopos estáveisFracionamento de isótopos estáveis
Fracionamento de isótopos estáveisMarcio Santos
 
Geologia estrutural dobras
Geologia estrutural   dobrasGeologia estrutural   dobras
Geologia estrutural dobrasJose1602Baiona
 
Classificac3a7c3a3o dos-solos-aashto-sucs
Classificac3a7c3a3o dos-solos-aashto-sucsClassificac3a7c3a3o dos-solos-aashto-sucs
Classificac3a7c3a3o dos-solos-aashto-sucsAlexandre Soares
 

Mais procurados (20)

Relevo e movimentos de massa geisa e jeferson
Relevo e movimentos de massa geisa e jefersonRelevo e movimentos de massa geisa e jeferson
Relevo e movimentos de massa geisa e jeferson
 
RELATÓRIO DE CAMPO - GEOLOGIA
RELATÓRIO DE CAMPO - GEOLOGIARELATÓRIO DE CAMPO - GEOLOGIA
RELATÓRIO DE CAMPO - GEOLOGIA
 
3.1 análise granulométrica
3.1 análise granulométrica3.1 análise granulométrica
3.1 análise granulométrica
 
Basin margins and its formation mechanism.
Basin margins and its formation mechanism.Basin margins and its formation mechanism.
Basin margins and its formation mechanism.
 
Estuário dominado por maré
Estuário dominado por maréEstuário dominado por maré
Estuário dominado por maré
 
Intemperismo quimico
Intemperismo quimicoIntemperismo quimico
Intemperismo quimico
 
Carbonate Depositional Systems
Carbonate Depositional SystemsCarbonate Depositional Systems
Carbonate Depositional Systems
 
Aula 7 est. sedimentares e facies geof (1)
Aula 7   est. sedimentares e facies geof (1)Aula 7   est. sedimentares e facies geof (1)
Aula 7 est. sedimentares e facies geof (1)
 
Intemperismo apresentação
Intemperismo apresentaçãoIntemperismo apresentação
Intemperismo apresentação
 
Intemperismo e sedimentologia
Intemperismo e sedimentologiaIntemperismo e sedimentologia
Intemperismo e sedimentologia
 
Geomorfologia fluvial
Geomorfologia fluvialGeomorfologia fluvial
Geomorfologia fluvial
 
Sedimentos e rochas sedimentares 2014-2
Sedimentos e rochas sedimentares 2014-2Sedimentos e rochas sedimentares 2014-2
Sedimentos e rochas sedimentares 2014-2
 
Estudo das Falhas 1
Estudo das Falhas 1Estudo das Falhas 1
Estudo das Falhas 1
 
Transgressão e regressão marinha
Transgressão e regressão marinhaTransgressão e regressão marinha
Transgressão e regressão marinha
 
Wireline logging: Resistivity log
Wireline logging: Resistivity logWireline logging: Resistivity log
Wireline logging: Resistivity log
 
Alluvial Fan Systems
Alluvial Fan SystemsAlluvial Fan Systems
Alluvial Fan Systems
 
Fracionamento de isótopos estáveis
Fracionamento de isótopos estáveisFracionamento de isótopos estáveis
Fracionamento de isótopos estáveis
 
Geologia estrutural dobras
Geologia estrutural   dobrasGeologia estrutural   dobras
Geologia estrutural dobras
 
Classificac3a7c3a3o dos-solos-aashto-sucs
Classificac3a7c3a3o dos-solos-aashto-sucsClassificac3a7c3a3o dos-solos-aashto-sucs
Classificac3a7c3a3o dos-solos-aashto-sucs
 
Sedimentologia margem continental
Sedimentologia margem continentalSedimentologia margem continental
Sedimentologia margem continental
 

Semelhante a Bacia de Cumuruxatiba

Geologia do Maranhão (IBGE,2011)
Geologia do Maranhão (IBGE,2011)Geologia do Maranhão (IBGE,2011)
Geologia do Maranhão (IBGE,2011)Pedro Wallace
 
Formação das rochas
Formação das rochasFormação das rochas
Formação das rochasguest8f5984
 
Geografia da Bahia
Geografia da BahiaGeografia da Bahia
Geografia da BahiaCADUCOC1
 
Gabarito exercícios 1
Gabarito exercícios 1Gabarito exercícios 1
Gabarito exercícios 1Raquel Avila
 
SemináRio Geomorfologia
SemináRio GeomorfologiaSemináRio Geomorfologia
SemináRio Geomorfologiaguestdc68ed
 
Introdução Dissertativa - Estatísticas
Introdução Dissertativa - EstatísticasIntrodução Dissertativa - Estatísticas
Introdução Dissertativa - EstatísticasDário Melo
 
Geografia do Brasil
Geografia do BrasilGeografia do Brasil
Geografia do BrasilDário Melo
 
Biologia e Geologia 10ºano - Como sobreviver junto a um vulcão
Biologia e Geologia 10ºano - Como sobreviver junto a um vulcãoBiologia e Geologia 10ºano - Como sobreviver junto a um vulcão
Biologia e Geologia 10ºano - Como sobreviver junto a um vulcãoAlexandreGuerreiroMartins
 
EROSÃO E PROGRADAÇÃO DO LITORAL BRASILEIRO | ALAGOAS
EROSÃO E PROGRADAÇÃO DO LITORAL BRASILEIRO | ALAGOASEROSÃO E PROGRADAÇÃO DO LITORAL BRASILEIRO | ALAGOAS
EROSÃO E PROGRADAÇÃO DO LITORAL BRASILEIRO | ALAGOASMarco Lyra
 
Estrutura geológica e Formação do relevo Brasileiro.
Estrutura geológica e Formação do relevo Brasileiro.Estrutura geológica e Formação do relevo Brasileiro.
Estrutura geológica e Formação do relevo Brasileiro.Fernando Bueno
 
Megageomorfologia do território brasileiro
Megageomorfologia do território brasileiroMegageomorfologia do território brasileiro
Megageomorfologia do território brasileiroVictoria Dias
 
Temaii ivulcanologia af2
Temaii ivulcanologia af2Temaii ivulcanologia af2
Temaii ivulcanologia af2João Soares
 
Geologia.nivelmento
Geologia.nivelmentoGeologia.nivelmento
Geologia.nivelmentoCamila Brito
 
Dorsal oceânica
Dorsal oceânicaDorsal oceânica
Dorsal oceânicaDarlly Reis
 
Pré Câmbrico E Paleozóico
Pré Câmbrico E PaleozóicoPré Câmbrico E Paleozóico
Pré Câmbrico E PaleozóicoCatir
 

Semelhante a Bacia de Cumuruxatiba (20)

Geologia do Maranhão (IBGE,2011)
Geologia do Maranhão (IBGE,2011)Geologia do Maranhão (IBGE,2011)
Geologia do Maranhão (IBGE,2011)
 
RELEVO OCEÂNICO
RELEVO OCEÂNICORELEVO OCEÂNICO
RELEVO OCEÂNICO
 
Formação das rochas
Formação das rochasFormação das rochas
Formação das rochas
 
Bacia de Campos
Bacia de CamposBacia de Campos
Bacia de Campos
 
Geologia
GeologiaGeologia
Geologia
 
Geografia da Bahia
Geografia da BahiaGeografia da Bahia
Geografia da Bahia
 
Gabarito exercícios 1
Gabarito exercícios 1Gabarito exercícios 1
Gabarito exercícios 1
 
SemináRio Geomorfologia
SemináRio GeomorfologiaSemináRio Geomorfologia
SemináRio Geomorfologia
 
Introdução Dissertativa - Estatísticas
Introdução Dissertativa - EstatísticasIntrodução Dissertativa - Estatísticas
Introdução Dissertativa - Estatísticas
 
Geografia do Brasil
Geografia do BrasilGeografia do Brasil
Geografia do Brasil
 
Biologia e Geologia 10ºano - Como sobreviver junto a um vulcão
Biologia e Geologia 10ºano - Como sobreviver junto a um vulcãoBiologia e Geologia 10ºano - Como sobreviver junto a um vulcão
Biologia e Geologia 10ºano - Como sobreviver junto a um vulcão
 
Bacia de campos
Bacia de camposBacia de campos
Bacia de campos
 
EROSÃO E PROGRADAÇÃO DO LITORAL BRASILEIRO | ALAGOAS
EROSÃO E PROGRADAÇÃO DO LITORAL BRASILEIRO | ALAGOASEROSÃO E PROGRADAÇÃO DO LITORAL BRASILEIRO | ALAGOAS
EROSÃO E PROGRADAÇÃO DO LITORAL BRASILEIRO | ALAGOAS
 
Estrutura geológica e Formação do relevo Brasileiro.
Estrutura geológica e Formação do relevo Brasileiro.Estrutura geológica e Formação do relevo Brasileiro.
Estrutura geológica e Formação do relevo Brasileiro.
 
Megageomorfologia do território brasileiro
Megageomorfologia do território brasileiroMegageomorfologia do território brasileiro
Megageomorfologia do território brasileiro
 
Temaii ivulcanologia af2
Temaii ivulcanologia af2Temaii ivulcanologia af2
Temaii ivulcanologia af2
 
Geologia.nivelmento
Geologia.nivelmentoGeologia.nivelmento
Geologia.nivelmento
 
Dorsal oceânica
Dorsal oceânicaDorsal oceânica
Dorsal oceânica
 
Cráton são francisco 2011
Cráton são francisco 2011Cráton são francisco 2011
Cráton são francisco 2011
 
Pré Câmbrico E Paleozóico
Pré Câmbrico E PaleozóicoPré Câmbrico E Paleozóico
Pré Câmbrico E Paleozóico
 

Último

Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMVanessaCavalcante37
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
A poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassA poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassAugusto Costa
 
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppt
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppthistoria Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppt
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.pptErnandesLinhares1
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.Vitor Mineiro
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptMaiteFerreira4
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
Transformações isométricas.pptx Geometria
Transformações isométricas.pptx GeometriaTransformações isométricas.pptx Geometria
Transformações isométricas.pptx Geometriajucelio7
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -Aline Santana
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfFernandaMota99
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfjanainadfsilva
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaronaldojacademico
 

Último (20)

Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
A poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassA poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e Característicass
 
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppt
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppthistoria Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppt
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppt
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
Transformações isométricas.pptx Geometria
Transformações isométricas.pptx GeometriaTransformações isométricas.pptx Geometria
Transformações isométricas.pptx Geometria
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
 

Bacia de Cumuruxatiba

  • 1. BACIA DE CUMURUXATIBA Viktor Ferreira de Oliveira UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA
  • 3. Introdução Localiza-se no nordeste brasileiro, no extremo sul do Estado da Bahia, entre as cidades de Caravelas e Porto Seguro; Circundada pelos bancos vulcânicos de Royal Charlotte, a norte, Abrolhos, a sul e Sulphur Minerva, a leste; A bacia de possui quase 20200km quadrados, sendo cerca de 7000km em terra e 13200km em mar (lamina d’água de 400- 2500m de profundidade). Mapa simplificado da bacia de Cumuruxatiba, no sul do Estado da Bahia
  • 5. Evolução Cretáceo Inferior Fase rifte (145-120 ma) Falhas de gravidade, de direção 20-30NE, Lineamentos transversais, de direção 35-45NW Sedimentação das formações Monte Pascoal, Porto Seguro e Cricaré. Ambiente: fan-delta  lacustre  fluvio-lacustre. Fase transicional (120- 110 ma) Deposição da Formação Mariricu  Membro Mucuri - constituído por clastos flúvio-lacustres finos a grossos  Membro Itaúnas, representando um ambiente marinho de circulação restrita. Fase marinha margem passiva
  • 6. Evolução Aptiano-Albiano (110-95 ma) - Deposição da Formação São Mateus e da Formação Regência em ambiente nerítico; Neocretáceo (95-65 ma) - Sedimentação da Formação Urucutuca, composta inicialmente por pelitos em ambiente abissal; Neopaleoceno e o Eoeoceno (65-34 ma) - Marcados por intensos tectonismo e vulcanismo responsáveis pela formação Abrolhos (diabásios, basaltos e hialoclastitos); Oligoceno (34 ma) - Deposição da Formação Caravelas e da Formação Rio Doce.
  • 7.
  • 9.
  • 10. Embasamento: constituído por terrenos granítico-gnáissicos pré-cambrianos do Cráton do São Francisco. Grupo Cumuruxatiba (pacote sedimentar neocomiano – cretáceo inferior) Formação Monte Pascoal • Composta por arcóseo médio a conglomerático de cor branco e cinza • Intercalados aos arenitos ocorrem delgados níveis de folhelhos cinza escuro e pretos e de conglomerado vermelho; • Depositada por fluxos gravitacionais subaquosos, pertencentes a um sistema de leques deltaicos, instalado na bacia durante o início da fase rifte; • O contato inferior (embasamento) é discordante e o contato superior (F. Porto Seguro) é concordante. Formação Porto Seguro • Constituída por folhelhos cinza escuro a pretos, com níveis esverdeados a acastanhados; • A deposição ocorreu em um lago de água doce/salobra.
  • 11. Grupo Nativo (sedimentos do neocomiano ao aptiano) Formação Cricaré • Composta por arenitos médios a grossos e conglomerados arcoseanos intercalados por camadas de folhelhos cinzentos e calcíferos; • A deposição ocorreu em ambientes flúveo-lacustres; • A formação Cricaré apresenta uma discordância interna (também observada nas bacias de Camamu-Almada, Recôncavo e Tucano) conhecida como Discordância Pré-Aratu. Formação Mariricu • Membro Mucuri Composto por clásticos finos a grossos; Idade de Alagoas; A deposição ocorreu em ambiente flúveo-lacustre. • Membro Itaúnas Formado por evaporitos neoalagoanos; Deposição em ambiente marinho de circulação restrita
  • 12.
  • 13. Grupo Barra Nova (pacote sedimentar albiano e cenomaniano) Formação São Matheus • Constituída por arenito grosso; • O depósito ocorreu em leques deltaicos. Formação Regência • Composta por carbonatos de alta e baixa energia; • Provenientes de ambiente nerítico.
  • 14. Grupo Espírito Santo (final do Cretáceo ao Neogeno) Formação Urucutuca • Composta por pelitos espessos e arenitos finos neocretáceos e terciários; • A maior parte dos sedimentos dessa formação é associada à halocinese da bacia; • A deposição em talude e bacia. Formação Abrolhos • Magmatismo básico, intraplaca, de caráter toleítico a alcalino. • Rochas vulcânicas (basaltos) com rochas intrusivas, vulcanoclásticas e até ultrabásicas Formação Caravelas • Constituída de carbonatos terciários neríticos de alta e baixa energia. Formação Rio Doce • Composta por arenitos grossos; • A deposição ocorreu em leques costeiros terciários. Formação Barreiras • Constitui a cobertura clástica da bacia.
  • 15.
  • 16. Correlações A Formação Monte Pascoal, por ser sotaposta aos folhelhos da formação Porto Seguro, é semelhante à Formação Sergi das bacias de Camamu e Almada. A discordância Pré-Aratu, interna à Formação Cricaré, também aparece nos riftes das bacias de Camamu-Almada, Recôncavo e Tucano. Os grupos Barra Nova e Espírito Santo estão presentes também na Bacia de Jequitinhonha.
  • 18. Sistema Petrolífero Em pesquisas realizadas entre 09/1973 a 01/1974, demonstrou-se que a Bacia de Cumuruxatiba ocupava uma área aproximada de 15000 km², sendo que a maior parte da qual situava-se sob a plataforma continental. Hoje, conforme mostrado, esta bacia possui quase 20500 km², sendo cerca de 7000m² emersos e 13500m² na parte submersa, até a lâmina d’água de 2000m. Com isto, evidencia-se uma evolução dos esforços exploratórios em direção ao mar.
  • 19. Sistema Petrolífero Rochas Geradoras: Margas e folhelhos calcíferos marinhos da Fm. Regência (Albiano/Cenomaniano) Rochas Reservatório: Arenitos turbidíticos da Fm. Urucutuca (Neo-Cretáceo ao Meso-Terciário) Rochas Selantes: Folhelhos intercalados na Fm. Urucutuca
  • 21. Bibliografia Origem e evolução de bacias sedimentares / Coordenadores.Guilherme Pederneiras Raja Gabaglia e Edison José Milani. — Rio de Janeiro: Ed. Gávea: R. Redisch Prog. Visual Prod. Gráf. e Editoração: PETROBRÁS, 1990. FERREIRA, Tales de Souza – Análise Estrutural da Deformação Cenozoica na Bacia de Cumuruxatiba (BA) – Dissertação de mestrado – UFRN.2010. Santos, C. F.; Gontijo, R. C.; Araújo, M. B. & Feijó, F. J. 1995. Bacias de Cumuruxatiba e Jequitinhonha. Boletim de Geociências da Petrobras, 8 (1): 185-190 [para o ano de 1994]. Bacias Sedimentares da Margem Continental Brasileira, CPRM