Conceito. Fatores que afetam e formam o intemperismo químico. Como ocorre. Principal agente. Imagens explicativas. Trabalho referente ao curso de Engenharia agronômica - UNIPAMPA
1. Intemperismo Químico
Acadêmicos: Jéssica Zambonato, Guilherme Vieira e Bruna Machado.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA
CAMPUS ITAQUI
CURSO DE AGRONOMIA
DISCIPLINA QUÍMICAAGRÍCOLA
2. CONCEITO
O intemperismo químico é um conjunto de reações que levam à
modificação dos minerais que compõem a rocha devido ao rompimento do
equilíbrio do conjunto de íons que os constituem, assim formando os solos.
Observa-se que o intemperismo químico se torna mais acelerado à medida
que o intemperismo físico avança, devido ao aumento de área superficial
específica (ASE) dos minerais.
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4. O que é ASE?
ASE é a medida da superfície exposta de um objeto em relação ao seu
volume, ou à sua massa;
Tem extrema importância por estar ligada ao tamanho de suas partículas;
Reflete diretamente nas reações químicas pelas características de sua
superfície.
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6. Qual o principal agente do Intemperismo Químico?
A água é o principal agente do intemperismo químico. Ao interagir com o
CO2 da atmosfera, acaba por adquirir caráter ácido;
Quando a água entra em contato com o solo, tem seu pH diminuído.
A degradação incompleta da matéria orgânica forma vários tipos de ácidos
orgânicos que se incorporam às águas percolantes, as deixando muito
ácidas, e com isso aumenta seu poder de ataque aos minerais.
7. Processos que acontecem durante o intemperismo químico:
• Oxidação e redução
• Carbonatação
• Complexação
• Hidrólise
• Hidratação
• Solução.
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9. OXIDAÇÃO E REDUÇÃO
A oxidação pode ser promovida tanto por agentes orgânicos como
inorgânicos, já a redução é mais observada em ambiente de putrefação,
onde é favorável a formação de H2S e também de hidrogênio nascente,
outro agente de grande poder redutor.
Oxidação: Processo inicial e mais comum: Fe⁺⁺ → Fe⁺⁺⁺
Evidência: coloração avermelhada e amarelada.
Ambientes oxidantes.
Redução: Processo inverso a oxidação. Fe⁺⁺ mantém na forma estável
Ambientes redutores.
11. CARBONATAÇÃO
O ácido carbônico é o responsável por este tipo de intemperismo. O
intemperismo por carbonatação é mais acentuado em rochas calcárias por causa
da diferença de solubilidade entre o CaCo3 e o bicarbonato de cálcio formado
durante a reação.
H2O (água) + CO2(dióxido de carbono) → H2CO3(ácido carbónico)
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13. COMPLEXAÇÃO
Ligação de um íon metálico com um composto orgânico, podendo
aumentar a solubilidade do metal.
Chama-se QUELATO quando o composto se liga ao metal formando
um anel, também aumentando a solubilidade do metal.
Os compostos orgânicos mais abundantes em moléculas formadoras
de quelatos são os resultantes do metabolismo anaeróbio, que
favorecem a saída de metais no ambiente.
14. HIDRÓLISE
É o rompimento das ligações de silício/metais da sua estrutura.
Dissociação do H+ e o OH- da água com os minerais. O H+ substituirá o
metal, assim, desintegrando a sua estrutura.
Baseando-se na intensidade da hidrólise, separa-se três estádios de
dessilicação, ou seja, perda de silício durante a transformação dos
minerais. Estes estádios indicam o grau de intemperismo de um solo.
15. Bissialitização (ou Dessilicação fraca): Ocorre em ambientes com
drenagem lenta, podendo existir um ganho de silício por fluxos laterais.
Monossialitização (ou Dessilicação média): Por originar solos
cauliníticos e predominância de minerais 1:1 é mais frequente nos
trópicos.
Alitização (ou Dessilicação forte): Origina Latossolos oxidícos, pela
intensa dessilicação e lixiviação ou pela sua atuação durante um longo
tempo sem que houvesse um rejuvenescimento do solo pelo ganho de
material.
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17. HIDRATAÇÃO
Baseia-se na adição de água num mineral e sua adsorção dentro do retículo
cristalino.
Esta reação pode levar à expansão dos minerais, a qual é capaz de exercer
pressões com efeitos similares àqueles ocorrentes durante o congelamento
da água.
Alguns minerais transformam-se não apenas química, mas também
fisicamente, por serem mais passíveis de receber as moléculas de água em
sua estrutura.
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19. SOLUÇÃO
Os íons das estruturas cristalinas passam para a solução, gerando perdas e
ganhos locais.
Estes íons são depositados no oceano, mas durante este trajeto (que é
extremamente lento, podendo levar de séculos à milênios para chegar ao
destino final, ou seja, o oceano) os íons podem se acumular em algum local,
gerando depósitos geológicos, como, por exemplo, minas de potássio.
20. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Azevedo, Antônio Carlos. Mineralogia de solos. USP/ESALQ/LSO.
Azeredo, Thiago. Intemperismo. Disponível em
<http://educacao.globo.com/geografia/assunto/geografia-
fisica/intemperismo.html>
Intemperismos e solos. Disponível em
<https://bolonhando.wordpress.com/2013/01/28/intemperismo-e-solos/>
Pena, Rodolfo F. Alves. Intemperismo. Disponível em
<http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/intemperismo.htm>
Intemperismo Químico. Disponível em
<http://www.ecivilnet.com/dicionario/o-que-e-intemperismo-quimico.html>