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Quem comete um crime passional?
1. Quem comete um Crime
Passional?
Hewdy Lobo Ribeiro
Médico Psiquiatra Forense e Psicoterapeuta ABP/AMB
CREMESP 114681
Diretor Vida Mental
Coordenador Pós-Graduação VM/UNIP
2. Características
• Maioria das pessoas que comentem crimes passionais são homens
• Está relacionado com um machismo inflexível
• Comum histórico de opressão e controle da parceria de acordo com
seus valores morais
• Sosa (2012) - relações de gênero nos crimes passionais:
“Ao contrário
quando as mulheres eram acusadas de adúlteras, recebiam da
sociedade, a reprovação e muitos homens agiam contra elas da forma
mais violenta, respondendo ao que a sociedade esperava deles, ou
seja, a morte ou mutilação da mulher.”
3. Crimes Passionais
• Alguns apresentam ciúme patológico, baixa autoestima, insegurança e
possessividade, e podem apresentar comportamentos como:
• checagem de mensagens de celular ou e-mails sem autorização; tentativas de
flagrar a parceria com outra pessoa; perseguição; contratar detetives; entre outros.
• Não demonstram ter empatia pela parceria, não se importando seus
sentimentos, vontades e livre arbítrio, e são muito autocentrados e
egoístas
• Praticam outros tipos de violência contra a parceria antes do assassinato,
como física, psicológica, moral e sexual, nos mais diversos graus
• Demostram inabilidade no manejo das emoções e impulsos diante de
situações em que é contrariado ou frustrado, de maneira geral reagindo
de forma intolerante, impulsiva, agressiva e punitiva às frustrações
4. Crimes Passionais
• Ainda não é possível saber se estes crimes estão mais comuns ou se estão
sendo mais denunciados, ou mais reconhecidos como crimes passionais,
e mais divulgados
• Sabe-se que o Brasil sempre teve índices altíssimos de violência
doméstica, mas apenas com a Lei Maria da Penha é que as mulheres
agredidas passaram a ter voz e reconhecimento
• Muitos homens agridem mulheres justificando amá-las, e com a Lei
Maria da Penha muitas mulheres compreenderam que a violência nada
tem a ver com amor, e sim com a relação de poder
• Ter consciência dos valores machistas e de posse que permeiam nossa
cultura e o esforço por romper com estes padrões é essencial para uma
relação não violenta
• Uma relação de amor busca o desenvolvimento de empatia, de cuidado e
de liberdade do outro