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COMPETÊNCIAS EM INTERACÇÃO Escrita Leitura CEL Compreensão oral Expressão oral É importante. É necessário. Como fazer?
COMPETÊNCIAS EM INTERACÇÃO A PARTIR DO TEXTO «O texto é prototipicamente uma sequência autónoma de enunciados, orais ou escritos, de extensão variável – um texto pode ser constituído por um único e curto enunciado ou por um número elevadíssimo de enunciados –, com um princípio e um fim bem delimitados, produzido por um ou por vários autores, no âmbito de uma de uma determinada memória textual e de um determinado sistema semiótico, isto é, em conformidade, em tensão criadora ou em ruptura com as regras e as convenções desse sistema, e cuja concretização ou actualização de sentido  é realizada por um leitor  / intérprete ou por um ouvinte  / intérprete. A coesão, a coerência, a progressãotemática, a metatextualidade, a relação tipológica, a intertextualidade e a polifonia  são as principais propriedades configuradoras da textualidade. A produção e a interpretação de textos – de textos genológica ou tipologicamente diversos – constituem a realização plena das virtualidades das línguas e são o thesaurus por excelência do conhecimento humano em todos os domínios, desde a poesia e a religião até ao direito, à filosofia e à ciência. A primeira disciplina a ocupar-se da análise da produção dos textos – e, correlativamente, proporcionando elementos relevantes para a sua interpretação –, estudando a sua génese, a sua organização ou construção, os seus condicionalismos de ordem pragmática e a sua intencionalidade comunicativa, foi a retórica, legítima predecessora das actuais análise do discurso e linguística textual. Numa perspectiva semiótica, existem textos pictóricos, textos musicais, textos fílmicos, etc. O termo “texto” apresenta nestas expressões uma translação de sentido perfeitamente justificada por analogia com a textualidade verbalmente realizada.»
textos conversacionais, que abarcam a conversa usual, a entrevista, a tertúlia, etc., com funções lúdicas, de intercâmbio de ideias, de comentário de acontecimentos, de agradecimento, etc.;  textos narrativos, nos quais se relata um evento ou uma cadeia de eventos, com predominância de verbos que indicam acções e de tempos verbais como o pretérito perfeito e o pretérito imperfeito e com abundância de advérbios  com valor temporal ou locativo;  textos descritivos, nos quais se informa como é alguém ou algum estado de coisas, com sequências predominantemente construídas com o verbo ser e outros verbos caracterizadores de propriedades, de qualidades e de aspectos de seres e de coisas, com os tempos verbais dominantes do presente e do pretérito imperfeito, com abundância de adjectivos qualificativos e de advérbios com valor locativo;  textos expositivos, nos quais o referente é a análise ou síntese de ideias, conceitos e teorias, com uma estrutura verbal em que figuram predominantemente o verboser com um predicativo do sujeito nominal ou o verbo ter com complemento directo, e apresentando como tempo peculiar o presente;  textos argumentativos, que têm como funções persuadir, refutar, comprovar, debater uma causa, etc., estabelecendo relações entre factos, hipóteses, provas e refutações, com abundância de marcadores e conectores discursivos que articulam com rigor as partes do texto, e apresentando como tempo dominante o presente;  textos instrucionais ou directivos, que têm como função ensinar ou indicar como fazer algo, enumerando e caracterizando as sucessivas operações, tendo como estrutura verbal dominante o imperativo;  textos preditivos, que têm como função informar sobre o futuro, antecipando ou prevendo eventos que irão ou poderão acontecer, tendo como estrutura verbal dominante o futuro;  textos literários, com uma semântica fundada na representação de mundos imaginários, com a utilização estética, retórica e não raro lúdica dos recursos da linguagem verbal, e com uma pragmática específica.
CADEIAS DE REFERÊNCIA (anáfora, catáfora, elipse, co-referência não anafórica) COESÃO LEXICAL COESÃO INTER-FRÁSICA COESÃO TEMPORO-ASPCETUAL TEXTO COESÃO 3 boas ligações, mas que não dispensam a consulta ao DT e a outros materiais… Aqui … aqui… e aqui.
	«Na quarta-feira, à entrada da aula, veio ter comigo o contínuo de serviço e queixou-se-me do Fosco. O Fosco fizera barulho, pulara, cantara, dançara ou lá o que foi antes de chegar… Assumi um ar de seriedade digno de um grande actor, e disse ao homenzinho “Já trato do assunto”, e ao Fosco, para que o homem ouvisse, “Vamos ajustar contas”. Depois fechei a porta; esperei, escutando, que se afastasse o empregado; e quando os seus passos se não ouviam já, anunciei que no próximo dia seria julgado o Fosco. Ele que escolhesse os seu advogado de defesa, um deles que  propusesse advogado de acusação. Fixe bem: todo o professor tem de cumprir o que promete aos alunos. É que eles não esquecem (…) E nós temos de ser exemplo de tudo. (…) 	Eu ia sempre puxando por cada um e assim aquela aula, levada a brincar, teve o mérito de pôr os moços a falar sem constrangimento com que recontam um trecho acabado de ler. » Sebastião da Gama, Diário.
	«Na quarta-feira, à entrada da aula, veio ter comigo o contínuo de serviço e queixou-se-me do Fosco. O Fosco fizera barulho, pulara, cantara, dançara ou lá o que foi antes de chegar… Assumi um ar de seriedade digno de um grande actor, e disse ao homenzinho “Já trato do assunto”, e ao Fosco, para que o homem ouvisse, “Vamos ajustar contas”. Depois fechei a porta; esperei, escutando, que se afastasse o empregado; e quando os seus passos se não ouviam já, anunciei que no próximo dia seria julgado o Fosco. Ele que escolhesse os seu advogado de defesa, um deles que  propusesse advogado de acusação. Fixe bem: todo o professor tem de cumprir o que promete aos alunos. É que eles não esquecem (…) E nós temos de ser exemplo de tudo. (…) 	Eu ia sempre puxando por cada um e assim aquela aula, levada a brincar, teve o mérito de pôr os moços a falar sem constrangimento com que recontam um trecho acabado de ler. » Sebastião da Gama, Diário.
TEXTO FÍLMICO TEXTO PICTÓRICO TEXTOMUSICAL
A música Formiga Bossa Nova  foi musicada pelo compositor português Alain Oulman, responsável por alguns dos maiores sucessos de Amália Rodrigues.  A melodia foi construída sobre o poema do poeta Alexandre O'Neill. O poema que deu origem a canção é entitulado Minuciosa Formiga. Gravação de 1969
Minuciosa formiga Minuciosa formiga não tem que se lhe diga: leva a sua palhinha asinha, asinha. Assim devera eu ser e não esta cigarra que se põe a cantar e me deita a perder. Assim devera eu ser: de patinhas no chão, formiguinha ao trabalho e ao tostão. Assim devera eu ser se não fora não querer.  (- Obrigado,formiga! Mas a palha não cabe onde você sabe...) .
Peguei na Serra da Estrela para serrar uma cadeira e apanhei um nevão numa serra de madeira. Com as linhas dos comboios bordei um lindo bordado, quando o comboio passou o pano ficou rasgado. Nas ondas do teu cabelo já pesquei duas pescadas. Olha para as ondas do mar, como estão despenteadas. Guardo o dinheiro no banco, guardo o banco na cozinha. Tenho cem contos de fadas, que grande fortuna a minha. Com medo que algum ladrão um dia me vá roubar, mandei pôr na minha porta três grossas correntes de ar. Encomendei um cachorro naquela pastelaria; quem havia de dizer que o maroto me mordia?! Apanhei uma raposa no exame e estou feliz: vejam que lindo casaco com a sua pele eu fiz. Entrei numa carruagem para voltar à minha terra, enganei-me na estação e desci na Primavera! Luísa Ducla Soares, Poemas da Mentira e da Verdade.
Casei um cigarro com uma cigarra, fizeram os dois tremenda algazarra porque o cigarro não sabecantar e a cigarra detestafumar. Não digam que errei (mania antipática!) só cumpri a lei que manda a gramática. Luísa Ducla Soares, Poemas da Mentira e da Verdade.
O menino do contra queria tudo ao contrário: deitava os fatos na cama e dormia no armário. Das cascas dos ovos fazia uma omelete; para tomar banho usava a retrete. Andava, corria de pernas para o ar; se estava contente, punha-se a chorar. Molhava-se ao sol, secava na chuva e em cada pé usava uma luva. Escrevia no lápis com um papel; achava salgado o sabor do mel. No dia dos anos teve dois presentes: um pente com velas e um bolo com dentes. Luísa Ducla Soares, Poemas da Mentira e da Verdade.
FIM

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Novos Programas de Português XI

  • 1.
  • 2. COMPETÊNCIAS EM INTERACÇÃO Escrita Leitura CEL Compreensão oral Expressão oral É importante. É necessário. Como fazer?
  • 3. COMPETÊNCIAS EM INTERACÇÃO A PARTIR DO TEXTO «O texto é prototipicamente uma sequência autónoma de enunciados, orais ou escritos, de extensão variável – um texto pode ser constituído por um único e curto enunciado ou por um número elevadíssimo de enunciados –, com um princípio e um fim bem delimitados, produzido por um ou por vários autores, no âmbito de uma de uma determinada memória textual e de um determinado sistema semiótico, isto é, em conformidade, em tensão criadora ou em ruptura com as regras e as convenções desse sistema, e cuja concretização ou actualização de sentido é realizada por um leitor / intérprete ou por um ouvinte / intérprete. A coesão, a coerência, a progressãotemática, a metatextualidade, a relação tipológica, a intertextualidade e a polifonia são as principais propriedades configuradoras da textualidade. A produção e a interpretação de textos – de textos genológica ou tipologicamente diversos – constituem a realização plena das virtualidades das línguas e são o thesaurus por excelência do conhecimento humano em todos os domínios, desde a poesia e a religião até ao direito, à filosofia e à ciência. A primeira disciplina a ocupar-se da análise da produção dos textos – e, correlativamente, proporcionando elementos relevantes para a sua interpretação –, estudando a sua génese, a sua organização ou construção, os seus condicionalismos de ordem pragmática e a sua intencionalidade comunicativa, foi a retórica, legítima predecessora das actuais análise do discurso e linguística textual. Numa perspectiva semiótica, existem textos pictóricos, textos musicais, textos fílmicos, etc. O termo “texto” apresenta nestas expressões uma translação de sentido perfeitamente justificada por analogia com a textualidade verbalmente realizada.»
  • 4. textos conversacionais, que abarcam a conversa usual, a entrevista, a tertúlia, etc., com funções lúdicas, de intercâmbio de ideias, de comentário de acontecimentos, de agradecimento, etc.; textos narrativos, nos quais se relata um evento ou uma cadeia de eventos, com predominância de verbos que indicam acções e de tempos verbais como o pretérito perfeito e o pretérito imperfeito e com abundância de advérbios com valor temporal ou locativo; textos descritivos, nos quais se informa como é alguém ou algum estado de coisas, com sequências predominantemente construídas com o verbo ser e outros verbos caracterizadores de propriedades, de qualidades e de aspectos de seres e de coisas, com os tempos verbais dominantes do presente e do pretérito imperfeito, com abundância de adjectivos qualificativos e de advérbios com valor locativo; textos expositivos, nos quais o referente é a análise ou síntese de ideias, conceitos e teorias, com uma estrutura verbal em que figuram predominantemente o verboser com um predicativo do sujeito nominal ou o verbo ter com complemento directo, e apresentando como tempo peculiar o presente; textos argumentativos, que têm como funções persuadir, refutar, comprovar, debater uma causa, etc., estabelecendo relações entre factos, hipóteses, provas e refutações, com abundância de marcadores e conectores discursivos que articulam com rigor as partes do texto, e apresentando como tempo dominante o presente; textos instrucionais ou directivos, que têm como função ensinar ou indicar como fazer algo, enumerando e caracterizando as sucessivas operações, tendo como estrutura verbal dominante o imperativo; textos preditivos, que têm como função informar sobre o futuro, antecipando ou prevendo eventos que irão ou poderão acontecer, tendo como estrutura verbal dominante o futuro; textos literários, com uma semântica fundada na representação de mundos imaginários, com a utilização estética, retórica e não raro lúdica dos recursos da linguagem verbal, e com uma pragmática específica.
  • 5. CADEIAS DE REFERÊNCIA (anáfora, catáfora, elipse, co-referência não anafórica) COESÃO LEXICAL COESÃO INTER-FRÁSICA COESÃO TEMPORO-ASPCETUAL TEXTO COESÃO 3 boas ligações, mas que não dispensam a consulta ao DT e a outros materiais… Aqui … aqui… e aqui.
  • 6. «Na quarta-feira, à entrada da aula, veio ter comigo o contínuo de serviço e queixou-se-me do Fosco. O Fosco fizera barulho, pulara, cantara, dançara ou lá o que foi antes de chegar… Assumi um ar de seriedade digno de um grande actor, e disse ao homenzinho “Já trato do assunto”, e ao Fosco, para que o homem ouvisse, “Vamos ajustar contas”. Depois fechei a porta; esperei, escutando, que se afastasse o empregado; e quando os seus passos se não ouviam já, anunciei que no próximo dia seria julgado o Fosco. Ele que escolhesse os seu advogado de defesa, um deles que propusesse advogado de acusação. Fixe bem: todo o professor tem de cumprir o que promete aos alunos. É que eles não esquecem (…) E nós temos de ser exemplo de tudo. (…) Eu ia sempre puxando por cada um e assim aquela aula, levada a brincar, teve o mérito de pôr os moços a falar sem constrangimento com que recontam um trecho acabado de ler. » Sebastião da Gama, Diário.
  • 7. «Na quarta-feira, à entrada da aula, veio ter comigo o contínuo de serviço e queixou-se-me do Fosco. O Fosco fizera barulho, pulara, cantara, dançara ou lá o que foi antes de chegar… Assumi um ar de seriedade digno de um grande actor, e disse ao homenzinho “Já trato do assunto”, e ao Fosco, para que o homem ouvisse, “Vamos ajustar contas”. Depois fechei a porta; esperei, escutando, que se afastasse o empregado; e quando os seus passos se não ouviam já, anunciei que no próximo dia seria julgado o Fosco. Ele que escolhesse os seu advogado de defesa, um deles que propusesse advogado de acusação. Fixe bem: todo o professor tem de cumprir o que promete aos alunos. É que eles não esquecem (…) E nós temos de ser exemplo de tudo. (…) Eu ia sempre puxando por cada um e assim aquela aula, levada a brincar, teve o mérito de pôr os moços a falar sem constrangimento com que recontam um trecho acabado de ler. » Sebastião da Gama, Diário.
  • 8. TEXTO FÍLMICO TEXTO PICTÓRICO TEXTOMUSICAL
  • 9.
  • 10. A música Formiga Bossa Nova foi musicada pelo compositor português Alain Oulman, responsável por alguns dos maiores sucessos de Amália Rodrigues. A melodia foi construída sobre o poema do poeta Alexandre O'Neill. O poema que deu origem a canção é entitulado Minuciosa Formiga. Gravação de 1969
  • 11. Minuciosa formiga Minuciosa formiga não tem que se lhe diga: leva a sua palhinha asinha, asinha. Assim devera eu ser e não esta cigarra que se põe a cantar e me deita a perder. Assim devera eu ser: de patinhas no chão, formiguinha ao trabalho e ao tostão. Assim devera eu ser se não fora não querer. (- Obrigado,formiga! Mas a palha não cabe onde você sabe...) .
  • 12. Peguei na Serra da Estrela para serrar uma cadeira e apanhei um nevão numa serra de madeira. Com as linhas dos comboios bordei um lindo bordado, quando o comboio passou o pano ficou rasgado. Nas ondas do teu cabelo já pesquei duas pescadas. Olha para as ondas do mar, como estão despenteadas. Guardo o dinheiro no banco, guardo o banco na cozinha. Tenho cem contos de fadas, que grande fortuna a minha. Com medo que algum ladrão um dia me vá roubar, mandei pôr na minha porta três grossas correntes de ar. Encomendei um cachorro naquela pastelaria; quem havia de dizer que o maroto me mordia?! Apanhei uma raposa no exame e estou feliz: vejam que lindo casaco com a sua pele eu fiz. Entrei numa carruagem para voltar à minha terra, enganei-me na estação e desci na Primavera! Luísa Ducla Soares, Poemas da Mentira e da Verdade.
  • 13. Casei um cigarro com uma cigarra, fizeram os dois tremenda algazarra porque o cigarro não sabecantar e a cigarra detestafumar. Não digam que errei (mania antipática!) só cumpri a lei que manda a gramática. Luísa Ducla Soares, Poemas da Mentira e da Verdade.
  • 14. O menino do contra queria tudo ao contrário: deitava os fatos na cama e dormia no armário. Das cascas dos ovos fazia uma omelete; para tomar banho usava a retrete. Andava, corria de pernas para o ar; se estava contente, punha-se a chorar. Molhava-se ao sol, secava na chuva e em cada pé usava uma luva. Escrevia no lápis com um papel; achava salgado o sabor do mel. No dia dos anos teve dois presentes: um pente com velas e um bolo com dentes. Luísa Ducla Soares, Poemas da Mentira e da Verdade.
  • 15. FIM