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Suelen Dias Bernardo Tecnófila
A FAVOR DE UM LAÇO
ENTRE COMPUTAÇÃO E
APRENDIZAGEM
Introdução
A resolução do Governo de aplicar a informática no

processo
educacional
brasileiro
resulta
da
necessidade de minimizar alguns dos problemas do
nosso sistema de ensino.
Veja: De cada 100 alunos que ingressam na 1º série do
1º grau, apenas a metade passa para a 2º série e
menos de 30 atingem a 5º série.
Assim, o computador surge como um meio auxiliar
alternativo de ensino, um recurso a mais para a
diminuição das carências, em especial no 1º grau,
notadamente quanto à evasão e à repetência.
Tentar impedir que se desenvolvam iniciativas de

introdução de computadores na educação sob a alegação
de que há várias outras coisas que são mais prioritárias, e
que deveriam ser atendidas antes, é assumir a atitude de
passividade daqueles que, não podendo fazer tudo o que
querem, resolvem não fazer nada.
Preparar nossos alunos adequadamente para viver e atuar
profissionalmente no século XXI também é prioritário.
Apresentar o computador à criança, desmistificá-lo,
mostrar à criança o seu potencial e as suas limitações,
ensinar a criança a utilizá-lo e a dominá-lo, são funções a
que nenhuma escola pode-se furtar hoje. Amanhã já será
muito tarde.
No Brasil
O processo do informatização da sociedade que já atinge

o Brasil caminha com espantosa rapidez e parece ser
irreversível. Temos a responsabilidade de nos preocupar
em oferecer a melhor preparação possível para que os
nossos alunos, inclusive da rede pública, possam viver e
atuar numa sociedade informatizada.
Quando temos um sistema de ensino deficiente, o que é
claro pelos resultados dos alunos brasileiros das escolas
públicas, devemos considerar que quaisquer melhorias
do processo ensino-aprendizagem serão bem-vindas.
 não podemos perder de vista o fato de que a escola

tem que preparar cidadãos suficientemente
familiarizados
com
os
mais
básicos
desenvolvimentos tecnológicos, de modo a poder
participar no processo de geração e incorporação da
tecnologia de que o País precisa para sair do estágio
de subdesenvolvimento econômico e de dependência
cultural e tecnol6gica em que se encontra. E a
informática está no centro de toda essa tecnologia.
Analisando empiricamente
Experiências

realizadas em Santos, na EEPSG
Marquês de S. Vicente, sugerem que a repetência em
classes da 1ª série do 1º Grau que usam o
computador como auxiliar no processo da
alfabetização é da ordem de 10%. Suponhamos, para
raciocinar, que o Governo resolvesse empregar
recursos para criar 1.000.000 de vagas para a 1ª
série do 1º Grau. De acordo com as estatísticas
atuais, nos anos seguintes essas vagas seriam
reduzidas a cerca de 500.000, já que teríamos 50%
de repetentes.
O que dizem os estudiosos do assunto
 Almeida (2000: 79), estudioso do assunto, refere-se ao computador

como “uma máquina que possibilita testar idéias ou hipóteses, que
levam à criação de um mundo abstrato e simbólico, ao mesmo
tempo em que permite introduzir diferentes formas de atuação e
interação entre as pessoas.” Sendo, por conseguinte, um
equipamento que assume cada vez mais diversas funções.
 Valente (1993: 16) esclarece que “na educação de forma geral, a
informática tem sido utilizada tanto para ensinar sobre computação,
o chamado computer literacy, como para ensinar praticamente
qualquer assunto por intermédio do computador”. Assim, diversas
escolas têm introduzido em seu currículo escolar, o ensino da
informática com o pretexto da modernidade. Cada vez mais escolas,
principalmente as particulares, têm investido em salas de
informática, onde geralmente os alunos freqüentam uma vez por
semana, acompanhados de um monitor ou na melhor hipótese, de
um estagiário de um curso superior ligado à área, proficiente no
ensino tecnicista de computação.
Argumento sobre as críticas
Devemo-nos preocupar com a questão da Informática na

Educação porque a evidência disponível, embora não tão
ampla e contundente quanto se poderia desejar,
demonstra que o contato regrado e orientado da criança
com o computador em situação de ensino-aprendizagem
contribui positivamente para o aceleramento de seu
desenvolvimento cognitivo e intelectual, em especial no
que esse desenvolvimento diz respeito ao raciocínio
lógico e formal, à capacidade de pensar com rigor e
sistematicidade, à habilidade de inventar ou encontrar
soluções para problemas. Mesmo os maiores críticos do
uso do computador na educação não ousam negar esse
fato.
Conclusão
 As ferramentas computacionais, especialmente a Internet,

podem ser um recurso rico em possibilidades que contribuam
com a melhoria do nível de aprendizagem, desde que haja
uma reformulação no currículo, que se crie novos modelos
metodológicos, que se repense qual o significado da
aprendizagem. Uma aprendizagem onde haja espaço para que
se promova a construção do conhecimento. Conhecimento,
não como algo que se recebe, mas concebido como relação, ou
produto da relação entre o sujeito e seu conhecimento. Onde
esse sujeito descobre, constrói e modifica, de forma criativa
seu próprio conhecimento.
 O grande desafio da atualidade consiste em trazer essa nova
realidade para dentro da sala de aula, o que implica em
mudar, de maneira significativa, o processo educacional como
um todo.
Conclusão
 As ferramentas computacionais, especialmente a Internet,

podem ser um recurso rico em possibilidades que contribuam
com a melhoria do nível de aprendizagem, desde que haja
uma reformulação no currículo, que se crie novos modelos
metodológicos, que se repense qual o significado da
aprendizagem. Uma aprendizagem onde haja espaço para que
se promova a construção do conhecimento. Conhecimento,
não como algo que se recebe, mas concebido como relação, ou
produto da relação entre o sujeito e seu conhecimento. Onde
esse sujeito descobre, constrói e modifica, de forma criativa
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 O grande desafio da atualidade consiste em trazer essa nova
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Computadores na Educação

  • 1. Suelen Dias Bernardo Tecnófila A FAVOR DE UM LAÇO ENTRE COMPUTAÇÃO E APRENDIZAGEM
  • 2. Introdução A resolução do Governo de aplicar a informática no processo educacional brasileiro resulta da necessidade de minimizar alguns dos problemas do nosso sistema de ensino. Veja: De cada 100 alunos que ingressam na 1º série do 1º grau, apenas a metade passa para a 2º série e menos de 30 atingem a 5º série. Assim, o computador surge como um meio auxiliar alternativo de ensino, um recurso a mais para a diminuição das carências, em especial no 1º grau, notadamente quanto à evasão e à repetência.
  • 3. Tentar impedir que se desenvolvam iniciativas de introdução de computadores na educação sob a alegação de que há várias outras coisas que são mais prioritárias, e que deveriam ser atendidas antes, é assumir a atitude de passividade daqueles que, não podendo fazer tudo o que querem, resolvem não fazer nada. Preparar nossos alunos adequadamente para viver e atuar profissionalmente no século XXI também é prioritário. Apresentar o computador à criança, desmistificá-lo, mostrar à criança o seu potencial e as suas limitações, ensinar a criança a utilizá-lo e a dominá-lo, são funções a que nenhuma escola pode-se furtar hoje. Amanhã já será muito tarde.
  • 4. No Brasil O processo do informatização da sociedade que já atinge o Brasil caminha com espantosa rapidez e parece ser irreversível. Temos a responsabilidade de nos preocupar em oferecer a melhor preparação possível para que os nossos alunos, inclusive da rede pública, possam viver e atuar numa sociedade informatizada. Quando temos um sistema de ensino deficiente, o que é claro pelos resultados dos alunos brasileiros das escolas públicas, devemos considerar que quaisquer melhorias do processo ensino-aprendizagem serão bem-vindas.
  • 5.  não podemos perder de vista o fato de que a escola tem que preparar cidadãos suficientemente familiarizados com os mais básicos desenvolvimentos tecnológicos, de modo a poder participar no processo de geração e incorporação da tecnologia de que o País precisa para sair do estágio de subdesenvolvimento econômico e de dependência cultural e tecnol6gica em que se encontra. E a informática está no centro de toda essa tecnologia.
  • 6. Analisando empiricamente Experiências realizadas em Santos, na EEPSG Marquês de S. Vicente, sugerem que a repetência em classes da 1ª série do 1º Grau que usam o computador como auxiliar no processo da alfabetização é da ordem de 10%. Suponhamos, para raciocinar, que o Governo resolvesse empregar recursos para criar 1.000.000 de vagas para a 1ª série do 1º Grau. De acordo com as estatísticas atuais, nos anos seguintes essas vagas seriam reduzidas a cerca de 500.000, já que teríamos 50% de repetentes.
  • 7. O que dizem os estudiosos do assunto  Almeida (2000: 79), estudioso do assunto, refere-se ao computador como “uma máquina que possibilita testar idéias ou hipóteses, que levam à criação de um mundo abstrato e simbólico, ao mesmo tempo em que permite introduzir diferentes formas de atuação e interação entre as pessoas.” Sendo, por conseguinte, um equipamento que assume cada vez mais diversas funções.  Valente (1993: 16) esclarece que “na educação de forma geral, a informática tem sido utilizada tanto para ensinar sobre computação, o chamado computer literacy, como para ensinar praticamente qualquer assunto por intermédio do computador”. Assim, diversas escolas têm introduzido em seu currículo escolar, o ensino da informática com o pretexto da modernidade. Cada vez mais escolas, principalmente as particulares, têm investido em salas de informática, onde geralmente os alunos freqüentam uma vez por semana, acompanhados de um monitor ou na melhor hipótese, de um estagiário de um curso superior ligado à área, proficiente no ensino tecnicista de computação.
  • 8. Argumento sobre as críticas Devemo-nos preocupar com a questão da Informática na Educação porque a evidência disponível, embora não tão ampla e contundente quanto se poderia desejar, demonstra que o contato regrado e orientado da criança com o computador em situação de ensino-aprendizagem contribui positivamente para o aceleramento de seu desenvolvimento cognitivo e intelectual, em especial no que esse desenvolvimento diz respeito ao raciocínio lógico e formal, à capacidade de pensar com rigor e sistematicidade, à habilidade de inventar ou encontrar soluções para problemas. Mesmo os maiores críticos do uso do computador na educação não ousam negar esse fato.
  • 9. Conclusão  As ferramentas computacionais, especialmente a Internet, podem ser um recurso rico em possibilidades que contribuam com a melhoria do nível de aprendizagem, desde que haja uma reformulação no currículo, que se crie novos modelos metodológicos, que se repense qual o significado da aprendizagem. Uma aprendizagem onde haja espaço para que se promova a construção do conhecimento. Conhecimento, não como algo que se recebe, mas concebido como relação, ou produto da relação entre o sujeito e seu conhecimento. Onde esse sujeito descobre, constrói e modifica, de forma criativa seu próprio conhecimento.  O grande desafio da atualidade consiste em trazer essa nova realidade para dentro da sala de aula, o que implica em mudar, de maneira significativa, o processo educacional como um todo.
  • 10. Conclusão  As ferramentas computacionais, especialmente a Internet, podem ser um recurso rico em possibilidades que contribuam com a melhoria do nível de aprendizagem, desde que haja uma reformulação no currículo, que se crie novos modelos metodológicos, que se repense qual o significado da aprendizagem. Uma aprendizagem onde haja espaço para que se promova a construção do conhecimento. Conhecimento, não como algo que se recebe, mas concebido como relação, ou produto da relação entre o sujeito e seu conhecimento. Onde esse sujeito descobre, constrói e modifica, de forma criativa seu próprio conhecimento.  O grande desafio da atualidade consiste em trazer essa nova realidade para dentro da sala de aula, o que implica em mudar, de maneira significativa, o processo educacional como um todo.