SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 7
Baixar para ler offline
Monergismo.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9)
www.monergismo.com
1
A ABERTURA DO EVANGELHO SEGUNDO MARCOS (CAPÍTULO 1, VERSÍCULO
1) NO CÓDICE GREGO DA BIBLIOTECA NACIONAL DO RIO DE JANEIRO
Paulo José Benício
(Universidade Presbiteriana Mackenzie)
“Si qua tamen tibi lecturo pars oblita derit, haec erit e lacrimis facta litura meis: aut si
qua incerto fallet te littera tractu, signa meae dextrae iam morientis erunt”.
“Se, quando leres esta carta, alguma parte tiver desaparecido, terão sido minhas
lágrimas que apagaram; se não conseguires ler alguma letra de traçado incerto, serão
sinais de minha mão que já desfalece”.
(Propércio, Carta de Aretusa a Licota, Elegias IV, 3)
RESUMO
O mais antigo manuscrito da América Latina, em posse da Biblioteca Nacional do Rio
de Janeiro, é um códice em pergaminho, escrito em minúsculas gregas e contendo os
quatro evangelhos. O objetivo deste artigo consiste em, à luz da tradição manuscrita do
Novo Testamento grego, analisar a autenticidade da variante textual referente ao início
do Evangelho segundo Marcos (capítulo 1, versículo 1), da forma como este documento
a evidencia.
Palavras-chave: manuscritos gregos, o Evangelho segundo Marcos 1,1, variantes
textuais, o filho de Deus.
The opening verse of the Gospel according to Mark (chapter 1, verse 1) in the
Greek codex of the Rio de Janeiro National Library
Monergismo.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9)
www.monergismo.com
2
ABSTRACT
The most ancient manuscript of Latin America belongs to the Rio de Janeiro National
Library. It is a twelfth-century parchment codex, written in Greek minuscules, which
contains the four gospels. The author of this article, in the light of the
manuscriptological tradition of the Greek New Testament, aims to assess the
authenticity of the variant reading of the Gospel according to Mark (chapter 1, verse 1)
supported by this document.
Key words: Greek manuscripts, the Gospel according to Mark 1,1, variant readings, the
Son of God.
Em Marcos, capítulo 1, verso 1, onde se lê: avrch. tou/ euvaggeli,ou VIhsou/ Cristou/
ui`ou/ (tou/) qeou/, princípio do evangelho de Jesus Cristo, filho de Deus, existe um
problema de corrupção textual. Por um lado, a expressão ui`ou/ (tou/) qeou/, filho de Deus
não aparece na leitura original do documento a* (álefe)1
e em parte dos códices
(manuscritos geralmente antigos em forma de livro) representantes do tipo de texto
(nomenclatura aplicada aos textos que reúnem características semelhantes)
denominado cesarense (disseminado em Cesaréia por Orígenes).2
Por outro, encontra-se em maiúsculos (manuscritos redigidos em letras maiúsculas)
considerados de grande valor na restauração do Novo Testamento,3
como também na
esmagadora maioria das fontes documentais gregas mais recentes.4
O códice grego da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro (pergaminho em
minúsculas, datado do século XII e que contém os evangelhos, com exceção de Mateus
1,1-17) ao lado do maiúsculo A, das famílias (grupos de manuscritos com íntima
semelhança textual) 1 e 13 e do minúsculo (manuscrito redigido em letras minúsculas)
1
Alude-se ao maiúsculo Sinaítico (século IV), na sua leitura original. Cf. Na27
, 1993, p. 88.
2
Refere-se ao maiúsculo Q - Korideto (século IX) e ao minúsculo 28 (século XI). Cf. Na27
, 1993, p. 88.
3
Reporta-se a a1
(Sinaítico, na sua primeira correção), B (Vaticano-século IV), L (Regius-século VIII), D
(Beza-século V) e W (Washingtoniano-século V). Cf. Na27
, 1993, p. 88.
4
Esses documentos (em minúsculas) são datados entre os séculos IX e XV.
Monergismo.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9)
www.monergismo.com
3
33,5
além de trazer ui`ou/ qeou/, ainda inclui, na expressão, o artigo tou/ (ui`ou/ tou/ qeou/,
filho de Deus). Essa inserção, que não se reputa fazer diferença significativa ao título
em estudo, pode ter sido influenciada pelo emprego do artigo em outras declarações
respeitantes à intitulação de Jesus como filho de Deus (cf. Marcos 1,11; 3,11.12; 5,7;
9,7; 14,61).
Diante da incontestável evidência manuscritológica (não obstante se esteja
restringindo as pesquisas deste trabalho tão-somente aos códices maiúsculos e
minúsculos já mencionados) em defesa da leitura ui`ou/ (tou/) qeou/, faz-se necessário
trazer à tona alguns esclarecimentos sobre a sua ausência em a*, Q (theta) e 28.
Um bom número de peritos afirma que o copista pode ter cometido um tipo de
erro involuntário, cognominado parablepse – isto é: seus olhos devem ter saltado do
ditongo ou/, no final de Cristou/, para as mesmas letras em qeou/, omitindo o que estava
posto no meio da frase, deixando assim de lado a expressão filho de Deus. Isso teria
ocorrido pela semelhança entre as abreviaturas dos nomina sacra (nomes sagrados:
VIhsou/, Cristou/, ui`ou/ e qeou/ ).6
A principal dificuldade em se aceitar essa explicação reside no fato da incerteza
de uma modificação textual não intencional acabar persistindo tão de maneira tão
acentuada em praticamente todo o processo de transmissão textual do Novo Testamento
grego.
Outros estudiosos vêem a possibilidade de todo o versículo 1 do capítulo I do
5
A - Alexandrino (século V), 33 (século IX), família 1 (séculos XII-XIV) e família 13 (séculos XI-XV).
Cf. Na27
, 1993, p. 88. Essas famílias atestam o tipo de texto cesarense. A respeito delas, cf.
BITTENCOURT, 1993, p. 91-92, METZGER, 1992, p. 61-62, PAROSCHI, 1999, p. 54.
6
Cf. GUNDRY, 1993, p. 33, MANN, 1986, p.105-106. Sobre parablepse, maiores explicações podem ser
encontradas em BITTENCOURT, 1993, p. 112, METZGER, 1992, p. 189, PAROSCHI, 1999, p. 94.
Monergismo.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9)
www.monergismo.com
4
Evangelho de Marcos consistir no título do livro, podendo a expressão em questão (ui`ou/
qeou/) advir de um alongamento elaborado por algum escriba.7
Não se concorda com tal explanação por parecer improvável que o Evangelho
inicie com citações do Antigo Testamento (cf. 1,2.3), sem trazer uma palavra
introdutória. Ademais, pode-se ainda inquirir se o escriba não seria mais propenso à
omissão por amor da estética frasal, já que não ficaria bem a sucessiva repetição dos
finais semelhantes das palavras em 1,1.
Existe ainda um outro grupo de estudiosos que aceita a possibilidade da
mudança textual ter sido feita por escribas preocupados com o adocionismo
(ensinamento que distinguia em Cristo uma natureza divina de outra humana,
afirmando que o homem Jesus de Nazaré era filho de Deus apenas por adoção).8
Tais
copistas, no afã de salvaguardar a doutrina ortodoxa da filiação de Cristo, teriam
acrescentado as palavras ui`ou/ (tou/) qeou/, antes mesmo das menções feitas ao seu
batismo e ao seu precursor, João (o Batista).
Não fora o testemunho da esmagadora maioria dos documentos em prol do
epíteto em discussão, essa elucidação poderia até ser levada em conta. Acredita-se gozar
de mais naturalidade a justificativa a seguir: escribas com tendências gnósticas teriam,
intencionalmente, omitido a alcunha filho de Deus nos manuscritos a*, Q (theta) e 28.9
A bem da verdade, nota-se que, excetuando-se os documentos já assinalados,
toda a tradição manuscrita do Novo Testamento grego confirma a inclusão dos termos
(ui`ou/ (tou/) qeou/, filho de Deus) no início dos escritos de Marcos. De fato, no seu
Evangelho, ele põe em evidência a vida e a obra do Servo Sofredor, o filho de Deus par
excellence. A revelação desse título desponta nos seguintes momentos do ministério de
7
Cf. METZGER, 1971, p. 73. Quanto à autenticidade de Marcos 1.1, cf. GUTHRIE, 1970, p. 79-80,
MAUERHOFER, 1995, p. 97-110.
8
Cf. EHRMAN, 1993, p. 75.
9
Cf. BURGON, 1896, p. 286.
Monergismo.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9)
www.monergismo.com
5
Jesus: por ocasião do seu batismo (1,11), quando da sua transfiguração (9,7), na
confissão dos demônios (1,23.24; 3,11.12; 5,7), no interrogatório do sumo sacerdote
(14,61.62) e na declaração do centurião romano (15,38.39).
No Antigo Testamento, esse epíteto é aplicado aos anjos (Gênesis 6,2; Jó 1,6;
38,7), a Israel (Êxodo 4,22; Oséias 11,1) e ao rei (II Samuel 7,14; Salmo 2,7; 89,26).
Nenhum desses exemplos, contudo, elucida o título usado por Marcos. Ao que parece, o
evangelista teve que “ampliar o conceito” do filho de Deus como Messias, atribuindo-
lhe um significado totalmente novo. O filho de Deus, em Marcos, é um ser divino cuja
dynamis / poder se manifesta em suas palavras e em sua vida. A própria humanidade de
Jesus, no retrato de Marcos, só pode ser compreendida se, nele, o "varão de dores", for
contemplado também um ser de origem e dignidade sobrenatural. Esse discípulo
acredita que Jesus é filho de Deus por natureza – a própria voz divina, no batismo,
declara-o como tal. O evangelista não apresenta um dogma sentencioso sobre a
encarnação, porém, segundo parece, está convencido de que Jesus é o Deus revelatus
(Deus revelado). Essa idéia não abaliza o docetismo, pois a humanidade de Cristo é
apresentada como real (cf. 1,43; 3,5; 10,14; 13,32; 14,33). A visão de Marcos se
expressa através desta confissão: por detrás de uma vida plenamente humana, esconde-
se a divindade, e tal divindade é perceptível na personalidade, ensinamento e obras de
Jesus somente para aqueles que têm olhos para ver.10
Entende-se assim que tanto o testemunho dos manuscritos gregos (evidência
externa) como a cristologia de Marcos (evidência interna) incitam à inserção de ui`ou/
(tou/) qeou/, filho de Deus no final do 1º versículo do capítulo I.
Deve-se ainda salientar que a maior parte dos peritos pertencentes ao campo da
Baixa Critica também chegou à mesma conclusão, eximindo-se, inclusive, de seguir a
10
O forte tom cristológico do Segundo Evangelho é concisa e coerentemente explicado por GUNDRY,
1993, p. 33-34, HENDRIKSEN, 1975, p. 32-34, LANE, 1979, p. 41.
Monergismo.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9)
www.monergismo.com
6
orientação dos cânones normalmente empregados na avaliação da autenticidade de um
trecho neotestamentário: difficilior lectio potior (a leitura mais difícil deve ser a
preferida) e brevior lectio potior (a leitura mais curta deve ser a preferida). Citam-se, a
título de exemplo, Zane C. Hodges e Arthur Farstad.11
Os eruditos Eberhard e Erwin
Nestle, bem como Barbara e Kurt Aland, ainda que com certo grau de dúvida, também
não deixaram de acrescentar, ao seu Novum Testamentum Graece, a expressão ui`ou/
(tou/) qeou/, filho de Deus.12
Dessa forma também procederam os editores do Novo
Testamento grego publicado pelas Sociedades Bíblicas Unidas.13
Para finalizar, da perspectiva do que hoje se chama de crítica genética, convém
lembrar que, de uma forma ou de outra, a variante mostrada por cada manuscrito não
deixa de constituir uma lição única, atestando diversos estágios presentes nas mãos de
sucessivas comunidades cristãs. E isso não constitui uma exceção no que diz respeito às
leituras que compõem a abertura do Evangelho segundo Marcos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALAND, K. et al. (Hg.). Novum Testamentum Graece. 27. Aufl. Stuttgart: Deutshe
Bibelgesellschaft, 1993. (Nestle-Aland27
)
ALAND, B. et al. (Eds.). The Greek New Testament. 4. ed. Stuttgart: Deutsche
Bibelgesellschaft, 1993. (UBS4
)
BITTENCOURT, B. P. O Novo Testamento: metodologia da pesquisa textual. 3. ed.
Rio de Janeiro: Juerp, 1993.
BURGON, J. W. The Traditional Text of the Holy Gospels Vindicated and Established.
London: George Bell and Sons, 1896.
EHRMAN, B. D. The Orthodox Corruption of Scripture - The Effect of Early
Christological Controversies on the Text of the New Testament. New York: Oxford
University Press, 1996.
11
Cf. Hf, 1985, p. 104.
12
Cf. Na27
, 1993, p. 88.
13
Cf. UBS4
, 1994, p. 117
Monergismo.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9)
www.monergismo.com
7
GUNDRY, R. H. Mark - A Commentary on his Apology for the Cross. Grand Rapids:
Eerdmans, 1993.
GUTHRIE, D. New Testament Introduction. 3. ed. Downers Grove: Inter-Varsity Press,
1970.
HENDRIKSEN, W. New Testament Commentary - An Exposition of the Gospel
According to Mark. Grand Rapids: Baker Book House, 1975.
HODGES, Z. C., FARSTAD, A. L. (Eds.). The Greek New Testament According to the
Majority Text. 2. ed. Nashville: Thomas Nelson, 1985. (Hf.)
LANE, W. L. The Gospel According to Mark. Grand Rapids: Eerdmans, 1979.
MANN, C. S. Mark – A New Translation and Commentary. New York: Doubleday,
1986.
MAUERHOFER, E. Einleitung in die Schriften des Neuen Testaments. B. I (Matthäus-
Apostelgeschichte). Stuttgart: Hänssler, 1995.
METZGER, B. M. A Textual Commentary on the Greek New Testament. 2. ed.
Stuttgart: United Bible Societies, 1971.
________. The Text of the New Testament - Its Transmission, Corruption, and
Restoration. 3. ed. New York/Oxford: Oxford University Press, 1992.
PAROSCHI, W. Critica textual do Novo Testamento. 2. ed. São Paulo: Vida Nova,
1999.
WESTCOTT, B. F., HORT, F. J. A. Introduction to the New Testament in the Original
Greek. Peabody: Hendrickson, 1882. (WH)

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Mateus não escreveu em Grego o Evangelho de Yeshua(Jesus).
Mateus não escreveu em Grego o Evangelho de Yeshua(Jesus).Mateus não escreveu em Grego o Evangelho de Yeshua(Jesus).
Mateus não escreveu em Grego o Evangelho de Yeshua(Jesus).ASD Remanescentes
 
TEXTOS ADULTERADOS DA BIBLIA
TEXTOS ADULTERADOS DA BIBLIATEXTOS ADULTERADOS DA BIBLIA
TEXTOS ADULTERADOS DA BIBLIAASD Remanescentes
 
Aula 01 2 trimestre
Aula 01 2 trimestreAula 01 2 trimestre
Aula 01 2 trimestreDamiao Silva
 
Romanos - introdução e comentário
Romanos - introdução e comentárioRomanos - introdução e comentário
Romanos - introdução e comentárioMauro RS
 
Piscopaniquia - Doutrina do sono da alma
Piscopaniquia - Doutrina do sono da almaPiscopaniquia - Doutrina do sono da alma
Piscopaniquia - Doutrina do sono da almaezequielmaster
 
132 o sábado judaico e o domingo cristão edmar barcellos
132 o sábado judaico e o domingo cristão   edmar barcellos132 o sábado judaico e o domingo cristão   edmar barcellos
132 o sábado judaico e o domingo cristão edmar barcellosssuser615052
 
Evangelho de Mateus traduzido do Grego e seus erros de tradução
Evangelho de Mateus traduzido do Grego e seus erros de traduçãoEvangelho de Mateus traduzido do Grego e seus erros de tradução
Evangelho de Mateus traduzido do Grego e seus erros de traduçãoASD Remanescentes
 
Mateus 28.19 A Mais Séria Falsificação das Escrituras Sagradas
Mateus 28.19   A Mais Séria Falsificação das Escrituras SagradasMateus 28.19   A Mais Séria Falsificação das Escrituras Sagradas
Mateus 28.19 A Mais Séria Falsificação das Escrituras SagradasOsvair Munhoz
 
A Torá e o Mal: Um Estudo Sobre os Demônios na Torá
A Torá e o Mal: Um Estudo Sobre os Demônios na ToráA Torá e o Mal: Um Estudo Sobre os Demônios na Torá
A Torá e o Mal: Um Estudo Sobre os Demônios na ToráCarlos Augusto Vailatti
 
Mateus 28:19 em Hebraico e não em Grego - Estudo Completo
Mateus  28:19 em Hebraico e não em Grego  - Estudo CompletoMateus  28:19 em Hebraico e não em Grego  - Estudo Completo
Mateus 28:19 em Hebraico e não em Grego - Estudo CompletoASD Remanescentes
 
O Rei da Babilônia e o Rei de Tiro: Uma Análise de Isaías 14.12-15 e Ezequiel...
O Rei da Babilônia e o Rei de Tiro: Uma Análise de Isaías 14.12-15 e Ezequiel...O Rei da Babilônia e o Rei de Tiro: Uma Análise de Isaías 14.12-15 e Ezequiel...
O Rei da Babilônia e o Rei de Tiro: Uma Análise de Isaías 14.12-15 e Ezequiel...Carlos Augusto Vailatti
 
Evangelho de Mateus escrito em Hebraico e não em Grego
Evangelho de Mateus escrito em Hebraico e não em GregoEvangelho de Mateus escrito em Hebraico e não em Grego
Evangelho de Mateus escrito em Hebraico e não em GregoASD Remanescentes
 
O uso do livro de josué no
O uso do livro de josué noO uso do livro de josué no
O uso do livro de josué noWillian Orlandi
 
Comentário Bíblico de Romanos
Comentário Bíblico de RomanosComentário Bíblico de Romanos
Comentário Bíblico de RomanosRicardo Gondim
 
Aula 10 Interpretação de Apocalipse - Novos céus e nova terra
Aula 10 Interpretação de Apocalipse - Novos céus e nova terraAula 10 Interpretação de Apocalipse - Novos céus e nova terra
Aula 10 Interpretação de Apocalipse - Novos céus e nova terraIpabr Limesp
 
Contra o arianismo moderno
Contra o arianismo modernoContra o arianismo moderno
Contra o arianismo modernoWillian Orlandi
 
O tabernáculo e a igreja abraão de almeida
O tabernáculo e a igreja   abraão de almeidaO tabernáculo e a igreja   abraão de almeida
O tabernáculo e a igreja abraão de almeidaRodolfo Nascimento
 
Apocalipse - Comentários de Lições
Apocalipse - Comentários de LiçõesApocalipse - Comentários de Lições
Apocalipse - Comentários de LiçõesApocalipse Facil
 

Mais procurados (20)

Mateus não escreveu em Grego o Evangelho de Yeshua(Jesus).
Mateus não escreveu em Grego o Evangelho de Yeshua(Jesus).Mateus não escreveu em Grego o Evangelho de Yeshua(Jesus).
Mateus não escreveu em Grego o Evangelho de Yeshua(Jesus).
 
TEXTOS ADULTERADOS DA BIBLIA
TEXTOS ADULTERADOS DA BIBLIATEXTOS ADULTERADOS DA BIBLIA
TEXTOS ADULTERADOS DA BIBLIA
 
Aula 01 2 trimestre
Aula 01 2 trimestreAula 01 2 trimestre
Aula 01 2 trimestre
 
Romanos - introdução e comentário
Romanos - introdução e comentárioRomanos - introdução e comentário
Romanos - introdução e comentário
 
Piscopaniquia - Doutrina do sono da alma
Piscopaniquia - Doutrina do sono da almaPiscopaniquia - Doutrina do sono da alma
Piscopaniquia - Doutrina do sono da alma
 
132 o sábado judaico e o domingo cristão edmar barcellos
132 o sábado judaico e o domingo cristão   edmar barcellos132 o sábado judaico e o domingo cristão   edmar barcellos
132 o sábado judaico e o domingo cristão edmar barcellos
 
Evangelho de Mateus traduzido do Grego e seus erros de tradução
Evangelho de Mateus traduzido do Grego e seus erros de traduçãoEvangelho de Mateus traduzido do Grego e seus erros de tradução
Evangelho de Mateus traduzido do Grego e seus erros de tradução
 
Mateus 28.19 A Mais Séria Falsificação das Escrituras Sagradas
Mateus 28.19   A Mais Séria Falsificação das Escrituras SagradasMateus 28.19   A Mais Séria Falsificação das Escrituras Sagradas
Mateus 28.19 A Mais Séria Falsificação das Escrituras Sagradas
 
A Torá e o Mal: Um Estudo Sobre os Demônios na Torá
A Torá e o Mal: Um Estudo Sobre os Demônios na ToráA Torá e o Mal: Um Estudo Sobre os Demônios na Torá
A Torá e o Mal: Um Estudo Sobre os Demônios na Torá
 
Mateus 28:19 em Hebraico e não em Grego - Estudo Completo
Mateus  28:19 em Hebraico e não em Grego  - Estudo CompletoMateus  28:19 em Hebraico e não em Grego  - Estudo Completo
Mateus 28:19 em Hebraico e não em Grego - Estudo Completo
 
O Rei da Babilônia e o Rei de Tiro: Uma Análise de Isaías 14.12-15 e Ezequiel...
O Rei da Babilônia e o Rei de Tiro: Uma Análise de Isaías 14.12-15 e Ezequiel...O Rei da Babilônia e o Rei de Tiro: Uma Análise de Isaías 14.12-15 e Ezequiel...
O Rei da Babilônia e o Rei de Tiro: Uma Análise de Isaías 14.12-15 e Ezequiel...
 
Evangelho de Mateus escrito em Hebraico e não em Grego
Evangelho de Mateus escrito em Hebraico e não em GregoEvangelho de Mateus escrito em Hebraico e não em Grego
Evangelho de Mateus escrito em Hebraico e não em Grego
 
A CRENÇA NA IMORTALIDADE DA ALMA NO NOVO TESTAMENTO
A CRENÇA NA IMORTALIDADE DA ALMA NO NOVO TESTAMENTOA CRENÇA NA IMORTALIDADE DA ALMA NO NOVO TESTAMENTO
A CRENÇA NA IMORTALIDADE DA ALMA NO NOVO TESTAMENTO
 
O uso do livro de josué no
O uso do livro de josué noO uso do livro de josué no
O uso do livro de josué no
 
Apocalipse (moody)
Apocalipse (moody)Apocalipse (moody)
Apocalipse (moody)
 
Comentário Bíblico de Romanos
Comentário Bíblico de RomanosComentário Bíblico de Romanos
Comentário Bíblico de Romanos
 
Aula 10 Interpretação de Apocalipse - Novos céus e nova terra
Aula 10 Interpretação de Apocalipse - Novos céus e nova terraAula 10 Interpretação de Apocalipse - Novos céus e nova terra
Aula 10 Interpretação de Apocalipse - Novos céus e nova terra
 
Contra o arianismo moderno
Contra o arianismo modernoContra o arianismo moderno
Contra o arianismo moderno
 
O tabernáculo e a igreja abraão de almeida
O tabernáculo e a igreja   abraão de almeidaO tabernáculo e a igreja   abraão de almeida
O tabernáculo e a igreja abraão de almeida
 
Apocalipse - Comentários de Lições
Apocalipse - Comentários de LiçõesApocalipse - Comentários de Lições
Apocalipse - Comentários de Lições
 

Semelhante a A abertura do evangelho segundo marcos

Estudo sobre os evangelhos
Estudo sobre os evangelhosEstudo sobre os evangelhos
Estudo sobre os evangelhosmarquione ban
 
Sabedoria do evangelho 1
Sabedoria do evangelho 1Sabedoria do evangelho 1
Sabedoria do evangelho 1Helio Cruz
 
Logos endiathetos e prophorikos na formação da cristologia patrística
Logos endiathetos e prophorikos na formação da cristologia patrísticaLogos endiathetos e prophorikos na formação da cristologia patrística
Logos endiathetos e prophorikos na formação da cristologia patrísticaRui Duarte
 
Decifra-me ou Devoro-te: Em Busca de Uma Solução Exegética e Hermenêutica par...
Decifra-me ou Devoro-te: Em Busca de Uma Solução Exegética e Hermenêutica par...Decifra-me ou Devoro-te: Em Busca de Uma Solução Exegética e Hermenêutica par...
Decifra-me ou Devoro-te: Em Busca de Uma Solução Exegética e Hermenêutica par...Carlos Augusto Vailatti
 
Aula 6 - Lucas
Aula 6 - LucasAula 6 - Lucas
Aula 6 - Lucasibrdoamor
 
01 pentateuco-nocoes-introdutorias
01 pentateuco-nocoes-introdutorias01 pentateuco-nocoes-introdutorias
01 pentateuco-nocoes-introdutoriasLidiane Leao
 
PPT TBNT REVISÃO EVANGELHOS (1).pptx
PPT TBNT REVISÃO EVANGELHOS (1).pptxPPT TBNT REVISÃO EVANGELHOS (1).pptx
PPT TBNT REVISÃO EVANGELHOS (1).pptxFbioeWiviane
 
561-Texto do artigo-2034-1-10-20150211.pdf
561-Texto do artigo-2034-1-10-20150211.pdf561-Texto do artigo-2034-1-10-20150211.pdf
561-Texto do artigo-2034-1-10-20150211.pdfFbioBezerra18
 
Senhor, dá-me bom senso / [Arno Frelich?]
Senhor, dá-me bom senso / [Arno Frelich?]Senhor, dá-me bom senso / [Arno Frelich?]
Senhor, dá-me bom senso / [Arno Frelich?]Eugenio Hansen, OFS
 
Introdução ao pentateuco
Introdução ao pentateucoIntrodução ao pentateuco
Introdução ao pentateucoAlberto Simonton
 
Profetas Maiores.pptx
Profetas Maiores.pptxProfetas Maiores.pptx
Profetas Maiores.pptxantonio211075
 
Bibliologia pr. jonas freitas de jesus
Bibliologia   pr. jonas freitas de jesusBibliologia   pr. jonas freitas de jesus
Bibliologia pr. jonas freitas de jesusjonasfreitasdejesus
 

Semelhante a A abertura do evangelho segundo marcos (20)

Biacuteblia de-estudo-palavras-chave
Biacuteblia de-estudo-palavras-chaveBiacuteblia de-estudo-palavras-chave
Biacuteblia de-estudo-palavras-chave
 
Estudo sobre os evangelhos
Estudo sobre os evangelhosEstudo sobre os evangelhos
Estudo sobre os evangelhos
 
Biacuteblia de-estudo-palavras-chave
Biacuteblia de-estudo-palavras-chaveBiacuteblia de-estudo-palavras-chave
Biacuteblia de-estudo-palavras-chave
 
Subsidios ao professor
Subsidios ao professorSubsidios ao professor
Subsidios ao professor
 
Sabedoria do evangelho 1
Sabedoria do evangelho 1Sabedoria do evangelho 1
Sabedoria do evangelho 1
 
Logos endiathetos e prophorikos na formação da cristologia patrística
Logos endiathetos e prophorikos na formação da cristologia patrísticaLogos endiathetos e prophorikos na formação da cristologia patrística
Logos endiathetos e prophorikos na formação da cristologia patrística
 
Decifra-me ou Devoro-te: Em Busca de Uma Solução Exegética e Hermenêutica par...
Decifra-me ou Devoro-te: Em Busca de Uma Solução Exegética e Hermenêutica par...Decifra-me ou Devoro-te: Em Busca de Uma Solução Exegética e Hermenêutica par...
Decifra-me ou Devoro-te: Em Busca de Uma Solução Exegética e Hermenêutica par...
 
Aula 6 - Lucas
Aula 6 - LucasAula 6 - Lucas
Aula 6 - Lucas
 
01 pentateuco-nocoes-introdutorias
01 pentateuco-nocoes-introdutorias01 pentateuco-nocoes-introdutorias
01 pentateuco-nocoes-introdutorias
 
27 marcos
27 marcos27 marcos
27 marcos
 
STNB-NT1-M2
STNB-NT1-M2STNB-NT1-M2
STNB-NT1-M2
 
PPT TBNT REVISÃO EVANGELHOS (1).pptx
PPT TBNT REVISÃO EVANGELHOS (1).pptxPPT TBNT REVISÃO EVANGELHOS (1).pptx
PPT TBNT REVISÃO EVANGELHOS (1).pptx
 
Panorama do nt 1
Panorama do nt 1Panorama do nt 1
Panorama do nt 1
 
561-Texto do artigo-2034-1-10-20150211.pdf
561-Texto do artigo-2034-1-10-20150211.pdf561-Texto do artigo-2034-1-10-20150211.pdf
561-Texto do artigo-2034-1-10-20150211.pdf
 
Oracao crucifixo-estef1
Oracao crucifixo-estef1Oracao crucifixo-estef1
Oracao crucifixo-estef1
 
Senhor, dá-me bom senso / [Arno Frelich?]
Senhor, dá-me bom senso / [Arno Frelich?]Senhor, dá-me bom senso / [Arno Frelich?]
Senhor, dá-me bom senso / [Arno Frelich?]
 
Introdução ao pentateuco
Introdução ao pentateucoIntrodução ao pentateuco
Introdução ao pentateuco
 
Profetas Maiores.pptx
Profetas Maiores.pptxProfetas Maiores.pptx
Profetas Maiores.pptx
 
Melquisedeque.
Melquisedeque.Melquisedeque.
Melquisedeque.
 
Bibliologia pr. jonas freitas de jesus
Bibliologia   pr. jonas freitas de jesusBibliologia   pr. jonas freitas de jesus
Bibliologia pr. jonas freitas de jesus
 

Mais de ssuser615052

O cidadão dos céus
O cidadão dos céusO cidadão dos céus
O cidadão dos céusssuser615052
 
A ceia das bodas e o noivo
A ceia das bodas e o noivoA ceia das bodas e o noivo
A ceia das bodas e o noivossuser615052
 
A bíblia contém paradoxo
A bíblia contém paradoxoA bíblia contém paradoxo
A bíblia contém paradoxossuser615052
 
A arte de profetizar
A arte de profetizarA arte de profetizar
A arte de profetizarssuser615052
 
A criação do mundo
A criação do mundoA criação do mundo
A criação do mundossuser615052
 
A confissão de fé e a lógica
A confissão de fé e a lógicaA confissão de fé e a lógica
A confissão de fé e a lógicassuser615052
 
A ciencia de ficar rico
A ciencia de ficar ricoA ciencia de ficar rico
A ciencia de ficar ricossuser615052
 
A cruz e a crítica
A cruz e a críticaA cruz e a crítica
A cruz e a críticassuser615052
 
A datação do apocalipse
A datação do apocalipseA datação do apocalipse
A datação do apocalipsessuser615052
 
A despedida do lider
A despedida do liderA despedida do lider
A despedida do liderssuser615052
 
A análise da personalidade
A análise da personalidadeA análise da personalidade
A análise da personalidadessuser615052
 
1965 12-12-comunhao
1965 12-12-comunhao1965 12-12-comunhao
1965 12-12-comunhaossuser615052
 
500 segredos culinarios revelados
500 segredos culinarios revelados500 segredos culinarios revelados
500 segredos culinarios reveladosssuser615052
 
184 as bem aventuranças charles haddon spurgeon
184 as bem aventuranças   charles haddon spurgeon184 as bem aventuranças   charles haddon spurgeon
184 as bem aventuranças charles haddon spurgeonssuser615052
 
133 miquéias nosso contemporâneo pr isaltino gomes coelho filho
133 miquéias nosso contemporâneo   pr isaltino gomes coelho filho133 miquéias nosso contemporâneo   pr isaltino gomes coelho filho
133 miquéias nosso contemporâneo pr isaltino gomes coelho filhossuser615052
 
74 o sábado lunar, o calendário do criador pr osvair munhoz
74 o sábado lunar, o calendário do criador   pr osvair munhoz74 o sábado lunar, o calendário do criador   pr osvair munhoz
74 o sábado lunar, o calendário do criador pr osvair munhozssuser615052
 

Mais de ssuser615052 (20)

O cidadão dos céus
O cidadão dos céusO cidadão dos céus
O cidadão dos céus
 
A ceia das bodas e o noivo
A ceia das bodas e o noivoA ceia das bodas e o noivo
A ceia das bodas e o noivo
 
A bíblia contém paradoxo
A bíblia contém paradoxoA bíblia contém paradoxo
A bíblia contém paradoxo
 
A arte de profetizar
A arte de profetizarA arte de profetizar
A arte de profetizar
 
A analogia da fé
A analogia da féA analogia da fé
A analogia da fé
 
A criação do mundo
A criação do mundoA criação do mundo
A criação do mundo
 
A confissão de fé e a lógica
A confissão de fé e a lógicaA confissão de fé e a lógica
A confissão de fé e a lógica
 
A ciencia de ficar rico
A ciencia de ficar ricoA ciencia de ficar rico
A ciencia de ficar rico
 
A cruz e a crítica
A cruz e a críticaA cruz e a crítica
A cruz e a crítica
 
A datação do apocalipse
A datação do apocalipseA datação do apocalipse
A datação do apocalipse
 
A despedida do lider
A despedida do liderA despedida do lider
A despedida do lider
 
A análise da personalidade
A análise da personalidadeA análise da personalidade
A análise da personalidade
 
1965 12-12-comunhao
1965 12-12-comunhao1965 12-12-comunhao
1965 12-12-comunhao
 
o rapto
o raptoo rapto
o rapto
 
1965 09-19-sede
1965 09-19-sede1965 09-19-sede
1965 09-19-sede
 
500 segredos culinarios revelados
500 segredos culinarios revelados500 segredos culinarios revelados
500 segredos culinarios revelados
 
184 as bem aventuranças charles haddon spurgeon
184 as bem aventuranças   charles haddon spurgeon184 as bem aventuranças   charles haddon spurgeon
184 as bem aventuranças charles haddon spurgeon
 
133 miquéias nosso contemporâneo pr isaltino gomes coelho filho
133 miquéias nosso contemporâneo   pr isaltino gomes coelho filho133 miquéias nosso contemporâneo   pr isaltino gomes coelho filho
133 miquéias nosso contemporâneo pr isaltino gomes coelho filho
 
74 o sábado lunar, o calendário do criador pr osvair munhoz
74 o sábado lunar, o calendário do criador   pr osvair munhoz74 o sábado lunar, o calendário do criador   pr osvair munhoz
74 o sábado lunar, o calendário do criador pr osvair munhoz
 
52 jogos biblicos
52 jogos biblicos52 jogos biblicos
52 jogos biblicos
 

Último

Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos PobresOração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos PobresNilson Almeida
 
As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................natzarimdonorte
 
O Sacramento do perdão, da reconciliação.
O Sacramento do perdão, da reconciliação.O Sacramento do perdão, da reconciliação.
O Sacramento do perdão, da reconciliação.LucySouza16
 
As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)natzarimdonorte
 
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdf
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdfTabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdf
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdfAgnaldo Fernandes
 
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIAMATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIAInsituto Propósitos de Ensino
 
2 joão (1) 1.pptx As TRÊS CARTAS DO APÓSTOLO JOÃO têm uma mensagem solene e u...
2 joão (1) 1.pptx As TRÊS CARTAS DO APÓSTOLO JOÃO têm uma mensagem solene e u...2 joão (1) 1.pptx As TRÊS CARTAS DO APÓSTOLO JOÃO têm uma mensagem solene e u...
2 joão (1) 1.pptx As TRÊS CARTAS DO APÓSTOLO JOÃO têm uma mensagem solene e u...MiltonCesarAquino1
 
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxLição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxCelso Napoleon
 
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingoPaulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingoPIB Penha
 
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdfBaralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdfJacquelineGomes57
 
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRAEUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRAMarco Aurélio Rodrigues Dias
 
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 199ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19PIB Penha
 
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudoSérie Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudoRicardo Azevedo
 
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...PIB Penha
 

Último (18)

Mediunidade e Obsessão - Doutrina Espírita
Mediunidade e Obsessão - Doutrina EspíritaMediunidade e Obsessão - Doutrina Espírita
Mediunidade e Obsessão - Doutrina Espírita
 
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos PobresOração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
 
As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................
 
O Sacramento do perdão, da reconciliação.
O Sacramento do perdão, da reconciliação.O Sacramento do perdão, da reconciliação.
O Sacramento do perdão, da reconciliação.
 
As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)
 
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdf
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdfTabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdf
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdf
 
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIAMATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
 
2 joão (1) 1.pptx As TRÊS CARTAS DO APÓSTOLO JOÃO têm uma mensagem solene e u...
2 joão (1) 1.pptx As TRÊS CARTAS DO APÓSTOLO JOÃO têm uma mensagem solene e u...2 joão (1) 1.pptx As TRÊS CARTAS DO APÓSTOLO JOÃO têm uma mensagem solene e u...
2 joão (1) 1.pptx As TRÊS CARTAS DO APÓSTOLO JOÃO têm uma mensagem solene e u...
 
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS NA VISÃO ESPÍRITA
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS  NA VISÃO ESPÍRITAVICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS  NA VISÃO ESPÍRITA
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS NA VISÃO ESPÍRITA
 
Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)
Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)
Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)
 
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxLição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
 
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingoPaulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
 
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdfBaralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
 
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRAEUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
 
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 199ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
 
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudoSérie Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
 
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmoAprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
 
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
 

A abertura do evangelho segundo marcos

  • 1. Monergismo.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9) www.monergismo.com 1 A ABERTURA DO EVANGELHO SEGUNDO MARCOS (CAPÍTULO 1, VERSÍCULO 1) NO CÓDICE GREGO DA BIBLIOTECA NACIONAL DO RIO DE JANEIRO Paulo José Benício (Universidade Presbiteriana Mackenzie) “Si qua tamen tibi lecturo pars oblita derit, haec erit e lacrimis facta litura meis: aut si qua incerto fallet te littera tractu, signa meae dextrae iam morientis erunt”. “Se, quando leres esta carta, alguma parte tiver desaparecido, terão sido minhas lágrimas que apagaram; se não conseguires ler alguma letra de traçado incerto, serão sinais de minha mão que já desfalece”. (Propércio, Carta de Aretusa a Licota, Elegias IV, 3) RESUMO O mais antigo manuscrito da América Latina, em posse da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, é um códice em pergaminho, escrito em minúsculas gregas e contendo os quatro evangelhos. O objetivo deste artigo consiste em, à luz da tradição manuscrita do Novo Testamento grego, analisar a autenticidade da variante textual referente ao início do Evangelho segundo Marcos (capítulo 1, versículo 1), da forma como este documento a evidencia. Palavras-chave: manuscritos gregos, o Evangelho segundo Marcos 1,1, variantes textuais, o filho de Deus. The opening verse of the Gospel according to Mark (chapter 1, verse 1) in the Greek codex of the Rio de Janeiro National Library
  • 2. Monergismo.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9) www.monergismo.com 2 ABSTRACT The most ancient manuscript of Latin America belongs to the Rio de Janeiro National Library. It is a twelfth-century parchment codex, written in Greek minuscules, which contains the four gospels. The author of this article, in the light of the manuscriptological tradition of the Greek New Testament, aims to assess the authenticity of the variant reading of the Gospel according to Mark (chapter 1, verse 1) supported by this document. Key words: Greek manuscripts, the Gospel according to Mark 1,1, variant readings, the Son of God. Em Marcos, capítulo 1, verso 1, onde se lê: avrch. tou/ euvaggeli,ou VIhsou/ Cristou/ ui`ou/ (tou/) qeou/, princípio do evangelho de Jesus Cristo, filho de Deus, existe um problema de corrupção textual. Por um lado, a expressão ui`ou/ (tou/) qeou/, filho de Deus não aparece na leitura original do documento a* (álefe)1 e em parte dos códices (manuscritos geralmente antigos em forma de livro) representantes do tipo de texto (nomenclatura aplicada aos textos que reúnem características semelhantes) denominado cesarense (disseminado em Cesaréia por Orígenes).2 Por outro, encontra-se em maiúsculos (manuscritos redigidos em letras maiúsculas) considerados de grande valor na restauração do Novo Testamento,3 como também na esmagadora maioria das fontes documentais gregas mais recentes.4 O códice grego da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro (pergaminho em minúsculas, datado do século XII e que contém os evangelhos, com exceção de Mateus 1,1-17) ao lado do maiúsculo A, das famílias (grupos de manuscritos com íntima semelhança textual) 1 e 13 e do minúsculo (manuscrito redigido em letras minúsculas) 1 Alude-se ao maiúsculo Sinaítico (século IV), na sua leitura original. Cf. Na27 , 1993, p. 88. 2 Refere-se ao maiúsculo Q - Korideto (século IX) e ao minúsculo 28 (século XI). Cf. Na27 , 1993, p. 88. 3 Reporta-se a a1 (Sinaítico, na sua primeira correção), B (Vaticano-século IV), L (Regius-século VIII), D (Beza-século V) e W (Washingtoniano-século V). Cf. Na27 , 1993, p. 88. 4 Esses documentos (em minúsculas) são datados entre os séculos IX e XV.
  • 3. Monergismo.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9) www.monergismo.com 3 33,5 além de trazer ui`ou/ qeou/, ainda inclui, na expressão, o artigo tou/ (ui`ou/ tou/ qeou/, filho de Deus). Essa inserção, que não se reputa fazer diferença significativa ao título em estudo, pode ter sido influenciada pelo emprego do artigo em outras declarações respeitantes à intitulação de Jesus como filho de Deus (cf. Marcos 1,11; 3,11.12; 5,7; 9,7; 14,61). Diante da incontestável evidência manuscritológica (não obstante se esteja restringindo as pesquisas deste trabalho tão-somente aos códices maiúsculos e minúsculos já mencionados) em defesa da leitura ui`ou/ (tou/) qeou/, faz-se necessário trazer à tona alguns esclarecimentos sobre a sua ausência em a*, Q (theta) e 28. Um bom número de peritos afirma que o copista pode ter cometido um tipo de erro involuntário, cognominado parablepse – isto é: seus olhos devem ter saltado do ditongo ou/, no final de Cristou/, para as mesmas letras em qeou/, omitindo o que estava posto no meio da frase, deixando assim de lado a expressão filho de Deus. Isso teria ocorrido pela semelhança entre as abreviaturas dos nomina sacra (nomes sagrados: VIhsou/, Cristou/, ui`ou/ e qeou/ ).6 A principal dificuldade em se aceitar essa explicação reside no fato da incerteza de uma modificação textual não intencional acabar persistindo tão de maneira tão acentuada em praticamente todo o processo de transmissão textual do Novo Testamento grego. Outros estudiosos vêem a possibilidade de todo o versículo 1 do capítulo I do 5 A - Alexandrino (século V), 33 (século IX), família 1 (séculos XII-XIV) e família 13 (séculos XI-XV). Cf. Na27 , 1993, p. 88. Essas famílias atestam o tipo de texto cesarense. A respeito delas, cf. BITTENCOURT, 1993, p. 91-92, METZGER, 1992, p. 61-62, PAROSCHI, 1999, p. 54. 6 Cf. GUNDRY, 1993, p. 33, MANN, 1986, p.105-106. Sobre parablepse, maiores explicações podem ser encontradas em BITTENCOURT, 1993, p. 112, METZGER, 1992, p. 189, PAROSCHI, 1999, p. 94.
  • 4. Monergismo.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9) www.monergismo.com 4 Evangelho de Marcos consistir no título do livro, podendo a expressão em questão (ui`ou/ qeou/) advir de um alongamento elaborado por algum escriba.7 Não se concorda com tal explanação por parecer improvável que o Evangelho inicie com citações do Antigo Testamento (cf. 1,2.3), sem trazer uma palavra introdutória. Ademais, pode-se ainda inquirir se o escriba não seria mais propenso à omissão por amor da estética frasal, já que não ficaria bem a sucessiva repetição dos finais semelhantes das palavras em 1,1. Existe ainda um outro grupo de estudiosos que aceita a possibilidade da mudança textual ter sido feita por escribas preocupados com o adocionismo (ensinamento que distinguia em Cristo uma natureza divina de outra humana, afirmando que o homem Jesus de Nazaré era filho de Deus apenas por adoção).8 Tais copistas, no afã de salvaguardar a doutrina ortodoxa da filiação de Cristo, teriam acrescentado as palavras ui`ou/ (tou/) qeou/, antes mesmo das menções feitas ao seu batismo e ao seu precursor, João (o Batista). Não fora o testemunho da esmagadora maioria dos documentos em prol do epíteto em discussão, essa elucidação poderia até ser levada em conta. Acredita-se gozar de mais naturalidade a justificativa a seguir: escribas com tendências gnósticas teriam, intencionalmente, omitido a alcunha filho de Deus nos manuscritos a*, Q (theta) e 28.9 A bem da verdade, nota-se que, excetuando-se os documentos já assinalados, toda a tradição manuscrita do Novo Testamento grego confirma a inclusão dos termos (ui`ou/ (tou/) qeou/, filho de Deus) no início dos escritos de Marcos. De fato, no seu Evangelho, ele põe em evidência a vida e a obra do Servo Sofredor, o filho de Deus par excellence. A revelação desse título desponta nos seguintes momentos do ministério de 7 Cf. METZGER, 1971, p. 73. Quanto à autenticidade de Marcos 1.1, cf. GUTHRIE, 1970, p. 79-80, MAUERHOFER, 1995, p. 97-110. 8 Cf. EHRMAN, 1993, p. 75. 9 Cf. BURGON, 1896, p. 286.
  • 5. Monergismo.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9) www.monergismo.com 5 Jesus: por ocasião do seu batismo (1,11), quando da sua transfiguração (9,7), na confissão dos demônios (1,23.24; 3,11.12; 5,7), no interrogatório do sumo sacerdote (14,61.62) e na declaração do centurião romano (15,38.39). No Antigo Testamento, esse epíteto é aplicado aos anjos (Gênesis 6,2; Jó 1,6; 38,7), a Israel (Êxodo 4,22; Oséias 11,1) e ao rei (II Samuel 7,14; Salmo 2,7; 89,26). Nenhum desses exemplos, contudo, elucida o título usado por Marcos. Ao que parece, o evangelista teve que “ampliar o conceito” do filho de Deus como Messias, atribuindo- lhe um significado totalmente novo. O filho de Deus, em Marcos, é um ser divino cuja dynamis / poder se manifesta em suas palavras e em sua vida. A própria humanidade de Jesus, no retrato de Marcos, só pode ser compreendida se, nele, o "varão de dores", for contemplado também um ser de origem e dignidade sobrenatural. Esse discípulo acredita que Jesus é filho de Deus por natureza – a própria voz divina, no batismo, declara-o como tal. O evangelista não apresenta um dogma sentencioso sobre a encarnação, porém, segundo parece, está convencido de que Jesus é o Deus revelatus (Deus revelado). Essa idéia não abaliza o docetismo, pois a humanidade de Cristo é apresentada como real (cf. 1,43; 3,5; 10,14; 13,32; 14,33). A visão de Marcos se expressa através desta confissão: por detrás de uma vida plenamente humana, esconde- se a divindade, e tal divindade é perceptível na personalidade, ensinamento e obras de Jesus somente para aqueles que têm olhos para ver.10 Entende-se assim que tanto o testemunho dos manuscritos gregos (evidência externa) como a cristologia de Marcos (evidência interna) incitam à inserção de ui`ou/ (tou/) qeou/, filho de Deus no final do 1º versículo do capítulo I. Deve-se ainda salientar que a maior parte dos peritos pertencentes ao campo da Baixa Critica também chegou à mesma conclusão, eximindo-se, inclusive, de seguir a 10 O forte tom cristológico do Segundo Evangelho é concisa e coerentemente explicado por GUNDRY, 1993, p. 33-34, HENDRIKSEN, 1975, p. 32-34, LANE, 1979, p. 41.
  • 6. Monergismo.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9) www.monergismo.com 6 orientação dos cânones normalmente empregados na avaliação da autenticidade de um trecho neotestamentário: difficilior lectio potior (a leitura mais difícil deve ser a preferida) e brevior lectio potior (a leitura mais curta deve ser a preferida). Citam-se, a título de exemplo, Zane C. Hodges e Arthur Farstad.11 Os eruditos Eberhard e Erwin Nestle, bem como Barbara e Kurt Aland, ainda que com certo grau de dúvida, também não deixaram de acrescentar, ao seu Novum Testamentum Graece, a expressão ui`ou/ (tou/) qeou/, filho de Deus.12 Dessa forma também procederam os editores do Novo Testamento grego publicado pelas Sociedades Bíblicas Unidas.13 Para finalizar, da perspectiva do que hoje se chama de crítica genética, convém lembrar que, de uma forma ou de outra, a variante mostrada por cada manuscrito não deixa de constituir uma lição única, atestando diversos estágios presentes nas mãos de sucessivas comunidades cristãs. E isso não constitui uma exceção no que diz respeito às leituras que compõem a abertura do Evangelho segundo Marcos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALAND, K. et al. (Hg.). Novum Testamentum Graece. 27. Aufl. Stuttgart: Deutshe Bibelgesellschaft, 1993. (Nestle-Aland27 ) ALAND, B. et al. (Eds.). The Greek New Testament. 4. ed. Stuttgart: Deutsche Bibelgesellschaft, 1993. (UBS4 ) BITTENCOURT, B. P. O Novo Testamento: metodologia da pesquisa textual. 3. ed. Rio de Janeiro: Juerp, 1993. BURGON, J. W. The Traditional Text of the Holy Gospels Vindicated and Established. London: George Bell and Sons, 1896. EHRMAN, B. D. The Orthodox Corruption of Scripture - The Effect of Early Christological Controversies on the Text of the New Testament. New York: Oxford University Press, 1996. 11 Cf. Hf, 1985, p. 104. 12 Cf. Na27 , 1993, p. 88. 13 Cf. UBS4 , 1994, p. 117
  • 7. Monergismo.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9) www.monergismo.com 7 GUNDRY, R. H. Mark - A Commentary on his Apology for the Cross. Grand Rapids: Eerdmans, 1993. GUTHRIE, D. New Testament Introduction. 3. ed. Downers Grove: Inter-Varsity Press, 1970. HENDRIKSEN, W. New Testament Commentary - An Exposition of the Gospel According to Mark. Grand Rapids: Baker Book House, 1975. HODGES, Z. C., FARSTAD, A. L. (Eds.). The Greek New Testament According to the Majority Text. 2. ed. Nashville: Thomas Nelson, 1985. (Hf.) LANE, W. L. The Gospel According to Mark. Grand Rapids: Eerdmans, 1979. MANN, C. S. Mark – A New Translation and Commentary. New York: Doubleday, 1986. MAUERHOFER, E. Einleitung in die Schriften des Neuen Testaments. B. I (Matthäus- Apostelgeschichte). Stuttgart: Hänssler, 1995. METZGER, B. M. A Textual Commentary on the Greek New Testament. 2. ed. Stuttgart: United Bible Societies, 1971. ________. The Text of the New Testament - Its Transmission, Corruption, and Restoration. 3. ed. New York/Oxford: Oxford University Press, 1992. PAROSCHI, W. Critica textual do Novo Testamento. 2. ed. São Paulo: Vida Nova, 1999. WESTCOTT, B. F., HORT, F. J. A. Introduction to the New Testament in the Original Greek. Peabody: Hendrickson, 1882. (WH)