1) O documento discute a formação do Cânon Bíblico e como os livros precisavam ser apostólicos, aceitos pela Igreja e condizentes com o ensino de Jesus. 2) Apresenta as teorias sobre a origem dos evangelhos sinóticos, como a interdependência e os fragmentos. 3) Explica que a crítica textual analisa evidências para encontrar o texto mais próximo do original, sem duvidar da inspiração divina.
3. O CÂNON E O TEXTO DO NOVO TESTAMENTO E CRITICA TEXTUAL
4. I- FORMAÇÃO DO CÂNON BÍBLICO A palavra Cânon transliteração do termo grego kanwvn, que significa vara reta, régua, regra. Naturalmente estava se formando um conjunto de livros que reivindicavam a inspiração divina, a igreja primitiva já usava estes livros como orientação para sua vida cristã. O Gnosticismo veio reforçar a necessidade de um cânon fixado por colocar em perigo o ensino de Cristo.
5. Para entrar no Cânon Bíblico o precisava ser apostólico, isto é, de origem comprovada de um apostolo de Jesus Cristo. O livro precisava ter a aceitação geral da Igreja, aceito pela tradição. O Livro precisava conter um ensino puro e condizente com o ensino de Jesus. Estar de conformidade com o ensino apostólico, que retransmitiria o que ouviu de Jesus.
6. Crítica Textual É importante salientar que o objetivo da critica textual não é duvidar da inspiração divina quanto aos livros canônicos. Analisa, porém as evidências externas e internas de cada livro, assim como procura encontrar o texto que mais se assemelha com o original. Leva, portanto, em conta a composição dos livros, idade dos manuscritos, leitura prováveis etc.
9. · Teoria da interdependência Esta teoria acredita que um dos três escreveu primeiro, baseado em grande parte na tradição oral; O próximo a escrever baseou-se no primeiro e que o terceiro usou a ambos.
10. Teoria dos fragmentos: Segundo esta hipótese, produzida por Schleiermacher (1768-1834 d.C.) em 1817, os sinóticos foram formados a partir de inúmeros fragmentos que foram registrados pelos apóstolos e seus ouvintes. Esses fragmentos, contendo as narrativas e discursos, logo foram traduzidos para o grego e serviram de base para os evangelistas sinóticos, que os coletaram e com eles formaram os seus evangelhos.
11. Teoria da Tradição Oral: Foi defendida primeiro em 1797/97 por J.G. Herder e mais tarde por J.K.L. Geisler, em 1818. Baseia-se na pressuposição de um proto- evangelho, não escrito, como queria Lessing, mas oral. Foi aceita por muitos estudiosos protestantes como Westcott, Alford, Godet, etc.
13. O Dr. Russel Shedd nos dá algumas alternativas : Os relatos de testemunhas oculares, estes relatos dos apóstolos, e de outros, Lucas mesmo afirma ter usado tais testemunhas – Lc. 12:1-4. Podem ter existidos ainda fragmentos escritos: Lucas menciona matéria escrita, há indicações que na narrativa do nascimento e primeiros anos de Jesus preservada por Lucas, foi composta em aramaico e traduzida para o grego.
14. Não pode existir dúvida que houve muita referência pela vida e os ensinamentos de Jesus na Igreja Primitiva. O culto na Igreja Primitiva seguiu o padrão da sinagoga em seu culto; depois da leitura do AT algum acontecimento ditado de Cristo provavelmente era citado e comentado.
15. O resultado desta maneira de citar Cristo pode ter criado uma forma estereotipada preservada nos evangelhos. Diferenças individuais de personalidade, de ponto de vista e de intenção explicam as diferenças. A Inspiração do Espírito Santo sempre vem antes do processo de “inscripturação” e esta no controle total de Deus. Ao mesmo tempo, há lugar para as diferenças individuais dos autores humanos.