O documento discute a teologia do pluralismo religioso, apresentando diferentes perspectivas como exclusivismo, inclusivismo e pluralismo. O pluralismo religioso surge como uma característica da sociedade pós-moderna e líquida e defende a validade de todas as religiões. A teologia do pluralismo busca interpretar o pluralismo religioso por meio do diálogo inter-religioso.
7. Gnosticismo Evangélico
Moral
*Fé
*Graça
*Missões
*Ética
Sagrado
* Teologia
* Evangelismo
* Discipulado
* Devoção Natural
Deus
Físico
* Trabalho
* Razão
* Negócios
* Política
Secular
* Ciência
* Economia
* Mídia de Massa
* As Artes
Ministério Físico
Justiça Social
Dias da Semana
Disciplinas Espirituais
Guerra Espiritual
Domingos
Espiritual
9. Deus é
transcendente
Ele é independente da
criação
Deus é
imanente
em Sua criação
COSMOVISÃO BÍBLICA
Ser
História
Encarnação
E.S. Habitando
10. Coram Deo: Diante da face/presença de Deus
Fé
Ciência
Negócios
Missões
Justiça
Arte / Musica
Vida Devocional
Pão
Razão
Teologia
Ética
Política
Evangelismo
Natureza
Serviço
Comunitário
Evangelho
Deus
12. SOCIEDADE LIQUIDA
Ronaldo Lidório
Promovido pela urbanização e globalização,
vemos o enraizamento de uma sociedade que
pode ser chamada de líquida, como defende
Zygmunt Bauman, a modernidade líquida.
Trata-se de uma época em que tudo é rápido,
volátil, descartável. Não apenas produtos,
mas também experiências, alvos, programas
e convicções. Assim, procura-se aquilo que
seja plenamente sensorial, imediato e
13. SOCIEDADE LIQUIDA
Ronaldo Lidório
É um produto do chamado pós-modernismo,
uma influência marcada pela ruptura com o
rigor, especialmente com tudo o que é
absoluto. O filósofo francês Ernest Gellner
defende que a pós-modernidade não tem
clareza, pois é de sua natureza repudiar
qualquer clareza.
14. SOCIEDADE LIQUIDA
Ronaldo Lidório
Um exemplo desse pós-modernismo líquido,
que repudia tudo o que é absoluto,
tradicional e histórico, é a palavra do ano
escolhida pelo dicionário de Oxford em 2016:
“pós-verdade”. E segue acompanhada de um
comentário que evoca a supremacia do
pensamento individual e sensorial aos fatos
históricos e coletivos.
15. PLURALISMO E MULTIRRELIGIOSIDADE
Ronaldo Lidório
O pluralismo junta-se ao pós-modernismo para negar
os dogmas, as verdades absolutas, agregando os
conceitos filosóficos de tolerância e antropológicos de
diversidade. Lesslie Newbigin esclarece que o
pensamento plural resulta especialmente do
movimento sociorreligioso dos séculos 18 e 19. Nesse
período, passaram a ser aceitas duas diferentes
maneiras complementares (e não paralelas) de
entender o universo: a partir da Bíblia e a partir da
natureza. Nega-se, portanto, a autoridade
16. “O pluralismo é concebido como sendo uma característica
própria da sociedade secular, na qual não há um padrão
oficialmente aprovado de crenças ou condutas. Portanto, ele
também é concebido como sendo uma sociedade livre, não
controlada pelo dogma aceito, mas caracterizada, em vez disso,
pelo espírito crítico disposto a submeter todos os dogmas ao
exame crítico (e até mesmo cético).”
Lesslie Newbigin
17. “Numa sociedade pluralista como a nossa, qualquer afirmação
confiante de crença absoluta, qualquer afirmação de anunciar a
verdade sobre Deus e seu propósito para o mundo está sujeita a
ser rejeitada como ignorante, arrogante, dogmática.”
Lesslie Newbigin
18. O pluralismo parece bom! Ninguém tentando convencer o
outro. É o “respeito” pela opinião alheia.
19. O QUE É PLURALISMO?
Lesslie Newbigin
É necessário fazer a distinção entre
pluralismo cultural e pluralismo religioso.
Sem dúvida, é verdade que cultura e religião
estão profundamente interligados. De um
ponto de vista, a religião é um aspecto da
cultura, mas a religião como um todo não se
resume a isso. As religiões podem ser
multiculturais, como obviamente é o
cristianismo. E as pessoas de diferentes
religiões podem compartilhar muita coisa de
uma cultura comum.
20. O QUE É PLURALISMO?
Lesslie Newbigin
O pluralismo cultural é a atitude que acolhe
a diversidade de culturas e estilos de vida
dentro de uma sociedade e acredita que isso
é um enriquecimento da vida humana.
O pluralismo religioso, por outro lado, é a
crença de que as diferenças entre as religiões
não são uma questão de verdade e mentira,
mas de diferentes percepções da única
verdade; que falar de crenças religiosas como
verdadeiras ou falsas é inadmissível.
21. O PLURALISMO SEMPRE EXISTIU
O paganismo era essencialmente pluralista:
“muitos deuses convivendo
harmoniosamente”.
Como proposta intelectual, está intimamente
ligado aos movimentos que, desde o período
do Renascimento, se preocuparam com a
valorização do indivíduo, mas em detrimento
da fé.
22. PLURALISMO
Um “deus” é apenas a expressão máxima dos
códigos sociais de um povo, ou de seu
inconsciente coletivo.
A conclusão é que Deus é criado, e não o
criador! Deus seria o “delírio” do inconsciente
coletivo.
Leva-se ao extremo o conceito de o homem ser a
medida de todas as coisas. Como há muitos
homens, há também muitas medidas; todas
devem ser respeitadas, pois todas são “válidas”.
23. PLURALISMO
O Pluralismo chega aos seus objetivos
defendendo o direito de cada um crer naquilo
que quiser.
Não há uma verdade absoluta, universal, e
sim verdades individuais, todas “válidas”.
De ofensa a Deus, o pecado passa a ser, no
máximo, uma agressão às convicções de outra
pessoa ou grupo. É o que se chama de
“relativismo”.
24. EXEMPLO DE PLURALISMO
A sexualidade é uma das grandes “bandeiras”
do pluralismo na atualidade.
A questão sexual é apenas um “código de
valores” de uma pessoa ou grupo, que pode
ser apreciado, mas não imposto, aos demais.
A prática do sexo apenas nos limites do
casamento é apenas tabu, ou falta de
esclarecimento.
O homossexualismo é apenas uma opção
pessoal.
25. TEOLOGIA DO PLURALISMO RELIGIOSO
Faustino Teixeira
Na raiz desta teologia do pluralismo religioso
está a prática do diálogo inter-religioso. Trata-se
de uma teologia que busca responder e
interpretar, no plano de uma elaboração teórica,
a realidade religiosa plural circundante. O
grande desafio do diálogo inter-religioso está em
reconhecer sem restrição alguma o caráter
irredutível e irrevogável do outro interlocutor,
com o qual se instaura a busca de um
conhecimento mútuo e de um recíproco
enriquecimento.
26. TEOLOGIA DO PLURALISMO RELIGIOSO
Com base na reflexão de H.R.Schlette, L.Boff acentua
a significação salvífica das religiões mundiais como
“caminhos ordinários” para Deus e reconhece a
presença da graça nas religiões concretas. Este autor
reconhece as religiões como fenômeno histórico-
salvífico e sinaliza a importância do pluralismo das
religiões. Tal pluralismo não é visto como expressão
de confusão ou queda, mas como sinal “da riqueza do
ser humano, das suas experiências e interpretações da
realidade, que inclui a religião enquanto resposta do
ser humano à iniciativa salvadora de Deus (...). Assim
as religiões são caminhos ordinários de salvação em
direção a Deus com base na história da salvação
sacramentária geral"
27. TEOLOGIA DO PLURALISMO RELIGIOSO
A teologia das religiões ou do pluralismo
religioso constitui um campo novo de
reflexão e seu estatuto epistemológico vai
sendo definido progressivamente. Trata-se de
um fenômeno típico da modernidade plural,
que provoca a crise das “estruturas
fechadas” e convoca a “sistemas abertos de
conhecimento”
28. TEOLOGIA DO PLURALISMO RELIGIOSO
O teólogo Karl Rahner indica que as diversas
religiões não apresentam somente elementos
de uma crença natural em Deus, mas trazem
consigo “substanciais traços sobrenaturais da
graça doada por Deus ao homem em Jesus
Cristo“.
29. TEOLOGIA DO PLURALISMO RELIGIOSO
A teologia das religiões nascente seguirá um
itinerário marcado por grande diversidade de
perspectivas. Tende-se, em geral, a sintetizar
estas perspectivas em três grandes linhas:
exclusivismo, inclusivismo e pluralismo.
30. TEOLOGIA DO PLURALISMO RELIGIOSO
• somente em Cristo há salvação.
EXCLUSIVISMO
• pontes entre cristãos e não cristão, uma
posição de harmonização.
INCLUSIVISMO
• nega a exclusividade, onde outras religiões
conduzem a Deus (parceria).
PLURALISMO
31. TEOLOGIA DO PLURALISMO RELIGIOSO
A provocação mais decisiva veio da perspectiva
pluralista, com John Hick e Paul Knitter, entre outros.
Eles reagem sobretudo aos teólogos inclusivistas, que
mesmo reconhecendo os valores espirituais de outras
religiões, permanecem afirmando, ainda que
implicitamente, a superioridade final do cristianismo.
Para os inclusivistas, a salvação, onde quer que
aconteça, é sempre salvação cristã. Sintetizando a
postura pluralista, Hick indica que sua peculiaridade
encontra-se no reconhecimento da “validade de todas
religiões mundiais como contextos autênticos de
salvação/libertação, os quais não são secretamente
dependentes da cruz de Cristo”.
32. TEOLOGIA DO PLURALISMO RELIGIOSO
Este novo modelo de reflexão teológica sobre
o pluralismo religioso ganha uma
nomenclatura diversificada. Fala-se em em
“inclusivismo aberto”, “inclusivismo mutual”,
“inclusivismo recíproco”, “pluralismo
receptivo”, “pluralismo inclusivo” etc. Mas
em comum partilha-se, em geral, a mesma
convicção sobre o valor do pluralismo de
princípio e do caráter irredutível e
irrevogável das tradições religiosas.