O documento discute o surgimento e influência do liberalismo teológico no cristianismo. O liberalismo teológico surgiu na Alemanha no século 18 como uma reação ao racionalismo e iluminismo, questionando a autoridade bíblica e enfatizando a razão humana. Teólogos como Schleiermacher e Ritschl influenciaram o movimento a relativizar a doutrina cristã. O liberalismo teológico se espalhou para outros países europeus e América do Norte no século 19.
2. “Seca-se a erva, e cai a
flor, porém a palavra de
nosso Deus subsiste
eternamente.”
Isaías 40.8
3. LIBERALISMO TEOLÓGICO
• O liberalismo na igreja, qualquer
que seja o julgamento que não é
mais meramente um assunto
acadêmico. Não é mais
simplesmente um assunto
relegado aos seminários
teológicos ou universidades. Pelo
contrário, seu ataque aos
fundamentos da fé cristã está
sendo conduzido vigorosamente
através de “lições” de Escola
Dominical, do púlpito, e da
4. LIBERALISMO TEOLÓGICO
• O liberalismo teológico tenta
esvaziar a Escritura,
desacreditando sua veracidade,
negando, assim, sua inerrância.
Onde ele chega, mata a igreja. O
liberalismo teológico coloca a
razão acima das Escrituras. Há
muitas igrejas mortas na Europa,
na América do Norte e também no
Brasil em função do liberalismo
teológico.
5. O liberalismo é um sistema
complexo, individualista e
que não se ajusta a nenhum
outro sistema ou dogma,
afirmando uma
racionalidade humana em
detrimento da soberania
divina.
Os liberais defendem a
absoluta liberdade de
expressão, uma ampla
democracia política e uma
expressiva tolerância
religiosa para que haja um
pleno desenvolvimento de
suas ideias.
6. LIBERALISMO TEOLÓGICO
• Teologia liberal (ou liberalismo teológico) é
um movimento teológico final do século
XVIII e o início do século XX. Relativizando
a autoridade da Bíblia, o liberalismo
teológico estabeleceu uma mescla da
doutrina bíblica com a filosofia e as
ciências da religião. Ainda hoje, um autor
que não reconhece a autoridade final da
Bíblia em termos de fé e doutrina é
denominado, pelo protestantismo
ortodoxo, de "teólogo liberal".
7. LIBERALISMO TEOLÓGICO
• Também chamado de modernismo e em
outras vezes de neoprotestantismo, foi
uma ramificação da teologia alemã que
surgiu depois do iluminismo, pelo qual foi
produzido, opondo-se a ortodoxia cristã,
enfatizando que a Bíblia contém a Palavra
de Deus e dessa forma seus teólogos, em
sua maioria, rejeitam a revelação das
Escrituras e o sobrenatural que há nela. “Na
teologia, o liberalismo é um sistema
unificado” - (SCHAEFFER, 2010, p. 113)
9. PRINCIPAIS NOMES
• Oficialmente, a teologia liberal se iniciou,
no meio evangélico, com o alemão
Friedrich Schleiermacher (1768-1834), o
qual negava a autoridade e igualmente a
historicidade dos milagres de Cristo. Ele
não deixou uma só doutrina bíblica sem
contestação. Para ele, o que valia era o
sentimento humano: Se a pessoa "sentia" a
comunhão com Deus, ela estaria salva,
mesmo sem crer no Evangelho de Cristo.
10. PRINCIPAIS NOMES
• Meio século depois de Schleiermecher, outro
teólogo questionou a autoridade Bíblica,
Albrecht Ritschl (falecido em 1889). Para Ritschl,
a experiência individual vale mais que a
revelação escrita. Assim, pregava que Jesus só
era considerado Filho de Deus porque muitos
assim o criam, mas na verdade era apenas um
grande gênio religioso. Negou sistematicamente
a satisfação de Cristo pelos pecados da
humanidade, pregava que a entrada no Reino de
Deus se dava pela prática da caridade e da
comunhão entre as pessoas, não pela fé em
11. PRINCIPAIS NOMES
• Ernst Troeschl (falecido em 1923) foi
outro destacado defensor do
liberalismo teológico. Segundo ele, o
cristianismo era apenas mais uma
religião entre tantas outras, e Deus se
revelava em todas, sendo apenas que
o cristianismo fora o ápice da
revelação. Dessa forma, tal como
Schleiermacher, defendia a salvação de
não-cristãos, por essa alegada
"revelação de Deus" em outras
13. HISTÓRIA
• No mundo cristão, a partir do
final do século 16, a filosofia,
que era considerada serva da
teologia, se expandiu para além
dos limites do pensamento
aristotélico e da Bíblia – em
parte devido à ciência natural e
em parte fruto de reflexões de
pensadores como René
Descartes (1596-1650).
14. HISTÓRIA
• O progresso da ciência, especialmente
devido à obra de Isaac Newton (1642-
1727), a partir da publicação, em 1687, de
seus Principia Mathematica (Princípios de
Matemática), fez com que muitos homens
se convencessem do poder da razão e da
necessidade de todas as coisas serem
testadas por ela, inclusive aquelas
relacionadas à área da consciência ou do
espírito, que, até então, se pensava serem
inacessíveis à razão.
15. HISTÓRIA
• No período que marca a virada do século 16 para o
17, alguns teólogos começaram a atacar o
calvinismo, através do uso da razão. Houve uma
sensível mudança no comportamento da sociedade
cristã em face da influência do racionalismo.
• O racionalismo dava ênfase principalmente a dois
pontos: (1) liberdade e dignidade, e (2)
investigação científica. Os principais filósofos
racionalistas da época foram: O judeu holandês
Baruch Spinoza (1632-1677) e o matemático
alemão Gottfried Leibniz (1646-1716) no
Continente Europeu, e, na Inglaterra, John Locke
16. HISTÓRIA
• o racionalismo provocou graves e perturbadoras
consequências na vida da igreja, dentre as quais o
ateísmo, o declínio da fé e o enfraquecimento da vida
religiosa. No campo teológico-eclesiástico, a teologia
racionalista tendeu a modificar, e até mesmo destruir, as
ortodoxias confessionais protestantes. Os teólogos
racionalistas defendiam a tese de que a bondade em Deus
não poderia diferir em essência da bondade no homem e,
por conseguinte, Deus não poderia fazer o que se registra
na Escritura, pois para o homem seria imoral. Tais ideias
levaram ao surgimento do deísmo.
17. HISTÓRIA
• O deísmo teve início na Inglaterra na primeira
metade do século 17, no seio de um grupo de
escritores de tendência racionalista, alguns
dos quais, discípulos de John Locke.
• Não durou muito, indo até o século 18,
contudo, foi o estopim de outros movimentos
de reação à ortodoxia protestante, em
especial na França, Alemanha e Estados
Unidos. Dentre os deístas ingleses destaca-se,
especialmente, John Toland (1670-1722),
defensor do princípio da lei natural.
18. HISTÓRIA
• O movimento deísta surgiu como uma
reação à ideia de que o conhecimento
teológico somente poderia ser adquirido
através do ensino da Igreja ou da
revelação pessoal de Deus, por
intermédio do Espírito Santo, sob a
alegação de que há uma religião natural,
um conhecimento religioso inato em
todas as pessoas, ou que pode ser obtido
pelo uso da razão. Seu propósito era
estabelecer uma religião ao mesmo
19. HISTÓRIA
• Para os deístas, Deus não se
envolve mais com o mundo
que ele mesmo criou. Cristo
foi apenas um mestre e, como
tal, não deveria ser cultuado.
Os deístas criam também que
a ética e a piedade eram as
virtudes que necessitavam ser
desenvolvidas, como culto
perene a Deus, sendo a Bíblia
um manual eminentemente
20. RESUMO DO DEÍSMO
• 1) tudo que é reconhecido além e acima da razão é crença sem
prova;
• 2) os piores inimigos da humanidade são os que têm mantido
as criaturas na superstição: os sacerdotes, por exemplo;
• 3) tudo o que é de valor na revelação já foi dado aos homens
na religião natural racional, daí o cristianismo ser tão antigo
quanto a criação;
• 4) tudo o que é obscuro, ou está acima da razão, na assim
chamada revelação, é superstição e não tem valor;
• 5) os milagres não são prova real da revelação, pois, ou são
supérfluos, explicados à luz da razão, ou são um insulto à
perfeita obra de um Criador, que pôs este mundo a girar
segundo as mais perfeitas leis mecânicas e não interfere no seu
funcionamento.
21. HISTÓRIA
• O deísmo não ficou restrito à Inglaterra, mas
migrou para a França, a Alemanha e
especialmente as colônias inglesas na
América, que, em 1776, obtiveram sua
independência, como Estados Unidos da
América. Dentre os líderes do movimento de
independência, alguns eram declaradamente
deístas, como Benjamin Franklin (1706-1790),
Thomas Jefferson (1743-1826) e Thomas
Paine (1737-1809). Este último, com seu livro
Age of Reason (Idade da Razão, 1794-1796),
22. ILUMINISMO
• Iluminismo é o nome do movimento cultural,
social e religioso que se desenvolveu na
Europa no período que vai da Revolução
Inglesa (1688) até a Revolução Francesa
(1789), ou seja, cerca de 100 anos. Em 1784, o
filósofo alemão Immanuel Kant, ao responder
a uma pergunta sobre o que era o iluminismo,
disse que era a chegada do homem à
maturidade, ou seja, ao estágio em que o
homem pensa por si mesmo, sem a tutela de
autoridades externas, tais como a Bíblia e o
23. ILUMINISMO
• O pleno desenvolvimento do iluminismo
ocorreu na França, onde houve o culto da
razão, ou seja, a razão humana passou a
dominar acima de tudo e de todos. Essa
postura enfaticamente racional gerou uma
forte oposição a todas as atividades e
instituições que não fossem meramente
racionais, como a Igreja. A Revolução
Francesa, considerada o maior movimento
social dos tempos modernos, foi altamente
influenciada pelo iluminismo e colocou em
dúvida os dogmas da religião cristã, em
24. ILUMINISMO
• Uma figura de destaque foi François-Marie
Arouet (1694-1778), mais conhecido como
Voltaire, colaborador da Enciclopédia e autor de
vários tratados na área da filosofia. Voltaire
professava um teísmo baseado na ordem e na
realidade do mundo, e pregava a tolerância para
todas as religiões, exceto para a oficial.
• Não menos importante que Voltaire foi Jean-
Jacques Rousseau (1712-1778), autor do
Contrato Social, que tanto influenciou os
chamados Pais Fundadores da Independência
Americana. Rousseau repudiou a doutrina cristã
25. “Todo homem é nobre
por natureza. Ele
nasceu livre, mas em
todos os lugares se
acha em cadeias. Sua
escravidão deve-se à
corrupção da
sociedade, para a qual
a religião deve arcar
com boa dose da
culpa.[...] Assim, as
crianças devem ser
criadas fora da
26. ILUMINISMO
• O fundador do iluminismo na
Alemanha foi Christian Wolff,
responsável pela divulgação do
racionalismo de Leibniz. Foi no
Sacro Império Germânico que a
teologia iluminista alcançou o
seu maior desenvolvimento, em
especial o deísmo de Locke,
através das obras de Hermann
Reimarus (1694-1768) e Moses
Mendelssohn (1729-1786).
27. ILUMINISMO
• Reimarus é considerado o precursor, no âmbito
da teologia histórica, do tema do Jesus
Histórico, através do livro Apologia dos
Adoradores Racionais de Deus, no qual retratou
Jesus como um pregador simples da Galileia,
cujo ensinamento moral se misturou com a
política e a escatologia, e que morreu desiludido,
tendo procurado em vão estabelecer o reino de
Deus na Terra. Disse ainda que o cristianismo se
baseia nas alegações fraudulentas da
ressurreição e da segunda vinda de Cristo, que
28. MODERNISMO
• Um outro movimento influenciador
do liberalismo teológico é o
modernismo. Surgiu na Alemanha
no século XIX, iniciado por
Immanuel Kant.
• Segundo Kant, o cristianismo,
embora seja uma expressão da
religião natural não é a religião
verdadeira, pois a verdadeira
religião, sendo natural e universal,
não pode ser fundada por qualquer
29. INFLUENCIADORES
• Foi grande o impacto da obra de Kant no
desenvolvimento posterior da teologia. Alguns
teólogos, o seguiram, tentando basear a religião
nos valores morais. Outros divergiram em alguns
aspectos, como Schleiermacher.
• O luterano Friedrich Schleiermacher (1768-1834)
é talvez o mais influente teólogo alemão do
século 19, sendo considerado o fundador da
moderna teologia protestante. Sua maior
“contribuição” foi o livro “A fé cristã”, onde ele
conceitua a religião da seguinte forma:
30. INFLUENCIADORES
“O Absoluto está em tudo. Deus está, por conseguinte, em
Seu mundo. O homem é em si mesmo [...] um microcosmo,
um reflexo do universo. Em contraste com o que é
universal, absoluto e eterno, sente-se finito, limitado e
temporário – numa palavra, dependente. Esse sentido de
dependência é a base de toda religião. Lançar uma ponte
sobre o abismo entre o universal e o finito, pôr o homem
em harmonia com Deus, eis o alvo de todas as religiões
[...]. Portanto, as religiões não devem ser divididas em
falsas e verdadeiras, mas quanto aos seus relativos graus
de eficiência. Todos os progressos da religião na história
31. INFLUENCIADORES
• Schleiermacher fez as seguintes afirmações a
respeito de Deus:
• 1) Deus e o mundo são, em última análise,
idênticos;
• 2) Deus e o conceito natural são um;
• 3) Deus é a única substância indivisível.
• No que se refere à Trindade Santa, ele diz: “O
Filho e o Espírito são simplesmente formas de
revelação desta substância. O Espírito Santo é
identificado como o espírito público que aviva a
comunhão dos crentes”. Assim, o teólogo
alemão se aproximou da heresia sabelianista ou
32. INFLUENCIADORES
• Influenciado pelo romantismo da época,
Schleiermacher rejeitou a ideia do diabo ou de
espíritos maus. Assim, as histórias do Éden não
devem ser interpretadas como historicamente
verdadeiras, mas devem ser vistas como
expressões válidas da consciência de Deus e não
devem ser ignoradas, mas vistas como
“alegorias”.
• Ele negava a doutrina do pecado, o nascimento
virginal de Jesus e sua morte expiatória, dizendo
que a obra de Jesus (sofrimento, morte e
33. INFLUENCIADORES
• Outro influenciador foi Albrecht Ritschl (1822-
1889). Este, negou ou reinterpretou as seguintes
doutrinas tradicionais: trindade, igreja, reino de
Deus, revelação, pecado original e encarnação.
Para ele, a salvação se dava pelo entendimento
da vontade de Deus e a prática de boas, a
divindade de Cristo era figurada e se
caracterizava unicamente pela unidade de sua
vontade com Deus, configurando uma espécie
de monotelismo.
• O discípulo mais importante da escola de Ritschl
34. INFLUENCIADORES
• Numa série de conferências realizadas em Berlim
em 1900, compiladas e publicadas com o título
O que é o Cristianismo, 1900, Harnack procurou
apresentar um sumário do que ele considerava a
essência do evangelho.
• O miolo da mensagem de Jesus é o reino de
Deus, e os cristãos devem seguir o exemplo de
Jesus de uma “retidão superior” governada pela
lei do amor, que existe independente do culto
religioso.
• Assim, ele passou a considerar os escritos de
35. INFLUENCIADORES
• Outros colaboradores históricos são Georg
Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831) e os
idealistas, que apesar de não atacarem a teologia
ortodoxa, contribuiu para o pensamento da
Escola de Crítica Bíblica, de Ferdinand Christian
Baur (1792-1860), que concluiu que somente as
Cartas aos Romanos, Coríntios e Gálatas eram
genuinamente de Paulo, renegando todo o resto
do N.T., acusando-o de não ter sido escrito pelos
discípulos, mas pelos partidários de Jesus, Pedro,
Paulo e João.
36. INFLUENCIADORES
• Outro membro da esquerda hegeliana foi David
Friedrich Strauss (1808-1874), que, influenciado
por Reimarus e pelos ensinos da escola de
Tübingen, considerou o Evangelho de João como
não tendo sido escrito no século I, mas
posteriormente, por um de seus discípulos.
• Em “A Vida de Jesus Criticamente Examinada”,
1836, considerou os milagres bíblicos atribuídos
a Jesus como impossíveis, justificando-os através
da ideia de mito, que teriam sido escritos pelo
século II para encaixar Jesus como o messias
37. INFLUENCIADORES
• Para ele, Jesus existiu, mas o Cristo é
um mito, criado pela igreja do
primeiro século. Seus conceitos tem
influenciado seitas esotéricas
modernas como a Nova Era.
• O que se observa, é que desde o
racionalismo, até o romantismo, a
tentativa de se adaptar o cristianismo
a filosofia e o pensamento em vigor,
descaracterizou a religião cristã em
face do que sempre foi no decorrer
38. LIBERALISMO
O pensamento liberal pode ser resumido da seguinte forma:
1. O caráter de Deus é de puro amor, sem padrões morais.
Todos os homens são seus filhos e o pecado não separa
ninguém do amor de Deus. A paternidade de Deus e a filiação
divina são universais.
2. Existe uma centelha divina em cada pessoa. Portanto, o
homem, no íntimo, é bom, e só precisa de encorajamento para
fazer o que é certo.
3. Jesus Cristo é Salvador somente no sentido em que ele é o
exemplo perfeito do homem. Ele é Deus somente no sentido de
que tinha consciência perfeita e plena de Deus. Era um homem
normal, não nasceu de uma virgem, não realizou milagres, não
ressuscitou dos mortos.
39. LIBERALISMO
4. O cristianismo só é diferente das demais religiões
quantitativamente e não qualitativamente. Ou seja, todas as
religiões são boas e levam à Deus; o cristianismo é apenas a
melhor delas.
5. A Bíblia não é o registro infalível e inspirado da revelação
divina, mas o testamento escrito da religião que os judeus e
os cristãos praticavam. Ela não fala de Deus, mas do que estes
criam sobre ele.
6. A doutrina ou declarações proposicionais, como as que
encontramos nos credos e confissões da Igreja, não são
básicas para o cristianismo, visto que o que molda e forma a
religião é a experiência, e não a revelação. A única coisa
permanente no cristianismo, e que serve de geração a
40. LIBERAIS X FUNDAMENTALISTAS
• As grandes batalhas causadas pelo liberalismo foram travadas
dentro das grandes denominações históricas. Muitos pastores
que haviam saído dos EUA no intuito de se pós-graduarem
nas grandes universidades teológicas da Europa,
especificamente na Alemanha, em que a teologia liberal
abraçava as teorias destrutivas da Alta Crítica produzida pelo
racionalismo humanista, acabaram retornando para os EUA
completamente descrentes nos fundamentos do cristianismo
histórico. Os liberais, devido à tolerância inicial dos fiéis para
com a sã doutrina, tiveram tempo de fermentar as grandes
denominações e conseguiram tomar para si os grandes
seminários, rádios e igrejas, de modo que não sobrou outra
alternativa para grande parte dos fundamentalistas senão sair
41. LIBERAIS X TRADICIONALISTAS
• Daí surgiram os Batistas Regulares (que
formaram a Associação Geral das Igrejas Batistas
Regulares, em 1932), os Batistas Independentes,
as Igrejas Bíblicas, as Igrejas Cristãs Evangélicas, a
Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos (em
1936, que mudou seu nome para Igreja
Presbiteriana Ortodoxa), a Igreja Presbiteriana
Bíblica (em 1938), a Associação Batista
Conservadora dos Estados Unidos (em 1947), as
Igrejas Fundamentalistas Independentes dos
Estados Unidos (em 1930) e muitas outras
42. A DEFESA DOS FUNDAMENTALISTAS
1) A Bíblia é literalmente verdadeira.
Associada a este princípio é a
crença de que a Bíblia é infalível,
isto é, sem erro e livre de
contradições.
2) O nascimento virginal e a
divindade de Cristo. Os
fundamentalistas acreditam que
Jesus nasceu da Virgem Maria, foi
concebido pelo Espírito Santo e era
e é o Filho de Deus, plenamente
43. LIBERAIS X TRADICIONAIS
3) A expiação substitutiva de Jesus Cristo na cruz.
O Fundamentalismo ensina que a salvação é
obtida somente através da graça de Deus
mediante a fé na crucificação de Cristo para os
pecados da humanidade.
4) A ressurreição corporal de Jesus. No terceiro dia
após a sua crucificação, Jesus ressuscitou dos
mortos e agora está assentado à direita de Deus
Pai.
5) A autenticidade dos milagres de Jesus como
registrados nas Escrituras e a literal segunda vinda
44. LIBERAIS X TRADICIONAIS
Hoje o liberalismo ainda tem força nos
seminários e instituições tradicionais,
através dos estudos de homens como
Rudolf Bultmann, Paul Tillich e na neo-
ortodoxia de Karl Bart*, no feminismo
evangélico, teologia gay e setores da TMI.
Atualmente, tem ganhado força dentro da
Igreja Católica e setores carismáticos.
Ainda é sensível em muitos pregadores,
cantores gospel e influenciadores de
opinião. É um perigo a ser evitado por
qualquer cristão genuíno, devido a sua
46. CARACTERÍSTICAS DO LIBERALISMO
1- É receptivo à ciência, às artes e
estudos humanos contemporâneos.
Procura a verdade onde quer que se
encontre. Para o liberalismo não
existe a descontinuidade entre a
verdade humana e a verdade do
cristianismo, a disjunção entre a
razão e a revelação. A verdade deve
ser encontrada na experiência
guiada mais pela razão do que pela
tradição e autoridade e mostra mais
47. CARACTERÍSTICAS DO LIBERALISMO
2- Tem-se mostrado simpatia para com o
uso dos cânones da historiografia para
interpretar os textos sagrados. A Bíblia é
considerada documento humano, cuja
validade principal está em registrar a
experiência de pessoas abertas para a
presença de Deus. Sua tarefa contínua é
interpretar a Bíblia, à luz de uma
cosmovisão contemporânea e da melhor
pesquisa histórica, e, ao mesmo tempo,
interpretar a sociedade, à luz da narrativa
48. CARACTERÍSTICAS DO LIBERALISMO
3 - Os liberais ressaltam as implicações
éticas do cristianismo. O cristianismo não é
um dogma a ser crido, mas um modo de
viver e conviver, um caminho de vida.
Mostraram-se inclinados a ter uma visão
otimista da mudança e acreditar que o mal
é mais uma ignorância. Por ter vários
atributos até divergentes, o liberal causa
alergia para uns, e para outros é motivo de
certa satisfação, por ser considerado
portador de uma mente aberta para o
49. LIBERALISMO NO BRASIL
A entrada do liberalismo no Brasil remonta
ao segundo decênio do século XX, quando
a Imprensa Metodista editou Pontos
Principais da Fé Cristã, livro que nega a
doutrina da expiação. Depois surgiram
inúmeras obras modernistas, inclusive
Religião Cristã, traduzida do italiano pelos
reverendos, Dr. Alexandre Orechia e
Matatias Gomes dos Santos.
50. LIBERALISMO NO BRASIL
As primeiras vítimas da teologia liberal em nossa pátria,
segundo o falecido reverendo Raphael Camacho,
apareceram por volta de 1930, na Faculdade Evangélica
de Teologia, no Rio de Janeiro. Muitos livros adotados
nesse estabelecimento de ensino religioso eram
modernistas, como também o eram quase todos os
seus professores.
Segundo Raphael Camacho, o rev. Othoniel Motta,
professor de Geografia Bíblica, costumava dizer em
classe: "Eu sou o pai dos hereges... Eu oro pelos
mortos." O rev. Epaminondas do Amaral, professor de
51. LIBERALISMO NO BRASIL
O rev. Bertolaze Stela escreveu no "Estandarte", em
11/9/41, que todos os manuscritos da Bíblia foram
contaminados por grandes modificações, e que não há
esperança de se encontrar entre eles um texto que esteja
próximo dos originais. Em "O Estandarte" de 15/9/53,
este mesmo ministro escreveu: "Somente as palavras de
Jesus constituem os ensinos e a religião de Cristo... a
Bíblia contém a palavra de Deus." e fez suas as palavras
do rev. Miguel Rizzo Jr., em A Nossa Mística: "Para uns a
suprema autoridade está na Igreja (Católica Romana);
para outros, nos espíritos do além (espíritas); para outros
nas Escrituras (evangélicos), mas para nós está em
52. LIBERALISMO NO BRASIL
Eis aqui a heresia chamada cristicismo, que
desassocia Cristo da Bíblia e afirma que
somente as palavras ditas por Cristo é que
são inspiradas.
Em 1938 os modernistas se manifestaram
mais publicamente, de modo especial no
seio da Igreja Presbiteriana Independente,
sendo então resistidos pelos
fundamentalistas, liderados pelo rev.
Camacho. Travou-se acirrada luta
doutrinária, luta que levou o rev. Camacho a
53. LIBERALISMO NO BRASIL
Também o ex-padre Humberto
Rohden, escritor, conferencista e
autor de uma tradução do Novo
Testamento em português, no
seu livro Pelo Prestígio da Bíblia
na Era Atômica, faz uma dura
arremetida contra o
evangelismo bíblico do Brasil e
uma exposição das teorias
modernistas do pastor batista
norte-americano, Harry E.
55. LIBERALISMO X BÍBLIA
• Começaremos a responder, utilizando
textos-prova, para refutar as ideias do
liberalismo dentro das Escrituras,
partido do pressuposto de que esta é
Palavra de Deus, não “torna-se” ou
“contém”.
• Depois, seguiremos a lógica bíblica de
J. G. Machen sobre três passos em seu
livro, “Cristianismo e liberalismo”, a fim
de entendermos o porquê de o
liberalismo moderno (teológico) se
opor ao cristianismo.
56. LIBERALISMO X BÍBLIA: ESCRITURAS
• O liberalismo ensina que a Bíblia é mais um livro humano,
que contém a palavra de Deus, dentro do que pode ser
compreendido racionalmente (religião natural).
• Dizem eles que alguns livros que compõem o N.T são
pseudoepígrafos e que devem ser filtrados dentro da
afirmação real do Jesus histórico.
• O que diferencia a Bíblia de todos os demais livros do
mundo é a sua inspiração divina (Jó 32.8; II Tm 3.16; II Pe
1.21). É devido à inspiração divina que ela é chamada de
Palavra de Deus.
• A própria Bíblia reivindica a si a inspiração de Deus, pois a
expressão “Assim diz o Senhor”, como carimbo de
autenticidade divina, ocorre mais de 2.600 vezes nos seus
57. LIBERALISMO X BÍBLIA: ESCRITURAS
• O próprio Jesus aprova a Bíblia e faz uso dela: Ele leu-a
(Lc 4.16-20); ensinou-a (Lc 24-27); chamou-a “A Palavra
de Deus” (Mc 7.13) e cumpriu-a (Lc 24.44).
• A imparcialidade das Escrituras: Se a Bíblia fosse um
livro originado do homem, como um conto ou mito da
fé, ela não poria à descoberto as faltas dele. Temos
registros no N.T que põe “em cheque” qualquer noção
de perfeição dos discípulos; e até mesmo momentos
em que as ações de Jesus seriam consideradas
coléricas por alguns, como a purificação do templo
(Ex.: Lc 9.54-56; Mc 11.12-19). Tal esquema literário era
inconcebível à época, onde os contos eram sempre
58. LIBERALISMO X BÍBLIA: SALVAÇÃO
• Começamos com a noção de que somente a
comunhão com Deus, é suficiente para que este seja
salvo, independentemente do dogma ou revelação
divina:
• A religião natural, segundo Paulo, é incompetente e
insuficiente para a salvação (Rm 1.18-23). Em verdade,
ela só serve para tornar os homens indesculpáveis, por
esta forma de religiosidade ser instrumento para leva-
lo a idolatria, devido sua natureza pecaminosa.
• O Apóstolo demonstrou em seu discurso em Atenas, a
insuficiência de outras manifestações religiosas,
reafirmando a existência de um único Deus Verdadeiro
59. LIBERALISMO X BÍBLIA: SALVAÇÃO
• Podemos contar com a própria pregação dos profetas
do A.T: Is 43.11; 45.5-6; nota-se também que a
manifestação do povo de Israel, fora do padrão divino,
foi punida severamente: Ex. 32.1-10.
• Este é o mesmo padrão visto no Novo Testamento: Jo
17.3; At 4.12; 1 Tm 2.5.
• Há somente um Deus e este requer adoração em Seus
termos, como Ele mesmo se revelou. De modo que,
conhece-Lo em Seu padrão revelacional constitui-se
em salvação.
60. LIBERALISMO X BÍBLIA: SALVAÇÃO
• Além disso, a crença em Jesus é
fator imprescindível para a
salvação (a fé é a manifestação da
justificação – Rm 5.1): Jo 8.24; Mc
8.28-30; Mt 16.16,17.
• Ademais, a salvação não se dá por
um exemplo moral de abnegação.
Ela é um ato legal e divino (Jo
1.12-13), não operado pelo
homem, conforme fora prometido
desde o Éden (Gn 3.15; Ez 36.23-
61. LIBERALISMO X BÍBLIA: JESUS, O CRISTO
• O liberalismo afirma que Jesus foi somente
um homem, que morreu em vão tentando
implantar um reino fracassado. Também
afirma que a sua ressurreição não
aconteceu, senão como uma história
contada pelos discípulos.
• Todavia, a Escritura nos dá provas
inequívocas sobre a deidade e consciência
de Jesus.
• Além do seu testemunho escriturístico (Jo
1.1-3; Jo 20.28; Fp 2.5-11), temos a própria
afirmação de Jesus sobre a Sua consciência
62. LIBERALISMO X BÍBLIA: JESUS, O CRISTO
• Embora Ele só tenha afirmado uma vez ser o Cristo (Jo
4.25-26); vemos Ele mesmo afirmando ser o Filho do
Homem.
• Esta atribuição remete-se a Dn 7.13 e fala do Filho do
Homem, um ser celestial em forma humana que
governaria seu povo eternamente. Desde aqueles
tempos, já se tinha a noção de que este era o Messias
prometido, o ser celestial que apareceria no fim dos
tempos para julgar a humanidade.
• Jesus usa em suas falas esta atribuição, que está
sempre correlata a atitudes e declarações divinas:
63. LIBERALISMO X BÍBLIA: JESUS, O CRISTO
• Ele é o Senhor do Sábado (Mc 2.28);
• Vem para julgar (Mt 24.27, 37-39);
• Ele afirma ser o Messias, o Filho de Deus (Mc 14.61-62
– Em cumprimento do Salmo 110);
• Ele fala da Sua volta, com os anjos: Mc 8.38;
• Reafirma a Sua obra salvadora: Mc 10.45; Mc 8.31;
• Reafirma Seu poder divino para perdoar pecados: Mc
2.10;
• Isto, sem contar com a própria afirmação sobre o Seu
senhorio, atribuição exclusiva de reis (que se
consideravam filhos de Deus) e do próprio Javé
64. LIBERALISMO X BÍBLIA: JESUS, O CRISTO
• Quanto a sua ressurreição, além
do testemunho dos evangelhos
(Lc 24.39), o próprio testemunho
apostólico em Atos, corroboram
para a veracidade do fato. Paulo,
escrevendo aos Coríntios, afirma
que ainda em sua época, existiam
testemunhas vivas do fato: 1 Co
15.4-8. Esta passagem seria
facilmente refutada pelos próprios
leitores se não fosse verdadeira
65. LIBERALISMO X BÍBLIA: JESUS, O CRISTO
• Se a ressurreição de Cristo não fosse real,
o Cristianismo estaria baseado sobre
enorme mentira ou alucinação, pois os
pregadores do Evangelho nunca
anunciaram a Boa-Nova sem incluir
necessariamente a notícia da ressurreição
corporal do Senhor.
• Assim como as mortes e toda
perseguição seriam sem sentido, uma vez
que os discípulos, que à época de Jesus
já eram céticos (Lc 24.38), logo
desistiriam da crença, para não morrerem
66. LIBERALISMO X BÍBLIA: JESUS, O CRISTO
• Quanto a sua existência, temos documentos extra
bíblicos da época, que reforçam a existência de
Jesus de Nazaré:
• Públio Cornélio Tácito foi governador da Ásia,
pretor, cônsul, questor, historiador romano e
orador. Em seus “Anais da Roma Imperial”
mencionou Cristo e os cristãos de seus dias. No
ano de 64 d.C, o imperador Nero mandou
incendiar Roma e colocou a culpa em cima dos
cristãos. Isso culminou na primeira grande
perseguição aos cristãos, que levou ao martírio
milhares deles, incluindo Paulo e Pedro.
67. LIBERALISMO X BÍBLIA: JESUS, O CRISTO
• Durante os três séculos seguintes, vários
imperadores promoveram perseguições,
inclusive com os espetáculos de circo,
onde os cristãos eram atirados para
serem devorados pelas feras. Porém,
quanto mais eram perseguidos e
martirizados, mais aumentavam em
número, como bem destacou Tertuliano
(séc.II): sanguis martyrum est sêmen
christianorum – “o sangue dos mártires
é semente para fazer novos cristãos”.
68. LIBERALISMO X BÍBLIA: JESUS, O CRISTO
• Luciano de Samosata (125 – 181
d.C), satirista grego que
costumava satirizar e criticar
duramente os costumes e a
sociedade da época. Em uma de
suas obras, conhecida como A
Passagem do Peregrino, ele
zomba de Cristo e dos cristãos:
69. LIBERALISMO X BÍBLIA: JESUS, O CRISTO
“Foi então que ele [Proteus] conheceu a maravilhosa
doutrina dos cristãos, associando-se a seus sacerdotes e
escribas na Palestina. (…) E o consideraram como protetor e
o tiveram como legislador, logo abaixo do outro
[legislador], aquele que eles ainda adoram, o homem que
foi crucificado na Palestina por dar origem a este culto (…)
Os pobres infelizes estão totalmente convencidos que eles
serão imortais e terão a vida eterna, desta forma eles
desprezam a morte e voluntariamente se dão ao
aprisionamento; a maior parte deles. Além disso, seu
primeiro legislador os convenceu de que eram todos
irmãos, uma que vez que eles haviam transgredido,
70. LIBERALISMO X BÍBLIA: JESUS, O CRISTO
• Flávio Josefo era um historiador
judeu muito importante do
século I. Sua obra mais
ambiciosa recebeu o nome de
Antiguidades, e nela ele contava
a história do povo judeu, da
criação até os seus dias. É
provável que a tenha terminado
em torno de 93 d.C. Por seu
colaboracionismo com os
romanos, Josefo era muito
71. LIBERALISMO X BÍBLIA: JESUS, O CRISTO
• Nas Antiguidades, ele descreve como
um alto sacerdote de nome Ananias
aproveitou-se da morte de Festo,
governador romano, que também é
mencionado no Novo Testamento, para
mandar matar Tiago:
• “Convocou então uma reunião do
Sinédrio e trouxe perante ele um homem
chamado Tiago, o irmão de Jesus,
chamado o Cristo, e alguns outros. Ele os
acusou de transgredir a lei e condenou-
os ao apedrejamento”.
72. LIBERALISMO X BÍBLIA: JESUS, O CRISTO
“Nesse mesmo tempo apareceu Jesus, que era um
homem sábio*, se todavia devemos considerá-lo
simplesmente como um homem, tanto suas obras eram
admiráveis. Ele ensinava os que tinham prazer em ser
instruídos na verdade e foi seguido não somente por
muitos judeus, mas mesmo por muitos gentios. Era o
Cristo*. Os mais ilustres da nossa nação acusaram-no
perante Pilatos e ele fê-lo crucificar. Os que o haviam
amado durante a vida não o abandonaram depois da
morte. Ele lhes apareceu ressuscitado e vivo no terceiro
dia, como os santos profetas o tinham predito e que ele
73. LIBERALISMO X BÍBLIA: TRINDADE
• O liberalismo afirma, junto a negação da
deidade de Jesus, que não existe uma
Trindade. São em sua grande maioria,
modalistas.
• É um grande erro, tendo em vista o
testemunho inequívoco das Escrituras, que
afirmam a existência de três Pessoas na
Trindade: João 14.26; 15.26. O batismo de
Jesus em Mateus 3.16-17 e a Grande
Comissão de Mateus 28.19-20 não deixam
dúvidas de uma existência trinitariana, não
modal ou representativa, como afirmam os
74. LIBERALISMO X BÍBLIA: TEÍSMO
• O mesmo pode ser afirmado quanto ao
teísmo cristão, negado pelos liberais, que
abraçam o deísmo ou teísmo aberto, na
crença de que “deus” deixou as coisas à
sorte das leis naturais e não se relaciona ou
monitora sua criação.
• A Bíblia nos diz que Deus criou todas as
coisas em seus mínimos detalhes (Gn 1.24)
e sustém todas as coisas e se relaciona
ativamente com a criação (Is 45.6-12). O
mesmo é dito sobre Jesus Cristo, que além
de criador é o sustentador do universo (Hb
76. LIBERALISMO X CRISTIANISMO
• John Gresham Machen identifica o
liberalismo moderno como uma outra
religião diferente da cristã. Ele aponta à
religião cristã, os dogmas, doutrinas e a
história neotestamentária como elementos
fundamentais e inseparáveis
caracterizadores desta Religião. Portanto,
negá-los é negar todo o fundamento
cristão.
• Por que o liberalismo é diferente e não um
ramo, interpretação ou denominação
77. LIBERALISMO X CRISTIANISMO
1. O liberalismo teológico não é cristianismo
porque é inconsistente per si e/ou ilógico:
Todo o cristianismo, desde os seus
primórdios, se baseia na crença do Messias
Prometido, que não poderia ser histórico sem
ser sobrenatural (Jo 4.6-8; 25-26).
2. O liberalismo moderno não é cristianismo
porque possui características imanentistas
que excluem a crença no Deus transcendente
e pessoal:
78. LIBERALISMO X CRISTIANISMO
O liberalismo possui características
panteístas, mesmo não sendo
consistentemente panteísta. Sua tendência é
se desfazer, em todos os lugares, da
separação existente entre Deus e o mundo, e
da precisa distinção entre Deus e o homem.
3. O liberalismo teológico não é cristianismo
porque nega o aspecto principal do
cristianismo – o dogma como elemento
factual da história.
O cristianismo não pode ser crido
80. CONCLUSÃO
O liberalismo é um câncer que nasceu nos seminários e
hoje impregna nossos púlpitos e a vida religiosa no Brasil
e no mundo. É uma seita, um ateísmo religioso, um
engano similar ao de Satanás no Éden (Gn 3.1,4). Ele nega:
• A crença num Deus pessoal, Salvador e Transcendente;
• A historicidade da Fé Cristã;
• O Sobrenatural - A Ressurreição e os Milagres;
• A Exclusividade de Cristo;
• A Bíblia como um Livro Divino/Sobrenatural;
• A Bíblia como um livro único.
81. CONCLUSÃO
A consequência deste maldito movimento é apostasia.
Nós não vemos pastores liberais plantadores de igrejas,
promovendo o crescimento da obra de Deus muito menos
experimentando um reavivamento. A Europa entrou em
declínio e hoje é considerada um continente pós-cristão
devido aos efeitos do liberalismo e nosso país corre sério
risco de repetir tal maldição.
A solução para nós é nos apegarmos ao cristianismo
bíblico, que é o único que tem sobrevivido a esta onda de
descrença pela qual o mundo passa, como bem afirmou
Paulo a Timóteo em 2Tm 4.1-5. Conservar-se e
fundamentar-se, eis nossa vitória!
82. REFERÊNCIAS:
• Livro: Cristologia do Novo Testamento – Oscar
Cullmann. Ed. Hagnos;
• Cristianismo e Liberalismo - John Gresham Machen. Ed.
Os Puritanos;
• Sites:
• Reflexões Teológicas – Liberalismo Teológico:
http://olegadoteologico.blogspot.com.br/2014/09/liberali
mo-teologico.html
• Cristão Educador – O surgimento do Liberalismo
Teológico:
http://cristaoeducador.blogspot.com.br/2012/03/o-
83. REFERÊNCIAS:
• Sola Scriptura.tt – A teologia liberal e suas implicações
para a fé bíblica:
http://solascriptura-
tt.org/SeparacaoEclesiastFundament/TeologiaLiberal-
Liberalismo-DRaphael.htm
• Teologia Brasileira – 'O liberalismo teológico não é
cristianismo': A proposição de J.G. Machen contra a
teologia liberal:
http://www.teologiabrasileira.com.br/teologiadet.asp?codi
go=296
84. REFERÊNCIAS:
• O Tempora o mores – O liberalismo teológico morreu?:
http://tempora-mores.blogspot.com.br/2011/09/o-
liberalismo-teologico-morreu.html
• Defendendo a fé cristã – O Jesus histórico:
https://defendendoafecrista.wordpress.com/2016/02/22/o
-jesus-historico/
• Raciocínio cristão – A ressurreição de Jesus – fato
histórico ou mito religioso?:
http://www.raciociniocristao.com.br/2016/05/ressurreicao-
de-jesus-fato-ou-mito/
85. REFERÊNCIAS:
• Profeta do Evangelho – 10 provas irrefutáveis da
veracidade da Bíblia:
http://profetadoevangelho.blogspot.com.br/2011/01/10-
provas-irrefutaveis-da-veracidade-da_08.html
• Tu porém – Colapso ou Vitalidade: Cristianismo Liberal
vs Cristianismo Conservador | David T. Koyzis:
http://tuporem.org.br/colapso-ou-vitalidade/
• Artigos:
• Teologia Liberal – Pressupostos e perigos. Pr. Abimael
Araújo Dias Filho (PDF)
86. REFERÊNCIAS:
• AS RAÍZES HISTÓRICAS DO LIBERALISMO TEOLÓGICO –
Fides Reformata. José Roberto da Silva Costanza:
http://www.mackenzie.br/fileadmin/Mantenedora/CPAJ/re
vista/VOLUME_X__2005__1/jose.pdf
• O LIBERALISMO TEOLOGICO – Pr. Josias Moura de
Menezes (PDF):
Notas do Editor
*Mesmo fazendo duras críticas ao movimento.
Algumas afirmações desta citação são colocadas em descrédito ou dúvida pela crítica textual.