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Teologia Sistemática IV
Felipe Fulanetto
O argumento
moral para
Deus
"Ninguém é bom senão um, que é
Deus."
- Marcos 10:18
Argumento Moral para Deus
Declaração do Argumento
 Premissa:
 1. Se Deus não existe, também não existem
valores morais objetivos nem deveres.
 2. Valores morais objetivos e obrigações
existem.
 Conclusão. Logo:
 3. Deus existe.
 O argumento moral para Deus:
Argumento Moral para Deus
Definições: Valor Moral, Dever Moral
 Valor moral
 A bondade ou maldade de algo
 Dever Moral
 A obrigação de fazer o que é certo e não fazer o que é
errado.
 Observe que a “coisa certa a fazer” (um dever moral)
não é idêntica àquilo que é “bom” (um valor moral
positivo):
 É bom trabalhar como bombeiro (ou padre, médico, dona
de casa…), mas não somos moralmente obrigados a ser
bombeiros (ou padre, médico, dona de casa…)
 Podemos ser confrontados com a necessidade de escolher
entre várias opções ruins. Nosso dever moral seria tentar
escolher a ação menos “ruim”/prejudicial.
Argumento Moral para Deus
Definições: Objetivo, Subjetivo
 Objetivo
 Independente da opinião das pessoas.
 Exemplo: as leis da natureza são verdadeiras e existem quer tenhamos
uma opinião sobre elas ou não. Eles existem e são verdadeiros
objetivamente.
 Subjetivo
 Dependente da opinião das pessoas.
 Exemplo: dizer “café faz bem” é expressar uma questão de gosto
pessoal, uma opinião pessoal. “Café é bom” só é verdade
subjetivamente.
 Exemplo: dizer “as pessoas devem conduzir no lado esquerdo da
estrada” é expressar uma opinião coletiva partilhada pelo povo da
Irlanda e de alguns outros lugares.
Argumento Moral para Deus
Definições: Objetivo, Subjetivo
 Se dissermos que existem valores e deveres morais objetivos,
queremos dizer que existem valores e deveres morais que são
verdadeiros, independentemente do que as pessoas pensam.
 Exemplo: a Shoah (= a Catástrofe; comumente chamada de
Holocausto)
 Os nazistas acreditavam que a Shoah era “boa”. Diríamos que a Shoah foi
um mal objetivo, um mal independentemente do que os nazistas ou qualquer
outra pessoa acreditasse.
 Suponhamos que os nazistas tivessem vencido a Segunda Guerra Mundial,
fazendo uma lavagem cerebral a todos para que concordassem com eles,
exterminando todos os que ainda discordavam deles, para que todas as
pessoas ainda vivas na Terra acreditassem que a Shoah era uma coisa boa.
 Ainda diríamos que a Shoah era má.
 Valores e deveres morais objetivos exigem
Deus.
 Como cristãos, afirmamos:
 Os valores morais são baseados em Deus, o Bem
Supremo.
 Os deveres morais surgem dos mandamentos de
Deus, como os dois Maiores Mandamentos ou os
Dez Mandamentos.
Premissa 1. Se Deus não existe, também não
existem valores morais objetivos nem deveres.
Argumento Moral para Deus
Defesa da Premissa 1
 Se Deus não existe, qual poderia ser a base objetiva para
valores morais ou deveres morais?
 Se Deus não existe, as únicas bases possíveis pareceriam ser
de natureza subjetiva:
 Uma questão de opinião ou preferência pessoal (gosto de café)
 Convenção social e condicionamento (dirija do lado esquerdo da
estrada se estiver na Irlanda)
 Um subproduto da evolução (tendências inatas úteis para a
sobrevivência em uma época mais primitiva, agora talvez
irrelevantes, algemas evolutivas das quais podemos nos libertar)
Premissa 1. Se Deus não existe, também não
existem valores morais objetivos nem deveres.
Argumento Moral para Deus
Defesa da Premissa 1
 A forma mais comum de ateísmo é o naturalismo, a
crença de que a única coisa que existe é o mundo físico,
melhor descrito pela ciência.
 Os ateus que são naturalistas dizem:
 A ciência é moralmente neutra. Não existem valores morais
em um tubo de ensaio.
 Esses comportamentos chamados pelos cristãos de
“morais” são simplesmente subprodutos da luta evolutiva
pela sobrevivência e do condicionamento social.
Premissa 1. Se Deus não existe, também não
existem valores morais objetivos nem deveres.
Argumento Moral para Deus
Defesa da Premissa 1
 Charles Darwin escreveu:
 Se... os homens fossem criados precisamente sob as
mesmas condições que as abelhas das colmeias, não pode
haver dúvida de que as nossas fêmeas solteiras, tal como as
abelhas operárias, considerariam que é um dever sagrado
matar os seus irmãos, e as mães esforçar-se-iam por matar
os suas filhas férteis; e ninguém pensaria em interferir.
 Em outras palavras, o que os cristãos chamam de
valores morais e deveres morais são apenas acidentes
da evolução. Eles não têm base objetiva.
Premissa 1. Se Deus não existe, também não
existem valores morais objetivos nem deveres.
Argumento Moral para Deus
Defesa da Premissa 1
 Quando um leão
mata uma zebra,
não condenamos
o leão como
assassino.
Premissa 1. Se Deus não existe, também não
existem valores morais objetivos nem deveres.
Argumento Moral para Deus
Defesa da Premissa 1
 Quando um homo sapiens mata outro homo sapiens, com
que base objetiva um ateu pode argumentar que isso é
moralmente diferente de um leão matar uma zebra?
 Homo sapiens, leões e zebras são todos animais.
 Os ateus podem argumentar que “assassinato” viola a
convenção social, uma convenção de longa data e testada
pelo tempo que contribuiu para a coesão social
 No entanto, é meramente arbitrário rotular esta violação
específica de uma convenção social como uma violação “moral”.
 E as convenções sociais são, em última análise, de natureza
subjetiva, as opiniões coletivas de um grupo de pessoas.
Premissa 1. Se Deus não existe, também não
existem valores morais objetivos nem deveres.
Argumento Moral para Deus
Defesa da Premissa 1
 NOTA: NÃO estamos dizendo nesta premissa::
 A crença em Deus é necessária para viver o que um cristão
consideraria uma vida boa e decente.
 A crença em Deus é necessária para reconhecer valores e deveres
morais objetivos.
 SÓ estamos dizendo que se alguém deseja afirmar que os
valores morais e os deveres morais existem objetivamente:
 em oposição a existir subjetivamente
 em vez de existir apenas como opiniões pessoais ou convenções
sociais
a existência de Deus é necessária.
Premissa 1. Se Deus não existe, também não
existem valores morais objetivos nem deveres.
Argumento Moral para Deus
Defesa da Premissa 1
 Valores e deveres morais objetivos exigem
Deus.
 Tire Deus de cena e tudo o que resta é uma
criatura simiesca em um grão de poeira solar
assolada por delírios de grandeza moral.
Premissa 1. Se Deus não existe, também não
existem valores morais objetivos nem deveres.
Argumento Moral para Deus
Defesa da Premissa 1
 Uma objeção comum dos incrédulos à
Premissa 1 é o Dilema de Eutífron, nomeado
em homenagem a um personagem de um dos
diálogos de Platão.
 O dilema:
 Algo é bom porque Deus quer?
 Ou será que Deus deseja algo porque é bom?
Objeção: O Dilema de Eutífron
Premissa 1. Se Deus não existe, também não
existem valores morais objetivos nem deveres.
Argumento Moral para Deus
 Se você disser: “algo é bom porque Deus quer”,
então o bem se torna arbitrário.
 E se Deus decidir que devemos odiar em vez de amar
uns aos outros? E se Deus ordenasse o abuso infantil?
 Se você disser: “Deus deseja algo porque é bom”,
então o bem ou o mal independem de Deus,
contradizendo a Premissa 1.
Objeção: O Dilema de Eutífron
Premissa 1. Se Deus não existe, também não
existem valores morais objetivos nem deveres.
Argumento Moral para Deus
 O Dilema de Eutífron é um falso dilema.
Existe uma terceira opção :
 Deus deseja algo porque Deus é Bom. Deus e o
Bem são iguais.
 A própria natureza de Deus é o padrão de bondade,
e os mandamentos de Deus são expressões da
natureza de Deus.
Objeção: O Dilema de Eutífron
Premissa 1. Se Deus não existe, também não
existem valores morais objetivos nem deveres.
Argumento Moral para Deus
 Platão argumentou que:
 O Bem existe por si só como uma “ideia
autoexistente”.
 Valores morais como misericórdia, amor e justiça
existem num “reino platônico” independentemente do
mundo..
 Esta visão da existência objetiva de valores e
deveres morais independentemente de Deus pode
ser chamada de Platonismo Moral Ateísta.
Objeção: O Dilema de Eutífron
Premissa 1. Se Deus não existe, também não
existem valores morais objetivos nem deveres.
Argumento Moral para Deus
 Valores morais
como
misericórdia,
amor e justiça
existem num
“reino
platônico”
independentem
ente do mundo.
Objeção: Platonismo Moral Ateísta
Premissa 1. Se Deus não existe, também não
existem valores morais objetivos nem deveres.
Argumento Moral para Deus
 Problemas com o Platonismo Moral Ateísta:
 Não está claro o que significa dizer que a justiça (por
exemplo) existe “lá fora”, independentemente do mundo.
 Não fornece uma base para deveres morais. Não há
legislador moral..
 Simplesmente porque a justiça existe “lá fora”, o que isso tem a ver
comigo? (mais do que o fato de a galáxia M33 existir “lá fora”?)
 Os vícios também existem “lá fora”. Por que eu deveria me alinhar
com uma das virtudes “lá fora” versus um dos vícios “lá fora”? Por
que eu deveria preferir um ao outro?
Objeção: Platonismo Moral Ateísta
Premissa 1. Se Deus não existe, também não
existem valores morais objetivos nem deveres.
Argumento Moral para Deus
 Problemas com o Platonismo Moral Ateísta:
 Por que deveriam as criaturas que evoluem no
reino do mundo físico, moldadas pelas forças da
seleção natural para a sobrevivência, ter alguma
afinidade com as coisas existentes no reino
platônico dos valores morais? O que poderia
conectá-los?
Objeção: Platonismo Moral Ateísta
Premissa 1. Se Deus não existe, também não
existem valores morais objetivos nem deveres.
Argumento Moral para Deus
 Humanismo Teimoso: a afirmação dura e
infundada de que:
 Tudo o que contribui para o florescimento humano
é objetivamente bom.
 Tudo o que o prejudica é objetivamente ruim.
 Ponto final.
Objeção: Humanismo Teimoso
Premissa 1. Se Deus não existe, também não
existem valores morais objetivos nem deveres.
Argumento Moral para Deus
 Problema com o Humanismo Teimoso:
 Para que isto seja mais do que apenas uma “fé teimosa” de
um ateu, eles devem explicar por que num mundo sem
Deus, o “florescimento humano” é “moralmente” superior
a, digamos, o florescimento de formigas ou ratos?
 Eles parecem culpados do que alguns defensores dos direitos dos
animais chamam de especismo (= um preconceito ou atitude
tendenciosa em favor dos interesses dos membros da sua própria
espécie e contra os dos membros de outras espécies).
 O seu ponto final (“florescimento humano”) escolhido para
definir “bom” é (para um ateu) arbitrário e injustificável.
 Em outras palavras, é subjetivo e não objetivo.
Objeção: Humanismo Teimoso
Premissa 1. Se Deus não existe, também não
existem valores morais objetivos nem deveres.
Argumento Moral para Deus
 A maioria das pessoas, incluindo a maioria dos ateus, acredita que
existem valores e deveres morais objetivos.
 Nossa experiência moral do mundo é que algumas coisas são
objetivamente boas ou más, certas ou erradas.
 A maioria de nós (incluindo muitos, senão a maioria dos ateus)
sentimos fortemente que:
 O estupro, a tortura e o abuso infantil não são apenas comportamentos
inaceitáveis, mas também abominações morais – independentemente
dos costumes da sociedade em que ocorrem.
 Amor, generosidade e auto sacrifício são bons em qualquer contexto ou
cultura.
Premissa 2. Existem valores e deveres morais
objetivos.
Argumento Moral para Deus
Defesa da Premissa 2
 Objeção 1: nossas crenças morais foram
enraizadas em nós pela evolução e pelo
condicionamento social e, portanto, deveriam
ser desconfiadas.
Objeção: Objeções Sociobiológicas
Premissa 2. Existem valores e deveres morais
objetivos.
Argumento Moral para Deus
 Resposta: Só porque as nossas crenças morais foram
enraizadas em nós pela evolução e pelo
condicionamento social, não significa que não sejam
verdadeiras.
 A Falácia Genética: tentar invalidar uma visão
mostrando como uma pessoa passou a acreditar nessa
visão.
 Exemplo: “A única razão pela qual você acredita na democracia é
porque foi criado em um país democrático. Portanto, a sua opinião
de que a democracia é a melhor forma de governo é falsa.”
Objeção: Objeções Sociobiológicas
Premissa 2. Existem valores e deveres morais
objetivos.
Argumento Moral para Deus
 Objeção 2: porque as nossas crenças morais foram
enraizadas em nós pela evolução e pelo
condicionamento social, não temos justificativa
para manter essas crenças.
 As forças evolutivas moldaram-nos com crenças
morais que têm valor de sobrevivência, não valor de
verdade.
 Poderiam ser verdadeiras, mas não temos justificação
para aceitá-las como verdade.
Objeção: Objeções Sociobiológicas
Premissa 2. Existem valores e deveres morais
objetivos.
Argumento Moral para Deus
 Respostas à objeção 2:
 1. Afirmar que “as forças evolutivas nos moldaram com crenças
morais que têm valor de sobrevivência, não necessariamente
valor de verdade” pressupõe que Deus não existe. Se Deus
existisse, ele provavelmente guiaria o processo evolutivo para
que tivéssemos crenças corretas instiladas em nós.
 Romans 2:14-15: "Quando, pois, os gentios, que não têm lei,
procedem, por natureza, de conformidade com a lei, não tendo lei,
servem eles de lei para si mesmos. Estes mostram a norma da lei
gravada no seu coração, testemunhando-lhes também a consciência e
os seus pensamentos, mutuamente acusando-se ou defendendo-se"
Objeção: Objeções Sociobiológicas
Premissa 2. Existem valores e deveres morais
objetivos.
Argumento Moral para Deus
 Respostas à objeção 2:
 2. Afirmar que “as forças evolutivas nos moldaram
com crenças morais que têm valor de sobrevivência,
não necessariamente valor de verdade” e, portanto, tais
crenças não são confiáveis é um argumento
autodestrutivo:
 As forças evolutivas moldam todas as nossas crenças (não
apenas as crenças morais) para terem valor de sobrevivência
em vez de valor de verdade, pelo que todo o conhecimento
deveria então ser suspeito (incluindo o nosso conhecimento
da evolução).
Objeção: Objeções Sociobiológicas
Premissa 2. Existem valores e deveres morais
objetivos.
Argumento Moral para Deus
Argumento Moral para Deus
Declaração do Argumento
 Premissa:
 1. Se Deus não existe, também não existem
valores morais objetivos nem deveres.
 2. Valores morais objetivos e obrigações
existem.
 Conclusão. Logo:
 3. Deus existe.
 O argumento moral para Deus:
Debate
QUESTÕES DE DISCUSSÃO
 Se Deus é essencial para a verdade moral, então como é possível
que milhões e milhões de pessoas que não acreditam em Deus se
comportem de maneira moral e ética?
 Algo é bom porque Deus quer? Ou será que Deus deseja algo
porque é bom?
 Como você responderia a cada uma das seguintes afirmações?
 “Valores morais como justiça, misericórdia, amor, simplesmente existem
sem qualquer fundamento.”
 “Tudo o que contribui para o florescimento humano é bom, e tudo o que
o prejudica é mau.”
 “Nossas crenças morais foram enraizadas em nós pela evolução e pelo
condicionamento social.”
 É necessário acreditar em Deus para que alguém esteja vinculado à
moralidade objetiva?

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Argumento Moral para Deus

  • 3. "Ninguém é bom senão um, que é Deus." - Marcos 10:18
  • 4. Argumento Moral para Deus Declaração do Argumento  Premissa:  1. Se Deus não existe, também não existem valores morais objetivos nem deveres.  2. Valores morais objetivos e obrigações existem.  Conclusão. Logo:  3. Deus existe.  O argumento moral para Deus:
  • 5. Argumento Moral para Deus Definições: Valor Moral, Dever Moral  Valor moral  A bondade ou maldade de algo  Dever Moral  A obrigação de fazer o que é certo e não fazer o que é errado.  Observe que a “coisa certa a fazer” (um dever moral) não é idêntica àquilo que é “bom” (um valor moral positivo):  É bom trabalhar como bombeiro (ou padre, médico, dona de casa…), mas não somos moralmente obrigados a ser bombeiros (ou padre, médico, dona de casa…)  Podemos ser confrontados com a necessidade de escolher entre várias opções ruins. Nosso dever moral seria tentar escolher a ação menos “ruim”/prejudicial.
  • 6. Argumento Moral para Deus Definições: Objetivo, Subjetivo  Objetivo  Independente da opinião das pessoas.  Exemplo: as leis da natureza são verdadeiras e existem quer tenhamos uma opinião sobre elas ou não. Eles existem e são verdadeiros objetivamente.  Subjetivo  Dependente da opinião das pessoas.  Exemplo: dizer “café faz bem” é expressar uma questão de gosto pessoal, uma opinião pessoal. “Café é bom” só é verdade subjetivamente.  Exemplo: dizer “as pessoas devem conduzir no lado esquerdo da estrada” é expressar uma opinião coletiva partilhada pelo povo da Irlanda e de alguns outros lugares.
  • 7. Argumento Moral para Deus Definições: Objetivo, Subjetivo  Se dissermos que existem valores e deveres morais objetivos, queremos dizer que existem valores e deveres morais que são verdadeiros, independentemente do que as pessoas pensam.  Exemplo: a Shoah (= a Catástrofe; comumente chamada de Holocausto)  Os nazistas acreditavam que a Shoah era “boa”. Diríamos que a Shoah foi um mal objetivo, um mal independentemente do que os nazistas ou qualquer outra pessoa acreditasse.  Suponhamos que os nazistas tivessem vencido a Segunda Guerra Mundial, fazendo uma lavagem cerebral a todos para que concordassem com eles, exterminando todos os que ainda discordavam deles, para que todas as pessoas ainda vivas na Terra acreditassem que a Shoah era uma coisa boa.  Ainda diríamos que a Shoah era má.
  • 8.  Valores e deveres morais objetivos exigem Deus.  Como cristãos, afirmamos:  Os valores morais são baseados em Deus, o Bem Supremo.  Os deveres morais surgem dos mandamentos de Deus, como os dois Maiores Mandamentos ou os Dez Mandamentos. Premissa 1. Se Deus não existe, também não existem valores morais objetivos nem deveres. Argumento Moral para Deus Defesa da Premissa 1
  • 9.  Se Deus não existe, qual poderia ser a base objetiva para valores morais ou deveres morais?  Se Deus não existe, as únicas bases possíveis pareceriam ser de natureza subjetiva:  Uma questão de opinião ou preferência pessoal (gosto de café)  Convenção social e condicionamento (dirija do lado esquerdo da estrada se estiver na Irlanda)  Um subproduto da evolução (tendências inatas úteis para a sobrevivência em uma época mais primitiva, agora talvez irrelevantes, algemas evolutivas das quais podemos nos libertar) Premissa 1. Se Deus não existe, também não existem valores morais objetivos nem deveres. Argumento Moral para Deus Defesa da Premissa 1
  • 10.  A forma mais comum de ateísmo é o naturalismo, a crença de que a única coisa que existe é o mundo físico, melhor descrito pela ciência.  Os ateus que são naturalistas dizem:  A ciência é moralmente neutra. Não existem valores morais em um tubo de ensaio.  Esses comportamentos chamados pelos cristãos de “morais” são simplesmente subprodutos da luta evolutiva pela sobrevivência e do condicionamento social. Premissa 1. Se Deus não existe, também não existem valores morais objetivos nem deveres. Argumento Moral para Deus Defesa da Premissa 1
  • 11.  Charles Darwin escreveu:  Se... os homens fossem criados precisamente sob as mesmas condições que as abelhas das colmeias, não pode haver dúvida de que as nossas fêmeas solteiras, tal como as abelhas operárias, considerariam que é um dever sagrado matar os seus irmãos, e as mães esforçar-se-iam por matar os suas filhas férteis; e ninguém pensaria em interferir.  Em outras palavras, o que os cristãos chamam de valores morais e deveres morais são apenas acidentes da evolução. Eles não têm base objetiva. Premissa 1. Se Deus não existe, também não existem valores morais objetivos nem deveres. Argumento Moral para Deus Defesa da Premissa 1
  • 12.  Quando um leão mata uma zebra, não condenamos o leão como assassino. Premissa 1. Se Deus não existe, também não existem valores morais objetivos nem deveres. Argumento Moral para Deus Defesa da Premissa 1
  • 13.  Quando um homo sapiens mata outro homo sapiens, com que base objetiva um ateu pode argumentar que isso é moralmente diferente de um leão matar uma zebra?  Homo sapiens, leões e zebras são todos animais.  Os ateus podem argumentar que “assassinato” viola a convenção social, uma convenção de longa data e testada pelo tempo que contribuiu para a coesão social  No entanto, é meramente arbitrário rotular esta violação específica de uma convenção social como uma violação “moral”.  E as convenções sociais são, em última análise, de natureza subjetiva, as opiniões coletivas de um grupo de pessoas. Premissa 1. Se Deus não existe, também não existem valores morais objetivos nem deveres. Argumento Moral para Deus Defesa da Premissa 1
  • 14.  NOTA: NÃO estamos dizendo nesta premissa::  A crença em Deus é necessária para viver o que um cristão consideraria uma vida boa e decente.  A crença em Deus é necessária para reconhecer valores e deveres morais objetivos.  SÓ estamos dizendo que se alguém deseja afirmar que os valores morais e os deveres morais existem objetivamente:  em oposição a existir subjetivamente  em vez de existir apenas como opiniões pessoais ou convenções sociais a existência de Deus é necessária. Premissa 1. Se Deus não existe, também não existem valores morais objetivos nem deveres. Argumento Moral para Deus Defesa da Premissa 1
  • 15.  Valores e deveres morais objetivos exigem Deus.  Tire Deus de cena e tudo o que resta é uma criatura simiesca em um grão de poeira solar assolada por delírios de grandeza moral. Premissa 1. Se Deus não existe, também não existem valores morais objetivos nem deveres. Argumento Moral para Deus Defesa da Premissa 1
  • 16.  Uma objeção comum dos incrédulos à Premissa 1 é o Dilema de Eutífron, nomeado em homenagem a um personagem de um dos diálogos de Platão.  O dilema:  Algo é bom porque Deus quer?  Ou será que Deus deseja algo porque é bom? Objeção: O Dilema de Eutífron Premissa 1. Se Deus não existe, também não existem valores morais objetivos nem deveres. Argumento Moral para Deus
  • 17.  Se você disser: “algo é bom porque Deus quer”, então o bem se torna arbitrário.  E se Deus decidir que devemos odiar em vez de amar uns aos outros? E se Deus ordenasse o abuso infantil?  Se você disser: “Deus deseja algo porque é bom”, então o bem ou o mal independem de Deus, contradizendo a Premissa 1. Objeção: O Dilema de Eutífron Premissa 1. Se Deus não existe, também não existem valores morais objetivos nem deveres. Argumento Moral para Deus
  • 18.  O Dilema de Eutífron é um falso dilema. Existe uma terceira opção :  Deus deseja algo porque Deus é Bom. Deus e o Bem são iguais.  A própria natureza de Deus é o padrão de bondade, e os mandamentos de Deus são expressões da natureza de Deus. Objeção: O Dilema de Eutífron Premissa 1. Se Deus não existe, também não existem valores morais objetivos nem deveres. Argumento Moral para Deus
  • 19.  Platão argumentou que:  O Bem existe por si só como uma “ideia autoexistente”.  Valores morais como misericórdia, amor e justiça existem num “reino platônico” independentemente do mundo..  Esta visão da existência objetiva de valores e deveres morais independentemente de Deus pode ser chamada de Platonismo Moral Ateísta. Objeção: O Dilema de Eutífron Premissa 1. Se Deus não existe, também não existem valores morais objetivos nem deveres. Argumento Moral para Deus
  • 20.  Valores morais como misericórdia, amor e justiça existem num “reino platônico” independentem ente do mundo. Objeção: Platonismo Moral Ateísta Premissa 1. Se Deus não existe, também não existem valores morais objetivos nem deveres. Argumento Moral para Deus
  • 21.  Problemas com o Platonismo Moral Ateísta:  Não está claro o que significa dizer que a justiça (por exemplo) existe “lá fora”, independentemente do mundo.  Não fornece uma base para deveres morais. Não há legislador moral..  Simplesmente porque a justiça existe “lá fora”, o que isso tem a ver comigo? (mais do que o fato de a galáxia M33 existir “lá fora”?)  Os vícios também existem “lá fora”. Por que eu deveria me alinhar com uma das virtudes “lá fora” versus um dos vícios “lá fora”? Por que eu deveria preferir um ao outro? Objeção: Platonismo Moral Ateísta Premissa 1. Se Deus não existe, também não existem valores morais objetivos nem deveres. Argumento Moral para Deus
  • 22.  Problemas com o Platonismo Moral Ateísta:  Por que deveriam as criaturas que evoluem no reino do mundo físico, moldadas pelas forças da seleção natural para a sobrevivência, ter alguma afinidade com as coisas existentes no reino platônico dos valores morais? O que poderia conectá-los? Objeção: Platonismo Moral Ateísta Premissa 1. Se Deus não existe, também não existem valores morais objetivos nem deveres. Argumento Moral para Deus
  • 23.  Humanismo Teimoso: a afirmação dura e infundada de que:  Tudo o que contribui para o florescimento humano é objetivamente bom.  Tudo o que o prejudica é objetivamente ruim.  Ponto final. Objeção: Humanismo Teimoso Premissa 1. Se Deus não existe, também não existem valores morais objetivos nem deveres. Argumento Moral para Deus
  • 24.  Problema com o Humanismo Teimoso:  Para que isto seja mais do que apenas uma “fé teimosa” de um ateu, eles devem explicar por que num mundo sem Deus, o “florescimento humano” é “moralmente” superior a, digamos, o florescimento de formigas ou ratos?  Eles parecem culpados do que alguns defensores dos direitos dos animais chamam de especismo (= um preconceito ou atitude tendenciosa em favor dos interesses dos membros da sua própria espécie e contra os dos membros de outras espécies).  O seu ponto final (“florescimento humano”) escolhido para definir “bom” é (para um ateu) arbitrário e injustificável.  Em outras palavras, é subjetivo e não objetivo. Objeção: Humanismo Teimoso Premissa 1. Se Deus não existe, também não existem valores morais objetivos nem deveres. Argumento Moral para Deus
  • 25.  A maioria das pessoas, incluindo a maioria dos ateus, acredita que existem valores e deveres morais objetivos.  Nossa experiência moral do mundo é que algumas coisas são objetivamente boas ou más, certas ou erradas.  A maioria de nós (incluindo muitos, senão a maioria dos ateus) sentimos fortemente que:  O estupro, a tortura e o abuso infantil não são apenas comportamentos inaceitáveis, mas também abominações morais – independentemente dos costumes da sociedade em que ocorrem.  Amor, generosidade e auto sacrifício são bons em qualquer contexto ou cultura. Premissa 2. Existem valores e deveres morais objetivos. Argumento Moral para Deus Defesa da Premissa 2
  • 26.  Objeção 1: nossas crenças morais foram enraizadas em nós pela evolução e pelo condicionamento social e, portanto, deveriam ser desconfiadas. Objeção: Objeções Sociobiológicas Premissa 2. Existem valores e deveres morais objetivos. Argumento Moral para Deus
  • 27.  Resposta: Só porque as nossas crenças morais foram enraizadas em nós pela evolução e pelo condicionamento social, não significa que não sejam verdadeiras.  A Falácia Genética: tentar invalidar uma visão mostrando como uma pessoa passou a acreditar nessa visão.  Exemplo: “A única razão pela qual você acredita na democracia é porque foi criado em um país democrático. Portanto, a sua opinião de que a democracia é a melhor forma de governo é falsa.” Objeção: Objeções Sociobiológicas Premissa 2. Existem valores e deveres morais objetivos. Argumento Moral para Deus
  • 28.  Objeção 2: porque as nossas crenças morais foram enraizadas em nós pela evolução e pelo condicionamento social, não temos justificativa para manter essas crenças.  As forças evolutivas moldaram-nos com crenças morais que têm valor de sobrevivência, não valor de verdade.  Poderiam ser verdadeiras, mas não temos justificação para aceitá-las como verdade. Objeção: Objeções Sociobiológicas Premissa 2. Existem valores e deveres morais objetivos. Argumento Moral para Deus
  • 29.  Respostas à objeção 2:  1. Afirmar que “as forças evolutivas nos moldaram com crenças morais que têm valor de sobrevivência, não necessariamente valor de verdade” pressupõe que Deus não existe. Se Deus existisse, ele provavelmente guiaria o processo evolutivo para que tivéssemos crenças corretas instiladas em nós.  Romans 2:14-15: "Quando, pois, os gentios, que não têm lei, procedem, por natureza, de conformidade com a lei, não tendo lei, servem eles de lei para si mesmos. Estes mostram a norma da lei gravada no seu coração, testemunhando-lhes também a consciência e os seus pensamentos, mutuamente acusando-se ou defendendo-se" Objeção: Objeções Sociobiológicas Premissa 2. Existem valores e deveres morais objetivos. Argumento Moral para Deus
  • 30.  Respostas à objeção 2:  2. Afirmar que “as forças evolutivas nos moldaram com crenças morais que têm valor de sobrevivência, não necessariamente valor de verdade” e, portanto, tais crenças não são confiáveis é um argumento autodestrutivo:  As forças evolutivas moldam todas as nossas crenças (não apenas as crenças morais) para terem valor de sobrevivência em vez de valor de verdade, pelo que todo o conhecimento deveria então ser suspeito (incluindo o nosso conhecimento da evolução). Objeção: Objeções Sociobiológicas Premissa 2. Existem valores e deveres morais objetivos. Argumento Moral para Deus
  • 31. Argumento Moral para Deus Declaração do Argumento  Premissa:  1. Se Deus não existe, também não existem valores morais objetivos nem deveres.  2. Valores morais objetivos e obrigações existem.  Conclusão. Logo:  3. Deus existe.  O argumento moral para Deus:
  • 33. QUESTÕES DE DISCUSSÃO  Se Deus é essencial para a verdade moral, então como é possível que milhões e milhões de pessoas que não acreditam em Deus se comportem de maneira moral e ética?  Algo é bom porque Deus quer? Ou será que Deus deseja algo porque é bom?  Como você responderia a cada uma das seguintes afirmações?  “Valores morais como justiça, misericórdia, amor, simplesmente existem sem qualquer fundamento.”  “Tudo o que contribui para o florescimento humano é bom, e tudo o que o prejudica é mau.”  “Nossas crenças morais foram enraizadas em nós pela evolução e pelo condicionamento social.”  É necessário acreditar em Deus para que alguém esteja vinculado à moralidade objetiva?