O documento discute viticultura e enologia, listando principais cultivares de uvas tintas e brancas para vinho, seus clones mais promissores, e detalhes sobre porta-enxertos e preparo do solo para vinhedos. As cultivares descritas incluem Cabernet Sauvignon, Merlot, Chardonnay, entre outras. Os porta-enxertos mencionados são 420A, Ripária do Traviú, SO4, e variedades do IAC. O preparo do solo envolve roçagem, destocamento, lavração e gradagem.
2. PRINCIPAIS CULTIVARES PARA
VINHO TINTO E SEUS MELHORES
CLONES
• Aglianico: Cultivar do sul da Itália. De brotação precoce, prefere
solos de origem vulcânica.
• Aleátrico: uva italiana com forte aroma “Moscato” sendo
empregada para a elaboração de vinhos tintos aromáticos, vinhos
doces, licorosos e o “Vinsanto”. Aparentemente é uma mutante tinta
da “Muscat Blanc e Petits Grains”
• Alicante Bouschet: cultivar criada por Henri Bouschet na França.
O teor de açucar, em geral, é baixo. Extremamente sensível à
antracnose.
• Ancellotta: uva nativa da região da Emilia-Romagna (Itália). Produz
vinhos de médio teor alcoólico e pouco ácido. De boa produtividade
e resistência às moléstias. Clone interessante para o Brasil: R2.
3. • Arinarnoa: cruzamento de “Tannat” com “Cabernet Sauvignon”
produtora de vinhos finos, de boa qualidade e com média
capacidade de envelhecimento.
• Barbera: originária do Piemonte (Itália), é uma uva tinta de sabor
simples. De média resistência ao míldio e antracnose, é, no
entanto, sensível ao oídio e às podridões. Os clones mais
promissores são: R4 e AT 84.
• Bonarda: uva tinta originária do Piemonte (Itália). Tem boa aptidão
em cortes para aportar extrato seco.
• Cabernet Franc: originária de Bordeaux, França. De película tinta e
sabor herbáceo. É moderadamente sensível à antracnose, sensível
ao oídio e resistente ao míldio e às podridões. Origina vinho
tinto, varietal fino, de médio envelhecimento. Foi por muitos anos a
principal cultivar vinífera tinta no Brasil.
4. • Cabernet Sauvignon: originária de Bordeaux, França (hibrido natural
entre “Cabernet Franc” e “Sauvignon Blanc”. De película tinta e sabor
herbáceo. Produz vinho tinto, varietal fino, de longo envelhecimento. É
uma das viníferas mais disseminadas no mundo, produzindo vinho de
qualidade em vários países. No Brasil produz o vinho tinto fino de
melhores condições para envelhecimento.
• Cannonau: é a mesma “Grenache” (França) ou “Garnacha”
(Espanha), cultivada na Sardenha (Itália).
• Carménère: tinta, aparentada à família dos “Cabernet” não é mais
cultivada comercialmente na França devido ao seu excessivo vigor
quando enxertada. O vinho é tânico, necessitando longo
envelhecimento.
5. • Corvina Veronese: é a principal cultivar de uva tinta de Vêneto (Itália)
onde se obtêm vinhos Bardolino e Valpolicella, relativamente leves,
frutados e com uma certa característica de amêndoas. Seus vinhos podem
ser ricos de cor e acidez, levemente tãnicos, e, em geral, desarmônicos.
Necessita poda longa e sistemas de condução amplos (pérgolas), sendo
sensível ao míldio, à podridão cinzenta e ao oídio.
• Dolcetto: uva tinta originária de Piemonte (Itália). Extremamente sensível à
seca e à escaldadura das bagas, bem como ao oídio e ao míldio. Seu
aroma é agradável e a acidez baixa.
• Gaglioppo: uva tinta que domina os vinhedos da Calábria (Itália) onde
produz vinho de alto teor alcoólico e robusto. Resiste aos climas secos.
• Gamay Noir; originaria da Borgonha, onde produz em vinificação com
maceração carbõnica. Existem muitos subtipos e clones, a qualidade
variando muito em função disto.
• Graciano: uva tinta rica de teor e de aroma, porém de baixa produtividade.
Brota cedo e é sensível ao míldio.
• Grenache: é a segunda uva mais plantada no mundo. Cultivar tinta,
originária da Espanha e do sul do França.
6. • Lambrusco: os “Lambruscos” formam o grupo de uvas tintas muito usadas
na Itália, para a produção de vinhos frisantes de baixa graduação alcoólica.
As plantas são de baixo vigor e o mosto é de baixo teor de açúcar e alta
acidez.
• Limnio; cultivar tinta, antiga da ilha de Lemnos (Grécia). Produz vinho
encorpado e de bom nível de acidez.
• Malbec ou Cot: tinta, pouco utilizada no Brasil, sendo importante na
Argentina. Serve para cortes visando aumentar extrato seco. A videira é de
muito alta produtividade, necessitando retirada do excesso de cachos.
• Marselan: uva tinta obtida por cruzamento “Grenache” e “Cabernet
Sauvignon”. Os cachos são grandes e as bagas pequenas. O rendimento
em mosto é muito baixo, necessitando 160 kg para obter 100l de mosto.
• Marzemino; uva tinta do norte da Itália, de maturação tardia. É sensível às
moléstias fúngicas mais comuns, dificilmente amadurecendo nas condições
sul brasileiras.
7. • Merlot: originaria de Bordeaux, França. De película tinta e sabor
herbáceo. Produz vinho tinto, varietal fino, de médio
envelhecimento. Uva de excelente adaptação às condições de solo
e clima do sul do Brasil. Produz fino vinho tinto, de grande
qualidade. Sensível à antracnose,oídio e míldio.
• Sangiovese: Tem o maior número de clones selecionados dentre
todas as viníferas. Nos anos mais frescos tem problemas de acidez
alta e taninos duros. Clones muitos produtivos dão vinhos mais
fracos e de menos cor. Nos anos chuvosos sofre de podridão. A uva
amadurece tardiamente,produzindo vinhos ricos,alcoólicos e de
grande longevidade nos anos quentes.
8. Principais cultivares para vinhos
brancos e seus clones.
• Alvarinho: Uva branca originária da Galícia,região de verões úmidos e
chuvosos. Produz vinho de aroma que lembra pêssego,similar ao da
“Viognier”. Tem película grossa e é resistente as podridões. É a mais
importante cultivar para a produção de vinhos verdes,tem boas chances de
se adaptar à Serra Gaúcha.
• Chadonnay: De película branca e sabor simples a aromático. Brota de
10/08 a 20/08. é resistente à antracnose ,sensível à oídio e podridões.
Aceita maturação em barricas de carvalho.
• Chenin Blanc: Destaca-se pela alta produtividade, atingindo até 20 t/ha.
Planta vigorosa devido ao clima do RS,é colhida antes da completa
maturação quando ainda tem acidez alta e baixo teor de açúcar.
9. • Gewurztraminer: Originária da Alsácia,França. Película rosada e sabor
picante,fortemente aromática. Produtividade de 7 a 12t/há. Produz vinho
branco ou rosado,varietal fino,aromático. Plantas sofrem de morte precoce
e tem problemas de podridão. Permanece no mercado,pois seu vinho é
característico e típico.
• Moscato Bianco: De película branca e sabor moscatel. Produtividade de 25
a 30t/há. Resistente à antracnose,sensível ao oídio e míldio. Pode ser
usado para espumante ou corte para vinhos fracos de aroma. Seu bagaço
fermentado produz graspa de alta qualidade. É a segunda vinífenra mais
plantada no Brasil.
• Prosecco: No norte da Itália,é empregada na produção de espumantes pelo
método Charmat .Sua produtividade e graduação em açúcar são maiores
que a média do RS. Vem se destacando para a produção de espumantes
no Brasil,tendo qualidade similar ao produto original italiano. Clone
interessante ESAV 19.
10. • Sémillon: originária da França, de película branca e sabor simples. Brota de
20/08 a 30/08 e amadurece de 24/01 a 03/02. produtividade de 18 a 23t/há.
É resistente à antracnose ,sensível à oídio e podridões. Os clones
franceses promissores são 173 e 315. produz vinho branco,varietal fino,de
consumo breve,levemente frutado, para corte com Sauvignon Blanc. Uva
branca de grande importância e produtividade. Sua área diminui devido à
redução pela procura pela industria e ao estado sanitário ruim(viroses) em
que se encontram os vinhedos. Origina um bom vinho nas condições de
Serra Gaúcha.
• Trebbiano Toscano: originária da Toscana, de película branca e sabor
simples. Produtividade de 20 a 25t/há. Pode ser usado para vinho branco
ou espumantes para corte por ser neutro de aroma. É a uva ideal para a
destilação para Brandy. Uva de múltiplas aptidões.
11. Porta-enxertos
• Clima: em climas tropicais tem que se utilizar os do
grupo IAC
• Características desejadas da copa:adequar o porta
enxerto às necessidades como época de
maturação,vigor,qualidade da produção
• A escolha do porta-enxerto deve ser feita considerando
o destino da produção a fertilidade do solo, os
problemas de doenças e pragas ocorrentes na região ou
na área do vinhedo e o vigor da variedade copa. Em
geral, para a produção de uvas viníferas deveriam ser
preferidos os porta-enxertos de menor vigor, para
privilegiar a qualidade da matéria-prima.
12. 420 A
• Millardet e De Grasset – França – 1887
• Vitis berlandieri x Vitis riparia
• • Vigor médio, diferentes solos
• • Não vai bem em solos muito ácidos
• • Resistente a filoxera e nematóides
• •Sensível à fusariose e antracnose.
• • Bom pegamento e enraizamento
• • Não produz frutos
13. 106-8 Mgt ‘Ripária do Traviú’ ou
‘Traviú’
• • Millardet e De Grasset na França – 1882
• • Vitis riparia x (V. rupestris x V. cordifolia)
• • Pouco vigoroso, muitos solos
• • Adapta-se bem em solos ácidos
• • Ótimo pegamento e enraizamento
• • Susceptível à Antracnose
• • Não vai bem na região noroeste paulista
• • Produz frutos
14. SO4
• Teleki – Oppenheim - Alemanha
• Vitis berlandieri x Vitis riparia
• • Vigor médio, resistente a seca
• • Adapta-se a solo argiloso, sensível à seca e
Al
• • Bom pegamento e enraizamento
• • Não produz frutos
• • Alta resistência a nematóides e filoxera
• • Sensível à antracnose e fusariose
15. IAC 313 ‘Tropical’
• Santos Neto – Campinas – 1950
• Golia x Vitis cinerea
• Vigor alto, diferentes tipos de solos, ácidos
• Bom pegamento e enraizamento
• Seus ramos dificilmente perdem folhas.
• Lignificação tardia
• Alta resistência a filoxera e nematóides
16. IAC 572 ‘Jales’
• Santos Neto – Campinas – 1970
• V. caribaea e V. riparia x V. rupestris
101-14
• Vigor alto, solos arenosos, argilosos,
ácidos
• Bom pegamento e enraizamento
• Seus ramos não perdem folhas
• Alta resistência a filoxera e nematóides
17. IAC 766 ‘Campinas’
• Santos Neto – Campinas – 1958
• Riparia do Traviú x V. caribaea
• Vigor alto, solos arenosos, argilosos,
ácidos
• Bom pegamento e enraizamento
• Seus ramos perdem folhas
• Alta resistência a filoxera e
nematóides
18. Preparo do solo
• Escolha da área: A videira se adapta em ampla variedades de
solos, dá-se preferência a solos com textura franca e bem
drenados, com pH variando de 5,0 a 6,0 e com teor de matéria
orgânica com pelo menos 20 g dm-3.
• Topografia:A topografia influencia na drenagem das águas e na
temperatura ambiente. Solos planos e argilosos tendem a ter menor
capacidade de drenagem das águas, enquanto que os solos
declivosos tendem a não apresentar problemas com
encharcamento.
• Preparo da área: O preparo da área tem por finalidade assegurar
que as mudas de videira sejam plantadas em condições que
possam expressar todo o seu potencial produtivo. Ele consta das
operações de
roçagem, destocamento, lavração, gradagem, abertura das covas
ou sulcamento.
19. • Roçagem - Consiste na eliminação da vegetação existente. Esta prática pode ser
executada manualmente ou com tratores. Em ambos os casos, não se aconselha a
queima da vegetação, apenas retiram-se os arbustos e galhos maiores, sendo o
restante incorporado ao solo através de uma ou mais lavrações.
• Destocamento - Caso a área seja coberta por mata ou outra vegetação maior, com
sistema radicular mais desenvolvido, aconselha-se executar o destocamento após a
roçagem da vegetação. Esta prática tem por objetivo a retirada dos tocos maiores
para facilitar os demais trabalhos. Ela é feita com implementos mais pesados
tracionados por tratores e eventualmente por animais.
• Lavração - Esta prática visa a mobilização total do solo. A profundidade em que esta
mobilização é feita depende do tipo de solo e dos trabalhos nele executados
anteriormente. É mais comum fazer a lavração à profundidade de 20 a 25 cm.
• Gradagem - Esta prática visa nivelar o terreno que foi revolvido. Este nivelamento
permite a distribuição mais uniforme dos adubos e facilita a demarcação das covas
para o plantio.
• Preparo das covas ou sulcamento - As covas são preparadas após o nivelamento
do solo, tendo as dimensões de 50 x 50 x 50 cm. Quando a topografia permite, no
lugar das covas, faz-se a abertura de sulcos com profundidade de 20 a 25 cm.
20. Calagem
• Tem como finalidade eliminar prováveis
efeitos tóxicos dos elementos que podem
ser prejudicial às plantas, tais como
alumínio e manganês, e corrigir os teores
de cálcio e magnésio do solo. Para a
videira o pH do solo deve estar próximo
de 6,0.
21. Nutrição e Adubação
• Fósforo: Solos brasileiros são deficientes em fósforo.Os
sintomas de deficiência de fósforo ocorrem em folhas
maduras, onde é observado redução do tamanho, tornam-se
amareladas e ainda podem apresentar limbo com manchas
vermelhadas.
• Potássio - Na grande maioria dos solos brasileiros o
concentração de K é considerada baixa. Os sintomas de
deficiência de potássio ocorrem em folhas mais velhas. Nas
variedades brancas os sintomas iniciais se caracterizam por
amarelecimento nas proximidades das bordas foliares, com o
agravamento da deficiência as bordas ficam necrosadas. Nas
variedades tintas, as folhas tornam-se avermelhadas e também
mostram o necrosamento das bordas. O uso indiscriminado de
fertilizantes potássicos aumenta a concentração desse
elemento no mosto, isso pode acarretar problemas
enológicos.
22. • Nitrogênio - O teor de matéria orgânica é o indicador de
disponibilidade de N no solo mais utilizado, mas este não tem sido
muito eficaz na predição do comportamento das plantas, o que tem
causado sérios problemas na viticultura, pois tanto o excesso
quanto a deficiência de nitrogênio afeta a produtividade e a
qualidade dos frutos.
• Os sintomas de deficiência de nitrogênio se caracterizam pela
redução no vigor e pela clorose no limbo das folhas maduras e
velhas. Em algumas variedades tintas as folhas podem apresentar
coloração avermelhada.
• Cálcio - O cálcio é um elemento pouco móvel na planta, por isso os
sintomas de deficiência aparecem nas folhas jovens. Essas folhas
normalmente são menores do que as normais, com a superfície
entre as nervuras cloróticas, com pintas necróticas e tendência a se
encurvarem para baixo.
23. • Magnésio - Apesar dos teores da grande maioria dos solos
brasileiros serem baixos, ele não tem sido problema sério para a
videira, pois, como para o cálcio, a utilização de calcário dolomítico
para aumentar o pH do solo também aumenta o teor de Mg.
Os sintomas de deficiência aparecem nas folhas maduras,
apresentam a superfície entre as nervuras cloróticas, que com o
agravamento da deficiência vão ficando amareladas, no entanto as
nervuras permanecem verdes. Tem-se observado um distúrbio
fisiológico chamado dessecamento da ráquis, sendo sua ocorrência
mais freqüente em anos em que o período de maturação dos frutos
é bastante chuvoso e o solo apresenta-se com alto teor de potássio
e baixo de magnésio.
• Boro - A grande maioria dos solos do Brasil, cultivados com videira,
possuem baixo teor de boro. A característica principal da deficiencia
é a redução no tamanho das folhas e encurtamento dos estrenós.
24. Formas de Aplicação de Adubos e
Corretivos
• Existem três tipos fundamentais de adubação: a de
correção, efetuada antes do plantio, a de plantio ou
crescimento, realizada na ocasião do plantio do porta-
enxerto ou da muda até 2 a 3 anos, e a de manutenção,
realizada durante a vida produtiva da planta.
• A primeira é feita para corrigir a fertilidade do solo para
padrões de fertilidade preestabelecido, a segunda é feita
para permitir o crescimento inicial das plantas, a terceira
é para repor os elementos absorvidos pela planta
durante o ano.
25. Manejo da Cobertura do Solo
• Durante os dois primeiros anos de cultivo da videira a
área poder ser cultivada com uma cultura anual nas
entrelinhas da videira, esta cultura intercalar deverá
permitir a cobertura do solo enquanto a videira cresce.
• A partir do 3° ano do plantio (2° ano após a enxertia)
não é mais recomendável a cultura intercalar. Contudo,
a utilização da cobertura verde do solo do vinhedo, com
gramíneas e/ou leguminosas de outono-inverno, pode
ser útil ao solo e à videira.
• Entre vários benefícios, esta prática auxilia o controle de
ervas daninhas, mantém ou aumenta o teor de matéria
orgânica do solo e diminui o estresse hídrico nas
primaveras e verões secos.
26. Sistemas de condução
• Espaldeira: sistema ideal para produção de uvas finas.
• É um dos mais utilizados pelos viticultores nos principais
países vitivinícolas.
• O dossel é vertical e a poda é mista ou em cordão esporonado.
• A distância entre as fileiras varia de 2,00 a 2,50 m
• A distância entre plantas é de 1,20 a 2,00 m, conforme a
variedade e a fertilidade do solo.
• A zona de produção geralmente situa-se entre 1,00 e 1,20 m do
solo. Deixam-se de 65 mil a 80 mil gemas/ha, dependendo
principalmente da variedade.
• A altura do sistema de sustentação do solo até a parte superior
é de 2,00 a 2,20 m
27. • Principais Vantagens:
• Adapta-se bem ao hábito vegetativo da maior parte das viníferas;
• Os frutos situam-se numa área do dossel vegetativo e as
extremidades dos ramos em outra: isso facilita as operações
mecanizadas, como remoção de folhas, pulverizações dos cachos e
desponta;
• Apresenta boa aeração;
• Pode ser ampliado paulatinamente
• O custo de implantação é menor que o do latada;
• É atrativo aos olhos.
• Principais Desvantagens
• Apresenta tendência ao sombreamento, portanto não é indicado
para cultivares muito vigorosas ou para solos muito férteis;
• A densidade de ramos geralmente é muito elevada;
28. • Latada
• O sistema de condução latada é também chamado de pérgola. O dossel é
horizontal e a poda é mista ou em cordão esporonado. As videiras são alinhadas em
fileiras distanciadas geralmente de 2,00 a 3,00 m.A zona de produção da uva situa-
se a aproximadamente 1,80 m do solo. A carga de gemas é variável, sendo em
geral de 100 mil a 140 mil gemas/ha.
• Principais Vantagens
• Desenvolvimento de videiras vigorosas
• Permite uma área do dossel extensa. Isto proporciona elevado número de cachos e
alta produtividade;
• Possui uma boa rentabilidade econômica especialmente em pequenas propriedades;
• É de fácil adaptação à topografia de regiões montanhosas
• Principais Desvantagens
• Os custos de implantação e de manutenção do sistema são elevados;
• A posição do dossel causa transtornos à execução das práticas culturais;
• A posição horizontal e o vigor excessivo das videiras podem causar sombreamento
• O elevado índice de área foliar favorece o aparecimento de doenças fúngicas;
• A área máxima recomendada de cada parcela é de 4 ha.
29. Poda
• A poda compreende um conjunto de
operações que se efetuam na planta e
que consistem na supressão parcial do
sistema vegetativo lenhoso (sarmentos,
cordões e, excepcionalmente, tronco) ou
herbáceo (brotos, inflorescências, cachos,
bagas, folhas, gavinhas).
30. • Poda Seca
Os principais objetivos da poda seca são:
• Propiciar que as videiras frutifiquem desde os primeiros
anos de plantio
• limitar o número de gemas para regularizar e harmonizar
a produção e o vigor
• melhorar a qualidade da uva, que pode ser
comprometida por uma elevada produção
• uniformizar a distribuição da seiva elaborada para os
diferentes órgãos da videira
• proporcionar à planta uma forma determinada que se
mantenha por muito tempo e que facilite a execução dos
tratos culturais.
31. Escolha do sistema de poda
• A eleição de um sistema de poda depende da cultivar, das
características do solo, da influência do clima e de aspectos
sanitários.
• Cultivar: em condições similares de clima e solo, as diversas
cultivares apresentam desenvolvimento vegetativo diferenciado.
Nas vigorosas deixa-se um maior número de gemas/vara.
O sistema de poda depende também da localização das gemas
férteis ao longo do sarmento. Quando as gemas férteis estão
situadas em sua base, normalmente faz-se a poda em cordão
esporonado; as cultivares que apresentam gemas inférteis na base
do sarmento exigem poda longa ou mista. O comprimento dos
entrenós também deve ser considerado para a realização da poda.
• Características do solo: o vigor da planta está relacionado com a
fertilidade do solo. Videiras em solos de baixa fertilidade não são
muito vigorosas e, por isso, normalmente adota-se a poda curta;
solos férteis propiciam grande desenvolvimento às videiras, sendo
então utilizada a poda longa.
32. • Influência do clima: uma mesma cultivar, plantada em solos
similares, comporta-se segundo as características climáticas do
local. Em áreas sujeitas a geadas tardias, a videira deve ser
conduzida mais alta. Em climas úmidos, as gemas da base do
sarmento geralmente são inférteis. Climas secos proporcionam
maior fertilidade das gemas da base do sarmento. É importante,
ainda, considerar a predominância dos ventos.
• Nas regiões onde a incidência direta do sol não é favorável à
qualidade da uva, deve-se fazer a poda de forma que os cachos
fiquem sombreados; nas regiões frias e úmidas, a poda deve
facilitar a incidência dos raios solares nos cachos.
• Aspectos sanitários: as partes da videira com umidade persistente
e pouco arejadas propiciam o desenvolvimento de doenças
fúngicas. Para evitar a proliferação de doenças nas videiras, deve-
se eleger o sistema de poda que assegure o máximo de circulação
de ar e penetração de luz.
33. Localização e tipos de gemas
• Gemas prontas: formam-se na primavera-verão, cerca
de 10 dias antes das gemas francas. Podem dar origem
a uma brotação chamada feminela ou neto (ramo
antecipado), que segundo a cultivar pode ser estéril,
pouco ou muito fértil. Localiza-se, também, na axila das
folhas, ao lado da gema franca.
• Gemas francas ou axilares: formam-se na base das
gemas prontas,permanecem dormentes durante o ano
de formação.A formação dos primórdios florais se
completa somente na primavera seguinte. Durante a
brotação e desenvolvimento dos ramos, as gemas
francas não brotam.
• Podem produzir geralmente de um a três cachos.
34. • Gemas basilares, da coroa ou casqueiras: são um
conjunto de gemas não bem diferenciadas que se
formam na base do ramo, junto à inserção do broto do
ano com a madeira do ano anterior. Somente brotam
quando se fizer poda curta, aplicação de regulador de
crescimento ou ocorrer problemas com as gemas
francas. Geralmente são inférteis na maioria das
cultivares viníferas.
• Gemas cegas: são as mais desenvolvidas das gemas
basilares, sendo as primeiras gemas visíveis localizadas
logo acima dessas.
35. Princípios fundamentais da poda
• A videira normalmente frutifica em ramos do ano que se
desenvolvem de sarmentos do ano anterior.
• O sarmento que proporcionou um broto frutífero não
produz novamente, por isso deve ser substituído por
outro que ainda não tenha produzido.
• A frutificação é em geral inversa ao vigor, pois a
produção de uva reduz a capacidade da videira para a
próxima safra ou safras. As videiras com altas
produções apresentam menos vigor e terão menor
produtividade no ano seguinte ou nos anos seguintes.
• Para continuar um braço, se elegerá o sarmento situado
mais próximo da base.
36. • Os ramos mais afastados do tronco são, em igualdade
de condições, os mais vigorosos. As gemas mais
afastadas da base do ramo têm, em geral, maior
fertilidade.
• O tamanho e o peso dos cachos, nas mesmas
condições de cultivar, solo, clima e poda, aumentam
quando se faz desbaste de cachos após o pegamento
do fruto.
• Qualquer que seja o sistema de poda aplicado, o
viticultor deverá vigiar para que a futura área foliar e a
produção tenham as melhores condições de aeração,
calor e luminosidade.
37. • O vigor individual dos ramos de uma videira é
inversamente proporcional ao seu número.
• Quanto mais o ramo se aproximar da posição vertical,
maior será o seu vigor. A brotação inicia pelas gemas
das pontas das varas ou esporões (brotação mais
precoce e mais vigorosa); as gemas da parte mediana e
da base das varas brotam posteriormente e algumas
delas, muitas vezes, nem brotam. A curvatura da vara,
as amarrações e o uso de reguladores de crescimento
alteram essa dominância.
• Uma videira só tem condições de nutrir e maturar de
forma eficaz uma determinada quantidade de frutos.
38. Tipos de poda
• Poda de implantação: efetuada na muda, antes do
plantio. Consiste no encurtamento das raízes que se
quebraram durante o transporte e na poda do enxerto a
duas ou três gemas.
• Poda de formação: finalidade dar a forma adequada à
planta.
• Consiste em podar os futuros braços das videiras
deixando no máximo seis gemas.
• As mudas que não foram despontadas,são podadas na
altura da estrutura de sustentação. As mudas fracas
devem ser podadas a duas gemas. É importante manter
uniformidade, pois videiras com diferentes idades
dificultam o manejo e os tratos culturais do vinhedo.
• Normalmente, a poda de formação é concluída até o
terceiro ano.
39. • Poda de frutificação: A poda de frutificação, também
chamada de poda de produção, tem por objetivo
preparar a videira para a produção da próxima safra.
• Deve ser feita através da eliminação de sarmentos mal
localizados ou fracos.
• Das duas brotações dos esporões seleciona-se, na
próxima poda, a mais afastada do braço para ser a
futura vara e a mais basal para ser o esporão. Desta
forma, a carga básica é de 6 varas e 12 esporões por
videira. Nas videiras conduzidas em espaldeira pode-se
adotar a poda tipo Guyot (vara e esporão)
40. • Poda de renovação: a poda de renovação
consiste em eliminar as partes da planta,
principalmente braços e cordões, que se
encontram com pouca vitalidade devido a
acidentes climáticos, danos mecânicos, doenças
ou pragas, e substituí-los por sarmentos mais
jovens. É utilizada, também, para rebaixar
partes da planta que se elevaram em demasia
em relação ao aramado, bem como às partes
que devido a sucessivas podas se distanciaram
dos braços ou cordões.
41. Poda Verde
• Denomina-se poda verde as operações efetuadas durante o período
vegetativo da videira.
• Poderá melhorar as condições do microclima dos vinhedos(
diminuição de doenças fúngicas) maior eficiência nos tratamentos
fitossanitários e colheitas mais equilibradas.
• Os objetivos gerais da poda verde na videira são:
• Direcionar o crescimento vegetativo para as partes que formarão o
tronco e os braços
• Diminuir os estragos causados pelo vento;
• Abrir o dossel vegetativo de maneira a expor as folhas mais
favoravelmente à luz e ao ar.
As principais modalidades de poda verde, realizada nas videiras
destinadas à elaboração de vinhos finos, são a remoção de gemas,
a desbrota, a desponta e a desfolha.
42. • Remoção de gemas:Consiste na eliminação das gemas
antes da brotação. Ela pode ser praticada tanto na poda
de formação quanto na de frutificação.
• Desbrota: Consiste em suprimir os brotos herbáceos
que se desenvolvem no tronco e nos braços e os
ladrões que se desenvolvem no porta-enxerto
(esladroamento).
• Desfolha: consiste na eliminação de folhas da
videira, principalmente as situadas próximas aos
cachos.
Desponta: consiste na eliminação de uma parte da
extremidade do ramo em crescimento.
43. • Sistematização dos brotos
• É uma operação indispensável para a condução da
videira.
• O objetivo geral, além de manter a arquitetura do
sistema de condução, é reorientar os brotos, através de
amarrações, para a correta ocupação dos espaços do
dossel vegetativo e com isso uniformizar as condições
microclimáticas da planta.
• São utilizadas tiras plásticas flexíveis para a fixação dos
brotos junto ao aramado.
• O uso de máquinas para a amarração (alceador) agiliza
essa atividade.
44. Maturação
• Herbáceo - Abrange desde a formação do grão até a mudança de cor da
película da baga.
• Mudança de cor - A mudança de cor vem acompanhada de mudanças
físicas; a baga adquire elasticidade e amolece, à medida que a maturação
avança.
• Maturação - inicia com a mudança de cor da uva e termina na colheita.
Pode durar de 30 a 70 dias.As bagas amolecem progressivamente, ocorre
um aumento no teor dos pigmentos antociânicos (nas variedades tintas) e
de açúcares (glicose e frutose), assim como uma diminuição pronunciada
da acidez.
A maturação tecnológica é o ponto da maturação a partir do qual não há
acúmulo significativo de açúcares na baga de uva, nem expressiva queda
da acidez.
• A uva é uma fruta do tipo não-climatérico,
• Sobrematuração - Começa a partir da maturação tecnológica. As
flutuações dos teores de açúcares e ácidos se devem a fenômenos de
diluição ou murcha das bagas, ocasionados chuvas ou de períodos de
seca. Os teores de polifenóis das cascas continuam a aumentar nesta fase.
45. • A uva destinada à produção de vinho é colhida segundo
diferentes critérios, em função da região de produção,
do tipo de vinho a ser elaborado e das condições
climáticas.
• Um controle completo da maturação de uvas tintas
visando à elaboração de vinho de qualidade
compreende o acompanhamento da evolução de
açúcares, ácidos, taninos e antocianinas. Para uvas
brancas, dever-se-ia proceder ao acompanhamento da
evolução de açúcares, ácidos e aromas. O
acompanhamento via análises químicas é de difícil
execução, uma ferramenta complementar (também
muito usada para uvas tintas) é a degustação de bagas.
46. Colheita
• Colher as uvas pela manhã, reduzindo assim o calor de
campo, indesejável para as fases iniciais de elaboração
dos vinhos;
• Proceder à seleção da uva colhida, de modo a vinificar
lotes semelhantes e sem problemas de podridão ou de
desuniformidade de maturação.
• Acondicionar a uva colhida em caixas plásticas
especiais, limpas, com capacidade máxima de 20Kg;
• Manter a uva colhida à sombra e manuseá-la o menos
possível;
• Encaminhar a uva à unidade beneficiadora
imediatamente após colhê-la, pois a mesma não se
mantém em boas condições por muito tempo após ser
colhida. O ideal é iniciar seu processamento em no
máximo 12 horas após a colheita;
47. • Evitar transportes a longas distâncias, bem como a
utilização de veículos de transporte que trepidem ou
sacolejem demasiadamente.
• Se possível, resfriar rapidamente a uva na vinícola,
antes do esmagamento da mesma. Este procedimento
tem a vantagem de reduzir a atividade enzimática
oxidativa na fase de esmagamento e prensagem,
limitando o desenvolvimento e a ação de bactérias
acéticas. A conseqüência é a limitação da produção de
acidez volátil e a preservação da qualidade do vinho
• Proceder à colheita manual, que preserva mais a
integridade física da uva.
48. Pragas e doenças
• Míldio - Plasmopara viticola
• A principal doença fúngica da videira, podendo infectar
todas as partes verdes da planta, causando maiores
danos quando afeta as flores e os frutos.
• Sintomatologia - Nas folhas, na parte superior
aparecem manchas amarelas, translúcidas contra a luz
do sol com aspecto encharcado, denominadas .Em
umidade relativa alta surge a esporulação branca do
fungo na parte inferior da mancha,a seguir a área
afetada fica necrosada, podendo causar a queda da
folha. Nas inflorescências infectadas ocorre o
escurecimento da ráquis, podendo ainda haver
esporulação do fungo seguido pelo secamento e queda
dos botões florais.
49. • A temperatura ideal para o desenvolvimento do míldio
fica entre 18 °C e 25 °C. O fungo necessita de água livre
nos tecidos por um período mínimo de 2 horas para
haver infecção.
• Medidas de controle - O controle preventivo deve
começar adotando-se medidas que melhorem a aeração
e insolação da copa, objetivando diminuir o tempo de
molhamento foliar.
• Estas medidas incluem: espaçamento adequado; evitar
áreas de baixada ou voltados para o sul;boa disposição
espacial dos ramos sobre o aramado; adubação
equilibrada; poda verde.
• O controle químico deve ser realizado com os fungicidas
registrados para a cultura.
50. • Oídio - Uncinula necator
• As cultivares européias (Vitis vinifera) são em geral
suscetíveis ao oídio, mas nas condições climáticas do
sul do Brasil,este fungo não tem causado grandes
perdas, com exceção de alguns anos em que ocorrem
períodos de seca.
• Sintomatologia - Todos os tecidos tenros da videira são
suscetíveis à infecção e mostram sintomas
característicos. Nas folhas as frutificações podem ser
encontradas em ambos os lados e se apresentam como
uma massa acinzentada. As bagas infectadas
apresentam cicatrizes que posteriormente podem
rachar, permitindo a entrada de organismos que causam
podridões. Sobre a superfície infectada ocorre a
formação de uma massa branca acinzentada.
51. • A doença ocorre desde a primavera até o
outono, é uma doença de clima fresco e
seco, sendo a temperatura ótima 25 °C;
• Medidas de controle - A observação dos
sintomas nos ramos maduros é fundamental
para prever a intensidade da doença no próximo
ciclo vegetativo e para articular as medidas de
controle a serem adotadas. O melhor controle
do oídio é a prevenção. Aplicação de fungicidas
a base de enxofre é um eficiente e econômico
meio de controle.
52. • Antracnose - Elsinoe ampelina
• Sintomatologia - A doença ataca todos órgãos verdes
da planta.Nos ramos, a doença causa o aparecimento
de cancros com formatos irregulares de coloração
cinzenta no centro e bordas pretas.Nas bagas também
aparecem manchas circulares de cor cinza no centro e
preta nas bordas.
• Favorecido por alta umidade. Temperaturas ótimas: 24
°C a 26 °C.
• Controle - Algumas medidas preventivas devem na
implantação: evitar o plantio em baixadas úmidas e
terrenos expostos aos ventos frios do sul, construir
quebra-vento; utilizar material sadio. Quando se
observar incidência de antracnose em anos anteriores, o
controle deve ser iniciado no período de repouso da
videira, pela poda e queima de ramos doentes, e/ou
tratamento químico de inverno com calda
sulfocálcica, visando eliminar ou reduzir o inoculo inicial.
53. • Podridão cinzenta da uva - Botryotinia
fuckeliana (Botrytis cinerea)
• Existe em todos os países vitícolas do mundo.É
considerada a mais importante das podridões
do cacho.
• Os primeiros sintomas ocorrem na primavera e
são microscópicos. Na floração, o estilete floral
é infectado, só aparecendo os sintomas no
início da maturação. A podridão do cacho se
inicia com uma simples baga que se torna
marrom e apodrece, produzindo visível massa
de esporos. Quando a película da baga racha o
mosto da uva escorre sobre o cacho produzindo
a característica aparência de mofo cinzento
devido a esporulação do fungo
54. • Na maioria dos casos, podridões severas dos cachos
estão associadas com umidade relativa alta e
temperaturas entre 15 °C e 28 °C durante a maturação
da uva.
• Medidas de controle - Pode ser reduzida por meio de
algumas medidas que integradas: evitar cultivares de
cacho compacto; adotar espaçamentos que
proporcionem uma boa aeração e insolação; controlar a
adubação nitrogenada; colher todos os
cachos;proporcionar um bom distanciamento entre
cachos;realizar poda verde;tratar com fungicidas
registrados e recomendados nas épocas de maior
suscetibilidade (50% das flores abertas), (frutificação) e
(início da maturação).
55. • Podridão da uva madura - Glomerella cingulata
• Sintomatologia - O sintoma principal é o apodrecimento
dos frutos maduros. Sobre as bagas inicialmente
aparecem manchas marrom-avermelhadas, que
posteriormente atingem todo o fruto, escurecendo-o.
• Temperaturas entre 25 °C e 30 °C e alta umidade são as
condições favoráveis ao patógeno.
• Medidas de controle: remoção e destruição de frutos
mumificados; eliminação de ramos podados; adubação
equilibrada; localização do vinhedo (meia encosta e
exposição norte).
• O tratamento químico deve ser iniciado no final da
floração, e repetir as pulverizações para proteger as
bagas em todos os seus estádios de desenvolvimento.
56. • Galhas da coroa- bactéria Agrobacterium vitis.
• A disseminação do patógeno pode ocorrer por
meio de material propagativo infectado (estacas,
mudas), tesoura de poda e água do solo. A
colonização dos tecidos da planta se dá a partir
de ferimentos causados pela poda, desbrota e
outros tratos culturais.
• Sintomatologia - A galha é o sintoma mais
característico da doença, de ocorrência mais
comum na parte basal do tronco, próximo à
linha do solo.
• Controle - As plantas contaminadas devem ser
arrancadas com o máximo possível de raízes e
queimadas. Em áreas que já apresentaram
plantas contaminadas, fazer rotação de cultura.
57. • Cancro bacteriano- Xanthomonas campestris pv.
viticola.
• Sintomatologia - Nas folhas ocorrem pequenas
manchas angulares escuras, circundadas ou não por um
halo amarelado. No cacho, ocorrem fissuras e fendas
necróticas no engaço e lesões escuras ligeiramente
arredondadas nas bagas.
• Controle - O controle mais eficiente da doença está na
utilização de mudas e material propagativo sadio, de
modo a evitar a introdução da doença na propriedade.
• Controle: Em região de ocorrência do cancro bacteriano
o manejo da doença deve ser feito, principalmente, no
período seco, época desfavorável a infecção poda de
ramos infectados, a poda drástica ou poda de recepa, a
eliminação de plantas com altos níveis de infecção,
queima de restos de cultura.
58. • Pérola-da-Terra Eurhizococcus brasiliensis
• O inseto é considerado a principal praga da videira.É
uma cochonilha subterrânea que ataca as raízes.
• A disseminação ocorre principalmente através da
movimentação de mudas enraizadas infestadas.
• Sintomas e danos - A sucção da seiva nas raízes
provoca um definhamento progressivo da videira, com
redução da produção e morte das plantas. Em parreirais
adultos, as folhas amarelecem entre as nervuras de
maneira similar à deficiência de Mg; os bordos das
folhas encarquilham para dentro.
• Controle - Nos plantios novos, escolher áreas não
infestadas pela pérola-da-terra. Entretanto, não seja
possível: usar mudas de boa procedência e livres de
viroses; porta-enxertos resistentes.Quimico: inseticidas
Thiamethoxan e Imidacloprid
59. • Filoxera Daktulosphaira vitifoliae, inseto sugador.
• Sintomas e danos - Os danos da filoxera são
observados nas folhas de cultivares de porta-enxertos
sensíveis à forma galícola.O ataque impede o
desenvolvimento das brotações, reduz a atividade
fotossintética, chegando a paralisar o desenvolvimento
da planta.
• Controle - Não existe controle químico que possa ser
empregado de forma econômica,a maneira mais
eficiente para evitar os danos do inseto é através do
emprego de porta-enxertos resistentes.
60. • Cochonilhas
• É comum formigas doceiras associarem-se a esta
cochonilha em busca dos excrementos açucarados.
• Sintomas e danos - A espécie normalmente ataca os
ramos novos de forma agregada. As brotações das
plantas infestadas crescem menos, reduzem a produção
e, dependendo da intensidade de infestação podem
secar.
• Controle - A poda de inverno ajuda eliminar o inseto
dos ramos infestados. Após a poda, utilizar um inseticida
associado com 1% de óleo mineral ou vegetal. É
importante que o controle seja direcionado à fase de
ninfa, que geralmente ocorre no início da brotação