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Disciplina: Enofilia e Práticas de
Sommelier
Professora: MSc. Keilla Cardoso
Curso: Gastronomia
HISTÓRICO
• . Enologia: Ciência nova
estuda todos os aspectos relativos ao vinho
plantio + escolha do solo + produção +
envelhecimento + engarrafamento + venda
HISTÓRICO
• Relevância:
Crescimento do mercado
Evolução dos meios de produção
Necessidade de aperfeiçoar produção e
qualidade.
• Antiguidade: relações interpessoais
• Atual: presença do vinho em outras atividades
(medicina, gastronomia moderna, cerimônias
religiosas, etc.)
HISTÓRICO
Dioniso (gr.) e Baco (rom.) = deuses do vinho.
Séc. XI e IX a.C.: Vinho descoberto na Mesopotâmia -
matar a sua sede - suco de uva selvagem fermentado.
1348 a.C.: Produção/consumo de vinho,
propriamente dito, no antigo Egito.
HISTÓRICO
• Nova bebida = Vinho:
usado em cerimônias religiosas
consumida pela elite
servida com gelo trazido das montanhas pelo shagù
(espécie de copeiro)
• Bodegas = administradas por mulheres
(seriam as mulheres os primeiros sommeliers da
história??)
vendiam bebidas, principalmente cerveja, pois o vinho
era um símbolo sagrado.
HISTÓRICO
Antiga Grécia: uva já cultivada para
vinhos.
Início da viticultura: Itália
pelos gregos
- estendendo-se por toda Europa.
Hesíodo: “uma bebida doce e com altíssimo teor alcoólico”
Platão e Xenofonte: simpósios em Atenas (séc. VI e V a.C.), noites
com alegres discussões e debates, acompanhadas de uma
excepcional quantidade de vinho.
HISTÓRICO
Renascimento: Melhorias na viticultura → uso do vinho pela religião cristã
(monges)
Serviço do vinho organizado:
Monastérios franceses:
• monge responsável pela adega (cellérier)
• monges subalternos responsáveis pelo serviço do vinho à mesa (cavistes)
Castelos:
• responsável pelo serviço do vinho (preparar a mesa com uma espécie de
pires de prata, um copo e uma jarra. Lavagem de todos os utensílios, além
de provar as bebidas, certificando-se da ausência de venenos
(engarrafador)
• levava os copos de vinho para a mesa (copeiro)
HISTÓRICO
França:
Sommelier: frade que no monastério era o encarregado
(somme, em francês antigo) dos utensílios de cozinha,
das roupas, do pão e do vinho;
No castelo: um ou mais sommeliers – função: receber o
vinho que era entregue junto com os sommier (animais
de carga).
Sommeliers = oficiais encarregados de vigiar os móveis
reais, mais tarde, o termo passou a se referir também
aos portadores de cargas.
HISTÓRICO
Séc. XVIII: serviço menos complexo presença na
mesa de jarras e baldes de gelo e água, cada
comensal se servisse conforme sua vontade.
HISTÓRICO
Fim séc. XIX e início séc. XX:
Espécie de pulgão, Phylloxera vastatrix, quase pôs
fim à cultura vinícola européia.
Auge: ocorreu nos últimos 25 anos do séc. XIX.
VARIEDADE DE UVAS
Maioria: Vitis vinifera (Cáucaso) → costa mediterrânea
Produção:
consumo in natura + matéria-prima p/ elaboração de
vinhos.
Dispersão mundial: Ampla capacidade de adaptação e
pelas características dos vinhos que originam;
Outras: adaptação mais restrita, permaneceram em
suas regiões de origem, oportunidade de elaboração de
produtos típicos e exclusivos.
VARIEDADE DE UVAS
• Velho Mundo vitivinícola: países considerados
como berços da civilização (Grécia, Itália, França,
Espanha, Portugal, Hungria e Alemanha)
• Novo mundo vitivinícola: Base de produção →
variedades importadas dos tradicionais países
produtores de vinhos da região mediterrânea
(Brasil, Chile, Argentina, EUA, África do Sul,
Austrália, Nova Zelândia)
Riesling Itálica → condições da Serra Gaúcha.
VARIEDADE DE UVAS
Vitivinicultura brasileira:
base uvas americanas, “comuns”, variedades das espécies
Vitis labrusca e Vitis bourquina (vinhos de mesa).
≈ séc. XX: elaboração de vinhos finos, com uvas de variedades
de Vitis vinifera, “uvas finas”.
As principais variedades deste grupo cultivadas no Brasil são
apresentadas a seguir.
• VARIEDADES TINTAS
VARIEDADE DE UVAS
• Cabernet Franc - francesa (reg.Bordeaux)
1900: Introduzida no RS pela Estação Agronômica de
Porto Alegre
1920: Cultivo comercial pelos irmãos Garibaldi
1970/80: Grande difusão no Estado, base dos vinhos
finos tintos brasileiros.
Adapta-se bem às condições da Serra Gaúcha.
18°Brix a 20°Brix
Vinho jovem.
Na região do Vale do Loire, na França, é utilizada para a
elaboração de vinhos rosados de alta qualidade.
VARIEDADE DE UVAS
• Cabernet Sauvignon - francesa (reg.Bordeaux)
1913: Cultivo experimental - Instituto Agronômico e Veterinário de Porto Alegre.
1930/40: 1as tentativas de sua difusão comercial no RS
Cultivo no Vale do São Francisco e em novos pólos, como São Joaquim, em Santa
Catarina.
- Susceptível às doenças de lenho que causam morte precoce das plantas.
- Intensa coloração, rico em taninos e complexidade de aroma.
- Evolui com o envelhecimento, atingindo sua máxima qualidade desde 2 a 3 anos
até cerca de 20 anos.
VARIEDADE DE UVAS
• Merlot - Médoc – França
1850: Início do cultivo
Expandiu-se para outras regiões da França e outros países;
1920: Uma das cultivares básicas para a Companhia Vinícola
Riograndense firmar o conceito dos seus vinhos finos varietais
em meados do século passado.
1970: uma das principais viníferas tintas do RS.
Últimos anos: com a ‘Cabernet Sauvignon’, uma das viníferas
tintas mais plantadas no mundo.
Bem adaptada às condições do sul do BR, sendo cultivada
também em Santa Catarina.
20°Brix
Vinho de alta qualidade, consagrado como varietal.
VARIEDADE DE UVAS
• Pinotage
‘Pinot Noir’ x ‘Cinsaut’ (Prof. Peroldt, em 1922)
1952: Foi propagada para testes em áreas comercias
1959: Consagrada, ganhando o concurso de vinhos
jovens da cidade do Cabo.
“Pinotage” é uma combinação de ‘Pinot’ com
‘Hermitage’, denominação usada para a ‘Cinsaut’ na
África do Sul.
1990: Início plantio comercialmente na Serra Gaúcha.
20°Brix a 22°Brix
Vinho frutado, jovem, também usada para a
elaboração de espumantes.
VARIEDADE DE UVAS
• Pinot Noir – Borgonha (FR)
Vinhos de alto conceito.
Destaque na região da Champagne, originando, juntamente
com a ‘Chardonnay’, os famosos vinhos espumantes da
região.
Ciclo curto, e por isso muito difundida em vários países da
Europa setentrional.
Introduzida no Brasil há mais de 70 anos.
1970: Difusão comercial no RS, utilizada para a elaboração de
vinho tinto varietal e espumantes.
Alta suscetibilidade à podridão, causada por Botrytis cinerea.
VARIEDADE DE UVAS
• Syrah - Pérsia ou Vila de Siracusa, na Sicília
Mais antigas castas cultivadas.
Cultivada na FR há muito tempo.
Uma das variedades tintas mais plantadas no mundo.
1921: Chegou ao RS procedente dos vinhedos Vila
Cordélia, de SP
Alta sensibilidade a podridões do cacho, a tornam de
difícil cultivo nas condições ambientais da Serra Gaúcha.
Ótima adaptação na região do Submédio São Francisco
VARIEDADE DE UVAS
• Tannat - região de Madiran, sul França (sua maior área de cultivo)
Uruguai: principal vinífera tinta cultivada.
1947: Introduzida no RS pela Estação Experimental de Caxias do Sul,
procedente da Argentina.
1971 e 77: Novas introduções foram feitas, por essa mesma instituição, com
materiais vindos da Califórnia e França, respectivamente.
1987: Difusão comercial na Serra Gaúcha.
Resistente às doenças fúngicas. Rica em cor, extrato e adstringência.
• VARIEDADES BRANCAS
VARIEDADE DE UVAS
Chardonnay - francesa (Borgonha)
1930 : Introduzida em SP
1948: Introduzida no RS
Casta de brotação precoce.
Brasil e renome internacional, pela qualidade dos
vinhos e espumantes elaborados na região de
Champagne.
VARIEDADE DE UVAS
• Malvasia Bianca
1970: Introduzida no RS pela Estação Experimental de Caxias do Sul,
procedente da Universidade da Califórnia.
Alternativa de uva aromática para a região.
1980: Plantada comercialmente, a partir de unidades de observação,
instaladas no campo de testes da Cooperativa Vinícola Aurora Ltda. e em
propriedades de viticultores. Vinho acentuadamente moscatel pode ser
comercializado como varietal ou usado como fonte de aroma em cortes
com outros vinhos brancos/espumantes.
VARIEDADE DE UVAS
• Moscato Branco
1931: Matriz da Estação Experimental de Caxias do Sul para a distribuição
de material propagativo aos viticultores.
Bem adaptada ao sul do BR, sendo cultivada em Santa Catarina.
Resistente à antracnose, porém, bastante suscetível ao apodrecimento da
uva.
Alta fertilidade, levando agricultores a exagerarem na carga, prejudicando a
qualidade., pois a uva não atinge a maturação, sendo colhida com baixo
teor de açúcar e acidez excessivamente elevada.
Vinho acentuadamente moscatel, usado em cortes, como fonte de aroma
para outros vinhos; também empregada para a elaboração de espumantes.
VARIEDADE DE UVAS
• Moscato Canelli - Itália
1980: Introduzida no Vale do Submédio São Francisco no
início da década.
Ótima adaptação ao semi-árido nordestino, sendo a
principal uva branca cultivada atualmente naquela
região.
Elaboração de vinhos varietais, espumantes do tipo
moscatel.
VARIEDADE DE UVAS
Prosecco – norte da Itália (espumante)
1970: Ítalo Zanella, empresário e viticultor de
Farroupilha, importou mudas de ‘Prosecco’ da Itália
para plantio em sua propriedade.
1979: Estudos ampelográficos: a variedade
encontrada nos vinhedos de Bento Gonçalves, com
o nome de Biancheta Bonoriva é, na realidade, a
‘Prosecco’.
Como na Itália, também aqui origina espumantes
de boa qualidade, muito bem aceitos pelo
consumidor brasileiro.
VARIEDADE DE UVAS
• Riesling Itálico - norte da Itália
Veneza, Treviso e Bolzano.
1900: Trazida para RS pela Estação Agronômica de Porto Alegre.
Companhia Vinícola Riograndense: pioneira na elaboração de vinho
varietal desta cultivar e estimulou sua difusão na Serra Gaúcha.
1973: Incremento na área cultivada, tornando-se uma das principais
uvas finas brancas da região.
20°Brix na plena maturação.
Vinho fino, aroma sutil e típico, também utilizado na elaboração de
espumantes bem conceituados.
• Conhecendo o essencial sobre uvas e
vinhos/Celito Crivellaro Guerra... [et al.]. –
Bento Gonçalves: Embrapa Uva e Vinho, 2009.
69 p.
• https://www.iped.com.br/culinaria-
gastronomia-e-confeitaria/curso/degustacao-
de-vinhos
• Noções de diferenças entre:
• Enólogo
• Enófilo
• Sommelier
klacardoso@yahoo.com.br
(91) 98291 - 3066

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  • 1. Disciplina: Enofilia e Práticas de Sommelier Professora: MSc. Keilla Cardoso Curso: Gastronomia
  • 2. HISTÓRICO • . Enologia: Ciência nova estuda todos os aspectos relativos ao vinho plantio + escolha do solo + produção + envelhecimento + engarrafamento + venda
  • 3. HISTÓRICO • Relevância: Crescimento do mercado Evolução dos meios de produção Necessidade de aperfeiçoar produção e qualidade. • Antiguidade: relações interpessoais • Atual: presença do vinho em outras atividades (medicina, gastronomia moderna, cerimônias religiosas, etc.)
  • 4. HISTÓRICO Dioniso (gr.) e Baco (rom.) = deuses do vinho. Séc. XI e IX a.C.: Vinho descoberto na Mesopotâmia - matar a sua sede - suco de uva selvagem fermentado. 1348 a.C.: Produção/consumo de vinho, propriamente dito, no antigo Egito.
  • 5. HISTÓRICO • Nova bebida = Vinho: usado em cerimônias religiosas consumida pela elite servida com gelo trazido das montanhas pelo shagù (espécie de copeiro) • Bodegas = administradas por mulheres (seriam as mulheres os primeiros sommeliers da história??) vendiam bebidas, principalmente cerveja, pois o vinho era um símbolo sagrado.
  • 6. HISTÓRICO Antiga Grécia: uva já cultivada para vinhos. Início da viticultura: Itália pelos gregos - estendendo-se por toda Europa. Hesíodo: “uma bebida doce e com altíssimo teor alcoólico” Platão e Xenofonte: simpósios em Atenas (séc. VI e V a.C.), noites com alegres discussões e debates, acompanhadas de uma excepcional quantidade de vinho.
  • 7. HISTÓRICO Renascimento: Melhorias na viticultura → uso do vinho pela religião cristã (monges) Serviço do vinho organizado: Monastérios franceses: • monge responsável pela adega (cellérier) • monges subalternos responsáveis pelo serviço do vinho à mesa (cavistes) Castelos: • responsável pelo serviço do vinho (preparar a mesa com uma espécie de pires de prata, um copo e uma jarra. Lavagem de todos os utensílios, além de provar as bebidas, certificando-se da ausência de venenos (engarrafador) • levava os copos de vinho para a mesa (copeiro)
  • 8. HISTÓRICO França: Sommelier: frade que no monastério era o encarregado (somme, em francês antigo) dos utensílios de cozinha, das roupas, do pão e do vinho; No castelo: um ou mais sommeliers – função: receber o vinho que era entregue junto com os sommier (animais de carga). Sommeliers = oficiais encarregados de vigiar os móveis reais, mais tarde, o termo passou a se referir também aos portadores de cargas.
  • 9. HISTÓRICO Séc. XVIII: serviço menos complexo presença na mesa de jarras e baldes de gelo e água, cada comensal se servisse conforme sua vontade.
  • 10. HISTÓRICO Fim séc. XIX e início séc. XX: Espécie de pulgão, Phylloxera vastatrix, quase pôs fim à cultura vinícola européia. Auge: ocorreu nos últimos 25 anos do séc. XIX.
  • 11. VARIEDADE DE UVAS Maioria: Vitis vinifera (Cáucaso) → costa mediterrânea Produção: consumo in natura + matéria-prima p/ elaboração de vinhos. Dispersão mundial: Ampla capacidade de adaptação e pelas características dos vinhos que originam; Outras: adaptação mais restrita, permaneceram em suas regiões de origem, oportunidade de elaboração de produtos típicos e exclusivos.
  • 12. VARIEDADE DE UVAS • Velho Mundo vitivinícola: países considerados como berços da civilização (Grécia, Itália, França, Espanha, Portugal, Hungria e Alemanha) • Novo mundo vitivinícola: Base de produção → variedades importadas dos tradicionais países produtores de vinhos da região mediterrânea (Brasil, Chile, Argentina, EUA, África do Sul, Austrália, Nova Zelândia) Riesling Itálica → condições da Serra Gaúcha.
  • 13. VARIEDADE DE UVAS Vitivinicultura brasileira: base uvas americanas, “comuns”, variedades das espécies Vitis labrusca e Vitis bourquina (vinhos de mesa). ≈ séc. XX: elaboração de vinhos finos, com uvas de variedades de Vitis vinifera, “uvas finas”. As principais variedades deste grupo cultivadas no Brasil são apresentadas a seguir.
  • 15. VARIEDADE DE UVAS • Cabernet Franc - francesa (reg.Bordeaux) 1900: Introduzida no RS pela Estação Agronômica de Porto Alegre 1920: Cultivo comercial pelos irmãos Garibaldi 1970/80: Grande difusão no Estado, base dos vinhos finos tintos brasileiros. Adapta-se bem às condições da Serra Gaúcha. 18°Brix a 20°Brix Vinho jovem. Na região do Vale do Loire, na França, é utilizada para a elaboração de vinhos rosados de alta qualidade.
  • 16. VARIEDADE DE UVAS • Cabernet Sauvignon - francesa (reg.Bordeaux) 1913: Cultivo experimental - Instituto Agronômico e Veterinário de Porto Alegre. 1930/40: 1as tentativas de sua difusão comercial no RS Cultivo no Vale do São Francisco e em novos pólos, como São Joaquim, em Santa Catarina. - Susceptível às doenças de lenho que causam morte precoce das plantas. - Intensa coloração, rico em taninos e complexidade de aroma. - Evolui com o envelhecimento, atingindo sua máxima qualidade desde 2 a 3 anos até cerca de 20 anos.
  • 17. VARIEDADE DE UVAS • Merlot - Médoc – França 1850: Início do cultivo Expandiu-se para outras regiões da França e outros países; 1920: Uma das cultivares básicas para a Companhia Vinícola Riograndense firmar o conceito dos seus vinhos finos varietais em meados do século passado. 1970: uma das principais viníferas tintas do RS. Últimos anos: com a ‘Cabernet Sauvignon’, uma das viníferas tintas mais plantadas no mundo. Bem adaptada às condições do sul do BR, sendo cultivada também em Santa Catarina. 20°Brix Vinho de alta qualidade, consagrado como varietal.
  • 18. VARIEDADE DE UVAS • Pinotage ‘Pinot Noir’ x ‘Cinsaut’ (Prof. Peroldt, em 1922) 1952: Foi propagada para testes em áreas comercias 1959: Consagrada, ganhando o concurso de vinhos jovens da cidade do Cabo. “Pinotage” é uma combinação de ‘Pinot’ com ‘Hermitage’, denominação usada para a ‘Cinsaut’ na África do Sul. 1990: Início plantio comercialmente na Serra Gaúcha. 20°Brix a 22°Brix Vinho frutado, jovem, também usada para a elaboração de espumantes.
  • 19. VARIEDADE DE UVAS • Pinot Noir – Borgonha (FR) Vinhos de alto conceito. Destaque na região da Champagne, originando, juntamente com a ‘Chardonnay’, os famosos vinhos espumantes da região. Ciclo curto, e por isso muito difundida em vários países da Europa setentrional. Introduzida no Brasil há mais de 70 anos. 1970: Difusão comercial no RS, utilizada para a elaboração de vinho tinto varietal e espumantes. Alta suscetibilidade à podridão, causada por Botrytis cinerea.
  • 20. VARIEDADE DE UVAS • Syrah - Pérsia ou Vila de Siracusa, na Sicília Mais antigas castas cultivadas. Cultivada na FR há muito tempo. Uma das variedades tintas mais plantadas no mundo. 1921: Chegou ao RS procedente dos vinhedos Vila Cordélia, de SP Alta sensibilidade a podridões do cacho, a tornam de difícil cultivo nas condições ambientais da Serra Gaúcha. Ótima adaptação na região do Submédio São Francisco
  • 21. VARIEDADE DE UVAS • Tannat - região de Madiran, sul França (sua maior área de cultivo) Uruguai: principal vinífera tinta cultivada. 1947: Introduzida no RS pela Estação Experimental de Caxias do Sul, procedente da Argentina. 1971 e 77: Novas introduções foram feitas, por essa mesma instituição, com materiais vindos da Califórnia e França, respectivamente. 1987: Difusão comercial na Serra Gaúcha. Resistente às doenças fúngicas. Rica em cor, extrato e adstringência.
  • 23. VARIEDADE DE UVAS Chardonnay - francesa (Borgonha) 1930 : Introduzida em SP 1948: Introduzida no RS Casta de brotação precoce. Brasil e renome internacional, pela qualidade dos vinhos e espumantes elaborados na região de Champagne.
  • 24. VARIEDADE DE UVAS • Malvasia Bianca 1970: Introduzida no RS pela Estação Experimental de Caxias do Sul, procedente da Universidade da Califórnia. Alternativa de uva aromática para a região. 1980: Plantada comercialmente, a partir de unidades de observação, instaladas no campo de testes da Cooperativa Vinícola Aurora Ltda. e em propriedades de viticultores. Vinho acentuadamente moscatel pode ser comercializado como varietal ou usado como fonte de aroma em cortes com outros vinhos brancos/espumantes.
  • 25. VARIEDADE DE UVAS • Moscato Branco 1931: Matriz da Estação Experimental de Caxias do Sul para a distribuição de material propagativo aos viticultores. Bem adaptada ao sul do BR, sendo cultivada em Santa Catarina. Resistente à antracnose, porém, bastante suscetível ao apodrecimento da uva. Alta fertilidade, levando agricultores a exagerarem na carga, prejudicando a qualidade., pois a uva não atinge a maturação, sendo colhida com baixo teor de açúcar e acidez excessivamente elevada. Vinho acentuadamente moscatel, usado em cortes, como fonte de aroma para outros vinhos; também empregada para a elaboração de espumantes.
  • 26. VARIEDADE DE UVAS • Moscato Canelli - Itália 1980: Introduzida no Vale do Submédio São Francisco no início da década. Ótima adaptação ao semi-árido nordestino, sendo a principal uva branca cultivada atualmente naquela região. Elaboração de vinhos varietais, espumantes do tipo moscatel.
  • 27. VARIEDADE DE UVAS Prosecco – norte da Itália (espumante) 1970: Ítalo Zanella, empresário e viticultor de Farroupilha, importou mudas de ‘Prosecco’ da Itália para plantio em sua propriedade. 1979: Estudos ampelográficos: a variedade encontrada nos vinhedos de Bento Gonçalves, com o nome de Biancheta Bonoriva é, na realidade, a ‘Prosecco’. Como na Itália, também aqui origina espumantes de boa qualidade, muito bem aceitos pelo consumidor brasileiro.
  • 28. VARIEDADE DE UVAS • Riesling Itálico - norte da Itália Veneza, Treviso e Bolzano. 1900: Trazida para RS pela Estação Agronômica de Porto Alegre. Companhia Vinícola Riograndense: pioneira na elaboração de vinho varietal desta cultivar e estimulou sua difusão na Serra Gaúcha. 1973: Incremento na área cultivada, tornando-se uma das principais uvas finas brancas da região. 20°Brix na plena maturação. Vinho fino, aroma sutil e típico, também utilizado na elaboração de espumantes bem conceituados.
  • 29. • Conhecendo o essencial sobre uvas e vinhos/Celito Crivellaro Guerra... [et al.]. – Bento Gonçalves: Embrapa Uva e Vinho, 2009. 69 p. • https://www.iped.com.br/culinaria- gastronomia-e-confeitaria/curso/degustacao- de-vinhos
  • 30. • Noções de diferenças entre: • Enólogo • Enófilo • Sommelier