Este documento discute os métodos de poda de árvores e arbustos de fruto. Explica que a poda é a remoção de partes da planta como ramos e raízes. Também discute porque árvores e arbustos de fruto precisam ser podados, principalmente para obter frutos saudáveis e em quantidade. Finalmente, descreve os métodos de poda para diferentes tipos de plantas frutíferas.
1. PODA DE ÁRVORES E ARBUSTOS
DE FRUTO
FORMADOR – José Pedro R. C. Fernandes
2. O que é a Poda?
A poda não é mais do que a remoção de uma
qualquer parte da planta, normalmente um
ramo, raminho ou raiz.
As árvores necessitam de ser podadas?
Uma árvore ou arbusto situados num meio
adequado e ao qual se tenham adaptado, que
não tenham estado sujeitos a restrições na
sua expansão aérea ou subterrânea e que não
apresentem sinais de declínio ou de ataque de
parasitas, não têm necessidade de ser
podados, para além de qualquer operação de
manutenção.
3. O que é a Poda?
A poda não é mais do que a remoção de uma
qualquer parte da planta, normalmente um ramo,
raminho ou raiz.
Porquê podar árvores e arbustos de fruto?
As árvores e arbustos de fruto são podados, com
técnicas específicas, para atingirmos o nosso
principal objectivo, a obtenção de fruto, saudável,
em quantidade apreciável, de fácil acessibilidade e
o mais antecipadamente possível.
4.
5. MÉTODOS DE CORTE
Os princípios da cicatrização
As árvores e arbustos são seres vivos, pelo que a
supressão de um ramo funcional corresponde a um
traumatismo. Estes não produzem tecidos especiais para
proteger as feridas pelo que o recobrimento destas faz-se
pela formação de um anel de cicatrização que se
desenvolve da períferia para o interior.
Assim quanto menor for a dimensão da ferida, mais rápido
será o recobrimento e portanto mais limitados os riscos de
infecção.
6. MÉTODOS DE CORTE
O objectivo de um corte correcto é portanto :
• favorecer a cicatrização rápida e total;
• evitar ao máximo as infecções ou apodrecimento interno
dos tecidos da planta. Tecidos de
crescimento
em diâmetro
CERN
E
BORNE
8. PODA DE FRUTIFICAÇÃO
Rosácea, pomoidea
Exemplo da macieira e pereira
Pereira – Pirus communis
Frutificação quase exclusiva em
esporões tortuosos, que mantêm a
actividade mais de uma dúzia de anos.
Formas: cordão, espaldeira, vaso,
ypsilon, palmeta Italiana
Macieira– Pirus malus
Frutificação e formas semelhantes à da
pereira.
9. Poda de cerejeira em vaso
Rosácea, Prunoidea
Ginjeira – Prunus cerasus
Cerejeira – Prunus avium As árvores adultas não têm
verdadeiros ramos de
Frutificam em esporões rectos, madeira.
gomos em ramalhete logo após o
gomo foliar terminal. G. Garrafal, híbrido
Forma: Vaso ou palmeta
Característica geral - Grande dificuldade em cicatrizar
10. PODA EM VASO
Esta forma não exige
o uso de arames ou
tutores para as
pernadas e ramos
secundários, mas
implica uma certa
regularidade de
distribuição dos
ramos.
11. Rosáceas, pomoideas
Marmeleiro – Cydonia oblonga
Não tem ramos de fruto especializados. Frutificação em gomos axilares de
extremidade dos ramos ou terminais, foliares ou mistos. Ramificação por
rebentos laterais.
Forma: livre, sebe
Nespereira japonesa – Eryobrotia japonica
Inflorescências em gomos florais de formação pronta, terminais, em
raminhos nascidos no fim do Verão de gomos mistos, próximos da
extremidade. Ramificação por rebentos laterais, o que origina a forma de
ramalhete ou vassoura.
Forma: livre
Nespereira comum ou europeia – Mespilus germanica
Flores solitárias ou na extremidade do ramo como no caso do marmeleiro.
Forma: livre
12. Rosáceas, Prunoideas
Ameixieira europeia – Prunus domestica
Frutificação por esporões rectos com gomos florais em
ramalhete
Ameixieira americana – Prunus Americana
Ameixieira japonesa – Prunus salicina
Grupo Americano, Japonês e híbridos – frutificação por esporões rectos,
menos duradouros, e ramos mistos, semelhantes ás ginjeiras. Frequente
formação de rebentos antecipados.
Forma: vaso
Abrunheiro – Prunus insititia
Frutificação semelhante à das ameixeiras europeias.
Forma: vaso
13. Rosáceas, Prunoideas
Damasqueiro – Prunus armeniaca
Frutifica em ramos mistos e esporões, com
duração curta. Floração precoce!
Forma: vaso
Amendoeira – Prunus amygdalus
Frutificação em ramos mistos e esporões,
semelhantes aos dos damasqueiros.
Forma: vaso
Pessegueiro – Prunus persica
Frutifica em ramos mistos. Gomos agrupados
de dois a três por nó. Gomo terminal foliar.
Forma: vaso
14. Juglandacea
Nogueira – juglans regia
Ramos mistos, com gomos foliares axilares, gomos florais masculinos, e
gomos mistos terminais, por vezes laterais. Difícil cicatrização.
Forma: livre
Fagacea
Aveleira – Corylus avellana
Planta autoestéril, ramos mistos e de madeira. Forma: livre, sebe, taça
Fagacea
Castanheiro – Castanea sativa
Planta com ramos mistos e de madeira. Forma: livre
15. Moracea, Moroidea
Amoreira – Morus alba, Morus nigra
Planta com ramos mistos e gomos mistos.
Forma: livre
Moracea, Artocarpoidea
Figueira – Ficus carica
Ramos mistos c gomos mistos, na extremidade superior. Plantas dioicas.
Forma: livre
Rosales, Saxifragacea, Ribesoidea
Groselheira – Ribes spp
Forma: vaso, tufo, cordão
16. Oleacea, oleoidea
Oliveira – Olea europeia
Frutifica em ramos mistos.
Gomos nus, axilares, solitários, opostos.
Forma: livre, vaso, palmeta
Ericacea, Arbutoidea
Medronheiro – Arbutus unedo
Ramos mistos, em gomos axilares, na parte superior dos ramos. Forma:
livre
Ebanacea
Diospiro – Diospyros kaki
Ramos c gomos foliares e mistos, hibernantes. Gomos florais prontos.
Forma: livre, vaso
17. Ramnales, Vitacea
Videira europeia – Vitis vinifera
Frutifica em ramos mistos c gomos hibernantes mistos.
Forma: Presas várias
Ramnales, Dillenneacea
Kiwi – Actinidia sinensis
Frutificação semelhante á da videira, c ramos mistos, de gomos mistos
hibernantes. Forma: Presa
Rutacea
Citrinos – Citrus spp
Ramos mistos c/ gomos mistos e florais hibernantes. Forma: bola oca