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AS VANGUARDAS EUROPEIASAS VANGUARDAS EUROPEIAS
O nascimento do mundoO nascimento do mundo,,
de Salvador Dalide Salvador Dali
Vanguardas europeiasVanguardas europeias
 Primeiras décadas do século XX;Primeiras décadas do século XX;
 Europa – ParisEuropa – Paris
 Conjunto de tendências artísticasConjunto de tendências artísticas
variadas, mas com um objetivo emvariadas, mas com um objetivo em
comum;comum;
 Palavra “vanguarda”, francêsPalavra “vanguarda”, francês avant garde;avant garde;
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ModernaModerna
Enquanto isso...Enquanto isso...
 No Brasil: revoltas, política do “café-com-No Brasil: revoltas, política do “café-com-
leite”, período pós-repúblicaleite”, período pós-república
 Europa: Primeira Guerra Mundial,Europa: Primeira Guerra Mundial,
surgimento de correntes ideológicas comosurgimento de correntes ideológicas como
o nazismo, o fascismo e o comunismo;o nazismo, o fascismo e o comunismo;
Cubismo,Cubismo,
Futurismo,Futurismo,
ExpressionismoExpressionismo
ImpressionismoImpressionismo
Dadaísmo,Dadaísmo,
Surrealismo.Surrealismo.
As vanguardas
vão
dar origem à
Arte
Moderna
CubismoCubismo
Surgiu em 1907, na França;Surgiu em 1907, na França;
Desenvolveu-se inicialmente na pintura, valorizaçãoDesenvolveu-se inicialmente na pintura, valorização
de formas geométricas como cubos, cones ede formas geométricas como cubos, cones e
cilindros.cilindros.
Decomposição e recriação da realidade a partir deDecomposição e recriação da realidade a partir de
elementos geométricos sobrepostos;elementos geométricos sobrepostos;
Colagem;Colagem;
Experiências gráficas e visuais na literatura;Experiências gráficas e visuais na literatura;
Picasso (pintura) e Apollinaire (literatura);Picasso (pintura) e Apollinaire (literatura);
VANGUARDAS EUROPEIASVANGUARDAS EUROPEIAS
CubismoCubismo
Guernica (1937), de Pablo Picasso
Les Demoiselles d'Avignon (1907), de Pablo
Picasso
VANGUARDAS EUROPEIASVANGUARDAS EUROPEIAS
Cubismo –Cubismo – Literatura
Fragmentação da realidade;;
Flashes cinematográficos;Flashes cinematográficos;
Ilogismo;Ilogismo;
Humor;Humor;
Sobreposição de diferentes tempos, assuntos,Sobreposição de diferentes tempos, assuntos,
espaços;espaços;
Linguagem predominantemente nominal.Linguagem predominantemente nominal.
O poeta francês Guillaume
Apollinaire é o principal repre-
sentante do Cubismo na literatura.
Depois de sua morte, foi publicado
Caligrammes, poèmes de la paix et
de la guerre (1913-1916), uma
coletânea de poemas concretos
produzidos durante a primeira guerra
mundial.
Il pleut des voix de femmes comme si elles étaient mortes
même dans le souvenir
C'est vous aussi qu'il pleut merveilleuses encontres de ma
vie ô gouttelettes
Et ces nuages cabrés se prennent à hennir tout un univers
de villes auriculaires
Écoute s'il pleut tandis que le regret et le dédain leurent
une ancienne musique
Ecoute tomber les liens qui te retiennent en haut et en bas
Chove (Apollinaire)
Chovem as vozes das mulheres como se elas
estivessem mortas mesmo na lembrança
É você também que chove gotículas de
maravilhosos encontros de minha vida
E essas nuvens turbulentas se põem a relinchar
todo
reconheça
 essa adorável pessoa é você
sem o grande chapéu de palha
olho
nariz
boca
aqui o oval do seu rosto
seu     lindo  pescoço
                                   um pouco
                                   mais abaixo
                                   é seu coração
                                               que bate
aqui enfim
a imperfeita imagem
de seu busto adorado
visto como
se através de uma nuvem
HípicaHípica
(Oswald de Andrade)(Oswald de Andrade)
Saltos recordsSaltos records
Cavalos da PenhaCavalos da Penha
Correm jóqueis de HigienópolisCorrem jóqueis de Higienópolis
Os magnatasOs magnatas
As meninasAs meninas
E a orquestra tocaE a orquestra toca
CháChá
Na sala de cocktailsNa sala de cocktails
FuturismoFuturismo
•Felipo Tommasio MarinettiFelipo Tommasio Marinetti ;;
•Manifesto Futurista (1909) noManifesto Futurista (1909) no Le Figaro;Le Figaro;
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importante.importante.
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1.1.Nós queremos cantar o amor ao perigo, o hábito à energia e àNós queremos cantar o amor ao perigo, o hábito à energia e à
temeridade;temeridade;
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a revolta;a revolta;
3.3.Tendo a literatura, até aqui enaltecido a imobilidade pensativa, o êxtaseTendo a literatura, até aqui enaltecido a imobilidade pensativa, o êxtase
e o sono, nós queremos exaltar o movimento agressivo, a insônia febril, oe o sono, nós queremos exaltar o movimento agressivo, a insônia febril, o
passo ginástico, o salto perigoso, a bofetada e o soco;passo ginástico, o salto perigoso, a bofetada e o soco;
4.4.Nós clamamos que o esplendor do mundo se enriqueceu com umaNós clamamos que o esplendor do mundo se enriqueceu com uma
beleza nova: a beleza da velocidade. Um automóvel de corrida com seubeleza nova: a beleza da velocidade. Um automóvel de corrida com seu
cofre adornado de grossos tubos como serpentes de fôlego explosivo...cofre adornado de grossos tubos como serpentes de fôlego explosivo...
Um automóvel rugidor que parece correr sobre a metralha é mais beloUm automóvel rugidor que parece correr sobre a metralha é mais belo
que a vitória de samotrácia;que a vitória de samotrácia;
5.5.Não há mais beleza senão na luta. Nada de obra prima sem caráterNão há mais beleza senão na luta. Nada de obra prima sem caráter
agressivo;agressivo;
6.6.Nós queremos demolir os museus, as bibliotecas, combater oNós queremos demolir os museus, as bibliotecas, combater o
moralismo, o feminismo e todas as covardias oportunistas e utilitárias.moralismo, o feminismo e todas as covardias oportunistas e utilitárias.
VANGUARDAS EUROPEIASVANGUARDAS EUROPEIAS
FuturismoFuturismo
Trechos de O Manifesto Técnico da Literatura
1.1.Destruição da sintaxe, dispondo os substantivos ao acaso, comoDestruição da sintaxe, dispondo os substantivos ao acaso, como
nascem;nascem;
2.2.Uso do o verbo no infinitivo, para que se adapte elasticamente aoUso do o verbo no infinitivo, para que se adapte elasticamente ao
substantivo e não o submeta ao eu do escritor, que observa ousubstantivo e não o submeta ao eu do escritor, que observa ou
imagina. O verbo no infinitivo pode, sozinho, dar o sentido daimagina. O verbo no infinitivo pode, sozinho, dar o sentido da
continuidade da vida e a elasticidade da intuição que a percebe;continuidade da vida e a elasticidade da intuição que a percebe;
3.3.Abolição do adjetivo para que o substantivo desnudo conserve aAbolição do adjetivo para que o substantivo desnudo conserve a
sua cor essencial. O adjetivo é incompatível com a nossa visãosua cor essencial. O adjetivo é incompatível com a nossa visão
dinâmica, uma vez que supõe uma parada, uma meditação;dinâmica, uma vez que supõe uma parada, uma meditação;
4.4.Abolição do advérbio, velha fivela que une as palavras umas àsAbolição do advérbio, velha fivela que une as palavras umas às
outras. O advérbio conserva a frase numa fastidiosa unidade deoutras. O advérbio conserva a frase numa fastidiosa unidade de
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6.6.Destruição do eu psicologizante.Destruição do eu psicologizante.
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Poder ir na vida triunfante como um automóvel último-modelo!Poder ir na vida triunfante como um automóvel último-modelo!
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visual que nos causam, e não escuras ou pretas, como os pintoresvisual que nos causam, e não escuras ou pretas, como os pintores
costumavam representá-las no passado.costumavam representá-las no passado.
VANGUARDAS EUROPEIASVANGUARDAS EUROPEIAS
Impressionismo
The Waterloo Bridge, de Oscar-Claude Monet
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(1876). Musée d'Orsay, Paris. 
Uma ocasião,
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como ele mesmo dizia,
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Adélia Prado PRADO, A. Bagagem. São Paulo:
Siciliano. 1993. p. 36.
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Peque um jornal.Peque um jornal.
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Recorte em seguida com atenção algumas palavras que formamRecorte em seguida com atenção algumas palavras que formam
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Tire em seguida cada pedaço um após o outro.Tire em seguida cada pedaço um após o outro.
Copie conscienciosamente na ordem em que elas são tiradas doCopie conscienciosamente na ordem em que elas são tiradas do
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O poema se parecerá com você.O poema se parecerá com você.
E ei-lo um escritor infinitamente original e de uma sensibilidadeE ei-lo um escritor infinitamente original e de uma sensibilidade
graciosa, ainda que incompreendido do público.graciosa, ainda que incompreendido do público.
Die SchlachtDie Schlacht ((A batalhaA batalha), de Ludwig), de Ludwig
Kassak:Kassak:
Berr... bum, bumbum, bum...Berr... bum, bumbum, bum...
Ssi... Bum, papapa bum, bummSsi... Bum, papapa bum, bumm
Zazzau... Dum, bum, bumbumbumZazzau... Dum, bum, bumbumbum
Prä, prä, prä... Ra, hä-hä, aa...Prä, prä, prä... Ra, hä-hä, aa...
Harol...Harol...
Ode ao burguês – Mário de Andrade (trecho)
Eu insulto o burguês-funesto! 
O indigesto feijão com toucinho, dono das tradições! 
Fora os que algarismam os amanhãs! 
Olha a vida dos nossos setembros! 
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Mas à chuva dos rosais 
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Morte à gordura! 
Morte às adiposidades cerebrais! 
Morte ao burguês-mensal! 
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Padaria Suissa! Morte viva ao Adriano! 
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Um colar... Conto e quinhentos!!! 
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•Manifesto Surrealista, 1924, França, AndréManifesto Surrealista, 1924, França, André
Breton;Breton;
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•Pintura – Salvador Dalí, Joan Miró, MarxPintura – Salvador Dalí, Joan Miró, Marx
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VANGUARDAS EUROPEIASVANGUARDAS EUROPEIAS
SurrealismoSurrealismo
O sono – Salvador Dalí - 1937
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Pré-HistóriaPré-História
Murilo MendesMurilo Mendes
Mamãe vestida de rendasMamãe vestida de rendas
Tocava piano no caosTocava piano no caos
Uma noite abriu as asasUma noite abriu as asas
Cansada de tanto som,Cansada de tanto som,
Equilibrou-se no azul,Equilibrou-se no azul,
De tonta não mais olhouDe tonta não mais olhou
Para mim, para ninguém!Para mim, para ninguém!
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No Brasil, vários escritores foramNo Brasil, vários escritores foram
influenciados pelas idéiasinfluenciados pelas idéias
surrealistas, tais como Mário desurrealistas, tais como Mário de
Andrade, Oswald de Andrade,Andrade, Oswald de Andrade,
Murilo Mendes e Jorge de Lima.Murilo Mendes e Jorge de Lima.
No poema ao lado de MuriloNo poema ao lado de Murilo
Mendes, pode-se perceberMendes, pode-se perceber
algumas características doalgumas características do
Surrealismo, como oSurrealismo, como o ilogismoilogismo, o, o
absurdoabsurdo, as, as imagensimagens
surpreendentessurpreendentes , a, a atmosferaatmosfera
oníricaonírica..
O cão andaluz – Luiz Buñuel – 1929O cão andaluz – Luiz Buñuel – 1929
VANGUARDAS EUROPEIASVANGUARDAS EUROPEIAS
Referências:Referências:
TUFANO, Douglas.TUFANO, Douglas. Estudos de língua eEstudos de língua e
literaturaliteratura. 5. ed. Volume 3. São Paulo:. 5. ed. Volume 3. São Paulo:
Moderna, 1998.Moderna, 1998.
CEREJA, William Roberto; COCHAR, Thereza.CEREJA, William Roberto; COCHAR, Thereza.
Português: linguagens.Português: linguagens. São Paulo: Atual,São Paulo: Atual,
2003.2003.
TELES, Gilberto Mendonça. Vanguarda europeiaTELES, Gilberto Mendonça. Vanguarda europeia
e Modernismo brasileiro. 10 ed. Rio de Janeiro:e Modernismo brasileiro. 10 ed. Rio de Janeiro:
Record, 1987.Record, 1987.
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Vanguardas européias e suas tendências

  • 1. AS VANGUARDAS EUROPEIASAS VANGUARDAS EUROPEIAS O nascimento do mundoO nascimento do mundo,, de Salvador Dalide Salvador Dali
  • 2. Vanguardas europeiasVanguardas europeias  Primeiras décadas do século XX;Primeiras décadas do século XX;  Europa – ParisEuropa – Paris  Conjunto de tendências artísticasConjunto de tendências artísticas variadas, mas com um objetivo emvariadas, mas com um objetivo em comum;comum;  Palavra “vanguarda”, francêsPalavra “vanguarda”, francês avant garde;avant garde;  Literatura brasileira e Semana de ArteLiteratura brasileira e Semana de Arte ModernaModerna
  • 3. Enquanto isso...Enquanto isso...  No Brasil: revoltas, política do “café-com-No Brasil: revoltas, política do “café-com- leite”, período pós-repúblicaleite”, período pós-república  Europa: Primeira Guerra Mundial,Europa: Primeira Guerra Mundial, surgimento de correntes ideológicas comosurgimento de correntes ideológicas como o nazismo, o fascismo e o comunismo;o nazismo, o fascismo e o comunismo;
  • 5. CubismoCubismo Surgiu em 1907, na França;Surgiu em 1907, na França; Desenvolveu-se inicialmente na pintura, valorizaçãoDesenvolveu-se inicialmente na pintura, valorização de formas geométricas como cubos, cones ede formas geométricas como cubos, cones e cilindros.cilindros. Decomposição e recriação da realidade a partir deDecomposição e recriação da realidade a partir de elementos geométricos sobrepostos;elementos geométricos sobrepostos; Colagem;Colagem; Experiências gráficas e visuais na literatura;Experiências gráficas e visuais na literatura; Picasso (pintura) e Apollinaire (literatura);Picasso (pintura) e Apollinaire (literatura);
  • 7. Les Demoiselles d'Avignon (1907), de Pablo Picasso
  • 8. VANGUARDAS EUROPEIASVANGUARDAS EUROPEIAS Cubismo –Cubismo – Literatura Fragmentação da realidade;; Flashes cinematográficos;Flashes cinematográficos; Ilogismo;Ilogismo; Humor;Humor; Sobreposição de diferentes tempos, assuntos,Sobreposição de diferentes tempos, assuntos, espaços;espaços; Linguagem predominantemente nominal.Linguagem predominantemente nominal.
  • 9. O poeta francês Guillaume Apollinaire é o principal repre- sentante do Cubismo na literatura. Depois de sua morte, foi publicado Caligrammes, poèmes de la paix et de la guerre (1913-1916), uma coletânea de poemas concretos produzidos durante a primeira guerra mundial.
  • 10. Il pleut des voix de femmes comme si elles étaient mortes même dans le souvenir C'est vous aussi qu'il pleut merveilleuses encontres de ma vie ô gouttelettes Et ces nuages cabrés se prennent à hennir tout un univers de villes auriculaires Écoute s'il pleut tandis que le regret et le dédain leurent une ancienne musique Ecoute tomber les liens qui te retiennent en haut et en bas Chove (Apollinaire) Chovem as vozes das mulheres como se elas estivessem mortas mesmo na lembrança É você também que chove gotículas de maravilhosos encontros de minha vida E essas nuvens turbulentas se põem a relinchar todo
  • 11. reconheça  essa adorável pessoa é você sem o grande chapéu de palha olho nariz boca aqui o oval do seu rosto seu     lindo  pescoço                                    um pouco                                    mais abaixo                                    é seu coração                                                que bate aqui enfim a imperfeita imagem de seu busto adorado visto como se através de uma nuvem
  • 12. HípicaHípica (Oswald de Andrade)(Oswald de Andrade) Saltos recordsSaltos records Cavalos da PenhaCavalos da Penha Correm jóqueis de HigienópolisCorrem jóqueis de Higienópolis Os magnatasOs magnatas As meninasAs meninas E a orquestra tocaE a orquestra toca CháChá Na sala de cocktailsNa sala de cocktails
  • 13. FuturismoFuturismo •Felipo Tommasio MarinettiFelipo Tommasio Marinetti ;; •Manifesto Futurista (1909) noManifesto Futurista (1909) no Le Figaro;Le Figaro; •Exaltação da vida moderna, ou seja, da máquina, doExaltação da vida moderna, ou seja, da máquina, do automóvel, da eletricidade, da velocidade, do movimento;automóvel, da eletricidade, da velocidade, do movimento; •Manifesto técnico da Literatura Futurista (1912);Manifesto técnico da Literatura Futurista (1912); • 1919 – Marinetti e o fascismo;1919 – Marinetti e o fascismo; • Na pintura, Giacommo Balla foi o representante maisNa pintura, Giacommo Balla foi o representante mais importante.importante.
  • 14. Trechos do Manifesto FuturistaTrechos do Manifesto Futurista 1.1.Nós queremos cantar o amor ao perigo, o hábito à energia e àNós queremos cantar o amor ao perigo, o hábito à energia e à temeridade;temeridade; 2.2.Os elementos essenciais da nossa poesia serão a coragem, a audácia eOs elementos essenciais da nossa poesia serão a coragem, a audácia e a revolta;a revolta; 3.3.Tendo a literatura, até aqui enaltecido a imobilidade pensativa, o êxtaseTendo a literatura, até aqui enaltecido a imobilidade pensativa, o êxtase e o sono, nós queremos exaltar o movimento agressivo, a insônia febril, oe o sono, nós queremos exaltar o movimento agressivo, a insônia febril, o passo ginástico, o salto perigoso, a bofetada e o soco;passo ginástico, o salto perigoso, a bofetada e o soco; 4.4.Nós clamamos que o esplendor do mundo se enriqueceu com umaNós clamamos que o esplendor do mundo se enriqueceu com uma beleza nova: a beleza da velocidade. Um automóvel de corrida com seubeleza nova: a beleza da velocidade. Um automóvel de corrida com seu cofre adornado de grossos tubos como serpentes de fôlego explosivo...cofre adornado de grossos tubos como serpentes de fôlego explosivo... Um automóvel rugidor que parece correr sobre a metralha é mais beloUm automóvel rugidor que parece correr sobre a metralha é mais belo que a vitória de samotrácia;que a vitória de samotrácia; 5.5.Não há mais beleza senão na luta. Nada de obra prima sem caráterNão há mais beleza senão na luta. Nada de obra prima sem caráter agressivo;agressivo; 6.6.Nós queremos demolir os museus, as bibliotecas, combater oNós queremos demolir os museus, as bibliotecas, combater o moralismo, o feminismo e todas as covardias oportunistas e utilitárias.moralismo, o feminismo e todas as covardias oportunistas e utilitárias.
  • 16.
  • 17. Trechos de O Manifesto Técnico da Literatura 1.1.Destruição da sintaxe, dispondo os substantivos ao acaso, comoDestruição da sintaxe, dispondo os substantivos ao acaso, como nascem;nascem; 2.2.Uso do o verbo no infinitivo, para que se adapte elasticamente aoUso do o verbo no infinitivo, para que se adapte elasticamente ao substantivo e não o submeta ao eu do escritor, que observa ousubstantivo e não o submeta ao eu do escritor, que observa ou imagina. O verbo no infinitivo pode, sozinho, dar o sentido daimagina. O verbo no infinitivo pode, sozinho, dar o sentido da continuidade da vida e a elasticidade da intuição que a percebe;continuidade da vida e a elasticidade da intuição que a percebe; 3.3.Abolição do adjetivo para que o substantivo desnudo conserve aAbolição do adjetivo para que o substantivo desnudo conserve a sua cor essencial. O adjetivo é incompatível com a nossa visãosua cor essencial. O adjetivo é incompatível com a nossa visão dinâmica, uma vez que supõe uma parada, uma meditação;dinâmica, uma vez que supõe uma parada, uma meditação; 4.4.Abolição do advérbio, velha fivela que une as palavras umas àsAbolição do advérbio, velha fivela que une as palavras umas às outras. O advérbio conserva a frase numa fastidiosa unidade deoutras. O advérbio conserva a frase numa fastidiosa unidade de tom;tom; 5.5.A da pontuação, que será substituída por sinais da matemáticaA da pontuação, que será substituída por sinais da matemática (+, -, =,(+, -, =, #, ˂, ˃) e pelos sinais musicais;#, ˂, ˃) e pelos sinais musicais; 6.6.Destruição do eu psicologizante.Destruição do eu psicologizante.
  • 18. VANGUARDAS EUROPEIASVANGUARDAS EUROPEIAS FuturismoFuturismo Ode triunfal (Fernando Pessoa)Ode triunfal (Fernando Pessoa) À dolorosa LUZ das grandes lâmpadas elétricas da fábricaÀ dolorosa LUZ das grandes lâmpadas elétricas da fábrica Tenho febre e escrevo.Tenho febre e escrevo. Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto,Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto, Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigosPara a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r eterno!Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r eterno! [...][...] Ah, poder exprimir-me todo como um motor se exprime!Ah, poder exprimir-me todo como um motor se exprime! Ser completo como um máquina!Ser completo como um máquina! Poder ir na vida triunfante como um automóvel último-modelo!Poder ir na vida triunfante como um automóvel último-modelo! [...][...]
  • 19. VANGUARDAS EUROPEIASVANGUARDAS EUROPEIAS ExpressionismoExpressionismo França e Alemanha - 1910;França e Alemanha - 1910; Combater o Impressionismo;Combater o Impressionismo; Criação parte da subjetividade;Criação parte da subjetividade; Destaque dado à expressão;Destaque dado à expressão; Importância ao poder expressivo das cores e das formas,Importância ao poder expressivo das cores e das formas, valorizaram as composições abstratas e as imagensvalorizaram as composições abstratas e as imagens distorcidas, próximas da caricatura;distorcidas, próximas da caricatura; Desenvolveu-se mais na pintura e os principaisDesenvolveu-se mais na pintura e os principais representantes desse movimento foram:representantes desse movimento foram: Vincent Van GoghVincent Van Gogh Paul CézannePaul Cézanne Paul GauguimPaul Gauguim Edward MuchEdward Much
  • 20. Tarde em NápolesTarde em Nápoles (1876-1877),(1876-1877), de Paul Cézannede Paul Cézanne
  • 21. VANGUARDAS EUROPEIASVANGUARDAS EUROPEIAS ExpressionismoExpressionismo O grito (1893), de Edward Munch. Utilizando cores irreais, dá forma plástica ao amor, ao ciúme, ao medo, à solidão, à miséria humana, à prostituição. Deforma-se a figura, para ressaltar o sentimento.
  • 22. Campo de trigo com corvos, Vincent Van Gogh.
  • 23. O escolarO escolar (1888)(1888)
  • 24. ExpressionismoExpressionismo Na literaturaNa literatura:: •Deformação da realidade;Deformação da realidade; •Valorização de conteúdos subjetivos;Valorização de conteúdos subjetivos; •Linguagem fragmentada, elíptica, frases nominais;Linguagem fragmentada, elíptica, frases nominais; •Despreocupação quanto à organização do texto emDespreocupação quanto à organização do texto em estrofes, ao emprego de rimas ou à musicalidade;estrofes, ao emprego de rimas ou à musicalidade; •Combate à fome, à inércia e aos valores do mundoCombate à fome, à inércia e aos valores do mundo burguês.burguês.
  • 25. Fragmento de um poema expressionista:Fragmento de um poema expressionista: Soam ventoinhas em nuvens perdidasSoam ventoinhas em nuvens perdidas Os livros são bruxas. Povos desconexos.Os livros são bruxas. Povos desconexos. A alma reduz-se a mínimos complexosA alma reduz-se a mínimos complexos A arte está morta. As horas reduzidasA arte está morta. As horas reduzidas.. O meu tempo, de Wilkleim Klem
  • 26. ImpressionismoImpressionismo  Revolucionou profundamente a pintura e deu início às grandesRevolucionou profundamente a pintura e deu início às grandes tendências da arte do século XX;tendências da arte do século XX; Arte sensorial que valorizava a impressão subjetiva da realidade;Arte sensorial que valorizava a impressão subjetiva da realidade;  O movimento de criação vai do mundo exterior para o interior;O movimento de criação vai do mundo exterior para o interior; MonetMonet,, DegasDegas ee RenoiRenoir são os expoentes dessa pintura;r são os expoentes dessa pintura; Registro das tonalidades que os objetos adquirem ao refletir a luz solarRegistro das tonalidades que os objetos adquirem ao refletir a luz solar num determinado momento, pois as cores da natureza se modificamnum determinado momento, pois as cores da natureza se modificam constantemente, dependendo da incidência da luz do sol;constantemente, dependendo da incidência da luz do sol; As figuras não devem ter contornos nítidos, pois a linha é uma abstraçãoAs figuras não devem ter contornos nítidos, pois a linha é uma abstração do ser humano para representar imagens;do ser humano para representar imagens; As sombras devem ser luminosas e coloridas, tal como é a impressãoAs sombras devem ser luminosas e coloridas, tal como é a impressão visual que nos causam, e não escuras ou pretas, como os pintoresvisual que nos causam, e não escuras ou pretas, como os pintores costumavam representá-las no passado.costumavam representá-las no passado.
  • 27. VANGUARDAS EUROPEIASVANGUARDAS EUROPEIAS Impressionismo The Waterloo Bridge, de Oscar-Claude Monet
  • 28. O almoço dos remadores (1874), de Pierre-Auguste Renoir
  • 29.  L’Absinthe, de Edgar Degas (1876). Musée d'Orsay, Paris. 
  • 30. Uma ocasião, meu pai pintou a casa toda de alaranjado brilhante. Por muito tempo moramos numa casa, como ele mesmo dizia, constantemente amanhecendo. Adélia Prado PRADO, A. Bagagem. São Paulo: Siciliano. 1993. p. 36.
  • 31. VANGUARDAS EUROPEIASVANGUARDAS EUROPEIAS DadaísmoDadaísmo •Zurique – Suiça – 1916 – Cabaret Voltaire;Zurique – Suiça – 1916 – Cabaret Voltaire; •Apelido “dadá” – Tristan Tzara;Apelido “dadá” – Tristan Tzara; •Consequências da guerra;Consequências da guerra; •Tom debochado, agressivo, ilógico;Tom debochado, agressivo, ilógico; •Destruição, ridicularização da arte hipócrita;Destruição, ridicularização da arte hipócrita; •Marcel Duchamp – ready-made;Marcel Duchamp – ready-made; •Francis Picabia, Philippe Soupault e André Breton;Francis Picabia, Philippe Soupault e André Breton;
  • 32. VANGUARDAS EUROPEIASVANGUARDAS EUROPEIAS DadaísmoDadaísmo A técnica do ready-made consiste em transformar em obra de arte objetos do cotidiano, satirizando o mito mercantilista do capitalismo. Essa técnica deu origem á Arte Pop.
  • 33.
  • 35. VANGUARDAS EUROPEIASVANGUARDAS EUROPEIAS DadaísmoDadaísmo Na literatura:Na literatura: Agressividade;Agressividade;  Improvisação;Improvisação;  Desordem;Desordem;  Rejeição a qualquer tipo de racionalização e equilíbrio;Rejeição a qualquer tipo de racionalização e equilíbrio;  Livre associação de palavras (técnica de escrita automática,Livre associação de palavras (técnica de escrita automática, que mais tarde seria aproveitada pelo surrealismo);que mais tarde seria aproveitada pelo surrealismo);  Invenção de palavras com base na exploração apenas deInvenção de palavras com base na exploração apenas de sua sonoridade.sua sonoridade.
  • 36. ““Receita” para se fazer um poema dadaísta segundoReceita” para se fazer um poema dadaísta segundo Tristan Tzara:Tristan Tzara: Para fazer um pema dadaístaPara fazer um pema dadaísta Peque um jornal.Peque um jornal. Peque a tesoura.Peque a tesoura. Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seuEscolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema.poema. Recorte o artigo.Recorte o artigo. Recorte em seguida com atenção algumas palavras que formamRecorte em seguida com atenção algumas palavras que formam esse artigo e meta-as num saco.esse artigo e meta-as num saco. Agite suavemente.Agite suavemente. Tire em seguida cada pedaço um após o outro.Tire em seguida cada pedaço um após o outro. Copie conscienciosamente na ordem em que elas são tiradas doCopie conscienciosamente na ordem em que elas são tiradas do saco.saco. O poema se parecerá com você.O poema se parecerá com você. E ei-lo um escritor infinitamente original e de uma sensibilidadeE ei-lo um escritor infinitamente original e de uma sensibilidade graciosa, ainda que incompreendido do público.graciosa, ainda que incompreendido do público.
  • 37. Die SchlachtDie Schlacht ((A batalhaA batalha), de Ludwig), de Ludwig Kassak:Kassak: Berr... bum, bumbum, bum...Berr... bum, bumbum, bum... Ssi... Bum, papapa bum, bummSsi... Bum, papapa bum, bumm Zazzau... Dum, bum, bumbumbumZazzau... Dum, bum, bumbumbum Prä, prä, prä... Ra, hä-hä, aa...Prä, prä, prä... Ra, hä-hä, aa... Harol...Harol...
  • 38. Ode ao burguês – Mário de Andrade (trecho) Eu insulto o burguês-funesto!  O indigesto feijão com toucinho, dono das tradições!  Fora os que algarismam os amanhãs!  Olha a vida dos nossos setembros!  Fará Sol? Choverá? Arlequinal!  Mas à chuva dos rosais  o èxtase fará sempre Sol! Morte à gordura!  Morte às adiposidades cerebrais!  Morte ao burguês-mensal!  ao burguês-cinema! ao burguês-tílburi!  Padaria Suissa! Morte viva ao Adriano!  "Ai, filha, que te darei pelos teus anos?  Um colar... Conto e quinhentos!!!  Mas nós morremos de fome!"
  • 39. SurrealismoSurrealismo •Manifesto Surrealista, 1924, França, AndréManifesto Surrealista, 1924, França, André Breton;Breton; •União da arte e da psicanálise;União da arte e da psicanálise; •Literatura – André Breton;Literatura – André Breton; •Pintura – Salvador Dalí, Joan Miró, MarxPintura – Salvador Dalí, Joan Miró, Marx Ernest;Ernest; •Cinema – Luiz Buñuel;Cinema – Luiz Buñuel;
  • 40. Na literatura:Na literatura: Valorização sonho;Valorização sonho; Imaginação;Imaginação; Sobrenatural;Sobrenatural; Busca imagens inconscientes (escritaBusca imagens inconscientes (escrita automática).automática).
  • 42. O sono – Salvador Dalí - 1937
  • 43.
  • 44.
  • 45. VANGUARDAS EUROPEIASVANGUARDAS EUROPEIAS Pré-HistóriaPré-História Murilo MendesMurilo Mendes Mamãe vestida de rendasMamãe vestida de rendas Tocava piano no caosTocava piano no caos Uma noite abriu as asasUma noite abriu as asas Cansada de tanto som,Cansada de tanto som, Equilibrou-se no azul,Equilibrou-se no azul, De tonta não mais olhouDe tonta não mais olhou Para mim, para ninguém!Para mim, para ninguém! Cai no álbum de retratos.Cai no álbum de retratos. No Brasil, vários escritores foramNo Brasil, vários escritores foram influenciados pelas idéiasinfluenciados pelas idéias surrealistas, tais como Mário desurrealistas, tais como Mário de Andrade, Oswald de Andrade,Andrade, Oswald de Andrade, Murilo Mendes e Jorge de Lima.Murilo Mendes e Jorge de Lima. No poema ao lado de MuriloNo poema ao lado de Murilo Mendes, pode-se perceberMendes, pode-se perceber algumas características doalgumas características do Surrealismo, como oSurrealismo, como o ilogismoilogismo, o, o absurdoabsurdo, as, as imagensimagens surpreendentessurpreendentes , a, a atmosferaatmosfera oníricaonírica..
  • 46. O cão andaluz – Luiz Buñuel – 1929O cão andaluz – Luiz Buñuel – 1929
  • 47. VANGUARDAS EUROPEIASVANGUARDAS EUROPEIAS Referências:Referências: TUFANO, Douglas.TUFANO, Douglas. Estudos de língua eEstudos de língua e literaturaliteratura. 5. ed. Volume 3. São Paulo:. 5. ed. Volume 3. São Paulo: Moderna, 1998.Moderna, 1998. CEREJA, William Roberto; COCHAR, Thereza.CEREJA, William Roberto; COCHAR, Thereza. Português: linguagens.Português: linguagens. São Paulo: Atual,São Paulo: Atual, 2003.2003. TELES, Gilberto Mendonça. Vanguarda europeiaTELES, Gilberto Mendonça. Vanguarda europeia e Modernismo brasileiro. 10 ed. Rio de Janeiro:e Modernismo brasileiro. 10 ed. Rio de Janeiro: Record, 1987.Record, 1987. http//.www.google/searchhttp//.www.google/search