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  • 3.
  • 4. ““Por ti, formosa, o meu sonhar de loucoPor ti, formosa, o meu sonhar de louco E o dom fatal, que desde o berço é meu;E o dom fatal, que desde o berço é meu; Mas se os cantos da lira achares pouco,Mas se os cantos da lira achares pouco, Pede-me a vida, porque tudo é teuPede-me a vida, porque tudo é teu Se queres culto – como um crente adoro,Se queres culto – como um crente adoro, Se preito queres – eu te caio aos pés,Se preito queres – eu te caio aos pés, Se rires – rio, se chorares – choro,Se rires – rio, se chorares – choro, E bebo o pranto que banhar-te a tez”E bebo o pranto que banhar-te a tez” Casimiro de Abreu, Século XIX
  • 5. O rapazO rapaz chegou-se para juntochegou-se para junto da moça e disse:da moça e disse: —— Antônia, ainda não meAntônia, ainda não me acostumei com o seu corpo, com a suaacostumei com o seu corpo, com a sua cara.cara. A moça olhou de lado e esperou.A moça olhou de lado e esperou. —— Você sabe quando a gente é criança e de repenteVocê sabe quando a gente é criança e de repente vê uma lagartavê uma lagarta listada?listada? A moçaA moça se lembrava:se lembrava: —— A gente ficaA gente fica olhando...olhando... A meninice brincou de novo nos olhos dela.A meninice brincou de novo nos olhos dela. O rapaz prosseguiu com muita doçura:O rapaz prosseguiu com muita doçura: —— Antônia, você parece uma lagarta listada.Antônia, você parece uma lagarta listada. Manuel Bandeira, Século XX
  • 6. A Revolução Artística doA Revolução Artística do início do Século XXinício do Século XX Prof. Marcos Salaibe C. E. Dr. Feliciano Sodré, 2010
  • 7. Vanguarda EuropeiaVanguarda Europeia ● Movimento Artístico e Cultural deMovimento Artístico e Cultural de contestação que propunha uma novacontestação que propunha uma nova estéticaestética ● Ruptura radical com o passadoRuptura radical com o passado ● Tem como objetivo chocar a opiniãoTem como objetivo chocar a opinião públicapública ● Paralelo atual: os movimentos deParalelo atual: os movimentos de contracultura advindos de Woodstockcontracultura advindos de Woodstock
  • 8. Principais Tendências daPrincipais Tendências da VanguardaVanguarda ● FuturismoFuturismo ● ExpressionismoExpressionismo ● CubismoCubismo ● SurrealismoSurrealismo ● DadaísmoDadaísmo
  • 10. Trechos do “Manifesto Futurista”Trechos do “Manifesto Futurista” ““Nós queremos cantar o amor ao perigo, o hábito àNós queremos cantar o amor ao perigo, o hábito à energia e à temeridade.”energia e à temeridade.” ““Os elementos essenciais da nossa poesia serão aOs elementos essenciais da nossa poesia serão a coragem, a audácia e a revolta”coragem, a audácia e a revolta” ““Nós queremos glorificar a guerra – a única higiene doNós queremos glorificar a guerra – a única higiene do mundo – o militarismo, o patriotismo, o gesto destrutormundo – o militarismo, o patriotismo, o gesto destrutor dos anarquistas, as belas ideias que matam,dos anarquistas, as belas ideias que matam, o desprezo à muilher”o desprezo à muilher” ““Nós queremos demolir os museus, as bibliotecas,Nós queremos demolir os museus, as bibliotecas, combater o moralismo, o feminismo e todas ascombater o moralismo, o feminismo e todas as covardias oportunistas e utilitárias”covardias oportunistas e utilitárias”
  • 11. ““À dolorosa luz das grandes lâmpadas elétricas da fábricaÀ dolorosa luz das grandes lâmpadas elétricas da fábrica Tenho febre e escrevo.Tenho febre e escrevo. Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto,Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto, para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos.para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos. Ó rodas, ó engrenagens r-r-r-r-r-r eterno!Ó rodas, ó engrenagens r-r-r-r-r-r eterno! Forte espamo retido dos maquinismos em fúria!Forte espamo retido dos maquinismos em fúria! Em fúria fora e dentro de mim.”Em fúria fora e dentro de mim.” Álvaro de Campos (Fernando Pessoa)
  • 13. A arte expressionistaA arte expressionista ● Manifestações do “mundo interior” do artistaManifestações do “mundo interior” do artista ● Pouca importância para os conceitos “belo” ouPouca importância para os conceitos “belo” ou “feio”“feio” ● Formas pontiagudasFormas pontiagudas ● Cores fortesCores fortes ● Pouca variação de tonalidadePouca variação de tonalidade ● Expressão de angústiaExpressão de angústia
  • 14. ““Eu, filho do carbono e do amoníaco,Eu, filho do carbono e do amoníaco, Monstro de escuridão e relutância,Monstro de escuridão e relutância, Sofro, desde a epigênese da infância,Sofro, desde a epigênese da infância, A influência má dos signos do zodíaco.A influência má dos signos do zodíaco. Profundissimamente hipocondríaco,Profundissimamente hipocondríaco, Este ambiente me causa repugnância...Este ambiente me causa repugnância... Sobe-me à boca uma ânsia, análoga à ânsiaSobe-me à boca uma ânsia, análoga à ânsia Que escapa da boca de um cardíaco.Que escapa da boca de um cardíaco. Augusto dos Anjos Já o verme – este operário das ruínasJá o verme – este operário das ruínas Que o sangue podre das carnificinasQue o sangue podre das carnificinas Come, e à vida em geral decreta guerra.Come, e à vida em geral decreta guerra. Anda a espreitar meus olhos para roê-losAnda a espreitar meus olhos para roê-los E há de deixar-me apenas os cabelos,E há de deixar-me apenas os cabelos, Na frialdade inorgânica da terra!Na frialdade inorgânica da terra!
  • 16. A arte surrealistaA arte surrealista ● Influência da psicanálise e da RevoluçãoInfluência da psicanálise e da Revolução SocialistaSocialista ● Humor, sonho, utopiaHumor, sonho, utopia ● Rejeição ao pensamento lógicoRejeição ao pensamento lógico ● Elementos reais em um mundo “irreal”Elementos reais em um mundo “irreal” ● Aproximação da poesia à prosaAproximação da poesia à prosa ● Crítica à burguesiaCrítica à burguesia
  • 17. ““Nesse momento um mulato da maior mulatariaNesse momento um mulato da maior mulataria trepou numa estátua e principiou um discursotrepou numa estátua e principiou um discurso entusiasmado explicando pra Macunaíma o queentusiasmado explicando pra Macunaíma o que era o dia do Cruzeiro. No céu escampado daera o dia do Cruzeiro. No céu escampado da noite não tinha uma nuvem nem Capei. A gentenoite não tinha uma nuvem nem Capei. A gente enxergava os conhecidos, os pais-das-árvoresenxergava os conhecidos, os pais-das-árvores os pais-das-aves os pais-das-caças e osos pais-das-aves os pais-das-caças e os parentes manos pais mães tias cunhadasparentes manos pais mães tias cunhadas cunhãs cunhatãs, todas essas estrelascunhãs cunhatãs, todas essas estrelas piscapiscando bem felizes nessa terra sem mal,piscapiscando bem felizes nessa terra sem mal, adonde havia muita saúde e pouca saúva, oadonde havia muita saúde e pouca saúva, o firmamento lá.”firmamento lá.”
  • 18. Mulher proletáriaMulher proletária Mulher proletária — única fábricaMulher proletária — única fábrica que o operário tem, (fabrica filhos)que o operário tem, (fabrica filhos) tutu na tua superprodução de máquina humanana tua superprodução de máquina humana forneces anjos para o Senhor Jesus,forneces anjos para o Senhor Jesus, forneces braços para o senhor burguês.forneces braços para o senhor burguês. Mulher proletária,Mulher proletária, o operário, teu proprietárioo operário, teu proprietário há de ver, há de ver:há de ver, há de ver: a tua produção,a tua produção, a tua superprodução,a tua superprodução, ao contrário das máquinas burguesasao contrário das máquinas burguesas salvar o teu proprietário.salvar o teu proprietário.
  • 19. CubismoCubismo Guitarra e fruteira em cimaGuitarra e fruteira em cima da mesa (Juan Griss)da mesa (Juan Griss)
  • 20. A arte cubistaA arte cubista ● O autor fraciona a realidade e depois a recria em formasO autor fraciona a realidade e depois a recria em formas geométricasgeométricas ● Na Literatura:Na Literatura: – HumorHumor – Linguagem mais ou menos caóticaLinguagem mais ou menos caótica – Preocupação com a disposição gráfica do poemaPreocupação com a disposição gráfica do poema
  • 21. Augusto dos Anjos Anatomia do monólogoAnatomia do monólogo ser ou não ser?ser ou não ser? er ou não er?er ou não er? r ou não r?r ou não r? ou não?ou não? onã?onã?
  • 22. DadaísmoDadaísmo Recorte – Kurt SchwittersRecorte – Kurt Schwitters
  • 23. DadáDadá DADÁ NÃO SIGNIFICA NADADADÁ NÃO SIGNIFICA NADA Eu escrevo um manifesto e não quero nada,Eu escrevo um manifesto e não quero nada, eu digo portanto certas coisas eeu digo portanto certas coisas e sou por princípio contra os manifestos,sou por princípio contra os manifestos, como sou também contra os princípios.como sou também contra os princípios. Liberdade: DADÁ DADÁ DADÁ,Liberdade: DADÁ DADÁ DADÁ, uivos de dores crispadas, entrelaçamento dos contráriosuivos de dores crispadas, entrelaçamento dos contrários e de todas as contradições,e de todas as contradições, dos grostescos, das inconseqüências: A VIDA.dos grostescos, das inconseqüências: A VIDA. Tristaz Tzara
  • 24. Tristan Tzara RECEITA PARA UM POEMA DADAÍSTARECEITA PARA UM POEMA DADAÍSTA ““Pegue um jornal.Pegue um jornal. Pegue a tesoura.Pegue a tesoura. Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema.Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema. Recorte em seguida algumas palavras que formam esse artigo e meta-as numRecorte em seguida algumas palavras que formam esse artigo e meta-as num saco.saco. Agite suavemente.Agite suavemente. Tire em seguida cada pedaço um após o outro.Tire em seguida cada pedaço um após o outro. Copie conscienciosamente na ordem em que elas são tiradas do saco.Copie conscienciosamente na ordem em que elas são tiradas do saco. O poema se parecerá com você.O poema se parecerá com você. E ei-lo um escritor infinitamente original e de uma sensibilidade graciosa,E ei-lo um escritor infinitamente original e de uma sensibilidade graciosa, ainda que incompreendido do público.”ainda que incompreendido do público.”