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Educação Digital Humanizada:
por uma aprendizagem com
sentido para a vida
Prof. Dr. Fabio Barros
DEaD/IFRO - CEFET-RJ
fabio.barros@ifro.edu.br
Novembro de 2022
Sentido
“A força motriz do ser humano é a presença de sentido na vida. Não se trata, porém, de um sentido único
para toda a vida, mas, sim, de um sentido para cada situação que ela apresenta. Por isso, o sentido pode
mudar a cada momento e a cada hora. Todas as circunstâncias da vida que uma pessoa vive são dotadas
de sentido, até mesmo quando há sofrimento. Isso acontece independente de idade, sexo, escolaridade,
profissão e presença – ou não – de uma crença religiosa (Frankl, 2005).”
SANTOS, David Moises Barreto dos. Educação para sentido na vida e valores: percepção de universitários a partir do livro “Em
busca de sentido”, de Viktor Frankl. Rev. Bras. Estud. Pedagog., Brasília , v. 100, n. 254, p. 230-252, Apr. 2019 .
Sentido
Dessa forma, o sentido na vida é a principal motivação do ser humano para amadurecer e superar
dificuldades. Quando o ser humano frustra essa vontade de sentido, pode acabar mergulhando em um
vácuo existencial, isto é, em um sentimento de vazio e futilidade. Para Frankl, esse é o mal que atinge
nossa época, diferentemente do tempo de Freud, em que se padecia da repressão sexual. Em especial,
esse vazio apresenta-se de modo mais suscetível entre os jovens e tem sido marcado por uma tríade
sintomática: depressão, agressividade e dependência de drogas (Frankl, 2003, 2008).
SANTOS, David Moises Barreto dos. Educação para sentido na vida e valores: percepção de universitários a partir do livro “Em
busca de sentido”, de Viktor Frankl. Rev. Bras. Estud. Pedagog., Brasília , v. 100, n. 254, p. 230-252, Apr. 2019 .
Sentido
“Na transparência do olhar não existem respostas, há abertura. Abertura a tudo aquilo que eu não sou. Na
transparência do olhar nos tornamos permeáveis à vida. A vida não nos passa ao largo. Atravessa-nos e nos
comove e essa é a paixão”.
“Uma vez abertos à vida e aos outros, ao que está ao meu lado, realiza-se o encontro e a este encontro se dá um
sentido. Todos temos sentido”.
“Todos temos um sentido na vida. Nenhum de nós é um ‘não’. Todos somos ‘sim’. Por isso, quando encontramos o
sentido, é como se a alma se engrandecesse. E necessitamos colocar palavras a este sentido. Dar-lhe uma forma
que o contenha. Expressar de algum modo isso que aconteceu conosco. E essa é a criação”.
“Quando nos damos conta de que a vida tem sentido e de que esse sentido nos transborda, precisamos celebrá-lo.
Temos necessidade da festa como expressão humana de uma celebração do sentido. Assim, encontramos o
sentido mais profundo que se pode ter. Um sentimento que existe entre nós, para tudo e apesar de tudo. Este
sentimento é a gratidão”.
Sentido
Por uma educação “livre de preconceitos. Ou seja, livre dos juízos prévios que nos bloqueiam, para, a partir
daí, sonhar e buscar novos caminhos. Por isso, nós, os adultos, não podemos tirar de nossas crianças e
jovens a capacidade de sonhar, nem de brincar, que de certa maneira é um sonhar acordado”.
“Se não deixamos que a criança brinque é porque nós não sabemos brincar e, se nós não sabemos brincar,
não entendemos nem a gratidão, nem a gratuidade, nem a criatividade. Este encontro nos ensinou que
nossa obrigação é escutar as crianças e gerar um contexto de esperança para que aqueles sonhos
cresçam e sejam compartilhados. Um sonho, quando é partilhado, torna-se utopia de um povo, a
possibilidade de criar um novo modo de viver”.
“Podemos nos unir valorizando a diversidade de culturas para alcançar não a uniformidade, mas a
harmonia. É disto que tem necessidade este mundo tão atomizado!”.
“Este mundo que tem medo do diferente, que a partir deste temor às vezes constrói muros que acabam por
transformar em realidade o pesadelo pior, ou seja, viver como inimigos. Como este mundo tem necessidade
de sair e encontrar-se!”.
https://www.acidigital.com/noticias/papa-francisco-os-adultos-nao-podemos-tirar-a-capacidade-de-sonhar-de-criancas-e-jovens-77231
Sentido
Na busca de sentido: EDH
“A Educação Digital Humanizada é aqui definida como o processo educativo que se utiliza de meios digitais
interativos, em especial a internet, norteado por princípios humanistas, que privilegia a utilização de metodologias
ativas centradas na aprendizagem do aluno e em suas relações com os demais, sua comunidade, meio ambiente e
social. Este processo educativo, utilizado no ensino presencial, híbrido ou online, é aplicado em sistemas de
ensino, matrizes curriculares, cursos, aulas ou mesmo na educação informal, subordina os conteúdos e objetivos
de aprendizagem das diferentes ciências e saberes à problematização da realidade, em uma visão holística, com
ênfase na criatividade, na ética do cuidado, no pensamento crítico, na colaboração, na autonomia, no diálogo, na
resolução de problemas e na transformação social.”
https://www.adayapress.com/wp-content/uploads/2017/07/CTED20.pdf
EDH
A EDH pode ser utilizada em modelos de ensino com maior ou menor utilização de tecnologia, sendo
aplicada em uma aula, em um curso, sistemas de ensino, projetos pedagógicos e outros, tanto na educação
formal quanto informal, física ou online.
A seguir serão discutidas a contribuição de cinco conceitos chaves para a existência da EDH: Dimensão do
cuidado; Diálogo colaborativo; Liberdade criativa; Autoria narrativa; e Problematização da realidade.
http://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/anais_linguagem_tecnologia/article/download/15072/1125612231
Dimensão do cuidado
Nos ambientes ricos em tecnologia da Educação Digital é preciso desenvolver a ética do cuidado, do
cuidado de si e do cuidado com o outro. O cuidado, enquanto dimensão ética, implica em uma relação de
estar junto, de alteridade, de reconhecer o outro como parte de si próprio e de um todo, de ser e estar no
mundo e com o outro. Este conceito procura resgatar, antes de tudo, a dimensão ética na educação,
colocando o ser humano, as relações humanas, a solidariedade como prioridades de fato e de direito na
prática educativa.
O papel do docente é o de provocar a reflexão no aluno sobre o conhecimento de si mesmo, do outro e do
mundo, “formando cidadãos reflexivos, autônomos e participativos”, o docente é, antes de tudo, aquele que
acompanha o aluno no processo, mais do que aquele que dita normas. (KAHLMEYER-MERTENS, 2008)
Em ambientes de aprendizagem, por exemplo, a dimensão do cuidado ocorre pela presença do educador
em acompanhar a trajetória dos estudantes, em fazer parte de um processo de aprendizagem o mais
enriquecedor possível, e também, no desenvolvimento da aprendizagem entre pares, na solidariedade, na
ajuda-mutua, na colaboração entre os estudantes para que cada um alcance seus objetivos de
aprendizagem.
Diálogo colaborativo
Para Freire (1987, p.45) “o diálogo é uma exigência existencial”, é o encontro dos homens e mulheres no
mundo, para transformá-lo. E nesse sentido o diálogo não pode ser instrumento de dominação ou imposição
de ideias. “Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão”
(FREIRE,1987, p.44).
O diálogo, portanto, é base para a interação e colaboração. As descobertas, histórias e experiências vividas e
compartilhadas pelos sujeitos no convívio em rede seriam elementos essenciais na ampliação e manutenção
destas redes, cursos, caminhos e comunidades de aprendizagem (SCHELLER, VIALI, LAHM, 2014).
Em ambientes de ensino-aprendizagem diversos, a presença do diálogo é fundamental para o processo de
humanização. É a partir do diálogo, horizontalizado, não hierarquizado, que cada um pode expressar-se com
seus medos, desejos, subjetividades e histórias. É na relação dialógica, nas contradições, nas convergências,
na fala e na escuta de si próprio e dos demais, que a elaboração necessária à aprendizagem ocorre.
Liberdade criativa
A liberdade é uma condição vital para a espécie humana. É a partir dela que homens, livres, interagem e
constroem novos conhecimentos e práticas. Embora não possa haver liberdade absoluta, ou seja, sempre
estamos com níveis relativos de liberdade, sua importância no processo educativo contemporâneo é
fundamental.
“[...] a libertação autêntica, que é a humanização em processo, não é uma coisa que se deposita nos
homens. Não é uma palavra a mais, oca, mitificante. É práxis, que implica ação e a reflexão dos homens
sobre o mundo para transformá-lo”. (FREIRE, 1987, p.67).
Embora muito apregoada, a liberdade e a criatividade são continuamente desestimuladas nas práticas
educativas hegemônicas que privilegiam a obediência e a reprodução. O esforço em construir ambientes
com estímulo à liberdade, à autonomia, à escolha consciente e à criatividade dos alunos e professores são
fundamentais para a humanização da educação. Metodologias ativas que permitam diferentes caminhos,
personalização e flexibilização dos itinerários formativos são fundamentais neste processo de
empoderamento, auto-estima e autonomia dos estudantes.
Autoria Narrativa
Uma das chaves para a existência da Educação Digital Humanizada é a valorização da narrativa dos sujeitos
da aprendizagem. Professores e estudantes devem ter valorizadas suas histórias de aprendizagem, seus
erros e acertos, sua autobiografia, sua trajetória pessoal e intransferível de aprendizagem. A riqueza destas
narrativas está em seu processo de criação e elaboração, reside em sua autoria, em sua constante re-criação.
Ser autor de sua própria narrativa, implica, simbolicamente, em ser autor de sua própria vida. Ao colocar-se
em perspectiva no mundo, o sujeito que aprende historiciza sua relação com o mundo. Cada pessoa carrega
sua própria história, e essa história, carregada de emoções, saberes e experiências interfere em seu processo
de aprendizagem. Ferramentas como portfólios, blogs, wikis e fóruns podem ser espaços importantes para
atividades que valorizem a autoria e a narração das histórias de aprendizagem.
Problematização da realidade
O ato de problematizar o mundo que nos cerca é fundamental para o processo de reflexão e ação
sobre a realidade. A problematização da realidade humaniza a educação, no sentido do ser humano
encontrar sua plenitude ao agir conscientemente na transformação do mundo. Ao analisar a realidade,
pensar e agir sobre ela, o ser humano passa a ser sujeito ativo de sua vida, autor de sua história, do
ponto de vista individual e social.
“A existência, porque humana, não pode ser muda, silenciosa, nem tampouco pode nutrir-se de falsas
palavras, mas de palavras verdadeiras, com que os homens transformam o mundo. Existir,
humanamente, é pronunciar o mundo, é modificá-lo. O mundo pronunciado, por sua vez, se volta
problematizado aos sujeitos pronunciantes, a exigir deles novo pronunciar". (FREIRE, 1987, p.44).
Diversas abordagens metodológicas ativas podem ser utilizadas em ambientes ricos em tecnologia.
Metodologia da Problematização com o arco de Maguerez, Aprendizagem baseada em problemas,
Aprendizagem por Projetos entre outras podem desafiar os estudantes a pensarem sua realidade
concreta, a região onde estão inseridos, realizarem pesquisas, apropriarem-se de conceitos e
conteúdos a fim de proporem soluções e atuarem no enfrentamento de problemas da realidade, na
transformação social.
Contato:
Prof. Dr. Fabio Barros
DEaD/IFRO - CEFET-RJ
fabio.barros@ifro.edu.br
mooc.ifro.edu.br

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Educação Digital Humanizada - por uma aprendizagem com sentido para a vida.pdf

  • 1. Educação Digital Humanizada: por uma aprendizagem com sentido para a vida Prof. Dr. Fabio Barros DEaD/IFRO - CEFET-RJ fabio.barros@ifro.edu.br Novembro de 2022
  • 2. Sentido “A força motriz do ser humano é a presença de sentido na vida. Não se trata, porém, de um sentido único para toda a vida, mas, sim, de um sentido para cada situação que ela apresenta. Por isso, o sentido pode mudar a cada momento e a cada hora. Todas as circunstâncias da vida que uma pessoa vive são dotadas de sentido, até mesmo quando há sofrimento. Isso acontece independente de idade, sexo, escolaridade, profissão e presença – ou não – de uma crença religiosa (Frankl, 2005).” SANTOS, David Moises Barreto dos. Educação para sentido na vida e valores: percepção de universitários a partir do livro “Em busca de sentido”, de Viktor Frankl. Rev. Bras. Estud. Pedagog., Brasília , v. 100, n. 254, p. 230-252, Apr. 2019 .
  • 3. Sentido Dessa forma, o sentido na vida é a principal motivação do ser humano para amadurecer e superar dificuldades. Quando o ser humano frustra essa vontade de sentido, pode acabar mergulhando em um vácuo existencial, isto é, em um sentimento de vazio e futilidade. Para Frankl, esse é o mal que atinge nossa época, diferentemente do tempo de Freud, em que se padecia da repressão sexual. Em especial, esse vazio apresenta-se de modo mais suscetível entre os jovens e tem sido marcado por uma tríade sintomática: depressão, agressividade e dependência de drogas (Frankl, 2003, 2008). SANTOS, David Moises Barreto dos. Educação para sentido na vida e valores: percepção de universitários a partir do livro “Em busca de sentido”, de Viktor Frankl. Rev. Bras. Estud. Pedagog., Brasília , v. 100, n. 254, p. 230-252, Apr. 2019 .
  • 4. Sentido “Na transparência do olhar não existem respostas, há abertura. Abertura a tudo aquilo que eu não sou. Na transparência do olhar nos tornamos permeáveis à vida. A vida não nos passa ao largo. Atravessa-nos e nos comove e essa é a paixão”. “Uma vez abertos à vida e aos outros, ao que está ao meu lado, realiza-se o encontro e a este encontro se dá um sentido. Todos temos sentido”. “Todos temos um sentido na vida. Nenhum de nós é um ‘não’. Todos somos ‘sim’. Por isso, quando encontramos o sentido, é como se a alma se engrandecesse. E necessitamos colocar palavras a este sentido. Dar-lhe uma forma que o contenha. Expressar de algum modo isso que aconteceu conosco. E essa é a criação”. “Quando nos damos conta de que a vida tem sentido e de que esse sentido nos transborda, precisamos celebrá-lo. Temos necessidade da festa como expressão humana de uma celebração do sentido. Assim, encontramos o sentido mais profundo que se pode ter. Um sentimento que existe entre nós, para tudo e apesar de tudo. Este sentimento é a gratidão”.
  • 5. Sentido Por uma educação “livre de preconceitos. Ou seja, livre dos juízos prévios que nos bloqueiam, para, a partir daí, sonhar e buscar novos caminhos. Por isso, nós, os adultos, não podemos tirar de nossas crianças e jovens a capacidade de sonhar, nem de brincar, que de certa maneira é um sonhar acordado”. “Se não deixamos que a criança brinque é porque nós não sabemos brincar e, se nós não sabemos brincar, não entendemos nem a gratidão, nem a gratuidade, nem a criatividade. Este encontro nos ensinou que nossa obrigação é escutar as crianças e gerar um contexto de esperança para que aqueles sonhos cresçam e sejam compartilhados. Um sonho, quando é partilhado, torna-se utopia de um povo, a possibilidade de criar um novo modo de viver”. “Podemos nos unir valorizando a diversidade de culturas para alcançar não a uniformidade, mas a harmonia. É disto que tem necessidade este mundo tão atomizado!”. “Este mundo que tem medo do diferente, que a partir deste temor às vezes constrói muros que acabam por transformar em realidade o pesadelo pior, ou seja, viver como inimigos. Como este mundo tem necessidade de sair e encontrar-se!”. https://www.acidigital.com/noticias/papa-francisco-os-adultos-nao-podemos-tirar-a-capacidade-de-sonhar-de-criancas-e-jovens-77231
  • 7. Na busca de sentido: EDH “A Educação Digital Humanizada é aqui definida como o processo educativo que se utiliza de meios digitais interativos, em especial a internet, norteado por princípios humanistas, que privilegia a utilização de metodologias ativas centradas na aprendizagem do aluno e em suas relações com os demais, sua comunidade, meio ambiente e social. Este processo educativo, utilizado no ensino presencial, híbrido ou online, é aplicado em sistemas de ensino, matrizes curriculares, cursos, aulas ou mesmo na educação informal, subordina os conteúdos e objetivos de aprendizagem das diferentes ciências e saberes à problematização da realidade, em uma visão holística, com ênfase na criatividade, na ética do cuidado, no pensamento crítico, na colaboração, na autonomia, no diálogo, na resolução de problemas e na transformação social.” https://www.adayapress.com/wp-content/uploads/2017/07/CTED20.pdf
  • 8. EDH A EDH pode ser utilizada em modelos de ensino com maior ou menor utilização de tecnologia, sendo aplicada em uma aula, em um curso, sistemas de ensino, projetos pedagógicos e outros, tanto na educação formal quanto informal, física ou online. A seguir serão discutidas a contribuição de cinco conceitos chaves para a existência da EDH: Dimensão do cuidado; Diálogo colaborativo; Liberdade criativa; Autoria narrativa; e Problematização da realidade. http://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/anais_linguagem_tecnologia/article/download/15072/1125612231
  • 9. Dimensão do cuidado Nos ambientes ricos em tecnologia da Educação Digital é preciso desenvolver a ética do cuidado, do cuidado de si e do cuidado com o outro. O cuidado, enquanto dimensão ética, implica em uma relação de estar junto, de alteridade, de reconhecer o outro como parte de si próprio e de um todo, de ser e estar no mundo e com o outro. Este conceito procura resgatar, antes de tudo, a dimensão ética na educação, colocando o ser humano, as relações humanas, a solidariedade como prioridades de fato e de direito na prática educativa. O papel do docente é o de provocar a reflexão no aluno sobre o conhecimento de si mesmo, do outro e do mundo, “formando cidadãos reflexivos, autônomos e participativos”, o docente é, antes de tudo, aquele que acompanha o aluno no processo, mais do que aquele que dita normas. (KAHLMEYER-MERTENS, 2008) Em ambientes de aprendizagem, por exemplo, a dimensão do cuidado ocorre pela presença do educador em acompanhar a trajetória dos estudantes, em fazer parte de um processo de aprendizagem o mais enriquecedor possível, e também, no desenvolvimento da aprendizagem entre pares, na solidariedade, na ajuda-mutua, na colaboração entre os estudantes para que cada um alcance seus objetivos de aprendizagem.
  • 10. Diálogo colaborativo Para Freire (1987, p.45) “o diálogo é uma exigência existencial”, é o encontro dos homens e mulheres no mundo, para transformá-lo. E nesse sentido o diálogo não pode ser instrumento de dominação ou imposição de ideias. “Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão” (FREIRE,1987, p.44). O diálogo, portanto, é base para a interação e colaboração. As descobertas, histórias e experiências vividas e compartilhadas pelos sujeitos no convívio em rede seriam elementos essenciais na ampliação e manutenção destas redes, cursos, caminhos e comunidades de aprendizagem (SCHELLER, VIALI, LAHM, 2014). Em ambientes de ensino-aprendizagem diversos, a presença do diálogo é fundamental para o processo de humanização. É a partir do diálogo, horizontalizado, não hierarquizado, que cada um pode expressar-se com seus medos, desejos, subjetividades e histórias. É na relação dialógica, nas contradições, nas convergências, na fala e na escuta de si próprio e dos demais, que a elaboração necessária à aprendizagem ocorre.
  • 11. Liberdade criativa A liberdade é uma condição vital para a espécie humana. É a partir dela que homens, livres, interagem e constroem novos conhecimentos e práticas. Embora não possa haver liberdade absoluta, ou seja, sempre estamos com níveis relativos de liberdade, sua importância no processo educativo contemporâneo é fundamental. “[...] a libertação autêntica, que é a humanização em processo, não é uma coisa que se deposita nos homens. Não é uma palavra a mais, oca, mitificante. É práxis, que implica ação e a reflexão dos homens sobre o mundo para transformá-lo”. (FREIRE, 1987, p.67). Embora muito apregoada, a liberdade e a criatividade são continuamente desestimuladas nas práticas educativas hegemônicas que privilegiam a obediência e a reprodução. O esforço em construir ambientes com estímulo à liberdade, à autonomia, à escolha consciente e à criatividade dos alunos e professores são fundamentais para a humanização da educação. Metodologias ativas que permitam diferentes caminhos, personalização e flexibilização dos itinerários formativos são fundamentais neste processo de empoderamento, auto-estima e autonomia dos estudantes.
  • 12. Autoria Narrativa Uma das chaves para a existência da Educação Digital Humanizada é a valorização da narrativa dos sujeitos da aprendizagem. Professores e estudantes devem ter valorizadas suas histórias de aprendizagem, seus erros e acertos, sua autobiografia, sua trajetória pessoal e intransferível de aprendizagem. A riqueza destas narrativas está em seu processo de criação e elaboração, reside em sua autoria, em sua constante re-criação. Ser autor de sua própria narrativa, implica, simbolicamente, em ser autor de sua própria vida. Ao colocar-se em perspectiva no mundo, o sujeito que aprende historiciza sua relação com o mundo. Cada pessoa carrega sua própria história, e essa história, carregada de emoções, saberes e experiências interfere em seu processo de aprendizagem. Ferramentas como portfólios, blogs, wikis e fóruns podem ser espaços importantes para atividades que valorizem a autoria e a narração das histórias de aprendizagem.
  • 13. Problematização da realidade O ato de problematizar o mundo que nos cerca é fundamental para o processo de reflexão e ação sobre a realidade. A problematização da realidade humaniza a educação, no sentido do ser humano encontrar sua plenitude ao agir conscientemente na transformação do mundo. Ao analisar a realidade, pensar e agir sobre ela, o ser humano passa a ser sujeito ativo de sua vida, autor de sua história, do ponto de vista individual e social. “A existência, porque humana, não pode ser muda, silenciosa, nem tampouco pode nutrir-se de falsas palavras, mas de palavras verdadeiras, com que os homens transformam o mundo. Existir, humanamente, é pronunciar o mundo, é modificá-lo. O mundo pronunciado, por sua vez, se volta problematizado aos sujeitos pronunciantes, a exigir deles novo pronunciar". (FREIRE, 1987, p.44). Diversas abordagens metodológicas ativas podem ser utilizadas em ambientes ricos em tecnologia. Metodologia da Problematização com o arco de Maguerez, Aprendizagem baseada em problemas, Aprendizagem por Projetos entre outras podem desafiar os estudantes a pensarem sua realidade concreta, a região onde estão inseridos, realizarem pesquisas, apropriarem-se de conceitos e conteúdos a fim de proporem soluções e atuarem no enfrentamento de problemas da realidade, na transformação social.
  • 14. Contato: Prof. Dr. Fabio Barros DEaD/IFRO - CEFET-RJ fabio.barros@ifro.edu.br mooc.ifro.edu.br