2. Este presente trabalho realizado para a disciplina de História tem como objetivo o
estudo de dois temas: ”A Industrialização Portuguesa no século XIX” e “A
Emigração Portuguesa no século XIX”.
Apresentamos nos seguintes dispositivos o estudo sobre os temas bem como
imagens que nos ajudam a entender melhor a história do seculo XIX.
Este trabalho é muito importante, porque ambos os temas fazem parte da História
do nosso país.
3. A indústria é uma actividade económica surgida na Primeira Revolução
Industrial, no fim do século XVIII e início do século XIX, na Inglaterra, e
que tem por finalidade transformar matéria-prima em produtos
comercializáveis, utilizando para isto força humana, máquinas e energia.
4. Portugal no século XIX tinha um desenvolvimento económico
bastante fraco.
A agricultura era a principal actividade económica, mas havia um
conjunto de problemas que impedia o seu desenvolvimento.
Foi no período conhecido por Regeneração que Portugal arrancou
para a modernização. Destacou-se neste período Fontes Pereira de
Melo.
Este homem considerava que Portugal só se desenvolvia se
estivesse “apoiado” por um conjunto de infra-estruturas de
comunicação e transporte.
5. Fontes Pereira de Melo começou então a construir caminhos de
ferro; construir pontes, viadutos e estradas; criou um
estabelecimento de rede telegráfica, de telefone, alargou os serviços
postais e por fim apostou no arranque dos barcos a vapor.
E foram estas medidas que provocaram a modernização do país
e fizeram com que a economia progredisse, assistiu-se então a um
aumento da circulação de pessoas e produtos, deste modo o
mercado nacional também evoluiu.
Portugal teve que fazer um empréstimo, e ficou assim dependente
economicamente do estrangeiro.
6. No séc. XIX a indústria utilizava as máquinas para fazer quase tudo.
A maioria destas máquinas era movida pela força da água, do
vento, do Homem e pelos animais.
O objectivo do governo, com a industrialização da indústria, foi
sempre produzir mais e melhor. Mas a revolução da indústria só se
deu com a chegada das máquinas a vapor.
A primeira máquina a vapor que apareceu em Portugal foi em 1835.
7. As indústrias que mais se modernizaram foram a têxtil, a do papel, a do
tabaco e a das conservas de peixe. Estas indústrias já ocupavam as
chamadas fábricas em que crianças e mulheres eram os que mais
trabalhavam nestes locais.
Nos finais do séc. XIX, as grandes áreas industriais eram a zonas do
Porto, Braga, Guimarães e da grande Lisboa, do Barreiro e de Setúbal,
mas Portugal continuava atrasado em relação aos outros países.
8. Produzir em maior quantidade;
Que a produção fosse mais rápida;
Produzir em série;
Utilizar a divisão de tarefas;
Tornar os produtos mais baratos.
9. Apesar destas melhorias, Portugal
encontrava-se mais atrasado em relação à Grã-
Bretanha, à Alemanha ou à França.
A insuficiente formação das pessoas ligadas à
indústria, as dificuldades na obtenção de
crédito industrial e os juros elevados, a
concorrência estrangeira e a falta de
combustíveis e matérias-primas eram os
principais problemas.
A burguesia portuguesa deixou os sectores-
chave da economia nas mãos dos estrangeiros.
10. Os caminhos-de-ferro nasceram do encontro de duas técnicas: o ferro e a máquina a vapor. Os
carris eram já utilizados no século XVIII.
Consequências dos caminhos-de-ferro
Provocaram profundas implicações económicas, sociais e até culturais:
A agricultura encontrou novos mercados e pôde vender géneros de pequena duração em zonas
distanciadas, assim como especializar as suas produções.
Os centros urbanos foram abastecidos com regularidade, evitando-se crises de fornecimento.
Favoreceram-se as operações financeiras, mediante o lançamento de acções e empréstimos por
obrigações; construiu-se o aparelho bancário moderno; criaram-se sociedades por acções, o tipo
mais aperfeiçoado de empresa capitalista no período da segunda revolução industrial.
Reduziram-se as tarifas e os custos dos transportes; estimulou-se o consumo de massas.
Absorveu-se, também, mão-de-obra disponível, através de novas profissões, como ferroviários,
carregadores...
Facilitaram a correspondência.
Concluindo, as distâncias encurtaram-se, circularam ideias novas, o Capitalismo triunfou.
11. O petróleo e a electricidade permitiram a invenção de novas máquinas como o
motor de explosão e o motor eléctrico, estes foram substituídos pela máquina a
vapor que é alimentada a água e a carvão.
A electricidade foi uma fonte de energia que fez com que a área das comunicações
se desenvolvesse bastante. O telégrafo inventado em 1837 , estabeleceu uma
relação com a descoberta do telefone a com a transmissão sem fios.
A indústria metalúrgica teve um grande desenvolvimento. A nível químico,
também existiu uma verdadeira revolução.
Inicia-se então a Segunda Revolução Industrial.
12. Em Fafe existem três indústrias têxteis importantes que tiveram origem
na iniciativa direta de emigrantes de retorno do Brasil. Uma dessas
indústrias está ligada aos refrigerantes, que já desapareceu com a
mesma origem.
A Companhia de Fiação e Tecidos de Fafe resultou da iniciativa do
Brasileiro (emigrante do Brasil) José Ribeiro Vieira de Castro que no
dia 15 de Dezembro de 1886 sugeriu a alteração dos objetivos da
Companhia Industrial de Fafe, instalada numa queda de água no rio
Ferro, na freguesia de Fafe e que se dedicava à moagem de cereais,
passando a dedicar-se ao ramo têxtil.
13. 1890- António Joaquim de Morais, José Ribeiro Vieira de Castro e João Evangelista da Silva Matos
foram quem dirigiu a sociedade anónima , tendo este último abandonado a direcção em 1890.;
1897- António Joaquim de Morais é substituído por Manuel de Lemos e, por morte de José Ribeiro
Vieira de Castro, em 4 de Julho de 1905, Manuel Cardoso Martins, que guarda-livros da fábrica desde
1897, sucede-lhe na gerência;
1916- Entrou para a direcção o sobrinho do fundador José Ribeiro Vieira de Castro;
1909- empregava 450 operários e em 1927 é equipada com três turbinas eléctricas;
1947- A fábrica dispunha de dezoito mil fusos e setecentos e oitenta e três teares mecânicos e cerca de
mil e trezentos operários.
Esta fábrica foi-se desenvolvendo sempre até aos dias de hoje.
14.
15. Em 1815 e 1914 a população aumentou bastante, isto fez com que os salários diminuíssem,
o desemprego aumentou ou seja, a miséria era cada vez maior. Tudo isto, aliado a crises
agrícolas, que provocavam a falta dos alimentos, fez com que o preço aumentasse e a
fome em regiões rurais onde habita mais população existisse em maior quantidade.
Um dos principais motivos que terá levado à emigração foram as condições económicas.
A industrialização contribuiu de diversas maneiras também para esta ligação. A rápida
influência da industrialização em alguns países provocou, entre outros aspectos, a
exploração do patronato e as más condições de trabalho que reforçou a decisão de
emigrar.
Os progressos da navegação facilitavam a emigração visto que com os novos meios de
comunicação as viagens ficavam mais baratas e seguras. Algumas pessoas também
emigravam atraídas pelas riquezas dos novos países e outros fugiam.
Estas são as principais causas que levavam as pessoas a saírem da sua terra natal.
16. Tinham uma grande preferência pela Europa, em particular pela França.
985 emigrantes em 1955; 3593 em 1960; 32641 em 1964 e 27234 em 1969. Com
destino ao Brasil: 18486 emigrantes em 1955; 12451 emigrantes em 1960; 4929
emigrantes em 1964 e apenas 2537 emigrantes em 1969.
A emigração para a Europa, dirige-se sobretudo para Espanha mas a partir do fim
do século também foram dirigidas para França.
Existiram muitas saídas clandestinas nos anos de 1969, 1970 e 1971.
O Canadá não é tão importante, mas também é um dos mais escolhidos.
O incremento da colonização de África faz igualmente disparar o números de
emigrantes que se instalam nos planaltos de Angola, Moçambique, etc. Em 1914
houve pouca emigração.
Desde 1800 a 1914 os Europeus povoaram o mundo através das fortes vagas
migratórias.
17. O Século XIX é a época em que se verifica o retorno do emigrante
português enriquecido no Brasil. Este retorno é um poderoso fator de
difusão cultural em muitos elementos que se encontram em Portugal. O
Minho, por exemplo, é o lugar das evidências do retorno do “Brasileiro”,
onde observamos as representações desse tempo, sobretudo nas casas
uma vez que com os primeiros lucros do Brasil o emigrante investia na
sua luxuosa habitação.
As representações feitas através da localização, da arquitetura e da
decoração das fachadas de casas constituem alguns dos elementos que
configuraram a personagem do “Brasileiro” e a teatralidade do seu
tempo.