O documento descreve como novas técnicas de observação dos fundos oceânicos, como o sonar, revelaram características como as dorsais oceânicas e a idade máxima de 200 milhões de anos do basalto. Também explica como o estudo do magnetismo das rochas levou ao entendimento de que o campo magnético da Terra já se inverteu cerca de 130 vezes.

1. Dinâmica interna da Terra
(2)

2.  Novas técnicas de observação dos fundos
oceânicos
Com a tecnologia desenvolvida na II
Guerra Mundial e, em particular, com o
sonar ficamos a saber que, nos fundos
oceânicos:
- existem as dorsais oceânicas;
- são constituídos por sedimentos e
basalto;
- no eixo das dorsais não existem
sedimentos;
- das dorsais para o continente aumenta a
espessura dos sedimentos;
- a idade do basalto é, no máximo, 200
M.a.
O que sabemos hoje sobre o
fundo dos oceanos...

3. Magnetismo das rochas
 Existem rochas magmáticas
que contêm magnetite e
outros minerais que, ao
arrefecerem adquirem a
orientação do campo
magnético terrestre.
 O campo magnético
terrestre já se inverteu, cerca
de 130 xs, nos últimos 65 M.a.
 Polaridade normal – quando
o norte magnético coincide
com o norte geográfico.
 Paleomagnetismo – estudo
do magnetismo terrestre.

4. TEORIA da Expansão do
Oceano
 Surgiu a partir da década
de 60 do séc. XX;
 Teoria da expansão do
fundo oceânico definia
que:
a ascensão de magma do
interior da Terra, ao
longo do rifte, forma
crusta oceânica a qual
se expande a partir da
dorsal médio-oceânica
em direção às fossas
oceânicas, onde será
destruída.
Harry Hess
(geólogo da marinha USA)
Em1962 publicou “History of the oceans basins”;

5. TEORIA DA TECTÓNICA DE PLACAS
 Não são os “continentes” que se movem mas a
litosfera terrestre;
 A litosfera terrestre (materiais sólidos e rígidos) está
dividida em:
- litosfera oceânica muito densa (até 100 Km de
espessura)
- litosfera continental (até 150 Km de espessura);
 A litosfera está fragmentada em placas tectónicas
ou litosféricas que se deslocam por cima da
astenosfera (até 670 Km profundidade).

6. Placas Litosféricas ou Tectónicas

7.  A maioria das placas são constituídas por litosfera
oceânica e continental – maiores: Euro-Asiática,
Africana, norte-americana, sul-americana, indo-
australiana e antártida;- menores: Arábica;
 Outras apenas por litosfera oceânica como a do
Pacífico, Cocos, Caraíbas, Nazca e Filipinas.

8. Como se deslocam as placas?
 O calor radioactivo acumulado no interior da Terra
aquece o magma da astenosfera;
 gera correntes de convecção térmica ascendentes,
semelhantes às que se formam com a água a ferver, que transportam as
placas por arrastamento ("efeito de correia").
ASTENOSFERA

9. Zona de acreção – região do fundo do oceano onde se dá a expansão
da crosta oceânica (coincide com o rifte).
Zona de subducção – região do fundo do oceano onde a crusta
oceânica, ao entrar debaixo da crosta continental, sofre destruição. Zona
de intensa atividade sísmica e vulcânica.

10. Existem assim 3 tipos de limites
das placas:
 {1} Limites transformantes ou
conservativos – ocorrem quando as
placas deslizam ou mais precisamente
roçam uma na outra, ao longo de falhas
transformantes.
 {2} Limites divergentes ou construtivos –
ocorrem quando duas placas se afastam
uma da outra.
 {3} Limites convergentes ou destrutivos –
ocorrem quando duas placas se movem
uma em direção à outra, formando uma
zona de subducção (se uma das placas
mergulha sob a outra) ou uma cadeia
montanhosa (se as placas simplesmente
colidem e se comprimem uma contra a
outra).

11. Mobilidade das placas
 Limites de placas:
- divergentes – nova litosfera é
criada a partir do afastamento
(construção);
- convergentes – a litosfera é
destruída quando uma placa
“mergulha” sobre a outra
(destruição);
- transformantes ou conservativos
– as placas deslizam uma com
a outra.
Movimentos Tectónicos

12. Limites divergentes
 Formação de nova
litosfera oceânica

13. Formação de um Rifte Valley
- de que resulta o afastamento dos continentes

14. Limites
convergentes
A) Placa Oceânica / Placa oceânica
B) Placa Oceânica / Placa continental
C) Placa Continental / Placa Continental
-Da aproximação de placas
resultam ZONAS DE
SUBDUCÇÃO onde ocorre a
absorção da litosfera de
diferentes densidades
-Ou formação de Cadeias
Montanhosas

16. Limites conservativos
 Onde duas placas
tectónicas deslizam,
horizontalmente, uma
em relação à outra, ao
longo de falhas
transformantes
Falha de St. André
Califórnia, EUA
As placas deslizam cerca de 5cm/ano

17. Resumindo...

18. As regiões de limite são
geologicamente ativas
Azul – limite das placas; Amarelo – Sismicidade; Vermelho - Vulcanismo

19. Deformação das rochas
 DOBRAS
- deformação que pode ser consequência de
forças de compressão, sem ocorrência de
ruptura desses materiais

20.  FALHAS
- as forças de compressão podem ultrapassar a resistência dos
materiais rochosos, provocando a ruptura das rochas com
deslocação dos blocos;
- as forças de distensão podem causar ruptura com deslocação
dos blocos.

21. Consequências da tectónica

22. Marsupiais australianos Ema australiana e avestruz africana
Aligátor americano e crocodilos – africano, asiático e australiano
A mobilidade das placas tectónicas condiciona o
isolamento ou a aproximação das espécies.

23. Distribuição actual das espécies
na Terra
 Resultou da tectónica de placas ao longo das Eras e períodos
geológicos;
 No início do Triásico (250 Ma) havia uma fauna e flora idêntica em toda
a Pangeia;
 Muitas das espécies separadas evoluíram de modo diverso;
 No início do Cretácico (145 Ma), a separação da África com a América
do Sul condicionou a evolução;
 Há cerca de 3 Ma a ligação das Américas pelo istmo do Panamá
permitiu aos mamíferos da América do Norte, mais complexos, provocar
a extinção dos do sul; mas certas espécies conseguiram implantar-se na
América do norte como o porco-espinho;
 A Austrália é o único país com mamíferos marsupiais porque existe como
ilha à cerca de 200 M.a.
 A mobilidade das placas litosféricas condiciona o isolamento ou a
aproximação das espécies.