1. O documento descreve um estudo de caso sobre o uso de um aplicativo para ensino híbrido em aulas de geografia em uma escola pública em São Paulo.
2. O aplicativo foi desenvolvido para tornar o ensino da paisagem mais atraente aos alunos, melhor elucidando o conteúdo por meio de práticas tecnológicas híbridas.
3. O artigo relata as etapas das atividades realizadas em três aulas e os procedimentos metodológicos utilizados para desenvolver o aplicativo, com
Semelhante a A construção de um aplicativo para o ensino híbrido: um estudo de caso nas aulas de Geografia em uma escola pública estadual de São Bernardo.
Semelhante a A construção de um aplicativo para o ensino híbrido: um estudo de caso nas aulas de Geografia em uma escola pública estadual de São Bernardo. (20)
A construção de um aplicativo para o ensino híbrido: um estudo de caso nas aulas de Geografia em uma escola pública estadual de São Bernardo.
1. 1
A CONSTRUÇÃO DE UM APLICATIVO PARA O ENSINO HÍBRIDO: UM
ESTUDO DE CASO NAS AULAS DE GEOGRAFIA EM UMA ESCOLA PÚBLICA
ESTADUAL DE SÃO BERNARDO DO CAMPO.
THE CREATION OF AN APPLICATION FOR BLENDED LEARNING: A CASE
STUDY IN GEOGRAPHY CLASSES IN A PUBLIC SCHOOL OF SÃO
BERNARDO DO CAMPO.
EIXO TEMÁTICO 5: PESQUISA, EPISTEMOLOGIA E PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO NO
CONTEXTODA EDUCAÇÃOE TECNOLOGIA.
SUBEIXO 5.1: EDUCAÇÃO BÁSICA
Resumo: O presente artigo tem como proposta relatar uma prática pedagógica
vivenciada durantetrêsaulasde Geografia na escola estadualClaricedeMagalhães
Castro, em São Bernardo do Campo, nas quais durante o ensino do conceito de
“Paisagem”foramutilizadaspráticastecnológicashíbridascomo intuito de tornar
o processo de ensino-aprendizagem mais atrativo aos alunos, propiciando maior
elucidação do conteúdo proposto.Logo, serão relatadas as etapas de atividades
efetuadas durante as aulas, bem como também serão descritos os procedimentos
metodológicos utilizados para o desenvolvimento do aplicativo que serviu de base
para o prosseguimento dos trabalhos. Diversos teóricos pertinentes a essa
abordagemmetodológica serão referenciadosa partirdeuma revisão bibliográfica
e osprincipais resultadosserão expostoscombaseno que foiobservado nasaulas
durantea execução dasatividadesdesenvolvidas.
Palavras-chave: Ensino de Geografia – Práticas Híbridas – Paisagem – Novas
tecnologias
Abstract: The present article has as a proposal to report a pedagogical practice
experienced during three classes of Geography at Clarice de Magalhães Castro,a
public school, where during the teaching of the concept of "Landscape", hybrid
technological practices were used, with the purpose of making the teaching-
learning process more attractive to students, providing more clarification of the
proposed content.Therefore,the stagesof activities carried outduring the classes
will be reported, as well as the methodological proceduresapplied to develop the
applicative which is the basis for the continuation of the hybrid proposal.It will be
referenced several pertinent theorists to this methodological approach from a
bibliographical review and the main results will be exposed based on what it was
observed in the classes during theexecution of the developed activities.
Keywords: Teaching Geography - Hybrid Practices - Landscape- New technologies
2. 2
1. Introdução.
O maior objetivo da Geografia escolaré instrumentalizar os alunos para compreender
o espaço local e global, compreender fenômenos sociais e ambientais pretéritos e
atuais. As práticas pedagógicas, obviamente, também têm um papel fundamental no
ensino de Geografia segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais definema Geografia
como uma ciência da realidade contemporânea que oferece capacidades e habilidades
para utilizar as noções como espaço, sociedade e Estado (BRASIL, 2000).
“Objeto de estudo da Geografia está aí, exposto a todos os sentidos de cada
aluno, todos os dias. professores de Geografia, temos a oportunidade de
transformar essas percepções desordenadas, baseadas em uma dinâmica
funcional, em categorias de conteúdos e habilidades significativas para o
desenvolvimento da inteligência.”(SOMMA, 1999, p. 163).
Segundo Veen (2009), a educação formal que transferia a ciência bruta para o
aluno na era da informação não faz mais sentindo, uma vez que o mesmo detém o
acesso preciso e permanente de tais por meio digital. Por conseguinte, o objetivo da
educação deve-se focar nas habilidades necessárias ao discente para atuar ativamente
na sociedade, resolvendo problemas de forma colaborativa, selecionando as
informações e transformando-as em conhecimento útil e prático.
Hannah Arendt (apud VESENTINI, 2004) utiliza a expressão “conhecimento
petrificado”, deve demonstrar constantemente de que forma o saber é produzido. Para
Vesentini (2004), o ensino crítico correto da Geografia não se limita a renovações no
conteúdo, mas também numa valorização de determinadas atitudes e habilidades
(respeito à diversidade; ética; raciocínio; aplicação e elaboração de conceitos, dentre
outros).
Muitos são os desafios da educação contemporânea, embora a globalização não
seja uma novidade histórica, é necessária uma adaptação para a era digital, que
contemple a necessidade adaptativa da disciplina para a fluidez global e ao mesmo
tempo não padronize numa “homogeneidade cultural” assinalada por Dale (2004). Ou
seja, o ensino de Geografia deve trabalhar concretamente com o local e valorizar o
cotidiano do aluno para que ele manipule as informações e transforme-as em
conhecimento útil a leitura do mundo.
"Globalização é frequentemente considerada como representando um
inelutável progresso no sentido da homogeneidade cultural, como um
conjunto de forças queestão a tornar os Estados-nação obsoletos e que pode
resultar em algo parecido como uma política mundial, e como refletindo o
crescimento irresistível da tecnologia da informação" DALE apud FREIRE
(2004 p. 424).
Assim, para alcançar o objetivo proposto o método do ensino híbrido, ou
blended learning, deve-se promover uma interação e manipulação das informações,
possibilitando a cada aluno, dentro do seu tempo de assimilação, cumprir as atividades
orientadas pelo professor. A UNESCO aponta a TIC como uma potencialidade para a
equidade na educação na qualidade de ensino e aprendizagem.
Assim,adota-sea definição consolidada pela fundação Lemann¹ organizada
por Christensen (2013).
3. 3
“1. Ele apresenta tanto a nova quanto a antiga tecnologia, enquanto uma
inovação puramente disruptiva não oferece a tecnologia anterior em sua
forma plena.
2. Ele busca atender aos clientes já existentes,em vez dos não-consumidores
— ou seja,aqueles para os quaisa alternativaao uso da nova tecnologia seria
não utilizar nada.
3. Ele procura ocupar o espaço da tecnologia pré-existente. Como resultado,
a obrigação de se atingir um desempenho que supere as expectativas dos
clientes existentes é bastante alta, uma vez que o híbrido precisa realizar o
trabalho pelo menos tão bem quanto o próprio produto anterior,seanalisado
pela definição original dedesempenho.
4. Seu uso tende a ser mais simples queo deuma inovação disruptiva.Elenão
reduz significativamente o nível de renda e/ou conhecimento necessários
para comprá-lo e operá-lo.” CHRISTENSEN (2013,p. 2,3.)
Dentro dessa a problemática o ensino de Geografia ganha relevo frente a
velocidade das transformações sócio políticas do mundo. Por outro lado, a rede
estadual, com acesso limitado a internet fica a margem da globalização e sócio
segregada das potencialidades dos recursos e do campo informacional.
O presente trabalho sistematizou o uso do aplicativo landscape.me para a rede
estadual visando compensar os limites institucionais. Através dele é possível antecipar
conteúdos programados para a aula com o propósito de problematizar o conteúdo
previamente, fazer avaliações cíclicas para fixação, organizar a rotina de estudo,
promover a manipulação e ainda criar uma rede para interação efetiva com alunos nos
moldes da conceituação supracitada do ensino híbrido explicitado na figura 01.
Figura01- Abrangênciadoensinohíbrido(blendedlearning) feitoporPicciano&Dziuban(2007).
A partir de um mapeamento feito em SIG com as informações da Secretaria
Estadual de Educação e do Censo Escolar de 2015, conduzido pelo Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), as escolas serão selecionadas
no município de São Bernardo do Campo complementando a proposta de levantamento
do engajamento escolar desenvolvida pela Unesco e disponível em:
http://cetic.br/pesquisa/educacao/.
Assim, o projeto de pesquisa pretende seguir os conteúdos determinados na
Resolução nº 3/98 da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação,
para propor atividades práticas relacionadas aos princípios da interdisciplinaridade
transversalidade e interdisciplinaridade da Geografia escolar. Conforme Pontuschka.
(2007) idealiza, a organização de unidades didáticas partirá dos saberes prévios dos
alunos e da percepção do contexto no qual eles se encontram, problematizando os
4. 4
conteúdos complexos através das categorias de análises geográficas como paisagem,
região e território.
2. Justificativa
A proposta metodológica do aplicativo foi pautada em AB’SÁBER (1968) e
representa uma construção de uma real leitura geográfica abarcando as formas e
processos presentes na atual configuração espacial, contrária a tendência acadêmica
para a especialização do nosso atual período, ou seja, eleger fenômenos e destacá-los
de seu contexto.
Esta dicotomia esterilizante dentre Geografia física e humana é transgredida por
AB’SÁBER (1968) no seu tratamento metodológico e proposta conceitual, pois realiza-
se uma leitura concisa da organização espacial através da dialética, dentre meio físico e
a história sócio-territorial. Assim, considera-se que o real papel da ciência é reconhecer
as problemáticas humanas e instrumentalizar o homem para a práxis das mudanças é
contemplado pelo referido autor. Destaca-se:
(...) escrevem e rescrevem sobre pequenos assuntos, até certo ponto
marginais à Geografia, visando criar rapidamente uma bagagem biográfica,
que além de ser ilusória e falsa, serve para lançar confusão no espírito dos
que se iniciam e ocasionar desprestígio da ciência brasileira no plano
internacional (...) Felizes daqueles cientistas que, ao escrever, tenham
consciência de que cada linha de seus escritos estará permanentemente
sujeita a apreciação crítica de todos seus colegas de especialização, no
presente, como no futuro próximo.” AB’SÁBER, (1958,pg 2,3)
O conceito de fisiologia busca romper com a rigidez da categoria “Paisagem”.
.Para Engels (1979), a fisiologia é a prova mais racional e finalmente, a identidade
evidente das forças da natureza e sua interconversão pondo fim a toda rigidez das
categorias. (Engels, 1979, p.127). A paisagem, portanto, não deve ser entendida
somente através de sua fisionomia ou morfologia como propõe a Geografia clássica
francesa. Ela não é estática, é mutável. O estudo da fisiologia trata a paisagem em
movimento e não como uma mera materialização de um instante da sociedade no
espaço.
A fisiologia da paisagemvai alémdo visível, compreende os processos passados,
responsáveis pela compartimentação regional da superfície, e atuais que respondem
pela dinâmica atual da paisagem(Vitte, 2007). A paisagemseria então o resultado da
combinação dinâmica de elementos físicos, biológicos e humanos que reagem
dialeticamente uns sobre os outros, tornando a paisagem um conjunto único e
indissociável (Bertrand, 1978 apud Cavalcanti e Viadana, 2007); seria uma porção do
espaço resultante da combinação de fatos visíveis einvisíveis e interações as quais, num
dado momento, não percebemos senão o resultado global (Tricart, 1982 apud Passos,
1996).
Para concluir, cita-se a colocação de Santos (1998, p. 20): (...) “o conhecimento
científico ensina a viver e traduz-se num saber prático.” A paisagem portanto permite
uma aproximação do sujeito com seu objeto de estudo, decifrando na organização
espacial os processos históricos e geofísicos responsáveis pela sua formação, assim
5. 5
como explicitar as projeções futuras que são essências para um real planejamento,
competência da Geografia demonstradas no esquema da figura 02 orientador da
construção do aplicativo.
Figura 02: A estrutura do aplicativo montado utilizando uma conta gratuita da plataforma Fábrica de
aplicativos.Fonte: Autoria própria.
O trabalho foi realizado na escola Estadual Professora Clarice de Magalhães Castro
localizada no município de São Bernardo do Campo com a turma 8 ano e 7 série do
período diurno. Obviamente o aparato tecnológico dos alunos não é homogêneo, no
entanto, o aplicativo permite o acesso por celular e computadores. As atividades em
sala foram separadas em estações privilegiando as maiores dificuldades detectadas em
uma avaliação diagnóstica no início do ciclo.
3. Objetivos
A estrutura da aula segue a conceituação supracitada do ensino híbrido no qual
é focado na preparação dos alunos para localizar os fenômenos e processos no espaço
geográfico, compreender as relações sociais e ambientais, resolver problemas
complexos da realidade e formalizar propostas. As rotinas pilotos vão seguir o
ordenamento da figura 03.
6. 6
Figura 03: Rotina da disciplina de Geografia.Fonte: Autoria própria
(01) Flipped classroom: atividade que antecipa o conteúdo a
ser trabalhado numa prática indutiva, ou seja, sensibiliza o aluno para a
matéria da unidade. Há possibilidade de diversos formatos como leitura de
notícias, pesquisa aberta, documentário ou reportagem dentre outras que
motive e desperte o discente através de uma informação.
(02) Aula expositiva bem ilustrada e contextualizada: sugere-
se para a construção do conhecimento geográfico um formato específico
para a disciplina de Geografia. Após o levantamento das impressões do
estudo antecipado, deve-se localizar no macro e na escala histórica o
fenômeno ou processo estudado, seguindo para uma descrição e análise da
estrutura fisiográfica denominada de Geografia física, posteriormente são
analisadas as variáveis econômicas e demográficas e, por fim, os problemas
sociais e ambientais serão abordados superficialmente como demonstrado
na figura 04.
(03) Fixação: a retomada em período oposto ao da aula com
exercícios de fixação conceitual, na taxonomia de Bloom (1956) refere-se à
etapa de conhecer o significado do conteúdo, lembrar da informação
parafraseando os conceitos.
(04) Manipulação e aplicação: fase na qual se inserem jogos
virtuais ou presenciais que desafiem e problematizem dentro da matéria
exposta, trazendo nuances reais do conteúdo exposto. A estrutura da sala
7. 7
deve ser em grupos heterogêneos e em estações rotativas com atividades
distintas.
(05) Avaliação Somativa: busca-se uma avaliação contínua: da
atitude do aluno em fazer o estudo antecipado, dos procedimentos na
realização dos exercícios de fixação e envolvimento com os jogos e, por fim,
idealiza-se uma avaliação das competências e habilidades adquiridas ao
longo da sequência didática.
4. Análise dos resultados.
O planejamento pedagógico seguiu a orientação metodológica da proposta de
ensino híbrido como uma sequência didática mesclando atividades digitais e
presenciais.AGeografia escolar demanda um ensino contextualizado para avisualização
dos processos, fenômenos ambientais e humanos.
Em lei o uso do celular foi violentamente proibido , marginalizando
a escola pública cujas estruturas já são deficitárias em relação aos ambientes
particulares. A proposta do aplicativo visou compensar o desnível educacional
proporcionando aos alunos manipulação e aplicação do conhecimento acadêmico.
O principal objetivo era compreender a relação homem natureza e as alterações
ambientais formadas pelo uso e ocupação. A transposição didática segue na aplicação
dos conceitos sempre contextualizada por imagens conforme a figura 04.
Figura 04: Exemplos de conteúdos que podem entrar no aplicativo.
8. 8
Figura 5: estrutura da orientação metodológica que inspirou a construção do aplicativo. Fonte: autoria
própria.
Figura 06: Plataforma selecionada. http://galeria.fabricadeaplicativos.com.br/landscape.me
A escolha da plataforma foi pautada na facilidadeda criaçãodo aplicativo, layout
simples e claro possibilitou a formatação do landscape.me na plataforma Fábrica de
Aplicativos. Outro fator que corrobora para o seu uso é a possibilidadede gerar link para
IOS e Android facilitando o seu compartilhamento, conforme indicado na figura 07.
Figura 07 A divulgação do material digital em cada salafeito através dos QRcode.
As atividades digitais foram disponibilizadas em forma de QRcode nas salas,
utilizou-se como ambientes digitais a páginano facebook, a plataforma do slidesharedo
LinkedIn, atividades no Google Form como sistema complementar as aulas presenciais.
9. 9
Principal objetivo da utilização de estruturas virtuais é promover a aplicação do
conteúdo visto em sala empaisagens e problemáticas reais do cotidiano.
O início da sequência didática ocorre com o levantamento do conhecimento
prévio nas turmas do 8 ano. Observou-se a grande dificuldade em trabalhar com escala
global e abstrair fenômenos geológicos e climaticos. Assim, a professora estruturou
atividades em estações com porpostas distintas utilizando materiais didáticos que
estimulassem a visualização das formas e processos em escala global, indicadas nas
figuras 08 até 11.
Figura 08: Atividade 01 material utilizado foi Atlas e Globo para alfabetização e compreensão das zonas
climáticas edas convenções cartográficas
Figuras 9 : Atividade Atividade 02 – Montagem do mapa da América e localização dos fenômenos do El
Nino, Cordilheira dos Andes,floresta Amazônica e do nosso município de São Bernardo.
10. 10
Figura 10: Atividade 03 - Jogo cronometrado do quebra cabeça das placas tectônicas juntamente com
análisedemapas dos principais eventos sísmicos.Fonte: autoria própria.
Figura 11:Atividade04 - Montagem do quebra cabeça da América elocalização dosfenômenos tectônicos
estudados em aula conforme a seleção do grupo para apresentação e justificação para o grupo da sala.
Fonte: autoria própria.
A avaliação foi processual considerando as atividades de fixação, manipulação e
aplicação. O choque com hábitos anteriores também foram ponderados e não
resultaram numa diminuição direta da nota, os maiores desafios no processo foram a
resistências e limitações dos alunos frente a diversificação de atividades, juntamente,
com a falta de motivação e comprometimento causadas por inúmeros fatores.
No início houve uma grande dificuldade em localizar os territórios no globo, pois
a visualizaçãosempre foi plana emmapas com projeções simples que colocam o Oceano
11. 11
Atlântico como centro. Recomenda-se que antes da reprodução dessa atividade seja
feita uma pesquisa ou aula expositiva sobre influência da latitude na criação de zonas
térmicas, deste modo, os alunos terão maior arcabouço para selecionar e relacionar os
fenômenos a localização geográfica no globo.
Na montagem do mapa da América, o trabalho em grupo foi essencial nesse
momento o professor não orientou na organização das folhas sulfites para constituição
do mapa. Assim,houve o exercício duplo da montagem e representação dos fenômenos
estudados anteriormente. Dentre todas as estações essa exigiu maior
compartilhamento e cooperação.
Na atividade 03 a maquete com informações sobre rotação, translação e as
camadas da Terra promoveram maior interesse e complementaram a atividade com o
quebra cabeça das placas tectônicas. Os maiores desafios do ensino de geologia são
claramente a análise dos fenômenos geofísicos e a sua distribuição no globo. A
manipulação analógica é uma das alternativas para compensar essas dificuldades.
Em suma, o aplicativo facilita e direciona o trabalho de fixação e visualização do
conteúdo na realidade, aproximando o conhecimento escolar das situações vividas em
diferentes recortes espaciais. Considerou-se as múltiplas inteligências na construção
das atividades com imagens,vídeos e games.No entanto, nem todos possuíamos meios
técnicos para acessá-las, por isso, o acesso não foi considerado como definitivo para
atribuição de nota.
O método fisiologia da paisagem seguido nas atividades digitais iniciaram com
estudo da geologia no caso a constituição da Serra do Mar, seguido da leitura histórica
da formação da cidade e por último a análise dos principais problemas ambientais de
São Bernardo que são as enchentes e deslizamentos. O objetivo principal foi promover
uma sensibilizaçãoeanáliseprofundados do contexto sócio ambiental no qual o homem
modificou o ambiente e passaa sofrer com os desequilíbrios estabelecidos.O grupo que
concluiu as atividades realizou as atividades em rotação com maior facilidade e
obtiveram os maiores resultados na avaliação final.
A transposição didática clara numa relação causal dialética induzem os alunos a
analisar a relação dentre homem natureza sendo uma alternativa aos modelos
desatualizados trazidos pelos livros didáticos do governo do Estado de São Paulo e ainda
permitiram promover uma compreensão da gênese natural e antrópica dos principais
problemas do município.
BILIOGRAFIA
AB’ SÁBER, A.N. & BERNARDES, N.(1958) Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira e
Arredores de São Paulo. Edição do Conselho Nacional de Geografia: Rio de Janeiro.
AB’ SÁBER, A.N. 1969 Um Conceito de Geomorfologia a Serviço das pesquisas sobre o
quartenário (18). São Paulo: IG USP.
________________. Breves considerações sobre a história da geomorfologia geográfica
no BrasilGeo UERJ, Ano 12, v.1, n. 21, 1º semestre de 2010, Rio de Janeiro . p. 1-19.
12. 12
________________. Os Domínios de Natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas.
5ª ed. Ateliê Editorial: 2008.
_________________. Um Conceito de Geomorfologia a Serviço das pesquisas sobre o
quartenário (18). São Paulo: IG USP, 1969.
BLOOM, B. S. et al. Taxonomy of educational objectives. New York: David Mckay, 1956.
262 p. (v. 1)
CAVALCANTI, Agostinho e VIADANA, Adler Guilherme. Organização do Espaço e Análise
da Paisagem. Rio Claro: UNESP-IGCE, Laboratório de Planejamento Municipal /
Programa de Pós Graduação em Geografia, 2007.
CHRISTENSEN, C (2012). Inovação na sala de aula: como a inovação disruptiva muda a
forma de aprender. Porto Alegre: Bookman
DALE, R. (2004). Globalização e educação: demonstrando a existência de uma "cultura
educacional mundial comum" ou localizando uma "agenda globalmente estruturada
para a educação"? IN: Revista Educação e Sociedade. Campinas, vol. 25, nº 87, p. 423-
460, maio/agosto.
ENGELS, F. Dialética da Natureza; prólogo de J.B.S Haldane. Rio de Janeiro, Paz e Terra,
1979. 3ºed. 240 p.21(Pensamento crítico v.8).
FERRAZ, Ana Paula do Carmo Marcheti; BELHOT, Renato Vairo. Taxonomia de Bloom:
revisão teórica e apresentação das adequações do instrumento para definição de
objetivos instrucionais. Gest.Prod., São Carlos , v. 17, n. 2, p. 421-431, 2010 . Available
from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
530X2010000200015&lng=en&nrm=iso>. access on 05 Jan. 2016.
http://dx.doi.org/10.1590/S0104-530X2010000200015.
HORN, M.B & STAKER, H. (2015). Blended: using disruptive innovation to improve
schools.
MARTINS, L.C.B. 2016 Implicações da organização da atividade didática com o uso de
tecnologias digitais na formação de conceitos em uma proposta de ensino híbrido.
Doutorado em Psicologia Universidade de São Paulo.
PICCIANO, A. G., & DZIUBAN, C. D. (EDS.) (2007), Blended learning: Research
perspectives, Sloan Consortium, Needham, MA.
13. 13
PONTUSCHKA, Nídia Nacib; OLVEIRA, Ariovaldo Umbelino de (Orgs.). Geografia em
perspectiva: ensino e pesquisa. São Paulo: Contexto, 2002. p. 331-341.
SANTOS, B. S. Um discurso sobre as ciências.Texto versão ampliada da Oração de
Sapiência proferida na abertura solene das aulas na Universidade de Coimbra no ano
lectivo de 1985/86.
SCOCUGLIA, Afonso Celso. A pedagogia social de Paulo Freire como contraponto da
pedagogia globalizada. In Proceedings of the 1. I Congresso Internacional de Pedagogia
Social, 2006, São Paulo (SP) [online]. 2006 [cited 04 April 2017]. Available from:
<http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=MSC000000009
2006000100002&lng=en&nrm=iso>
SOMMA, Miguel Liguera. Alguns problemas metodológicos no ensino de Geografia. In:
CASTROGIOVANNI, Antônio Carlos et al. Geografia em sala de aula: práticas e reflexões.
2 ed. Porto Alegre: UFRGS/ Associação dos Geógrafos Brasileiros, 1999. p. 161-165
TRICART, J. 1980. O Campo na Dialética da Geografia. Reflexões sobre a Geografia. São
Paulo: Edições AGB.
VEEN, W.; VRAKKING, B. Homo Zappiens: educando na era digital. Trad. de Vinícius
Figueira. Porto Alegre: Artmed, 2009. 141 p
VESENTINI, José William. Realidades e perspectivas do ensino de Geografia no Brasil. In:
VESENTINI, José William(Org.). O Ensino de Geografia no século XXI. Campinas: Papirus,
2004. p. 219-248.
VIADANA, Adler Guilherme. A Excursão Geográfica Didática (Pontal do Triângulo
Mineiro). Rio Claro-SP: LPM/IGCE-UNESP, 2005.
VITTE, A. C. 2009 Uma introdução à história da geomorfologia no Brasil: A contribuição
de Aziz Nacib Ab’Sáber. Revista brasileira de Geografia física 2(1) 41:50.
____________. Uma introdução àhistória da geomorfologia no Brasil:A contribuição de
Aziz Nacib Ab’Sáber. Revista brasileira de Geografia física, Recife, v. 2, n. 1, jan/abril
20098. p. 41-50