Este documento apresenta uma abordagem conceitual e histórica do currículo escolar. Discute as diferentes concepções de currículo ao longo do tempo, desde seu surgimento no século XVI até as teorias contemporâneas. Também destaca pensadores influentes como Dewey, Bobbitt e Tyler e como suas ideias moldaram a evolução do conceito de currículo. Finalmente, analisa a complexidade do tema e como o currículo reflete interesses sociais e culturais em cada época.
O documento discute diferentes teorias e concepções de currículo, incluindo tradicionais, críticas e pós-críticas. Aborda currículo formal, real e oculto, e propõe vários modelos como currículo construtivista, sociocrítico e integrado.
O currículo envolve sempre um propósito, um processo e um contexto. Além disso, resulta da confluência de diversas práticas, exercidas por diferentes actores, em diferentes momentos. É por isso um conceito complexo, dinâmico e multifacetado.
O documento define currículo como uma jornada de aprendizagem e discute seus diferentes conceitos. Apresenta o currículo oficial, oculto, formal e informal e explica as teorias tradicionais, críticas e pós-críticas do currículo.
O documento discute teorias do currículo e como elas influenciam a seleção de conteúdos escolares e a construção do projeto político pedagógico. Apresenta três abordagens teóricas - teorias tradicionais, críticas e pós-críticas - que enfatizam diferentes conceitos como ensino, aprendizagem, ideologia e identidade.
As teorias do currículo na perspectiva de Tomás Tadeu da SilvaVanubia_sampaio
1. O documento discute as teorias do currículo de acordo com Tomás Tadeu da Silva, incluindo a teoria tradicional, crítica e pós-crítica. 2. A teoria tradicional via o currículo como meio de transmitir os valores da cultura dominante e preparar estudantes para o trabalho, enquanto as teorias críticas argumentam que o currículo reproduz as desigualdades sociais. 3. O currículo oculto transmite valores e comportamentos não explícitos que preparam estudantes para se adaptarem à sociedade
1) O documento discute a educação para além das disciplinas escolares através de uma abordagem crítica e dialógica do currículo.
2) Defende que o currículo deve partir da realidade vivida pelos alunos e da problematização das contradições locais de forma interdisciplinar.
3) Propõe que a prática pedagógica deve ser organizada metodologicamente de forma dialógica para permitir a apreensão crítica da realidade e a transformação da mesma.
O documento discute diferentes perspectivas sobre transferência educacional entre países, incluindo enfoques de imperialismo cultural e neocolonialismo. Também aborda perspectivas derivadas de estudos sócio-históricos do currículo nos EUA e no Brasil, bem como de estudos das disciplinas escolares. A proposta é de um enfoque triangular alternativo para analisar a emergência e desenvolvimento do campo do currículo no Brasil.
1) O documento apresenta o conteúdo da primeira aula de um curso sobre currículo, abordando conceitos básicos como práticas escolares, conteúdos ensinados, estratégias pedagógicas e organização do espaço escolar.
2) A aula discute como diferentes compreensões sobre aprendizagem se refletem em visões distintas de currículo, desde uma visão tradicional focada em eficiência até visões mais críticas.
3) São apresentados exemplos como mapas, fórmulas, jogos e liv
O documento discute diferentes teorias e concepções de currículo, incluindo tradicionais, críticas e pós-críticas. Aborda currículo formal, real e oculto, e propõe vários modelos como currículo construtivista, sociocrítico e integrado.
O currículo envolve sempre um propósito, um processo e um contexto. Além disso, resulta da confluência de diversas práticas, exercidas por diferentes actores, em diferentes momentos. É por isso um conceito complexo, dinâmico e multifacetado.
O documento define currículo como uma jornada de aprendizagem e discute seus diferentes conceitos. Apresenta o currículo oficial, oculto, formal e informal e explica as teorias tradicionais, críticas e pós-críticas do currículo.
O documento discute teorias do currículo e como elas influenciam a seleção de conteúdos escolares e a construção do projeto político pedagógico. Apresenta três abordagens teóricas - teorias tradicionais, críticas e pós-críticas - que enfatizam diferentes conceitos como ensino, aprendizagem, ideologia e identidade.
As teorias do currículo na perspectiva de Tomás Tadeu da SilvaVanubia_sampaio
1. O documento discute as teorias do currículo de acordo com Tomás Tadeu da Silva, incluindo a teoria tradicional, crítica e pós-crítica. 2. A teoria tradicional via o currículo como meio de transmitir os valores da cultura dominante e preparar estudantes para o trabalho, enquanto as teorias críticas argumentam que o currículo reproduz as desigualdades sociais. 3. O currículo oculto transmite valores e comportamentos não explícitos que preparam estudantes para se adaptarem à sociedade
1) O documento discute a educação para além das disciplinas escolares através de uma abordagem crítica e dialógica do currículo.
2) Defende que o currículo deve partir da realidade vivida pelos alunos e da problematização das contradições locais de forma interdisciplinar.
3) Propõe que a prática pedagógica deve ser organizada metodologicamente de forma dialógica para permitir a apreensão crítica da realidade e a transformação da mesma.
O documento discute diferentes perspectivas sobre transferência educacional entre países, incluindo enfoques de imperialismo cultural e neocolonialismo. Também aborda perspectivas derivadas de estudos sócio-históricos do currículo nos EUA e no Brasil, bem como de estudos das disciplinas escolares. A proposta é de um enfoque triangular alternativo para analisar a emergência e desenvolvimento do campo do currículo no Brasil.
1) O documento apresenta o conteúdo da primeira aula de um curso sobre currículo, abordando conceitos básicos como práticas escolares, conteúdos ensinados, estratégias pedagógicas e organização do espaço escolar.
2) A aula discute como diferentes compreensões sobre aprendizagem se refletem em visões distintas de currículo, desde uma visão tradicional focada em eficiência até visões mais críticas.
3) São apresentados exemplos como mapas, fórmulas, jogos e liv
O currículo há muito deixou de ser uma área meramente técnica, voltada para questões relativas a procedimentos, técnicas e métodos” (Moreira e Silva, 2005)
A pergunta sobre o como organizar o conhecimento escolar ainda é relevante, porém mais importante ainda é saber o seu por quê. (Moreira e Silva, 2005)
O currículo nasce de duas perguntas:
O que deve ser ensinado?
O que os alunos devem se tornar?
A escola como instituição pública nasce das Revoluções Industrial e francesa;
A nova ordem industrial precisava de um novo tipo de homem, equipado com aptidões que nem a família nem a igreja eram capazes de faltar;
Universalização da escola;
Finalidade: transformar o homem feudal num indivíduo liberal;
Para Alvin Toffler, no novo mundo: era preciso que os indivíduos se adaptassem a um “trabalho repetitivo, portas adentro, a um mundo de fumo, barulho, máquinas, vida em ambientes super-povoados e disciplina coletiva, a um mundo em que o tempo, em vez de regulado pelo ciclo sol-lua, fosse regido pelo apito da fábrica e pelo relógio.” (In Choque do Futuro).
O documento discute as teorias curriculares críticas e como elas veem o currículo escolar não como neutro, mas como veículo para a transmissão de ideologias dominantes e reprodução de desigualdades sociais. Defensores das teorias críticas argumentam que o currículo deve promover a igualdade social, questionar injustiças e dar voz a grupos marginalizados. O documento também reflete sobre como implementar um currículo mais democrático e inclusivo.
Teorias Críticas de Currículo: contribuições preliminares para repensar a for...Marielle de Moraes
Este documento discute as contribuições das teorias críticas de currículo para repensar a formação nos cursos de Ciências da Informação. Ele apresenta o contexto das mudanças sociais e tecnológicas que afetam a educação e o mercado de trabalho. Também resume a história do conceito de currículo e apresenta diferentes teorias de currículo, incluindo teorias tradicionais, críticas e pós-críticas. Além disso, discute autores das teorias críticas de currículo e como seus conceitos
/Home/Kurumin/Desktop/Pedagogia Do OprimidoJoilton Lemos
O documento resume as principais teorias do currículo, começando pelas tradicionais de Bobbitt e Tyler, focadas nos objetivos da educação, e evoluindo para as críticas de Althusser, Bourdieu e Apple, que enxergam o currículo como um meio de reprodução das desigualdades sociais. Também apresenta as visões emancipatórias de Giroux e Freire, que defendem o currículo como construção de significados e instrumento de libertação.
As primeiras preocupações com o currículo no Brasil datam da década de 1920. Até a década de 1980, as teorizações americanas influenciaram fortemente o pensamento curricular brasileiro. Na década de 1980, as vertentes marxistas ganharam força e na década de 1990 os estudos assumiram um enfoque sociológico.
O documento discute questões sobre currículo, definindo-o como a seleção, sequenciação e dosagem de conteúdos culturais para ensino-aprendizagem. Apresenta as principais teorias de currículo e discute a relação entre currículo e cultura e o multiculturalismo, concluindo com as implicações para o currículo e as diretrizes curriculares nacionais.
Este documento discute o conceito de currículo, teorias curriculares e tipos de currículo. Define currículo como a organização do conhecimento escolar e discute que envolve questões de poder e relações sociais. Apresenta teorias tradicionais, críticas e pós-críticas do currículo. Finalmente, lista tipos de currículo sem detalhá-los.
História do currículo e currículo como construção histórico culturalRaquel Corrêa Lemos
1) O documento discute a história do currículo e como ele é uma construção histórico-cultural. 2) Ele conecta as teorias de currículo às respostas às crises de acumulação de capital ao longo da história. 3) O documento analisa como o currículo expressa posições antagônicas na sociedade capitalista e como ele foi criticado e proposto de forma diferente ao longo do século XX.
Teorias de currículo: das tradicionais às críticasLucila Pesce
1) O documento discute as teorias tradicionais e críticas do currículo, desde sua concepção técnica até análises que o veem como construção social e política.
2) Teóricos como Apple, Giroux e Freire analisam o currículo como forma de reprodução cultural e social, enquanto Bernstein foca nos códigos culturais.
3) A New Sociology of Education (NSE) influenciou estudos que veem o currículo como invenção social em disputa.
O documento discute três pontos principais sobre o currículo na escola: 1) A escola reproduz a ideologia dominante através de sua estrutura hierárquica e dos conteúdos ensinados, especialmente em matemática e história. 2) É possível democratizar a escola através da participação da comunidade e de uma relação não-autoritária entre professores e alunos. 3) O currículo deve partir dos conhecimentos dos alunos e envolver pesquisa e descoberta, em vez de fórmulas prontas, para construir con
Este documento apresenta as principais teorias do currículo, incluindo teorias tradicionais, críticas e pós-críticas. As teorias tradicionais enfatizam a educação geral e acadêmica, enquanto as teorias críticas analisam como o currículo reproduz as relações de poder existentes. As teorias pós-críticas focam em questões como multiculturalismo, gênero e raça. O documento também discute as tendências curriculares no Brasil ao longo do século XX.
O documento discute o conceito de currículo de acordo com diferentes teorias. Apresenta definições de currículo como conjunto de experiências planejadas e resultados de aprendizagem previamente definidos. Discorre sobre as origens do currículo escolar e sua relação com a industrialização e necessidade de controle social. Também aborda teorias tradicionais, críticas e pós-críticas do currículo.
O documento discute teorias sobre currículo oculto, como valores, atitudes e conceitos que são aprendidos implicitamente na escola através de práticas, rituais e interações sociais, preparando os alunos para seu papel na sociedade de acordo com sua classe, ao invés de serem explicitamente ensinados. O texto também menciona autores funcionalistas que acreditam que a escola deve ensinar os alunos a se adaptarem funcionalmente à sociedade.
O documento descreve tendências curriculares no Brasil ao longo do século XX e início do século XXI. Aborda temas como a sistematização inicial das questões curriculares, a criação do INEP e suas publicações, influências de programas educacionais estrangeiros, introdução de disciplinas curriculares nos cursos de pedagogia, e perspectivas teóricas como a de Michael Apple e Henry Giroux. Também discute aspectos como a organização formal do currículo, áreas de conhecimento, temas transversais, políticas govern
O documento discute o conceito de currículo, sua evolução histórica e dimensões. Aborda as visões conservadora e progressista de currículo e como ele influencia a construção da identidade dos estudantes e a organização dos conhecimentos escolares.
O documento discute diferentes modelos pedagógicos como o construtivismo, a teoria crítica e a teoria da reprodução. Também aborda teorias não-críticas como a tradicional, renovada e tecnicista, além de teorias crítico-reprodutivistas como a de Bourdieu e Passeron sobre violência simbólica e a de Althusser sobre a escola como aparelho ideológico do Estado. Por fim, apresenta pedagogias como a libertadora de Paulo Freire e a crítico-social dos con
O documento discute as teorias críticas do currículo que surgiram na década de 1960 para criticar a estrutura educacional tradicional. Essas teorias foram desenvolvidas por pensadores como Michael Apple, Paulo Freire e Michael Young e enfatizam como o currículo reflete os interesses das classes dominantes e reproduz a ideologia dominante.
O documento discute as principais teorias do currículo, começando pelas tradicionais de Bobbit e Tyler no início do século XX, que enfatizavam objetivos mensuráveis e eficiência. A partir dos anos 1960, teorias críticas questionaram essa abordagem, enfatizando como o currículo reproduz desigualdades. Teorias pós-críticas valorizaram a diversidade cultural e como identidades são construídas. O documento lista vários teóricos e suas contribuições nessas diferentes abordagens teóricas do curr
Este artigo discute a formação de professores de ciências sociais no Brasil e como ela está relacionada às políticas educacionais. Primeiro, analisa o contexto das políticas públicas de educação no Brasil, destacando a ausência inicial de uma política clara e a crescente presença do Estado a partir do século XX. Em seguida, discute como a formação docente está ligada à dinâmica da introdução e remoção da sociologia no currículo escolar brasileiro ao longo do tempo. Por fim, reflete sobre os desafios atuais da forma
O documento discute os princípios básicos da avaliação educacional de acordo com Ralph W. Tyler. A avaliação deve (1) medir se os objetivos educacionais estão sendo alcançados, (2) envolver a coleta de dados no início e fim do programa para medir mudanças no comportamento dos alunos, e (3) usar vários métodos para coletar evidências como testes, observações e entrevistas. A avaliação é essencial para o desenvolvimento contínuo do currículo.
O currículo há muito deixou de ser uma área meramente técnica, voltada para questões relativas a procedimentos, técnicas e métodos” (Moreira e Silva, 2005)
A pergunta sobre o como organizar o conhecimento escolar ainda é relevante, porém mais importante ainda é saber o seu por quê. (Moreira e Silva, 2005)
O currículo nasce de duas perguntas:
O que deve ser ensinado?
O que os alunos devem se tornar?
A escola como instituição pública nasce das Revoluções Industrial e francesa;
A nova ordem industrial precisava de um novo tipo de homem, equipado com aptidões que nem a família nem a igreja eram capazes de faltar;
Universalização da escola;
Finalidade: transformar o homem feudal num indivíduo liberal;
Para Alvin Toffler, no novo mundo: era preciso que os indivíduos se adaptassem a um “trabalho repetitivo, portas adentro, a um mundo de fumo, barulho, máquinas, vida em ambientes super-povoados e disciplina coletiva, a um mundo em que o tempo, em vez de regulado pelo ciclo sol-lua, fosse regido pelo apito da fábrica e pelo relógio.” (In Choque do Futuro).
O documento discute as teorias curriculares críticas e como elas veem o currículo escolar não como neutro, mas como veículo para a transmissão de ideologias dominantes e reprodução de desigualdades sociais. Defensores das teorias críticas argumentam que o currículo deve promover a igualdade social, questionar injustiças e dar voz a grupos marginalizados. O documento também reflete sobre como implementar um currículo mais democrático e inclusivo.
Teorias Críticas de Currículo: contribuições preliminares para repensar a for...Marielle de Moraes
Este documento discute as contribuições das teorias críticas de currículo para repensar a formação nos cursos de Ciências da Informação. Ele apresenta o contexto das mudanças sociais e tecnológicas que afetam a educação e o mercado de trabalho. Também resume a história do conceito de currículo e apresenta diferentes teorias de currículo, incluindo teorias tradicionais, críticas e pós-críticas. Além disso, discute autores das teorias críticas de currículo e como seus conceitos
/Home/Kurumin/Desktop/Pedagogia Do OprimidoJoilton Lemos
O documento resume as principais teorias do currículo, começando pelas tradicionais de Bobbitt e Tyler, focadas nos objetivos da educação, e evoluindo para as críticas de Althusser, Bourdieu e Apple, que enxergam o currículo como um meio de reprodução das desigualdades sociais. Também apresenta as visões emancipatórias de Giroux e Freire, que defendem o currículo como construção de significados e instrumento de libertação.
As primeiras preocupações com o currículo no Brasil datam da década de 1920. Até a década de 1980, as teorizações americanas influenciaram fortemente o pensamento curricular brasileiro. Na década de 1980, as vertentes marxistas ganharam força e na década de 1990 os estudos assumiram um enfoque sociológico.
O documento discute questões sobre currículo, definindo-o como a seleção, sequenciação e dosagem de conteúdos culturais para ensino-aprendizagem. Apresenta as principais teorias de currículo e discute a relação entre currículo e cultura e o multiculturalismo, concluindo com as implicações para o currículo e as diretrizes curriculares nacionais.
Este documento discute o conceito de currículo, teorias curriculares e tipos de currículo. Define currículo como a organização do conhecimento escolar e discute que envolve questões de poder e relações sociais. Apresenta teorias tradicionais, críticas e pós-críticas do currículo. Finalmente, lista tipos de currículo sem detalhá-los.
História do currículo e currículo como construção histórico culturalRaquel Corrêa Lemos
1) O documento discute a história do currículo e como ele é uma construção histórico-cultural. 2) Ele conecta as teorias de currículo às respostas às crises de acumulação de capital ao longo da história. 3) O documento analisa como o currículo expressa posições antagônicas na sociedade capitalista e como ele foi criticado e proposto de forma diferente ao longo do século XX.
Teorias de currículo: das tradicionais às críticasLucila Pesce
1) O documento discute as teorias tradicionais e críticas do currículo, desde sua concepção técnica até análises que o veem como construção social e política.
2) Teóricos como Apple, Giroux e Freire analisam o currículo como forma de reprodução cultural e social, enquanto Bernstein foca nos códigos culturais.
3) A New Sociology of Education (NSE) influenciou estudos que veem o currículo como invenção social em disputa.
O documento discute três pontos principais sobre o currículo na escola: 1) A escola reproduz a ideologia dominante através de sua estrutura hierárquica e dos conteúdos ensinados, especialmente em matemática e história. 2) É possível democratizar a escola através da participação da comunidade e de uma relação não-autoritária entre professores e alunos. 3) O currículo deve partir dos conhecimentos dos alunos e envolver pesquisa e descoberta, em vez de fórmulas prontas, para construir con
Este documento apresenta as principais teorias do currículo, incluindo teorias tradicionais, críticas e pós-críticas. As teorias tradicionais enfatizam a educação geral e acadêmica, enquanto as teorias críticas analisam como o currículo reproduz as relações de poder existentes. As teorias pós-críticas focam em questões como multiculturalismo, gênero e raça. O documento também discute as tendências curriculares no Brasil ao longo do século XX.
O documento discute o conceito de currículo de acordo com diferentes teorias. Apresenta definições de currículo como conjunto de experiências planejadas e resultados de aprendizagem previamente definidos. Discorre sobre as origens do currículo escolar e sua relação com a industrialização e necessidade de controle social. Também aborda teorias tradicionais, críticas e pós-críticas do currículo.
O documento discute teorias sobre currículo oculto, como valores, atitudes e conceitos que são aprendidos implicitamente na escola através de práticas, rituais e interações sociais, preparando os alunos para seu papel na sociedade de acordo com sua classe, ao invés de serem explicitamente ensinados. O texto também menciona autores funcionalistas que acreditam que a escola deve ensinar os alunos a se adaptarem funcionalmente à sociedade.
O documento descreve tendências curriculares no Brasil ao longo do século XX e início do século XXI. Aborda temas como a sistematização inicial das questões curriculares, a criação do INEP e suas publicações, influências de programas educacionais estrangeiros, introdução de disciplinas curriculares nos cursos de pedagogia, e perspectivas teóricas como a de Michael Apple e Henry Giroux. Também discute aspectos como a organização formal do currículo, áreas de conhecimento, temas transversais, políticas govern
O documento discute o conceito de currículo, sua evolução histórica e dimensões. Aborda as visões conservadora e progressista de currículo e como ele influencia a construção da identidade dos estudantes e a organização dos conhecimentos escolares.
O documento discute diferentes modelos pedagógicos como o construtivismo, a teoria crítica e a teoria da reprodução. Também aborda teorias não-críticas como a tradicional, renovada e tecnicista, além de teorias crítico-reprodutivistas como a de Bourdieu e Passeron sobre violência simbólica e a de Althusser sobre a escola como aparelho ideológico do Estado. Por fim, apresenta pedagogias como a libertadora de Paulo Freire e a crítico-social dos con
O documento discute as teorias críticas do currículo que surgiram na década de 1960 para criticar a estrutura educacional tradicional. Essas teorias foram desenvolvidas por pensadores como Michael Apple, Paulo Freire e Michael Young e enfatizam como o currículo reflete os interesses das classes dominantes e reproduz a ideologia dominante.
O documento discute as principais teorias do currículo, começando pelas tradicionais de Bobbit e Tyler no início do século XX, que enfatizavam objetivos mensuráveis e eficiência. A partir dos anos 1960, teorias críticas questionaram essa abordagem, enfatizando como o currículo reproduz desigualdades. Teorias pós-críticas valorizaram a diversidade cultural e como identidades são construídas. O documento lista vários teóricos e suas contribuições nessas diferentes abordagens teóricas do curr
Este artigo discute a formação de professores de ciências sociais no Brasil e como ela está relacionada às políticas educacionais. Primeiro, analisa o contexto das políticas públicas de educação no Brasil, destacando a ausência inicial de uma política clara e a crescente presença do Estado a partir do século XX. Em seguida, discute como a formação docente está ligada à dinâmica da introdução e remoção da sociologia no currículo escolar brasileiro ao longo do tempo. Por fim, reflete sobre os desafios atuais da forma
O documento discute os princípios básicos da avaliação educacional de acordo com Ralph W. Tyler. A avaliação deve (1) medir se os objetivos educacionais estão sendo alcançados, (2) envolver a coleta de dados no início e fim do programa para medir mudanças no comportamento dos alunos, e (3) usar vários métodos para coletar evidências como testes, observações e entrevistas. A avaliação é essencial para o desenvolvimento contínuo do currículo.
1) O documento discute teorias de currículo e sua aplicação na educação infantil no Brasil.
2) As seções cobrem tópicos como as contribuições das teorias críticas do currículo, currículo e cultura, e a organização do currículo na educação infantil segundo Froebel, Montessori e Piaget.
3) Também são analisadas a política curricular para a educação infantil no Brasil e o currículo da educação infantil no que se refere à formação pessoal e social.
Resumo Perfil Profissional
- Grande experiência em cursos técnicos de administração e negócios, tendo lecionado e ministrado palestras para várias instituições como Senac, Unicsul e Sequencial Escola Técnica, sempre visando melhor atualização, estreitamento com o mercado, dispondo aulas interativas e dinâmicas.
- Pró-atividade: Criação e implantação de projeto de consultoria empresarial nos cursos de técnico em administração em parcerias com empresas em cases reais, tendo como resultado alto desempenho, desenvolvimento dos alunos e reconhecimento da instituição educacional;
- Desenvolvimento de equipes empresariais, aperfeiçoamento e treinamento;
- Grande experiência no mercado de gestão, negócios e turismo, tendo em minha trajetória executado vários cargos, da supervisão à alta gestão em diversas organizações como O Melhor da Vida (Marketing e Eventos), Designer Tours, CVC, Marsans, exercendo no OMDV a prospecção, criação de proposta, fechamento de parcerias com empresas de entretenimento e turismo, assim como liderava equipe de produtos e treinamento para equipes de vendas;
- Como Analista de marketing e vendas na Designer Tours, fazia toda parte de análise de dados, visitas e eventos promocionais para agencias de viagens, criação e promoção de campanhas de vendas e incentivo;
- Espirito Empreendedor, sendo sócio fundador da Múltiplas Soluções Consultoria Empresarial.
- Consultor empresarial com certificação em ERP - Sistemas Integrados de Gestão
- Palestrante com especialidade em ministrar em temas como gestão empresarial e Mercado de trabalho e perfil profissional.
The document traces the evolution of curriculum concepts over different decades from the 1920s to the 1990s in Brazil. It discusses early notions of curriculum as a set of disciplines or schedule, then explores definitions by Bobbitt and critiques by Paulo Freire. It outlines shifts from teacher-centered, discipline-focused curriculum to ones aimed at developing student autonomy and emancipation through knowledge.
Wanderson Lima Amaral é um professor de arte com formação acadêmica em pós-graduação em ensino de artes visuais e graduação em educação artística/artes plásticas. Ele possui experiência como professor em diversas escolas de Belo Horizonte desde 2007 e realizou vários projetos artísticos com alunos.
Este currículo descreve a formação acadêmica e experiência profissional de Elizete Vasconcelos Arantes Filha. Ela possui mestrado em Ciências da Educação e especialização em Educação. Atua principalmente na produção de materiais educacionais para educação a distância e ministra cursos de graduação e pós-graduação na modalidade a distância. Também lecionou em diversas instituições de ensino superior no Rio Grande do Norte.
Alexandra Damaso possui formação em Pedagogia e Mestrado em Educação. Tem experiência em ensino fundamental, superior e educação de jovens e adultos, além de domínio em inglês, espanhol e informática. Sua qualificação inclui experiência em desenvolvimento de material didático e pesquisa educacional.
Este currículo resume a carreira profissional de Ana Paula das Neves Santos como professora de TIC nos últimos 12 anos. Ela lecionou TIC em várias escolas na região de Alcobaça, Portugal e também atuou como formadora. Sua experiência inclui coordenação de projetos tecnológicos, administração de plataformas educacionais e formação de colegas.
1) O documento discute a abordagem de uma instituição escolar através de um estudo de caso de longa duração, refletindo sobre aspectos metodológicos no campo da sociologia das organizações educativas.
2) A autora realizou três estudos na mesma instituição escolar ao longo do tempo para analisar a evolução da sua cultura organizacional ao longo de 100 anos.
3) Ela reflete sobre como o estudo de caso pode fornecer insights valiosos sobre os processos de construção e reconstrução da cultura em organizações
O documento discute diretrizes curriculares para a educação básica, abordando os seguintes tópicos: 1) os sujeitos da educação e como o currículo deve proporcionar formação igualitária; 2) diferentes concepções de currículo e a importância de considerar seu caráter político; 3) concepções de conhecimento e a necessidade de acesso aos conhecimentos historicamente produzidos.
slides_seedf_quadrix_curriculo_escolar.pdfDani Malta
O documento discute as teorias do currículo, suas manifestações e características. Resumidamente:
- Existem três teorias do currículo - tradicionais, críticas e pós-críticas - que abordam questões como o que e para quem ensinar.
- Há três manifestações de currículo - formal, real e oculto - referentes ao currículo prescrito, em ação e implícito.
- O currículo deve ter características como respeito à diversidade e ser um elo entre teoria e prática ped
1) O documento discute o conceito e questões relacionadas ao currículo e educação no contexto educacional brasileiro.
2) Analisa como o currículo é influenciado por ideologias, poder e cultura e como reflete relações sociais.
3) Explora quatro abordagens curriculares (acadêmica, humanista, tecnológica e reconstrucionista social) ao longo da história.
Este documento discute o conceito de currículo e questões relacionadas no contexto educacional brasileiro. Ele analisa como o currículo é influenciado por ideologias, poder e cultura e como reflete as relações sociais. Também explora como o currículo formal, real e oculto afetam o processo de ensino-aprendizagem.
O pedagogo e sua práxis: desafios e possibilidades na sociedade contemporâneaMirianne Almeida
O documento discute o papel do pedagogo na sociedade contemporânea, destacando que: (1) A educação ultrapassou os limites da escola e o pedagogo pode atuar em diversos setores; (2) Historicamente, o papel do pedagogo era limitado à escola, mas hoje ele pode atuar de forma multifacetada; (3) Isso traz desafios para o pedagogo demonstrar seu valor em novos espaços e combater paradigmas limitantes.
1) O documento apresenta as diretrizes curriculares para o ensino fundamental do sistema municipal de ensino de Fortaleza. 2) Aborda conceitos de educação, currículo, ensino e aprendizagem baseados em teorias tradicionais, críticas e pós-críticas. 3) Define currículo de forma ampla, incluindo experiências formais e informais vivenciadas na escola.
1) O documento apresenta as diretrizes curriculares para o ensino fundamental do sistema municipal de ensino de Fortaleza. 2) Aborda conceitos de educação, currículo, ensino e aprendizagem baseados em teorias tradicionais, críticas e pós-críticas. 3) Define currículo de forma ampla, incluindo experiências formais e informais vivenciadas na escola.
Mortimer e scott___2002___atividade_discursiva_nas_salas_de_aula_de_ci_nciasManoella Morais
Este documento apresenta uma ferramenta analítica para estudar as interações discursivas entre professores e alunos nas aulas de ciências. A ferramenta é baseada em teoria sociocultural e inclui cinco aspectos: 1) intenções do professor, 2) conteúdo, 3) abordagem comunicativa, 4) padrões de interação e 5) intervenções do professor. O objetivo é fornecer uma linguagem para descrever o gênero discursivo das aulas de ciência e analisar como os significados são construídos no contexto social da
Este documento introduz uma ferramenta analítica para caracterizar as interações discursivas entre professores e alunos nas aulas de ciências. A ferramenta é baseada em teoria sociocultural e consiste em cinco aspectos: focos do ensino, abordagem comunicativa, padrões de interação e intervenções do professor. O documento aplica essa ferramenta para analisar uma sequência de aulas de ciências.
Este documento introduz uma ferramenta analítica para caracterizar as interações entre professores e alunos nas aulas de ciências com o objetivo de promover a construção de significado. A ferramenta é baseada em teoria sociocultural e inclui cinco aspectos: intenções do professor, conteúdo, abordagem comunicativa, padrões de interação e intervenções do professor. A ferramenta é aplicada para analisar uma sequência de aulas de ciências.
O documento apresenta as diretrizes para a revisão do Currículo Básico Comum (CBC) de História para os anos finais do Ensino Fundamental em Minas Gerais. Optou-se por não remover habilidades do CBC original e incluir novos tópicos e habilidades com base no feedback de professores. As diretrizes visam promover o ensino da História de forma a desenvolver o raciocínio histórico dos alunos e a educação para a cidadania.
Cbc anos finais - his tu00-d3ria - cópia - cópiaMiguel Dias
O documento apresenta as diretrizes para a revisão do Currículo Básico Comum (CBC) de História para os anos finais do Ensino Fundamental em Minas Gerais. Optou-se por não remover habilidades do CBC original e incluir novos tópicos e habilidades com base no feedback de professores. As diretrizes visam alinhar o currículo com as renovações historiográficas e ensinar a História de forma a desenvolver o raciocínio histórico crítico e a educação para a cidadania.
O documento discute a importância da formação sólida em conteúdo disciplinar e do desenvolvimento de uma atitude crítica nos cursos de formação de professores. Argumenta-se que esses cursos devem promover a apropriação de conhecimentos sistematizados, o pensamento crítico sobre a realidade e a reflexão sobre a prática pedagógica.
Este documento discute a importância do currículo escolar na Pedagogia Histórico-Crítica e Psicologia Histórico-Cultural. Apresenta definições de currículo e alerta para o risco de uma ampliação excessiva do conceito. Descreve experiências de implementação de propostas curriculares nessas perspectivas teóricas em municípios brasileiros.
Este documento discute as teorias do currículo e apresenta os resultados de uma entrevista com uma professora do ensino fundamental. Ele define as teorias tradicionais, críticas e pós-críticas do currículo e analisa uma entrevista sobre como essas teorias se refletem na prática de sala de aula de uma professora. O documento conclui que o currículo é construído socialmente e influenciado por fatores sociais, políticos e ideológicos.
1. O documento discute temas relacionados à educação como o papel do professor, construção do currículo e avaliação educacional.
2. A avaliação deve informar os professores sobre o andamento das aulas e processos de aprendizagem dos alunos para melhorar o ensino.
3. É necessário que o currículo escolar dê acesso a conhecimentos relevantes que possibilitem aos estudantes participar criticamente da sociedade e promover mudanças.
Concepção, histórico, fundamentos; organização do trabalho pedagógico na escola básica; tendên- cias pedagógicas da educação brasileira; plane- jamento e avaliação do ensino – aprendizagem; abordagens interativas mediadas pela tecnologia educacional.
Slides Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, Revista ano 11, nº 1, Revista Estudo Bíblico Jovens E Adultos, Central Gospel, 2º Trimestre de 2024, Professor, Tema, Os Grandes Temas Do Fim, Comentarista, Pr. Joá Caitano, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.Mary Alvarenga
A música 'Espalhe Amor', interpretada pela cantora Anavitória é uma celebração do amor e de sua capacidade de transformar e conectar as pessoas. A letra sugere uma reflexão sobre como o amor, quando verdadeiramente compartilhado, pode ultrapassar barreiras alcançando outros corações e provocando mudanças positivas.
O Que é Um Ménage à Trois?
A sociedade contemporânea está passando por grandes mudanças comportamentais no âmbito da sexualidade humana, tendo inversão de valores indescritíveis, que assusta as famílias tradicionais instituídas na Palavra de Deus.
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdfenpfilosofiaufu
Caderno de Resumos XVIII Encontro de Pesquisa em Filosofia da UFU, IX Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e VII Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio
1. CDD: 375
CURRÍCULO: UMA ABORDAGEM CONCEITUAL E HISTÓRICA
CURRICULUM: A CONCEPTUAL AND HISTORICAL APPROACH
Elizabeth Silveira Schmidt1
1
Autor para contato: Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG, Campus Central,
Departamento de Educação, Ponta Grossa, PR, Brasil; e-mail: lizasschmidt@ig.com.br -
liza@uepg.br; (42) 220-3373
Recebido para publicação em 16/06/2003
Aceito para publicação em 27/06/2003
RESUMO
O currículo deve ser alvo de inúmeros estudos pelos profissionais da educação,
pois sem uma compreensão do que tenha acontecido nessa esfera, as outras
mudanças têm pouco sentido e quase nenhuma razão de ser. A finalidade desta
investigação é esboçar alguns dos ingredientes essenciais ao estudo da Teoria de
Currículo: uma abordagem conceitual e histórica de currículo, como um movimento
de contínua análise, reformulação, problematização e questionamentos, tendo a
Sociologia do Currículo como um importante e fundamental elemento. A abordagem
leva em consideração que currículo não é um elemento inocente e neutro de
transmissão desinteressada do conhecimento social, que não é um elemento
transcendental e atemporal, portanto tem história, que precisa ser estudada e
compreendida. A caminhada conceitual e histórica realizada, inclusive abordando
especificamente o caso Brasil, revela que a construção das conceituações de currículo
são produções humanas que estão marcadas pelas opções valorativas realizadas
em cada tempo e lugar, construindo a concepção curricular vigente, sempre com a
idéia de que ela é a mais nova e a melhor para o contexto vivido.
Palavras-chave: currículo, Sociologia do currículo, teorias curriculares no Brasil
ABSTRACT
The curriculum must be the object of countless studies by the professionals of
education, for without an understanding of what has happened in this sphere the
other changes have almost no reason to exist. The purpose of this investigation is to
point out some of the ingredients essential to the study of the Curriculum Theory: a
conceptual and historical approach of the curriculum as a movement of continuous
analysis, reformulation, and questioning, which has the Curriculum Sociology as an
important and fundamental element. This approach takes into account the fact that
the curriculum is not an innocent and neutral element for a disinterested transmission
of social knowledge, that it is not a transcendental and out-of-time element, and thus
Publ. UEPG Ci. Hum., Ci. Soc. Apl., Ling., Letras e Artes, Ponta Grossa, 11 (1): 59-69, jun. 2003
2. 60
has a history that needs to be studied and understood. This study, which specifically
includes the case of Brazil, reveals that curriculum concepts are human productions
that carry valuation options of each time and place, always with the certainty that
the one in force is the best for that specific time.
Key-words: curriculum, Curriculum Sociology, Brazil curriculum theories
1. Introdução cupação com métodos eficientes, nós tínhamos
despolitizado quase totalmente a educação. Nos-
O Sistema Educacional Brasileiro tem passado sa busca de uma metodologia neutra e a contínua
por inúmeras mudanças nos últimos anos, mudanças transformação da área em uma ‘instrumentação
necessárias e provocadas pela implementação da neutra’ a serviço de interesses estruturalmente
não - neutros servia para nos ocultar o contexto
LDBEN nº 9394/96 e sua regulamentação.
político e econômico de nosso trabalho. (1989, p.
Em meio a todas essas mudanças, nada tem sido 35)
mais significativo nem tão fundamental quanto as prin-
cipais modificações que se têm feito no currículo em Acreditando-se que currículo não é um elemen-
todos os níveis, desde a educação infantil até à univer-
to inocente e neutro de transmissão desinteressada do
sidade.
conhecimento social, que não é um elemento
Sua natureza fundamental decorre do fato de ser
transcendental e atemporal, portanto tem história,
o currículo o próprio fundamento de qualquer sistema
(MOREIRA e SILVA, 1995), é que realizar-se-á uma
de ensino, ele é o elemento nuclear do projeto peda-
abordagem conceitual e histórica para compreendê-
gógico da escola, viabilizando o processo de ensino e
lo.
aprendizagem. Sendo assim, toda e qualquer mudança
não terá efeito, se não a acompanhar uma reconcepção
do currículo.
Por isso mesmo, o currículo deve ser alvo de
2. Currículo: uma abordagem conceitual e
inúmeros estudos pelos profissionais da educação, pois
histórica
sem uma compreensão do que tenha acontecido nessa
esfera, as outras mudanças têm pouco sentido e, qua-
A linguagem usada na área educacional se ca-
se nenhuma razão de ser.
racteriza por expressões específicas empregadas em
A finalidade desta investigação é esboçar alguns
discursos, textos e documentos escritos por educado-
dos ingredientes essenciais ao estudo da Teoria de Cur-
res em variadas situações, fazendo parte da rotina de
rículo: uma abordagem conceitual e histórica de currí-
quem atua com educação escolar, sem se dar contar
culo, como um movimento de contínua análise,
da carga conceitual que cada termo comporta. Por
reformulação, problematização e questionamentos, ten-
exemplo: currículo, grade curricular, componentes
do a Sociologia do Currículo como um importante e
curriculares, conteúdos, atividades curriculares, maté-
fundamental elemento.
Apple mostra a importância da desocultação do rias de estudo, disciplinas, programas... são palavras
contexto econômico e político para um trabalho sobre utilizadas muitas vezes pelos profissionais da educa-
currículo, quando diz que: ção, sem considerar essa carga conceitual.
Neste trabalho, é básico esclarecer a concei-
(...) eu estava preocupado com o fato de que, em
tuação de “currículo”, pois comprovadamente, mes-
nossa longa história, desde Bobbitt e Thorndike mo pessoas da área da educação confundem - no com
até Tyler e, digamos, Popham e Mager, de tenta- outros conceitos: programa, rol de conteúdos, plano
tivas de transformar o currículo numa mera preo- de ensino, plano de curso; porém, ao refletir sobre es-
Publ. UEPG Humanit. Sci., Appl. Soc. Sci., Linguist., Lett. Arts, Ponta Grossa, 11 (1) 59-69, jun. 2003
3. 61
sas vivências entre alunos e professores, sente-se que duação outorgado, em 1663, a um mestre da Uni-
essas dimensões não bastam para conceituá-lo, é pre- versidade de Glasgow, Escócia (reorganizada na
ciso considerar muito mais... mesma época, com idênticos propósitos).
Por outro lado, se quisermos, pode-se listar até (SAVIANI, 1995, p. 16)
50 definições de currículo apresentadas pela literatura,
o que dá uma idéia do quanto as concepções são vari- Desde a apropriação deste termo ao vocabulá-
áveis e diferentes quanto ao seu significado e funções, rio pedagógico, os sentidos mais usuais da palavra cur-
levando à ponderação de que não existe uma defini- rículo se referem a planos e programas, a objetivos
ção certa, a mais reconhecida, a mais atual, pois ao educacionais, a conteúdos, ao conhecimento escolar e
decidir-se por uma delas, está-se definindo por uma à experiência de aprendizagem.
determinada concepção, que inclui compromissos so- No século XXI, na Sociedade do Conhecimen-
ciais e políticos. to, considera-se que o conhecimento é a matéria pri-
Ao analisar as definições da literatura corrente, ma do currículo, portanto currículo é o conjunto de
pode-se classificá-las e entendê-las, seguindo o mo- experiências de conhecimento que a escola oferece aos
delo de Pedra (1992, p. 3). São vistas desta forma: estudantes (Silva, 1996).
a) ora como resultados esperados - Ex: “Currí- O currículo é o canal pelo qual a macroestrutura
culo é uma série estruturada de resultados buscados social penetra na microestrutura escolar; é a corpo-
na aprendizagem”; rificação dos interesses sociais e da luta cultural que se
b) ora como conjunto de experiências sob o processa na sociedade (CASTANHO, 1995); é um
comando da escola - Ex: “Currículo são todas as ex- instrumento de ação política; é uma ação coletiva que
periências que os estudantes desenvolvem sob a tutela se fundamenta numa concepção de mundo – homem -
da escola”; educação; é uma prática político-pedagógica; portan-
c) ora como princípios essenciais de uma pro- to, ele é muito mais que um rol de disciplinas, ele é uma
posta educativa - Ex: “O currículo é um intento de co- questão político-cultural pelo fato de trazer intenções
municar os princípios essenciais de uma proposta que portam atitudes frente às relações sociais; poden-
educativa de tal forma que fique aberta ao exame críti- do-se perceber o quanto o tema é complexo.
co e possa ser traduzida efetivamente para a prática”. O conceito de currículo, inicialmente utilizado na
Considerando o sentido etimológico da palavra Europa e nas Colônias Americanas, inclusive no Brasil
currículo, termo latino (curriculum) que expressa mo- colonial, se referia ao sentido estrito e com ênfase na
vimento progressivo, o andamento de uma corrida de matéria até o final do século XIX e progressivamente,
bigas, uma estrada a ser percorrida, pode-se dizer que a definição vai se enriquecendo na procura de um sen-
não houve alteração profunda até hoje, mas não se tido mais amplo.
pode deixar de assinalar as importantes variações que Segundo Ragan apud Saviani (1995), em 1896,
surgiram no vocábulo, no uso e na apropriação do John Dewey, ao criar a escola - laboratório na Univer-
mesmo pelo vocabulário pedagógico. sidade de Chicago, sob o princípio de que as crianças
Em assuntos de educação escolar, ao reconstituir aprendem melhor através de experiências significati-
as origens de emprego do termo currículo, vincula-se vas, prepara caminho para o currículo por experiên-
seu surgimento ao contexto da reforma protestante no cias, com ampla aceitação na década de 30 no Brasil,
final do século XVI, referindo-se ao currículo como algo dado para o pro-
fessor: os conteúdos devem mostrar ao mestre quais
Possivelmente teria sido empregado já em 1582, são os caminhos abertos à criança.
nas escriturações da Universidade de Leiden,
Holanda (fundada, aliás, na segunda metade do
Em 1902, John Dewey publicou um pequeno
século XVI, com claros propósitos de ‘formar ensaio “The Child and The Curriculum”, criticando
predicadores protestantes’). Mas segundo o os currículos utilizados nas escolas de sua época...,
Oxford English Dictionary, o primeiro registro estava sendo esboçada uma teoria para a construção
que dele se constata é o de um atestado de gra- dos currículos renovados, amplamente divulgada e acei-
Publ. UEPG Ci. Hum., Ci. Soc. Apl., Ling., Letras e Artes, Ponta Grossa, 11 (1) 59-69, jun. 2003
4. 62
ta no Brasil - aparece aí um currículo que valorizava os assume papel de destaque, enfatizando a necessidade
interesses do aluno, ao que chamamos de escola- de um currículo baseado na estrutura das disciplinas,
novismo. recomendando que os currículos escolares e os méto-
No entanto, com a publicação do livro “The dos didáticos devem estar articulados para o ensino
Curriculum”, em 1918, (1º livro sobre currículo), nos das idéias fundamentais, em todas as matérias que es-
Estados Unidos, é atribuído a Franklin John Bobbitt o tejam sendo ensinadas.
mérito de ter iniciado as teorizações sobre currículo,
dizendo que currículo é aquele conjunto ou série de Conclui-se, portanto, que os processos de sele-
coisas que as crianças e os jovens devem fazer e ex- ção e organização do conteúdo e das atividades
perimentar a fim de desenvolver habilidades que os de aprendizagem são questões centrais no campo
capacitem a decidir assuntos da vida adulta: referindo- de currículo. Até os anos 60, as diferentes pro-
se a um currículo que desenvolvesse os aspectos da postas enfrentavam tais questões partindo das
personalidade adulta então considerados desejáveis, orientações dominantes que privilegiavam elemen-
tos como a eficiência e a racionalidade técnica e
plantando assim, a semente do tecnicismo.
científica em nome da minimização de custos e
maximização de resultados. Predominava a idéia
Pode-se dizer que as duas (posições), em seus
de que um planejamento rigoroso, baseado em
movimentos iniciais, representaram diferentes res-
teorias científicas sobre o processo ensino - apren-
postas às transformações sociais, políticas e eco-
dizagem, era a forma de lidar com os problemas
nômicas por que passava o país e que, ainda que
da área. (SANTOS e MOREIRA, 1995, p.49)
de formas diversas, procuraram adaptar a escola
e o currículo à ordem capitalista que se consoli-
dava. As duas tendências, juntamente com vestí- Em 1957, com o lançamento do Sputnik pelos
gios e revalorizações de uma perspectiva mais soviéticos e frente à Guerra Fria, estudiosos america-
tradicional de escola e de currículo, dominaram o nos – matemáticos, psicólogos e sociólogos – formam
pensamento curricular dos anos vinte ao final da grupos de trabalho, como o de Woods Hole, com o
década de sessenta e início da década seguinte. objetivo de voltar suas vistas e estudos aos conteúdos
(MOREIRA e SILVA, 1995, p.11) curriculares, que formarão os líderes e cientistas ame-
ricanos; surgindo uma nova preocupação com o senti-
Warde (1995) apresenta outro elemento impor-
do da matéria.
tante na constituição do currículo como campo de es-
Isso motivou o surgimento de grande número de
tudo: a publicação em 1929 do XXVI Anuário da
definições de currículo, a tal ponto que estudiosos como
Sociedade Nacional de Estudo da Educação, tam-
Schwab (1969) e Huebner (1985 - mais radical), de-
bém norte-americana, que procurava revisar os estu-
cretaram a morte do currículo enquanto campo de es-
dos produzidos até então.
tudo.
Uma obra marcante no campo de currículo foi o
livro “Princípios básicos de currículo e ensino”, publi- Compreende-se a preocupação da época, com
cado por Ralph Tyler em 1949, pelo fato de tornar-se as palavras de Schwab (1970, p.287), mostrando que
uma referência bastante racional para quem trabalha “O campo de currículo está moribundo. Ele está inca-
com currículo, respondendo a quatro questões bási- paz, por sua presente metodologia e princípios, de
cas: como selecionar objetivos, como selecionar as continuar seu trabalho e contribuir significativamente
experiências de aprendizagem, como organizar essas para os avanços da educação. Ele exige novos princí-
experiências e como avaliar sua eficácia. Sua influên- pios... uma nova visão... de seus problemas... (e) no-
cia foi marcante no Brasil, pois, os projetos de currí- vos métodos apropriados aos... problemas”; este é
culos desenvolvidos aqui, com raras exceções, sem- um exemplo das críticas feitas na época, que impulsio-
pre se ajustaram e ainda se ajustam ao seu modelo naram as mudanças que viriam a seguir.
técnico - linear. Na década de 70 surge o movimento re-
As idéias de Tyler juntam-se às de Jerome conceptualista e se expande nas décadas seguintes,
Bruner que, com seu livro “O processo da educação” tendo o livro deWilliam F. Pinar, “Curriculum theorizing:
Publ. UEPG Humanit. Sci., Appl. Soc. Sci., Linguist., Lett. Arts, Ponta Grossa, 11 (1) 59-69, jun. 2003
5. 63
the reconceptualists” (1975) como representativo da questões relevantes sobre a constituição do co-
época. nhecimento escolar. (SANTOS e MOREIRA,
Warde (1995) apresenta Pinar, dizendo que até 1995, p. 49)
a década de 70, a dominância é da tendência tradicio-
nalista com as seguintes características: estilo tecnicista Também nos anos 70, nos Estados Unidos, es-
de Bobbitt, Tyler e Taba, com a preocupação em pres- tudiosos como Henry Giroux e Michael Apple, influ-
tar serviço aos professores e às escolas e à racio- enciados pela teoria social européia, pela psicanálise,
nalidade burocrática e tecnológica; enquanto que a ten- por Paulo Freire e pela Nova Sociologia da Educação
dência reconceitualista, (desde o final dos anos 70 até inglesa, mostram-se insatisfeitos com as tendências no
agora vem passando por revisões significativas e des- campo de currículo, criticam a abordagem técnica e
dobramentos) – se caracteriza pelo seguinte: toda ati- dão ênfase ao caráter político dos processos de pen-
vidade intelectual implica uma dimensão política, o sar e fazer currículos, sendo considerados pioneiros
abandono consciente da mentalidade técnica onde não da tendência curricular crítica, e voltando seus olhos
há prescrições de modelos tradicionais; o que é ne- para o conhecimento escolar, realizam
cessário é uma reconceitualização do que é currículo,
(...) uma análise de forte cunho sociológico, pro-
de como funciona e de como pode funcionar...
curam mostrar como as formas de seleção, orga-
O currículo participa de um processo social muito nização e distribuição do conhecimento escolar
amplo e apesar da limitação das dimensões, era trata- favorecem a opressão da classe e grupos subor-
do muito mais como objeto da Psicologia do que da dinados. (...) Mais recentemente, esses autores
Sociologia, por isso, ficou profundamente marcado pela têm enfatizado as contradições, resistências e lu-
sua influência, delimitando inclusive, a extensão de suas tas que ocorrem no processo escolar e também
definições. procurado discutir alternativas que permitam sua
A palavra “experiência” de corte psicológico está organização a favor da emancipação individual e
presente em vários conceitos e não se pode negar as coletiva. (SANTOS e MOREIRA, 1995, p. 50)
contribuições de Herbart, Claparède, Piaget, Ausubel
e Vygotski, entre outros, nas mudanças de eixo das O desenvolvimento da teoria educacional na
bases curriculares, por ex: dos aspectos lógicos para década de 80 levou a novas formas de se entender as
os psicológicos, do ensino para a aprendizagem, etc. conexões entre currículo e as relações de poder na
O currículo até aqui não foi objeto das análises sociedade mais ampla.
sociológicas, motivado pelo seu caráter técnico e bu- Da década de 90 em diante, novas categorias
rocrático, mas estão sendo usadas para se compreender as formas
de produção do conhecimento nas instituições sociais,
(...) a crítica a essas abordagens e a abertura de assim como uma nova preocupação com o conteúdo e
novas perspectivas na área surgem com a consti- a natureza do conhecimento veiculado por essas insti-
tuição de uma corrente, no campo da Sociologia tuições, isto porque “nas escolas não se aprendem
da Educação, voltada para o estudo de currículo. apenas conteúdos sobre o mundo natural e social; ad-
Essa tendência denominada Nova Sociologia da quirem-se também consciência, disposições e sensibi-
Educação (NSE), desenvolve-se na Inglaterra nos lidades que comandam relações e comportamentos
primeiros anos da década de 70, tendo como mar- sociais do sujeito e estruturam sua personali-
co o livro Knowledge and Control: new dade”.(SANTOS e MOREIRA, 1995, p. 50)
direction for the Sociology of Education, edi-
O pensamento pós-moderno tem marcado gran-
tado por Michael YOUNG. Opondo-se à orienta-
ção funcionalista que dominava os estudos da
de parte da produção recente no campo de currículo,
Sociologia da Educação, fundamentando-se na destacamos Giroux (1983 e 1987), Sacristán (1998),
fenomenologia e no neomarxismo e em conso- McLaren (1997), Cherryholmes (1993), Hall (1998),
nância com o discurso contestador que se difun- Silva (1992, 1996 e 1999). Especificamente sobre a
dia na Inglaterra e em outros países da Europa seleção e organização do conhecimento escolar, des-
nesse período (FORQUIN, 1993), a NSE levanta tacamos Willians (1984), Forquin (1993), Hernández
Publ. UEPG Ci. Hum., Ci. Soc. Apl., Ling., Letras e Artes, Ponta Grossa, 11 (1) 59-69, jun. 2003
6. 64
e Ventura (1998), Coll (1999), Kress (1993) e os métodos ou processos pedagógicos; do pro-
Santomé (1998). fessor para o aluno; do esforço para o interesse;
da disciplina para a espontaneidade; do diretivismo
para o não-diretivismo; da quantidade para a qua-
lidade; de uma pedagogia de inspiração filosófica
centrada na ciência da lógica para uma pedago-
3. Currículo no Brasil
gia de inspiração experimental baseada principal-
mente nas contribuições da biologia e da psicolo-
O Brasil com suas peculiaridades e marcas de gia. (SAVIANI, 1993, p.20)
pensamento transplantado, teve a trajetória do termo
currículo da mesma forma que nos Estados Unidos e a Nas primeiras décadas dos anos novecentos, o
produção científica sobre o tema é recente e eferves- INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Edu-
cente. cacionais e o PABAEE - Programa de Assistência
De acordo com Moreira (1990), as questões Brasileiro - Americana de Educação Elementar, se
curriculares vêm sendo discutidas desde as décadas destacam com inúmeras ações de grande importância:
de 20-30, quando os pioneiros da Escola Nova reali- promovem cursos, experiências e pesquisas, o INEP
zaram as primeiras reformas curriculares isoladas: Bahia, organiza classes e escolas experimentais (mais tarde
Minas Gerais e Distrito Federal, e quando aconteceu a extintas com o golpe de 64) e são considerados os
1ª tentativa de reforma educacional brasileira, pelo melhores veículos de divulgação na área, formando os
ministro (1º) Francisco Campos, após a criação do primeiros especialistas em currículo.
Ministério de Educação e Saúde, em 1930; sob a in- A influência americana aumentou muito nos anos
fluência das teorias pedagógicas de Dewey, Decroly e 50 - 60 e 70, com a assinatura de vários acordos de
Kilpatrick. cooperação e assistência técnica (MEC/USAID), a
educação brasileira é marcadamente tecnicista ameri-
Na reforma organizada por Francisco Campos e cana.
Mário Casassanta, em Minas Gerais, o pensamen- Apesar da 1ª edição do livro de Tyler (1949)
to da Escola Nova aparece sistematizado com em português, ter acontecido só em 1974, (em 1984
clareza. Essa reforma, que procurou reorganizar já estava na 9ª edição), as suas idéias penetraram com
os ensinos elementar e normal, é considerada por
muita força no Brasil, também através de sua discípula
Nagle (1974) como o primeiro momento de uma
argentina, Hilda Taba, e os dois, foram fontes intelec-
abordagem técnica de questões educacionais no
Brasil. É nela também que percebemos, pela pri-
tuais para Dalila C. Sperb1 , Marina Couto2 e Lady
meira vez, a utilização de princípios definidos de Lina Traldi3 , brasileiras pioneiras na área.
elaboração de currículos e programas. Ralph Tyler e Hilda Taba influenciam decisiva-
(MOREIRA, 1990, p. 89) mente e multiplicam-se as medidas tomadas por espe-
cialistas e técnicos em educação para orientar e super-
A pedagogia escolanovista constituiu-se numa visionar a implementação de guias curriculares, crian-
reação ao currículo clássico da pedagogia tradicional, do-se a habilitação “Supervisão” no curso de Pedago-
sendo que os eixos curriculares e pedagógicos deslo- gia e os cursos de pós-graduação em Supervisão e
caram-se Currículo.
Com isso, houve grande parcelamento do tra-
do intelecto para o sentimento; do aspecto lógico balho pedagógico, com a especialização de funções, e
para o psicológico; dos conteúdos cognitivos para com nova forma de se organizar o trabalho escolar,
1
SPERB, Dalilla C. Problemas gerais do currículo. Porto Alegre, Brasil: Ed. Globo, 1966. (1º manual de currículo escrito no Brasil)
2
COUTO, Marina. Como elaborar um currículo. Rio de Janeiro, Brasil: Ao Livro Técnico, 1966. (2º manual de currículo brasileiro)
3
TRALDI, Lady Lina. (1977) Série estudos de currículo. São Paulo, Brasil: Atlas. Vol. 1, 2 e 3. (3º manual de currículo brasileiro)
Publ. UEPG Humanit. Sci., Appl. Soc. Sci., Linguist., Lett. Arts, Ponta Grossa, 11 (1) 59-69, jun. 2003
7. 65
conforme esclarece Saviani, Moreira afirma que “a preocupação de Tyler
com as necessidades e os interesses dos alunos, uma
Se na pedagogia tradicional a iniciativa cabia ao das suas fontes de seleção de objetivos, sugere uma
professor que era, ao mesmo tempo, o sujeito do identificação com idéias progressivistas e, conseqüen-
processo, o elemento decisivo e decisório; se na temente, um interesse em compreensão”. (1990, p.61).
pedagogia nova a iniciativa desloca-se para o alu- A ideologia reinante era a da eficiência e da
no, situando-se o nervo da ação educativa na re-
racionalidade, e no campo de currículo a ênfase é dada
lação professor-aluno, portanto, relação inter-
pessoal, intersubjetiva – na pedagogia tecnicista,
ao tecnicismo e ao planejamento; as discussões filosó-
o elemento principal passa a ser a organização ficas e de princípios foram substituídas pelo “como fa-
racional dos meios, ocupando professor e aluno zer”; a educação ficou caracterizada pela separação
posição secundária, relegados que são à condi- entre a teoria e a prática; há uma supervalorização das
ção de executores de um processo cuja concep- especializações - Taylorismo na educação; a disciplina
ção, planejamento, coordenação e controle ficam Currículos e Programas foi introduzida nas Faculda-
a cargo de especialistas supostamente habilitados, des de Educação (Lei 5540/68); ensinava-se o como
neutros, objetivos, imparciais. A organização do fazer, sem reflexão sobre o porquê fazer; não havia
processo converte-se na garantia da eficiência, relação entre educação e sociedade, entre currículo e
compensando e corrigindo as deficiências do pro- sociedade.
fessor e maximizando os efeitos de sua interven- São as Teorias Tradicionais de Currículo que
ção. (1993, p. 24)
estão dominando o ideário pedagógico brasileiro nes-
Desta maneira, pode-se entender a face con- se momento histórico.
servadora da escola brasileira nessa época e tecer co- Na década de 80, com a crítica ao tecnicismo,
mentários sobre seus pressupostos, que conforme Veiga verifica-se que o pensamento pedagógico brasileiro
(1989), estão ligados à doutrina liberal, tendo como desenvolveu-se e alcançou acentuada autonomia, a in-
preocupação básica o cultivo individual, preparando o fluência de Marx e Gramsci aumentou consideravel-
homem para o desempenho de papéis sociais, facili- mente e verifica-se a expressão de uma política edu-
tando a divisão técnica e social do trabalho e reforçan- cacional alternativa, intensificando-se a tendência críti-
do as desigualdades sociais porque se propõe a igua- ca com educadores identificados com a concepção de
lar indivíduos desiguais; quer dizer, a escola conserva- Educação Popular e da Pedagogia Histórico-crítica
dora é completamente divorciada da realidade históri- – alguns até ocupam espaços na política tentando im-
co-social da qual é parte. plantar suas idéias, neutralizar posições e orientações
A organização escolar é racionalizada e faz par- conservadoras e lutar pela questão do ensino básico
te da lógica do capital, onde o controle da minoria so- universal de boa qualidade.
bre a maioria gera conflitos intensos, pois “quanto mais Com uma abordagem completamente nova e
racionalizada for a organização escolar, mais o profes- diferente das obras sobre currículo, conhecidas no
sor perderá o controle de seu próprio trabalho e mais Brasil, Antonio Flávio Barbosa Moreira publica sua
se transformará em um simples executor”. (SANTOS, tese de doutoramento “Currículos e programas no Bra-
1996, p.410). sil” (1990), defendida no Instituto de Educação da
A prática pedagógica dessa escola ocorre de Universidade de Londres, sob a orientação de Michael
uma forma acrítica, não-criativa, mecanizada, onde os Young e Robert Cowen; oferecendo uma perspectiva
instrumentos utilizados levam a uma dicotomia entre o crítica sobre o desenvolvimento teórico do campo
pensar e o fazer, entre a concepção e a execução, vi- curricular no Brasil, dando início a um sem número de
sando à racionalidade, à eficácia e à produtividade, trabalhos na área.
deixando de lado as questões referentes aos funda- Enfim, nos anos 80 e 90 multiplicam-se os estu-
mentos do currículo. dos no campo de currículo pautados pela Teoria Críti-
No modelo técnico-linear o especialista domina ca de Currículo, e inúmeros educadores têm seus tra-
o processo com a intenção de garantir o controle e balhos divulgados pela ANPED, ANDE, FDE e ou-
maximizar o rendimento. tras entidades e em revistas e periódicos da área edu-
Publ. UEPG Ci. Hum., Ci. Soc. Apl., Ling., Letras e Artes, Ponta Grossa, 11 (1) 59-69, jun. 2003
8. 66
cacional brasileira. James B. MacDonald (1975) e por ele divulgada e
Com relação às teorias, Silva comenta que tan- aplicada para a realidade brasileira.
to as teorias educacionais quanto as teorias de currí- Domingues apresenta o esboço do esquema
culo apresentam afirmações de como as coisas deve- conceitual que serviu de alicerce para sua reflexão, da
riam ser, e que é importante adotarmos uma noção de seguinte maneira:
teoria a partir da noção de “discurso”, quer dizer:
James B. Macdonald assume duas premissas bá-
uma definição não nos revela o que é, essencial- sicas no campo de currículo: a) o interesse huma-
mente, o currículo: uma definição nos revela o que no: técnico, de consenso e emancipador, é a raiz
uma determinada teoria pensa o que o currículo de todo o pensamento curricular; b) as diferenças
é. (...) a questão central que serve de pano de básicas no pensamento curricular surgem dos di-
fundo para qualquer teoria do currículo é a de saber ferentes enfoques de pesquisa usados na sua cons-
qual conhecimento deve ser ensinado.(...) que o trução: empírico-analítico, histórico-hermenêutico
conhecimento que constitui o currículo está e praxiológico. De posse dessas premissas, James
inextricavelmente, centralmente, vitalmente, en- B. Macdonald considera serem três os paradigmas
volvido naquilo que somos, naquilo que nos torna- de desenvolvimento de currículo, cada um ligado
mos: na nossa identidade, na nossa subjetividade. a um dos interesses humanos. O interesse técni-
(2001, p. 14 -15) co comanda o paradigma técnico-linear, cuja fon-
te é o pensamento de Ralph Tyler (1949); o inte-
Vários teóricos classificaram as posturas curri- resse no consenso orienta o paradigma circular-
culares mais freqüentes na prática dos professores, consensual, bem caracterizado nos artigos de
agrupando-as desde as mais tradicionais até às mais Maxine Greene (1975) e de William F. Pinar
progressistas, em busca de teorização em currículo, (1975); e, finalmente, o paradigma dinâmico-
de forma a simplificar e dar significado a este novo dialógico, assim chamado por emergir do proces-
campo de estudo em educação. so dialógico, com o interesse de emancipação, tem
Encontramos na literatura, várias classificações em Michael Apple (1975) e Henry Giroux (1983)
de paradigmas curriculares, entre elas, a de McNeil dois dos seus mais proeminentes porta-vozes.
(1973), que descreve os paradigmas: humanístico, aca- (1986, p. 48-49)
dêmico, tecnológico e de reconstrução social e a de
Eisner e Vallance (1974) que identificaram os seguin- Recentemente, Tomaz Tadeu da Silva (2001, p.
tes paradigmas curriculares: racionalismo acadêmico, 17), agrupa as teorias curriculares em grandes catego-
processo cognitivo, tecnologia do ensino, experiência rias de teoria de acordo com os conceitos que elas,
consumatória e reconstrução social. respectivamente, enfatizam, são as Teorias TRADI-
No Brasil, José Luiz Domingues (1986), reali- CIONAIS, CRÍTICAS E PÓS-CRÍTICAS, confor-
zou uma classificação baseada nos interesses cognitivos me quadros a seguir, que aprofundaremos em outra
de Jürgen Habermas, elaborada originalmente por oportunidade.
TEORIAS TEORIAS CRÍTICAS TEORIAS PÓS-
TRADICIONAIS ideologia CRÍTICAS
ensino reprodução cultural e identidade, alteridade,
aprendizagem social / poder diferença
avaliação classe social subjetividade
metodologia capitalismo significação e discurso
didática relações sociais de saber-poder
organização produção conscientização representação
planejamento emancipação e libertação cultura
eficiência currículo oculto gênero, raça, etnia,
objetivos resistência sexualidade
multiculturalismo
Publ. UEPG Humanit. Sci., Appl. Soc. Sci., Linguist., Lett. Arts, Ponta Grossa, 11 (1) 59-69, jun. 2003
9. 67
Silva (2001) traça um panorama de currículo 4. Finalizando com considerações sobre o
desde sua gênese, nos anos vinte até agora, perpas- paradigma crítico
sando pelas teorias tradicionais e críticas até chegar às
teorias pós-críticas. Aponta o poder como ponto de O paradigma crítico, no Brasil, teve seus pri-
separação entre as teorias tradicionais e as críticas e meiros sinais com a tradução dos livros de Apple 5 e
pós-críticas, pois considera que na perspectiva pós- Giroux 6 , que podem ser consideradas obras clássicas
estruturalista, o currículo é uma questão de poder, pois na literatura sobre currículo, principalmente com as
selecionar, privilegiar um conhecimento, destacar uma contribuições significativas oferecidas pelo paradigma
identidade ou subjetividade, são operações de poder. dinâmico-dialógico na construção do pensamento
Enquanto as teorias tradicionais consideram-se curricular: currículo oculto e conflito no currículo.
neutras, científicas e desinteressadas, as críticas e pós- Em sua análise crítica, Moreira (1990) tenta mos-
críticas, contrariamente, argumentam que não existem trar que Domingues “não nos possibilita uma visão mais
teorias neutras, científicas e desinteressadas, e sim integrada das teorias dos dois especialistas. [...] limita-
implicadas em relações de poder. se aos primeiros estágios de seus pensamentos”, mas
As teorias pós-críticas apresentam-se no Brasil, concorda com Domingues apontando duas falhas
de forma tênue e sem muita ênfase, ainda, pois os cur- observáveis quanto ao discurso crítico em geral e aos
rículos abordam poucas questões que as representam trabalhos de Apple e Giroux em particular, diz que
através dos Temas Transversais (Ética, Saúde, Orien- apresentam”
tação Sexual, Meio Ambiente, Trabalho e Consumo e
(...) argumentos muito complexos e falta de reco-
Pluralidade Cultural), propostos nos Parâmetros mendações práticas. Se os professores e espe-
Curriculares Nacionais. (BRASIL, 1998) cialistas em currículo não entenderem o que os
Embora este conceitual referente às Teorias autores críticos propõem e não receberem orien-
Curriculares se apresente de forma pura, como mode- tações mais precisas que os ajudem a lidar com
los educacionais, ele tem por objetivo esclarecer os as situações concretas de suas práticas, será difí-
enfoques de cada posição oferecendo ao educador um cil que a tendência crítica venha a ser aplicada
referencial para a análise de suas posições curriculares, nas escolas.(ibid, p.76)
sendo importante esclarecer que
Comprovou-se essa preocupação, também no
4
... da mesma forma que existe um ‘continuum’ que se refere ao embasamento filosófico da pedagogia
entre as orientações filosóficas em educação, este histórico-crítica ou pedagogia dos conteúdos e sua
estará subjacente nas orientações curriculares, na aplicação na prática, pois as questões centrais dos pro-
medida em que estas são fundamentadas naque- fessores eram: Como trabalhar em sala de aula, a par-
las. O confronto, portanto, das descrições de cada
tir da experiência concreta do aluno, trazida de seu
posição em sua forma pura poderá revelar uma
distância maior do que na realidade existe, princi-
meio social? Quais são as ações pedagógicas concre-
palmente na medida em que essas formas ideais tas para que se efetue a mediação entre o saber esco-
não são encontradas na prática educacional. lar e as condições reais e sociais de existência dos alu-
(YAMAMOTO e ROMEU, 1983, p.111) nos?
4
“Existe um ‘continuum’ quando cada uma das filosofias toma algo emprestado às outras, mas cada uma delas incorpora à sua unidade orgânica aquilo
que tomou à outra”. (BRAMELD, 1967, p.41)
5
APPLE, Michael W. Ideologia e currículo. São Paulo, Brasil: Brasiliense, 1982
APPLE, Michael W. Educação e poder. Porto Alegre, RS, Brasil: Artes Médicas, 1989
6
GIROUX, Henry. Pedagogia radical: subsídios. São Paulo, Brasil: Cortez: Autores Associados, 1983
Publ. UEPG Ci. Hum., Ci. Soc. Apl., Ling., Letras e Artes, Ponta Grossa, 11 (1) 59-69, jun. 2003
10. 68
Que conteúdos devem ser selecionados? Como se que o campo específico de currículo está altamente
se garante a apropriação crítica desses conteú- influenciado por um conjunto de valores educacionais,
dos? Como resolver a questão transmissão/assi- a respeito dos quais é extremamente necessário que se
milação ativa? Como interligar conteúdos e con- defina, dentro de um quadro de referência teórica, his-
dições sociais concretas de vida, sem ficar na pura tórica e política.
transmissão ou na simples constatação da experi-
Tomar decisões curriculares é essencialmente
ência vivida? (LIBÂNEO, 1990, p.121)
tomar decisões de valor, e decidir-se por uma defini-
Surgem duas linhas críticas no Brasil, a primeira ção de currículo está em se definir por uma determina-
acredita que o currículo deve se preocupar com a trans- da concepção, que inclui compromissos sociais e polí-
formação social; deve levar os alunos à reflexão crítica ticos; uma vez tomadas essas decisões, a definição
e à conseqüente desmistificação dos conteúdos assume significado.
curriculares; à libertação das classes populares da Para discutir currículo é necessário conhecer e
opressão sofrida, através da vivência das premissas entender as diversas concepções curriculares existen-
pelo currículo. tes, pois elas implicam em visões filosóficas a respeito
do mundo, do homem, da educação.
A recuperação da escola pública é vista como “Toda concepção curricular implica sempre uma
nuclear nessa posição, podendo ser instrumento determinada proposta pedagógica (uma proposta so-
de transformação do social, devendo distribuir o bre o que e como se deve ensinar, aprender ou avaliar,
conhecimento dentro de um projeto emancipador, o papel dos diferentes sujeitos em tudo isso, seus mo-
assegurando o acesso ao conjunto da cultura dos dos de se relacionar etc.) e reflete uma determinada
homens na sua trajetória histórica. Deve ser exi- concepção, não só do educativo, mas do social, do
gente para instruir e flexível nos seus métodos. político, do cultural etc.” (TORRES, 1995, p. 16)
(CASTANHO, 1995, p.12) Se todo trabalho pedagógico fundamenta-se em
pressupostos de natureza filosófica, ao desenvolver a
A segunda tendência acredita que o currículo não sua prática, o educador torna evidente suas opções,
pode corrigir os defeitos de uma sociedade de classes, que se concretizam no desenvolvimento do currículo:
porque ele faz parte destes defeitos, as mudanças só ora assumindo posturas mais conservadoras, ora de-
podem acontecer fora da escola, mediante a ruptura monstrando atitudes mais renovadoras.
social e política, o currículo deve oportunizar a alunos Sendo assim, não existe a mais nova ou a me-
e professores o direito e a responsabilidade de lhor definição de currículo, porque uma vez que impli-
engajamento político em partidos e sindicatos; o currí- ca uma posição de valor, tal definição vai ser melhor
culo é entendido como ato ou atividade global de toda para um grupo que opta por determinados valores; o
a sociedade. que pode ser a melhor definição para se trabalhar em
um determinado grupo, porque ele fez opções, pode
O conhecimento não pode ser doado, trazido de
fora para dentro; deve resultar de uma vivência,
não ser válido para outro grupo, porque ele fez outras
de uma prática de vida, de uma comunicação opções.
intersubjetiva. Ao professor compete ir junto, mas Acreditando que a educação não prescinde de
lhe é negado intervir: seja para estabelecer o pro- uma filosofia, adota-se a noção de currículo de
grama, seja para exigir conhecimentos. Yamamoto e Romeu (1983, p. 117) “(...) como uma
(DOMINGUES, 1986, p.59) filosofia de vida em ação. (...) Nenhum trabalho peda-
gógico está desprovido de um referencial de valores
Enfim, para discutir currículo de uma forma crí- que, consciente ou não, em última análise, representa a
tica, é necessário saber que essa discussão de currícu- visão que o educador tem do mundo, das pessoas e
lo precisa ser realizada num sentido amplo e abrangente, de si mesmo”.
não se limitando a problemas técnicos como aconte- A caminhada conceitual e histórica realizada re-
ceu em muitos momentos da história, mas sim, vela que as conceituações de currículo são produções
extrapolando esses problemas técnicos, entendendo- humanas que estão marcadas pelas opções valorativas
Publ. UEPG Humanit. Sci., Appl. Soc. Sci., Linguist., Lett. Arts, Ponta Grossa, 11 (1) 59-69, jun. 2003
11. 69
do homem, realizadas em cada tempo e lugar, cons- H (Org.) Currículo, conhecimento e sociedade. São Paulo:
truindo a concepção curricular vigente, sempre com a FDE, Série Idéias, n. 26, 1995.
idéia de que ela é a mais nova e a melhor para o con- 10 SANTOS, L.; MOREIRA, A. F. Currículo: questões de
texto vivido. seleção e de organização do conhecimento. In: TOZZI,
D.(Coord.) Currículo, conhecimento e sociedade. São Paulo:
FDE, Série Idéias, n. 26, 1995.
11 SAVIANI, D. Escola e democracia. 27 ed. Campinas, SP:
Editora Autores Associados, 1993.
REFERÊNCIAS
1 APPLE, M.W. Educação e poder. Porto Alegre, RS: Artes 12 SAVIANI, N. Currículo e matérias escolares: a importância
Médicas,1989. de estudar sua história. In: TOZZI, D. (Org.) Currículo,
conhecimento e sociedade. São Paulo: FDE, Série Idéias, n. 26,
2 BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros 1995.
Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino
fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998. 13 SCHWAB, J. The practical: A language for curriculum. In:
WESTBURY & WILKOF N. J.(Eds.) Science, curriculum, 1970.
3 CASTANHO, M.E. Paradigmas de currículo diante da nova
14 SILVA, T. T. Descolonizar o currículo: estratégias para uma
ordem mundial. In: Seminário sobre currículo. Série Idéias,
pedagogia crítica. In: COSTA, M. V. Escola básica na virada do
n. 1. Campinas, SP: PUCCAMP, 1995.
século: Cultura, política e currículo. São Paulo: Cortez,1996.
4 DOMINGUES, J. L. Currículo como atividade intencional. In:
15 _____. Documentos de identidade. Uma introdução às
CAPPELLETTI, I.; MASETTO, M. T. (Org.) Ensino superior:
teorias de currículo. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.
reflexões e experiências. São Paulo: PUC-SP-EDUC, 1986.
16 TORRES, R. M. Que (e como) é necessário aprender?
5 LIBÂNEO, J. C. Democratização da escola pública: a
Necessidades básicas de aprendizagem e conteúdos cur-
pedagogia crítico-social dos conteúdos. 9. ed. São Paulo:
riculares. 2. ed. Campinas, SP: Papirus, 1995.
Loyola, 1990.
17 VEIGA, I. P. A. Escola, currículo e ensino. In: CARDOSO;
6 MOREIRA, A. F.B. Currículos e programas no Brasil.
VEIGA (Orgs.) Escola fundamental, currículo e ensino. 2. ed.
Campinas, SP: Papirus, 1990.
Campinas, SP: Papirus, 1995.
7 MOREIRA, A . F.; SILVA, T. T.. Sociologia e teoria crítica do
18 WARDE, M. J. Currículo e conhecimento: os impactos da
currículo: uma introdução. In: MOREIRA,A. F. B.; SILVA, T. T.
Psicologia. In: TOZZI, D. (Org.) Currículo, conhecimento e
(Orgs.) Currículo, cultura e sociedade. tradução de Maria
sociedade. São Paulo: FDE, Série Idéias, n. 26, 1995.
Aparecida Baptista. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1995.
19 YAMAMOTO M. P.; ROMEU, S. A. Currículo: teoria e
8 PEDRA, J. A. Currículo, conhecimento e suas represen-
prática. In: D’ ANTOL. (Org.) Supervisão e currículo: Rumo a
tações. Tese para professor titular. Universidade Federal do
uma visão humanista. São Paulo: Pioneira, 1983.
Paraná, 1992.
9 SANTOS, B. S. Para uma pedagogia do conflito. In: SILVA, L.
Publ. UEPG Ci. Hum., Ci. Soc. Apl., Ling., Letras e Artes, Ponta Grossa, 11 (1) 59-69, jun. 2003