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História da Maconha
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Cristóvão Colombo - 1492
Pedro Álvares Cabral - 1500
Grécia Antiga
Heródoto: pai da história
O cultivo da planta também era destinado para extração de produtos
industriais como as fibras utilizadas nas cordas das embarcações.
História da Maconha
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Cannabis X Cânhamo
Cannabis/Maconha Cânhamo
% THC Em média 5% de THC Menos de 0,3% de THC
Folhagem Mais larga e curta Mais fina e alongada
Cultivo
Cresce em condições específicas de temperatura e
umidade
Cresce praticamente em qualquer condição
Uso
Uso medicinal e terapêutico pelas propriedades do
THC e CBD / Uso ilícito
Uso industrial para alimentação, têxteis, papel,
cosméticos
Imagem
História da Maconha
Antiguidade aos Dias Atuais
1764 – imperador francês
Napoleão Bonaparte invade o Egito
1843 - médico irlandês
Willian O’Shaughnessy
Utilizada nos EUA como
remédio, a partir de
1850. Foto: BBC
História da Maconha
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- ˝cigarros índios˝ -
cannabis vendida livremente
em SP no início do século 20.
Cigarrilhas Grimault
Importadas da França
Jornal Estadão - 1919
História da Maconha
Antiguidade aos Dias Atuais
1937 - Marijuana Tax Act – Lei federal
proibição de posse e venda da cannabis
1942 - HEMP FOR VICTORY – filme americano para
incentivo da plantação de cânhamo.
História da Maconha
Antiguidade aos Dias Atuais
Dr. Raphael Mechoulam - 1964
Elisaldo Carlini Professor e Pesquisador da
UNIFESP - 1980
História da Maconha
Antiguidade aos Dias Atuais
Cesamet (Nabilone) 1981
Marinol - 1985
Estudos THC e
CBD - 1990
Fonte: Revista Isto É - 2014
O princípio ativo
Cannabis sativa
Tem suas folhas do terço superior e suas flores (das plantas
femininas) recobertas por pelos secretores chamados tricomas.
No topo dos tricomas existe uma glândula que concentra uma
grande quantidade de substâncias que recebem a denominação de
canabinoides.
O rompimento dessas glândulas libera canabinoides ativos, que
constituem a resina que as recobre.
O princípio ativo
Canabinoides
Hoje são conhecidos cerca de cem canabinóides, com pouca ou
nenhuma psicoatividade, porém com outros efeitos, muito deles com
potencial terapêutico.
Ambos possuem a mesma estrutura molecular, com uma sutil alteração
na organização dos átomos que torna as suas propriedades sensivelmente
diferentes.
Os canabinoides mais estudados em todo
o mundo são:
♦ Tetra-hidrocanabinol (THC)
♦ Canabidiol (CBD)
O Canabidiol
Canabidiol – CBD
É um canabinoide obtido do extrato da maconha. Ele é biologicamente
ativo, porém não tem efeito psicoativo.
Estudos observam o uso do CBD em diversos tratamentos como:
→ Ansiedade, Depressão, Distúrbios do sono, Glaucoma, Epilepsia
Anticonvulsivante, câncer, dores crônicas, náuseas e vômitos
(origem oncológica), Parkinson, Alzheimer, Autismo, Esclerose
múltipla.
O CBD possui potencial terapêutico e tem
gerado grande interesse de estudo, pois
não produz euforia e tem baixo potencial
de abuso ou dependência.
O THC
Tetra-Hidronabinol – THC
É um tipo de canabinoide psicoativo, sendo o mais abundante e o
principal responsável pelos efeitos psicoativos derivados do consumo
da maconha.
Os efeitos causados pelo THC são agitação, confusão mental,
alterações na percepção de tempo e espaço, entre outros.
Entre os mecanismos de ação do THC no
organismo, tem sido sugerido que ele inibe a
liberação de dopamina em diversas regiões do
cérebro.
► Marijuana ou maconha: preparada a partir das folhas secas,
flores e pequenos troncos da Cannabis Sativa.
(2 a 5% de THC)
► Óleo de cannabis ou Óleo de haxixe“: preparado a partir da
mistura da resina com um dissolvente (acetona, álcool ou
gasolina), que se evapora em grande medida e dá lugar a
uma mistura viscosa, cujas quantidades em THC são muito
elevadas (até 85%).
► Haxixe: preparado a partir da resina extraída dos tricomas
das folhas da Cannabis sativa ou Cannabis Indica. Utilizado
como entorpecente, que pode ser fumado ou ingerido. (até
20% de THC)
► Skunk/Skank: produzida mediante cruzamentos de
várias espécies do mesmo gênero e cultivada em ambiente
controlado. (Cannabis sativa, Cannabis indica e Cannabis ruderalis)
(até 15% de THC)
Endocanabinoide
Nos anos 90, pesquisadores demonstraram a existência em nosso
cérebro de receptores específicos para canabinóides, e eles se
distribuem amplamente no encéfalo. Evidentemente, se há
receptores no organismo, há um ligante endógeno para esse receptor.
Em 1992 foi descoberta a etanolamina do ácido araquidônico, um
endocanabinoide que recebeu o nome de anandamida (do sânscrito
“ananda”, que significa felicidade suprema).
Apresentação
A maconha tipicamente, é fumada na forma de cigarro, popularmente
conhecido como “baseado”, mas também pode ser fumada no pipe
(cachimbo) ou no bong (narguile), instrumento que contém água e
aumenta a concentração da fumaça.
Outra forma de uso, que tem difundido nos últimos anos, é o
vaporizador, que por meio da vaporização de baixa temperatura,
apresenta mais segurança em relação à droga queimada de forma
convencional, por fornecer menos componentes de alto peso molecular.
Entretanto, essa ainda não é uma prática usada no Brasil, devido ao
seu custo alto.
Apresentação
Nas cidades Holandesas encontram-se locais onde turistas, usuários e
curiosos têm acesso à cannabis como por exemplo: os coffee shops,
smart shops, museu da cannabis.
Todos estes locais são usados como recurso turístico e um apelo à
tolerância entre os cidadãos, sendo possível o fácil acesso a esses
produtos fabricados ou aromatizados com a maconha.
Gel, xampu, sais de banho, creme dental e barras de sabonete:
Fonte: Jornal El Mundo – 17/01/2018.
Apresentação
Chás e barras de chocolate:
Pirulitos e chicletes:
Fonte: Jornal El Mundo – 17/01/2018.
Apresentação
Absorventes internos
Cremes regeneradores, protetores labiais e emplastros para calos
Fonte: Jornal El Mundo – 17/01/2018.
Apresentação
Produtos a base de cânhamo:
Fonte: https://usegreenco.com.br/blogs/pense-mais-verde/15-produtos-a-base-de-canhamo
Apresentação
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Alterações Psíquicas
Efeitos psíquicos:
♦ Alterações perceptivas: distorção na percepção temporal e
intensificação da percepção de sons e cores.
♦ Alterações no humor: arrogância, mas também irritabilidade ou
depressão.
♦ Efeitos sobre a ansiedade: tanto o relaxamento quanto a elevação da
ansiedade, chegando até a ocorrência de crises de pânico.
♦ Quadros psicóticos transitórios, com sintomas positivos e
negativos, em tudo semelhantes aos da esquizofrenia.
Cerca de 10 a 20 minutos após a aspiração da
fumaça oriunda da queima da maconha podem
ser observadas no usuário os seguintes efeitos
psíquicos e fisiológicos.
Alterações Físicas
Cerca de 10 a 20 minutos após a aspiração da fumaça oriunda da
queima da maconha podem ser observadas no usuário os seguintes
efeitos psíquicos e fisiológicos.
Efeitos físicos:
♦ Taquicardia
♦ Elevação da pressão arterial quando
sentado, seguido de queda ao levantar
♦ Enrubescimento das conjuntivas
♦ Boca seca
♦ Prostração
♦ Aumento do apetite
Metabolismo
Quanto tempo o THC permanece no organismo?
O THC permanece no organismo por até mesmo várias semanas. A
duração vai ser determinada por diferentes fatores, como frequência
de uso, taxa metabólica individual e porcentagem de gordura
corporal.
Metabolismo
Tempo Individual de Metabolização
Depois de consumido, o THC é rapidamente decomposto e
transformado em moléculas chamadas “metabólitos”.
Mais de 100 metabólitos de THC foram identificados e suas meias-
vidas diferem bastante – alguns deles têm uma meia-vida de 20
horas, enquanto outros podem ficar armazenados no tecido adiposo
por dias ou semanas.
Metabolismo
Métodos de Testes para THC
De acordo com um artigo de 2004 publicado no jornal Therapeutic
Drug Monitoring (Monitoramento de Medicamentos Terapêuticos), “o
tempo de detecção é maior no cabelo, seguido pela urina, suor, fluido
oral e sangue”.
♦ Teste do Folículo Piloso:
- podem avaliar o uso prévio de drogas por até 90 dias
♦ Teste de urina:
- é o tipo mais comum para THC
Metabolismo
Métodos de Testes para THC
♦ Teste de saliva:
- A cannabis também é detectável na saliva
♦ Exame de sangue:
- Semelhante aos outros métodos de teste de cannabis, o período de
detecção do metabólito de THC no sangue depende da frequência de
uso da substância.
♦ Teste de suor:
- é um método não-invasivo de detecção da cannabis comumente usado
na Justiça criminal e nos ambientes de trabalho.
Cognição
Segundo vários autores, o uso crônico de maconha pode provocar
déficits cognitivos, alterações em funções associadas direta ou
indiretamente ao córtex pré-frontal, principalmente quando o uso dessa
substância ocorreu durante a adolescência.
(Bolla et al., 2002; Solowij et al., 2002; Rigoni et al., 2007; Hess, A M, 2012)
O uso crônico de maconha pode levar a déficits de
aprendizagem e memória e diminuição progressiva
da motivação, sendo que seu uso por adolescentes
está relacionado a dificuldades de aprendizagem e
repetência escolar.
(Lemos e Zaleski, 2004)
Ansiedade e Sintomas psicóticos
Uma minoria das pessoas que usam maconha pela
primeira vez sente-se nauseada, sendo que muitas
podem apresentar crises de ansiedade e chegar a
apresentar ataques de pânico e alucinações.
As alucinações também podem ocorrer após o uso de
doses muito elevadas de THC e de doses mais baixas
em indivíduos com vulnerabilidade preexistente a
psicose (seja por apresentar sintomas psicóticos
prévios, seja por ter familiares com perturbação
psicótica).
Efeitos fora do SNC
A maconha fumada libera componentes semelhantes ao do tabaco,
porém com mais substâncias particuladas e cancerígenas.
De qualquer forma, os efeitos do fumar crônico são bem conhecidos e
incluem alterações inflamatórias no trato respiratório, como bronquite
crônica, dispneia e produção de catarro infectado.
Como ela geralmente é fumada em conjunto
com o tabaco, é difícil separar seus efeitos a
longo prazo.
Associação com a Psicose
O que sabemos com certeza é que o uso de maconha pode desencadear
psicoses em usuários normais, bem como pode provocar surtos
psicóticos em esquizofrênicos que tinham seus sintomas controlados
com antipsicóticos.
O que ainda não podemos afirmar com total segurança é que o
uso de maconha desencadeie quadros psicóticos duradouros,
mesmo na ausência do consumo dessa substância.
Associação com a Psicose
A associação entre o uso da maconha e sintomas
psicóticos é longamente descrita na literatura,
desde o século XIX (Moreau de Tours, 1845).
Nos últimos anos, principalmente a partir da década de 80, houve
registros consistentes da associação entre o uso da maconha e
sintomas psicóticos.
Moreau de Tours, psiquiatra francês, foi o primeiro médico a fazer um trabalho sistemático
sobre o efeito das drogas no SNC.
Cannabis no Mundo
A cannabis é a terceira substância controlada mais comumente
usada em todo o mundo, depois do álcool (1ª) e do tabaco (2ª).
Em 2018, as Nações Unidas estimou que 192 milhões de pessoas
ou 3,9% da população adulta global havia usado cannabis no ano
anterior.
Prevalência
A prevalência do uso de cannabis em 2017 varia
substancialmente entre países e regiões:
 América do Norte (12,4%),
 África Ocidental e Central (12,4%)
 Oceania (10,3%)
 Ásia (1,8%)
 Norte da África (4,3%)
 Leste e Sul da Europa (2,4%)
Prevalência
A prevalência do uso de cannabis é baixa na
Ásia em comparação com outras regiões mas
o uso aumentou em regiões de baixa e média
renda, como o Uruguai, desde 2011.
Nos EUA, o número de indivíduos que usaram
cannabis diminuiu entre o final dos anos 1970
e o início dos anos 1990.
Em 1992, o risco de dependência ao longo da vida entre aqueles que já
experimentaram cannabis foi estimado em 9%, o que era inferior aos
riscos para tabaco (32%), heroína (23%), cocaína (17%) e álcool (15%).
Na Europa, as regiões oeste e central têm taxas de uso mais altas do que
as regiões leste e sudeste, e o uso de cannabis tem se mantido estável
na Europa central e ocidental na última década.
Dependência
O transtorno por uso de cannabis é amplamente definido como a
incapacidade de parar de consumir cannabis, mesmo quando ela
está causando danos físicos ou psicológicos.
O THC presente na maconha interage com receptor canabinoide
CB1 no cérebro para produzir os efeitos eufóricos (“o barato”)
procurados por pessoas que usam cannabis.
Maconha e o Diagnóstico Psiquiátrico
CID-10 (OMS, 1992)
F12: Transtornos mentais e comportamentais decorrentes do uso de
canabinoides
F12.0 : Intoxicação aguda
F12.1 : Uso nocivo
F12.2 : Síndrome de dependência
F12.3 : Estado de abstinência
F12.4 : Estado de abstinência com delirium
F12.5 : Transtorno psicótico
F12.6 : Síndrome amnésica
F12.7 : Transtorno psicótico residual e de início tardio
F12.8 : Outros transtornos mentais e do comportamento
F12.9 : Transtorno mental e de comportamento não especificado
DSM-5 (APA, 2013)
♦ Transtornos Relacionados a Cannabis
♦ Transtorno por Uso de Cannabis (Leve/Moderado /Grave)
♦ Intoxicação por Cannabis (Sem/Com perturbações da percepção)
♦ Abstinência de Cannabis
♦ Outros Transtornos Induzidos por Cannabis
♦ Transtorno Relacionado a Cannabis Não Especificado
Maconha e o Diagnóstico Psiquiátrico
Dados sobre Anvisa
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou por
unanimidade no dia 03/12/2019, o registro de produtos derivados
de Cannabis para uso medicinal.
A norma ao entrar em vigor beneficiará mais de 7.000 pessoas que
têm prescrição médica para uso desses produtos no tratamento,
por exemplo, de epilepsia e dor crônica.
Fonte: aosfatos.org, 2018
Dados sobre Anvisa
A decisão, que deve ser revista em 2022, só permite que os
produtos com substrato da erva sejam consumidos caso haja
prescrição médica, não libera o uso recreativo da maconha nem o
seu plantio.
Fonte: aosfatos.org, 2018
Dados sobre Anvisa
Foram estabelecidas, no entanto, diversas regras para o
comércio: as embalagens, por exemplo, deverão conter tarja
preta e não poderão citar termos como “medicamentos”,
“natural” ou “suplemento”, nem símbolos ou figuras que possam
atribuir finalidades diferentes daquelas que possuem.
Fonte: aosfatos.org, 2018
Os produtos também não poderão ser
fabricados nem comercializados em
farmácias de manipulação.
Dados sobre Anvisa
O canabidiol é usado no Brasil para tratar principalmente casos de
epilepsia, mas também é receitado para pessoas com autismo, dor
crônica, Mal de Parkinson e transtornos de ansiedade.
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), há evidências
científicas de que produtos à base de Cannabis podem aliviar
náuseas e vômitos em estágios avançados de câncer ou Aids.
Fonte: aosfatos.org, 2018
Dados sobre Anvisa
Mas o primeiro país a legalizar a maconha medicinal foi Israel em
1993, que permitiu o uso por pessoas com câncer, Mal de Parkinson e
doença de Crohn. Atualmente, segundo informações do governo
israelense, o mercado da Cannabis para fins médicos já atende mais de
50 mil pacientes no país.
Fonte: aosfatos.org, 2018
Dados sobre Anvisa
A decisão, portanto, não trata do plantio nem do consumo
recreativo da planta.
Nem mesmo as empresas farmacêuticas no Brasil que decidirem
entrar nesse mercado terão permissão para o cultivo da maconha.
Fonte: aosfatos.org, 2018
Elas deverão importar matéria-prima semielaborada, ou seja, não
podem comprar a planta ou parte dela.
Dados sobre Anvisa
Pelo menos 18 países ocidentais já aprovaram leis para o plantio
de maconha com fins medicinais.
De acordo com o levantamento publicado em 2017 pelo EMCDDA:
Alemanha, Austrália, Canadá, Chile, Colômbia, Holanda, Israel,
Jamaica, Reino Unido, República Tcheca, Uruguai e alguns estados
dos Estados Unidos.
Após o estudo, pelo menos outros seis países também legalizaram
o plantio de alguma maneira:
África do Sul, Grécia, Lesoto, Peru, Portugal, Suíça e Tailândia.
Fonte: aosfatos.org, 2018
Uso Medicinal
• É aprovado, no país, o registro do medicamento Mevatyl® (Solução
oral em Spray), à base de THC e Canabidiol, indicado para o
tratamento sintomático da espasticidade moderada a grave
relacionada à esclerose múltipla.
- tetraidrocanabinol (THC) 27mg/mL + canabidiol (CBD) 25mg/mL)
(canabinoides obtidos a partir da Cannabis sativa)
Mevatyl® - primeiro medicamento à base de
Cannabis sativa.
Registro ANVISA nº 1697700030014
16 de janeiro de 2017.
Fonte:
https://consultas.anvisa.gov.br/#/medicamentos/
25351738074201441/
Uso Medicinal
Diário Oficial da União
“Define os critérios e os procedimentos para a importação de
Produto derivado de Cannabis, por pessoa física, para uso próprio,
mediante prescrição de profissional legalmente habilitado, para
tratamento de saúde”.
Publicação: 27 de janeiro de 2020
RESOLUÇÃO - RDC Nº 335, DE 24 DE JANEIRO DE 2020
Órgão: Ministério da Saúde/Agência da Vigilância Sanitária/Diretora Colegiada
Tratamento
A literatura tem demonstrado que vários tratamentos ambulatoriais
psicossociais/comportamentais são eficazes para promover a redução e
a abstinência do uso de Cannabis.
A maior parte dos estudos com resultados promissores usou as técnicas
da terapia motivacional (TM), da terapia cognitivo-comportamental
(TCC) e do manejo de contingências (MC), todos também considerados
eficazes para outros transtornos por uso de substâncias.
Teoria Motivacional - TM
A Teoria Motivacional é centrada no paciente, que visa estimular a
mudança do comportamento, ajudando os pacientes a explorar e
resolver sua ambivalência em relação ao uso de Cannabis.
Teoria Cognitivo-Comportamental - TCC
A TCC busca ensinar o paciente a procurar as habilidades necessárias
para abandonar o uso de Cannabis e para evitar ou manejar outros
problemas que poderiam interferir na evitação do uso de drogas.
Manejo de contingências - MC
A técnica de manejo de contingências é baseada no uso sistemático de
consequências (recompensa ou punição) para motivar a manutenção da
abstinência de Cannabis.
O objetivo é aumentar os resultados positivos do tratamento.
(ex.: frequência aos grupos, conclusões de tarefas, manter a abstinência)
Método Minnesota
O Método Minnesota é um modelo de tratamento direcionado ao
dependente químico com uma abordagem bio-psico-social do
indivíduo, sendo eficaz no combate aos principais mecanismos de
defesa da doença (negação, racionalização, projeção, orgulho).
BIO
PSICO
SOCIAL
12 Passos
Desenvolvimento do processo de autoconhecimento, bem como a
reformulação como ser humano para serem reinseridos na
sociedade, fundamentando a sua recuperação em princípios
espirituais.
Bibliografia
♦ Diehl, A; Cordeiro, D; Laranjeira, R. Dependência Química: Tratamento e Políticas Públicas. 2ª
ed. Artmed, 2019
♦ Connor J.P., Stjepanovi D, Foll B.L, Hoch E, Budney A.J. e Hall W.D. Cannabis Use and
Cannabis Use Disorder. Nature Reviews – Disease Primers, 2021.
♦ https://www.cannabisesaude.com.br/sativa-indica-e-ruderalis-entenda-os-tipos-de-
cannabis/
♦ https://psicodelia.org/noticias/a-historia-da-maconha-a-droga-mais-polemica-do-mundo
https://www.scielo.br/j/jbpsiq/a/xGmGR6mBsCFjVMxtHjdsZpC/?lang=pt
♦ https://www.nationalgeographicbrasil.com/historia/2019/06/encontradas-evidencias-de-
fumo-de-maconha-ha-25-mil-anos
♦ https://institutodacannabis.wordpress.com/2012/03/20/breve-historia-da-cannabis/
♦ https://medicinanews.com.br/frente/frente_1/conheca-a-historia-da-cannabis-medicinal/
♦ https://infograficos.oglobo.globo.com/cultura/uso-da-maconha-medicinal-ao-logo-da-
historia.html
♦ https://www.biocasebrasil.com/2019/04/24/historia-da-cannabis-e-do-uso-canabinoides-
medicinais/
www.clinicajorgejaber.com.br

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  • 1. Maconha Centro de Estudos Terapeuta Ricardo Gestal Conselheiro Em Dependência Química na Clínica Jorge Jaber Estudante de Psicologia no IBMR 10/07/2021
  • 2. Imperador chinês: Shen Nong A Cannabis, está entre as plantas mais antigas cultivadas pelo homem, com indicações arqueológicas e históricas. Páginas do Pen ts’ao - Livro de medicina herbária chinesa História da Maconha Antiguidade aos Dias Atuais
  • 3. História da Maconha Antiguidade aos Dias Atuais Bian Que - “Doutor Milagre” Flor de Cannabis Flor Datura Bian Que, médico chinês, utiliza a flor de cannabis na prática médica.
  • 4. História da Maconha Antiguidade aos Dias Atuais Deusa egípcia - Seshat Papiro Ebers Papiro de Ramesseum III Papiro de Berlim Papiro de Chester Beatty VI A maconha é citada como medicamento no Egito antigo.
  • 5. História da Maconha Antiguidade aos Dias Atuais A planta é conhecida por ter sido usada pelos antigos hindus da Índia e do Nepal há milhares de anos. “Vedas” – o livro sagrado Consumidores de Bhang - Índia Shiva: um dos deuses do Hinduísmo
  • 6. História da Maconha Antiguidade aos Dias Atuais Cristóvão Colombo - 1492 Pedro Álvares Cabral - 1500 Grécia Antiga Heródoto: pai da história O cultivo da planta também era destinado para extração de produtos industriais como as fibras utilizadas nas cordas das embarcações.
  • 7. História da Maconha Antiguidade aos Dias Atuais Cannabis X Cânhamo Cannabis/Maconha Cânhamo % THC Em média 5% de THC Menos de 0,3% de THC Folhagem Mais larga e curta Mais fina e alongada Cultivo Cresce em condições específicas de temperatura e umidade Cresce praticamente em qualquer condição Uso Uso medicinal e terapêutico pelas propriedades do THC e CBD / Uso ilícito Uso industrial para alimentação, têxteis, papel, cosméticos Imagem
  • 8. História da Maconha Antiguidade aos Dias Atuais 1764 – imperador francês Napoleão Bonaparte invade o Egito 1843 - médico irlandês Willian O’Shaughnessy Utilizada nos EUA como remédio, a partir de 1850. Foto: BBC
  • 9. História da Maconha Antiguidade aos Dias Atuais - ˝cigarros índios˝ - cannabis vendida livremente em SP no início do século 20. Cigarrilhas Grimault Importadas da França Jornal Estadão - 1919
  • 10. História da Maconha Antiguidade aos Dias Atuais 1937 - Marijuana Tax Act – Lei federal proibição de posse e venda da cannabis 1942 - HEMP FOR VICTORY – filme americano para incentivo da plantação de cânhamo.
  • 11. História da Maconha Antiguidade aos Dias Atuais Dr. Raphael Mechoulam - 1964 Elisaldo Carlini Professor e Pesquisador da UNIFESP - 1980
  • 12. História da Maconha Antiguidade aos Dias Atuais Cesamet (Nabilone) 1981 Marinol - 1985 Estudos THC e CBD - 1990 Fonte: Revista Isto É - 2014
  • 13. O princípio ativo Cannabis sativa Tem suas folhas do terço superior e suas flores (das plantas femininas) recobertas por pelos secretores chamados tricomas. No topo dos tricomas existe uma glândula que concentra uma grande quantidade de substâncias que recebem a denominação de canabinoides. O rompimento dessas glândulas libera canabinoides ativos, que constituem a resina que as recobre.
  • 14. O princípio ativo Canabinoides Hoje são conhecidos cerca de cem canabinóides, com pouca ou nenhuma psicoatividade, porém com outros efeitos, muito deles com potencial terapêutico. Ambos possuem a mesma estrutura molecular, com uma sutil alteração na organização dos átomos que torna as suas propriedades sensivelmente diferentes. Os canabinoides mais estudados em todo o mundo são: ♦ Tetra-hidrocanabinol (THC) ♦ Canabidiol (CBD)
  • 15. O Canabidiol Canabidiol – CBD É um canabinoide obtido do extrato da maconha. Ele é biologicamente ativo, porém não tem efeito psicoativo. Estudos observam o uso do CBD em diversos tratamentos como: → Ansiedade, Depressão, Distúrbios do sono, Glaucoma, Epilepsia Anticonvulsivante, câncer, dores crônicas, náuseas e vômitos (origem oncológica), Parkinson, Alzheimer, Autismo, Esclerose múltipla. O CBD possui potencial terapêutico e tem gerado grande interesse de estudo, pois não produz euforia e tem baixo potencial de abuso ou dependência.
  • 16. O THC Tetra-Hidronabinol – THC É um tipo de canabinoide psicoativo, sendo o mais abundante e o principal responsável pelos efeitos psicoativos derivados do consumo da maconha. Os efeitos causados pelo THC são agitação, confusão mental, alterações na percepção de tempo e espaço, entre outros. Entre os mecanismos de ação do THC no organismo, tem sido sugerido que ele inibe a liberação de dopamina em diversas regiões do cérebro.
  • 17. ► Marijuana ou maconha: preparada a partir das folhas secas, flores e pequenos troncos da Cannabis Sativa. (2 a 5% de THC) ► Óleo de cannabis ou Óleo de haxixe“: preparado a partir da mistura da resina com um dissolvente (acetona, álcool ou gasolina), que se evapora em grande medida e dá lugar a uma mistura viscosa, cujas quantidades em THC são muito elevadas (até 85%). ► Haxixe: preparado a partir da resina extraída dos tricomas das folhas da Cannabis sativa ou Cannabis Indica. Utilizado como entorpecente, que pode ser fumado ou ingerido. (até 20% de THC) ► Skunk/Skank: produzida mediante cruzamentos de várias espécies do mesmo gênero e cultivada em ambiente controlado. (Cannabis sativa, Cannabis indica e Cannabis ruderalis) (até 15% de THC)
  • 18. Endocanabinoide Nos anos 90, pesquisadores demonstraram a existência em nosso cérebro de receptores específicos para canabinóides, e eles se distribuem amplamente no encéfalo. Evidentemente, se há receptores no organismo, há um ligante endógeno para esse receptor. Em 1992 foi descoberta a etanolamina do ácido araquidônico, um endocanabinoide que recebeu o nome de anandamida (do sânscrito “ananda”, que significa felicidade suprema).
  • 19. Apresentação A maconha tipicamente, é fumada na forma de cigarro, popularmente conhecido como “baseado”, mas também pode ser fumada no pipe (cachimbo) ou no bong (narguile), instrumento que contém água e aumenta a concentração da fumaça. Outra forma de uso, que tem difundido nos últimos anos, é o vaporizador, que por meio da vaporização de baixa temperatura, apresenta mais segurança em relação à droga queimada de forma convencional, por fornecer menos componentes de alto peso molecular. Entretanto, essa ainda não é uma prática usada no Brasil, devido ao seu custo alto.
  • 20. Apresentação Nas cidades Holandesas encontram-se locais onde turistas, usuários e curiosos têm acesso à cannabis como por exemplo: os coffee shops, smart shops, museu da cannabis. Todos estes locais são usados como recurso turístico e um apelo à tolerância entre os cidadãos, sendo possível o fácil acesso a esses produtos fabricados ou aromatizados com a maconha. Gel, xampu, sais de banho, creme dental e barras de sabonete: Fonte: Jornal El Mundo – 17/01/2018.
  • 21. Apresentação Chás e barras de chocolate: Pirulitos e chicletes: Fonte: Jornal El Mundo – 17/01/2018.
  • 22. Apresentação Absorventes internos Cremes regeneradores, protetores labiais e emplastros para calos Fonte: Jornal El Mundo – 17/01/2018.
  • 23. Apresentação Produtos a base de cânhamo: Fonte: https://usegreenco.com.br/blogs/pense-mais-verde/15-produtos-a-base-de-canhamo
  • 24. Apresentação Produtos a base de cânhamo: Fonte: https://usegreenco.com.br/blogs/pense-mais-verde/15-produtos-a-base-de-canhamo
  • 25. Apresentação Produtos a base de cânhamo: Fonte: https://usegreenco.com.br/blogs/pense-mais-verde/15-produtos-a-base-de-canhamo
  • 26. Apresentação Produtos a base de cânhamo: Fonte: https://usegreenco.com.br/blogs/pense-mais-verde/15-produtos-a-base-de-canhamo
  • 27. Alterações Psíquicas Efeitos psíquicos: ♦ Alterações perceptivas: distorção na percepção temporal e intensificação da percepção de sons e cores. ♦ Alterações no humor: arrogância, mas também irritabilidade ou depressão. ♦ Efeitos sobre a ansiedade: tanto o relaxamento quanto a elevação da ansiedade, chegando até a ocorrência de crises de pânico. ♦ Quadros psicóticos transitórios, com sintomas positivos e negativos, em tudo semelhantes aos da esquizofrenia. Cerca de 10 a 20 minutos após a aspiração da fumaça oriunda da queima da maconha podem ser observadas no usuário os seguintes efeitos psíquicos e fisiológicos.
  • 28. Alterações Físicas Cerca de 10 a 20 minutos após a aspiração da fumaça oriunda da queima da maconha podem ser observadas no usuário os seguintes efeitos psíquicos e fisiológicos. Efeitos físicos: ♦ Taquicardia ♦ Elevação da pressão arterial quando sentado, seguido de queda ao levantar ♦ Enrubescimento das conjuntivas ♦ Boca seca ♦ Prostração ♦ Aumento do apetite
  • 29. Metabolismo Quanto tempo o THC permanece no organismo? O THC permanece no organismo por até mesmo várias semanas. A duração vai ser determinada por diferentes fatores, como frequência de uso, taxa metabólica individual e porcentagem de gordura corporal.
  • 30. Metabolismo Tempo Individual de Metabolização Depois de consumido, o THC é rapidamente decomposto e transformado em moléculas chamadas “metabólitos”. Mais de 100 metabólitos de THC foram identificados e suas meias- vidas diferem bastante – alguns deles têm uma meia-vida de 20 horas, enquanto outros podem ficar armazenados no tecido adiposo por dias ou semanas.
  • 31. Metabolismo Métodos de Testes para THC De acordo com um artigo de 2004 publicado no jornal Therapeutic Drug Monitoring (Monitoramento de Medicamentos Terapêuticos), “o tempo de detecção é maior no cabelo, seguido pela urina, suor, fluido oral e sangue”. ♦ Teste do Folículo Piloso: - podem avaliar o uso prévio de drogas por até 90 dias ♦ Teste de urina: - é o tipo mais comum para THC
  • 32. Metabolismo Métodos de Testes para THC ♦ Teste de saliva: - A cannabis também é detectável na saliva ♦ Exame de sangue: - Semelhante aos outros métodos de teste de cannabis, o período de detecção do metabólito de THC no sangue depende da frequência de uso da substância. ♦ Teste de suor: - é um método não-invasivo de detecção da cannabis comumente usado na Justiça criminal e nos ambientes de trabalho.
  • 33. Cognição Segundo vários autores, o uso crônico de maconha pode provocar déficits cognitivos, alterações em funções associadas direta ou indiretamente ao córtex pré-frontal, principalmente quando o uso dessa substância ocorreu durante a adolescência. (Bolla et al., 2002; Solowij et al., 2002; Rigoni et al., 2007; Hess, A M, 2012) O uso crônico de maconha pode levar a déficits de aprendizagem e memória e diminuição progressiva da motivação, sendo que seu uso por adolescentes está relacionado a dificuldades de aprendizagem e repetência escolar. (Lemos e Zaleski, 2004)
  • 34. Ansiedade e Sintomas psicóticos Uma minoria das pessoas que usam maconha pela primeira vez sente-se nauseada, sendo que muitas podem apresentar crises de ansiedade e chegar a apresentar ataques de pânico e alucinações. As alucinações também podem ocorrer após o uso de doses muito elevadas de THC e de doses mais baixas em indivíduos com vulnerabilidade preexistente a psicose (seja por apresentar sintomas psicóticos prévios, seja por ter familiares com perturbação psicótica).
  • 35. Efeitos fora do SNC A maconha fumada libera componentes semelhantes ao do tabaco, porém com mais substâncias particuladas e cancerígenas. De qualquer forma, os efeitos do fumar crônico são bem conhecidos e incluem alterações inflamatórias no trato respiratório, como bronquite crônica, dispneia e produção de catarro infectado. Como ela geralmente é fumada em conjunto com o tabaco, é difícil separar seus efeitos a longo prazo.
  • 36. Associação com a Psicose O que sabemos com certeza é que o uso de maconha pode desencadear psicoses em usuários normais, bem como pode provocar surtos psicóticos em esquizofrênicos que tinham seus sintomas controlados com antipsicóticos. O que ainda não podemos afirmar com total segurança é que o uso de maconha desencadeie quadros psicóticos duradouros, mesmo na ausência do consumo dessa substância.
  • 37. Associação com a Psicose A associação entre o uso da maconha e sintomas psicóticos é longamente descrita na literatura, desde o século XIX (Moreau de Tours, 1845). Nos últimos anos, principalmente a partir da década de 80, houve registros consistentes da associação entre o uso da maconha e sintomas psicóticos. Moreau de Tours, psiquiatra francês, foi o primeiro médico a fazer um trabalho sistemático sobre o efeito das drogas no SNC.
  • 38. Cannabis no Mundo A cannabis é a terceira substância controlada mais comumente usada em todo o mundo, depois do álcool (1ª) e do tabaco (2ª). Em 2018, as Nações Unidas estimou que 192 milhões de pessoas ou 3,9% da população adulta global havia usado cannabis no ano anterior.
  • 39. Prevalência A prevalência do uso de cannabis em 2017 varia substancialmente entre países e regiões:  América do Norte (12,4%),  África Ocidental e Central (12,4%)  Oceania (10,3%)  Ásia (1,8%)  Norte da África (4,3%)  Leste e Sul da Europa (2,4%)
  • 40. Prevalência A prevalência do uso de cannabis é baixa na Ásia em comparação com outras regiões mas o uso aumentou em regiões de baixa e média renda, como o Uruguai, desde 2011. Nos EUA, o número de indivíduos que usaram cannabis diminuiu entre o final dos anos 1970 e o início dos anos 1990. Em 1992, o risco de dependência ao longo da vida entre aqueles que já experimentaram cannabis foi estimado em 9%, o que era inferior aos riscos para tabaco (32%), heroína (23%), cocaína (17%) e álcool (15%). Na Europa, as regiões oeste e central têm taxas de uso mais altas do que as regiões leste e sudeste, e o uso de cannabis tem se mantido estável na Europa central e ocidental na última década.
  • 41. Dependência O transtorno por uso de cannabis é amplamente definido como a incapacidade de parar de consumir cannabis, mesmo quando ela está causando danos físicos ou psicológicos. O THC presente na maconha interage com receptor canabinoide CB1 no cérebro para produzir os efeitos eufóricos (“o barato”) procurados por pessoas que usam cannabis.
  • 42. Maconha e o Diagnóstico Psiquiátrico CID-10 (OMS, 1992) F12: Transtornos mentais e comportamentais decorrentes do uso de canabinoides F12.0 : Intoxicação aguda F12.1 : Uso nocivo F12.2 : Síndrome de dependência F12.3 : Estado de abstinência F12.4 : Estado de abstinência com delirium F12.5 : Transtorno psicótico F12.6 : Síndrome amnésica F12.7 : Transtorno psicótico residual e de início tardio F12.8 : Outros transtornos mentais e do comportamento F12.9 : Transtorno mental e de comportamento não especificado
  • 43. DSM-5 (APA, 2013) ♦ Transtornos Relacionados a Cannabis ♦ Transtorno por Uso de Cannabis (Leve/Moderado /Grave) ♦ Intoxicação por Cannabis (Sem/Com perturbações da percepção) ♦ Abstinência de Cannabis ♦ Outros Transtornos Induzidos por Cannabis ♦ Transtorno Relacionado a Cannabis Não Especificado Maconha e o Diagnóstico Psiquiátrico
  • 44. Dados sobre Anvisa A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou por unanimidade no dia 03/12/2019, o registro de produtos derivados de Cannabis para uso medicinal. A norma ao entrar em vigor beneficiará mais de 7.000 pessoas que têm prescrição médica para uso desses produtos no tratamento, por exemplo, de epilepsia e dor crônica. Fonte: aosfatos.org, 2018
  • 45. Dados sobre Anvisa A decisão, que deve ser revista em 2022, só permite que os produtos com substrato da erva sejam consumidos caso haja prescrição médica, não libera o uso recreativo da maconha nem o seu plantio. Fonte: aosfatos.org, 2018
  • 46. Dados sobre Anvisa Foram estabelecidas, no entanto, diversas regras para o comércio: as embalagens, por exemplo, deverão conter tarja preta e não poderão citar termos como “medicamentos”, “natural” ou “suplemento”, nem símbolos ou figuras que possam atribuir finalidades diferentes daquelas que possuem. Fonte: aosfatos.org, 2018 Os produtos também não poderão ser fabricados nem comercializados em farmácias de manipulação.
  • 47. Dados sobre Anvisa O canabidiol é usado no Brasil para tratar principalmente casos de epilepsia, mas também é receitado para pessoas com autismo, dor crônica, Mal de Parkinson e transtornos de ansiedade. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), há evidências científicas de que produtos à base de Cannabis podem aliviar náuseas e vômitos em estágios avançados de câncer ou Aids. Fonte: aosfatos.org, 2018
  • 48. Dados sobre Anvisa Mas o primeiro país a legalizar a maconha medicinal foi Israel em 1993, que permitiu o uso por pessoas com câncer, Mal de Parkinson e doença de Crohn. Atualmente, segundo informações do governo israelense, o mercado da Cannabis para fins médicos já atende mais de 50 mil pacientes no país. Fonte: aosfatos.org, 2018
  • 49. Dados sobre Anvisa A decisão, portanto, não trata do plantio nem do consumo recreativo da planta. Nem mesmo as empresas farmacêuticas no Brasil que decidirem entrar nesse mercado terão permissão para o cultivo da maconha. Fonte: aosfatos.org, 2018 Elas deverão importar matéria-prima semielaborada, ou seja, não podem comprar a planta ou parte dela.
  • 50. Dados sobre Anvisa Pelo menos 18 países ocidentais já aprovaram leis para o plantio de maconha com fins medicinais. De acordo com o levantamento publicado em 2017 pelo EMCDDA: Alemanha, Austrália, Canadá, Chile, Colômbia, Holanda, Israel, Jamaica, Reino Unido, República Tcheca, Uruguai e alguns estados dos Estados Unidos. Após o estudo, pelo menos outros seis países também legalizaram o plantio de alguma maneira: África do Sul, Grécia, Lesoto, Peru, Portugal, Suíça e Tailândia. Fonte: aosfatos.org, 2018
  • 51. Uso Medicinal • É aprovado, no país, o registro do medicamento Mevatyl® (Solução oral em Spray), à base de THC e Canabidiol, indicado para o tratamento sintomático da espasticidade moderada a grave relacionada à esclerose múltipla. - tetraidrocanabinol (THC) 27mg/mL + canabidiol (CBD) 25mg/mL) (canabinoides obtidos a partir da Cannabis sativa) Mevatyl® - primeiro medicamento à base de Cannabis sativa. Registro ANVISA nº 1697700030014 16 de janeiro de 2017. Fonte: https://consultas.anvisa.gov.br/#/medicamentos/ 25351738074201441/
  • 52. Uso Medicinal Diário Oficial da União “Define os critérios e os procedimentos para a importação de Produto derivado de Cannabis, por pessoa física, para uso próprio, mediante prescrição de profissional legalmente habilitado, para tratamento de saúde”. Publicação: 27 de janeiro de 2020 RESOLUÇÃO - RDC Nº 335, DE 24 DE JANEIRO DE 2020 Órgão: Ministério da Saúde/Agência da Vigilância Sanitária/Diretora Colegiada
  • 53. Tratamento A literatura tem demonstrado que vários tratamentos ambulatoriais psicossociais/comportamentais são eficazes para promover a redução e a abstinência do uso de Cannabis. A maior parte dos estudos com resultados promissores usou as técnicas da terapia motivacional (TM), da terapia cognitivo-comportamental (TCC) e do manejo de contingências (MC), todos também considerados eficazes para outros transtornos por uso de substâncias.
  • 54. Teoria Motivacional - TM A Teoria Motivacional é centrada no paciente, que visa estimular a mudança do comportamento, ajudando os pacientes a explorar e resolver sua ambivalência em relação ao uso de Cannabis.
  • 55. Teoria Cognitivo-Comportamental - TCC A TCC busca ensinar o paciente a procurar as habilidades necessárias para abandonar o uso de Cannabis e para evitar ou manejar outros problemas que poderiam interferir na evitação do uso de drogas.
  • 56. Manejo de contingências - MC A técnica de manejo de contingências é baseada no uso sistemático de consequências (recompensa ou punição) para motivar a manutenção da abstinência de Cannabis. O objetivo é aumentar os resultados positivos do tratamento. (ex.: frequência aos grupos, conclusões de tarefas, manter a abstinência)
  • 57. Método Minnesota O Método Minnesota é um modelo de tratamento direcionado ao dependente químico com uma abordagem bio-psico-social do indivíduo, sendo eficaz no combate aos principais mecanismos de defesa da doença (negação, racionalização, projeção, orgulho). BIO PSICO SOCIAL
  • 58. 12 Passos Desenvolvimento do processo de autoconhecimento, bem como a reformulação como ser humano para serem reinseridos na sociedade, fundamentando a sua recuperação em princípios espirituais.
  • 59. Bibliografia ♦ Diehl, A; Cordeiro, D; Laranjeira, R. Dependência Química: Tratamento e Políticas Públicas. 2ª ed. Artmed, 2019 ♦ Connor J.P., Stjepanovi D, Foll B.L, Hoch E, Budney A.J. e Hall W.D. Cannabis Use and Cannabis Use Disorder. Nature Reviews – Disease Primers, 2021. ♦ https://www.cannabisesaude.com.br/sativa-indica-e-ruderalis-entenda-os-tipos-de- cannabis/ ♦ https://psicodelia.org/noticias/a-historia-da-maconha-a-droga-mais-polemica-do-mundo https://www.scielo.br/j/jbpsiq/a/xGmGR6mBsCFjVMxtHjdsZpC/?lang=pt ♦ https://www.nationalgeographicbrasil.com/historia/2019/06/encontradas-evidencias-de- fumo-de-maconha-ha-25-mil-anos ♦ https://institutodacannabis.wordpress.com/2012/03/20/breve-historia-da-cannabis/ ♦ https://medicinanews.com.br/frente/frente_1/conheca-a-historia-da-cannabis-medicinal/ ♦ https://infograficos.oglobo.globo.com/cultura/uso-da-maconha-medicinal-ao-logo-da- historia.html ♦ https://www.biocasebrasil.com/2019/04/24/historia-da-cannabis-e-do-uso-canabinoides- medicinais/