"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
Brincadeiras e jogos da cultura brasileira
1. BRINCADEIRAS , JOGOS, DANÇAS DE
NOSSAS CULTURAS
PRODUZIDO POR: CARINA SOARES BARROSO
MATRÍCULA:201403075042
DISCIPLINA:CONT. MET. E PRÁTICA DE ENSINO
DE EDUCAÇÃO FÍSICA
PROFESSORA: MÔNICA SILVA FERREIRA
MIGUEL
FACULDADE : ESTÁCIO DE SÁ
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5. AMARELINHA
• 1. Nome(s) do jogo
Amarelinha, Marelinha, Academia,
Cademia,Sapata, Maré, Avião,
Pular Macaco, etc.
• 2. País (zona, região)
Praticamente em todo o país mas
com aparições mais fortes no
Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio
Grande do Norte e Bahia, onde
recebem nomes distintos.
• 3. Onde se joga (lugar,
variações)?
Lugares abertos, especialmente em
contato com a Natureza.
6. • 4. Como se joga (regras)?
Cada jogador, possuidor de uma pedrinha na mão, tem a missão de
ir do “inferno” ao “céu” (do início ao fim) passo a passo. Começa
no “inferno” e atira a pedra no número 1, vai pulando até o
“céu” – alternando uma e duas pernas de acordo com o desenho
traçado no chão e não pisando na casa onde está a pedra – e
retorna ao “inferno” retirando o objeto da casa 1. Segue
fazendo o mesmo para a casa 2, a casa 3e assim por diante até
que erre e passe a vez para o outro participante. Quem
fizer todo o trajeto primeiro é o vencedor (versão mais
tradicional com o gráfico semelhante a foto acima).
• 5. Quem joga (crianças, jovens,tod@s, em escolas, bairros)?
Principalmente crianças e jovens, em escolas ou espaços públicos.
• 6. Materiais necessários (comprados, confeccionados)
Não é necessário nenhum material específico além de uma
pedrinha e um desenho feito no chão.
7. • 7. Ditado, coro ou canção que acompanha
Não há canções para acompanhamento. Em algumas localidades se
improvisamoutras de domínio público enquanto se executa a
brincadeira. Nas grandes cidades pode ter o acompanhamento de
música já gravada (aparelho de som).
• 8. Esse jogo revela a cultura local? Como? Por que?
A amarelinha original tinha mais de cem metros e era usada como
exercício de treinamento militar pelo Império Romano. Os soldados
corriam sobre a amarelinha para melhorar as habilidades com
os pés. Ao chegar em nosso país, no período colonial, foi
assumindo diferentes formatos segundo a região e a comunidade
na qual se instalava. O uso das palavras “céu” e “inferno”, por
exemplo, demonstra que a localidade tinha forte apelo religioso e a
brincadeira ensinava como se portar durante a vida. Em outros
lugares surgiam as palavras mundo, natureza, lua, sol, para
designar os espaços de começo e fim da atividade, sempre tendo
grande relação coma realidade local.
8. ESCRAVO DE JÓ
• 1. Nome(s) do jogo
Escravos de Jó
• 2. País (zona, região)
Aparece em várias zonas do
Brasil mas prevalece nas
regiões mais pobres do país,
onde provavelmente surgiu –
norte e nordeste.
• 3. Onde se joga (lugar,
variações)?
Espaços abertos ou fechados
onde caiba uma roda de
pessoas sentadas.
9. • 4. Como se joga (regras)?
Dispostos ao redor de uma mesa ou sentados no chão em roda, os
jogadores pegam uma pedra cada um. Ao ritmo da música
cantada, entregam sua pedra ao companheiro dadireita. Em
determinados momentos da letra, não a soltam e a trazem de
volta. Osmovimentos são repetidos só ao som da música
solfejada. Depois em silêncio, apenasmantendo o ritmo. Voltam,
então, a cantar.
• 5. Quem joga (crianças, jovens,tod@s, em escolas, bairros)?
É uma brincadeira realizada por todas as faixas etárias, em
diferentes espaços e ocasiões.Nos ambientes educacionais é
amplamente difundida e utilizada para trabalhar
diversosaspectos infantis e juvenis – através de adaptações.
• 6. Materiais necessários (comprados, confeccionados)
Apenas são necessárias latas, tampinhas, pedras ou qualquer
outro pequeno objeto. Um para cada participante.
10. • 7. Ditado, coro ou canção que acompanha
“Escarvos de Jó, jogavam caxangá, tira, põe, deixar ficar...
Guerreiros com guerreiros,fazem zigue, zigue, zá”.
• 8. Esse jogo revela a cultura local? Como? Por que?
Há controvérsias a respeito da origem, do significado e da letra do
jogo. A letra do jogofazia alusão aos escravos que
juntavamcaxangá (uma espécie de crustáceo). De Jóera como se
chamavam os escravosdomésticos ('pacientes” como o tal Jó
daBíblia): cozinheiras, costureiras,amas-de-leite, etc. Na língua
banto, njóquer dizer casa. Em outra versão, dizemque era como
os escravos se conversavamem momentos de descanso,
tramando fugasdas fazendas para Quilombos e decidindo
asestratégias para realizar as ações sem seremcompreendidos
por seus patrões. Diferençasa parte, em todas as teses, há a
referência ao período escravista brasileiro que perdurou de
1500 a 1888 oficialmente.
11. • Alguns brinquedos, jogos e brincadeiras tradicionais
entre as crianças brasileiras têm origens
surpreendentes. Vêm tanto dos povos que deram
origem à nossa civilização (o índio, o branco,
o negro), como até mesmo do longínquo Oriente.
Atualmente, no mundo cada vez mais urbanizado,
industrializado e informatizado, a tendência é que
muitas das brincadeiras tradicionais percam espaço
nas preferências infantis. Mesmo assim, jogos e
brinquedos como a peteca, a amarelinha, a ciranda,
a pipa e a cama de gato têm valor cultural
inestimável, e o lugar dessas brincadeiras
no folclore já está garantido.
12. • Peteca
Quando os portugueses
chegaram no Brasil,
encontraram os índios
brincando com uma
trouxinha de folhas cheia
de pequenas pedras,
amarrada a uma espiga
de milho, que chamavam
de Pe?teka, que em tupi
significa "bater". A
brincadeira foi passando
de geração em geração e,
no século 20, o jogo de
peteca tornou-se um
esporte, com regras e
torneios oficiais.
13. • Cama-de-gato
A cama-de-gato é uma
brincadeira com
barbante. Consiste em
trançar um cordão entre
os dedos das duas mãos e
ir alterando as figuras
formadas. Provavelmente
de origem asiática, a
brincadeira é praticada
em diversas partes do
mundo. Uma versão mais
moderna é trançar um
elástico com as pernas.
14. • Cinco Marias
Também chamada de três Marias,
jogo do osso, onente, bato, arriós,
telhos, chocos, nécara etc. O jogo,
de origem pré-histórica, pode ser
praticado de diversas maneiras.
Uma delas é lançar uma pedra
para o alto e, antes que ela caia
no chão, pegar outra peça.
Depois tentar pegar duas, três, ou
mais, ficando com todas as peças
na mão. Na antiguidade, os reis
praticavam com pepitas de ouro,
pedras preciosas, marfim ou
âmbar. No Brasil, costuma ser
jogado com pedrinhas, sementes
ou caroços de frutas, ossos ou
saquinhos de pano cheios de
areia
15. • Pipa
Pipa, papagaio, arraia, raia,
quadrado, pandorga... As pipas
apareceram na China, mil anos
antes de Cristo, como forma
de sinalização. Sua cor,
desenho ou movimento
poderia enviar mensagens
entre os campos. Os chineses
eram peritos em construir
pipas enormes e leves. Da
China elas foram para o Japão,
para a Índia e depois para a
Europa. Chegaram no Brasil
trazidas pelos portugueses. Os
tipos de pipa mais conhecidos
são o de três varas, o de
cruzeta e o de caixa. Para
confeccioná-las bastam
algumas folhas de papel,
varinhas e linha.
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18. CANTIGAS DE RODAS
Desde a canção Ciranda, Cirandinha até
pular amarelinha ou brincar de pique-
esconde, muitas das brincadeiras que a
turminha moderna curte já encantavam
crianças há mais de um século. Que tal um
passeio pela história dos brincadeiras e
brinquedos antigos no Brasil?
Os primeiros brinquedos e brincadeiras das
crianças brasileiras eram ligados à vida
natural, como banhos de rio e passeios no
mato. Nessa época papais e mamães índios
faziam para seus filhos brinquedos como
arco e flecha, petecas, bolas e bonecos de
barro cozido. Depois, com a colonização do
país pelos portugueses, surgiram pipas de
papel, bodoques e dominós. Entre as formas
de diversão mais apreciadas pela meninada,
merecia destaque o teatro de marionetes.
A presença dos escravos negros trouxe as
cantigas de ninar e importantes personagens
do nosso folclore, como o saci-pererê, a
mula-sem-cabeça, a cuca, o lobisomem e
tantos outros.
19. • Ciranda
A famosa dança infantil, de roda,
conhecida em todo o Brasil, teve
origem em Portugal, onde era um
bailado de adultos. O Semelhante a
ela é o fandango, baile rural
praticado até meados do século XX
no interior do Rio de Janeiro (Parati)
e São Paulo, em que homens e
mulheres formavam rodas
concêntricas, homens por dentro e
mulheres por fora. Os versos que
abrem a ciranda infantil são
conhecidíssimos ainda hoje:
"Ciranda, cirandinha/ Vamos todos
cirandar/ Vamos dar a meia volta/
Volta e meia vamos dar". De resto, há
variações regionais que os
complementam como "O anel que tu
me deste/ Era vidro e se quebrou./ O
amor que tu me tinhas/ Era pouco e
se acabou".
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21. CAPOEIRA
• A história da Capoeira confunde-se com a própria história
do Brasil, pois é nela que vamos encontrar as primeiras
manifestações. A Capoeira surgiu do negro cativo buscando
sua identificação cultural frente ao sistema da escravidão
em um ambiente adverso à sua aceitação junto à sociedade
dominante. Há sessenta anos a capoeira ainda era
considerada ilegal, reprimida pela polícia. Essa situação
gerou um ambiente propício ao desenvolvimento da sua
versatilidade.
22. • A Capoeira é brincadeira, é um jeito de lutar jogando,
rindo, dissimulando. Tem evoluído nos últimos cinqüenta
anos, saiu das sendas da marginalidade e passou a ser
praticada em academias, clubes e sua presença, obrigatória
em espetáculos diversos.
Tratando-se de uma cultura popular, a transmissão de
conhecimentos de geração em geração vem ocorrendo de
forma verbal e através da própria realização da arte. Sua
expressão popular faz parte do vasto e rico legado da
cultura brasileira e contém elementos de educação, arte,
luta, esporte, terapia, assim como dança, lazer, folclore,
história, ginástica, etc.
23. • A arte na Capoeira se faz presente através da música,
do ritmo, do canto, da expressão corporal, da
criatividade de movimentos e da presença cênica. A
luta representa sua origem e sobrevivência através dos
tempos na sua forma mais natural, como um
instrumento de defesa pessoal genuinamente
brasileiro, e uma estratégia de resistência ao
aniquilamento de uma cultura. Como modalidade
esportiva, ela possui elementos que se identificam
culturalmente com seus praticantes, despertando o
interesse da comunidade em geral. A sua prática, como
forma de lazer e recreação, representa eventos
conhecidos na comunidade como "rodas de capoeira",
sendo evidente os seus efeitos terapêuticos em termos
educacionais, ocupacionais e de reabilitação.