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Mojarutap Myrytsiowit
Cama de Gato
Profª Therezinha - 5º D
Brincadeira de índios
As crianças das aldeias adoram se divertir com brincadeiras, jogos e brinquedos muito
parecidos com os de meninas e meninos da cidade
Brincadeira de peteca? perna de pau? 0 boliche que os americanos veneram?
Quebra-cabeça? Jogo de dados? Bola de gude? Que coisa antiga! Muito antes de o
homem branco chegar ao Brasil, descobrir as terras daqui e achar-se dono absoluto
de tudo, as crianças de cor amarela, cabelo preto liso e escorrido, que não falavam
português e andavam naturalmente nuas já brincavam assim. Elas não tinham os
recursos que os brinquedos e jogos têm hoje, mas a essência era a mesma. Talvez
até melhor. Até hoje, as crianças das aldeias brincam dessa forma.
Uma equipe de pesquisadores da empresa Origem Jogos Indígenas rodou por várias
tribos e aldeias espalhadas pelo país. Filmou e produziu um documentário. Hoje, 19
de abril, data em que se comemora o Dia do índio, você vai conhecer essas
brincadeiras, brinquedos e jogos.
A maioria deles é muito parecida com as brincadeiras que você faz no pátio da escola,
em casa, na quadra ou no shopping. A descoberta só reforça a idéia de que herdamos
muita coisa dessa gente, como tomar banho diário, a rede para tirar aquela soneca e
a deliciosa tapioca.
Para saber a origem dos jogos, brinquedos e brincadeiras, os pesquisadores
visitaram, com autorização da Funai, oito aldeias diferentes do país, como a tribo dos
kamaiurá, no Alto Xingu, os Bororo da aldeia Meruri e os Pareci da aldeia JM, ambas
em Mato Grosso, além dos Terena, da aldeia Cachoeira, em Mato Grosso do Sul.
Logo nas primeiras visitas, os estudiosos perceberam que crianças,
jovens e adultos brincavam muito nas ruas das aldeias. 0
pesquisador Maurício Lima conta que o mais impressionante foi a
semelhança da diversão dos índios com jogos comuns aos da
sociedade brasileira. Foram descobertas mais de 40 brincadeiras.
Em algumas aldeias eles fazem até apostas, como no caso da
Formoso, no Mato Grosso. Em todos os jogos de dados (eles
chamam de rifa) apostavam flechas e cestos, mas atualmente
preferem os cigarros, canivetes e sabonetes. Antes da pesquisa,
acreditava-se que as brincadeiras dos índios eram apenas uma
forma de passar às crianças ensinamentos de sobrevivência. Um
exemplo pode ser visto no uso do arco e da flecha tanto para a caça
quanto para se defender.
- Agora, sabemos que os índios têm atividades usadas só para passar o
tempo - explica o pesquisador.
Na aldeia Meruri, no Mato Grosso, os Bororo já conheciam os jogos de
estratégias e as crianças brincam de peteca e com o jogo cama-de-gato,
com desenhos inspirados na cultura deste povo. Os Canela, no
Maranhão, conhecem um quebra-cabeça considerado um clássico pela
simplicidade da idéia e engenhosidade da solução. Eles chamam o jogo
pelo nome de Ihkã Cahhêc Xá. Além disso, os pesquisadores registraram
nesta aldeia muitas brincadeiras que as crianças da cidade praticam no
dia-a-dia, como pular corda, batalha de pião, perna de pau, estilingue.
Já na aldeia Vendaval, à beira do rio Solimões, no estado do Amazonas,
as crianças e adolescentes Ticuna utilizam jogos muito originais e
materiais da Floresta Amazônica para criar seus brinquedos. Os
campeonatos de bilboquê são muito disputados. O bilboquê é fabricado
com castanha de uma fruta encontrada na floresta. No jogo de bola de
gude, as regras são as mesmas que conhecemos, mas as bolinhas são
feitas de barro e o nome do jogo é nigütaruü.
Os pesquisadores levaram 24 horas em avião e barco para chegar a
uma aldeia dos Mayoruna, que fica no vale do rio Javari, na fronteira do
Brasil com o Peru, no estado do Amazonas.Esse povo só foi localizado
na década de 70. Conhece brinquedos como o pião, o zunidor e uma
espécie de bumerangue, denominado na língua deles de bincate. As
crianças utilizam muito o arco e a flecha no momento em que se
preparam para a vida adulta. Os Mayoruna são muito bons caçadores e
pescadores.
CAMA-DE-GATO - Neste jogo, chamado de Mojarutap Myrytsiowit, os índios
Kamaiurá criam diferentes figuras, demonstrando habilidade manual e
originalidade. Eles usam fio de tecido de buriti.As figuras são ligadas à cultura
indígena, como morcegos, gaivotas, peixinhos, tucunaré e cobra.
Fonte: http://pib.socioambiental.org/es/noticias?id=32330

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  • 1. Mojarutap Myrytsiowit Cama de Gato Profª Therezinha - 5º D
  • 2.
  • 3.
  • 4.
  • 5.
  • 6.
  • 7.
  • 8.
  • 9.
  • 10. Brincadeira de índios As crianças das aldeias adoram se divertir com brincadeiras, jogos e brinquedos muito parecidos com os de meninas e meninos da cidade Brincadeira de peteca? perna de pau? 0 boliche que os americanos veneram? Quebra-cabeça? Jogo de dados? Bola de gude? Que coisa antiga! Muito antes de o homem branco chegar ao Brasil, descobrir as terras daqui e achar-se dono absoluto de tudo, as crianças de cor amarela, cabelo preto liso e escorrido, que não falavam português e andavam naturalmente nuas já brincavam assim. Elas não tinham os recursos que os brinquedos e jogos têm hoje, mas a essência era a mesma. Talvez até melhor. Até hoje, as crianças das aldeias brincam dessa forma. Uma equipe de pesquisadores da empresa Origem Jogos Indígenas rodou por várias tribos e aldeias espalhadas pelo país. Filmou e produziu um documentário. Hoje, 19 de abril, data em que se comemora o Dia do índio, você vai conhecer essas brincadeiras, brinquedos e jogos. A maioria deles é muito parecida com as brincadeiras que você faz no pátio da escola, em casa, na quadra ou no shopping. A descoberta só reforça a idéia de que herdamos muita coisa dessa gente, como tomar banho diário, a rede para tirar aquela soneca e a deliciosa tapioca. Para saber a origem dos jogos, brinquedos e brincadeiras, os pesquisadores visitaram, com autorização da Funai, oito aldeias diferentes do país, como a tribo dos kamaiurá, no Alto Xingu, os Bororo da aldeia Meruri e os Pareci da aldeia JM, ambas em Mato Grosso, além dos Terena, da aldeia Cachoeira, em Mato Grosso do Sul.
  • 11. Logo nas primeiras visitas, os estudiosos perceberam que crianças, jovens e adultos brincavam muito nas ruas das aldeias. 0 pesquisador Maurício Lima conta que o mais impressionante foi a semelhança da diversão dos índios com jogos comuns aos da sociedade brasileira. Foram descobertas mais de 40 brincadeiras. Em algumas aldeias eles fazem até apostas, como no caso da Formoso, no Mato Grosso. Em todos os jogos de dados (eles chamam de rifa) apostavam flechas e cestos, mas atualmente preferem os cigarros, canivetes e sabonetes. Antes da pesquisa, acreditava-se que as brincadeiras dos índios eram apenas uma forma de passar às crianças ensinamentos de sobrevivência. Um exemplo pode ser visto no uso do arco e da flecha tanto para a caça quanto para se defender.
  • 12. - Agora, sabemos que os índios têm atividades usadas só para passar o tempo - explica o pesquisador. Na aldeia Meruri, no Mato Grosso, os Bororo já conheciam os jogos de estratégias e as crianças brincam de peteca e com o jogo cama-de-gato, com desenhos inspirados na cultura deste povo. Os Canela, no Maranhão, conhecem um quebra-cabeça considerado um clássico pela simplicidade da idéia e engenhosidade da solução. Eles chamam o jogo pelo nome de Ihkã Cahhêc Xá. Além disso, os pesquisadores registraram nesta aldeia muitas brincadeiras que as crianças da cidade praticam no dia-a-dia, como pular corda, batalha de pião, perna de pau, estilingue. Já na aldeia Vendaval, à beira do rio Solimões, no estado do Amazonas, as crianças e adolescentes Ticuna utilizam jogos muito originais e materiais da Floresta Amazônica para criar seus brinquedos. Os campeonatos de bilboquê são muito disputados. O bilboquê é fabricado com castanha de uma fruta encontrada na floresta. No jogo de bola de gude, as regras são as mesmas que conhecemos, mas as bolinhas são feitas de barro e o nome do jogo é nigütaruü.
  • 13. Os pesquisadores levaram 24 horas em avião e barco para chegar a uma aldeia dos Mayoruna, que fica no vale do rio Javari, na fronteira do Brasil com o Peru, no estado do Amazonas.Esse povo só foi localizado na década de 70. Conhece brinquedos como o pião, o zunidor e uma espécie de bumerangue, denominado na língua deles de bincate. As crianças utilizam muito o arco e a flecha no momento em que se preparam para a vida adulta. Os Mayoruna são muito bons caçadores e pescadores. CAMA-DE-GATO - Neste jogo, chamado de Mojarutap Myrytsiowit, os índios Kamaiurá criam diferentes figuras, demonstrando habilidade manual e originalidade. Eles usam fio de tecido de buriti.As figuras são ligadas à cultura indígena, como morcegos, gaivotas, peixinhos, tucunaré e cobra. Fonte: http://pib.socioambiental.org/es/noticias?id=32330