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A gestão de resíduos, normalmente adotada pelas cidades brasileiras, é baseada prioritariamente na coleta e na disposição final do lixo urbano. Tal prática, além de onerosa para os governos municipais, provoca um intenso dano ao meio ambiente e à população em seu entorno. A coleta seletiva, em contrapartida, associada à reciclagem e à compostagem, faz parte do conjunto de medidas para o correto tratamento e disposição dos resíduos sólidos urbanos.
1. SISTEMA MODULAR DE USINAS DE COMPOSTAGEM
Juciléia Costa Vieira1
, Marcos Novaes de Souza2
, Phelippe Fernandes do Carmo3
, Rodrigo
Pereira Prates dos Santos4
, Hiram Jackson Ferreira Sartori (orientador)5
1
Pontíficia Universidade Católica de Minas Gerais, jucileia_cv@hotmail.com;
2
Pontíficia Universidade Católica de Minas Gerais, marcos.novaes@gmail.com;
3
Pontíficia Universidade Católica de Minas Gerais, phelippefernandes@hotmail.com;
4
Pontíficia Universidade Católica de Minas Gerais, rodrigoppsantos@hotmail.com;
5
Pontíficia Universidade Católica de Minas Gerais, hsartoriesam@gmail.com;
RESUMO
A gestão de resíduos, normalmente adotada
pelas cidades brasileiras, é baseada prioritariamente
na coleta e na disposição final do lixo urbano. Tal
prática, além de onerosa para os governos
municipais, provoca um intenso dano ao meio
ambiente e à população em seu entorno. A coleta
seletiva, em contrapartida, associada à reciclagem e
à compostagem, faz parte do conjunto de medidas
para o correto tratamento e disposição dos resíduos
sólidos urbanos. No intuito de facilitar o processo
de construção e a gestão, facilitando também a
implantação das usinas de compostagem,
dimensiona-se um sistema para tratamento de
resíduos orgânicos, baseado em módulos. O sistema
possui capacidade de processamento diário inicial
de matéria orgânica nos totais de 1, 3, e 5 toneladas,
com possibilidade de ampliação, a partir da
combinação entre seus módulos principais.
Palavras chave: Gerenciamento de resíduos
sólidos. Resíduos sólidos orgânicos. Usinas de
compostagem.
INTRODUÇÃO
Cerca de 65% da produção de lixo urbano
brasileira é composta por matéria orgânica
(PEREIRA NETO, 1996), mas apenas um pequeno
percentual possui disposição final que evite danos à
saúde pública, à segurança e ao meio ambiente.
Atualmente o modelo de gestão de resíduos adotado
pelas cidades brasileiras é baseado prioritariamente
na coleta e na disposição final do lixo urbano, ou
seja, na disposição do resíduo em aterros de
resíduos(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
EMPRESAS DE LIMPEZA PÚBLICA E
RESÍDUOS ESPECIAIS, 2013). Esse modelo,
além de oneroso para os governos municipais
(Organização das Nações Unidas citado por DIAS,
2012), provoca intensos danos ao meio ambiente e
à população em seu entorno. Em face disso, são
necessárias medidas para a redução do lixo
produzido pela população, e do volume de lixo a ser
disposto. Uma destas medidas é a construção de
usinas de compostagem, que promovam a
decomposição da matéria orgânica dos resíduos
sólidos urbanos, pela atuação de microorganismos,
transformando-a em um material, com
características fertilizantes para o solo. O sistema
ora proposto, na forma de tecnologia apropriada,
aproveita os tradicionais “conteineres de obras“,
para a construção e implantação mais rápida e mais
barata destas usinas, permitindo também ampliação
ou mesmo desativiação, se necessárias, igualmente
mais fáceis e menos onerosas.
METODOLOGIA
O trabalho constou de levantamento de
dados, a partir de pesquisas referentes à gestão dos
resíduos sólidos urbanos, bem como coleta de
informações referentes às leis e às tecnologias
disponíveis no Brasil, para tratamento da fração
orgânica de tais resíduos. Visitas técnicas para
verificação da situação das usinas existentes
também foram realizadas. Todo o conhecimento
compilado foi analisado para a identificação de
parâmetros de dimensionamento do sistema
modular de usina de compostagem.
RESULTADOS
As usinas de compostagem serão compostas
por módulos combináveis e ajustáveis inicialmente
ao tratamento de resíduo orgânico de populações
de 2, 6 e 10 mil habitantes (respectivamente 1, 3 e 5
t/dia), podendo atender a outras quantidades, de
forma centralizada ou descentralizada. Os módulos
incluem os conteineres, para o setor administrativo
(espaços de escritório, laboratório, vestiário e
banheiro), e os pátios, para a compostagem e a
maturação, respectivamente áreas descoberta e área
coberta, para o tratamento do resíduo por meio do
processo biológico. Sua implantação será facilitada
já que a prefeitura deve fornecer apenas o espaço
para construção do pátio. A empresa/cooperativa
2. responsável pelo tratamento do resíduo implantará
o sistema, isto é, as instalações administrativas, nos
conteineres metálicos. A cobertura metálica,
construída como um galpão aberto, é facilmente
montada e desmontada pela empresa responsável.
Com isso fica a prefeitura desemcumbida de
construir as instalações, podendo mais facilmente
aumentar sua capacidade produtiva, ou mudar a
usina de localização, ou mesmo desativá-la. As
figuras 01 e 02 ilustram o sistema proposto.
Figura 1 – Usina de processamento para 1 t /dia.
Fonte: Elaborada pelos autores.
Figura 2 – Usina de processamento para 5 t /dia.
Fonte: Elaborada pelos autores.
CONCLUSÕES
Diante do cenário da gestão do lixo
municipal atual, no qual as cidades encaminham o
resíduo urbano para aterros sanitários sem separar
os recicláveis e tratar a parte orgânica, o sistema
modular de usinas de compostagem é uma
alternativa para facilitar a implantação, a gestão e a
logistica do tratamento da fração orgânica do lixo
urbano. Este sistema portanto, promove maior
versatilidade ao sistema existente pois permite que
a usina seja aumentada, retraída ou transportada
sem que hajam perdas de instalações físicas.
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMPRESAS
DE LIMPEZA PÚBLICA E RESÍDUOS
ESPECIAIS. ABRELPE. Panorama dos resíduos
sólidos no Brasil. 2013. Disponível em:
<http://www.abrelpe.org.br/Panorama/panorama20
13.pdf>. Acesso em: 07 out. 2014.
DIAS, Sylmara Gonçalves. O desafio da gestão de
resíduos sólidos urbanos. 2012. Disponível em:
http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/gvexecu
tivo/article/viewFile/22776/21542>. Acesso em: 09
abr. 2014.
PEREIRA NETO, João Tinoco. Manual de
compostagem: processo de baixo custo. Belo
Horizonte: Unicef, 1996. 56 p.