O documento discute representações sociais e gênero. Primeiro, define representações sociais como teorias compartilhadas sobre saberes populares que orientam o comportamento social. Em seguida, explica que gênero é uma construção social que varia entre culturas, diferente do sexo biológico. Por fim, discute a evolução do conceito de gênero no feminismo.

1. REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
Faculdades Alves Faria
Curso de Psicologia
Psicologia Social I
Profª: Mônica Corrêa

2. Representações sociais
- Ao florescer em solo norte-americano, a psicologia
social psicológica alimenta-se de uma visão
individualista específica de sua cultura,
enfraquecendo a vertente mais vinculada com a
sociologia, chamada de psicologia social sociológica.
- A teoria das RS surge contrapondo-se à vertente
americana e ampliando a noção de social na
compreensão do sujeito.

3. Representações sociais
- Em um processo mediado pelo diálogo entre os
indivíduos, a idéia de Representação Social
redescobre nos grupos sociais uma explicação para o
mundo que tende a orientar o comportamento dos
indivíduos.
- Representações Sociais = discurso de grupo.

4. Representações sociais
- A representação social possibilita apontar a
importância do senso comum nas ações dos
indivíduos inseridos em suas realidades.
- As representações sociais dão sentido ao que
pensamos, na medida em que orientam e regulam o
nosso comportamento.
- São “teorias” sobre saberes populares e do senso
comum, elaboradas e partilhadas coletivamente,
com a finalidade de construir e interpretar o real.

5. Representações sociais
- Representação social da mulher na sociedade; da
família, da infância, da adolescência, do negro...
- Exemplo:
Atualmente, as mulheres têm uma representação
social em que, para além de serem mães,
desenvolvem uma atividade profissional fora de casa.
No século passado, por outro lado, a representação
social era ser dona de casa responsável pelos
trabalhos domésticos e pela educação dos filhos.

6. Representações sociais
- As representações sociais, consideradas em sentido
mais amplo como pensamento social, são
imprescindíveis nas relações humanas. Elas fornecem
uma explicação, dão sentido à realidade (função de
saber).
- Ao funcionarem como reguladoras e orientadoras do
comportamento (função de orientação) permitem
aos indivíduos se comunicarem e compreenderem.

7. Representações sociais
- São as representações sociais (função de identidade)
que permitem construir a identidade social do grupo,
pois numa mesma sociedade existem diferentes
grupos que possuem diferentes representações
acerca de uma mesma realidade.

8. GÊNERO
Faculdades Alves Faria
Curso de Psicologia
Psicologia Social I
Profª: Mônica Corrêa

9. Gênero: conceito em movimento
- Tem sido usado como categoria de análise que
resguarda e idéia de que a posição social das
mulheres não resulta de uma determinação natural,
mas sim de uma construção social passível de
mudança.
- O movimento feminista é usado como instrumento
político capaz de visibilizar e valorizar a experiência
das mulheres, desvelando relações de poder e
subordinação.

10. Gênero X Sexo
- Feminismo da Diferença (1960)
• Sexo se refere ao que é biologicamente dado. Sexo é
dividido em dois, homens e mulheres são
biologicamente diferentes. Binarismo sexual.
• Gênero descreve o que é socialmente construído. As
diferenças nos comportamentos de homens e
mulheres definidas pela cultura.

11. Gênero X Sexo
- Feminismo da Diferença (1960)
• As diferenças sexuais emanadas do corpo são
consideradas uma constante e, sobre elas, cada
cultura se sobrepõe de maneira particular.
• Sexo é biológico e não histórico. Gênero é cultural e
possui historicidade. Sexo e gênero são categorias
binárias, opostas e complementares. Gênero é
resultado refletido a partir do sexo.

12. Gênero X Sexo
- A partir de 1990 (Nicholson e Butler)
• Problematiza a idéia de que a natureza é algo dado e
comum a todas as culturas e invertem a relação sexo-
gênero.
• Essa tradição afirma que é o gênero que constitui o
sexo. O gênero não é uma inscrição cultural de
significado em um sexo previamente dado, porque o
sexo não pode se qualificar como um fato anatômico
pré-discursivo.

13. Gênero X Sexo
- A partir de 1990 (Nicholson e Butler)
• O discurso feminista agora assume a todos que se
declarem mulheres e feministas, aí se insere o
ingresso dos transexuais.
• Ocorre uma substituição do feminismo da igualdade
pelo feminismo da coalizão. Não baseado em
identidades, mas sim em afinidades, superando a
necessidade de uma matriz identitária natural.

14. Gênero: conceito em movimento
- Para discussões mais aprofundadas:
• Produções de Judith Butler (2003), Joan Scott (1999)
• Grupo Transas do corpo: ações educativas em
gênero, saúde e sexualidade.
http://www.transasdocorpo.org.br/
• Grupo Ser-Tão: núcleo de estudos e pesquisas em
gênero e sexualidade
https://www.sertao.ufg.br/