2. Introdução
• Processo de comunicação científica: é estruturado com o tempo e o periódico
científico passa a ser o principal elemento de comunicação na ciência. A
tecnologia oferece um alcance mundial de acesso.
• Movimento de Acesso Aberto: a primeira grande expressão significativa foi com
o Arxiv (1991), assim como as Reuniões de Budapeste (2002), Bedestha (2003) e
Berlim (2003). É na Reunião de Budapeste que as vias verde (autoarquivamento)
e a dourada (periódicos nascidos com a filosofia aberta) foram definidas.
• Repositório institucional e temático: é o principal elemento da via verde, sendo
o institucional voltado para a preservação da memória de uma instituição
(MARCONDES; SAYÃO, 2009) e o temático busca manter em um mesmo espaço
produções de uma área do conhecimento (MONTEIRO; BRÄSCHER, 2007;
GUIMARÃES, SILVA, NORONHA, 2012).
• Como definir um local para reunir a produção de um pesquisador cuja relevância
científica faz jus ao Acesso Aberto?
3. Semelhanças
• As bibliotecas, arquivos e museus são instituições cujo propósito, em sua maioria,
é servir à sociedade;
• Biblioteca, arquivo e museu são órgãos colecionadores;
• As “três marias”, Biblioteconomia, Arquivologia e Museologia são interligados
pelos conceitos de instituição, memória, documento e informação (TANUS;
ARAÚJO, 2012).
Repositório biográfico
4. Diferenças
• Arquivo é um órgão receptor;
• O arquivo recolhe de forma natural a documentação das administrações
públicas e privadas, assim como familiar ou pessoal;
• A Arquivologia analisa os documentos pelo conjunto enquanto que a
Biblioteconomia analisa individualmente cada elemento do documento (PAES,
2006);
• As práticas profissionais e o processamento técnico avançado, indexação,
representação descritiva, classificação e afins, conferem à Biblioteconomia o
poder-saber necessário à gestão de um repositório biográfico.
5. Repositório biográfico
• Repositório bio (vida) gráfico(escrita)
Singularidade ou
experiência
Tipologias de escrita: impressos,
audiovisuais, maquetes etc.
As experiências se constituem e são legitimadas por
intermédio de suas narrativas, trazendo-nos uma riqueza
que advém dos vestígios (BENJAMIN, 2012).
“cada memória individual é um ponto de vista sobre a memória coletiva” (HALBWACHS,
2003, p. 69).
6. Questões tecnológicas
• Organização da informação em um repositório: comunidades,
subcomunidades, coleções e itens (documentos);
• Protocolo de interoperabilidade: Z39.50;
• Softwares universais de leitura;
• Povoamento do repositório biográfico atrelado ao conceito de
hipertexto.
A informação armazenada apresenta uma estruturação associativa, tal
como a estrutura da memória o é (LE CODIAC, 2004).
7. Considerações
• Dificuldades na literatura por ser uma temática ainda em discussão;
• Vantagem perante o repositório temático: povoamento de
documentos oriundos de vários formatos e distintos campos do
conhecimento;
• Vantagem perante o repositório institucional: política de povoamento
que abriga, dentro do possível, a produção anterior ou posterior ao
tempo de permanência do sujeito biografado na instituição que
abriga o repositório citado.
8. Referências
MARCONDES CH, SAYÃO LF. Introdução: repositórios institucionais e livre acesso. In: SAYÃO LF, TOUTAIN LB, ROSA FG, MARCONDES CH (Org.).
Implantação e gestão de repositórios institucionais: políticas, memória, livre acesso e preservação. Bahia: EDUFBA; 2209.
MONTEIRO F, BRÄSCHER M. Organização da informação em repositórios temáticos: o uso da modelagem conceitual. In: Anais do 8. Encontro
Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação; 2007 out. 28-31; Salvador, Bahia. Salvador: ENANCIB; 2007. [citado em 18 set. 2017]; p. 1-12.
Disponível em: http://www.enancib.ppgci.ufba.br/artigos/GT2--261.pdf.
GUIMARÃES MCS, SILVA CH, NORONHA IH. Los repositórios temáticos en la estratégia de la iniciativa Open Access. Nutr. Hosp [Internet]. 2012
[citado em 18 set. 2017]; 27 (supl. 2): 34-40. Disponível em: http://scielo.isciii.es/pdf/nh/v27s2/05articulo05.pdf.
TANUS GFSC, ARAÚJO CAA. Proximidades conceituais entre Arquivologia, Biblioteconomia, Museologia e Ciência da Informação. Biblionline.
2012 [citado em 18 set. 2017]; 8(2): 27-36. Disponível em: http://periodicos.ufpb.br/index.php/biblio/article/viewFile/14291/8635.
BENJAMIN W. Experiência e pobreza. In: ______. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre Literatura e História da Cultura. São Paulo:
Brasiliense; 2012. v. 1.
HALBWACHS M. A memória coletiva. 2 ed. São Paulo: Centauro; 2006.
COADIC Y-F. A ciência da informação. 2 ed. Brasília, DF: Briquet de Lemos; 2004.