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Recombinação genética
Introdução
• Exatidão de replicação do DNA e do reparo dos danos para
manutenção da informação genética garante sua
transmissão dos progenitores a sua prole
• Recombinação importante para a geração de diversidade
genética, crucial para a evolução.
• Diferenças genéticas entre os indivíduos provêem o material
inicial essencial para seleção natural, a qual permite que as
espécies evoluam e adaptem-se a mudanças nas condições
ambientais.
Recombinação geral ou recombinação
entre homólogos
• Permite que genes sejam rearranjados em diferentes
combinações.
• Resulta na troca de genes entre cromossomos
homólogos pareados durante a meiose.
• Envolvida em rearranjos de seqüências especificas de
DNA que alteram a expressão genica durante o
desenvolvimento e diferenciaçao celular.
Recombinação geral
• A quebra e a religação de
duas duplas hélices de DNA
homologas geram duas
moléculas de DNA que
sofreram entrecruzamento
(crossed).
• Na meiose, este processo
permite que cada
cromossomo contenha uma
mistura de genes maternos
e paternos.
A quebra bifilamentar inicia o processo de crossing-over
DiacineseZigóteno Diplóteno
Prófase I
PaquítenoLeptóteno
Meiose I
Fase: Profase I (sub-fases)
Leptóteno – inicia-se a individualização dos cromossomos estabelecendo a
condensação (espiralização);
Zigóteno – aproximação dos cromossomos homólogos;
Paquíteno – máximo grau de condensação dos cromossomos, os braços curtos e
longos ficam mais evidentes e definidos, dois desses braços, em respectivos
homólogos, se ligam formando estruturas denominadas bivalentes ou tétrades.
Momento em que ocorre o crosing-over, isto é, troca de segmentos (permutação de
genes) entre cromossomos homólogos;
Diplóteno – começo da separação dos homólogos, configurado de regiões quiasmas
(ponto de intercessão existente entre os braços entrecruzados, portadores de
características similares);
Diacinese – com separação definitiva dos homólogos, já com segmentos trocados.
Recombinação na meiose
(1) Duas cromatides não irmãs (oriundas de diferentes
cromossomos), se entrecruzam (crossing-over), isto é,
suas duplas hélices são clivadas, e as duas
extremidades são unidas as fitas opostas
correspondentes, formando duas hélices intactas, cada
uma composta por partes das duas moléculas DNA
iniciais.
Recombinação na meiose
(2) O sitio da permuta (isto é, local em que a dupla hélice
vermelha é ligada a dupla hélice cinza) pode ocorrer em
qualquer lugar das seqüência nucleotídeos homólogas
das duas moléculas participantes
(3) No local da permuta, a fita de DNA de uma molécula de
DNA é pareada a fita da segunda molécula DNA, criando
uma junção de heteroduplex (quiasmas) que une as duas
hélices.
Esta região de heteroduplex pode conter vários
nucleotídeos.
Recombinação na meiose
Recombinação de meiose
(4) Algum tipo de maquinaria celular toma estes grandes
arranjos moleculares, os quebra na mesma posição relativa e
os reúne em um novo arranjo.
(5)Nenhuma seqüência de nucleotídeos é alterada no local da
troca, ou seja, nenhum material genético é perdido ou ganho.
Mecanismo molecular:
 Quebra bifilamentar: pontas quebradas de DNA são
recombinogênicas, promovem recombinação.
 Formação de heterodúplice de DNA: uma molécula de
DNA é composta de um único filamento de DNA a partir
de uma cromátide derivada de um genitor, e um único
filamento de uma cromátide derivada do outro genitor.
Como essa junção heteroduplex é formada e como as
duas regiões homólogas reconhecem uma a outra no
local do crossing-over?
• Reconhecimento ocorre durante um processo chamado
sinapse de DNA
• Ocorre a formação de pares de bases entre as fitas
complementares das duas moléculas de DNA
Sinapse de DNA
• Essencial para recombinação geral na meiose,
• É necessária apenas uma quebra em uma das duas fitas
de uma hélice de DNA, para produzir uma fita exposta
para a sinapse,
• Ocorre a quebra de uma ligação fosfodiester permite que
uma das extremidades separe-se de sua fita
complementar, liberando-a para formar uma pequena
heteroduplex com uma segunda hélice de DNA intacta –
assim iniciando a sinapse.
Recombinação E.coli
• A proteína RecA de E. coli
tem função central na
recombinação entre
cromossomos e catalisa a
reação de sinapse de DNA de
várias etapas entre uma dupla
hélice e uma região de fita
simples de DNA homologa.
Estudos em bactérias, levou ao desenvolvimento do
modelo molecular de recombinação - Modelo de Holliday
(1964).
Modelo de Holliday
• A recombinação é iniciada
pela introdução de cortes
em posições idênticas nas
duas moléculas de DNA
parental.
• As fitas de DNA clivadas
sofrem desenrolamento
parcial, e cada uma dessas
junta a outra molécula por
pareamento de bases
complementares com fitas
entrecruzadas.
Modelo de Holliday
• Após a formação de junção de Holliday, a junção das
fitas entrecruzadas gera moléculas recombinantes.
• Pode gerar dois diferentes isômeros:
– Heterodúplice recombinantes
– Heterodúplice não recombinantes
• Entretanto, esse modelo não explica como a
recombinação é iniciada por cortes simultâneos em
ambas as moléculas parentais, na mesma posição.
Estrutura molecular de um junção de
Holliday
Troca de cadeias
Quebra bifilamentar em
uma cromátide leva a duas
junções unifilamentares de
Holliday circundando uma
região heterodúplice.
Recombinação por quebra de dupla fita
• Ambas as fitas de DNA
sofrem ressecção por
nucleases que digerem o
DNA no sentido 5’ para 3’,
produzindo extremidades de
fita simples.
• Estas fitas invadem outra
molécula parental por
pareamento homologo de
bases.
Mapa genético ou cromossômico é a representação da posição dos genes no
cromossomo.
Está diretamente relacionada a taxa de crossing.
Unidades de Recombinação (U.R.) ou Morganídeos (M) são as unidades
usadas para determinar a posição dos genes no cromossomo e correspondem
a taxa de crossing.
Mapeamento por recombinação
de cromossomos eucariotos
• Uso da análise de crossing-over para mapear as
posições dos genes nos cromossomos;
• A posição de um gene no mapa é importante para
análise de sua função;
• A maioria dos genes identificados pelo sequenciamento
são de função desconhecida;
• O gene identificado pela análise fenotípica deve estar
associado ao gene identificado pelo sequenciamento 
importância dos mapas cromossômicos.
• Depois que Sutton sugeriu a teoria cromossômica da
hereditariedade em 1903, várias evidências foram
acumuladas de que os genes estavam nos
cromossomos
• Como existem muito mais genes do que cromossomos
espera-se que vários genes possam estar no mesmo
cromossomo
• Como os cromossomos tem forma linear é esperado
que os genes também estejam alinhados ao longo dos
cromossomos como "contas de um colar“ (Surtevant
em 1913).
A SEGREGAÇÃO INDEPENDENTE
SEMPRE É VÁLIDA ?
Os experimentos de Mendel
mostraram que os pares de alelos para
genes que influenciam características
diferentes de ervilhas se distribuem
independentemente  proporções
precisas na prole.
Cromossomos
NÃO
Homólogos
A
B
a
b
• O que ocorre quando pares de
alelos de genes diferentes
estão no mesmo
cromossomo?
Cromossomos
Homólogos
aA
B b
• Podemos determinar que um gene está no mesmo
cromossomo pela quebra da 2a Lei de Mendel (a da
segregação independente) Ex. Drosófilas
• A explicação seria que os locus bn e det estão tão
próximos uns dos outros e no mesmo cromossomo.
Como conseqüência estão associados e movem-se
juntos durante a meiose.
• Tais pares de alelos de genes diferentes apresentam
algumas regularidades em seus padrões de herança.
AB 25% Ab 25% Ba 25% ba 25%
A
B
a
b
GAMETAS (AaBb)
a
B
A
b
Anáfase
• Diíbrido: indivíduo heterozigoto
para dois genes de interesse.
A
B
a
b
Com a quebra e união das cromátides parentais durante a
meiose A seria herdado com b e a bom B  crossing-over
Quanto maior a região entre dois genes, maior a
probabilidade de que o crossing ocorra nessa região.
Frequência de novas combinações  dois genes estão
distantes ou próximos  mapear a posição dos genes nos
cromossomos.
Qual seria o resultado deste cruzamento?
Padrões de herança de genes ligados
• Bateson e Punnett estudando a herança de dois genes
nas ervilhas-de-cheiro.
• Em uma autofecundação padrão de uma F1 diíbrida, a
F2 não apresentou a proporção 9:3:3:1 prevista pelo
princípio da segregação independente.
• Algumas combinações de alelos eram mais frequentes
do que o esperado  fisicamente ligados.
Desvios da distribuição independente
Bateson e Punnet ~1906
• Thomas Morgan estudou dois genes autossomos em
Drosophila.
Desvios da distribuição independente
pr/pr . Vg/vg x pr+/pr+ . Vg+/vg+
pr+/pr . vg+/vg
(diíbrido)
Cruzamento Teste
pr+/pr . vg+/vg x pr/pr . Vg/vg
(fêmea diíbrida de F1) (Macho testador)
P
F1
Cor dos olhos
pr  púrpura
pr+  vermelho
Tamanho da asa
vg  vestigial
vg+  normal
Alelo tipo selvagem dominante
Morgan ~1911
Os resultados do cruzamento teste de Morgan:
pr+ . vg+
pr . vg
pr+ . vg
pr . vg+
1.339
1.195
151
154
2.839
Desvio da previsão mendeliana da proporção 1:1:1:1 
indica associação de alguns alelos.
Morgan sugeriu que os dois genes em sua análise
estavam situados no mesmo par de cromossomos
homólogos.
Alelos associados
• Morgan chamou a combinação não-parental de genes
ligados de recombinantes.
• Ele esperava 50% de fenótipos recombinantes se a
segregação ocorresse independentemente.
• Morgan observou 900/2.441 (36,9%) de fenótipos
recombinantes. Então, concluiu que os dois genes
devem estar ligados.
Desvios da distribuição independente
Simbolismo e terminologia da ligação
Os locus carregados em um mesmo cromossomo são
ditos "ligados“.
A
B
a
b
Cromossomos
Homólogos
Locus 1
Locus 2
• Grupos de ligação nº haplóide de autossomos + os
cromossomos sexuais
Ex.1 Drosófila tem 5 grupos de ligação (2N = 8; 3
autossomos + X + Y)
Ex.2 Humano tem 24 grupos de ligação (2N = 46; 22
autossomos + X + Y).
Obs. Quando não há cromossomos sexuais,
considera-se "grupo de ligação" o número haplóide.
Ex. Tomateiro (2N = 24 ou seja possui 12 grupos de
ligação)
• CIS: os dois alelos dominantes ou tipo selvagem estão
presentes no mesmo homólogo.
• TRANS: estão em homólogos diferentes.
Quanto ao arranjo dos alelos em diíbridos
Não possuem pontuação entre
si;
Separados por uma barra;
Escritos na mesma ordem em
cada homólogo;
 Genes em cromossomos
diferentes são separados por
ponto-e-vírgula: A/a ; C/c
Genes de ligação conhecida são
separados por ponto: A/a . D/d
configuração Cis: ambos os selvagens ou os
recessivos se encontram em um mesmo cromossomo.
Trans quando se tem um selvagem e um recessivo no
mesmo cromossomo.
Quanto ao modo de representação dos
alelos nos cromossomos
bb pr pr cc Usado quando não é sabido o sistema
de ligação
b/b pr/pr c/c
ou
b pr c
b pr c
Quando os 3 locus estão em
cromossomos diferentes
b pr c / b pr c
ou
b pr c
b pr c
ou
(b pr c) / (b pr c)
Quando estão no mesmo cromossomo
Surgem novas combinações de alelos através do
crossing-over;
Recombinantes são o produto da meiose possuidores
de combinações alélicas diferentes das células haplóides
que formaram o diplóide meiótico
CRUZAMENTO DE "DOIS PONTOS“
É a análise de 2 locus. É útil para evidenciar associação ou não de locus de um mesmo
cromossomo
Humanos de 105
a 107
pares de base
Schizosacharomyces pombe 6.000
• A freq. de recombinantes pode ser usada como indicadora da distância entre os
genes. Um % de recombinantes = 1 centimorgan.
• No exemplo, os locus bn e det estão distanciados de 0,5 centimorgans (figura)
• A relação centimorgan / pares de base é variável entre espécies, sexo, regiões do
cromossomo.
CRUZAMENTO DE “TRÊS PONTOS“
É a análise de 3 locus, cada um segregando 2 alelos. É útil para verificar a posição
relativa de cada um dos locus
• A análise de 3 locus, cada um segregando 2 alelos controlando a cor do
corpo (preto b); cor do olho (púrpura pr) e a morfologia da asa (curvada c)
(figura)
• Os dados são posicionados em "classes recíprocas" colocando-se as
parentais como primeiras e as duplo recombinantes como as últimas
POSSÍVEIS RESULTADOS DE UM CRUZAMENTO TESTE DA
PROGÊNIE DE UM TRIHÍBRIDO b pr c
? Preto, púrpura, curvada x ? Selvagem
P1 bb prpr cc b+
b+
pr+
pr +
c+
c+
Selvagem x Preto, púrpura, curvada
Cruzamento teste do trihíbrido b+
b pr+
pr c+
c bb prpr cc
Possibilidades
Sem ligação Com ligação completa
1/8 b/b pr/pr c/c (Parental) 1/2 b pr c / b pr c
1/8 b/b pr/pr c+
/c 1/2 b+
pr+
c+
/ b pr c
1/8 b/b pr+
/pr c/c
1/8 b/b pr+
/pr c+
/c (Recombinantes)
1/8 b+
/b pr/pr c/c
1/8 b+
/b pr/pr c+
/c
1/8 b+
/b pr+
/pr c/c
1/8 b+
/b pr+
/pr c+
/c (Parental)
RESULTADOS DE UM CROSSING OVER
ENTRE OS LOCUS PRETOS E PÚRPURA
EM CROMOSSOMOS DROSÓFILA
RESULTADOS DE UM CROSSING OVER DUPLO
NAS REGIÕES b - pr - c
EM CROMOSSOMOS DE DROSÓFILA
RESULTADOS DO CRUZAMENTO TESTE ENTRE UMA FÊMEA DE
DROSÓFILA PARA CORPO PRETO, OLHOS PÚRPURA E ASAS
CURVADAS E UM MACHO SELVAGEM (b+
b pr+
pr c+
c x bb prpr cc )
Distâncias de mapa
25,4
(a distância mais longa é + correta)
5,9 19,5
b pr c
23,7
(% de recombinantes de b e c)
Mapa cromossômico de Drosófila
Cálculos
• Número observado de Duplo Recombinantes (NODR)
• = 60+72= 132; a freq. é 132/15.000 = 0,88%
• Freqüência esperada de Duplo Recombinantes (dois eventos independentes ocorrendo simultaneamente
regra de multiplicação)
• (prob. de b pr) x (prob. de pr c) = 0,059 x 0,195 = 0,0115 = 1,15%. Esta percentagem de 15.000 da 172 que
é o Número esperado de Duplo recombinantes (NEDR)
• Coeficiente de Coincidência (CC) = NODR /NEDR = 132/172 = 0,77 = 77%. Isto significa que somente 77%
dos Crossing Over esperados realmente ocorreram
• Coeficiente de Interferência (CI)= 1 - CC = 1- 0,77 = 0,23 = 23%. Isto significa que 23% dos Crossing Over
esperados não ocorreram
• A interferência é positiva quando a ocorrência do primeiro Crossing Over reduz a chance de ocorrência do
segundo
Evidência de que o crossing-over é um processo
de quebra e reunião
Demonstração citológica
do Crossing Over em
milho.
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Creighton e B.
McClintock.
Mapeamento gênico em eucariotos
• Genes sobre cromossomos não homólogos segregam
independentemente.
• Genes sobre o mesmo cromossomo (sintênicos) estão fisicamente
ligados (grupo de ligação) e podem ser herdados juntos.
Objetivo:
• Analisar a freqüência de recombinação alélica em cruzamentos;
• Novas combinações de alelos parentais são produzidos por
recombinação (“crossing-over” durante a meiose I);
• Cruzamentos-teste são usados para determinar quais genes estão
ligados e criar um mapa de ligação (mapa genético de cada
cromossomo).
Ligação e padrão de segregação
• Como a ligação afeta o padrão de segregação
mendeliano?
• Descoberta da ligação em Drosophila:
– Morgan demonstrou que o gene para olhos brancos (w) e
o gene para asas miniatura (m) ocorrem sobre o
cromossomo X;
– Cruzando uma fêmea de olhos brancos/asas miniatura com
macho selvagem:
wm/wm X w+m+/Y  F1 w+m+/wm e wm/Y
– Ou seja, F1  fêmeas tipo selvagens (w+m+/wm) e machos
com olhos brancos e asas miniatura (wm/Y).
Autossomos ligados
P
pr+pr+ vg+vg+ prpr vgvg
Gametas pr+ vg+ pr vg
F1
pr+pr vg+vg
X
Autossomos ligados
XP
pr+pr vg+vg pr+pr vgvg prpr vg+vg prpr vgvg
F1
1339
Parental
151
Recombinante
154
Recombinante
1195
Parental
Recombinação
Intercromossômica Intracromossômica
Entendendo a recombinação
Cis Trans
Entendendo a recombinação
Crossing over
Mapeamento cromossômico
• A porcentagem de recombinantes genéticos produzidos num
cruzamento teste reflete a relação de ligação entre os genes.
• Os experimentos de recombinação podem ser usados para
gerar mapas genéticos.
– Teste de dois pontos
– Teste de três pontos
Teste de dois pontos
415
92
88
405
820Parentais
Recombinantes 180
Total 1.000
Freqüência de
recombinação =
_____180
1.000
vg b18 u.m.
Teste dos três pontos
sc ec cv9,1 10,5
Interferência:
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Recombinação genética e mapeamento cromossômico

  • 2. Introdução • Exatidão de replicação do DNA e do reparo dos danos para manutenção da informação genética garante sua transmissão dos progenitores a sua prole • Recombinação importante para a geração de diversidade genética, crucial para a evolução. • Diferenças genéticas entre os indivíduos provêem o material inicial essencial para seleção natural, a qual permite que as espécies evoluam e adaptem-se a mudanças nas condições ambientais.
  • 3. Recombinação geral ou recombinação entre homólogos • Permite que genes sejam rearranjados em diferentes combinações. • Resulta na troca de genes entre cromossomos homólogos pareados durante a meiose. • Envolvida em rearranjos de seqüências especificas de DNA que alteram a expressão genica durante o desenvolvimento e diferenciaçao celular.
  • 4. Recombinação geral • A quebra e a religação de duas duplas hélices de DNA homologas geram duas moléculas de DNA que sofreram entrecruzamento (crossed). • Na meiose, este processo permite que cada cromossomo contenha uma mistura de genes maternos e paternos. A quebra bifilamentar inicia o processo de crossing-over
  • 5. DiacineseZigóteno Diplóteno Prófase I PaquítenoLeptóteno Meiose I Fase: Profase I (sub-fases) Leptóteno – inicia-se a individualização dos cromossomos estabelecendo a condensação (espiralização); Zigóteno – aproximação dos cromossomos homólogos; Paquíteno – máximo grau de condensação dos cromossomos, os braços curtos e longos ficam mais evidentes e definidos, dois desses braços, em respectivos homólogos, se ligam formando estruturas denominadas bivalentes ou tétrades. Momento em que ocorre o crosing-over, isto é, troca de segmentos (permutação de genes) entre cromossomos homólogos; Diplóteno – começo da separação dos homólogos, configurado de regiões quiasmas (ponto de intercessão existente entre os braços entrecruzados, portadores de características similares); Diacinese – com separação definitiva dos homólogos, já com segmentos trocados.
  • 6. Recombinação na meiose (1) Duas cromatides não irmãs (oriundas de diferentes cromossomos), se entrecruzam (crossing-over), isto é, suas duplas hélices são clivadas, e as duas extremidades são unidas as fitas opostas correspondentes, formando duas hélices intactas, cada uma composta por partes das duas moléculas DNA iniciais.
  • 7. Recombinação na meiose (2) O sitio da permuta (isto é, local em que a dupla hélice vermelha é ligada a dupla hélice cinza) pode ocorrer em qualquer lugar das seqüência nucleotídeos homólogas das duas moléculas participantes (3) No local da permuta, a fita de DNA de uma molécula de DNA é pareada a fita da segunda molécula DNA, criando uma junção de heteroduplex (quiasmas) que une as duas hélices. Esta região de heteroduplex pode conter vários nucleotídeos.
  • 9. Recombinação de meiose (4) Algum tipo de maquinaria celular toma estes grandes arranjos moleculares, os quebra na mesma posição relativa e os reúne em um novo arranjo. (5)Nenhuma seqüência de nucleotídeos é alterada no local da troca, ou seja, nenhum material genético é perdido ou ganho.
  • 10. Mecanismo molecular:  Quebra bifilamentar: pontas quebradas de DNA são recombinogênicas, promovem recombinação.  Formação de heterodúplice de DNA: uma molécula de DNA é composta de um único filamento de DNA a partir de uma cromátide derivada de um genitor, e um único filamento de uma cromátide derivada do outro genitor.
  • 11.
  • 12. Como essa junção heteroduplex é formada e como as duas regiões homólogas reconhecem uma a outra no local do crossing-over? • Reconhecimento ocorre durante um processo chamado sinapse de DNA • Ocorre a formação de pares de bases entre as fitas complementares das duas moléculas de DNA
  • 13. Sinapse de DNA • Essencial para recombinação geral na meiose, • É necessária apenas uma quebra em uma das duas fitas de uma hélice de DNA, para produzir uma fita exposta para a sinapse, • Ocorre a quebra de uma ligação fosfodiester permite que uma das extremidades separe-se de sua fita complementar, liberando-a para formar uma pequena heteroduplex com uma segunda hélice de DNA intacta – assim iniciando a sinapse.
  • 14. Recombinação E.coli • A proteína RecA de E. coli tem função central na recombinação entre cromossomos e catalisa a reação de sinapse de DNA de várias etapas entre uma dupla hélice e uma região de fita simples de DNA homologa. Estudos em bactérias, levou ao desenvolvimento do modelo molecular de recombinação - Modelo de Holliday (1964).
  • 15. Modelo de Holliday • A recombinação é iniciada pela introdução de cortes em posições idênticas nas duas moléculas de DNA parental. • As fitas de DNA clivadas sofrem desenrolamento parcial, e cada uma dessas junta a outra molécula por pareamento de bases complementares com fitas entrecruzadas.
  • 16. Modelo de Holliday • Após a formação de junção de Holliday, a junção das fitas entrecruzadas gera moléculas recombinantes. • Pode gerar dois diferentes isômeros: – Heterodúplice recombinantes – Heterodúplice não recombinantes • Entretanto, esse modelo não explica como a recombinação é iniciada por cortes simultâneos em ambas as moléculas parentais, na mesma posição.
  • 17.
  • 18. Estrutura molecular de um junção de Holliday
  • 19. Troca de cadeias Quebra bifilamentar em uma cromátide leva a duas junções unifilamentares de Holliday circundando uma região heterodúplice.
  • 20. Recombinação por quebra de dupla fita • Ambas as fitas de DNA sofrem ressecção por nucleases que digerem o DNA no sentido 5’ para 3’, produzindo extremidades de fita simples. • Estas fitas invadem outra molécula parental por pareamento homologo de bases.
  • 21.
  • 22. Mapa genético ou cromossômico é a representação da posição dos genes no cromossomo. Está diretamente relacionada a taxa de crossing. Unidades de Recombinação (U.R.) ou Morganídeos (M) são as unidades usadas para determinar a posição dos genes no cromossomo e correspondem a taxa de crossing. Mapeamento por recombinação de cromossomos eucariotos
  • 23. • Uso da análise de crossing-over para mapear as posições dos genes nos cromossomos; • A posição de um gene no mapa é importante para análise de sua função; • A maioria dos genes identificados pelo sequenciamento são de função desconhecida; • O gene identificado pela análise fenotípica deve estar associado ao gene identificado pelo sequenciamento  importância dos mapas cromossômicos.
  • 24. • Depois que Sutton sugeriu a teoria cromossômica da hereditariedade em 1903, várias evidências foram acumuladas de que os genes estavam nos cromossomos • Como existem muito mais genes do que cromossomos espera-se que vários genes possam estar no mesmo cromossomo • Como os cromossomos tem forma linear é esperado que os genes também estejam alinhados ao longo dos cromossomos como "contas de um colar“ (Surtevant em 1913).
  • 25. A SEGREGAÇÃO INDEPENDENTE SEMPRE É VÁLIDA ? Os experimentos de Mendel mostraram que os pares de alelos para genes que influenciam características diferentes de ervilhas se distribuem independentemente  proporções precisas na prole. Cromossomos NÃO Homólogos A B a b
  • 26. • O que ocorre quando pares de alelos de genes diferentes estão no mesmo cromossomo? Cromossomos Homólogos aA B b
  • 27. • Podemos determinar que um gene está no mesmo cromossomo pela quebra da 2a Lei de Mendel (a da segregação independente) Ex. Drosófilas • A explicação seria que os locus bn e det estão tão próximos uns dos outros e no mesmo cromossomo. Como conseqüência estão associados e movem-se juntos durante a meiose. • Tais pares de alelos de genes diferentes apresentam algumas regularidades em seus padrões de herança.
  • 28. AB 25% Ab 25% Ba 25% ba 25% A B a b GAMETAS (AaBb) a B A b Anáfase
  • 29. • Diíbrido: indivíduo heterozigoto para dois genes de interesse. A B a b Com a quebra e união das cromátides parentais durante a meiose A seria herdado com b e a bom B  crossing-over Quanto maior a região entre dois genes, maior a probabilidade de que o crossing ocorra nessa região. Frequência de novas combinações  dois genes estão distantes ou próximos  mapear a posição dos genes nos cromossomos. Qual seria o resultado deste cruzamento?
  • 30. Padrões de herança de genes ligados • Bateson e Punnett estudando a herança de dois genes nas ervilhas-de-cheiro. • Em uma autofecundação padrão de uma F1 diíbrida, a F2 não apresentou a proporção 9:3:3:1 prevista pelo princípio da segregação independente. • Algumas combinações de alelos eram mais frequentes do que o esperado  fisicamente ligados. Desvios da distribuição independente
  • 32. • Thomas Morgan estudou dois genes autossomos em Drosophila. Desvios da distribuição independente pr/pr . Vg/vg x pr+/pr+ . Vg+/vg+ pr+/pr . vg+/vg (diíbrido) Cruzamento Teste pr+/pr . vg+/vg x pr/pr . Vg/vg (fêmea diíbrida de F1) (Macho testador) P F1 Cor dos olhos pr  púrpura pr+  vermelho Tamanho da asa vg  vestigial vg+  normal Alelo tipo selvagem dominante
  • 34. Os resultados do cruzamento teste de Morgan: pr+ . vg+ pr . vg pr+ . vg pr . vg+ 1.339 1.195 151 154 2.839 Desvio da previsão mendeliana da proporção 1:1:1:1  indica associação de alguns alelos. Morgan sugeriu que os dois genes em sua análise estavam situados no mesmo par de cromossomos homólogos. Alelos associados
  • 35. • Morgan chamou a combinação não-parental de genes ligados de recombinantes. • Ele esperava 50% de fenótipos recombinantes se a segregação ocorresse independentemente. • Morgan observou 900/2.441 (36,9%) de fenótipos recombinantes. Então, concluiu que os dois genes devem estar ligados. Desvios da distribuição independente
  • 36. Simbolismo e terminologia da ligação Os locus carregados em um mesmo cromossomo são ditos "ligados“. A B a b Cromossomos Homólogos Locus 1 Locus 2
  • 37. • Grupos de ligação nº haplóide de autossomos + os cromossomos sexuais Ex.1 Drosófila tem 5 grupos de ligação (2N = 8; 3 autossomos + X + Y) Ex.2 Humano tem 24 grupos de ligação (2N = 46; 22 autossomos + X + Y). Obs. Quando não há cromossomos sexuais, considera-se "grupo de ligação" o número haplóide. Ex. Tomateiro (2N = 24 ou seja possui 12 grupos de ligação)
  • 38. • CIS: os dois alelos dominantes ou tipo selvagem estão presentes no mesmo homólogo. • TRANS: estão em homólogos diferentes. Quanto ao arranjo dos alelos em diíbridos Não possuem pontuação entre si; Separados por uma barra; Escritos na mesma ordem em cada homólogo;  Genes em cromossomos diferentes são separados por ponto-e-vírgula: A/a ; C/c Genes de ligação conhecida são separados por ponto: A/a . D/d
  • 39. configuração Cis: ambos os selvagens ou os recessivos se encontram em um mesmo cromossomo. Trans quando se tem um selvagem e um recessivo no mesmo cromossomo.
  • 40. Quanto ao modo de representação dos alelos nos cromossomos bb pr pr cc Usado quando não é sabido o sistema de ligação b/b pr/pr c/c ou b pr c b pr c Quando os 3 locus estão em cromossomos diferentes b pr c / b pr c ou b pr c b pr c ou (b pr c) / (b pr c) Quando estão no mesmo cromossomo
  • 41. Surgem novas combinações de alelos através do crossing-over; Recombinantes são o produto da meiose possuidores de combinações alélicas diferentes das células haplóides que formaram o diplóide meiótico
  • 42. CRUZAMENTO DE "DOIS PONTOS“ É a análise de 2 locus. É útil para evidenciar associação ou não de locus de um mesmo cromossomo Humanos de 105 a 107 pares de base Schizosacharomyces pombe 6.000 • A freq. de recombinantes pode ser usada como indicadora da distância entre os genes. Um % de recombinantes = 1 centimorgan. • No exemplo, os locus bn e det estão distanciados de 0,5 centimorgans (figura) • A relação centimorgan / pares de base é variável entre espécies, sexo, regiões do cromossomo.
  • 43. CRUZAMENTO DE “TRÊS PONTOS“ É a análise de 3 locus, cada um segregando 2 alelos. É útil para verificar a posição relativa de cada um dos locus • A análise de 3 locus, cada um segregando 2 alelos controlando a cor do corpo (preto b); cor do olho (púrpura pr) e a morfologia da asa (curvada c) (figura) • Os dados são posicionados em "classes recíprocas" colocando-se as parentais como primeiras e as duplo recombinantes como as últimas
  • 44. POSSÍVEIS RESULTADOS DE UM CRUZAMENTO TESTE DA PROGÊNIE DE UM TRIHÍBRIDO b pr c ? Preto, púrpura, curvada x ? Selvagem P1 bb prpr cc b+ b+ pr+ pr + c+ c+ Selvagem x Preto, púrpura, curvada Cruzamento teste do trihíbrido b+ b pr+ pr c+ c bb prpr cc Possibilidades Sem ligação Com ligação completa 1/8 b/b pr/pr c/c (Parental) 1/2 b pr c / b pr c 1/8 b/b pr/pr c+ /c 1/2 b+ pr+ c+ / b pr c 1/8 b/b pr+ /pr c/c 1/8 b/b pr+ /pr c+ /c (Recombinantes) 1/8 b+ /b pr/pr c/c 1/8 b+ /b pr/pr c+ /c 1/8 b+ /b pr+ /pr c/c 1/8 b+ /b pr+ /pr c+ /c (Parental)
  • 45. RESULTADOS DE UM CROSSING OVER ENTRE OS LOCUS PRETOS E PÚRPURA EM CROMOSSOMOS DROSÓFILA RESULTADOS DE UM CROSSING OVER DUPLO NAS REGIÕES b - pr - c EM CROMOSSOMOS DE DROSÓFILA
  • 46. RESULTADOS DO CRUZAMENTO TESTE ENTRE UMA FÊMEA DE DROSÓFILA PARA CORPO PRETO, OLHOS PÚRPURA E ASAS CURVADAS E UM MACHO SELVAGEM (b+ b pr+ pr c+ c x bb prpr cc )
  • 47. Distâncias de mapa 25,4 (a distância mais longa é + correta) 5,9 19,5 b pr c 23,7 (% de recombinantes de b e c)
  • 48. Mapa cromossômico de Drosófila
  • 49. Cálculos • Número observado de Duplo Recombinantes (NODR) • = 60+72= 132; a freq. é 132/15.000 = 0,88% • Freqüência esperada de Duplo Recombinantes (dois eventos independentes ocorrendo simultaneamente regra de multiplicação) • (prob. de b pr) x (prob. de pr c) = 0,059 x 0,195 = 0,0115 = 1,15%. Esta percentagem de 15.000 da 172 que é o Número esperado de Duplo recombinantes (NEDR) • Coeficiente de Coincidência (CC) = NODR /NEDR = 132/172 = 0,77 = 77%. Isto significa que somente 77% dos Crossing Over esperados realmente ocorreram • Coeficiente de Interferência (CI)= 1 - CC = 1- 0,77 = 0,23 = 23%. Isto significa que 23% dos Crossing Over esperados não ocorreram • A interferência é positiva quando a ocorrência do primeiro Crossing Over reduz a chance de ocorrência do segundo
  • 50. Evidência de que o crossing-over é um processo de quebra e reunião Demonstração citológica do Crossing Over em milho. Experimento de H. Creighton e B. McClintock.
  • 51. Mapeamento gênico em eucariotos • Genes sobre cromossomos não homólogos segregam independentemente. • Genes sobre o mesmo cromossomo (sintênicos) estão fisicamente ligados (grupo de ligação) e podem ser herdados juntos. Objetivo: • Analisar a freqüência de recombinação alélica em cruzamentos; • Novas combinações de alelos parentais são produzidos por recombinação (“crossing-over” durante a meiose I); • Cruzamentos-teste são usados para determinar quais genes estão ligados e criar um mapa de ligação (mapa genético de cada cromossomo).
  • 52. Ligação e padrão de segregação • Como a ligação afeta o padrão de segregação mendeliano? • Descoberta da ligação em Drosophila: – Morgan demonstrou que o gene para olhos brancos (w) e o gene para asas miniatura (m) ocorrem sobre o cromossomo X; – Cruzando uma fêmea de olhos brancos/asas miniatura com macho selvagem: wm/wm X w+m+/Y  F1 w+m+/wm e wm/Y – Ou seja, F1  fêmeas tipo selvagens (w+m+/wm) e machos com olhos brancos e asas miniatura (wm/Y).
  • 53. Autossomos ligados P pr+pr+ vg+vg+ prpr vgvg Gametas pr+ vg+ pr vg F1 pr+pr vg+vg X
  • 54. Autossomos ligados XP pr+pr vg+vg pr+pr vgvg prpr vg+vg prpr vgvg F1 1339 Parental 151 Recombinante 154 Recombinante 1195 Parental
  • 59. Mapeamento cromossômico • A porcentagem de recombinantes genéticos produzidos num cruzamento teste reflete a relação de ligação entre os genes. • Os experimentos de recombinação podem ser usados para gerar mapas genéticos. – Teste de dois pontos – Teste de três pontos
  • 60. Teste de dois pontos 415 92 88 405
  • 61. 820Parentais Recombinantes 180 Total 1.000 Freqüência de recombinação = _____180 1.000 vg b18 u.m.
  • 62. Teste dos três pontos
  • 63. sc ec cv9,1 10,5
  • 64.