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Geotecnia I – SLIDES 02
Capítulo 1
Origem e formação
dos solos
Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt
prof.douglas.pucgo@gmail.com
SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos
GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt
A origem do solo
 Em geral, os solos são formados pela decomposição
das rochas a partir de agentes de intemperismo
 São constituídos por um conjunto de partículas
sólidas e vazios, preenchidos ou não
 O comportamento do solo depende:
 Do movimento de suas partículas entre si
2
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Minerais
3
“Matéria formada por processos inorgânicos da natureza e
que possui composição química definida” (CHIOSSI, 2013).
“Substância sólida natural e homogênea com estrutura
atômica característica” (FRASCÁ; SARTORI, 1998).
“Formam a fase sólida do solo e são o produto da erosão das
rochas” (DAS, 2007).
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Rochas
4
“Corpo sólido natural, resultante de um processo geológico
determinado, formado por agregados de um ou mais
minerais, arranjados segundo as condições de temperatura
e pressão existentes durante sua formação” (FRASCÁ;
SARTORI, 1998).
Ígneas Sedimentares Metamórficas
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Rochas
5
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Solos
7
São materiais com origem recente ou remota e são
provenientes da alteração das rochas por ação do
intemperismo (agentes físicos ou químicos).
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Intemperismo
8
 É o conjunto de modificações de ordem física
(desagregação) e química (decomposição)
que as rochas sofrem ao aflorar na superfície
da Terra.
 Interação entre o material geológico e a
atmosfera, a hidrosfera e a biosfera.
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Intemperismo
9
Principais agentes físicos:
 Água (gelo/degelo – exerce elevadas tensões)
Fragmentação por ação do gelo. A água líquida ocupa as fissuras da rocha (a),
sendo posteriormente congelada, expandindo e exercendo pressão nas paredes (b).
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Intemperismo
10
Principais agentes físicos:
 Água (gelo/degelo – exerce elevadas tensões)
Bloco de gnaisse fraturado pela ação do gelo nas fissuras
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Intemperismo
11
Principais agentes físicos:
 Temperatura (provocam trincas, nas quais penetra a água, atacando
quimicamente os materiais)
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Intemperismo
12
Principais agentes físicos:
 Vento
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Intemperismo
13
Principais agentes físicos:
 Vegetação
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Intemperismo
14
Principais agentes químicos:
 Oxidação (mudança que sofre
um mineral em decorrência da
penetração de oxigênio na
rocha)
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Intemperismo
15
Principais agentes químicos:
 Hidratação (moléculas de água entram na estrutura mineral,
modificando-a e formando um novo mineral).
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Intemperismo
16
Principais agentes químicos:
 Hidrólise
 O mais importante agente do intemperismo químico;
 Íons da água combinam-se com os íons dos minerais formando
novas substâncias;
 Destruição de silicatos:
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Intemperismo
17
Principais agentes químicos:
 Carbonatação
 O CO2 contido na água forma ácido carbônico, contribuindo para a
decomposição da rocha;
 Mais acentuado em rochas calcárias.
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Perfil de formação do solo
18
É mais homogêneo e não apresenta
nenhuma relação com a rocha mãe
Grande quantidade de pedregulho;
São bastante heterogêneos (coloração,
resistência, compressibilidade e
permeabilidade)
Guarda características da rocha sã e
tem basicamente os mesmos minerais,
porém sua resistência é bem reduzida
Preserva parte da estrutura e de seus
minerais, porém com dureza inferior à
da rocha matriz (muito fraturada)
Rocha inalterada
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Classificação quanto à origem
 Solos residuais:
 São solos provenientes da decomposição das rochas e não
foram submetidos a ações de transporte
 Se conservam no local da rocha mãe
 Centro-Sul do Brasil
 Solos transportados ou sedimentares:
 São solos, que após o processo de alteração, foram
transportados para outros locais.
 Coluviões, tálus, aluvionares, eólicos, glaciais
19
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Classificação quanto à origem
20
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Classificação quanto à origem
 Solos transportados ou sedimentares:
 Solos coluviais (ou depósito de tálus)
 O transporte se dá pela ação da gravidade e são muito
heterogêneos
 Ocorrência localizada, em pé de encostas ou provenientes de
escorregamentos
 Apresentam boa resistência, porém elevada permeabilidade
 Colúvio: material predominantemente fino (Serra do Mar e
planalto brasileiro)
 Tálus: material predominantemente grosseiro (sul da Bahia e
Salvador)
21
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Classificação quanto à origem
 Solos transportados ou sedimentares:
 Solos aluvionares
 Origem pluvial ou fluvial
 Fonte de materiais de construção, mas “péssimos” como
fundação
22
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Classificação quanto à origem
 Solos transportados ou sedimentares:
 Solos eólicos
 O vento é o agente de transporte
 Os grãos tendem a ser arredondados e uniformes
 Dunas: norte brasileiro
 Loess: depósitos eólicos formados a grandes distâncias
 Areias finas e siltes
 Solos glaciais (geleiras)
 Regiões temperadas e altitudes elevadas
 São os solos formados pelas geleiras ao se deslocarem pela
ação da gravidade
23
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Classificação quanto à origem
 Solos orgânicos
 Possuem alto teor de matéria orgânica em decomposição e
apresentam coloração escura
 Turfa (solos com alto teor orgânico)
 Solos de evolução pedogenética
 São solos, que após o processo de formação, são alterados
por processos físico-químicos, como lixiviação, laterização,
cimentação, etc.
 Ex.: solos lateríticos (solos vermelhos de zonas úmidas e
quentes, compostos por hidróxido de alumínio e ferro)
24
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Tamanho das partículas
 A primeira característica que diferencia os solos é o
tamanho das partículas que os compõem
25
25cm - 1m
7,6cm - 25cm
4,8mm - 7,6cm
2,0mm - 4,8mm
0,42mm - 2,0mm
0,05mm - 0,42mm
0,005mm - 0,05mm
inferior a 0,005mm
Silte
Argila
Fração Limites pela ABNT
Matacão
Pedra
Pedregulho
Areia Grossa
Areia Média
Areia Fina
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Tamanho das partículas
26
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Fases físicas dos solos
 Os solos são constituídos por um conjunto de partículas
com água (ou outro líquido) e ar nos espaços
intermediários
27
Sólidos Água Ar
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Fases físicas dos solos
 As fases líquida e gasosa estão sob diferentes pressões.
 As diferença entre as pressões é denominada tensão de
sucção (ou somente sucção) e é responsável por diversos
fenômenos referentes ao comportamento mecânico dos
solos (solos não-saturados).
28
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Constituição mineralógica
 Os minerais encontrados no solo são basicamente os
mesmos que constituem a rocha matriz. Podem ser
divididos em:
a) Fração grossa:
- Silicatos (quartzo, feldspato, mica, clorita, etc)
- Óxidos (hematita, magnetita, limonita)
- Carbonatos (calcita, dolomita)
- Sufatos (gesso, anidrita)
b) Fração fina:
- Com composição mais complexa, destacam a sílica (SiO2) e os
sesquióxidos metálicos. Principais grupos argílicos:
 Caulinitas, ilitas e montmorilonitas
29
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Constituição mineralógica
b) Fração fina
30
Os argilominerais são formados pela combinação de diferentes estruturas
atômicas. Composição química:
O
O O
O
Si
Tetraedros justapostos em planos à base de óxidos de silício (SiO2)
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Constituição mineralógica
b) Fração fina
31
Os argilominerais são formados pela combinação de diferentes estruturas
atômicas. Composição química:
Octaedros formados por átomos de oxigênio e hidroxilas
O
O
O O
O
Al
O
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Constituição mineralógica
32
Minerais formados pela
associação de uma camada
tetraédrica e uma camada
octaédrica (1:1).
A ligação entre as estruturas
é feita pelo hidrogênio, que é
uma ligação forte.
i) Caulinitas
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Constituição mineralógica
33
Essa ligação forte impede a separação das estruturas, bem como
a entrada de moléculas de água.
i) Caulinitas
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Constituição mineralógica
34
Minerais formados pela
associação de uma camada
octaédrica entre duas
tetraédricas (2:1).
A ligação dos minerais é feita
por íons de potássio (K), que
são ligações firmes.
ii) Ilitas
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Constituição mineralógica
35
Também são argilominerais
2:1, em que a ligação entre os
minerais é feita por diversos
cátions (Ca++, Na+), que
promovem ligações fracas e
não impedem a entrada ou
saída de moléculas de água
nas ligações.
Os cátions são facilmente
trocáveis pela percolação de
soluções químicas.
iii) Montmorilonitas
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Constituição mineralógica
 O tipo de cátion presente numa argila condiciona a
sua estabilidade, o que condiciona seu
comportamento
 Superfície específica:
 Caulinitas: 10 m²/g
 Ilitas: 80 m²/g
 Montmorilonitas: 800 m²/g
36
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Forma das partículas
37
• Arredondadas: predominam nos pedregulhos, areias e siltes;
• Lamelares: formas de placas, que predominam nas argilas e micas;
• Fibrilares: característica de solos altamente orgânicos (turfas).
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Estrutura dos solos argilosos
38
Quando duas partículas de argilominerais estão
próximas surgem forças de atração e/ou de
repulsão.
A combinação destas forças, bem como do líquido
circundante, irá determinar a forma de contato entre
as diversas partículas de argila, resultando em
diferentes estruturas para os solos finos.
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Estrutura dos solos argilosos
39
Estrutura floculada: predominam as ligações
“borda-face”.
Floculado em sal. Floculado sem sal.
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Estrutura dos solos argilosos
40
Estrutura dispersa: predominam as ligações “face-
face”.
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41
Identificação dos solos
por meio de ensaios
Análise Granulométrica
Índices de Consistência
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Análise Granulométrica
 É o estudo da distribuição do tamanho dos vários
“grãos” que constituem o solo
 De acordo com o tamanho dos “grãos”, cada faixa recebe uma
designação arbitrada
 O limite entre as faixas varia de acordo com a escala
granulométrica utilizada
42
25cm - 1m
7,6cm - 25cm
4,8mm - 7,6cm
2,0mm - 4,8mm
0,42mm - 2,0mm
0,05mm - 0,42mm
0,005mm - 0,05mm
inferior a 0,005mm
Silte
Argila
Fração Limites pela ABNT
Matacão
Pedra
Pedregulho
Areia Grossa
Areia Média
Areia Fina
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Análise Granulométrica
 O ensaio de granulometria é feito em duas partes
a) Por peneiramento
• Utiliza-se uma série de peneiras com aberturas de malha
variadas;
• Identifica-se a distribuição da fração grossa (areia fina acima);
• A peneira mais fina utilizada é a # 200 (0,075mm);
• O que passa na # 200 é classificado como solo fino / fração fina
(silte e/ou argila)
43
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Análise Granulométrica
a) Por peneiramento
44
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Análise Granulométrica
 O ensaio de granulometria é feito em duas partes
b) Por sedimentação
• A fração fina é misturada em água com a presença de um
produto defloculante
• Essa mistura é agitada bastante e depois é colocada em
repouso, permitindo a decantação das partículas finas
• Baseado na Lei de Stokes e com o auxílio de um densímetro,
são calculados os diâmetros equivalentes das partículas
• A densidade é medida periodicamente
45
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Análise Granulométrica
b) Por sedimentação
• Lei de Stokes: a velocidade de queda de partículas esféricas
num fluido atinge um valor limite que depende do peso
específico do material da esfera (γs), do peso específico do
fluido (γw), da viscosidade do fluido (μ), e do diâmetro da esfera
(D), conforme a expressão:
46
2
18
Dv ws






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Análise Granulométrica
b) Por sedimentação – esquema do ensaio
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Análise Granulométrica
48
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Análise Granulométrica
 Fatores que condicionam a curva granulométrica:
a) Procedimento de secagem;
b) Destorroamento;
c) Tipo de defloculante usado no ensaio.
- Ex.: argila porosa de Brasília
49
Defloculante % de argila
Hexametafosfato de sódio 60 – 80
Sem defloculante 5 - 30
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Análise Granulométrica
50
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51
Exemplo 1
A análise granulométrica de um solo forneceu os resultados
apresentados na Tabela 1, cujo peso da amostra seca foi de
59,1 g. Do ensaio de sedimentação resultou que 24,6 g de
partículas eram menores que 0,05 mm e que 10,2 g menores
que 0,005 mm. Determine as porcentagens de areia, de silte
e de argila e classifique o solo.
Peneiras Peso retido (g)
#20 (0,84 mm) 2,8
#40 (0,42 mm) 3,4
#60 (0,25 mm) 8,5
#140 (0,105 mm) 6,7
#200 (0,075mm) 10,2
Tabela 1
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Índices de consistência(Limites de Atterberg)
 Só a distribuição granulométrica não caracteriza
bem o comportamento dos solos sob o ponto de vista
da Engenharia
 A fração fina dos solos tem uma importância muito
grande nesse comportamento
 O tipo de argilomineral presente ditará o
comportamento do solo fino
 A análise do mineral argila é muito complexa
 De forma indireta, estuda-se o comportamento do
solo na presença de água
52
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Índices de consistência(Limites de Atterberg)
 São empregados os ensaios de Atterberg,
padronizados por Arthur Casagrande
 Os limites baseiam-se na constatação de que um
solo argiloso ocorre com aspectos bem distintos
conforme o seu teor de umidade
 São os teores de umidade que delimitam as
fronteiras entre os diversos estados de
consistência que um solo fino pode apresentar.
53
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Índices de consistência(Limites de Atterberg)
54
Estado
sólido
Semi-sólido plástico Líquido ou viscoso
LC LP LL Teor de umidade
Índice de Plasticidade IP = LL – LP
Solo não-plástico (NP) = não se consegue medir LL ou LP
1 ≤ IP ≤7 = solo fracamente plástico
7 < IP ≤15 = solo medianamente plástico
IP > 15 = solo altamente plástico
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Índices de consistência(Limites de Atterberg)
 Plasticidade:
 Propriedade de certos sólidos serem moldados sem
variação de volume
 Nas argilas esta característica vem de forma lamelar das
partículas, que permite um deslocamento relativo sem
variação de volume
 O movimento relativo das partículas só é possível desde que
a água intersticial possa funcionar como lubrificante
55
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Índices de consistência(Limites de Atterberg)
 Limite de Liquidez (LL ou wL)
 Teor de umidade que separa o estado plástico do estado
viscoso e que lhe confere comportamento “líquido”
 Emprego do aparelho de Casagrande
56
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Índices de consistência(Limites de Atterberg)
 Limite de Liquidez (LL ou wL)
 O LL é definido como o teor de umidade para o qual o
sulco (de 1 cm de altura) é fechado com 25 golpes
57
Antes do ensaio
Depois do ensaio
25
Nº de golpes – escala log
Teordeumidade(%)
LL
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Índices de consistência(Limites de Atterberg)
 Limite de Plasticidade (LP ou wP)
 Teor de umidade no qual o solo começa a se fraturar quando
se tenta moldar um “cilindro”
 É determinado em laboratório pela moldagem de um
“cilindro” de solo com D = 3mm e L = 10 cm
 LP é teor de umidade em que se consegue moldar esse
“cilindro” e que começam a aparecer fissuras
58
SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos
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Índices de consistência(Limites de Atterberg)
 Limite de Plasticidade (LP ou wP)
59
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Índices de consistência(Limites de Atterberg)
 Limite de Plasticidade (LP ou wP)
60
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Índices de consistência(Limites de Atterberg)
 Limite de Contração (LC ou wC)
 No estado semi-sólido há uma redução do volume com a
diminuição do teor de umidade
 LC: é o teor de umidade abaixo do qual deixa de haver
redução do volume do solo com a secagem
61
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Índices de consistência(Limites de Atterberg)
 Limite de Contração (LC ou wC)
62
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63
Exemplo 2
Na determinação do limite de liquidez de um solo, de acordo
com o Método Brasileiro NBR 6459, foram feitas cinco
determinações para que a ranhura se fechasse, com teores
de umidade crescentes, tendo-se obtido os resultados
apresentados na Tabela 2. Qual o Limite de Liquidez deste
solo?
Tentativa Umidade (%) Nº de golpes
1 51,3 36
2 52,8 29
3 54,5 22
4 55,5 19
5 56,7 16
Tabela 2
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64
Exemplo 2 - Resolução
Construção do gráfico em escala logarítmica.
NTd log d (cm) = distância a partir da origem da
década até o ponto desejado no gráfico
T (cm) = tamanho da década
N = valor entre 1 e 10
T
d
N 10
décadadaorigemdaValorNprocuradoValor 
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Atividade das argilas
 Há solos que, mesmo com baixo teor de finos (10 a
20%), apresentam comportamentos típicos da fração
argila
 Isto ocorre porque a fração argila é ativa
 A medida desse fenômeno é dado pelo Índice de
Atividade (IA):
65
mm
IP
IA
002,0% 

IA ≤ 0,75 → fração argilosa inativa
0,75 < IA < 1,25 → fração argilosa normal
IA ≥ 1,25 → fração argilosa ativa
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Emprego dos Índices de
Consistência
 Classificação de solos
 Previsão de comportamento
 Estimativa de parâmetros de projeto
66
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67
Exemplo 3
Com a mesma amostra do exemplo 2, foram feitas quatro
determinações do limite de plasticidade, de acordo com o
Método Brasileiro NBR 7180, tendo-se obtido as seguintes
umidades, apresentadas na Tabela 3, quando o cilindro de
3 mm se fragmentava ao ser moldado. Qual o Limite de
Plasticidade deste solo? Qual o Índice de Plasticidade?
Quanto IP, como poderia ser classificado este solo?
Tentativa Umidade (%)
1 22,3
2 24,2
3 21,9
4 22,5
Tabela 3

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Puc geoi 02_cap1_origem e formação dos solos

  • 1. Geotecnia I – SLIDES 02 Capítulo 1 Origem e formação dos solos Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt prof.douglas.pucgo@gmail.com
  • 2. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt A origem do solo  Em geral, os solos são formados pela decomposição das rochas a partir de agentes de intemperismo  São constituídos por um conjunto de partículas sólidas e vazios, preenchidos ou não  O comportamento do solo depende:  Do movimento de suas partículas entre si 2
  • 3. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Minerais 3 “Matéria formada por processos inorgânicos da natureza e que possui composição química definida” (CHIOSSI, 2013). “Substância sólida natural e homogênea com estrutura atômica característica” (FRASCÁ; SARTORI, 1998). “Formam a fase sólida do solo e são o produto da erosão das rochas” (DAS, 2007).
  • 4. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Rochas 4 “Corpo sólido natural, resultante de um processo geológico determinado, formado por agregados de um ou mais minerais, arranjados segundo as condições de temperatura e pressão existentes durante sua formação” (FRASCÁ; SARTORI, 1998). Ígneas Sedimentares Metamórficas
  • 5. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Rochas 5
  • 6. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Solos 7 São materiais com origem recente ou remota e são provenientes da alteração das rochas por ação do intemperismo (agentes físicos ou químicos).
  • 7. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Intemperismo 8  É o conjunto de modificações de ordem física (desagregação) e química (decomposição) que as rochas sofrem ao aflorar na superfície da Terra.  Interação entre o material geológico e a atmosfera, a hidrosfera e a biosfera.
  • 8. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Intemperismo 9 Principais agentes físicos:  Água (gelo/degelo – exerce elevadas tensões) Fragmentação por ação do gelo. A água líquida ocupa as fissuras da rocha (a), sendo posteriormente congelada, expandindo e exercendo pressão nas paredes (b).
  • 9. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Intemperismo 10 Principais agentes físicos:  Água (gelo/degelo – exerce elevadas tensões) Bloco de gnaisse fraturado pela ação do gelo nas fissuras
  • 10. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Intemperismo 11 Principais agentes físicos:  Temperatura (provocam trincas, nas quais penetra a água, atacando quimicamente os materiais)
  • 11. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Intemperismo 12 Principais agentes físicos:  Vento
  • 12. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Intemperismo 13 Principais agentes físicos:  Vegetação
  • 13. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Intemperismo 14 Principais agentes químicos:  Oxidação (mudança que sofre um mineral em decorrência da penetração de oxigênio na rocha)
  • 14. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Intemperismo 15 Principais agentes químicos:  Hidratação (moléculas de água entram na estrutura mineral, modificando-a e formando um novo mineral).
  • 15. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Intemperismo 16 Principais agentes químicos:  Hidrólise  O mais importante agente do intemperismo químico;  Íons da água combinam-se com os íons dos minerais formando novas substâncias;  Destruição de silicatos:
  • 16. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Intemperismo 17 Principais agentes químicos:  Carbonatação  O CO2 contido na água forma ácido carbônico, contribuindo para a decomposição da rocha;  Mais acentuado em rochas calcárias.
  • 17. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Perfil de formação do solo 18 É mais homogêneo e não apresenta nenhuma relação com a rocha mãe Grande quantidade de pedregulho; São bastante heterogêneos (coloração, resistência, compressibilidade e permeabilidade) Guarda características da rocha sã e tem basicamente os mesmos minerais, porém sua resistência é bem reduzida Preserva parte da estrutura e de seus minerais, porém com dureza inferior à da rocha matriz (muito fraturada) Rocha inalterada
  • 18. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Classificação quanto à origem  Solos residuais:  São solos provenientes da decomposição das rochas e não foram submetidos a ações de transporte  Se conservam no local da rocha mãe  Centro-Sul do Brasil  Solos transportados ou sedimentares:  São solos, que após o processo de alteração, foram transportados para outros locais.  Coluviões, tálus, aluvionares, eólicos, glaciais 19
  • 19. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Classificação quanto à origem 20
  • 20. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Classificação quanto à origem  Solos transportados ou sedimentares:  Solos coluviais (ou depósito de tálus)  O transporte se dá pela ação da gravidade e são muito heterogêneos  Ocorrência localizada, em pé de encostas ou provenientes de escorregamentos  Apresentam boa resistência, porém elevada permeabilidade  Colúvio: material predominantemente fino (Serra do Mar e planalto brasileiro)  Tálus: material predominantemente grosseiro (sul da Bahia e Salvador) 21
  • 21. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Classificação quanto à origem  Solos transportados ou sedimentares:  Solos aluvionares  Origem pluvial ou fluvial  Fonte de materiais de construção, mas “péssimos” como fundação 22
  • 22. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Classificação quanto à origem  Solos transportados ou sedimentares:  Solos eólicos  O vento é o agente de transporte  Os grãos tendem a ser arredondados e uniformes  Dunas: norte brasileiro  Loess: depósitos eólicos formados a grandes distâncias  Areias finas e siltes  Solos glaciais (geleiras)  Regiões temperadas e altitudes elevadas  São os solos formados pelas geleiras ao se deslocarem pela ação da gravidade 23
  • 23. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Classificação quanto à origem  Solos orgânicos  Possuem alto teor de matéria orgânica em decomposição e apresentam coloração escura  Turfa (solos com alto teor orgânico)  Solos de evolução pedogenética  São solos, que após o processo de formação, são alterados por processos físico-químicos, como lixiviação, laterização, cimentação, etc.  Ex.: solos lateríticos (solos vermelhos de zonas úmidas e quentes, compostos por hidróxido de alumínio e ferro) 24
  • 24. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Tamanho das partículas  A primeira característica que diferencia os solos é o tamanho das partículas que os compõem 25 25cm - 1m 7,6cm - 25cm 4,8mm - 7,6cm 2,0mm - 4,8mm 0,42mm - 2,0mm 0,05mm - 0,42mm 0,005mm - 0,05mm inferior a 0,005mm Silte Argila Fração Limites pela ABNT Matacão Pedra Pedregulho Areia Grossa Areia Média Areia Fina
  • 25. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Tamanho das partículas 26
  • 26. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Fases físicas dos solos  Os solos são constituídos por um conjunto de partículas com água (ou outro líquido) e ar nos espaços intermediários 27 Sólidos Água Ar
  • 27. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Fases físicas dos solos  As fases líquida e gasosa estão sob diferentes pressões.  As diferença entre as pressões é denominada tensão de sucção (ou somente sucção) e é responsável por diversos fenômenos referentes ao comportamento mecânico dos solos (solos não-saturados). 28
  • 28. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Constituição mineralógica  Os minerais encontrados no solo são basicamente os mesmos que constituem a rocha matriz. Podem ser divididos em: a) Fração grossa: - Silicatos (quartzo, feldspato, mica, clorita, etc) - Óxidos (hematita, magnetita, limonita) - Carbonatos (calcita, dolomita) - Sufatos (gesso, anidrita) b) Fração fina: - Com composição mais complexa, destacam a sílica (SiO2) e os sesquióxidos metálicos. Principais grupos argílicos:  Caulinitas, ilitas e montmorilonitas 29
  • 29. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Constituição mineralógica b) Fração fina 30 Os argilominerais são formados pela combinação de diferentes estruturas atômicas. Composição química: O O O O Si Tetraedros justapostos em planos à base de óxidos de silício (SiO2)
  • 30. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Constituição mineralógica b) Fração fina 31 Os argilominerais são formados pela combinação de diferentes estruturas atômicas. Composição química: Octaedros formados por átomos de oxigênio e hidroxilas O O O O O Al O
  • 31. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Constituição mineralógica 32 Minerais formados pela associação de uma camada tetraédrica e uma camada octaédrica (1:1). A ligação entre as estruturas é feita pelo hidrogênio, que é uma ligação forte. i) Caulinitas
  • 32. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Constituição mineralógica 33 Essa ligação forte impede a separação das estruturas, bem como a entrada de moléculas de água. i) Caulinitas
  • 33. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Constituição mineralógica 34 Minerais formados pela associação de uma camada octaédrica entre duas tetraédricas (2:1). A ligação dos minerais é feita por íons de potássio (K), que são ligações firmes. ii) Ilitas
  • 34. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Constituição mineralógica 35 Também são argilominerais 2:1, em que a ligação entre os minerais é feita por diversos cátions (Ca++, Na+), que promovem ligações fracas e não impedem a entrada ou saída de moléculas de água nas ligações. Os cátions são facilmente trocáveis pela percolação de soluções químicas. iii) Montmorilonitas
  • 35. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Constituição mineralógica  O tipo de cátion presente numa argila condiciona a sua estabilidade, o que condiciona seu comportamento  Superfície específica:  Caulinitas: 10 m²/g  Ilitas: 80 m²/g  Montmorilonitas: 800 m²/g 36
  • 36. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Forma das partículas 37 • Arredondadas: predominam nos pedregulhos, areias e siltes; • Lamelares: formas de placas, que predominam nas argilas e micas; • Fibrilares: característica de solos altamente orgânicos (turfas).
  • 37. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Estrutura dos solos argilosos 38 Quando duas partículas de argilominerais estão próximas surgem forças de atração e/ou de repulsão. A combinação destas forças, bem como do líquido circundante, irá determinar a forma de contato entre as diversas partículas de argila, resultando em diferentes estruturas para os solos finos.
  • 38. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Estrutura dos solos argilosos 39 Estrutura floculada: predominam as ligações “borda-face”. Floculado em sal. Floculado sem sal.
  • 39. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Estrutura dos solos argilosos 40 Estrutura dispersa: predominam as ligações “face- face”.
  • 40. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 41 Identificação dos solos por meio de ensaios Análise Granulométrica Índices de Consistência
  • 41. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Análise Granulométrica  É o estudo da distribuição do tamanho dos vários “grãos” que constituem o solo  De acordo com o tamanho dos “grãos”, cada faixa recebe uma designação arbitrada  O limite entre as faixas varia de acordo com a escala granulométrica utilizada 42 25cm - 1m 7,6cm - 25cm 4,8mm - 7,6cm 2,0mm - 4,8mm 0,42mm - 2,0mm 0,05mm - 0,42mm 0,005mm - 0,05mm inferior a 0,005mm Silte Argila Fração Limites pela ABNT Matacão Pedra Pedregulho Areia Grossa Areia Média Areia Fina
  • 42. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Análise Granulométrica  O ensaio de granulometria é feito em duas partes a) Por peneiramento • Utiliza-se uma série de peneiras com aberturas de malha variadas; • Identifica-se a distribuição da fração grossa (areia fina acima); • A peneira mais fina utilizada é a # 200 (0,075mm); • O que passa na # 200 é classificado como solo fino / fração fina (silte e/ou argila) 43
  • 43. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Análise Granulométrica a) Por peneiramento 44
  • 44. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Análise Granulométrica  O ensaio de granulometria é feito em duas partes b) Por sedimentação • A fração fina é misturada em água com a presença de um produto defloculante • Essa mistura é agitada bastante e depois é colocada em repouso, permitindo a decantação das partículas finas • Baseado na Lei de Stokes e com o auxílio de um densímetro, são calculados os diâmetros equivalentes das partículas • A densidade é medida periodicamente 45
  • 45. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Análise Granulométrica b) Por sedimentação • Lei de Stokes: a velocidade de queda de partículas esféricas num fluido atinge um valor limite que depende do peso específico do material da esfera (γs), do peso específico do fluido (γw), da viscosidade do fluido (μ), e do diâmetro da esfera (D), conforme a expressão: 46 2 18 Dv ws      
  • 46. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 47 Análise Granulométrica b) Por sedimentação – esquema do ensaio
  • 47. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Análise Granulométrica 48
  • 48. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Análise Granulométrica  Fatores que condicionam a curva granulométrica: a) Procedimento de secagem; b) Destorroamento; c) Tipo de defloculante usado no ensaio. - Ex.: argila porosa de Brasília 49 Defloculante % de argila Hexametafosfato de sódio 60 – 80 Sem defloculante 5 - 30
  • 49. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Análise Granulométrica 50
  • 50. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 51 Exemplo 1 A análise granulométrica de um solo forneceu os resultados apresentados na Tabela 1, cujo peso da amostra seca foi de 59,1 g. Do ensaio de sedimentação resultou que 24,6 g de partículas eram menores que 0,05 mm e que 10,2 g menores que 0,005 mm. Determine as porcentagens de areia, de silte e de argila e classifique o solo. Peneiras Peso retido (g) #20 (0,84 mm) 2,8 #40 (0,42 mm) 3,4 #60 (0,25 mm) 8,5 #140 (0,105 mm) 6,7 #200 (0,075mm) 10,2 Tabela 1
  • 51. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Índices de consistência(Limites de Atterberg)  Só a distribuição granulométrica não caracteriza bem o comportamento dos solos sob o ponto de vista da Engenharia  A fração fina dos solos tem uma importância muito grande nesse comportamento  O tipo de argilomineral presente ditará o comportamento do solo fino  A análise do mineral argila é muito complexa  De forma indireta, estuda-se o comportamento do solo na presença de água 52
  • 52. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Índices de consistência(Limites de Atterberg)  São empregados os ensaios de Atterberg, padronizados por Arthur Casagrande  Os limites baseiam-se na constatação de que um solo argiloso ocorre com aspectos bem distintos conforme o seu teor de umidade  São os teores de umidade que delimitam as fronteiras entre os diversos estados de consistência que um solo fino pode apresentar. 53
  • 53. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Índices de consistência(Limites de Atterberg) 54 Estado sólido Semi-sólido plástico Líquido ou viscoso LC LP LL Teor de umidade Índice de Plasticidade IP = LL – LP Solo não-plástico (NP) = não se consegue medir LL ou LP 1 ≤ IP ≤7 = solo fracamente plástico 7 < IP ≤15 = solo medianamente plástico IP > 15 = solo altamente plástico
  • 54. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Índices de consistência(Limites de Atterberg)  Plasticidade:  Propriedade de certos sólidos serem moldados sem variação de volume  Nas argilas esta característica vem de forma lamelar das partículas, que permite um deslocamento relativo sem variação de volume  O movimento relativo das partículas só é possível desde que a água intersticial possa funcionar como lubrificante 55
  • 55. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Índices de consistência(Limites de Atterberg)  Limite de Liquidez (LL ou wL)  Teor de umidade que separa o estado plástico do estado viscoso e que lhe confere comportamento “líquido”  Emprego do aparelho de Casagrande 56
  • 56. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Índices de consistência(Limites de Atterberg)  Limite de Liquidez (LL ou wL)  O LL é definido como o teor de umidade para o qual o sulco (de 1 cm de altura) é fechado com 25 golpes 57 Antes do ensaio Depois do ensaio 25 Nº de golpes – escala log Teordeumidade(%) LL
  • 57. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Índices de consistência(Limites de Atterberg)  Limite de Plasticidade (LP ou wP)  Teor de umidade no qual o solo começa a se fraturar quando se tenta moldar um “cilindro”  É determinado em laboratório pela moldagem de um “cilindro” de solo com D = 3mm e L = 10 cm  LP é teor de umidade em que se consegue moldar esse “cilindro” e que começam a aparecer fissuras 58
  • 58. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Índices de consistência(Limites de Atterberg)  Limite de Plasticidade (LP ou wP) 59
  • 59. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Índices de consistência(Limites de Atterberg)  Limite de Plasticidade (LP ou wP) 60
  • 60. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Índices de consistência(Limites de Atterberg)  Limite de Contração (LC ou wC)  No estado semi-sólido há uma redução do volume com a diminuição do teor de umidade  LC: é o teor de umidade abaixo do qual deixa de haver redução do volume do solo com a secagem 61
  • 61. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Índices de consistência(Limites de Atterberg)  Limite de Contração (LC ou wC) 62
  • 62. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 63 Exemplo 2 Na determinação do limite de liquidez de um solo, de acordo com o Método Brasileiro NBR 6459, foram feitas cinco determinações para que a ranhura se fechasse, com teores de umidade crescentes, tendo-se obtido os resultados apresentados na Tabela 2. Qual o Limite de Liquidez deste solo? Tentativa Umidade (%) Nº de golpes 1 51,3 36 2 52,8 29 3 54,5 22 4 55,5 19 5 56,7 16 Tabela 2
  • 63. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 64 Exemplo 2 - Resolução Construção do gráfico em escala logarítmica. NTd log d (cm) = distância a partir da origem da década até o ponto desejado no gráfico T (cm) = tamanho da década N = valor entre 1 e 10 T d N 10 décadadaorigemdaValorNprocuradoValor 
  • 64. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Atividade das argilas  Há solos que, mesmo com baixo teor de finos (10 a 20%), apresentam comportamentos típicos da fração argila  Isto ocorre porque a fração argila é ativa  A medida desse fenômeno é dado pelo Índice de Atividade (IA): 65 mm IP IA 002,0%   IA ≤ 0,75 → fração argilosa inativa 0,75 < IA < 1,25 → fração argilosa normal IA ≥ 1,25 → fração argilosa ativa
  • 65. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt Emprego dos Índices de Consistência  Classificação de solos  Previsão de comportamento  Estimativa de parâmetros de projeto 66
  • 66. SLIDES 02 – Capítulo 1 - Origem e formação dos solos GEOTECNIA I – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 67 Exemplo 3 Com a mesma amostra do exemplo 2, foram feitas quatro determinações do limite de plasticidade, de acordo com o Método Brasileiro NBR 7180, tendo-se obtido as seguintes umidades, apresentadas na Tabela 3, quando o cilindro de 3 mm se fragmentava ao ser moldado. Qual o Limite de Plasticidade deste solo? Qual o Índice de Plasticidade? Quanto IP, como poderia ser classificado este solo? Tentativa Umidade (%) 1 22,3 2 24,2 3 21,9 4 22,5 Tabela 3