Geodinamica_ Ciências Naturais

SUBTEMA
S1
1.3 GEODINÂMICA EXTERNA E ROCHAS SEDIMENTARES
DINÂMICA
EXTERNA
DA TERRA
MISSÃO TERRA 7

1.3 GEODINÂMICA EXTERNA E ROCHAS SEDIMENTARES MISSÃO TERRA 7
Devo ser capaz de
• Relacionar a ação de agentes de geodinâmica externa
(água, vento e seres vivos) com a modelação de diferentes
paisagens, privilegiando o contexto português.
• Interpretar modelos que evidenciem a dinâmica de um
curso de água (transporte e deposição de materiais),
relacionando as observações efetuadas com problemáticas
locais ou regionais de cariz CTSA.
• Explicar processos envolvidos na formação de rochas
sedimentares (sedimentogénese e diagénese) apresentados
em suportes diversificados (esquemas, figuras, textos).
Aprendizagens essenciais

Como atuam os agentes de geodinâmica externa?
A água, no estado líquido, pode transportar os minerais e/ou reagir com
eles transformando-os em novos minerais.
Ação da água
A ação da água promove a
desagregação e alteração das rochas.
A infiltração da água em fendas nas rochas promove a sua
desagregação. Quando a água congela, aumenta de volume,
favorecendo a desagregação

A ação do vento nas rochas leva
ao seu desgaste, fragmentação e
transporta os fragmentos
resultantes.
Ação do vento
Os blocos pedunculados são estruturas que podem originar-se pela ação
do vento na desagregação das rochas e transporte de fragmentos.

Os seres vivos alteram e
fraturam as rochas.
Ação dos seres vivos
A ação das raízes das plantas é muitas vezes responsável pela
desagregação dos maciços rochosos.

Na formação de uma rocha sedimentar, intervêm dois conjuntos de
processos:
• Sedimentogénese (meteorização e/ou erosão, transporte e deposição)
• Diagénese (compactação/desidratação e cimentação)
A
Meteorização e
erosão
B
Transporte C
Deposição

Sedimentogénese
Conjunto de processos que intervém na formação de sedimentos (ou
rochas sedimentares incoerentes) ou não consolidadas até à sua
deposição.
A areia é uma rocha sedimentar não consolidada.

Sedimentogénese
Conjunto de processos de que resulta a destruição do relevo da superfície
terrestre, podendo ser física ou ser química.
Meteorização
Meteorização física
A rocha é fragmentada, dando
origem a sedimentos herdados
da rocha-mãe.
Meteorização Química
Modificação química dos
minerais que constituem a
rocha inicial.

Sedimentogénese
Meteorização
- A ação do gelo e a variação da temperatura
sobre as rochas são exemplos de meteorização física.
- A dissolução do maciço calcário é exemplo de meteorização química.
- As raízes da vegetação têm uma ação de meteorização física, mas também
de meteorização química.

Sedimentogénese
Erosão e transporte
• A erosão compreende a remoção dos fragmentos rochosos.
• O transporte é o movimento dos materiais resultantes da meteorização,
o qual pode ser levado a cabo pela água, pela ação do vento ou pelos
seres vivos.
A distância de transporte tem influência no arredondamento dos clastos.

Sedimentogénese
Deposição ou sedimentação
Quando a energia do meio diminui
abaixo da necessária para transportar
as partículas, estas acumulam-se
ocorrendo sedimentação ou
deposição.
A sedimentação pode ocorrer em ambientes como o oceano, os rios, ou os lagos.

Diagénese
A diagénese compreende o
conjunto de processos que
intervêm na formação de
rochas sedimentares
coerentes ou consolidadas
O conglomerado é uma rocha sedimentar consolidada.

Diagénese
Estes processos conduzem à diminuição de vazios entre os grãos,
diminuindo o volume da rocha que se torna mais densa e compacta.
Compactação e Desidratação

Diagénese
Os espaços que ainda existem entre os grãos são preenchidos por
materiais que precipitam. Estes materiais constituem um cimento que
liga os grãos, tornando a rocha coerente.
Cimentação

Como se classificam e identificam as rochas
sedimentares?
As rochas sedimentares podem ser classificadas em:
Rochas
Detríticas
formadas por
fragmentos resultantes
da meteorização de
outras rochas
Rochas
Quimiogénicas
resultam da
precipitação de
substâncias dissolvidas
Rochas
Biogénicas
formadas por restos de
seres vivos ou por
intervenção de
organismos
Arenito Sal-gema Calcário conquífero

Rochas detríticas
Compostas por fragmentos que resultam da desagregação natural das
rochas.
De acordo com o diâmetro dos fragmentos as rochas detríticas podem ser
divididas em:
TAMANHO DOS
SEDIMENTOS
TIPOS DE ROCHA
SEDIMENTOS ROCHA CONSOLIDADA
Maior de 2 mm Balastro Conglomerado
Entre 1/16 e 2 mm Areia Arenito
< 1/256 mm Argila Argilito

Rochas quimiogénicas
Resultam da precipitação de substâncias que foram transportadas
dissolvidas em água.
ROCHA QUIMIOGÉNICA
ROCHA CARACTERÍSTICAS
Sal-gema
Formada a partir da evaporação da água salgada,
depositando-se, cristais de halite.
Gesso Formado pela precipitação de sulfato de cálcio.
Calcário Formado pela precipitação de carbonato de cálcio (calcite).

Rochas biogénicas
Formam-se por acumulação de partes duras dos organismos que
consolidam (por exemplo por carbonato de cálcio), originando uma rocha
carbonatada de origem biogénica (ou quimiobiogénica)
Calcário conquífero Calcário recifal

Rochas biogénicas
Rocha sedimentar biogénica, formada a partir de restos vegetais que
sofreram afundimento e compactação em bacias sedimentares
originalmente pouco profundas.
Carvão

Paisagens de rochas sedimentares
Dunas, lapiás,
chaminés de fada,
arribas são estruturas
características de
paisagens
sedimentares.

As dunas são acumulações de areia resultantes da ação do vento.
Ocorrem onde haja amplo fornecimento de areia e ventos dominantes
persistentes.
Paisagem eólica
Dunas de São Jacinto Dunas do Deserto do Saara

As arribas, estruturas de paisagem litoral, são escarpas de inclinação
acentuada, formadas em consequência da ação erosiva do mar.
Paisagem litoral
Arribas Alentejo

As praias fluviais são estruturas características da paisagem fluvial e
resultam da interação da dinâmica existente entre a água do rio e os
sedimentos transportados por este.
Paisagem fluvial
Arribas Alentejo

A ação do vento e da água, circulando com direção pouco definida mas
seguindo o declive do terreno, desgasta as formações sedimentares
menos resistentes, dando origem a uma erosão diferencial que confere
aos terrenos um aspeto característico.
Chaminés de fada
Chaminés de Fada | Turquia
Chaminés de Fada | Sérvia

1 | Lapiás
A ação dos agentes erosivos sobre os maciços calcários dá origem a
relevos cársicos, modelados por ação física (escoamento) e química.
Paisagem cársica
Sulcos mais ou menos
profundos, que recortam a
superfície do maciço.

2 | Dolina
Paisagem cársica
Ligeira depressão, de
contorno oval, fundos
planos por vezes sinuosa.

3 | Algar
Paisagem cársica
Poço alargado, mais ou
menos profundo.

4 | Gruta
Paisagem cársica
Cavidade subterrânea de
dimensões variáveis, onde,
podem observar-se
estalactites e estalagmites.

5 | Estalactites
Paisagem cársica
Corpos mais ou menos
alongados, pendentes do
teto da gruta, que crescem
de cima para baixo.

6 | Estalagmites
Paisagem cársica
Crescem a partir do chão
da gruta na dependência
das estalactites.

7 | Colunas
Paisagem cársica
União entre uma estalactite
e uma estalagmite

8 | Exsurgência
Paisagem cársica
Aparecimento, ao ar livre, de
águas que, por infiltração, se
juntaram nas fendas do
calcário e avançaram por
condutas subterrâneas.

Paisagens de rochas sedimentares em Portugal
Praia, Ribeira Grande
Açores
Paisagem cársica
Grutas de Mira de Aire
Paisagem eólica, Duna da Cresmina,
Cascais
Praia de Santa Bárbara,
S. Miguel, Açores
Campo de Lapiás,
Peniche
Paisagem litoral, Arriba
Algarve

Testa o que sabes
1 | A diagénese inclui...
A | Meteorização e compactação
B | Transporte e cimentação
C | Compactação e cimentação

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A | Meteorização e compactação
B | Transporte e cimentação
C | Compactação e cimentação
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