O documento discute o Programa Alimento Sem Risco implementado entre 2010-2014 pelo Ministério Público de Santa Catarina para monitorar resíduos de agrotóxicos em alimentos e promover o uso seguro de agrotóxicos. O programa realizou testes em centenas de amostras por ano, identificando taxas significativas de desconformidade. O Ministério Público também abriu diversos processos relacionados a agrotóxicos e trabalhou em parceria com outras agências para fortalecer a fiscalização e orientação sobre
2. Roteiro – Programa Alimento Sem Risco
• CRFB 1988 – CDC – Legislação SC
• Atuação do MPSC – Parcerias – TCT – Programas
• Propostas
3. Ministério Público
• Art. 127
O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função
jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica,
do regime democrático e dos interesses sociais e individuais
indisponíveis.
• Art. 129
São funções institucionais do Ministério Público:
II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de
relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição,
promovendo as medidas necessárias a sua garantia;
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção
do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros
interesses difusos e coletivos;
CRFB 1988
4. Ordem Econômica e Saúde
• Art. 170
A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e
na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna,
conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes
princípios:
[...]
III - função social da propriedade;
V - defesa do consumidor;
VI - defesa do meio ambiente
• Art. 196
A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante
políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de
doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às
ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
CRFB 1988
5. Art. 6º. São direitos básicos do consumidor:
• I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por
práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou
nocivos;
Art. 8°. Os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não
acarretarão riscos à saúde ou segurança dos consumidores, exceto os
considerados normais e previsíveis em decorrência de sua natureza e
fruição, obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as
informações necessárias e adequadas a seu respeito.
Parágrafo único. Em se tratando de produto industrial, ao fabricante cabe
prestar as informações a que se refere este artigo, através de impressos
apropriados que devam acompanhar o produto.
CDC – Lei 8.078/1990
6. Lei Estadual n. 11.069/1998 – Controle da produção, comércio, uso,
consumo, transporte e armazenamento de agrotóxicos, seus
componentes e afins em Santa Catarina;
Decreto Estadual n. 3.657/2005 – Regulamenta as Leis ns.
11.069/1998 e 13.238/2004;
Lei Estadual n. 14.734/2009 – Proíbe a capina química em áreas de
faixa de domínio de ferrovias, rodovias, vias públicas, ruas, passeios,
calçadas, avenidas, terrenos baldios, margens de arroios e valas em
todo o território do Estado de Santa Catarina; e
Lei Estadual n. 15.120/2010 – Restringe a comercialização em Santa
Catarina de agrotóxico proibido no país de origem.
Legislação SC
7. Toxicidade aguda – danos graves e/ou óbitos
Suspeitas relacionadas:
• Toxicidade crônica
• Toxicidade reprodutiva
• Neurotoxicidade
• Desregulação endócrina
• Carcinogenicidade para seres humanos
• Déficit de atenção > em crianças
• Mortes
Riscos à Saúde
9. Planejamento Estratégico e Plano Geral de Atuação
• Promover a proteção dos direitos coletivos dos consumidores
MPSC – Parcerias – TCT – Programas
Saúde
Água
POA
PASR
Programa de Proteção dos
Consumidores de Produtos de
Origem Animal
15 ANOS – TCT 03/1999
Sanidade Vegetal
4 ANOS – TCT 19/2010Sob demanda
LACEN – Análise 2015
10. TCT – Termo de Cooperação Técnica n. 19/2010
• Intercâmbio de informações entre os partícipes;
• Estabelecer estratégias de atuação;
• Integrar os entes de fiscalização e orientação do Estado;
• Coibir o uso indevido de agrotóxicos;
• Fortalecer a economia agrícola; e
• Garantir o direito básico à saúde de agricultores, dos
consumidores e da sociedade em geral, bem como o direito ao
um meio-ambiente sadio e equilibrado.
MPSC – Parcerias – TCT
11. Termo de Cooperação Técnica n. 19/2010
• MPSC = CCO, CME e PJ do Consumidor;
• MAPA, IBAMA, MPT;
• Secretaria da Agricultura = CIDASC e EPAGRI;
• Secretaria da Saúde = DIVS e CIT (SUS);
• Secretaria Des. Econ. Sustentável = FATMA;
• Secretaria Seg. Pública = PMSC e PMASC;
• CREA-SC; e
• SENAR.
MPSC – Parcerias – TCT
Solidariedad
e
Institucional
12. TAC – Termo de Compromisso de Ajustamento de
Conduta firmado com CEASA – SJ, em 2010
• Monitoramento de qualidade e rastreamento quanto aos resíduos
de agrotóxicos detectados em hortifrutícolas comercializadas nas
Centrais de Abastecimento de Santa Catarina – CEASA.
• PJ Consumidor – São José
• PJ Saúde – Florianópolis
• Vigilância Sanitária Estadual
MPSC – Parcerias – TAC
120 amostras/ano
Início do monitoramento em
SJ, além das coletas do
PARA (2004 em SC)
13. Programa Alimento Sem Risco – 2010/2014
• Fundamentos no TCT n. 19/2010 e no TAC CEASA/2010
• Evitar a presença indevida de resíduos de agrotóxicos em
alimentos, preservando a saúde dos consumidores e dos
produtores agrícolas, bem como prevenindo a ocorrência
de danos ao meio ambiente.
• Reformulação em projeto e linhas de atuação (2011/2012)
MPSC – Parcerias – Programas
14. Programa Alimento Sem Risco – 2010/2014
1. monitorar resíduos de agrotóxicos – projeto apoiado pelo
Fundo para a Reconstituição de Bens Lesados (FRBL);
2. rastrear amostra contaminada por resíduo agrotóxico;
3. defender a criação de laboratório público para agrotóxicos;
4. controlar o receituário agronômico;
5. fiscalizar a cadeia produtiva;
6. proibir o ingresso de agrotóxico banido no país de origem;
7. estimular o debate e a pesquisa científica;
8. educar sobre o uso de agrotóxicos na produção agrícola.
MPSC – Parcerias – Programas
15. Programa Alimento Sem Risco – 2010/2014
1. monitorar resíduos de agrotóxicos – projeto apoiado pelo
Fundo para a Reconstituição de Bens Lesados (FRBL);
Projeto 2013
• Recursos FRBL = Passou de 120 (TAC) para 480 laudos/ano
• 6 mesorregiões = 33 Municípios = PJ + CIDASC + DIVS
• Comércio (85%) e na produção (15%)
• Total 480 laudos/ano PASR + 120 PARA = 600 laudos/2013
MPSC – Parcerias – Programas
23. Programa Alimento Sem Risco – 2010/2014
Monitoramento 2014
• Recursos FRBL + TAC = Passou de 480 para 520 laudos/ano
• 6 mesorregiões = 33 Municípios = PJ + CIDASC + DIVS
• Comércio (75%) e na produção (25%)
• Tipos = abacaxi, alface, arroz, banana, batata, beterraba, cebola,
cenoura, couve, feijão, laranja, maçã, mamão, manga, morango,
pepino, pimentão, repolho, tomate e uva.
• Total 520 laudos/ano PASR + 120 PARA = 640 laudos/2014
MPSC – Parcerias – Programas
24. • Recursos humanos e tecnológicos para fiscalização
• Assistência técnica, extensão rural e orientação aos agricultores
• Regulação da mistura de agrotóxicos
• INC 01/2014 (Mapa/Anvisa/Ibama) – CSFI (Minor crops)
• Art. 4. Possuem legitimidade para pleitear a indicação de cultura como sendo de
suporte fitossanitário insuficiente, bem como a extrapolação de LMR de ingredientes
ativos especificados, instituições de pesquisa ou de extensão rural, associações e
cooperativas de produtores rurais e empresas registrantes.
• Controle do receituário agronômico (previsão para 2015)
• TACs = produtores (BPA/Certificação), agropecuárias,
comerciantes com e sem rastreabilidade
• Registro = regulação econômica para socioambiental
Propostas