1) O documento apresenta métodos para determinar a estequiometria e constantes de estabilidade de compostos de coordenação, incluindo o método da razão molar e o método de Job.
2) Inclui também cálculos de concentrações, diluições, equilíbrios em solução, nomenclatura, teoria do enlace de valência e teoria do campo de ligantes.
3) Fornece uma série de problemas relacionados com estas temáticas da química inorgânica para exercitar os conceitos.
Relatório - determinação volumétrica de ferro(ii) em medicamento com indicado...Fernanda Borges de Souza
Este documento descreve um experimento para determinar a concentração de ferro(II) em um medicamento através de titulação volumétrica com dicromato de potássio usando difenilamina como indicador. A concentração média de ferro(II) encontrada foi de 122 ± 7 mg por comprimido, acima do intervalo de 104-120 mg indicado na embalagem. Erros potenciais incluem interferência de aditivos no medicamento e formação de complexos de ferro(III).
Este documento descreve um experimento de volumetria de precipitação utilizando o método de Mohr para determinar a concentração de cloretos em diferentes amostras. O experimento determinou o teor de cloreto em água da torneira, o teor de NaCl em soro fisiológico e a pureza de um sal de cozinha comercial. Os resultados obtidos estavam de acordo com os valores esperados, com pequenas margens de erro.
Quimica experimental - Relatorio PREPARAÇÃO E PADRONIZAÇÃO DE SOLUÇÕESJessica Amaral
Este relatório descreve os procedimentos experimentais para preparar e padronizar soluções de NaOH e HCl. As soluções foram preparadas por diluição e suas concentrações foram determinadas por titulação com soluções padrão de ácido biftalato de potássio e NaOH.
1) O documento discute métodos gravimétricos de análise química quantitativa, incluindo formação, tratamento e aplicações de precipitados.
2) Os principais tipos de precipitação gravimétrica são discutidos, como fatores que afetam o tamanho das partículas e tratamento de precipitados coloidais.
3) Exemplos demonstram cálculos para determinar a concentração de analitos usando dados experimentais de precipitação gravimétrica.
1) O documento descreve as regras da IUPAC para a nomenclatura sistemática de compostos de coordenação. 2) São fornecidas informações sobre como identificar o metal, ligantes, carga e estrutura do complexo na nomenclatura. 3) Exemplos ilustram como aplicar corretamente as regras da IUPAC para nomear vários compostos de coordenação.
1) O documento descreve reações químicas para identificação de cátions dos Grupos I a III.
2) Os íons amônio NH4+ apresentam propriedades semelhantes aos íons dos metais alcalinos do Grupo I.
3) São descritas reações para identificação de íons como Na+, K+, Ca2+, Mg2+, Fe3+, Cr3+ e Al3+ utilizando reagentes como sulfeto de amônio, dicromato de potássio e hidróxido de sódio.
Este documento apresenta um roteiro de aulas sobre Química dos Elementos de Transição. Aborda tópicos como ligação coordenada, teorias de ligação de metais de transição, complexos com ligantes π e teorias inorgânicas. Inclui também um apêndice sobre compostos organometálicos. Fornece detalhes sobre geometrias de coordenação, tipos de ligantes, isomeria, nomenclatura e reações de complexos de coordenação.
A polarimetria mede a polarização da luz e é usada para analisar substâncias opticamente ativas. O poder rotatório específico mede a capacidade de uma substância desviar o plano de polarização da luz e fornece informações sobre sua estrutura química. Um polarímetro consiste em componentes que polarizam e analisam a luz para medir o ângulo de rotação causado por amostras.
Relatório - determinação volumétrica de ferro(ii) em medicamento com indicado...Fernanda Borges de Souza
Este documento descreve um experimento para determinar a concentração de ferro(II) em um medicamento através de titulação volumétrica com dicromato de potássio usando difenilamina como indicador. A concentração média de ferro(II) encontrada foi de 122 ± 7 mg por comprimido, acima do intervalo de 104-120 mg indicado na embalagem. Erros potenciais incluem interferência de aditivos no medicamento e formação de complexos de ferro(III).
Este documento descreve um experimento de volumetria de precipitação utilizando o método de Mohr para determinar a concentração de cloretos em diferentes amostras. O experimento determinou o teor de cloreto em água da torneira, o teor de NaCl em soro fisiológico e a pureza de um sal de cozinha comercial. Os resultados obtidos estavam de acordo com os valores esperados, com pequenas margens de erro.
Quimica experimental - Relatorio PREPARAÇÃO E PADRONIZAÇÃO DE SOLUÇÕESJessica Amaral
Este relatório descreve os procedimentos experimentais para preparar e padronizar soluções de NaOH e HCl. As soluções foram preparadas por diluição e suas concentrações foram determinadas por titulação com soluções padrão de ácido biftalato de potássio e NaOH.
1) O documento discute métodos gravimétricos de análise química quantitativa, incluindo formação, tratamento e aplicações de precipitados.
2) Os principais tipos de precipitação gravimétrica são discutidos, como fatores que afetam o tamanho das partículas e tratamento de precipitados coloidais.
3) Exemplos demonstram cálculos para determinar a concentração de analitos usando dados experimentais de precipitação gravimétrica.
1) O documento descreve as regras da IUPAC para a nomenclatura sistemática de compostos de coordenação. 2) São fornecidas informações sobre como identificar o metal, ligantes, carga e estrutura do complexo na nomenclatura. 3) Exemplos ilustram como aplicar corretamente as regras da IUPAC para nomear vários compostos de coordenação.
1) O documento descreve reações químicas para identificação de cátions dos Grupos I a III.
2) Os íons amônio NH4+ apresentam propriedades semelhantes aos íons dos metais alcalinos do Grupo I.
3) São descritas reações para identificação de íons como Na+, K+, Ca2+, Mg2+, Fe3+, Cr3+ e Al3+ utilizando reagentes como sulfeto de amônio, dicromato de potássio e hidróxido de sódio.
Este documento apresenta um roteiro de aulas sobre Química dos Elementos de Transição. Aborda tópicos como ligação coordenada, teorias de ligação de metais de transição, complexos com ligantes π e teorias inorgânicas. Inclui também um apêndice sobre compostos organometálicos. Fornece detalhes sobre geometrias de coordenação, tipos de ligantes, isomeria, nomenclatura e reações de complexos de coordenação.
A polarimetria mede a polarização da luz e é usada para analisar substâncias opticamente ativas. O poder rotatório específico mede a capacidade de uma substância desviar o plano de polarização da luz e fornece informações sobre sua estrutura química. Um polarímetro consiste em componentes que polarizam e analisam a luz para medir o ângulo de rotação causado por amostras.
Voltametria -seminario o a caminho do finalAna Araújo
- O documento discute vários métodos eletroanalíticos como eletrogravimetria, coulometria, voltametria e titulação amperométrica.
- A voltametria é destacada como um método eletroanalítico que mede a corrente em função do potencial aplicado.
- A determinação da capacidade antioxidante em sucos de fruta por voltametria cíclica é apresentada como exemplo.
O documento discute cálculos químicos e estequiométricos, incluindo o cálculo de diferentes tipos de fórmulas como fórmula centesimal, fórmula mínima e fórmula molecular. Também aborda cálculos estequiométricos usando equações químicas para determinar quantidades de reagentes e produtos em reações químicas.
Este documento descreve o processo de padronização de soluções aquosas de NaOH 0,1 mol/L e HCl 0,1 mol/L realizado por uma estudante de química. O experimento envolveu a titulação das soluções usando biftalato de potássio como reagente e fenolftaleína como indicador para calcular os fatores de correção das soluções.
Este documento discute as transformações que ocorrem em materiais quando aquecidos, incluindo mudanças de fase, reações químicas e perda de água. Ele explica como as propriedades e constituição de um material determinam como ele é afetado pelo aquecimento.
Relatório - Volumetria de Complexação: determinação de dureza da água.Dhion Meyg Fernandes
Este relatório descreve um experimento de volumetria de complexação para determinar a dureza da água através da titulação de uma amostra de água com EDTA. O documento apresenta conceitos sobre complexos, complexometria e EDTA, além de descrever os objetivos, materiais, métodos e resultados do experimento.
O documento discute as características de soluções, incluindo que elas são misturas homogêneas de dois ou mais componentes, sendo um o soluto e o outro o solvente. As soluções podem ser classificadas de acordo com seu estado físico, concentração relativa de soluto e solvente, e coeficiente de solubilidade. Fatores como temperatura e pressão afetam a solubilidade de substâncias.
Este documento fornece instruções para uma aula prática sobre a preparação de soluções de NaOH e HCl a 0,1M. Ele discute conceitos básicos sobre soluções e concentração molar, e fornece detalhes sobre os materiais, cálculos e procedimentos necessários para preparar as soluções com a concentração alvo. O objetivo é preparar as soluções para posterior padronização e cálculo de suas concentrações reais.
1) O documento descreve uma análise química para determinar o teor de ferro em uma amostra de água natural usando espectrofotometria molecular.
2) Foram preparadas soluções-padrão de ferro e uma solução de trabalho para calibração. A amostra de água foi analisada em um espectrofotômetro a 475nm.
3) Os resultados mostraram uma relação linear entre a absorvância e a concentração de ferro, permitindo quantificar o teor de ferro na amostra através da curva de calibra
DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO POR ESPECTOFOTOMETRIATaline Góes
Este relatório descreve um experimento para determinar a concentração, absortividade e absortividade molar de uma solução de permanganato de potássio (KMnO4) usando espectrofotometria. Medições de absorbância foram realizadas em diferentes concentrações de KMnO4 e usadas para construir uma curva de calibração, da qual a concentração de uma amostra desconhecida foi determinada.
Relatorio de Química Analítica II - Determinação da Acidez total do VinagreDhion Meyg Fernandes
É comum associar o termo ácido a compostos altamente perigosos, letais, corrosivos, de extrema periculosidade. Até certo ponto isto está correto, mas vale ressaltar que, não obstante da realidade científica, isto não é uma verdade absoluta.
Este documento fornece um resumo sobre a nomenclatura de hidrocarbonetos saturados (alcanos e cicloalcanos) segundo as regras da IUPAC. Ele explica como nomear alcanos lineares e ramificados, identificar substituintes, e como construir nomes sistemáticos de compostos cíclicos e bicíclicos. O documento também discute regras para numerar cadeias principais e localizar grupos substituintes.
O documento discute os conceitos fundamentais de ácidos e bases, incluindo as definições de Arrhenius, Bronsted-Lowry e Lewis. Também aborda tópicos como a força relativa de ácidos, constantes de acidez e basicidade, autoionização da água, escala pH e cálculos envolvendo concentrações iônicas em soluções aquosas.
[1] O documento descreve os procedimentos para preparar soluções de diferentes concentrações de permanganato de potássio (KMnO4) através da dissolução do soluto sólido e da diluição de uma solução concentrada. [2] As etapas incluem medir quantidades precisas de soluto e solvente, dissolver completamente, transferir para balões volumétricos e diluir para obter soluções de diferentes concentrações. [3] Cálculos são feitos para determinar as concentrações massa e molar das soluções preparadas.
Relatório 5 determinaçao de nitratos e nitritos (1) (1) (1)npThaís Fernandes
O documento discute a determinação de nitritos e nitratos em amostras alimentícias utilizando espectrofotometria. A amostra testada apresentou nível de 23,75 mg/kg, acima do limite de referência de 0,07 mg/kg, indicando risco de intoxicação por esses compostos tóxicos.
O documento resume três métodos de volumetria de precipitação - Método de Mohr, Método de Volhard e Método de Fajans. O Método de Mohr é usado para determinar cloretos usando nitrato de prata como titulante e cromato de potássio como indicador. O Método de Volhard quantifica haletos de forma indireta através da titulação de excesso de prata com tiocianato de potássio usando ferro (III) como indicador. O Método de Fajans usa indicadores de adsorção como a fluores
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: SOLUBILIDADE DOS COMPOSTOS ORGÂNICAEzequias Guimaraes
O documento descreve um relatório de aula prática sobre a solubilidade de compostos orgânicos. Ele inclui uma introdução sobre solubilidade e suas relações com a estrutura molecular e polaridade. Também fornece informações sobre os materiais e solventes utilizados no experimento, normas de segurança para cada solvente, e os objetivos e parte experimental do relatório.
Este documento descreve o procedimento para determinar a dureza total da água usando EDTA como agente quelante. Inclui a preparação das soluções de EDTA e indicador, a titulação da amostra de água da torneira com EDTA, e cálculos para obter os resultados de dureza total. O documento também discute conceitos importantes como ponto de equivalência e fatores que afetam a precisão da titulação complexométrica.
O documento discute propriedades e reações de aldeídos e cetonas. Apresenta informações sobre estrutura, nomenclatura, obtenção e reações de adição nucleofílica destes compostos carbonílicos. Exemplos específicos de aldeídos e cetonas são fornecidos para ilustrar os tópicos discutidos.
O documento discute as ligações químicas entre átomos, especificamente as ligações iônicas que ocorrem quando um metal reage com um não-metal. Explica que os metais transferem elétrons para os não-metais, formando íons positivos e negativos que se atraem e formam cristais iônicos. Como exemplo, descreve a reação do sódio com o cloro para formar cloreto de sódio, representando a transferência de elétrons na fórmula de Lewis.
Este documento discute compostos de coordenação, incluindo sua estrutura, ligantes e números de coordenação. Compostos de coordenação são formados por um íon metálico ligado a ligantes por ligações coordenadas. O documento descreve os tipos de ligantes, como monodentado, bidentado e quelato, e discute a teoria dos compostos de coordenação desenvolvida por Alfred Werner no século 19.
O documento discute geometria e isomeria em compostos de coordenação. Ele define números de coordenação e descreve fatores que afetam a geometria de complexos com diferentes números de coordenação. Além disso, o documento explica vários tipos de isomeria que podem ocorrer em compostos de coordenação, incluindo isomeria de ligação, isomeria de ionização, isomeria de hidratação e isomeria geométrica e óptica em complexos octaédricos.
Voltametria -seminario o a caminho do finalAna Araújo
- O documento discute vários métodos eletroanalíticos como eletrogravimetria, coulometria, voltametria e titulação amperométrica.
- A voltametria é destacada como um método eletroanalítico que mede a corrente em função do potencial aplicado.
- A determinação da capacidade antioxidante em sucos de fruta por voltametria cíclica é apresentada como exemplo.
O documento discute cálculos químicos e estequiométricos, incluindo o cálculo de diferentes tipos de fórmulas como fórmula centesimal, fórmula mínima e fórmula molecular. Também aborda cálculos estequiométricos usando equações químicas para determinar quantidades de reagentes e produtos em reações químicas.
Este documento descreve o processo de padronização de soluções aquosas de NaOH 0,1 mol/L e HCl 0,1 mol/L realizado por uma estudante de química. O experimento envolveu a titulação das soluções usando biftalato de potássio como reagente e fenolftaleína como indicador para calcular os fatores de correção das soluções.
Este documento discute as transformações que ocorrem em materiais quando aquecidos, incluindo mudanças de fase, reações químicas e perda de água. Ele explica como as propriedades e constituição de um material determinam como ele é afetado pelo aquecimento.
Relatório - Volumetria de Complexação: determinação de dureza da água.Dhion Meyg Fernandes
Este relatório descreve um experimento de volumetria de complexação para determinar a dureza da água através da titulação de uma amostra de água com EDTA. O documento apresenta conceitos sobre complexos, complexometria e EDTA, além de descrever os objetivos, materiais, métodos e resultados do experimento.
O documento discute as características de soluções, incluindo que elas são misturas homogêneas de dois ou mais componentes, sendo um o soluto e o outro o solvente. As soluções podem ser classificadas de acordo com seu estado físico, concentração relativa de soluto e solvente, e coeficiente de solubilidade. Fatores como temperatura e pressão afetam a solubilidade de substâncias.
Este documento fornece instruções para uma aula prática sobre a preparação de soluções de NaOH e HCl a 0,1M. Ele discute conceitos básicos sobre soluções e concentração molar, e fornece detalhes sobre os materiais, cálculos e procedimentos necessários para preparar as soluções com a concentração alvo. O objetivo é preparar as soluções para posterior padronização e cálculo de suas concentrações reais.
1) O documento descreve uma análise química para determinar o teor de ferro em uma amostra de água natural usando espectrofotometria molecular.
2) Foram preparadas soluções-padrão de ferro e uma solução de trabalho para calibração. A amostra de água foi analisada em um espectrofotômetro a 475nm.
3) Os resultados mostraram uma relação linear entre a absorvância e a concentração de ferro, permitindo quantificar o teor de ferro na amostra através da curva de calibra
DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO POR ESPECTOFOTOMETRIATaline Góes
Este relatório descreve um experimento para determinar a concentração, absortividade e absortividade molar de uma solução de permanganato de potássio (KMnO4) usando espectrofotometria. Medições de absorbância foram realizadas em diferentes concentrações de KMnO4 e usadas para construir uma curva de calibração, da qual a concentração de uma amostra desconhecida foi determinada.
Relatorio de Química Analítica II - Determinação da Acidez total do VinagreDhion Meyg Fernandes
É comum associar o termo ácido a compostos altamente perigosos, letais, corrosivos, de extrema periculosidade. Até certo ponto isto está correto, mas vale ressaltar que, não obstante da realidade científica, isto não é uma verdade absoluta.
Este documento fornece um resumo sobre a nomenclatura de hidrocarbonetos saturados (alcanos e cicloalcanos) segundo as regras da IUPAC. Ele explica como nomear alcanos lineares e ramificados, identificar substituintes, e como construir nomes sistemáticos de compostos cíclicos e bicíclicos. O documento também discute regras para numerar cadeias principais e localizar grupos substituintes.
O documento discute os conceitos fundamentais de ácidos e bases, incluindo as definições de Arrhenius, Bronsted-Lowry e Lewis. Também aborda tópicos como a força relativa de ácidos, constantes de acidez e basicidade, autoionização da água, escala pH e cálculos envolvendo concentrações iônicas em soluções aquosas.
[1] O documento descreve os procedimentos para preparar soluções de diferentes concentrações de permanganato de potássio (KMnO4) através da dissolução do soluto sólido e da diluição de uma solução concentrada. [2] As etapas incluem medir quantidades precisas de soluto e solvente, dissolver completamente, transferir para balões volumétricos e diluir para obter soluções de diferentes concentrações. [3] Cálculos são feitos para determinar as concentrações massa e molar das soluções preparadas.
Relatório 5 determinaçao de nitratos e nitritos (1) (1) (1)npThaís Fernandes
O documento discute a determinação de nitritos e nitratos em amostras alimentícias utilizando espectrofotometria. A amostra testada apresentou nível de 23,75 mg/kg, acima do limite de referência de 0,07 mg/kg, indicando risco de intoxicação por esses compostos tóxicos.
O documento resume três métodos de volumetria de precipitação - Método de Mohr, Método de Volhard e Método de Fajans. O Método de Mohr é usado para determinar cloretos usando nitrato de prata como titulante e cromato de potássio como indicador. O Método de Volhard quantifica haletos de forma indireta através da titulação de excesso de prata com tiocianato de potássio usando ferro (III) como indicador. O Método de Fajans usa indicadores de adsorção como a fluores
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: SOLUBILIDADE DOS COMPOSTOS ORGÂNICAEzequias Guimaraes
O documento descreve um relatório de aula prática sobre a solubilidade de compostos orgânicos. Ele inclui uma introdução sobre solubilidade e suas relações com a estrutura molecular e polaridade. Também fornece informações sobre os materiais e solventes utilizados no experimento, normas de segurança para cada solvente, e os objetivos e parte experimental do relatório.
Este documento descreve o procedimento para determinar a dureza total da água usando EDTA como agente quelante. Inclui a preparação das soluções de EDTA e indicador, a titulação da amostra de água da torneira com EDTA, e cálculos para obter os resultados de dureza total. O documento também discute conceitos importantes como ponto de equivalência e fatores que afetam a precisão da titulação complexométrica.
O documento discute propriedades e reações de aldeídos e cetonas. Apresenta informações sobre estrutura, nomenclatura, obtenção e reações de adição nucleofílica destes compostos carbonílicos. Exemplos específicos de aldeídos e cetonas são fornecidos para ilustrar os tópicos discutidos.
O documento discute as ligações químicas entre átomos, especificamente as ligações iônicas que ocorrem quando um metal reage com um não-metal. Explica que os metais transferem elétrons para os não-metais, formando íons positivos e negativos que se atraem e formam cristais iônicos. Como exemplo, descreve a reação do sódio com o cloro para formar cloreto de sódio, representando a transferência de elétrons na fórmula de Lewis.
Este documento discute compostos de coordenação, incluindo sua estrutura, ligantes e números de coordenação. Compostos de coordenação são formados por um íon metálico ligado a ligantes por ligações coordenadas. O documento descreve os tipos de ligantes, como monodentado, bidentado e quelato, e discute a teoria dos compostos de coordenação desenvolvida por Alfred Werner no século 19.
O documento discute geometria e isomeria em compostos de coordenação. Ele define números de coordenação e descreve fatores que afetam a geometria de complexos com diferentes números de coordenação. Além disso, o documento explica vários tipos de isomeria que podem ocorrer em compostos de coordenação, incluindo isomeria de ligação, isomeria de ionização, isomeria de hidratação e isomeria geométrica e óptica em complexos octaédricos.
O documento discute os conceitos de equilíbrio químico, incluindo que as reações raramente são completas e atingem um estado de equilíbrio quando as velocidades das reações em ambas as direções são iguais. A constante de equilíbrio descreve a relação entre as concentrações de reagentes e produtos no equilíbrio e depende da estequiometria da reação. A energia livre de Gibbs e as variações de entalpia e entropia determinam a espontaneidade e direção das re
Este documento apresenta uma introdução aos métodos instrumentais de análise química. Descreve os principais tipos de métodos quantitativos e qualitativos, como espectrometria, eletroanalítica, cromatografia e outros. Também define termos importantes como sinal analítico, ruído, relação sinal-ruído e discute as etapas típicas de uma análise química quantitativa.
O documento apresenta uma apostila de 200 questões de concursos públicos de contabilidade geral resolvidas, organizadas em 9 capítulos de acordo com os principais assuntos da disciplina. A apostila foi elaborada pelos professores Luiz Roberto Missagia e Francisco Velter com o objetivo de complementar o estudo da teoria contábil com a resolução de muitos exercícios.
The document discusses different types of isomerism seen in coordination compounds, including structural isomerism (ionization, polymerization, hydrate, linkage, coordination, ligand isomerism) and stereoisomerism (geometric, optical isomerism). It provides examples of each type of isomerism. It also discusses the number of possible isomers for coordination compounds based on their coordination number and ligand arrangement.
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O documento discute soluções químicas, incluindo classificação, concentração e cálculos envolvendo diluição e mistura de soluções. Aborda conceitos como solubilidade, coeficiente de solubilidade, curva de solubilidade, percentagens em massa e volume, concentração molar e como realizar cálculos químicos usando equações de reação e leis de conservação de massa.
O documento discute conceitos fundamentais sobre soluções, incluindo:
1) Definições de termos como soluto, solvente, solubilidade e saturação.
2) Diferentes tipos de soluções e concentrações como massa, volume, molaridade e porcentagem.
3) Processos como diluição, hidratação, dissolução e fatores que afetam a solubilidade.
1. O documento discute sobre soluções, incluindo suas características, tipos de acordo com a natureza do soluto e quantidade de soluto presente, além de conceitos como solubilidade, concentração e diluição de soluções.
O documento discute vários tipos de concentração de soluções, incluindo concentração em massa, volume, porcentagem em massa e volume. Também fornece exemplos de cálculos envolvendo concentração de soluções.
Neste relatório, o aluno descreve a preparação de duas soluções de sulfato de cobre(II) em laboratório. Primeiro, ele preparou 100 mL de uma solução 0,2 mol/dm3. Em seguida, ele diluiu parte desta solução para preparar 250 mL de uma solução 0,04 mol/dm3 com um fator de diluição de 5. O aluno analisa os procedimentos experimentais e calcula as quantidades necessárias de soluto e solvente.
O documento explica os diferentes métodos para determinar a concentração de uma solução, incluindo concentração comum, densidade, título, porcentagem em peso, e molaridade. Ele fornece as fórmulas para calcular cada um desses tipos de concentração e demonstra seus cálculos em exemplos.
1) O documento discute conceitos de solubilidade e curvas de solubilidade, incluindo coeficiente de solubilidade, soluções saturadas e supersaturadas.
2) É explicado que a concentração de um soluto em uma solução pode variar com a temperatura, conforme mostrado em curvas de solubilidade.
3) A diluição de soluções é abordada, onde a concentração de uma solução original é reduzida pela adição de mais solvente, mantendo a massa total de soluto.
Este documento discute análise quantitativa, concentração molar e molalidade. Ele explica que a análise quantitativa é usada para determinar a quantidade de um componente em uma mistura e fornece exemplos de métodos como gravimetria e titulação. Também define concentração molar e molalidade, mostrando como calcular cada uma e ilustrando com exemplos numéricos.
1) O documento discute diferentes tipos de soluções e suas classificações, incluindo soluções saturadas e não saturadas.
2) Ele também explica vários métodos para expressar a concentração de uma solução, como concentração molar, percentual em peso por volume, e normalidade.
3) Finalmente, o documento aborda como diluir soluções adicionando mais solvente, mantendo a quantidade de soluto constante.
O documento discute diferentes tipos de misturas e soluções, incluindo: (1) misturas homogêneas têm uma única característica em toda a extensão, enquanto misturas heterogêneas têm mais de uma característica; (2) soluções têm disperso com tamanho médio abaixo de 10-7 cm; (3) solutos são invisíveis, não se depositam e não dispersam luz.
O documento classifica e descreve diferentes tipos de misturas e soluções. Apresenta a classificação das misturas em dispersões heterogêneas e soluções homogêneas, e descreve várias expressões para quantificar a concentração de soluções, incluindo títulos, concentrações em massa e quantidade de matéria, partes por milhão, e densidade.
O documento discute os diferentes tipos de concentração de soluções, incluindo concentração comum, molaridade, título e percentual. A concentração comum é a relação entre a massa do soluto em gramas e o volume da solução em litros. A molaridade é a concentração em número de mols de soluto por litro de solução. O título é a relação entre o soluto e o solvente dada em percentual.
1) O documento discute uma conversa entre duas pessoas onde uma pede para a outra não se preocupar e falar pessoalmente na segunda-feira sobre o assunto.
2) É dito que escrever sobre outras pessoas pelas costas é antiético e falta de caráter.
3) Pede para conversarem de forma calma para não gerar conflito.
Este documento fornece informações sobre soluções, concentrações de soluções, diluição de soluções, mistura de soluções e titulação. Ele define soluções, concentração, solubilidade, tipos de soluções e métodos para expressar a concentração de soluções. Também explica como diluir soluções, misturar soluções que reagem ou não reagem quimicamente e os princípios e métodos da titulação volumetria.
O documento discute vários métodos para determinar a concentração de uma solução, incluindo concentração comum, densidade, título, porcentagem em peso e molaridade. Explica que a concentração comum é a relação entre a massa do soluto e o volume da solução. A molaridade é a relação entre o número de mols do soluto e o volume da solução. Fornece exemplos para calcular cada tipo de concentração.
1. O documento discute conceitos fundamentais de química inorgânica, incluindo soluções, colóides, propriedades coligativas e termoquímica.
2. Soluções são misturas homogêneas de dois ou mais componentes, sendo o soluto a substância dissolvida e o solvente a substância em que o soluto se dissolve.
3. Colóides são misturas heterogêneas cujas partículas não sedimentam e só podem ser separadas por membranas semipermeáveis, incluindo emulsóides,
O documento fornece informações sobre soluções químicas, incluindo suas definições, tipos, concentrações e métodos de titulação. Resume os principais conceitos de soluções, como soluto, solvente, solução saturada, concentração molar e normalidade. Também descreve brevemente os processos de diluição, mistura e titulação de soluções.
Este documento define e explica vários termos relacionados à concentração de soluções, incluindo: molaridade, concentração analítica, concentração de equilíbrio e normalidade. Ele também fornece exemplos de como calcular a molaridade de uma solução e preparar uma solução de concentração específica.
Este documento discute os conceitos fundamentais de soluções, incluindo tipos de soluções, expressão da solubilidade e concentração. Aborda classificações de soluções com base no estado físico dos componentes e na quantidade de soluto dissolvido. Explora também métodos para expressar a concentração de soluções, como gramas por litro, quantidade de matéria, molalidade e porcentagem.
1. UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA
Faculdade de Ciências e Tecnologia
Departamento de Química
Química Inorgânica I
Licenciatura em Química Aplicada
Mestrado Integrado em Engenharia Química e Bioquímica
Bioinorgânica
Licenciatura em Bioquímica
Séries de Problemas
Professor José J. G. Moura
Prof. Ricardo Franco
Profª Mª dos Anjos Macedo
1
2. ÍNDICE
A -EXPRESSÃO DE CONCENTRAÇÕES ..........................................................................................................................3
I. Unidades de concentração .............................................................................................................................................3
II. Diluições ..........................................................................................................................................................................5
III. Problemas ......................................................................................................................................................................5
B – MÉTODOS PARA DETERMINAÇÃO DE ESTEQUIOMETRIA E DE CONSTANTES DE ESTABILIDADE
DE COMPOSTOS DE COORDENAÇÃO............................................................................................................................7
I. Condições de aplicabilidade ...........................................................................................................................................7
II. Método da Razão Molar ................................................................................................................................................7
III. Método de Job (ou Método das Variações Contínuas)..........................................................................................10
IV. Problemas.....................................................................................................................................................................14
C - ESTUDOS DE EQUILÍBRIOS EM SOLUÇÃO ........................................................................................................17
I. Métodos de cálculo........................................................................................................................................................17
II. Problemas .....................................................................................................................................................................18
D – NOMENCLATURA, ISOMERISMO E ESTRUTURA DE COMPOSTOS DE COORDENAÇÃO ....................21
I. Regras de Nomenclatura ..............................................................................................................................................21
II. Problemas .....................................................................................................................................................................22
E - TEORIA DO ENLACE DE VALÊNCIA (TEV) ..........................................................................................................25
I. Problemas .......................................................................................................................................................................25
F - TEORIA DO CAMPO DE LIGANDOS.......................................................................................................................27
I. Problemas .......................................................................................................................................................................27
G - REACÇÕES DE OXIDAÇÃO-REDUÇÃO (REDOX)...............................................................................................30
I. Balanço de reacções de oxidação-redução ................................................................................................................30
II. Problemas .....................................................................................................................................................................33
APÊNDICE ............................................................................................................................................................................37
Perguntas de Exames-Tipo ..............................................................................................................................................37
2
3. A -EXPRESSÃO DE CONCENTRAÇÕES
I. Unidades de concentração
Uma vez identificados o soluto e o solvente de uma solução, podemos determinar a
concentração do primeiro no segundo. A concentração pode ser expressa de diferentes
modos: composição em percentagem por peso, percentagem por volume, fracção molar,
molaridade, molalidade ou normalidade.
1. Percentagem por peso ou por volume
A composição em percentagem por peso corresponde à massa de soluto dividida
pela massa de solução (peso do soluto mais peso do solvente), multiplicado por 100.
Representa-se por (% p/p).
Exemplo:
Determinar a composição em percentagem por peso de 100 g de solução de NaCl que
contém 20 g de sal.
20 g NaCl / 100 g solução x 100 = 20% (% p/p)
A composição em percentagem por volume corresponde ao volume de soluto
dividido pelo volume da solução, multiplicado por 100. Representa-se por (% v/v).
Exemplo:
Determinar a composição em percentagem por volume de 500 ml de uma solução de
glicerina que contém 100 ml de glicerina líquida?
100 ml glicerina / 500 ml solução x 100 = 20% (% v/v)
A composição em percentagem em peso por volume corresponde ao peso de soluto
dividido pelo volume da solução, multiplicado por 100. Representa-se por (% p/v).
Exemplo:
Determinar a composição em percentagem em peso por volume de 500 ml de uma
solução de de NaCl que contém 20 g de sal?
20 g NaCl / 500 ml solução x 100 = 4% (% p/v)
2. Fracção molar (X)
Fracção molar corresponde ao número de moles de um composto dividido pelo número
total de moles de todas as espécies químicas em solução. A soma de todas as fracções
molares numa solução é sempre 1.
Exemplo:
3
4. Quais são as fracções molares dos componentes da solução formada quando se
misturam 92 g de glicerol com 90 g de água? (massa molar da água = 18; massa do glicerol
= 92)
90 g água = 90 g x 1 mol / 18 g = 5 mol água
92 g glicerol = 92 g x 1 mol / 92 g = 1 mol glicerol
Moles totais = 5 + 1 = 6 mol
xágua = 5 mol / 6 mol = 0,833
xglicerol = 1 mol / 6 mol = 0,167
Deve verificar-se a correcção do resultado pela soma de todas as fracções molares dar
sempre 1:
xágua + xglicerol = 0,833 + 0,167 = 1,000
3. Molaridade (M ou mol.dm-3)
A molaridade é provavelmente a unidade de concentração mais utilizada. Corresponde ao
número de moles de soluto por litro de solução (que pode não corresponder ao volume de
solvente!).
Exemplo:
Qual a molaridade de uma solução obtida por adição de 11 g de CaCl2 a água para obter
100 ml de solução?
11 g CaCl2 / (110 g CaCl2 / mol CaCl2) = 0,10 mol CaCl2
100 ml x 1 l / 1000 ml = 0,10 l
molaridade = 0,10 mol / 0,10 l
molaridade = 1,0 M
4. Molalidade (m)
A molalidade corresponde ao número de moles de soluto por quilograma de solvente.
Devido à densidade da água a 25 ºC ser cerca de 1 g/cm3 (= 1 Kg/litro), a molalidade é
aproximadamente igual à molaridade para soluções aquosas diluídas a esta temperatura.
Trata-se de uma aproximação útil mas é apenas uma aproximação e não se aplica quando a
solução se encontra a uma temperatura diferente, quando a solução não é diluída ou quando
se utiliza um solvente diferente da água.
Exemplo:
Qual a molalidade de uma solução de 10 g de NaOH em 500 g de água?
10 g NaOH / (4 g NaOH / 1 mol NaOH) = 0,25 mol NaOH
500 g de água x 1 kg / 1000 g = 0,50 kg de água
molalidade = 0,25 mol / 0,50 kg
molalidade = 0,50 m
5. Normalidade (N)
4
5. A normalidade é igual à massa de equivalente grama de um soluto por litro de solução. A
massa de equivalente grama ou equivalente é uma medida da capacidade de reacção de
determinada molécula. A normalidade é a única unidade de concentração que depende da
reacção.
Exemplo:
O ácido sulfúrico 1 M (H2SO4) é 2 N em reacções de ácido-base porque cada mole de
ácido sulfúrico proporciona 2 moles de iões H+. Por outro lado, o ácido sulfúrico 1 M é 1 N
relativamente a precipitação de sulfato dado que 1 mole de ácido sulfúrico proporciona 1
mole de iões sulfato.
II. Diluições
Ao adicionar solvente a uma solução está-se a proceder a uma diluição da solução. A solução
inicial denomina-se solução-mãe e a solução final denomina-se solução diluída. A adição de
solvente resulta numa solução de menor concentração. Pode calcular-se a concentração de
uma solução após diluição por utilização da seguinte expressão:
MiVi = MfVf
Em que M é a concentração em molaridade, V é o volume, e os índices i e f referem-se aos
valores iniciais e finais, ou seja, da solução-mãe e da solução diluída.
Exemplo:
Que volume, em mililitros, de NaOH 5,5 M é necessário para preparar 300 ml de NaOH 1,2
M?
5,5 M x Vi = 1,2 M x 0,3 l
Vi = 1.2 M x 0,3 L / 5,5 M
Vi = 0,065 l
Vi = 65 ml
Assim, para preparar a solução de NaOH 1,2 M, deve medir-se (com uma pipeta volumétrica)
65 ml de NaOH 5,5 M para um balão volumétrico de 300 ml e completar o volume até ao
traço com água destilada.
III. Problemas
A.1. Percentagens em peso e volume
a) Determinar a % em peso da solução obtida por dissolução de 30 g de NaOH em 300
ml de água (assumir que a densidade da água é 1 g/cm3) R: 9,1 %
b) Quantas grama de NaOH seriam necessárias para preparar 800 g de uma solução
NaOH a 40% (% p/p)? R: 320 g
c) Determinar o volume de glicerina líquida necessário para preparar 500 ml de uma
solução a 20% (% v/v). Qual o volume de água necessário? R: 100 ml; 400 ml
5
6. A.2. Concentrações em molaridade
a) Dissolve-se 8,5 grama de NaNO3 em água e adiciona-se a um balão volumétrico de
500 ml. Completa-se com água até ao traço. Calcular a molaridade da solução
resultante. R: 0,2 M
b) Como pode preparar 250 ml de uma solução 0,02 M em Al3+, a partir de Al2(SO4)3?
Qual a molaridade em SO42-? R: 0,855 g; 0,03 M
A.3. Concentrações em molalidade
a) Determine a molalidade de 3000 grama de solução contendo 37,3 grama de cloreto de
potássio (KCl). R: 0,17 m
b) Como prepararia 5000 grama de uma solução de NaOH 0,5 molal? R: 100 g
A.4. Concentrações em fracção molar
a) Determine a fracção molar de KCl em 3000 grama de solução aquosa contendo 37,3
grama de cloreto de potássio. R: XKCl = 0,00303
b) Quantas grama de água se devem utilizar para dissolver 100 g de sacarose (C12H22O11)
e preparar uma solução com uma fracção molar de sacarose de 0,2? R: 21 g
A.5. Diluições
a) Como se prepararia 500 ml de HCl 3 M a partir de uma solução-mãe 6M? R: 250 ml
b) Como se preparariam 800 grama de uma solução de peróxido de hidrogénio a 3% a
partir de uma solução-mãe a 10%? R: 240 g
c) Considere uma solução-mãe o ácido fosfórico comercial [85% (p/p); d = 1,689].
c1) Como pode preparar 1 litro de uma solução 1,0 M de ácido fosfórico (H3PO4)?
R: 68,3 ml
c2) Qual a normalidade dessa solução? R: 3 N
c3) Qual a molaridade e normalidade da solução-mãe? R: 44 N; 14,7 M
6
7. B – MÉTODOS PARA DETERMINAÇÃO DE ESTEQUIOMETRIA E
DE CONSTANTES DE ESTABILIDADE DE COMPOSTOS DE
COORDENAÇÃO
I. Condições de aplicabilidade
1. Constante de estabilidade (ou formação) do complexo (Kest = Kf) é muito elevada
do
2. Forma-se apenas um complexo
3. O complexo formado tem apenas um tipo de ligando
4. Ao comprimento de onda escolhido apenas o complexo absorve apreciavelmente
(metal e ligando sozinhos não absorvem)
II. Método da Razão Molar
Considere-se o equilíbrio de complexação de Fe(II) com o ligando bidentado orto-
fenantrolina (o-fen), cuja estrutura se representa infra:
m Fe2+ + n o-fen ⇔ Fem(o-fen)n2+
Pretende determinar-se a razão ligando/metal, n/m, ou seja, a estequiometria ou
proporção de combinação do complexo.
Para isso, preparam-se uma série de soluções contendo Fe2+, a uma concentração fixa
e diferentes quantidades de o-fen. Por exemplo, suponha que a 5 ml de solução contendo
100,00 mg/l de Fe2+ se adicionaram diferentes volumes de uma solução 5,05 x 10-3 M em o-
fen e se perfaz sempre o volume a 100 ml.
Como o complexo [Fem(o-fen)n]2+ é corado, tendo um máximo de absorção a 510 nm
e tanto a solução de Fe2+ como a de o-fen são incolores, leu-se a absorvância de cada
solução a este comprimento de onda (ε510 = 11,1 mol-1cm-1). Os resultados encontram-se na
tabela seguinte:
Volume de o-fen (ml) A510 nm
2 0,074
3 0,560
4 0,747
6 0,993
8 0,993
10 0,993
12 0,993
7
8. No gráfico, representa-se a variação da absorvância da solução em função do volume
de o-fen adicionada. No ponto de intersecção das duas rectas todo o ferro encontra-se
complexado pela orto-fenantrolina.
O volume de ligando correspondente a este ponto pode ser lido nas abcissas do gráfico: 4,00
ml.
Dispõe-se assim de todos os dados necessários para calcular a razão n/m:
n/m = (nº de moles de o-fen)/(nº moles de Fe2+)
Nº de moles de Fe2+ = (100 x 10-3 g/l ) x (5 x 10-3 l) / 55,85 g mol-1 = 8,95 x 10-6 mol
Nº moles de o-fen = (5,05 x 10-3 mol/l) x (4,0 x 10-3 l) = 2,02 x 10-5 mol
n/m = (2,02 x 10-5)/(8,95 x 10-6) = 2,25
A estequiometria da reacção é obtida por arredondamento para cima deste valor, ou
seja, cada mole de ião metálico conjuga-se com três moles de ligando:
Fe2+ + 3 o-fen ⇔ [Fe(o-fen)3]2+
Como se obtêm apenas valores para a razão n/m e não valores individuais de n ou de
m, subsistem algumas hipóteses, múltiplas de 3:1, 6:2, etc. Contudo, por argumentos
estruturais, facilmente se conclui que a razão é, de facto, 3:1.
Este método permite também a determinação de constantes de formação. Supondo
que Fe2+ forma um complexo estável com um ligando L, FemLn2+, que apresenta um máximo
de absorção a 515 nm:
m Fe2+ + n L ⇔ [FemLn]2+
K FemLn = [[FemLn]2+]/([ Fe2+]m[L]n)
Pretende-se, novamente, determinar a razão n/m e a constante KFemLn. Tal como
anteriormente, preparam-se uma série de soluções, em balões volumétricos de 50 ml,
8
9. contendo a mesma quantidade de Fe2+ (2 ml de uma solução 1x10-3 M em Fe2+) e várias
quantidades de uma solução 10-3 M em L, e perfaz-se o volume a 50 ml. Leu-se a
absorvância de todas as soluções a 515 nm, numa célula com 1 cm de percurso óptico. Os
resultados encontram-se na tabela seguinte:
Volume de L (ml) A515 nm
2,00 0,240
3,00 0,360
4,00 0,480
5,00 0,593
6,00 0,700
7,00 0,720
8,00 0,720
10,00 0,720
12,00 0,720
A razão n/m pode ser determinada representando a absorvância, A, em função do
volume de L tal como no gráfico seguinte:
No ponto de intersecção das duas curvas, o volume de L é igual a 6 ml. Assim:
n/m = (Nº moles L)/(Nº moles Fe2+) = [(1 x 10-3) (6 x 10-3) ]/[(1 x 10-3) (2 x 10-3)] = 3/1
A reacção será provavelmente:
Fe2+ + 3 L ⇔ [FeL3]2+
e a constante de formação:
K FeL3 = [[FeL3]2+]/([Fe2+] [L]3)
Para o cálculo de K é necessário conhecer [[FeL3]2+], [Fe2+] e [L]. Deve usar-se um
ponto experimental ao qual as várias concentrações tenham valores apreciáveis, por
exemplo, junto ao ponto de intersecção das curvas. Seja então, o ponto no qual A = 0,7.
Tem-se, pela lei de Lambert-Beer:
9
10. A = εb[[FeL3]2+] ou [[FeL3]2+] = A / εb
Pode estabelecer-se um balanço de massas para o ferro: CFe2+= [Fe2+] + [[FeL3]2+]
e outro para o ligando: CL = [L] + 3[[FeL3]2+]
donde:
[Fe2+]= CFe2+ - [[FeL3]2+] = CFe2+ - A / εb
[L] = CL - 3 [[FeL3]2+] = CL - 3 A / εb
Substituindo na expressão para a constante de estabilidade:
K FeL3 = (A / εb) /[(CFe2+ - A / εb) / (CL - 3 A / εb)3]
Resta agora calcular os valores de ε, CFe 2
e CL. Escolheu-se o valor de absorvância A
= 0,7, para o qual VL = 6,00 ml. A absortividade molar, ε, determina-se facilmente. Após o
ponto de intersecção, pode considerar-se que todo o Fe2+ está complexado, sendo por isso
possível saber a concentração de [FeL3]2+:
sendo A = 0,72
A= b ε [[FeL3]2+]
ε =A / b [[FeL3]2+] = 0,72/(1,00 x 4,00 x 10-5) = 1,80 x 104 mol-1cm-1
No ponto de intersecção, A = 0,7:
A/b ε = [[FeL3]2+] = 0,7 / [(1,80 x 104) (1,00)] = 3,89 x 10-5 M
CFe2+ = 4,00 x 10-5 M
CL = (6,00 ml / 50,00 ml) / (1,00 x 10-3 M) = 12,0 x 10-5 M
Substituindo então estes valores na equação de Fe, obtém-se K = 9,84 x 10-7
III. Método de Job (ou Método das Variações Contínuas)
Suponha-se uma reacção entre um metal incolor, M e um ligando incolor, L, dando
origem a um composto corado
m M + n L → MmLn K = [MmLn] / [M]m[L]n
Caso se forme apenas um complexo e se K for elevado, pode aplicar-se o Método de
Job. Preparam-se uma série de soluções nas quais a soma dos números de moles de ligando
10
11. e metal se mantém constante, (número de moles de M) + (número de moles de L) =
constante, mas variam-se as fracções molares de M e L.
Fracção molar de M = XM = (Nº moles de M) / (Nº moles de M + Nº moles de L)
Fracção molar de L = XL = (Nº moles de L) / (Nº moles de M + Nº moles de L)
xL + xM = 1
Mede-se a absorvância, A, de cada solução e representa-se A em função da fracção
molar de ligando ou de metal.
Obtém-se uma curva como a apresentada na Figura:
As fracções lineares de cada ramo da curva são extrapoladas. O ponto na abcissa
correspondente ao ponto de intersecção designa-se por XM INT, sendo a fracção molar de M
à qual se forma maior quantidade de complexo e, por isso, à qual se observa o maior valor
de absorvância. A curvatura observada junto deste ponto deve-se ao equilíbrio de dissociação
do complexo.
A razão n/m será dada por:
n/m = (Nº de moles de ligando)/ (Nº de moles de metal) = XM INT/ XL INT
como XL INT = 1 - XM INT vem:
n/m = (1 - XM INT)/ XM INT
Através de um exemplo, será explicada a determinação de constantes de estabilidade
pelo Método de Job.
O ião férrico, Fe3+, forma complexos corados com o ião tiocianato, SCN-, que
absorvem fortemente a 500 nm, comprimento de onda ao qual nem o Fe3+ nem o SCN-
absorvem
m Fe3++ n SCN- → [FemSCNn](3m-n)
KFeSCN = [FemSCNn] / [Fe3+]m[SCN-]n
11
12. Foram preparadas as soluções indicadas na tabela e mediu-se a sua absorvância a 500
nm, numa célula de 2,5 cm.
V Fe (ml) V SCN (ml) A (500 nm)
24,00 0,00 0,00
22,00 2,00 0,125
20,00 4,00 0,237
18,00 6,00 0,339
16,00 8,00 0,415
14,00 10,00 0,460
12,00 12,00 0,473
10,00 14,00 0,460
8,00 16,00 0,424
6,00 18,00 0,344
4,00 20,00 0,254
2,00 22,00 0,152
0,00 24,00 0,000
As soluções de Fe(NO3)3 e KSCN têm a seguinte concentração: 1,00 x 10-3 M
É necessário efectuar o cálculo das fracções molares, pois como aquelas soluções têm
a mesma concentração e o volume total é sempre o mesmo, o volume de cada solução de
Fe3+ ou SCN- é proporcional à respectiva fracção molar. Assim, o gráfico pode ser efectuado
utilizando o volume de uma ou outra das soluções (Figura):
Por extrapolação das rectas obtém-se o ponto de intersecção a um volume igual a 12
ml de solução de KSCN.
n/m = (Nº de moles de KSCN)/(Nº de moles de Fe3+) = (12,00 x 10-3)/(12,00 x 10-3) = 1
Assim a reacção será:
Fe3++ SCN- → [FeSCN]2+
KFeSCN = [[FeSCN]2+] / [Fe3+][SCN-]
12
13. Para o cálculo da constante de equilíbrio, é necessário conhecer as concentrações das
três espécies envolvidas: [FeSCN]2+, Fe3+ e SCN-, que serão calculadas no ponto de máxima
absorvância do gráfico: A = 0,473.
V Fe3+ = V SCN- = 12,00 ml
Os balanços de massa para Fe3+ e SCN- são:
C Fe3+ = [Fe3+] + [[FeSCN]2+]
C SCN- = [SCN-] + [[FeSCN]2+]
[Fe3+] = C Fe3+ - [[FeSCN]2+]
[SCN-] = C SCN- - [[FeSCN]2+]
As concentrações totais serão:
C Fe3+ = (12,00 x 1,00 x 10-3)/24,00 = 5 x 10-4 M
C SCN- = 5 x 10-4 M
Para o cálculo de [[FeSCN]2+] define-se um novo termo, Aex (absorvância
extrapolada) que corresponde à absorvância que seria observada se não ocorresse
dissociação do complexo. Neste caso a concentração de complexo será igual a concentração
total de Fe3+= CFe3+
[[FeSCN]2+]ex = CFe3+
Aex = ε b [[FeSCN]2+]ex = ε b CFe 3+
Por outro lado, no ponto de maior absorvância:
A = Absorvância observada
A= ε b [[FeSCN]2+]
onde: A/Aex = ε b [[FeSCN]2+] / ε b CFe 3+
ou: [[FeSCN]2+] = A/Aex CFe3+
Do gráfico tira-se que A = 0,473 e Aex = 0,718.
Então:
KFeSCN = [[FeSCN]2+] / [Fe3+][SCN-] = [[FeSCN]2+] / (CFe3+ - [[FeSCN]2+])(CSCN- -
[[FeSCN]2+])
= (A/Aex CFe3+)/( CFe3+ - A/Aex CFe3+)( CSCN- - A/Aex CFe3+)
Substituindo valores obtém-se KFeSCN = 1,13 x 104
13
14. IV. Problemas
B.1. O ferro(II), Fe2+ , forma urn complexo corado com a batofenantrolina (Ba fen)
m Fe2+ + n Ba fen → [Fem (Ba fen)n]2m
não não absorve fortemente
absorve absorve a 534 nm
A uma série de balões volumétricos de 100 ml, adicionaram-se 4,5 x 10-6 moles de Fe2+ e
quantidades diferentes de uma solução 2,5 x 10-3 M em Ba fen, perfazendo-se o volume a
100 ml com H2O. Lê-se a absorvância em células de 1 cm a 543 nm. Os resultados são os
seguintes:
Volume de Ba fen (ml) A543 nm
0,00 0,000
1,00 0,185
2,00 0,370
3,00 0,555
4,00 0,740
5,00 0,940
6,00 1,000
7,00 1,000
8,00 1,000
9,00 1,000
10,00 1,000
Determine a estequiometria do complexo usando o método das razões molares.
B.2. Suponha que um ligando orgânico, L, forma com Cu(I) complexos amarelos. Pretende-
se determinar a estequiometria e a constante de formação para o complexo:
m Cu+ + n L → [Cum Ln]m
incolor incolor amarelo
K = [[Cum Ln]m]/([Cu+]m [L]n)
Aplica-se o método das razões molares.
Numa série de balões volumétricos mantém-se constante a concentração de Cu+ a 6,9
x 10-5 M e varia-se a concentração de L. Os resultados apresentam na tabela seguinte:
14
15. C L (M) A450 nm
1,50 x 10-5 0,070
3,50 x 10-5 0,163
6,00 x 10-5 0,275
1,00 x 10-4 0,420
1,50 x 10-4 0,515
2,00 x 10-4 0,575
2,50 x 10-4 0,609
3,00 x 10-4 0,626
3,50 x 10-4 0,630
4,00 x 10-4 0,630
4,50 x 10-4 0,630
Determine a estequiometria e o valor da constante de estabilidade (K) para o
complexo.
B.3. O ião mercúrio (II), Hg2+, forma complexos corados com a difenilcarbazona (Dif),
com absorção máxima a 520 nm.
m Hg2+ + n Dif → [Hgm Difn]2m
Use o método das variações contínuas (Método de Job) para determinar a razão n/m
para o complexo. Os dados são os seguintes:
X Hg A520 nm
0,10 0,416
0,20 0,804
0,30 1,220
0,40 1,609
0,50 1,920
0,60 1,531
0,70 1,116
0,80 0,727
0,90 0,363
15
16. B.4. O ião férrico, Fe3+, e a 8-hidroxiquinolina (HQ) formam complexos solúveis que
absorvem a 645 nm, comprimento de onda ao qual nem o Fe3+ nem a HQ absorvem.
Determine a estequiometria do complexo usando o Método de Job.
m Fe3+ + n HQ → [Fem HQn]3m
Dados: C Fe3+ + C HQ = 1,19 x 10-3 M
X Fe A645 nm
0,10 0,058
0,20 0,111
0,30 0,143
0,40 0,163
0,50 0,169
0,60 0,163
0,70 0,141
0,80 0,106
0,90 0,058
16
17. C - ESTUDOS DE EQUILÍBRIOS EM SOLUÇÃO
I. Métodos de cálculo
A resolução de problemas de equilíbrio envolve vários passos:
1. Estabelecer a natureza de todas as espécies presentes em solução
2. Escrever as constantes de equilíbrio que relacionam as concentrações das várias
espécies.
3. Escrever além das constantes de equilíbrio outras relações entre as
concentrações das espécies de modo a se obterem tantas equações quanto as
incógnitas.
i. Balanços de massas
ii. Balanços de cargas
4. A solução deste sistema de n equações a n incógnitas é por vezes difícil e
trabalhosa; fazem-se portanto aproximações com base em conhecimentos de
carácter qualitativo (pH do meio, valor da constante de equilíbrio envolvida,
excesso de uma dada espécie, etc.)
5. As soluções são em seguida verificadas nas equações exactas originais. Se não
forem satisfeitas em 5% devem fazer-se novas aproximações.
Balanços de massas
Estabelece que o número de átomos de uma espécie química permanece constante durante
uma reacção química.
Exemplo:
Solução de HgCl2 em água.
Formam-se espécies complexas até um número de coordenação 4 (são fornecidas 4
constantes de estabilidade parciais).
Pode ocorrer a formação de hidroxocomplexos com OH-
Espécies presentes: Cl-; Hg2+; HgCl+; HgCl2; HgCl3-; HgCl42-; Hg(OH)+; Hg(OH)2; OH-;
H+
Balanço de massas para o Hg:
CHg = [Hg2+] + [HgCl+] + [HgCl2] + [HgCl3-] + [HgCl42-] + [Hg(OH)+] + [Hg(OH)2]
Balanço de massas para o Cl:
CCl = [Cl-] + [HgCl+] + 2*[HgCl2] + 3*[HgCl3-] + 4* [HgCl42-]
Balanços de cargas
17
18. Estabelece a electroneutralidade da solução:
Número de cargas (+) = Número de cargas (-)
Exemplo:
Solução de HgCl2 em água.
2*[Hg2+] + [HgCl+] + [Hg(OH)+] + [H+] = [Cl-] + [HgCl3-] + 2* [HgCl42-] + [OH-]
II. Problemas
C.1. Calcular as concentrações de todas as espécies presentes numa solução contendo, por
litro, 1,00 moles de ácido clorídrico e 0,010 moles de nitrato de cádmio. Admita que a
hidrólise do metal é desprezável uma vez que se trata de uma solução fortemente ácida.
Dados:
Constantes de formação parciais dos clorocomplexos de cádmio:
log K1 = 1,32; log K2 = 0,90; log K3 = 0,09; log K4 = - 0,45
Kw = [OH-][H+] = 1,0 x 10-14
C.2. Calcular as concentrações de todas as espécies existentes numa solução contendo 0,010
moles de CdCl2 por litro. Admitir que a hidrólise do ião Cd2+ é desprezável.
Dados: Os mesmos do problema C.1.
C.3. Calcular a concentração molar em ião cianeto e em ião mercúrio numa solução de 0,1 M
em K2Hg(CN)4.
Dados: Constante de instabilidade do ião [Hg(CN)4]2- = 4,0 x 10-42.
C.4. Preparou-se uma solução 0,0100 M em CuSO4 e 0,0010 M em amoníaco. Calcular as
concentrações de todas as espécies presentes em solução no equilíbrio e o número médio de
ligandos do complexo cobre-amino nesta solução.
O complexo de maior número de coordenação formado é tetraminocobre (II), ao qual
corresponde a reacção de formação:
Cu2+ + 4NH3 ⇔ Cu(NH3)42+
Constante de formação global (β4) = 1013,05
log K1 = 4,27; log K2 = 3,59; log K3 = 3,00
C.5. Prepara-se uma solução por mistura de 0,0100 moles de CdSO4 com 1,00 moles de NH3
seguida de diluição até 1,00 L num balão volumétrico. Determinou-se uma concentração de
18
19. cádmio não complexado de 6,50 x 10-10 M. Calcular o valor da constante de estabilidade
global do complexo tetraminocádmio, assumindo que é o único complexo que se forma.
C.6. Calcular a quantidade de ião chumbo que fica livre em solução (não complexado)
quando se adiciona Na2H2Y (sal dissódico do ácido etilenodiaminotetracético = EDTA) para
uma concentração final de 0,0650 M a uma solução de 0,0525 M em Pb(NO3)2. A solução
está tamponizada a pH = 11.
Dados:
H4Y ou EDTA (ácido etilenodiaminotetracético) é um ácido tetraprótico que forma complexos
com número de coordenação 6 na sua forma completamente desprotonada, da forma:
Numa solução a pH = 10 podem desprezar-se as espécies protonadas: H4Y; H3Y-;H2Y2-;HY3-.
Valores das constantes de acidez: pKa1= 1,99; pKa2= 2,67; pKa3= 6,16; pKa4= 10,26.
Constante de estabilidade do complexo [PbY]2- = 1,1 x 1018.
C.7. Calcule o número de moles de amoníaco a adicionar a 50 ml de uma solução 0,010 M
em CdSO4 de modo a reduzir a concentração de cádmio livre a 1,0 x 10-6 M. Considere que a
única espécie complexa que se forma em solução é [Cd(NH3)4]2+.
β4 [Cd(NH3)4]2+ = 1,8 x 107.
C.8. A reacção do ião mercúrio (II) com o ião cloreto processa-se em duas etapas
consecutivas com formação de mono e dicloreto de mercúrio (II). Quando se misturam 0,001
moles de ião mercúrio com 1 mole de ião cloreto e se perfaz o volume a 1 litro, qual a
concentração de ião mercúrio não complexado que fica em solução?
Dados:
K1 (HgCl+) = 5,5 x 106
K2 (HgCl2) = 5,5 x 106
Ki = constantes parciais de formação de espécies complexas.
19
20. C.9. Considerar os complexos do ião Zn2+ com trietilenotetramina (trien)
e com amoníaco.
O zinco forma com estes ligandos complexos com o mesmo número de coordenação. A
constante de formação do complexo do ião zinco com o ligando polidentado (4,5 x 1014) é 4
x 105 vezes maior do que com o ligando monodentado.
a) Identifique as espécies complexas de zinco e explique as diferenças observadas para
os valores das constantes de estabilidade.
b) Calcule a quantidade de trien que deve adicionar a um tanque de 10 m3 cheio com
uma solução de ião zinco a 1 mg/ml, de modo a que a concentração de zinco diminua
até 1 ng/l. Considere que o pH do tanque evita a formação de espécies protonadas do
ligando polidentado.
C.10. Considere que um metal, M, forma com um ligando, L, complexos do tipo ML e ML2,
com constantes de formação parciais K1 = 103 e K2 = 107.
a) Utilize uma folha de cálculo para computador (Excel, por exemplo) para determinar as
curvas de distribuição para as espécies M, ML e ML2, ou seja, curvas de fracção de
cada espécie em função de log [L].
b) Suponha agora que as constantes diferem de apenas 102. Como variam as curvas de
distribuição das espécies M, ML e ML2?
20
21. D – NOMENCLATURA, ISOMERISMO E ESTRUTURA DE
COMPOSTOS DE COORDENAÇÃO
I. Regras de Nomenclatura
1) O anião surge no nome antes do catião.
• [Cr(H2O)6]Cl3: cloreto de hexa-aquocrómio(III)
2) Dentro do ião complexo, os ligandos são referidos por ordem alfabética e o metal
no final.
• [Cr(H2O)ClBr4]Cl: cloreto de aquotetrabromoclorocrómio(III)
3) Os nomes dos ligandos aniónicos terminam em o. (eto→o; ato→ato; ito→ito)
• K[Cr(NO2)(SO4)Cl(H2O)3] : triaquocloronitritosulfatocromato(III) de potássio
4) Os ligandos neutros mantêm o nome. São excepção H2O (aquo), CO (carbonilo) e
NH3 (amino).
• [Cr(H2O)(NH3)(CO){P(C2H5)3}4]Cl3:
cloreto de aminoaquocarbonilotetra(trietilfosfina)crómio (III)
5) Utilizam-se os prefixos gregos di-, tri-, tetra-, penta- e hexa- para indicar o
número de ligandos iguais num complexo. Se o nome do ligando contiver estes
prefixos utilizam-se os prefixos bis, tris e tetraquis.
• [Cr(NH2CH2CH2NH2)3]Cl3: cloreto de tris(etilenodiamina) crómio(III)
• [Cr(H2O)4(OH) 2]Cl: cloreto de tetra-aquodi-hidroxicrómio(III)
6) O número de oxidação do metal é escrito em numeração romana, entre
parêntesis, logo após o nome do metal.
• [Cr(CO)4(H2O) 2]Cl3: cloreto de tetracarbonilodiaquocrómio(III)
7) Os nome dos aniões complexos acaba sempre em –ato.
• K3[CrCl6] : hexaclorocromato(III) de potássio
• [Fe(CN)6]4- : anião hexacianoferrato(III)
8) Nos complexos polinucleares com ligações metal-metal antecede-se o nome deste
do prefixo bi-
• [(CH3NH2)4Cl Pt -Pt Cl(H2N-CH3)4] Cl2: cloreto de dicloro octaquis (metilamina)
biplatina (II).
9) Nos complexos polinucleares com pontes de ligação antecede-se o nome desta da
letra grega μ
21
22. • ião bis(etilenodiamina)cobalto(III)-μ-imido-μ-hidroxo-bis(etilenodiamina)
cobalto (III).
Nomes de alguns ligandos comuns
Ligando Nome no composto
água, H2O aquo
amoníaco, NH3 amino
brometo, Br- bromo
2-
carbonato, CO3 carbonato
-
cianeto, CN ciano
cloreto, Cl- cloro
etilenodiamina etilenodiamina
etilenodiaminatetracetato etilenodiaminatetracetato (EDTA)
hidróxido, OH- hidroxo
monóxido de carbono, CO carbonilo
-
nitrito, NO2 nitro (N) ou nitrito (O)
2-
oxalato, C2O4 oxalato
óxido, O2- oxo
II. Problemas
D.1. Indique o nome e proponha geometrias para os seguintes compostos de coordenação:
a) [CrCl2(en)2]Cl
b) [Co(ONO)(NH3)5]SO4
c) [Cr(H2O)4Cl2]Cl
d) Na3[Co(NO2)6]
e) [(NH3)5-Cr-OH-Cr(NH3)5]Cl5
22
23. f) [Co(NH3)2(H2O)]Br2
g) [Co(NH3)5Cl]Cl2
h) K[PtCl3(C2H4)]
i) [Co(NH3)4(NCS)Cl]NO3
j) [Pt (en) Cl4]
k) Na2[Ni (EDTA)]
D.2. Nomeie os compostos de coordenação que apresentam as estruturas seguintes:
a)
b)
D.3. Quantas formas isoméricas (número de coordenação 6) pode obter para o composto
Co(NH3)4Cl2? Nomeie os diferentes isómeros propostos.
D.4. Descreva e defina os diversos tipos de isómeros que o ião diclorobis(etilenodiamina)
cobalto (III) pode apresentar.
D.5. Que tipos de isómeros pode formar com o composto [Cu(NH3)4] [Pt (Cl)4]?
D.6. Dado o composto MA4B2, para o qual foram isolados dois isómeros geométricos,
preveja qual a sua estrutura (octaédrica ou prisma triangular). Justifique.
D.7. Escreva a fórmula estrutural, proponha geometrias e indique o número de
coordenação, os tipos de ligando, os átomos doadores e isómeros possíveis para os seguintes
complexos:
23
24. a) Cloreto de trans-ditiocianato-N-tetramino cobalto (III).
b) Bis(acetilacetonato)oxo vanádio (IV)
c) Bis(acetilacetonato)oxo piridina vanádio (IV)
d) Cloreto de (tris(etilenodiamina) tartarato) cobalto (III)
e) Iodeto de tris(etilenodiamina) cobalto (III).
f) Tris(acetilacetonato) ferro (III)
g) Sulfato de tris(etilenodiamina) cobalto (II)
D.8. A combinação de Co(III), NH3, NO2- e K+ pode levar à formação de sete compostos
de coordenação, um dos quais é [Co(NH3)6(NO2)3]
a) Escreva as fórmulas dos outros seis compostos.
b) Indique o nome de cada composto
c) Indique quais os complexos que formam isómeros geométricos.
D.9. O CrCl3.6H2O sólido pode ser [Cr(H2O)6]Cl3, [Cr(H2O)5Cl]Cl2.H2O ou
[Cr(H2O)4Cl2]Cl.2H2O. É possível determinar qual destas fórmulas é correcta utilizando uma
coluna de permuta iónica. Passou-se uma solução que contém 0,319 g de CrCl3.6H2O através
de uma coluna de permuta iónica e o ácido libertado foi titulado com uma solução 0,125 M
de NaOH, gastando-se 28,5 ml desta solução. Determine a fórmula do complexo de Cr(III).
D.10. Sabe-se que os complexos [M(AB)2] e [M(AA)2X2] são opticamente activos. Que pode
concluir quanto às suas estruturas?
24
25. E - TEORIA DO ENLACE DE VALÊNCIA (TEV)
I. Problemas
E.1. A TEV permite explicar com sucesso algumas propriedades magnéticas de compostos de
coordenação. Preveja, usando esta teoria, os momentos magnéticos dos seguintes
compostos:
a) [Cr(NH3)6]2+
b) [Fe(CN)6]4-
Dados: Números atómicos Cr=24; Fe=26
E.2. Quais dos seguintes compostos são paramagnéticos segundo a TEV?
Composto Geometria de Hibridação do Número atómico
quelação ião metálico do ião metálico
[BeF4]2- Tetraédrica sp3 4
[PtCl4]2- Quadrangular planar dsp2 78
[NiCl4]2- Tetraédrica sp3 28
[Co(NH3)6]2- Octaédrica d2sp3 27
E.3. Considere os três compostos de número de coordenação 4 cujos momentos magnéticos
se indicam:
Composto μ (MB)
[NiCl4]2- 2,83
[Ni(CN)4]2- 0
[MnCl4]2- 5,92
Preveja a geometria de coordenação destes compostos.
Dados: Números atómicos Mn=25; Ni=28
E.4. O ião ferro, nos estados de oxidação +2 e +3 é um elemento essencial aos sistemas
biológicos devido à versatilidade de estados de spin que pode apresentar. Mostre, com base
na TEV, que dentro das estruturas mais correntes em compostos de coordenação
25
26. (tetraédrica, quadrangular plana e octaédrica), podem ser encontrados estados de spin entre
0 e 5/2.
Dado: Número atómico Fe=26
E.5. O complexo [Ni(CN)4]2- é diamagnético, mas o complexo [NiCl4]2- é paramagnético, com
dois electrões desemparelhados. Do mesmo modo, o complexo [Fe(CN)6]3- tem só um
electrão desemparelhado, mas o complexo [Fe(H2O)6]3+ tem cinco electrões
desemparelhados. Use as potencialidades e discuta as limitações da TEV para prever estes
resultados.
E.6. O níquel é um metal de transição que pode existir em vários estados de oxidação desde
0 a +4. Usando os pressupostos da TEV preveja quais as estruturas estáveis para os estados
de oxidação indicados (entre as estruturas mais correntes: octaédrica, quadrangular plana e
tetraédrica) indicando os valores de momentos magnéticos correspondentes.
Dado: Número atómico Ni=28.
E.7. A TEV e a Teoria do Campo de Ligandos representam duas aproximações teóricas à
interpretação da ligação química em compostos de coordenação.
a) O complexo [NiCl4]2- é diamagnético mas o complexo [NiCl4]2- é paramagnético (μ =2,83
MB). O complexo [Fe(H2O)6]3+ é paramagnético (μ = 5,92 MB) mas o complexo [Fe(CN)6]3-
tem apenas um electrão desemparelhado. Interprete estes resultados com base nas duas
teorias indicadas.
b) O ião níquel (II) forma complexos quadrangulares planos. Segundo a TEV não é possível a
existência de complexos de spin alto. No entanto, a Teoria do Campo de Ligandos indica que
embora estes complexos de spin alto não sejam favoráveis, são possíveis. Explique estes
factos e indique em que condições é possível a existência de complexos quadrangulares
planos de níquel (II) em cada um dos estados de spin.
Dados: Números atómicos Fe=26; Ni=28
26
27. F - TEORIA DO CAMPO DE LIGANDOS
I. Problemas
F.1. Considere os seguintes complexos de ferro (III): [FeF6]3-; [FeCl4]- e [Fe(CN)6]3-.
Considerando que as energias de emparelhamento electrónico para o ião férrico são da
ordem de 80 Kcal/mole e o valor para o desdobramento de campo de ligandos é: ΔF- = ΔCl-
= 80 Kcal/mole; ΔCN-= 90 Kcal/mole, determine o estado de spin electrónico destes
complexos.
Dado: Número atómico Fe=26
F.2. Os iões Ti3+ e Co2+ apresentam soluções aquosas coradas. O ião Mn2+ é incolor.
Explique estas observações com base na previsão das possíveis transições electrónicas.
Dados: Números atómicos: Ti= 22; Co=27; Mn=25
F.3. Calcule as EECL (Energias de Estabilização de Campo de Ligandos) dos aquo-complexos
de iões metálicos de d0 a d10. Note que estes complexos são de campo fraco.
F.4. Considere os aquo-complexos de Mn2+, Fe3+ e Co3+. Na Tabela seguinte comparam-se
os valores de desdobramento de campo octaédrico (Δ0) com a energia de emparelhamento
electrónico (P).
Ião Sistema d Δoct (cm-1) P (cm-1)
Mn2+ d5 7500 23800
Fe3+ d5 14000 29900
Fe2+ d6 10000 19200
Co3+ d6 23600 19000
F.5. Considere os seguintes compostos de níquel (II) (número atómico=28) e os respectivos
espectros electrónicos.
A - [Ni(gly)3]-
B - [Ni(en)3]2+
C - [Ni(bipy)3]2+
Nota: A glicina (gly-), a etilenodiamina (en) e a bipiridina (bipy) são todos ligandos
bidentados.
27
28. A
B
C
a) Calcule o número de bandas a observar nos espectros destes compostos.
b) Compare a energia de desdobramento do campo octaédrico produzido por estes ligandos.
Construa uma série espectroquímica.
F.6. Indique a configuração electrónica e a multiplicidade de spin do estado fundamental dos
iões Cr3+ (octaédrico - spin alto) e Fe2+ (tetraédrico). Preveja o número de bandas de
absorção a observar.
Dados: Números atómicos Cr=24; Fe=26
F.7. Na tabela seguinte são indicados dados espectrais de complexos octaédricos de níquel
(número atómico = 28). Calcule o valor de Δoct para cada um dos compostos indicados.
Construa uma série espectroquímica para os ligandos considerados. Qual o significado desta
série?
Composto Energia das bandas de absorção (cm-1)
Ni(DMSO)62+ 7700 13000 24000
Ni(DMA)62+ 7500 12700 23800
Ni(H2O)62+ 8700 14500 25300
Ni(NH3)62+ 10800 17500 28200
DMSO = dimetilsulfóxido; DMA = N,N-dimetilacetamida
F.8. Mostre que para sistemas d3 e d8 (simetria octaédrica) a energia de estabilização de
campo de ligandos (EECL) é a mesma, qualquer que seja o estado de spin.
28
29. F.9. Represente as configurações electrónicas dos seguintes complexos, usando a TEV e a
Teoria do Campo Cristalino.
a) [Fe(H2O)6]2+ (spin alto)
b) [Co(C2O4)3]3- (spin baixo)
c) [Ni(NH3)6]2+ (spin alto)
F.10. Considere os seguintes compostos de coordenação:
[Co(NH3)6]3+; [Fe(H2O)6]3+; [Fe(CN)6]3-
a) Determine o estado de spin destes complexos.
b) Deduza os termos espectroscópicos do estado fundamental de Co3+ e Fe3+ na ausência de
campo de ligandos (tendo em conta o acoplamento spin-órbita).
c) Preveja o número de bandas de absorção destes complexos e identifique as transições
electrónicas.
Δoct (cm-1)
H2 O NH3 CN- P (cm-1)
Fe3+ d5 13700 22800 31000 29900
Co3+ d6 18600 23000 34000 23625
29
30. G - REACÇÕES DE OXIDAÇÃO-REDUÇÃO (REDOX)
I. Balanço de reacções de oxidação-redução
Os cálculos de análise volumétrica requerem o conhecimento da reacção total.
Utilizam-se vários métodos para fazer o balanço das reacções redox e iremos usar o método
de semi-reacção. Nesta técnica a reacção é dividida em 2 partes: a parte de oxidação e a de
redução. Em todas as reacções redox, o agente oxidante reage com o agente redutor. O
agente oxidante é reduzido na reacção, enquanto o agente redutor é oxidado. Cada um
destes agentes constitui a semi-reacção, e a reacção global pode ser dividida nestas duas
semi-reacções.
Na reacção:
Fe2+ + Ce4+ → Fe3+ + Ce3+
O Fe2+ é o agente redutor e Ce4+ o agente oxidante. As semi-reacções correspondentes são:
• Fe2+ → Fe3+ + e-
• Ce4+ + e- → Ce3+
Para fazer o balanço da reacção de oxidação-redução, devemos primeiro fazer o
balanço para cada uma das semi-reacções. Na reacção global, o ganho ou perda de electrões
deve ser zero pelo que no segundo passo devemos multiplicar uma ou ambas as semi-
reacções por um factor ou factores apropriado, de modo a que quando adicionadas, o
número de electrões seja cancelado. O passo final é a adição das semi-reacções.
O balanço das semi-reacções pode ser feito de várias maneiras. Iremos descrever dois
métodos, um envolve a determinação da variação do estado ou estados de oxidação nas
espécies oxidadas ou reduzidas, ou seja a variação de electrões. O outro método não requer
o conhecimento dos estados de oxidação envolvidos. Para comparação, iremos usar os
mesmos exemplos em ambos os métodos. Pode usar-se qualquer dos métodos.
1) Balanço utilizando a variação de electrões
Os passos a seguir para fazer o balanço da semi-reacção usando este método, são:
1 - Acertar o número de átomos da substância que está a ser reduzida ou oxidada. A
semi-reacção é escrita na direcção em que ocorre na reacção global.
2 - Determinar o número de electrões postos em jogo na semi-reacção através da
variação da valência por átomo e multiplicar esse número pelo número de átomos reduzidos
ou oxidados. Adicionar electrões ao lado esquerdo da semi-reacção caso se trate de uma
redução e do lado direito caso se trate de uma oxidação.
3 - Acertar as cargas da semi-reacção, adicionando protões para reacções em meio
ácido e iões hidroxilo para reacções em meio básico.
30
31. 4 -Acertar o número de átomos de oxigénio e hidrogénio, adicionando moléculas de
água no lado apropriado da semi-reacção. Se as condições de acidez não forem
especificadas, geralmente podem ser deduzidas pelas espécies químicas presentes na
reacção (por ex., NH3 em meio básico e NH4+ em meio ácido).
Exemplo: Completar e acertar a reacção entre Fe2+ e Cr2O72- (meio ácido)
Cr2O72- + Fe2+ → Fe3+ + Cr3+
Balanço para a semi-reacção de oxidação:
1 – acertar o número de átomos: Fe2+ → Fe3+
2 - adicionar electrões ao lado direito: Fe2+ → Fe3+ + e-
Agora que a semi-reacção de oxidação está certa, vamos fazer o Balanço para a semi-
reacção de redução:
1 - acertar o número de átomos
Cr2O72- → 2 Cr3+
2 - adicionar electrões ao lado esquerdo. Como cada crómio é reduzido da valência +6
para +3, então adicionam-se 6 electrões
Cr2O72- + 6e-→ 2 Cr3+
3 - acertar as cargas. Existem 8 cargas negativas no lado esquerdo e 6 positivas no
lado direito, pelo que devemos adicionar 14H+ no lado esquerdo, dando uma carga de +6 em
cada lado
Cr2O72- + 6e- + 14H+→ 2 Cr3+
4 - adicionar H2O para acertar o número de átomos de oxigénio e hidrogénio
Cr2O72- + 6e- + 14H+→ 2 Cr3+ + 7H2O
As semi-reacções estão certas. Em seguida, vamos multiplicar as semi-reacções por
factores, de modo a igualar a troca electrónica e finalmente adicionar as semi-reacções:
6 (Fe2+ → Fe3+ + e-)
Cr2O72- + 6e- + 14H+→ 2 Cr3+ + 7H2O
____________________________________________________
6 Fe2+ + Cr2O72- + 6e- + 14H+→ 6 Fe3+ + 2 Cr3+ + 7H2O
O acerto da reacção pode ser verificado, fazendo o balanço para cada átomo e para as
cargas. Neste exemplo existe de cada lado 6 Fe, 2 Cr, 7 O, 14 H e uma carga total = + 24.
2) Balanço sem conhecimento dos estados de oxidação
Neste método, os passos a seguir para fazer o balanço das semi-reacções, são:
1 – acertar o número de átomos da substância que está a ser reduzida ou oxidada.
Incluir outros átomos que estão envolvidos na reacção, mas não se reduzem nem oxidam
(excluir hidrogénio ou oxigénio). A semi-reacção é escrita na direcção que ocorre na reacção.
31
32. 2 - acertar o oxigénio na semi-reacção, adicionando o número correcto de moléculas
de H2O no lado apropriado da semi-reacção.
3 - acertar o hidrogénio na semi-reacção, adicionando o número correcto de protões
+
(H ) no lado apropriado da semi-reacção. Se a reacção ocorrer em meio alcalino, então
temos que adicionar iões (OH-) de cada lado da semi-reacção de modo a neutralizar os
protões previamente adicionados.
4 - acertar as cargas da semi-reacção, adicionado o número correcto de electrões. Se
as condições de acidez não forem especificadas, podem geralmente ser deduzidas pelas
espécies químicas presentes na reacção (por ex., NH3 em meio básico e NH4+ em meio
ácido).
Após acerto das semi-reacções e multiplicação pelo devido factor, as semi-reacções
são adicionadas. Qualquer substância que ocorra em lados opostos da reacção tal como H+,
OH-, H2O e electrões é cancelada.
Exemplo: Completar e acertar a reacção entre Fe2+ e Cr2O72- (meio ácido)
Cr2O72- + Fe2+ → Fe3+ + Cr3+
Balanço para a semi-reacção de oxidação:
1 – acertar o número de átomos: Fe2+ → Fe3+
não estão envolvidos nem oxigénios, nem hidrogénios.
2 - acertar as cargas da semi-reacção: Fe2+ → Fe3+ + e-
Agora que a semi-reacção está certa, vamos fazer o Balanço para a semi-reacção de
redução:
1 - acertar o número de átomos
Cr2O72- → 2 Cr3+
2 - acertar o número de oxigénio com moléculas de H2O. Se existem 7 O no lado
esquerdo, então teremos que adicionar 7 H2O no lado direito.
Cr2O72- → 2 Cr3++ 7 H2O
3 -Acertar o numero de hidrogénios com H+. Existem 14H no lado direito, logo
devemos adicionar 14H+ no lado esquerdo
Cr2O72- + 14H+→ 2 Cr3++ 7 H2O
4 -Acertar as cargas da semi-reacção. Existem um total de 12 cargas positivas do lado
esquerdo e 6 positivas no lado direito, pelo que deveremos adicionar 6 electrões ao lado
esquerdo
6 e- + Cr2O72- + 14H+→ 2 Cr3++ 7 H2O
32
33. Finalmente, vamos multiplicar as semi-reacções por factores de tal modo que o
número de electrões seja cancelado ao adicioná-las:
6 (Fe2+ → Fe3+ + e-)
2-
Cr2O7 + 6e- + 14H+→ 2 Cr3+ + 7H2O
____________________________________________________
6 Fe2+ + Cr2O72- + 6e- + 14H+→ 6 Fe3+ + 2 Cr3+ + 7H2O
A equação pode ser verificada, fazendo o balanço para cada átomo e para as cargas.
Neste exemplo, existem de cada lado 6 Fe, 2 Cr, 7 O, 14 H e uma carga total = + 24.
II. Problemas
G.1. Pretende-se construir uma célula galvânica usando dois elementos de pilha:
1 - Fe3+ / Fe2+, 1M / 1M
2 - Ni2+ / Ni0, 1M
Dados: Ni2+ + 2e → Ni0 E0 = - 0,25 V; Fe3+ + e- → Fe2+ E0 = + 0,77 V
a) Represente esquematicamente a pilha assim formada.
b) Indique as polaridades e voltagem medidas nesta pilha.
c) Escreva as reacções que se dão quando a pilha opera espontaneamente.
d) Qual a constante de equilíbrio desta reacqao?
e) Como varia o potencial medido quando a concentração de Ni2+ for 0,01 M?
G.2. Calcular a constante de equilíbrio da reacção:
Au+ (aq) + 2 CN- (aq) → [Au(CN)2] -(aq)
a partir dos potenciais padrão de redução:
Au+ (aq) + e- → Au (s) E0 = + 1,69 V
[Au(CN)2] -(aq) + e- → Au (s) + 2 CN- (aq) E0 = - 0,60 V
G.3. Utilizar o diagrama de Latimer para o cloro para determinar o potencial de redução de
ClO4- a Cl2. Escrever a equação acertada para esta semi-reacção.
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34. G.4. Construa os diagramas de Frost, nas condições EB0 e EA0 para o manganés e para o
iodo. Baseie-se nos Diagramas de Latimer seguidamente apresentados.
Diagramas de Latimer para condições ácidas:
Diagramas de Latimer para condições básicas:
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35. G.5. Usando os diagramas do problema anterior explique as seguintes afirmações:
a) A força electromotriz de redução do par I2/I- é a mesma nas condições EB0 e EA0
b) I2 dismuta em meio básico mas não em meio ácido
c) O par IO3-/ I- é melhor oxidante em meio ácido do que em meio básico.
d) O Mn0 é mais facilmente oxidado ao estado divalente em meio básico do que em meio
ácido.
e) MnO42- é menos estável em meio ácido do que em meio básico
f) Mn2+ é estável à oxidação pelo ar em meio ácido mas meio básico.
G.6. Utilizando os diagramas de Frost para o ferro, manganés e iodo, preveja a ocorrência de
reacção nas seguintes situações. Nos casos em que ocorre reacção indique o(s) produto(s)
formado(s):
a) Mergulhar uma barra de ferro metálico numa solução de HCl 1 M.
b) Adicionar uma solução de HIO3 1 M a uma solução de FeCl3 1 M.
c) Adicionar uma solução de permanganato de potássio (KMnO4) 1 M a uma solução de HCl a
1 M.
d) Adicionar MnO2 a uma solução de FeCl2 1 M.
e) Adicionar manganés sólido a uma solução de HCl 1 M.
G.7. Responder às perguntas seguintes com base no Diagrama de Frost para o cloro que se
apresenta:
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36. a) Quais as consequências de dissolver Cl2 em solução aquosa básica?
b) Quais as consequências de dissolver Cl2 em solução aquosa ácida?
c) Qual ou quais a(s) espécie(s) que em meio básico tem tendência a sofrer dismutação?
G.8. Escrever as equações de Nernst para:
a) A redução do O2:
O2 (g) + 4 H+ (aq) + 4 e- → 2 H2O (l)
b) A redução do Fe2O3 (s):
Fe2O3 (s) + 6 H+ (aq) + 6 e- → 2 Fe (s) + 3 H2O (l)
e em cada caso expressar a fórmula em termos de pH.
c) Qual é o potencial para a redução de O2 a pH = 7 e p(O2) = 0,20 bar (pressão parcial
do oxigénio no ar)?
G.9. Identificar no Diagrama de Pourbaix para o manganés o tipo de ambiente aquoso para o
qual é estável a espécie MnO2 sólida ou os seus óxidos aquosos correspondentes.
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37. APÊNDICE
Perguntas de Exames-Tipo
Questão 1 [cotação: 6]
1.1. Preencha a seguinte tabela relativa a compostos de coordenação:
Composto Ligandos Átomos Contra- Número de Geometria de
doadores dos ião coordenação coordenação do
ligandos do metal metal
Na2[MnCl4]
[Cr(NH3)6]Cl3
[Ni(en)3]SO4
[NiBr2(PEt3)2]
K[Au(CN)2]
PEt3 = Trietilfosfina
1.2. Escreva as fórmulas dos seguintes compostos de coordenação:
1.2.1. Diclorobis(etilenodiamina)níquel(II)
1.2.2. Sulfato de tetraquacobre(II) mono-hidratado
1.2.3. Tetracloroplatinato(II) de potássio
1.2.4. Cis-dicloro(etilenodiamina)platina(II)
1.3. Relativamente ao composto 1.2.1. Diclorobis(etilenodiamina)níquel(II), escreva
estruturas e dê nomes aos isómeros que apresenta.
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38. Questão 2 [cotação: 6]
Considere os seguintes complexos octaédricos de Co(II) e valores para o comprimento de
onda da banda de menor energia do respectivo espectro de visível. Considere que a energia
de emparelhamento P = 12100 cm-1.
(A) [CoCl6]4- (1100 nm) (B) [Co(CN)6]4- (656 nm)
(C) [Co(NH3)6]2+ (874 nm) (D) [Co(en)3]2+ (753 nm)
(E) [Co(OH2)6]2+ (904 nm)
2.1. Indique qual a configuração electrónica na presença de campo de ligandos (estados
fundamental e excitados) e quais as transições electrónicas que se observam nos espectros
de visível para estes complexos.
2.2. Determine o valor da energia de estabilização de campo de ligandos (EECL) para cada
um dos cinco complexos.
2.3. Construa uma série espectroquímica para os cinco ligandos apresentados. Justifique e
diga qual o significado de uma série espectroquímica.
2.4. Será possível distinguir o estado de oxidação Co(II) do estado de oxidação Co(III) para
complexos de spin alto, por espectroscopia electrónica na região do visível? Justifique.
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39. Nome:
UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA
FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA Número: Curso:
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
SECÇÃO DE QUÍMICA-FÍSICA E INORGÂNICA
Classificação
1. a) 2.a) 3.a) 4. 5.
QUÍMICA INORGÂNICA I b) b) b)
c) c) c)
Responda sucintamente. d)
Justifique os cálculos efectuados.
Identifique e numere todas a páginas do exame. e) Final:
Duração: 2 h (mais ½ h tolerância) - Prova sem consulta.
DADOS EXPERIMENTAIS DE APOIO NA PÁGINA 2
1 – Oxidação – Redução
a) Construa uma pilha com os seguintes pares redox: Ni(II) / Ni(I) e Ni(III) / Ni(II). Indique o sentido da
reacção expontânea e a polaridade dos elementos de pilha. Considere a concentração das espécies =1 M.
b) Como podia determinar a constante de equilíbrio dessa reacção ?
c) Esquematize um Diagrama de Latimer para Ni(IV) / Ni(III) / Ni(II) / Ni(I) / Ni(0), indicando os potenciais de
oxidação-redução ocorrentes entre todas as espécies intervenientes.
2 – Espectros electrónicos
Considere os complexos octaédricos de Ni(II) e analise os seguintes pontos:
a) configuração electrónica na ausência (estado fundamental) e na presença de campo de ligandos (estados
fundamental e excitado), e numero de transições electrónicas a observar
b) cálculo da energia de estabilização de campo de ligandos
c) Construção de uma série espectroquímica para os ligandos (Li) com base nos seguintes resultados: banda
observada (λ-nm) no espectro electrónico a maior comprimento de onda para os seguintes compostos de
coordenação: Ni(L1) 656nm, Ni(L2) 753 nm, Ni(L3) 874 nm, Ni(L4) 904 nm. Justifique e diga qual o
significado de uma série espectroquímica.
d) indicar se a espectroscopia electrónica na região do visível pode distinguir o estado de oxidação Ni(III) e
Ni(II)
e) construção de um diagrama de Tanabe-Sugano e sua aplicação a esta situação.
3 – Coordenação / Estabilidade
Ni(II) pode formar compostos de coordenação quadrangular plano e octaédrico.
a) Considere a formação de complexos quadrangulares planos de Ni(II) com etilenodiamina. Com base nas
constantes de estabilidade parciais (ou globais) indique como podia construir um diagrama de distribuição de
espécies complexas em função da concentração de ligando livre. Qual a utilidade deste diagrama ?
b) Considere compostos octaédricos de Ni(II). Que tipos de isómeros são possíveis ?
c) Estudou durante a Aula Prática Laboratorial (Trabalho nº 1) a coordenação de Fe(III) ao ião tiocianato. Na
Tabela seguinte são indicados um conjunto de dados experimentais obtidos de modo semelhante para
complexos de Ni com o ligando X (complexo 1:1). Este complexo absorve a 575 nm (ε = 5000 M-1 cm-1).
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40. Conc. Ni(II) (mM) conc. X (mM) Absorvância a 575 nm
Ni+X X Ni
0.2 0.2 0.6 0.0 0.0
Com base nestes resultados determine a constante de estabilidade do complexo formado.
4 - Explique ainda de modo sucinto uma das seguintes afirmações:
“o número de electrões em camadas d (em metais de transição) determinam o tipo de átomos coordenantes
preferidos”
“em geral, os sistemas d1 apresentam espectros electrónicos que indicam a existência de distorções estruturais
por efeito de Jahn-Teller”.
DADOS EXPERIMENTAIS A UTILIZAR
Potenciais de oxidação - redução Constantes de Estabilidade Parciais Ni(II) - etilenodiamina (en)
(QP)
(em relação ao ENH) Eº (V) K1 = 104 K2 = 102
Ni(IV) + e Ni(III) +2
Ni(III) + e Ni(II) +1 Configuração electrónica
Ni(II) + e Ni(I) -1
Ni(I) + e Ni(0) -2 Ni(IV) d6 Ni (III) d7 Ni(II) d8 Ni(I) d9 Ni(0) d10
ENH - eléctrodo normal de hidrogénio; QP - quadrangular Plano
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