O documento discute intoxicações exógenas e acidentes com animais peçonhentos, descrevendo sintomas comuns, primeiros socorros e medidas para prevenir absorção de venenos. Aborda também intoxicação alcoólica, animais peçonhentos brasileiros e o Programa Nacional de Ofidismo.
Material para aula da disciplina de Socorros de Urgência I e II da turma de especialização em Educação Física, Musculação e Condicionamento - CER (Vacaria/RS).
apresentação voltada para a aula de cuidado domiciliar sobre convulsões e quedas apresentados pelas alunas camila kelly,expedita paloma silveira e Natalia Mikaele Vasconcellos.
Treinamento de Primeiros Socorros NR10 Segurança Em Serviços e Instalações Elétricas.
Este treinamento visa trazer conhecimento das práticas que devem ser adotadas em caso de envolvimento de acidentes, com circuitos elétricos energizados.
Material para aula da disciplina de Socorros de Urgência I e II da turma de especialização em Educação Física, Musculação e Condicionamento - CER (Vacaria/RS).
apresentação voltada para a aula de cuidado domiciliar sobre convulsões e quedas apresentados pelas alunas camila kelly,expedita paloma silveira e Natalia Mikaele Vasconcellos.
Treinamento de Primeiros Socorros NR10 Segurança Em Serviços e Instalações Elétricas.
Este treinamento visa trazer conhecimento das práticas que devem ser adotadas em caso de envolvimento de acidentes, com circuitos elétricos energizados.
Trabalho realizado pela Professora Elaine Maria de Almeida juntamente com os alunos do 1º Ano B, depois de estudos em sala de aula sobre o assunto e pesquisas na Internet.
Transtornos mentais e comportamentais devido ao uso de substância psicoativaAroldo Gavioli
A aula aborda os conceitos de adicção/dependência; traz uma relação dos diagnósticos CID 10 para os transtornos e aprofunda um pouco a questão do alcoolismo.
A palavra PSICOSSOMATICA tem como raiz as palavras gregas: Psico (alma, mente), somática (corpo).
É a parte da medicina que estuda os efeitos da mente sobre o corpo.
Pessoas desajustadas emocionalmente tendem a ficarem mais doentes.
Exemplo do efeito da mente sobre o corpo: uma pessoa recebe uma notícia da morte de um parente. O choque emocional é muitas vezes tão forte que o cérebro desarma o "disjuntor" e a pessoa desmaia. Em alguns casos a descarga de hormônios e adrenalina no coração é tão forte que a pessoa morre na hora ao receber uma notícia terrível.
O que entra na sua mente ou coração pode em um instante te matar.
Maus sentimentos de rancor e mágoa podem envenenar o organismo lentamente.
A medicina psicossomática é uma concepção “holística” da medicina pluricausal que tem como objetivo estudar não a doença isolada, mas o homem doente, que é o paciente humanizado na sua mais completa perspectiva nosológica e ecológica. Numerosos argumentos parecem indicar a realidade das ligações clínicas e experimentais entre a vida emocional, os problemas psíquicos e o disfuncionamento de órgãos ou o aparecimento de lesões viscerais. Os estudos anatómicos e fisiológicos desempenham um papel capital ao nível do hipotálamo, do sistema límbico e dos diferentes sistemas neuroendocrinológicos (hipófise, corticoadrenal e medulloadrenal). No nível experimental, além de limitar as úlceras obtidas por diferentes técnicas no rato de laboratório, deve-se insistir nos experimentos de Weiss que mostraram que as úlceras pépticas do rato, sob certas condições, dependem de duas variáveis: o número de estímulos que o animal deve enfrentar e os feedbacks informativos mais ou menos úteis que recebe em troca. As investigações realizadas no doente mostram a importância dos problemas funcionais em relação às anomalias do sistema nervoso autônomo ou às anomalias dos gânglios intramurais, o que talvez explique a noção de órgãos-alvo dos problemas. Considerando os conceitos mais recentes que valorizam o papel dos fatores genéticos na determinação das doenças psicossomáticas, pode-se conceber que os determinantes psicológicos, afetivos ou ambientais, são cofatores que se integram a fatores somáticos, genéticos, constitucionais e nutricionais para produzir o quadro mórbido final.
Prevenção de Acidentes de Trabalho na Enfermagem.pdfHELLEN CRISTINA
Trabalho em equipe, comunicação e escrita.
Pensamento crítico, científico e criativo.
Análise crítica de dados e informações.
Atitude ética.
Bibliografia
B1 MORAES, Márcia Vilma Gonçalvez de. Enfermagem do Trabalho - Programas,
Procedimentos e Técnicas. São Paulo: IÁTRIA, 2012. E-book. ISBN 9788576140825
B2 LUCAS, Alexandre Juan. O Processo de Enfermagem do Trabalho. São Paulo:
IÁTRIA, 2004. E-book. ISBN 9788576140832
B3 CHIRMICI, Anderson; OLIVEIRA, Eduardo Augusto Rocha de. Introdução à
Segurança e Saúde no Trabalho. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. E-book.
ISBN 9788527730600
C1 CAMISASSA, Mara Queiroga. Segurança e Saúde no Trabalho: NRs 1 a 37
Comentadas e Descomplicadas. Rio de Janeiro: Método, 2022. E-book. ISBN
9786559645893
C2 OGUISSO, Taka; ZOBOLI, Elma Lourdes Campos Pavone. Ética e bioética: desafios
para a enfermagem e a saúde. Barueri: Manole, 2017. E-book. ISBN 9788520455333
C3 KURCGANT, Paulina. Gerenciamento em Enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2016. E-book. ISBN 9788527730198
C4 GUIMARÃES, Raphael Mendonça; MESQUITA, Selma Cristina de Jesus. GPS - Guia
Prático de Saúde - Enfermagem. Rio de Janeiro: AC Farmacêutica, 2015. E-book.
ISBN 978-85-8114-321-7
C5 BECKER, Bruna; OLIVEIRA, Simone Machado Kühn de. Gestão em enfermagem na
atenção básica. Porto Alegre: SAGAH, 2019. E-book. ISBN 9788595029637
3. Intoxicações exógenas
• Existem duas classes de intoxicações
exógenas ou envenenamentos:
– Intencionais (tentativas de suicídio)
– Acidentais
• Crianças
• Adultos
• Os cuidados são semelhantes nas duas
classes de intoxicações exógenas.
4. Intoxicações exógenas
• Principais produtos envolvidos em intoxicações:
– medicamentos,
– plantas,
– produtos químicos,
– Álcool,
– substâncias corrosivas.
• Vias de contato mais comuns e que são capazes
de gerar intoxicações:
– Ingestão,
– inalação,
– exposição cutânea,
– contato ocular.
5. Intoxicações exógenas
• Outras causas de intoxicação:
– Abuso de um medicamento. Consiste em utilizar dose
mais alta de um produto, para obter um efeito mais
rápido.
• Ex: benzodiazepínicos, para dormir mais rápido.
– Intoxicação aguda em pacientes que usam múltiplas
medicações ou que tem metablização diminuída.
• Ex: digoxina, em pacientes com insuficiência renal.
– Inalação de monóxido de carbono.
• Ex: incêndio.
6. Intoxicações exógenas
• Sintomas mais comuns:
– queimaduras nos lábios e boca,
– hálito da substância ingerida,
– vômitos, alteração da pulsação,
– perda da consciência,
– parada cárdio-respiratória.
• Situações mais comuns: tentativas de suicídio,
através de ingestão de medicamentos por via
oral.
7. Intoxicações exógenas
• Se a vítima estiver inconsciente ou com convulsões,
NUNCA provocar vômitos.
• NUNCA provocar vômitos se a vítima estiver
consciente e a substância ingerida for:
– corrosiva ou derivada de petróleo (gasolina, querosene,
óleo diesel, querosene, etc.)
– ácida ou básica
– polidores,
– graxas,
– amônia,
– água sanitária,
– soda cáustica, etc.
8. Intoxicações exógenas
• Porque não provocar vômito nas situações
citadas:
– Esse produtos causam queimadura e corrosão quando
são ingeridos e podem provocar novas lesões durante
o vômito ou liberar gases tóxicos para os pulmões.
• Nas demais intoxicações, só provocar o vômito se
não houver assistência médica disponível nas
proximidades.
– Estimular a garganta com o dedo
– Ministrar 1 colher de sopa de ipeca em 1 copo de 100
ml de água.
9. Intoxicações exógenas
• Importante:
– Sempre tentar identificar o tipo e quantidade de veneno
ingerido, com o paciente ou sua família:
• nome da droga e dosagem,
• número de cartelas vazias.
– Identificar todos os medicamentos disponíveis na casa do
paciente, líquidos e outras substâncias suspeitas.
– Descobrir hora e dia da ingestão, os mais precisos possíveis.
– Descobrir se a ingestão acidental ou intencional
– Lembrar que frequentemente existe mais de uma
substância química envolvida.
10. Intoxicações exógenas
• Mais importante ainda:
– As medidas anteriores não devem nunca retardar o
encaminhamento do paciente para o serviço de
pronto socorro mais próximo.
– As intoxicações exógenas são potencialmente letais!
– Algumas vezes nada se sabe do histórico do paciente,
que pode estar confuso, agitado ou em coma.
– Iniciar antes da chegada ao pronto socorro as medidas
de suporte à vida (RCP).
12. Intoxicações exógenas
• Prevenção de absorção dos tóxicos: são medidas
que visam a diminuir a absorção dos tóxicos.
• Pele:
– retirar toda a roupa do paciente,
– retirar quaisquer resíduos do tóxico,
– lavar abundantemente a pele.
• Olhos:
• lavar olhos com SF.
13. Intoxicações exógenas
• A maior parte dos casos que chegam ao PS
se deu por via gastrointestinal.
• Podem ser utilizados os seguintes recursos
para minimizar os danos:
– carvão ativado,
– lavagem gástrica,
– irrigação intestinal.
• Raramente a diálise é necessária.
14. Intoxicações exógenas
• Lavagem gástrica
– Sonda orogástrica de grosso calibre.
– Administrar pequenos volumes de SF (100 a 250 ml) e
esperar o retorno do líquido.
– Parar quando o SF voltar limpo.
• Eficácia depende do tempo de ingestão:
– após 5’, recupera-se 90%,
– após 10’, recupera-se 45%,
– Após 19’, recupera-se 30%.
• Após 60’ raramente indica-se a lavagem gástrica.
15. Intoxicações exógenas
• Não se indica a lavagem gástrica de rotina,
por risco de complicações:
– aspiração,
– lesão esofágica,
– mediastinite, etc.
• Usa-se mais com intoxicações recentes, de
substâncias muito tóxicas ou
desconhecidas
16. Intoxicações exógenas
• Carvão ativado
– tem grande capacidade de adsorver várias
substâncias e diminuir a sua absorção sistêmica.
• Eficácia:
– ministrado após 5’, reduziu absorção em 73%,
– ministrado após 30, reduziu em 51%,
– ministrado após 60’, reduziu em em 36%.
• Após 2 horas geralmente é ineficaz.
– Complicações:
– vômitos, obstrução intestinal.
• Apresenta o mesmo nível de eficiência que a
lavagem gástrica.
17. Intoxicações exógenas
• Carvão ativado: indicado para:
– fenobarbital,
– ácido valpróico,
– carbamazepina,
– teofilina,
– substâncias de liberação entérica ou
– substâncias de liberação prolongada.
18. Intoxicações exógenas
• Irrigação intestinal:
– Administrar uma solução por sonda nasogástrica no
intestino.
– Utiliza-se também uma sonda retal para recuperação
do material.
– Objetivo: limpeza “mecanica”do trato gastrointestinal.
• Pouco indicada para diminuir absorção de
tóxicos.
– Útil para expelir pacotes ingeridos por pessoas para o
tráfico de drogas ou
– após ingestão de grandes doses de ferro ou outros
metais pesados.
19. Intoxicações exógenas
• Outras medidas terapêuticas:
– Diálise
– Manter o doente bem hidratado aumenta a excreção renal
de muitas substâncias.
• Indicado em intoxicações graves ou potencialmente graves.
• Lembrar dos tóxicos com início de ação retardado:
– o indivíduo está bem mas em poucas horas evolui mal,
podendo ir a óbito.
– Isso ocorre com tóxicos de liberação prolongada ou que
necessitam ser metabolizados antes de produzir uma
sindrome.
20. Intoxicações exógenas
– Principais agentes tóxicos
após metabolização:
• antitumorais,
• digoxina,
• metais pesados,
• paracetamol,
• tetracloreto de carbono,
• colchicina,
• etilenoglicol,
• metamol,
• salicilatos.
– Principais agentes
tóxicos de liberação
lenta:
• teofilina,
• carbamazepina,
• fenitoína,
• lítio.
21. Intoxicações exógenas
• Intoxicação alcoólica
• No Brasil taxa de dependência é de 24% em
homens jovens (18 a 24 anos).
• Cidades brasileiras com mais de 200 mil
habitantes: 11% de dependentes (pop. geral).
• Na cidade de São Paulo, mais de 50% das vítimas
fatais de acidentes de trânsito apresentavam
álcool no sangue.
22. Intoxicações exógenas
• O álcool é absorvido rapidamente no estomago
e intestino.
• O ritmo de absorção depende do teor alcoólico
da bebida, da presença de alimentos no
estômago.
• O pico de concentração no sangue ocorre 30
minutos após a ingestão.
• O álcool é muito difusível, distribuindo-se de
forma semelhante à água corporal.
• 10% do álcool é excretado sem sofrer
metabolização, pelo suor, respiração, urina.
• Fisiopatologia: o álcool reduz a gliconeogênese
23. Intoxicações exógenas
• Sintomas da intoxicação alcoólica: da agitação até o
coma. Pode ocorrer amnésia.
• Casos leves e moderados:
– manifestações cerebelares (ataxia, nistagmo, alteração da
fala),
– naúseas,
– taquicardia,
– labilidade do humor.
• Casos graves;
– estupor, altenando com agressividade,
– discurso incoerente,
– olhar não conjugado.
24. Intoxicações exógenas
• Hipoglicemia
• Ocorre quando o jejum é associado ao álcool.
– Há alteração do nível de consciência,
– liberação simpática (ansiedade, tremores, sudorese,
palpitações),
– podendo haver hipotermia.
• Glicemia capilar menor que 40 mg/dl.
• Ministrar glicose a 50%, 100 ml.
• Importante: o uso indiscriminado da glicose na
intoxicação alcoólica é questionável.
– Se o paciente estiver consciente, é melhor oferecer
alimentação oral (glicose).
25. Intoxicações exógenas
• No Brasil existe uma rede de Centros de
Assistência Toxicológica.
• Esses Centros fornecem informações de
como proceder frente às intoxicações.
• Seguem-se os endereços de alguns desses
Centros.
27. Acidentes com animais
peçonhentos
• São os acidentes produzidos por picadas,
mordeduras ou contato com animais produtores
de substâncias venenosas.
• O que NÃO deve ser feito:
– Torniquetes no membro acometido
• Favorece necrose e gangrena, infecções e amputações
– Colocar produtos diversos no local da picada
• Pó de café, terra, fezes, fumo, etc.
– Cortar o local da picada
• Alguns venenos podem provocar hemorragias
– Ministrar bebidas alcoólicas à vítima
• Altera o estado de consciência e dificulta o diagnóstico do
tipo de acidente.
– Sucção do local da lesão
28. Acidentes por animais
peçonhentos
• Primeiros socorros
• Manter o paciente deitado, em repouso e evitar que
ele ande ou corra
– A locomoção favorece a absorção do veneno e, em alguns
casos, os ferimentos podem se agravar.
• Acalmar o paciente.
– O stress favorece a absorção do veneno.
• Administrar analgésicos. Ex: paracetamol 750 mg ou
ibuprofeno 600 mg (adulto)
– Evitar drogas que deprimam o SNC (compromete o
diagnóstico diferencial entre acidente botrópico e crotálico
29. Acidentes com animais
peçonhentos
• Lavar cuidadosamente o local com água e sabão.
• Manter o paciente hidratado.
• Tentar capturar o animal agressor, para posterior
identificação no centro de atendimento
especializado.
• Levar o acidentado imediatamente para o serviço
de saúde mais próximo.
• Retirar anéis, pulseiras ou qualquer outro objeto
que possa impedir a circulação do sangue
– Mais tarde a retirada pode ficar dificultada, em
decorrência de edema.
30. Acidentes com animais
peçonhentos
• Pode ocorrer uma acidente ofídico e não se
identificar na pele uma lesão característica pelo
animal.
• O próprio paciente pode não ter visto uma
cobra ou inseto picá-lo.
• É importante o profissional da saúde, a partir da
epidemiologia e do quadro clínico do paciente,
lembrar da possibilidade de se tratar de um
acidente ofídico.
• O quadro clínico é muito importante na
identificação do animal causador do acidente.
31. Acidentes por animais
peçonhentos
• Programa Nacional de Ofidismo: criado
em 1987.
– Aperfeiçoamento do diagnóstico e terapias
por acidentes com animais peçonhentos
– Padronização da produção de antivenenos
– Educação e comunicação a profissionais da
saúde e população
– Mapeamento e identificação de serpentes e
outros animais peçonhentos.
32. Acidentes por animais
peçonhentos
• Desde então, a notificação desses
acidentes é compulsória.
• A distribuição de soros pelo Ministério da
Saúde às Secretarias de Saúde dos estados
é vinculada à troca por informações
epidemiológicas.
• Após a implantação desse Programa, a
taxa de letalidade por ofidismo no Brasil
caiu em mais de 50%.
33. Acidentes ofídicos
• As 70 espécies de serpentes peçonhentas
do Brasil estão distribuidas em 2 famílias:
– Viperidae
– Elapidae.
• Família Viperidae
• São melhores inoculadoras de veneno
(mais eficazes).
34. Acidentes ofídicos
• Família Viperidae
– Gênero Bothrops (jararaca, jararacuçu, urutu e outras).
• 90% dos acidentes.
– Gênero Crotalus (cascavel, maracambóia e outras).
• Mais comuns no cerrado e regiões de clima quente e seco.
– Gênero Lachesis (surucucu, pico-de-jaca e outras).
• Animais de grande porte, causam poucos acidentes.
• Podem inocular grande quantidade de veneno numa só picada.
• Vivem em regiões de floresta úmida tropical e Mata Atlântica).
40. Acidentes ofídicos
• Família Elapidae
– Conhecidas popularmente como corais
verdadeiras.
– Isso porquê suas representantes do gênero
Micrurus são serpentes pequenas e de cor
vermelho forte.
– São menos eficientes para inocular veneno que
as da família Viperidae.
42. Acidentes escorpiônicos
• No Brasil, há três espécies de escorpiões do
gênero Tityus, responsabilizadas pela maioria
dos acidentes humanos:
– T. serrulatus (escorpião amarelo),
• maior parte dos casos mais graves
– T. bahiensis (escorpião marrom),
– T. stigmurus.
44. Acidentes escorpiônicos
• 97 a 99% dos casos são de quadro clínico leve
– Até os 7 anos de idade, 80% dos casos são leves.
• Quadro clinico:
– Dor local de início imediato e intensidade variável.
– A dor é em queimação, agulhadas ou latejante, podendo
irradiar para o membro acometido.
– Podem haver parestesias.
– O ponto de inoculação do veneno pode não ser visível,
ou pode haver edema local.
45. Acidentes escorpiônicos
• Casos graves: a liberação de acetilcolina
causa aumento das secreções das
glândulas lacrimais, nasais, sudoríparas,
mucosa gástrica e pâncreas, provocando:
– lacrimejamento,
– rinorréia,
– sudorese,
– vômitos.
46. Acidentes escorpiônicos
• Podem haver também, nos casos mais graves:
– tremores,
– espamos musculares,
– bradicardia,
– hipotensão arterial,
– priapismo e
– hipotermia.
• Pela liberação de catecolaminas podem ocorrer:
– midríase,
– arritmias (respiratória e/ou cardíaca)
– taquicardia,
– falência cardiocirculatória e edema agudo de pulmões.
47. Acidentes escorpiônicos
• Tratamento
• Todos os casos pedem internação por 4 a 6
horas após o acidente, principalmente crianças.
– Casos mais graves, 24 a 48 horas de observação.
• Tratar a dor.
– Analgésicos via oral ou EV.
– Anestésico (licodaína), no local da picada ou como
bloqueio regional
• Infiltrações locais repetidas de hora em hora, até 3 vezes.
• Soro antiescorpiônico.
– Somente nos casos graves.
– Nos caso moderados, apenas em crianças abaixo de
7 anos.
48. Acidentes por outros insetos
• Lagartas: taturana, mandarová, lagarta-de-fogo,
• Sintomas: ardência ou edema local.
– Pode haver febre ou cefaléia.
• No Sul e Sudeste as lagartas do gênero Lonomia
são responsáveis por graves acidentes.
– Sintomas do acidente por Lonomia:
• hemorragias após algumas horas (pele, gengivas, urina),
• insuficiencia renal,
• sangramentos graves (pulmões, cérebro).
– Tratamento: soro antilonômico.
– Sempre tratar dor local (para Lonomia e outras
lagartas).
50. Acidentes por outros insetos
• Uma só picada de um inseto pode provocar um
choque anafilático.
• Picadas múltiplas e simultâneas são perigosas.
– Mais de 100 picadas por formigas, abelhas, vespas:
• Síndrome do envenenamento:
– taquicardia,
– distúrbio da coagulação,
– Insuficiência renal.
• Tratamento geral
• Compressas frias.
51. Acidentes por outros insetos
• IMPORTANTE
• Nos acidentes provocados por animais que deixam o
ferrão no corpo (abelhas, por exemplo), NÃO usar
pinça para retirar os ferrões (pode inocular mais
veneno)
• Retirar os ferrões usando um aparelho de barbear!