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Literacia da Informação
Termo inclusivo, englobando literacias como a
cultural
a
tecnológica
ou
académica,
consubstanciando-se “como o processo contínuo de
internalização
de
fundamentos
conceituais,
atitudinais e de habilidades necessário à
compreensão e interação permanente com o
universo informacional e sua dinâmica, de modo a
proporcionar um aprendizado ao longo da vida.”
(Dudziak,2003, p. 28)
A educação para a Literacia da Informação
“processo que se inicia com a percepção da necessidade de informação, de
socialização do acesso físico e intelectual à informação; acontece lentamente
e envolve toda a comunidade educacional, tendo seu desenvolvimento neste
contexto.” (Dudziak, 2003, p. 31)
Incremento das capacidades e comportamentos de investigação eficazes,
espírito crítico e aprendizagem autónoma ao longo da vida:
- Currículos transdisciplinares;
- aprendizagem baseada em recursos;
- implementação de estratégias de resolução de problemas e elaboração de
projetos.
Implica alterações nos processos comunicacionais institucionais,
nomeadamente a democratização dos canais de comunicação e o
envolvimento de todos os agentes educativos, incluindo os bibliotecários.
(Dudziak, 2003)
O papel da biblioteca
- Deixar de ser mero repositório de informações e prestador de serviços de apoio à investigação e
pesquisa (Dudziak, 2003);
- Papel ativo e impulsionador para a mudança: inovação na sua estrutura organizacional e operacional;
articulação entre as atividade que desenvolve, e os modelos educacional e de investigação preconizado
pela instituição onde se integra (Dudziak, 2003);
-Promoção da integração cultural (indivíduo-sociedade), através do desenvolvimento das competências
informacionais (Mota, 2006);
-Privilegiar a organização em rede e a planificação cuidada das atividades; organização sólida,
fundamentada em critérios e princípios claros e objetivos; valorização das trocas culturais dentro da
instituição educacional, com outras instituições e com a comunidade onde se integra (Dudziak, 2003);
-Auto-avaliação da organização interna, dos modelos mentais que sustentam os processos e dos canais
de comunicação que utiliza, de modo a identificar e ultrapassar obstáculos à comunicação e criatividade
(Dudziak, 2003);
-Trabalho integrado, articulado e cooperativo, do bibliotecário com todas as estruturas da instituição,
particularmente entre bibliotecários e professores; (Dudziak, 2003);
-Bibliotecário deve assumir-se como dinamizador, mediador, impulsionador e transformador de
contextos e processos educacionais (Dzudiak) 2003;
A biblioteca e a geração “Copy/Paste”
- Internet/Motores de busca como referencial de recolha de informação, em
detrimento da investigação em bibliotecas físicas ou online, característica de anteriores
gerações;
- Novas oportunidades para as bibliotecas: disponibilizar informação online permitindo
um acesso fácil e rápido aos nativos digitais;
- Abandonar ideias de espaço físico, limitado e sagrado, onde os livros se encontram
religiosamente guardados para consulta, abrindo-se a estas oportunidades de
divulgação e acesso de informação que a internet proporciona.
- Torna-se necessário que os responsáveis pelas bibliotecas percebam como se
comporta o utilizador virtual.
Geração “Copy/Paste”
- São jovens do ciberespaço, que procuram jogos, música e informação;
- Acedem facilmente à informação (em grande quantidade, sempre e como querem)
e quando pesquisam sentem que conseguiram apropriar-se da informação. Param e
não pesquisam mais, libertando-se da tarefa mais dura – aquisição do
conhecimento.
- Demonstram grande incompetência ao nível da pesquisa, seleção, tratamento e
transformação da informação – ficando reduzidos a uma “iliteracia informacional”preferem textos curtos, aplicam copiar/colar e colocam fotos para completar o
trabalho;
- Preferem facilidade e simplicidade, selecionando a informação de forma aleatória,
baseando-se em princípios de esforço mínimo.
- Paradoxo:
- permanente contacto com o mundo tecnológico, lidando com várias fontes ao
mesmo tempo (Internet; televisão; consolas; ipods; telemóveis;…);
- Dispersam permanentemente a atenção e desencadeiam um “défice de
concentração”. Não aprofundam conhecimentos e atrofiam as capacidades
cognitivas.
Geração “Copy/Paste”

As reforma educativas em Portugal, não têm contemplado medidas de
desenvolvimento das competências informacionais. Novas exigências europeias
apontam para o desenvolvimento destas competências informacionais nos conteúdos
programáticos, tirando partido das tecnologias digitais existentes na escola.

Estudo da FLUP (Malheiro & Pinto, apud Mendonça 2010):
- Aproveitar estas capacidades dos jovens e cruzá-las com os conteúdos programáticos
(Ex: Matemática – transposição da destreza logico-dedutiva dos jogos para a resolução
de problemas; Português – transposição das letras das músicas que sabem de cor para
a poesia)
Modelos de comportamento de pesquisa da informação
Modelo de pesquisa de Kuhlthau
Modelo construtivista, que considera a informação um elemento chave no processo de aprendizagem para a
criação de novos conhecimentos.
As diferentes etapas do processo desenvolvem-se através de elementos afetivos: ações, pensamentos e
sentimentos.

6 etapas:
Início: identificação das tarefas a desenvolver; tomada consciência da falta de conhecimento; sentimentos de
incerteza, dúvida e apreensão;
Seleção: reconhecimento dos assuntos a pesquisar – optimismo; focagem na seleção dos assuntos gerais a
estudar e forma eficaz de os obter, atendendo às fontes e ao tempo disponível; ansiedade perante adiamento
as tarefas;
Exploração: pesquisa de informação relevante para o assunto em estudo; sensações de confusão, incerteza,
dúvida e medo;
Formulação: momento decisivo; directriz definida para o estudo, o que gera sentimentos de confiança;
Recolha de informação: com a definição da diretriz, identificam-se as necessidades adicionais; maior interação
com os sistemas de informação; sente-se confiante e aumenta interesse pelo assunto;
Apresentação: termina o processo de pesquisa; sentimentos de alívio, satisfação ou descontentamento.
Modelos de comportamento de busca da informação
David Ellis
Modelo centrado em aspetos cognitivos da pesquisa da informação. Procura compreender a forma de atuação
dos utilizadores, na pesquisa de informação.
6 características:
Iniciar: inicio da pesquisa de informação, permitindo uma visão geral do assunto; ponto de partida para a
pesquisa: a definição de referências; conversas com colegas; consulta de literatura, catálogos on-line, índices e
resumos;
Encadear: utilização de citações, estabelecendo ligações entre o já pesquisado e novas informações;
Navegar: pesquisa semi-direcionada a uma área de interesse geral. Os principais tipos de informação são
pesquisados em listas de autores, de publicações, trabalhos citados entre outros;
Diferenciar: avaliação do tipo de conteúdo e relevância do material, para efectuar uma comparação;
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Literacia Informação Educação

  • 1. Literacia da Informação Termo inclusivo, englobando literacias como a cultural a tecnológica ou académica, consubstanciando-se “como o processo contínuo de internalização de fundamentos conceituais, atitudinais e de habilidades necessário à compreensão e interação permanente com o universo informacional e sua dinâmica, de modo a proporcionar um aprendizado ao longo da vida.” (Dudziak,2003, p. 28)
  • 2. A educação para a Literacia da Informação “processo que se inicia com a percepção da necessidade de informação, de socialização do acesso físico e intelectual à informação; acontece lentamente e envolve toda a comunidade educacional, tendo seu desenvolvimento neste contexto.” (Dudziak, 2003, p. 31) Incremento das capacidades e comportamentos de investigação eficazes, espírito crítico e aprendizagem autónoma ao longo da vida: - Currículos transdisciplinares; - aprendizagem baseada em recursos; - implementação de estratégias de resolução de problemas e elaboração de projetos. Implica alterações nos processos comunicacionais institucionais, nomeadamente a democratização dos canais de comunicação e o envolvimento de todos os agentes educativos, incluindo os bibliotecários. (Dudziak, 2003)
  • 3. O papel da biblioteca - Deixar de ser mero repositório de informações e prestador de serviços de apoio à investigação e pesquisa (Dudziak, 2003); - Papel ativo e impulsionador para a mudança: inovação na sua estrutura organizacional e operacional; articulação entre as atividade que desenvolve, e os modelos educacional e de investigação preconizado pela instituição onde se integra (Dudziak, 2003); -Promoção da integração cultural (indivíduo-sociedade), através do desenvolvimento das competências informacionais (Mota, 2006); -Privilegiar a organização em rede e a planificação cuidada das atividades; organização sólida, fundamentada em critérios e princípios claros e objetivos; valorização das trocas culturais dentro da instituição educacional, com outras instituições e com a comunidade onde se integra (Dudziak, 2003); -Auto-avaliação da organização interna, dos modelos mentais que sustentam os processos e dos canais de comunicação que utiliza, de modo a identificar e ultrapassar obstáculos à comunicação e criatividade (Dudziak, 2003); -Trabalho integrado, articulado e cooperativo, do bibliotecário com todas as estruturas da instituição, particularmente entre bibliotecários e professores; (Dudziak, 2003); -Bibliotecário deve assumir-se como dinamizador, mediador, impulsionador e transformador de contextos e processos educacionais (Dzudiak) 2003;
  • 4. A biblioteca e a geração “Copy/Paste” - Internet/Motores de busca como referencial de recolha de informação, em detrimento da investigação em bibliotecas físicas ou online, característica de anteriores gerações; - Novas oportunidades para as bibliotecas: disponibilizar informação online permitindo um acesso fácil e rápido aos nativos digitais; - Abandonar ideias de espaço físico, limitado e sagrado, onde os livros se encontram religiosamente guardados para consulta, abrindo-se a estas oportunidades de divulgação e acesso de informação que a internet proporciona. - Torna-se necessário que os responsáveis pelas bibliotecas percebam como se comporta o utilizador virtual.
  • 5. Geração “Copy/Paste” - São jovens do ciberespaço, que procuram jogos, música e informação; - Acedem facilmente à informação (em grande quantidade, sempre e como querem) e quando pesquisam sentem que conseguiram apropriar-se da informação. Param e não pesquisam mais, libertando-se da tarefa mais dura – aquisição do conhecimento. - Demonstram grande incompetência ao nível da pesquisa, seleção, tratamento e transformação da informação – ficando reduzidos a uma “iliteracia informacional”preferem textos curtos, aplicam copiar/colar e colocam fotos para completar o trabalho; - Preferem facilidade e simplicidade, selecionando a informação de forma aleatória, baseando-se em princípios de esforço mínimo. - Paradoxo: - permanente contacto com o mundo tecnológico, lidando com várias fontes ao mesmo tempo (Internet; televisão; consolas; ipods; telemóveis;…); - Dispersam permanentemente a atenção e desencadeiam um “défice de concentração”. Não aprofundam conhecimentos e atrofiam as capacidades cognitivas.
  • 6. Geração “Copy/Paste” As reforma educativas em Portugal, não têm contemplado medidas de desenvolvimento das competências informacionais. Novas exigências europeias apontam para o desenvolvimento destas competências informacionais nos conteúdos programáticos, tirando partido das tecnologias digitais existentes na escola. Estudo da FLUP (Malheiro & Pinto, apud Mendonça 2010): - Aproveitar estas capacidades dos jovens e cruzá-las com os conteúdos programáticos (Ex: Matemática – transposição da destreza logico-dedutiva dos jogos para a resolução de problemas; Português – transposição das letras das músicas que sabem de cor para a poesia)
  • 7. Modelos de comportamento de pesquisa da informação Modelo de pesquisa de Kuhlthau Modelo construtivista, que considera a informação um elemento chave no processo de aprendizagem para a criação de novos conhecimentos. As diferentes etapas do processo desenvolvem-se através de elementos afetivos: ações, pensamentos e sentimentos. 6 etapas: Início: identificação das tarefas a desenvolver; tomada consciência da falta de conhecimento; sentimentos de incerteza, dúvida e apreensão; Seleção: reconhecimento dos assuntos a pesquisar – optimismo; focagem na seleção dos assuntos gerais a estudar e forma eficaz de os obter, atendendo às fontes e ao tempo disponível; ansiedade perante adiamento as tarefas; Exploração: pesquisa de informação relevante para o assunto em estudo; sensações de confusão, incerteza, dúvida e medo; Formulação: momento decisivo; directriz definida para o estudo, o que gera sentimentos de confiança; Recolha de informação: com a definição da diretriz, identificam-se as necessidades adicionais; maior interação com os sistemas de informação; sente-se confiante e aumenta interesse pelo assunto; Apresentação: termina o processo de pesquisa; sentimentos de alívio, satisfação ou descontentamento.
  • 8. Modelos de comportamento de busca da informação David Ellis Modelo centrado em aspetos cognitivos da pesquisa da informação. Procura compreender a forma de atuação dos utilizadores, na pesquisa de informação. 6 características: Iniciar: inicio da pesquisa de informação, permitindo uma visão geral do assunto; ponto de partida para a pesquisa: a definição de referências; conversas com colegas; consulta de literatura, catálogos on-line, índices e resumos; Encadear: utilização de citações, estabelecendo ligações entre o já pesquisado e novas informações; Navegar: pesquisa semi-direcionada a uma área de interesse geral. Os principais tipos de informação são pesquisados em listas de autores, de publicações, trabalhos citados entre outros; Diferenciar: avaliação do tipo de conteúdo e relevância do material, para efectuar uma comparação; Monitorar: O utilizador define o que monitorizar de acordo com o seu interesse e suas necessidades, entre várias fontes; Extrair: o utilizador trabalha de forma sistemática numa fonte específica para obter informação de seu interesse, consultando diretamente a fonte, através do uso de índices, ou através de uma combinação das duas.