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PNEUMOTÓRAX
André Gobatto
Conceito
► Presença de ar na cavidade pleural
Fisiopatologia
► Pressão Intrapleural
 -8 a -9 na inspiração
 -3 a -6 na expiração
► Pressão Intrabrônquica
 -1 a -3 na inspiração
 +1 a +5 na expiração
Fisiopatologia
► Ruptura em uma das
superfícies pleurais
 Ruptura de um “bleb” na
pleura visceral
 Ruptura traumática da
pleura parietal
► Perda da pressão negativa
intrapleural
 Colapso pulmonar
► Pneumotórax hipertensivo
Fisiopatologia
►Redução dos volumes pulmonares
►Diminuição da Complacência Pulmonar
►Reduz a capacidade de difusão
►Hipoxemia se 50% do pulmão for afetado
 Efeito “shunt”
►Dependente da condição respiratória
subjacente do paciente
Classificação e Epidemiologia
► Traumáticos
 Aberto x fechado
► Espontâneos
 Primário x secundário
 Pequenos: colapso de até 10% do pulmão
 Médios: colapso de 10% a 30%
 Grandes: Colapso de mais de 30%
 Hipertensivo ou valvular
Traumáticos
►Presente em 15 a 50% dos pacientes com
trauma torácico
 Fratura de arco costal
 Impacto sobre vítima em inspiração completa
com a glote fechada
 Tiro
 Facada
Traumáticos
► Pequenos
 Lesões superficiais no parênquima pulmonar
► Médio e grande
 Feridas penetrantes do parênquima pulmonar ou lacerações
profundas
► Hipertensivo
 Lesões das vias aéreas importantes
 Lacerações pulmonares com lesão de brônquios periféricos
 Abertura traumática da parede torácica
► Abertos
 Abertura traumática da parede torácica
Espontâneos
►Primário
 Ausência de doença subjacente
 Idade: 20 a 30 anos
 Incidência: 9 por 100.000 habitantes
 Sexo: 4-6 vezes mais prevalente em homens
 Fumo
 Lado direito
Espontâneos primários
►Resultam da ruptura de “blebs”
 “Bleb”: “Espaço preenchido por ar entre o
parênquima pulmonar e pleura visceral”
 Incidência de 15%
 Ápices pulmonares ou ao longo das fissuras
►Recidiva
 20 a 50% - primeiro episódio
 60 a 80% - segundo episódio
 Fatores de risco
Espontâneo secundário
►Relacionado a uma doença subjacente
 Recidiva mais alta
 Idosos
 Comprometimento da função pulmonar
►DPOC
 Destruição progressiva das paredes alveolares
 Lentamente
 45 a 65 anos
 Mortalidade de 15 a 20%
Espontâneo secundário
►Neoplasias malignas
 Metástases pulmonares
 Perfuração do espaço pleural
 Obstrução brônquica expiratória
►Tuberculose
►Catamenial
►AIDS
 Pneumonia por Pneumocystis carinii
Quadro clínico
► Depende da etiologia, da extensão e da
capacidade ventilatória do paciente
► Assintomático
 15% dos pneumotóraces espontâneos
► Dor
 Intensa
 Tipo pleural
► Dispnéia
► Ortopnéia, tosse seca, hemoptise
Quadro clínico
►Exame físico
 Expansibilidade diminuída
 Hiperssonoridade
 Ausência de FTV
 MV diminuído ou abolido
 Cianose
 Sinal de Hamman
Quadro clínico
►Pneumotórax hipertensivo
 Agitado
 Cianose
 Distensão jugular
 Desvio da traquéia
 Desvio do Ictus cordis
 Hipotensão arterial
 Taquicardia
 Queda progressiva do estado de consciência[
 Choque
Interpretação radiológica
► Distanciamento entre
pleura visceral e
parietal
► Área hiperlúcida
► Ausência de trama
vaso-brônquica
► Inspiração x expiração
Diagnóstico diferencial
► Quadro clínico característico
► Insuficiência coronariana
► Dissecção aórtica
► Ruptura espontânea do esôfago
► Úlcera péptica perfurada
Conduta e Tratamento
► Diminuição dos sintomas
► Corrigir a insuficiência respiratória
► Promover a expansão pulmonar
► Fechamento da lesão
 Curativo valvular
► Evitar recidivas
Conduta e Tratamento
► Conduta expectante
 Pneumotóraces pequenos
 1,5% do ar intrapleural é absorvido diariamente
 Sedar tosse
 Analgésicos
 Exercícios respiratórios (7º dia)
 Controle radiográfico
► Toracocentese
 Aspiração do ar na cavidade pleural
 Pneumotórax hipertensivo
Conduta e Tratamento
►Drenagem pleural
 Tratamento padrão
 2º EIC, LHC ou 4º EIC, Linha axilar anterior
 Dreno em selo d’ água
 Aspiração pleural contínua
 Manter por 24h após a expansão completa do
plumão e fechamento da fistula
Conduta e tratamento
►Tratamento cirúrgico
 Fístula aérea maciça
 Permanência por mais de 5 dias
 Recidiva a partir do segundo episódio
 Bolhas suturadas, ligadas ou grampeadas com
sutura mecânica
 Abrasão ou pleurectomia
 Videotoracoscopia
Caso clínico
Identificação
R.O.R.R., 37 anos, masculino, comerciante, natural e
residente do Rio de Janeiro.
Queixa principal
Dispnéia.
História da doença atual
Paciente relata ter discutido com a esposa que o agrediu
com faca de cortar pão. Assustou-se com a quantidade de
sangue e evoluiu com dispnéia de grande intensidade.
Gritou por socorro e foi trazido ao hospital por vizinhos.
Caso clínico
►Exame físico
Hipocorado (+/4+), hidratado, anictérico,
cianose de extremidades, dispneico, grande
agitação psicomotora. Murmúrio vesicular
preservado à direita, sem ruídos adventícios
e abolido à esquerda, apresenta evisceração
em base de hemitórax esquerdo com
exposição do pulmão. Abdômen flácido e
indolor.
Caso clínico
Caso clínico
ID: A.L.C., masculino, 40 anos, casado, pedreiro, natural de Nova
Açores-BA, residente em São Paulo há doze anos, católico.
QD: “Dor no peito há um mês
HMA: Paciente referindo dispnéia aos grandes esforços (subir ladeiras
e carregar cimento), não limitante, de início há aproximadamente 1,5
anos. Há um mês iniciou quadro de dor súbita em HTD, de forte
intensidade, constante, em fisgadas, que piorava com a palpação local
e com a inspiração profunda. Após uma semana do quadro álgico,
passou a apresentar tosse seca recorrente com escassa expectoração
esbranquiçada. Procurou atendimento médico sendo medicado com
inalação de broncodilatadores e Penicilina Procaína por 15 dias, sem
melhora do quadro. Procurou então os serviços do Hospital São Paulo
Caso clínico
► Exame fisico
 Geral: Estado geral bom, FC: 76bpm, PA: 110 x
70 mmHg, Temp.: 36,6°C, FR: 17ipm, Peso: 56Kg,
Alt.: 1.62m, IMC: 21,3Kg/m², corado, hidratado,
anictérico, acianótico, orientado e cooperativo
 Tórax: Sem abaulamentos ou retrações, expansi-
bilidade discretamente diminuída em HTD, sem
cicatrizes. Dor leve à digitopressão do 4° e 5° arcos
costais. FTV diminuído em HTD. Hipersonoridade à
percussão do HTD. MV diminuído em todo o HTD, MV
presente no HTE com sibilos difusos sem estertores.
Caso clínico
Caso clínico
Conclusão:“O padrão tomográfico é
compatível com silicose em estadio de
fibrose maciça progressiva”
Caso Clínico
Referências
► Manual de Urgência e Emergências em Pronto-
Socorro. Erazo. 7ª edição.
► Medicina Interna. Harrison. 14ª edição.
► Material Unifest - Pneumotórax
► http://www.medstudents.com.br
► http://climed.epm.br

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  • 2. Conceito ► Presença de ar na cavidade pleural
  • 3. Fisiopatologia ► Pressão Intrapleural  -8 a -9 na inspiração  -3 a -6 na expiração ► Pressão Intrabrônquica  -1 a -3 na inspiração  +1 a +5 na expiração
  • 4. Fisiopatologia ► Ruptura em uma das superfícies pleurais  Ruptura de um “bleb” na pleura visceral  Ruptura traumática da pleura parietal ► Perda da pressão negativa intrapleural  Colapso pulmonar ► Pneumotórax hipertensivo
  • 5. Fisiopatologia ►Redução dos volumes pulmonares ►Diminuição da Complacência Pulmonar ►Reduz a capacidade de difusão ►Hipoxemia se 50% do pulmão for afetado  Efeito “shunt” ►Dependente da condição respiratória subjacente do paciente
  • 6. Classificação e Epidemiologia ► Traumáticos  Aberto x fechado ► Espontâneos  Primário x secundário  Pequenos: colapso de até 10% do pulmão  Médios: colapso de 10% a 30%  Grandes: Colapso de mais de 30%  Hipertensivo ou valvular
  • 7. Traumáticos ►Presente em 15 a 50% dos pacientes com trauma torácico  Fratura de arco costal  Impacto sobre vítima em inspiração completa com a glote fechada  Tiro  Facada
  • 8. Traumáticos ► Pequenos  Lesões superficiais no parênquima pulmonar ► Médio e grande  Feridas penetrantes do parênquima pulmonar ou lacerações profundas ► Hipertensivo  Lesões das vias aéreas importantes  Lacerações pulmonares com lesão de brônquios periféricos  Abertura traumática da parede torácica ► Abertos  Abertura traumática da parede torácica
  • 9. Espontâneos ►Primário  Ausência de doença subjacente  Idade: 20 a 30 anos  Incidência: 9 por 100.000 habitantes  Sexo: 4-6 vezes mais prevalente em homens  Fumo  Lado direito
  • 10. Espontâneos primários ►Resultam da ruptura de “blebs”  “Bleb”: “Espaço preenchido por ar entre o parênquima pulmonar e pleura visceral”  Incidência de 15%  Ápices pulmonares ou ao longo das fissuras ►Recidiva  20 a 50% - primeiro episódio  60 a 80% - segundo episódio  Fatores de risco
  • 11. Espontâneo secundário ►Relacionado a uma doença subjacente  Recidiva mais alta  Idosos  Comprometimento da função pulmonar ►DPOC  Destruição progressiva das paredes alveolares  Lentamente  45 a 65 anos  Mortalidade de 15 a 20%
  • 12. Espontâneo secundário ►Neoplasias malignas  Metástases pulmonares  Perfuração do espaço pleural  Obstrução brônquica expiratória ►Tuberculose ►Catamenial ►AIDS  Pneumonia por Pneumocystis carinii
  • 13. Quadro clínico ► Depende da etiologia, da extensão e da capacidade ventilatória do paciente ► Assintomático  15% dos pneumotóraces espontâneos ► Dor  Intensa  Tipo pleural ► Dispnéia ► Ortopnéia, tosse seca, hemoptise
  • 14. Quadro clínico ►Exame físico  Expansibilidade diminuída  Hiperssonoridade  Ausência de FTV  MV diminuído ou abolido  Cianose  Sinal de Hamman
  • 15. Quadro clínico ►Pneumotórax hipertensivo  Agitado  Cianose  Distensão jugular  Desvio da traquéia  Desvio do Ictus cordis  Hipotensão arterial  Taquicardia  Queda progressiva do estado de consciência[  Choque
  • 16. Interpretação radiológica ► Distanciamento entre pleura visceral e parietal ► Área hiperlúcida ► Ausência de trama vaso-brônquica ► Inspiração x expiração
  • 17.
  • 18.
  • 19. Diagnóstico diferencial ► Quadro clínico característico ► Insuficiência coronariana ► Dissecção aórtica ► Ruptura espontânea do esôfago ► Úlcera péptica perfurada
  • 20. Conduta e Tratamento ► Diminuição dos sintomas ► Corrigir a insuficiência respiratória ► Promover a expansão pulmonar ► Fechamento da lesão  Curativo valvular ► Evitar recidivas
  • 21. Conduta e Tratamento ► Conduta expectante  Pneumotóraces pequenos  1,5% do ar intrapleural é absorvido diariamente  Sedar tosse  Analgésicos  Exercícios respiratórios (7º dia)  Controle radiográfico ► Toracocentese  Aspiração do ar na cavidade pleural  Pneumotórax hipertensivo
  • 22. Conduta e Tratamento ►Drenagem pleural  Tratamento padrão  2º EIC, LHC ou 4º EIC, Linha axilar anterior  Dreno em selo d’ água  Aspiração pleural contínua  Manter por 24h após a expansão completa do plumão e fechamento da fistula
  • 23. Conduta e tratamento ►Tratamento cirúrgico  Fístula aérea maciça  Permanência por mais de 5 dias  Recidiva a partir do segundo episódio  Bolhas suturadas, ligadas ou grampeadas com sutura mecânica  Abrasão ou pleurectomia  Videotoracoscopia
  • 24. Caso clínico Identificação R.O.R.R., 37 anos, masculino, comerciante, natural e residente do Rio de Janeiro. Queixa principal Dispnéia. História da doença atual Paciente relata ter discutido com a esposa que o agrediu com faca de cortar pão. Assustou-se com a quantidade de sangue e evoluiu com dispnéia de grande intensidade. Gritou por socorro e foi trazido ao hospital por vizinhos.
  • 25. Caso clínico ►Exame físico Hipocorado (+/4+), hidratado, anictérico, cianose de extremidades, dispneico, grande agitação psicomotora. Murmúrio vesicular preservado à direita, sem ruídos adventícios e abolido à esquerda, apresenta evisceração em base de hemitórax esquerdo com exposição do pulmão. Abdômen flácido e indolor.
  • 27. Caso clínico ID: A.L.C., masculino, 40 anos, casado, pedreiro, natural de Nova Açores-BA, residente em São Paulo há doze anos, católico. QD: “Dor no peito há um mês HMA: Paciente referindo dispnéia aos grandes esforços (subir ladeiras e carregar cimento), não limitante, de início há aproximadamente 1,5 anos. Há um mês iniciou quadro de dor súbita em HTD, de forte intensidade, constante, em fisgadas, que piorava com a palpação local e com a inspiração profunda. Após uma semana do quadro álgico, passou a apresentar tosse seca recorrente com escassa expectoração esbranquiçada. Procurou atendimento médico sendo medicado com inalação de broncodilatadores e Penicilina Procaína por 15 dias, sem melhora do quadro. Procurou então os serviços do Hospital São Paulo
  • 28. Caso clínico ► Exame fisico  Geral: Estado geral bom, FC: 76bpm, PA: 110 x 70 mmHg, Temp.: 36,6°C, FR: 17ipm, Peso: 56Kg, Alt.: 1.62m, IMC: 21,3Kg/m², corado, hidratado, anictérico, acianótico, orientado e cooperativo  Tórax: Sem abaulamentos ou retrações, expansi- bilidade discretamente diminuída em HTD, sem cicatrizes. Dor leve à digitopressão do 4° e 5° arcos costais. FTV diminuído em HTD. Hipersonoridade à percussão do HTD. MV diminuído em todo o HTD, MV presente no HTE com sibilos difusos sem estertores.
  • 30. Caso clínico Conclusão:“O padrão tomográfico é compatível com silicose em estadio de fibrose maciça progressiva”
  • 32. Referências ► Manual de Urgência e Emergências em Pronto- Socorro. Erazo. 7ª edição. ► Medicina Interna. Harrison. 14ª edição. ► Material Unifest - Pneumotórax ► http://www.medstudents.com.br ► http://climed.epm.br