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PONTÍFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
PUC - SP
Marilda Prado Yamamoto
A PRÁTICA INTERDISCIPLINAR NO MESTRADO
ACADÊMICO: IMPLICAÇÕES NO DESENVOLVIMENTO
PESSOAL E PROFISSIONAL DOS ESTUDANTES
SÃO PAULO
2013
DOUTORADO EM EDUCAÇÃO:CURRÍCULO
Tese apresentada a Orientadora Profa. Dra.
Ivani Catarina Arantes Fazenda e à Banca de
Defesa para obtenção do título de Doutora
em Educação: Currículo
PONTÍFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
2013
PUC - SP
Os fatos são o ar do cientista. Sem eles nunca
podeis voar. Sem eles, vossas ‘teorias’ são
vãos esforços. Quer aprendendo,
experimentando, observando, tentai não
permanecer na superfície dos fatos. Não vos
torneis arquivistas de fatos. Tentai penetrar o
segredo de sua ocorrência, buscai com
persistência as leis que os governam
1(Ivan Petrovich Pavlov – Conselho aos estudantes de Ciências, escrito aos 27 de fevereiro de 1936, pouco antes de
sua morte aos 87 anos) (WOLFF, 1967, p. 05)
A PRÁTICA INTERDISCIPLINAR NO MESTRADO ACADÊMICO:
IMPLICAÇÕES NO DESENVOLVIMENTO PESSOAL E PROFISSIONAL DOS
ESTUDANTES
1
ESTRUTURA DO TRABALHO
A escolha das metáforas:
Imaginação criativa
As
Matrioskas
O olhar
em
camadas
Interconexão sistêmica
entre os níveis contextuais
vivenciadas pelo pesquisador
e sujeitos de pesquisa
Interconexão entre diferentes
olhares – o olhar ampliado
sobre o fenômeno investigativo
Ousadia do Fazer
Interdisciplinar
continua
A utilização de metáforas tem o
sentido de dizer de uma forma nova,
algo novo sobre a realidade
(FAZENDA, 2003)
Pensar mais sob a condição do princípio
vivificante é que constitui a “alma da
interpretação” (RICOEUR, 1983, p. 459 –
grifos do autor).
Ousadia do Fazer
Interdisciplinar
A escolha das metáforas: Representação criativa
1ª matrioska
O olhar indagativo:
Descerrando os véus
2ª matrioska
A cumplicidade do olhar:
Interdisciplinaridade e DH
3ª matrioska
O olhar de confiabilidade:
Um olhar não olhado
4ª matrioska
O olhar compartilhado:
O encontro de olhares
5ª matrioska
O olhar para si:
A Beira do Rio
Matrioska
Sistêmica
E o olhar
interdisciplinar
O enigma do discurso metafórico é, algo que parece, poder
inventar no duplo sentido da palavra: o que ela cria, descobre-o, o
que ela encontra, inventa-o (RICOEUR, 1983, p. 357.
CARACTERÍSTICAS DA INVESTIGAÇÃO
• Não convencional;
• Pesquisador e pesquisados constituem o grupo pesquisador (GAUTHIER, 2004);
• Pesquisador e pesquisados são interlocutores parceiros da investigação;
• Dialogicidade privilegia os participantes e alarga o campo conceitual;
• Compreensão do papel fundamental da pesquisa;
• Mudança de concepção na construção do conhecimento;
A ciência pós-moderna sabe que nenhuma forma de
conhecimento é em si mesma racional: só a configuração de todas
elas é racional (SANTOS, 1996, p. 55)
continua
“O homem da ciência que estuda fatos
físicos, biológicos ou sociais não poderá
aceitar a condição de simples recebedor de
métodos fabricados por especialistas em
disciplinas filosóficas abstratas, “lógicas”,
mas deve sentir-se capacitado a entender que
a ele incumbe a descoberta das inovações
metodológicas pela razão muito simples de
que é ele no trabalho efetivo, que percebe as
deficiências dos instrumentos teóricos de
análise e interpretação de que dispõe e se
acha motivado para conceber outros, ensaiá-
los, aplicá-los e recolher os resultados dessa
tentativa (PINTO, 1969, p. 388-389).
QUAL A MISSÃO DO PESQUISADOR INTERDISCIPLINAR?
O pesquisador interdisciplinar descobre pedras
valiosas em sua pesquisa, pedras raras que surgem
“na medida do interesse específico do individuo que
pesquisa” (FAZENDA, 2003, p. 18).
O pesquisador interdisciplinar reconhece a exigência
de um novo compromisso epistemológico. No universo
dos fenômenos sociais e humanos, os obstáculos só
podem ser vencidos na medida que se compreende
que as grandes questões que dominam hoje o
conhecimento não são disciplinares e sim temáticas.
HIPÓTESE DA INVESTIGAÇÃO
O Curso de Mestrado em Desenvolvimento
Humano: Formação, Políticas e Práticas Sociais
mexeu com as estruturas internas dos
mestrandos 2010?
O que representou esse movimento para o
desenvolvimento pessoal e profissional desses
mestrandos?
Se a realidade compartilhada e construída
no cotidiano vivenciado, e as
expectativas esperadas foram
concretizadas para o desenvolvimento
pessoal e profissional dos mestrandos
2010.
Qual a resposta que a interpretação de
dados procura compreender?
QUESTÕES FUNDAMENTAIS DE INVESTIGAÇÃO
Qual a contribuição do Mestrado em
Desenvolvimento Humano: Formação,
Políticas e Práticas Sociais para o
desenvolvimento pessoal e profissional dos
mestrandos?
Qual a percepção dos mestrandos do ponto de
vista dos relacionamentos estabelecidos?
FONTES DA INVESTIGAÇÃO
• Plano de Desenvolvimento Institucional;
• Plano de curso do Mestrado Acadêmico em
Desenvolvimento Humano: Formação, Políticas e
Práticas Sociais;
• Histórias de vida em memoriais autobiográficos;
• Fala dos mestrandos captadas no convívio cotidiano
em sala de aula;
• Questionário com questões abertas.
OS SUJEITOS DE PESQUISA
Os sujeitos de pesquisa são os alunos do Mestrado em Desenvolvimento
Humano: Formação, Políticas e Práticas Sociais, que ingressaram no Programa de
Pós Graduação no ano de 2010.
Do dezenove mestrandos matriculados, quatro não
depositaram os volumes de suas dissertações,
solicitando prorrogação do prazo e um trancou a
matrícula. Contribuíram com esta pesquisa catorze
destes, denominados mestrandos 2010.
Caracterização
As dissertações tiveram os seguintes focos:
• 06 área de Educação;
• 01 área de saúde (enfermagem)
• 01 área da psicologia;
• 02 área de Políticas Públicas;
• 02 área do Serviço Social;
• 02 sistemas organizacionais próprios das
empresas.
74%
26%
Dissertações
Volumes Depositados
Volumes não depositados
43%
7%7%
15%
14%
14%
Dissertações (Focos diversificados)
Educação
Saúde
Psicologia
PolíticasPúblicas
ServiçoSocial
Sitemas Organizacion
continua
Caracterização
Especialização dos mestrandos 2010:
• 02 (dois) são pedagogos;
• 02 (dois) são licenciados em Educação Física;
• 02 (dois) são assistentes sociais;
• 04 (quatro) são psicólogos;
• 01 (um) é licenciado em Filosofia;
• 01 (um) é bacharel em Ciências Contábeis;
• 01 (um) é engenheiro;
• 01 (um) é enfermeiro.
Campo de trabalho dos mestrandos 2010:
• 06 (seis) trabalham na área da educação;
• 02 (dois) em obras assistenciais;
• 03 (três) na área empresarial;
• 03 (três) em prefeituras municipais .
15%
14%
14%
29%
7%
7%
7%
7%
Especialização
Pedagogos
Licenciados em Educação
Física
Assistentes Sociais
Psicólogos
Licenciado em Filosofia
Bacharel em Ciências
Contábeis
Engenheiro
Enfermeiro
20%
20%
20%
40%
Campo de Trabalho
Área da Educação
Obras Assistenciais
Área Empresarial
Prefeituras Municipais
OS SUJEITOS DE PESQUISA
• O contexto de investigação é o microssistema, onde se
alicerçam as atividades proximais ou aquelas nas quais um
comportamento continuado é percebido, como tendo
significação pelos participantes do ambiente;
CONTEXTO DE INVESTIGAÇÃO
• Esta zona contém o mundo que se acha ao meu alcance, um
mundo em que atuo, a fim de modificar a realidade dele, o
mundo em que trabalho” (BERGER; LUCKMANN, 2009, p. 38-
39).
Um fenômeno pode ser muitas coisas ao mesmo
tempo, a pesquisa e o foco dado a ela que
decomporá as diferentes dimensões que o
fenômeno contém.
Perspectiva Qualitativa
• A fonte de investigação é o microssistema cotidiano onde foram
recolhidos os dados que dão suporte à investigação: fala dos alunos,
narrativas em memoriais e respostas a questionário sobre o percurso
vivenciado.
• O interesse predominante é pelo processo de construção do sentido
partilhado da realidade;
• A atuação do pesquisador é participativa e produz observações que
servem de base à interpretação de dados segundo sua perspectiva ou
pontos de vista.
NATUREZA DA INVESTIGAÇÃO
Perspectiva Quantitativa:
• A quantidade de aspectos trazidos na narrativa dos memoriais
propiciaram o tratamento de dados pelo Software ALCESTE –
Análise Lexical por Contexto de um Conjunto de Segmentos do
Texto;
• O tratamento da investigação na perspectiva “quali/quanti” está
voltado para a compreensão da interconexão entre conceitos de
realidades múltiplas recolhidas no cotidiano da investigação.
Utilização conjunta de abordagem qualitativa e quantitativa.
NATUREZA DA INVESTIGAÇÃO
Contexto teórico: Pesquisa “quali/quanti”
2 Nuvem de palavras originada a partir do software ALCESTE no aplicativo Wordle
2
QUAL A RELEVÂNCIA DA INVESTIGAÇÃO PARA A
PESQUISADORA E PESQUISADOS?
Contribuir para o avanço do conhecimento relativo a interdisciplinaridade e
suas possíveis aplicações na formação em Desenvolvimento Humano.
Contribuir para aperfeiçoamento dos estudos de práticas interdisciplinares, em
um curso de Mestrado que se propõe interdisciplinar no seu tratamento
metodológico.
Analisar o indispensável engajamento no trabalho conjunto, tendo como
fundamento a concepção da sociedade como produção humana e o
conhecimento como construção social.
Possibilitar a retomada individual do percurso existencial dos mestrandos
2010 e da pesquisadora, por meio de histórias de vida que contribuem para o
autoconhecimento e desenvolvimento pessoal e profissional.
QUAL A RELEVÂNCIA DA INVESTIGAÇÃO PARA
OS ESTUDOS ACADÊMICOS?
Um novo olhar, sobre o avanço do
conhecimento relativo a
interdisciplinaridade e suas
aplicações na formação e no
desenvolvimento humano.
LÓGICAS INTERDISCIPLINARES
LÓGICA FRANCESA LÓGICA ANGLO-SAXONICA LÓGICA BRASILEIRA
Relevância
epistemológica e
conceitual
Saber / Saber
Relevância
prática e
instrumental
Saber / Fazer
Relevância
na pessoa e na
reflexão do agir
humano
Saber / Ser
A investigação privilegia a lógica brasileira de Fazenda – O saber Ser.
8 LENOIR, 2005/2006
8
Metodologia
Inserção ecológica – Modelo PPCT
Pesquisador e pesquisado
movimentam-se em direção à
investigação interdisciplinar no
mestrado acadêmico.
Os temas abordados são de interesse do pesquisador e pesquisado pois tratam das histórias de vida e
a forma como se dá o desenvolvimento inserido no contexto em estudo (PRATI et al, 2008, p. 64)
Convívio prolongado entre
pesquisador e pesquisado (sala
de aula, seminários de pesquisa,
bancas de qualificação, defesa de
dissertação, encontros informais).
Interesse persistente no
acompanhamento do
andamento da pesquisa e
respectiva interpretação dos
dados.
Fortalecimento de vínculos
proporcionados pelos processos
proximais estabelecidos no
convívio acadêmico.
Pilares
Metodológicos
3
3 CECCONELLO; KOLLER (2003).
A
indagativo
olhar
o
matrioska:
primeira
4 Vídeos das Matrioskas desenvolvido s pelo Professor Felipe Piccina para Marilda Prado Yamamoto .
As Grandes Áreas de Concentração e as Linhas de Pesquisa. Mestrado em
Desenvolvimento Humano: Formação, Políticas e Práticas Sociais
5 Quadro adaptado a partir das considerações de CHAMON et al (2009).
5
Desenvolvimento
Humano
(Produto e
Processo)
O Mestrado em Desenvolvimento Humano:
Formação, Políticas e Práticas Sociais tem
como finalidade o próprio desenvolvimento
dos sujeitos que nele convivem e para eles
destinam seus processos formativos e
projetos de pesquisas, aprimorando
competências para agir nas políticas de
promoção e intervenção social nos
contextos formativos e informativos em
comunidades de prática e ambientes não
escolares.
FUNDAMENTOS EPISTEMOLÓGICOS E METODOLÓGICOS
DAS LINHAS DE PESQUISA
AVALIAR: COMPREENDER:
INVESTIGAR:
• Políticas Públicas;
• Instâncias reguladoras;
• Implementação de direitos
sociais para o exercício da
cidadania.
a influência da formação na:
• Construção das
identidades;
• Construção de
representações
sociais.
1 2
3
EPISTEMOLOGIA
• Formas de aprendizagem;
• Práticas de formação mediadas pelo
trabalho, saúde e doença;
• Rede de relação e práticas sociais.
METODOLOGIA
• Pesquisa quantitativa (questionário, escalas);
• Pesquisa qualitativa: diários de formação,
entrevistas, grupo focal, tratamentos
computacionais e sociogramas.
• Ambientes imediatos e
distantes;
• Contextos da formação.
DH
7 Identificação por algarismos arábicos das propostas temáticas da linha de pesquisa
6 Proposta do mestrado acadêmico Interdisciplinar (CHAMON et al, 2009, p. 14-15)
6
7
Do fazer Interdisciplinar Para o pensar
PROPOSTA INTERDISCIPLINAR
prática da
tolerância
diferentes
olhares
afastamento da
arrogância
É preciso do olhar do outro para o aproximar
da totalidade do conhecimento
Reorientação para agregação de valores éticos e
humanos para o desenvolvimento humano.
MOVIMENTO INTERDISCIPLINAR
MOVIMENTO INTERDISCIPLINAR
Desvendar novos
saberes
Redimensionar o
Já conhecido
Posicionamento
Pró-ativo
Alargamento do Campo conceitual
Desafios
Dialogicidade
Escuta sensível
Espera
vigiada
Parceria Humildade
Alteridade
Cumplicidade Envolvimento
Comprometimento
Reciprocidade
Construção de forma persistente e continuada para o desenvolvimento
pessoal e profissional do pesquisador e pesquisados.
O MUNDO FISIONÔMICO
Com o quê?
ENCANTOS DESENCANTOS
De que forma?
COM O SEU JEITO PRÓPRIO DE SER
O que dele flui?
INDAGAÇÕES
CUMPLICIDADES
COMPARTILHAMENTOS
Do que?
• de expectativas
Para que?
• de sentimentos
8 Imagem mundo fisionômico. Disponível em: http://ipco.org.br/ipco/acao/plinio-correa-de-oliveira/o-problema-dos-4-irmaos#.UmhRiHDDxOI
8
Processo
Pessoa Contexto
Decorrente de
Relação interpessoal
Dimensão
humana e social
Espaços formativos
e informativos
Tempo Específico do curso
Compreensão do indivíduo em seus ambientes Interativos: família, escola,
trabalho, trocando relações complexas
9 Teoria Bioecológica do Desenvolvimento Humano de Brofenbrenner (1996,2011).
Organização
das
atividades de
pesquisa
8
É o tempo do movimento do aprender, que leva
ao cruzamento das fronteiras, do conhecimento
para assumir o espaço do “entre”, do “vazio”
entre uma disciplina e outra. Construir um
diálogo e criar um novo saber, um novo fazer,
contendo a dimensão criativa do tempo vivido
(QUELUZ, 2001, p. 141).
QUAL O TEMPO DA
PESQUISA INTERDISCIPLINAR?
A segunda matrioska:
Interdisciplinaridade
a cumplicidade do olhar
e
Desenvolvimento Humano
Novo compromisso epistemológico da interdisciplinaridade
Respeito ao
ponto de vista
de diferentes
especialistas
Valorização do
conhecimento
das pessoas
Interlocução e
diálogo entre
diferentes
áreas do
conhecimento
Compreensão
da
provisoriedade
do
conhecimento
A unicidade do
conhecimento
e a construção
de um
paradigma
integrador
sistêmico
Reflexão sobre
diferentes
aspectos da
verdade,
revelados por
diferentes
pontos de
vista
Construção do
conhecimento
novo - “Tornar
novo o velho”
(FAZENDA,
2003, p. 82)
O saber pensar
Ênfases
Ênfases
Novo compromisso epistemológico de interdisciplinaridade
O pesquisador
é o locutor. Os
interlocutores
são os
próprios
pesquisados
O
conhecimento
é revelado na
interlocução
entre
pesquisador e
pesquisado
Partilhamento de
conhecimento e
experiências
versadas no
respeito mútuo e
reciprocidade;
Relações cotidianas
no microssistema
estáveis e
significativas
Proximidade do
pesquisador
com o universo
investigativo:
história de vida
da pesquisadora
e dos
pesquisados
Pesquisador e
pesquisado são
“pesquisadores
de si mesmo”
Resgate da
memória do
pesquisador
coloca o curso
da pesquisa na
dimensão
interdisciplinar
Relação
Pesquisador -
Pesquisado
O saber ser
Ênfases
Ênfases
Novo compromisso epistemológico de interdisciplinaridade
Partilhamento
de novas e
velhas ações
Trazer à
reflexão
diferentes
aspectos da
verdade –
Desconstrução
conceitual
Esforço
intencional
para expressar
descobertas e
contradições
na
compreensão
da realidade
Funcionamento
das coisas é
mais
importante que
os agentes que
as determinam
Revelação do
mundo
significativo
para a vida
Diálogo
intenso entre
objetividade e
subjetividade
que questiona
o que é
conhecimento
e onde ele
está?
Processo
O saber fazer
Ênfases
Ênfases
O que se compreende por
interdisciplinaridade?
É atitude de ousadia e busca frente ao
conhecimento e principalmente a
construção do conhecimento novo
(FAZENDA, 2008, p. 7)
Quando ouço que não sabemos o que é
interdisciplinaridade eu me preocupo. Sabemos
o que é e o que não é. Não sabemos tudo
porque não existe verdade absoluta. Mas
sabemos. Como não sabermos? A procura é
contínua e eminente, mas neste momento com
o que sabemos a interdisciplinaridade é prática
e propicia metodologias práticas (FAZENDA,
2002).
10 Colocação feita em sala de aula, sistematizada em registros de memória em 06 de novembro de 2002 – PUC/SP.
10
RESPEITO
• Próprio
• Com os outros
Olhar em
camadas:
• Sobre si mesmo;
• Sobre o outro;
• Sobre o objeto;
• Sobre o contexto;
• Sobre o cotidiano.
Coerência Humildade
Fio condutor
• Compartilhamento harmônico,
entre os acontecimentos do
fenômeno investigativo para sua
conexão lógica.
• Abertura e respeito ao olhar do
outro.
• Reconhecimento da pessoa
diante de si mesma e diante do
contexto social.
Desapego
• Desvinvculamento das certezas absolutas
e referencias estabilizadas, permitindo-se
à incorporação de novos olhares e pontos
de vista para a construção do
conhecimento novo.
Espera
• Movimento de maturação permanente
que incita à atitude de alerta (espera
vigiada);
• Incursão detalhada às conexões
relacionais do universo rodeante para
novas possibilidades de ser, pensar e
fazer.
Reconhecimento da dignidade e da
autonomia pessoal é imperativo ético
Reconhecimento do desenvolvimento
pessoal e profissional é imperativo ético
Atitude Interdisciplinar
Categoria de ação
Desafios :
Teóricos, Pessoais
e Metodológicos.
Interdisciplinaridade
Científica
Interdisciplinaridade
Metodológica
• Fundamentada na criteriosa revisão
conceitual e revisita dos clássicos aos
velhos livros e anotações
persistentes.;
• Percepção da provisoriedade do
conhecimento.
• Fundamentada na descoberta pela
pesquisadora de sua própria história
de vida – o que de mais significativo e
profundo nela existe.
Interdisciplinaridade
Profissional
• Sustentada pela importância e sentido do
trabalho, como parte significativa da vida;
• Sustentada pela importância da reflexão do
tipo de profissional que somos e do percurso
para nos tornarmos no que hoje somos.
Interdisciplinaridade
Prática
• Sustentada pela compreensão da
importância do cotidiano, como o local
privilegiado onde a complexa rede de relações
interpessoais acontecem;
• Sustentada pela evidência da prática na
intimidade com os fenômenos investigados.
Pesquisa Interdisciplinar:
Metodologia de Pesquisa Interdisciplinar
O pesquisador deve descobrir na sua própria história
de vida, as motivações que conduzem até “aquela”
reflexão, até então irrefletida e a sua relação com ela.
Retomada da história de vida da pesquisadora
e dos sujeitos de pesquisa do Mestrado 2010
em Desenvolvimento Humano: Formação,
Políticas e Práticas Sociais.
Porque Fazenda reafirma ser a
interdisciplinaridade um olhar em camadas?
Porque permite o aprofundamento do
percurso ontogênico dos sujeitos de
pesquisa e de cada pesquisador que se
voltam para as questões de retomada
subjetiva e cultural de seu curso de vida.
“é aquele que enxerga em camadas para
aos poucos descobrir o que estava
aparentemente oculto” (FAZENDA, 2011).
O que é o olhar interdisciplinar
para Fazenda?
11 Imagem de olhar. Disponível em: http://pesquisadisclosure.blogspot.com.br/
É o olhar em múltiplas direções, que vai buscar
na subjetividade (do indivíduo) e objetividade
(construção compartilhada da realidade) o
sentido próprio do real.
O olhar em camadas permite interpretar o
contexto ou o mundo pessoal de cada um com
diferentes metáforas.
É o olhar sobre si mesmo, sobre o
outro, sobre o objeto, sobre as
circunstâncias, sobre o próprio
cotidiano, que dá vida e colorido à
pesquisa.
12 Olhar para o outro. Disponível em: http://assuntogeral.spaceblog.com.br/
O olhar interdisciplinar é o princípio
estruturante da interdisciplinaridade.
Um olhar de dentro para fora e de fora para dentro,
para os lados e para os outros. Um olhar que
desvende os olhos e, vigilante, deseja mais do que
lhe é dado ver. Um olhar que transcende as regras e
as disciplinas, olhar que só acredita que só existe o
mundo de ordem para quem nunca se dispôs a
olhar. Um olhar inflado de desejo, de querer mais,
de querer melhor, um olhar que recuse a cegueira
da consciência (GAETA, 2001, p. 224).
13 Olhares. Disponível em: http://mariateresareno.blogspot.com.br/2011/06/olhares.html
O que é investigar o Desenvolvimento Humano?
É penetrar num território de grande extensão, mas
nem por isso desértico. Exige generosidade,
compreensão, abertura para o novo, ultrapassando
áreas cinzentas do conhecimento, para que ele flua,
além dos limites hermenêuticos de cada ciência
criando acima do que já foi criado.
Necessidade de um paradigma integrador e de
reconhecimento da complexidade das relações
humanas.
A Orientação para
o
Desenvolvimento
Humano.
O Desenvolvimento
Humano, concebe a Pessoa
como um ser desenvolvente
num processo de
crescimento contínuo.
O Desenvolvimento
Humano ocorre num
Processo de inter-relação
social e pode ser estimulado
ou inibido na dependência
do grau de interação com
pessoas que ocupam uma
variedade de papéis.
O Desenvolvimento Humano
perpassa todo o Tempo existencial e
se estabelece de forma contínua e
recíproca. As interações em um
contexto, por todo tempo
influenciam outros ambientes em
um processo de intensa
reciprocidade.
O Desenvolvimento Humano é um
empreendimento, onde a pessoa
desenvolvente adquire
profissionalmente uma concepção
mais ampla do Contexto onde vive
e nele se estabiliza e o transforma.
14 Teoria Bioecológica do Desenvolvimento Humano de Brofenbrenner. (1996, 2011)
14
O Modelo Biológico
de Desenvolvimento
Humano
MODELO PPCT
Processo
(P)
Pessoa
(P)
Interação díadica
• Socializador, que se desenvolve por um
período regular e extenso de tempo;
• proximais que alcançam atividades
progressivamente mais complexas;
•Pesquisas do cotidiano estimuladas pela
interação dentro dos processos proximais.
• Ser desenvolvente que amplia seu
universo de relações;
•Ser com potencial de influencia e de
transformação do meio ambiente;
•Ser ativo que constrói-se na interação
com outros e imprime sentido e
significado ao ambiente.
Tempo
(T)
• eventos temporais (da nascimento a morte)
tem influência no desenvolvimento humano;
• no tempo histórico acontecem mudanças
que podem influenciar positiva ou
negativamente o desenvolvimento humano;
•O tempo expandido de convivência indica as
possibilidades de pesquisa de inserção
ecológica.
Contexto
(C)
• Sistema aberto com equifinalidade,
integração e perspectiva evolutiva;
•Nível sistêmico mais abrangente
influenciando os demais níveis (micro,
meso, exo e macro) e por eles
influenciado; os microssistemas são os
mais próximos da pessoa – universo de
pesquisa.
Agregação de experiências pessoais e
culturais
Troca de relações objetivas e
subjetivas
Sistema espaço
temporal
Modelo PPCT de Inserção Ecológica
15 CECCONELLO; KOLLER (2003)
15
A terceira matrioska:
Um olhar não olhado
o olhar de
confiabilidade
Entra em cena um sujeito que se torna autor ao pensar a sua
existencialidade (JOSSO, 2004)
Implicações
Autoconhecimento Desenvolvimento Humano
Compreensão dos
Processos formativos
Mobilização de Competências Interdisciplinares
Intuitiva Intelectiva Prática Emocional
Protagonismo existencial
Aprender consigo a Apreender
Formação para um Projeto de vida
Ser finalidade de si
Autofinalidade Mundo próprio
Processo de Hominização
O ser humano em desenvolvimento não só se relaciona com um ambiente natural
particular, mas também com uma ordem cultural e social específica, que é
medializado para ele pelos outros significativos que o têm ao seu cargo (BERGER;
LUCKMANN, 2009, p. 69)
Correlação interativa
Com o outro próximo Com pares de outros Com outrens
Microssistema Mesossistema Exossistema
Macrossistema
A singularidade existencial ocorre numa espécie
de jogo dialético entre interioridade (o que se
vive e se pensa no interior de si) e exterioridade
(o que é sócio histórico cultural)... (JOSSO, 2004,
p. 70).
O PARADOXO VITAL
A dialética em si não sabe ser conservadora
e inovadora. “Ensina o sábio a ser ao mesmo
tempo conservador e inovador” (PINTO,
1969, p. 388)
Desafio de assumir a abordagem autobiográfica
Abordagem interdisciplinar
Ambiguidade Provisoriedade
da verdade
Riscos de ilusão
e erros
Curiosidade Interesse
Os Mestrandos 2010 revelam suas histórias
Diálogos
Expressões orais no
convívio cotidiano
Memoriais
autobiográficos
Questionário com
questões abertas
Universo de narrativas
Universo das
narrativas dos
Mestrandos 2010
(expressões orais
e escritas).
Uma Pessoa em
direção à sua
construção
identitária e
desenvolvimento
pessoal e
profissional
Um Processo
revelador das
complexas relações
interativas na
família, escola e
trabalho.
Um Contexto
imediato e não
imediato, que
apresenta desafios,
possibilidades de
escolhas,
estabilidade e
desequilíbrio
transformador.
Um Tempo de
expectativas,
curiosidade e
interesse a ser
desvelado.
A pessoa
...engaja-se em processos proximais
em um microssistema em um determinado tempo
...ou, melhor dito, em vários microssistemas
P
Microssistema
Microssistema
Exossistema
P
Com influência de pessoas
fora do microssistema
Microssistema
P
Exossistema
Macrossistema
...dentro de um macrossistemas no tempo existencial
Microssistema
Legenda
P – Pessoa
P – Processo
C – Contexto
T - Tempo
C
C
C
C
C
C
C
C
C
C
C
P
T
P
P
P
T
T
T
P
P
16 Adaptado de TUDGE, J. A teoria de Urie Brofenbrenner: Uma teoria contextualista? Universidade da Carolina do Norte em Greensboro, EUA. UFRGS,
Programa de Pós Graduação em Psicologia, 2006-2007.
T
T
T
T
T
T
T
T
C
C T
continua
Microssistema
P
objetossímbolos
pessoas
Microssistema
P
Exossistema
Macrossistema (Cultura)TEMPO
TEMPO
17 Adaptado de TUDGE, J. A teoria de Urie Brofenbrenner: Uma teoria contextualista? Universidade da Carolina do Norte em Greensboro,
EUA. UFRGS, Programa de Pós Graduação em Psicologia, 2006-2007.
Ou
Valores Aparato ideológico
Crenças Aparato cultural
Estilos de vida Grupos
Oportunidades Instituições
Obstáculos
Padrões de troca
Intercâmbios
Políticas Públicas nas
diferentes esferas de
governo
Influência de cenários
externos
Sociedadeemgeral
Relações interpessoais
Papeis Símbolos
Objetos Atividades
Exercícios
C
C
C
P
P
C
Legenda
P – Pessoa
P – Processo
C – Contexto
T - Tempo
C
É um processo constante e contínuo, dentro de um
tempo – o tempo permanente de inter-relação de
pessoa com pessoas, objetos e símbolos de seu mundo
imediato e outros não imediatos, num movimento de
reorganização e reestruturação do universo vivenciado.
O Desenvolvimento Humano é um
Empreendimento Humano.
DESENVOLVIMENTO HUMANO
Reconhecimento de si – ser
para si e para o outro.
A construção de um projeto de
vida – o sentido da existência
humana.
A consciência da maturação do
autoconhecimento e do processo
de formação, conhecimento e
aprendizagem.
A persistência da alternância
de momentos de objetividade
e subjetividade – a dialética do
existir.
Dimensão
Quali-Quantitativa
Dimensão
Quali-Quantitativa
Ser reconhecido (...) seria para cada pessoa receber garantia plena de sua identidade,
graças ao reconhecimento por outrem de seu império de capacidades (RICOUER, 2006, p.
262).
Os Mestrandos:
escritores de sua
singularidade
existencial
Os Mestrandos
2010 revelam
suas
expectativas
existenciais.
(Classes
temáticas)
INSERÇÃO PRÁTICA INSERÇÃO ACADÊMICA
• Expressão do apelo às práticas
sociais e de pesquisa acadêmica.
• Expressão do significado da
trajetória pessoal até ingresso na
Universidade;
• Retorno e continuidade dos
estudos ligado à busca da
valorização profissional.
Dimensão Quantitativa Dimensão Qualitativa
Do conjunto de expressões temáticas depreende-se a importância dos
processos de socialização primários e secundários.
• Expressão da importância de
pertencimento ao grupo social e aos
traços e atributos individuais;
• Compreensão do mundo a partir
da relação com o outro.
• Expressão de respeito pelo
contexto próprio e pelas pessoas
que o integram;
• Relações estabelecidas
fundamentam escolhas futuras.
INSERÇÃO PROFISSIONAL
IDENTIDADE PESSOAL E SOCIAL CONTEXTO
Representação infográfica
ou nuvem de palavras a partir do
Software ALCESTE
Trama de relações
complexas e interativas
• Expressão da dimensão do
trabalho – papéis da pertença
profissional e sedimentação de
posições sociais.
A quarta matrioska:
Encontro de olhares
o olhar compartilhado
Processo
formativo
(perspectiva da
investigação)
Pessoa Processo
• Mestrandos 2010;
• Interlocutor principal das experiências;
• Mobilizadores das forças virtuais:
motivação, estímulo pessoal, inteligência,
habilidades.
• Interativo com pessoas e contextos –
próximos e distantes;
•Relações de complexidades crescentes;
• Equilíbrio dialético – entre estabilidade
ou continuidade e desequilíbrio ou
transformação.
Tempo
• Perspectiva cronológica – tempo acadêmico
do curso;
•Perspectiva do tempo do mundo, e da alma
– “passado, presente e futuro são tempos
humanos” (RICOUER, 1980, p. 31)
Contexto
• Curso planejado dentro de uma
proposta interdisciplinar, com foco nos
agentes formativos e alunos em
formação multidisciplinar.
Observação do pesquisador
Falas dos pesquisados
Observação do pesquisador
Falas dos pesquisados
“A grande questão é sair do próprio ninho...” (mestrandos 2010)
“A gente aprende a colher... Se planto do mesmo jeito vou colher da
mesma forma”. (mestrandos 2010)
O Mestrando 2010 (pessoa) expressa seu sentido de pertencimento e
a necessidade de no seu processo de desenvolvimento fazer uma
nova prática social, circunstante à contingência do real ou do
contexto.
Há a consciência de um tempo natural – o tempo de ser e a exigência
do desfio de sair do conforto – do próprio ninho e plantar
questionamentos para colher de forma diferente.
Extratos das falas dos Mestrandos 2010
“Por trás de uma expressão existe um significado que ultrapassa o
sintático para movimentar-se em direção ao semântico, além das regras da
aparência” (FAZENDA, 2003).
“Todo processo de transformação implica em avanços e retrocessos. Na
questão dialética não dá para ver de forma polarizada. É isto e aquilo
também... O meu dilema é resolver esta polaridade” (mestrandos 2010)
O trânsito do processo de desenvolvimento implica na dialética da
polaridade – “o que sou” e o que “não sou”. A pessoa desenvolvente
movimenta-se entre a continuidade de seu comportamento e a ruptura
homeostática.
O reconhecimento das fraquezas é o grande passo em direção ao
autoconhecimento como produtor de si mesmo e de cultura. O percurso
existencial tem avanços e retrocessos. A realidade tem que ser percebida
para o equilíbrio dessa polaridade existencial.
Extratos das falas dos Mestrandos 2010
“Há estreita correlação entre a forma dinâmica de pensar e a atitude
problematizadora do próprio conhecimento” (FAZENDA, 2003).
“A história da trajetória profissional mostra a busca de sentido para a
vida. O meu lugar como profissional. E este lugar estrutura-se numa
abordagem de Desenvolvimento Humano” (mestrandos 2010)
Ao pensar – o lugar como profissional e procurar contextualizá-lo
como abordagem de Desenvolvimento Humano é centrar-se na
procura do lugar de si mesmo que entra no cenário da construção
dessas histórias de vida.
Um novo no qual a pessoa está imersa no processo de busca de
sentido para sua vida no contexto articulado no tempo de sua
existência.
Extratos das falas dos Mestrandos 2010
“O Homem que fala supõe um sentido: é a sua maneira verbal de obrar”
(FAZENDA, 2003, p. 7-8).
“A interdisciplinaridade só existe a partir do aprofundamento de cada
disciplina. Se a atitude interdisciplinar chegar à Universidade, ela
chegará à escola básica”. (mestrandos 2010)
A interdisciplinaridade propõe abertura para a construção do
conhecimento novo, a convergência do conhecimento e a noção de
obstáculo epistemológico.
É importante que cada parcela disciplinar do conhecimento preserve
a sua relação temporal – passado, presente, futuro dentro da
perspectiva do como, do onde, do porque, para que e com o que?
Existe a compreensão por parte dos mestrandos, que a academia
possui uma dívida com os demais níveis escolares.
Extratos das falas dos Mestrandos 2010
É necessário no ensino universitário a exigência de uma atitude
interdisciplinar, caracterizada pelo respeito ao ensino organizado por
disciplinas e por uma revisão das relações entre o conhecimento
acadêmico valorizado e os reais problemas da sociedade.
“Precisamos nos colocar na condição de permanentes aprendizes. Eu
me desenvolvi a partir do que? Refletir sobre minha vida e perceber
os momentos significativos de minha trajetória pessoal são
indispensáveis”. (mestrandos 2010)
O movimento que leva à condição de permanente aprendizes é o
apelo ao “saber ser” da interdisciplinaridade brasileira. Reabre-se
constantemente os questionamentos que levam ao sentido do existir
– para quê? Porque?
Como pessoas só se fazem na vida labutando, a importância do
sentido do existir, torna-os eternos aprendizes.
Extratos das falas dos Mestrandos 2010
“O saber advindo do conhecimento mesmo descompromissado precisa
do risco da dúvida e da pergunta, muito mais que da afirmação e
resposta” (FAZENDA, 2008, p. 14).
“A realidade está sempre em
construção e é sempre um movimento
de adaptação para os indivíduos
realizarem uma leitura dos fatos
ocorridos no mundo de vida”
(ESPÍNDOLA, 2012, p. 163);
A construção do sentido comum de realidade
“Estou sozinho no mundo dos meus sonhos,
mas sei que o mundo da vida cotidiana é tão
real para os outros quanto para mim
mesmo”. (BERGER; LUCKMANN, 2009, p. 39)
“Não há nenhuma racionalidade científica
que seja capaz de aprisionar os meus
sonhos. É tempo e hora de reconhecer a
importância da realidade que nos cerca e o
que dela se partilha em comum” (FAZENDA,
2001).
18 Colocação feita em sala de aula, sistematizada em registros de memória em 18 de abril de 2001 – PUC/SP
18
19 Vídeo de sonhos desenvolvido pelo Professor Felipe Piccina para Marilda Prado Yamamoto.
Razões e Expectativas que
motivaram a procura do curso
• motivo da procura;
• características do curso;
•Conhecimento da proposta.
Conteúdos Curriculares Acadêmicos
e relação com outros sistemas
vivenciais
• conteúdo acadêmico
interdisciplinar;
• relação com outros sistemas
vivenciais;
•Relevância no tratamento dos
conteúdos curriculares.
Contribuições para o
Desenvolvimento Humano
Contribuição para o crescimento
pessoal e aprimoramento das
práticas sociais;
Aspectos relevantes no
Desenvolvimento Humano;
Impacto na formação profissional.
Processo de interação cotidiano e
troca de experiências
• interação e relacionamento com
os colegas;
•Oportunidades vivenciais
proporcionadas pelo curso;
•Necessidade e importância da
troca de experiências.
• Com o orientador;
Construção do sentido
comum da realidade Construção do sentido
comum da realidade
• Impacto pessoal e acadêmico.
Bloco de intenção
Investigativa
(questionamentos)
RELAÇÃO INTRACURSO
A realidade objetiva é resultado
da exteriorização da realidade
pessoal e da interiorização da
realidade social – processo
dialético e socializador.
A realidade objetiva é resultado
de ações e papéis tipificados e que
possibilitam aos sujeitos nela
viverem de forma ordenada e
acessível.
A realidade objetiva é produto
da troca interativa entre
pessoas, sistemas e contextos
imediatos e não imediatos. É
construído lado a lado com o
outro.
A realidade objetiva estará sempre
em construção e se constitui num
movimento adaptativo para a
interpretação dos fatos, ocorridos
no mundo de vida (ESPÍNDOLA,
2012).
O mundo em que nascemos e vivemos no cotidiano é, desde o princípio um
mundo intersubjetivo (CALDAS, 2009, p. 139).
Partilhamento do
mundo dos
mestrandos 2010
A construção do
sentido comum de
realidade
Pesquisa Interdisciplinar e Atitude
Interdisciplinar encontram convergência na
dimensão do saber ser interdisciplinar.
A movimentação das matrioskas, da
mais externa para a mais interior é
semelhante ao movimento de
construção da pesquisa
o olhar para si
A quinta matrioska:
À beira do rio
18 Migração de peixes em Bonaire. Vídeo de de rrokab. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=YGrEhQQm2rA&hd=1
O movimento de busca pelo
autoconhecimento imprescindível
para o conhecimento do outro.
O movimento de busca da
interioridade com a profunda
penetração no conhecimento
interior.
O movimento do exercício do
rompimento corajoso, com o que está
guardado e nunca esquecido.
O movimento da constante busca
pelo pensamento em abertura,
enriquecido com a troca e o
diálogo e que permite alcançar o
olhar que não se mostra.
O caminho da
pesquisadora
O caminho dos
pesquisados
Caminhando
com
a
Interdisciplinaridade
Da persistente e prazerosa
docência universitária.
Da prática social comprometida
em instituições filantrópicas.
Da participação política e do
exercício de mandatos eletivos.
Da vivência comunitária em
instâncias consultivas,
deliberativas, associativas e
recreativas.
Dos grupos
associativos Da Família
O caminho da Pesquisadora
Dos clubes de serviços Da Escola
Da coordenação da Fundação
Universitária e Secretaria de
Governo Municipal.
De onde vim?
Para tornar-me no
que hoje sou!
Porque vim?
19;20
19 Autoria de Odila Amélia Veiga França
20 Fundo Musical – A day without rain – Enya (do álbum A day without rain - Warner Music, 2000)
• Para uma volta reflexiva e busca
persistente de mim mesmo;
• Para construção do
conhecimento e afastamento da
ignorância.
• Para a procura do saber que não
sabemos e alargamento do
campo epistemológico;
• Para o movimento de abertura e
disponibilidade à construção de
novo conhecimento.
• Para aprender comigo mesma e
entender a necessidade de dar
significado a novas vivências;
• Para desempenho de práticas
políticas e transformadoras.
• Para o compartilhamento do
conhecimento construído e
eticamente aprimorado;
• Para aprendizagem da vivência
intersetorial que mobiliza
saberes interdisciplinares.
O caminho da Pesquisadora
GEPI GEPI
Porque vim?
E lá fui...
e
Cá estou.
Disse-me a interdisciplinaridade:
- O importante é o “saber ser”, “saber viver”;
Como vivendo juntas, você ainda não aprendeu ou praticou essa máxima?
- Olho, vejo, penso.
A minha volta tudo está vazio.
As pessoas me parecem anônimas,
Sem faces e sem expressões.
O mundo está inerte.
Sem movimento - nem o das folhas de outono.
Tudo é cinzento, esfumaçado,
Sinto-me na Caverna de Platão
Então eu disse:
Diálogo com a interdisciplinaridade
Então a interdisciplinaridade rapidamente retrucou:
- Não! Não existe arma mais forte do que a vontade e o
amor.
Siga para dentro de si.
Vá fundo, reflita e leia o que diz sua alma,
E você achará o significado do seu tempo,
Aquele que só reside em você.
A interdisciplinaridade logo concluiu:
- Mobilize sua consciência
Ponha-a na ação e em ação.
Descerre e desvele os véus desse mundo entorpecido.
Reorganize os valores, conceitos e crenças que sustentam
seu existir.
Aprume-se!
Apresse-se! O tempo voa.
Olhe em frente, e para todos os cantos.
Para os lados e para trás,
E para aquilo que objetivamente você vivencia e vê,
E para aquilo que subjetivamente está em sua alma.
Então resolvi:
Andar à beira do rio
Para sentir e partilhar da felicidade dos peixes.
E fiz-me para sempre interdisciplinar.
Então eu perguntei:
- Como chegar lá, bem perto de minhas emoções,
Do meu mundo interior e de meu estado de espírito?
É e sempre será o produto do
renascer das cinzas, sem perder
nada daquilo que se foi. O que se foi,
será sempre reaproveitado.
A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO
É FÊNIX
21 Vídeo da Fênix desenvolvido pelo Professor Felipe Piccina para Marilda Prado Yamamoto.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Microssistema (sala de aula) e cronossistema. X
Y
PropostadoMestradoemDesenvolvimentoHumano:Formação,
PolíticasePráticasSociais
Interdisciplinaridade
e
Desenvolvimento Humano
UNIVERSO DAS RELAÇÕES
COTIDIANAS
UNIVERSO DAS RELAÇÕES
PARTILHADAS
UNIVERSO DAS RELAÇÕES OBJETIVAS E
SUBJETIVAS
REPRESENTAÇÃO DO GAP ENTRE EXPECTATIVA ESPERADA E EXPECTATIVA CONCRETIZADA –
MESTRADO EM DESENVOLVIMENTO HUMANO: FORMAÇÃO, POLÍTICAS E PRÁTICAS SOCIAIS
UNIVERSO DA
PRÁTICA COTIDIANA
Fonte: Adaptado a partir do modelo de Ienaga (1998). In: Revista de Administração de Empresas, p. 11, v. 41, n 1, jan/mar, 2001 e
BRONFENBRENNER, 1996; FAZENDA, 2001; BERGER; LUCKMANN, 2009; GERGEN; GERGERN, 2010; SCHUTZ, 2012.
G
A
P
Fonte: Adaptado a partir do modelo de Ienaga (1998). In: Revista de Administração de Empresas, p. 11, v. 41, n 1, jan/mar, 2001 e
FAZENDA, 2001; TARDIF, 2002; BERGER; LUCKMANN, 2009; GERGEN; GERGERN, 2010; SCHUTZ, 2012.
G
A
P
Microssistema (sala de aula) e cronossistema. X
Y
PropostadoMestradoemDesenvolvimentoHumano:Formação,
PolíticasePráticasSociais
UNIVERSO DAS RELAÇÕES
COTIDIANAS
UNIVERSO DAS RELAÇÕES
PARTILHADAS
UNIVERSO DAS RELAÇÕES OBJETIVAS E
SUBJETIVAS
REPRESENTAÇÃO DOS FATORES DE DISSONÂNCIA ENTRE EXPECTATIVA ESPERADA E EXPECTATIVA CONCRETIZADA
– MESTRADO EM DESENVOLVIMENTO HUMANO: FORMAÇÃO, POLÍTICAS E PRÁTICAS SOCIAIS
UNIVERSO DA
PRÁTICA COTIDIANA
Ação
Ação
Fatoresem
movimento
Desestímulo à
continuidade dos
estudos.
Desordenamento
curricular
Afastamento dos
colegas na elaboração
da dissertação.
Necessidade da
intensificação de
trocas de
experiências.
Relações de poder
desconfortáveis.
Estímulo à competição
acadêmica
Revisão continuada
da proposta
interdisciplinar e
gestão do conteúdo
disciplinar.
Fatoresdedissonânciaapontadasapartirda
percepçãodosmestrandos2010
Falta de diretriz na
orientação dissertativa.
Orientação
ambivalente.
Parte administrativa
muito confusa.
UNIVERSO DA
PRÁTICA
Movimento
Interdisciplinar
Alteridade
X
Y
PropostadoMestradoemDesenvolvimentoHumano:Formação,Políticas
ePráticasSociais
Comprometimento
Envolvimento
Parceria
Diálogo
Ação
Ação
Aproximação
progressiva
UNIVERSO DAS RELAÇÕES
COTIDIANAS
UNIVERSO DAS RELAÇÕES
PARTILHADAS
UNIVERSO DAS RELAÇÕES OBJETIVAS E
SUBJETIVAS
Espera vigiada
Escuta sensível
Humildade
Cumplicidade
Reciprocidade
Microssistema (sala de aula) e cronossistema.
REPRESENTAÇÃO DAS APROXIMAÇÕES ENTRE A EXPECTATIVA ESPERADA E A EXPECTATIVA CONCRETIZADA – MOVIMENTO
INTERDISCIPLINAR. MESTRADO EM DESENVOLVIMENTO HUMANO: FORMAÇÃO, POLÍTICAS E PRÁTICAS SOCIAIS
Expectativasesperadaseconcretizadasconstruídasprogressivamenteapartirdapercepçãodos
mestrandos2010–Movimentointerdisciplinar
Fonte: Adaptado a partir do modelo de Ienaga (1998). In: Revista de Administração de Empresas, p. 11, v. 41, n 1, jan/mar, 2001 e FAZENDA,
2001, BERGER; LUCKMANN, 2009; GERGEN; GERGEN, 2010; SCHUTZ, 2012.
Microssistema (sala de aula) e cronossistema. X
Y
ExpectativassobreapropostadoMestradoemDesenvolvimento
Humano:Formação,PolíticasePráticasSociais
UNIVERSO DAS RELAÇÕES
COTIDIANAS
UNIVERSO DAS RELAÇÕES
PARTILHADAS
UNIVERSO DAS RELAÇÕES OBJETIVAS E
SUBJETIVAS
REPRESENTAÇÃO DOS FATORES DE CONVERGÊNCIA ENTRE EXPECTATIVA ESPERADA E EXPECTATIVA
CONCRETIZADA – MESTRADO EM DESENVOLVIMENTO HUMANO: FORMAÇÃO, POLÍTICAS E PRÁTICAS SOCIAIS
UNIVERSO DA
PRÁTICA COTIDIANA
Fonte: Adaptado a partir do modelo de Ienaga (1998). In: Revista de Administração de Empresas, p. 11, v. 41, n 1, jan/mar, 2001 e FAZENDA,
2001, BERGER, LUCKMANN, 2009; GERGEN, GERGEN, 2010, SCHUTZ, 2012.
Ação
Ação
Fatoresem
movimento
Intensificação das
relações interativas
com pessoas e
grupos.
Formação de
pesquisadores
Valorização dos
conhecimentos
próprios.
Relação com
contextos
socializadores e
construção
identitária.
Formação
continuada.
Ressignificação
das práticas
sociais e
profissionais.
Valorização do
mestrando como
interlocutor
principal do
conhecimento.
Fatoresdeconvergênciaapontadasapartirdapercepção
dosmestrandos2010
Docência como escolha
profissional.
Experiência dos mestrandos:
sentido e significado das histórias
de vida.
Solidificação
deamizades.
Relacionamento
participativo na
apresentação
de trabalhos e
seminários.
União da teoria
com a prática.
Afetividade
presença
fundamental do
orientador.
Crescimento
pessoal e
profissional
Formação e auto-
formação
Fonte: Adaptado a partir do modelo de Ienaga (1998). In: Revista de Administração de Empresas, p. 11, v. 41, n 1, jan/mar, 2001 e
BRONFENBRENNER, 1996; FAZENDA, 2001.
UNIVERSO DAS RELAÇÕES
PARTILHADAS
UNIVERSO DAS RELAÇÕES COTIDIANAS
Microssistema (sala de aula) e cronossistema. X
Y UNIVERSO EPISTEMOLÓGICO INTERDISCIPLINARIDADE
Categoria de ação
REPRESENTAÇÃO DO UNIVERSO EPISTEMOLÓGICO – MESTRADO EM DESENVOLVIMENTO HUMANO:
FORMAÇÃO, POLÍTICAS E PRÁTICAS SOCIAIS
UNIVERSO DA
PRÁTICA COTIDIANA
Articulação da
Teoria e Prática
A sociedade é realidade objetiva,
subjetiva e interiorizada. A pessoa é
produto deste contexto por meio de
processos socializadores no tempo de
sua existência;
O Desenvolvimento Humano é
produto e processo, por meio do qual
a pessoa desenvolvente adquire uma
concepção mais ampliada das
possibilidades do contexto, no tempo
em que vive;
O desafio para as pessoas e para o
tempo futuro e à construção
partilhada de processos de relações
colaborativas que possam melhorar o
contexto no qual vivem;
Articulação da
Teoria e Prática
Coerência
Humildade
Espera
Desapego
Intensificação das trocas de experiências
(período acadêmico e elaboração da
dissertação);
Reordenação curricular com a inclusão de
contato semanal durante o período de
elaboração da dissertação;
Diálogo entre as linhas de pesquisa para
preservar a visão de totalidade do
conhecimento;
Criação de grupos de pesquisa para
interação produtiva entre alunos e ex-
alunos;
Revisão das relações de poder nos
processos avaliativos, incorporando o
sentido interdisciplinar emancipatório;
Mediação dos alunos como interlocutores
da percepção da realidade do curso
considerando suas sugestões como feedback
produtivo.
mobilização
Coerência
Humildade
Espera
Desapego
PropostadoMestradoemDesenvolvimentoHumano:Formação,
PolíticasePráticasSociais
Sugestõesdosmestrandos2010paraaperfeiçoamentodocursodeMestrado
emDesenvolvimentoHumano:Formação,PolíticasePráticasSociais
UNIVERSO DAS RELAÇÕES
PARTILHADAS
UNIVERSO DAS RELAÇÕES
COTIDIANAS
CONTINUA
Micro, meso, exo, macrossistema e cronossistema. X
Y
UNIVERSO EPISTEMOLÓGICO UNIVERSO METODOLÓGICO
TEORIA BIOECOLÓGICA DE DESENVOLVIMENTO HUMANO E PROPOSTA DO CURSO DE MESTRADO EM
DESENVOLVIMENTO HUMANO: FORMAÇÃO, POLÍTICAS E PRÁTICAS SOCIAIS
UNIVERSO
EPISTEMOLÓGICO
Fonte: Adaptado a partir do modelo de Ienaga (1998). In: Revista de Administração de Empresas, p. 11, v. 41, n 1, jan/mar, 2001 e
BRONFENBRENNER, 1996, 2011.
Desenvolvimento Humano é processo que resulta da
mutualidade da relação entre pessoas e seus contextos
significativos imediatos e não imediatos durante o tempo
existencial;
Desenvolvimento Humano é processo constante e
contínuo onde a pessoa é concebida como um ser
desenvolvente, produto das distinções culturais do
contexto no tempo de sua vida;
Desenvolvimento Humano é processo dialético de
estabilidade e mudança onde pessoas passam por
transições ecológicas, nos contextos onde vivem
incorporando distinções temporais.
TRAJETÓRIA PESSOAL
 Identidade pessoal;
 Inserção acadêmica;
 Inserção profissional;
 Inserção prática.
Reorganização
Re-equilibrio
homeostático
PropostadoMestradoemDesenvolvimentoHumano:Formação,
PolíticasePráticasSociais
HISTÓRIA DE VIDA
 mestrandos e pesquisadora.
TRAJETÓRIA PESSOAL
 Identidade pessoal;
 Inserção acadêmica;
 Inserção profissional;
 Inserção prática.
HISTÓRIA DE VIDA
 mestrandos e pesquisadora.
ATIVIDADES CONJUNTAS
 Reciprocidade;
 Equilíbrio de poder;
 Afetividade.
OBSERVACIONAL
PRIMÁRIA
ATIVIDADES CONJUNTAS
ATIVIDADES RECÍPROCAS
ATIVIDADES AFETIVAS
Impacto desenvolvimental
Aprendizagem observacional
Díades
Díadesdesenvolvimentais
Micro, meso, exo, macrossistema e cronossistema. X
Y
UNIVERSO EPISTEMOLÓGICO UNIVERSO METODOLÓGICO
TEORIA BIOECOLÓGICA DE DESENVOLVIMENTO HUMANO E PROPOSTA DO CURSO DE MESTRADO EM
DESENVOLVIMENTO HUMANO: FORMAÇÃO, POLÍTICAS E PRÁTICAS SOCIAIS
UNIVERSO DA PRÁTICA
COTIDIANA
Fonte: Adaptado a partir do modelo de Ienaga (1998). In: Revista de Administração de Empresas, p. 11, v. 41, n 1, jan/mar, 2001 e
BRONFENBRENNER, 1996, 2011.
Díade observacional – no contexto
cotidiano de sala de aula entre
professores, alunos e
pesquisadora;
TRAJETÓRIA PESSOAL
Identidade pessoal;
Inserção acadêmica;
Inserção profissional;
Inserção prática.
Reorganização
Reequilibrio
homeostático
PropostadoMestradoemDesenvolvimentoHumano:Formação,
PolíticasePráticasSociais
HISTÓRIA DE VIDA
 mestrandos e pesquisadora.
TRAJETÓRIA PESSOAL
Identidade pessoal;
Inserção acadêmica;
Inserção profissional;
Inserção prática.
PRIMÁRIA
Díade de atividade conjunta:
Nas trocas afetivas de pares
interativos;
Na abordagem de conflitos e
equilíbrio de poder;
Na reciprocidade de trocas
acadêmicas objetivas e
intersubjetivas;.
Díade primária – na manutenção
do grau de compartilhamento pós-
curso.
Aprendizagem observacional –
pelo partilhamento de atividades
comuns permeadas por intensa
afetividade: trabalhos em grupo,
seminários de pesquisa, relações
de poder e competição,
participação em qualificação e
defesa de tese acadêmica.
Impactodesenvovimentalerelacionamentopositivonoengajamento
deatividadesprogressivamentecomplexasnocursodeMestradoem
DesenvolvimentoHumano:Formação,PolíticasePráticasSociais
ATIVIDADES CONJUNTAS
 Reciprocidade;
 Equilíbrio de poder;
 Afetividade.
OBSERVACIONAL
ATIVIDADES CONJUNTAS
ATIVIDADES RECÍPROCAS
ATIVIDADES AFETIVAS
Impacto desenvolvimental
Aprendizagem observacional
Díades Desenvolvimentais
HISTÓRIA DE VIDA
 mestrandos e pesquisadora.
O novo tempo pede que sejamos educadores (pesquisadores)
de coração grande. De coração humano muito grande (para
que as pesquisas estejam voltadas para a relevância do
benefício coletivo). De coração humano e complexo (para
detectar as contradições da realidade). Isso exige capacidade
de aventura (de ousadia interdisciplinar), de regeneração (de
construir o novo a partir do já conhecido, estabilizado e
depurado). Capacidade de morrer (determinar a morte às
verdades absolutas) e renascer (para o crescimento
permanente a partir da provisoriedade da verdade) (p. 171).
E parafraseando Edgar Morin, retomado por Santos Neto (2002):
22 Nuvem. Disponível em: http://www.olhar-43.net/nuvem-coracao-imagens-fofas-para-tumblr-we-heart-it-etc/
23 Fundo Musical – Across the iron river – Andreas Vollenweider (do álbum promocional de Merck Laboratórios - New Age – Sony Music, 1996)
O Mito da caverna.
Vídeo de Rodrigo Freire .
Disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=Rft3s0bGi78&hd=1
O mito da Caverna continua atual
e se faz presente
em vários setores da atividade
humana. A ciência tem o
poder de retirar mais gente da Caverna
(CHIZZOTTI, 2010).
Marilda Prado Yamamoto
2013
É a ousadia da pesquisa e dos pesquisadores
interdisciplinares que pode mostrar para muitos o
mundo real fora da caverna
A pesquisa é um esforço intencional para expressar
descobertas e contradições que aparecem nas
diversas formas de compreender a realidade,
contribuindo para agregação de valores humanos e
éticos.

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  • 1.
  • 2. PONTÍFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC - SP Marilda Prado Yamamoto A PRÁTICA INTERDISCIPLINAR NO MESTRADO ACADÊMICO: IMPLICAÇÕES NO DESENVOLVIMENTO PESSOAL E PROFISSIONAL DOS ESTUDANTES SÃO PAULO 2013 DOUTORADO EM EDUCAÇÃO:CURRÍCULO
  • 3. Tese apresentada a Orientadora Profa. Dra. Ivani Catarina Arantes Fazenda e à Banca de Defesa para obtenção do título de Doutora em Educação: Currículo PONTÍFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO 2013 PUC - SP
  • 4. Os fatos são o ar do cientista. Sem eles nunca podeis voar. Sem eles, vossas ‘teorias’ são vãos esforços. Quer aprendendo, experimentando, observando, tentai não permanecer na superfície dos fatos. Não vos torneis arquivistas de fatos. Tentai penetrar o segredo de sua ocorrência, buscai com persistência as leis que os governam 1(Ivan Petrovich Pavlov – Conselho aos estudantes de Ciências, escrito aos 27 de fevereiro de 1936, pouco antes de sua morte aos 87 anos) (WOLFF, 1967, p. 05) A PRÁTICA INTERDISCIPLINAR NO MESTRADO ACADÊMICO: IMPLICAÇÕES NO DESENVOLVIMENTO PESSOAL E PROFISSIONAL DOS ESTUDANTES 1
  • 5. ESTRUTURA DO TRABALHO A escolha das metáforas: Imaginação criativa As Matrioskas O olhar em camadas Interconexão sistêmica entre os níveis contextuais vivenciadas pelo pesquisador e sujeitos de pesquisa Interconexão entre diferentes olhares – o olhar ampliado sobre o fenômeno investigativo Ousadia do Fazer Interdisciplinar continua
  • 6. A utilização de metáforas tem o sentido de dizer de uma forma nova, algo novo sobre a realidade (FAZENDA, 2003) Pensar mais sob a condição do princípio vivificante é que constitui a “alma da interpretação” (RICOEUR, 1983, p. 459 – grifos do autor). Ousadia do Fazer Interdisciplinar
  • 7. A escolha das metáforas: Representação criativa 1ª matrioska O olhar indagativo: Descerrando os véus 2ª matrioska A cumplicidade do olhar: Interdisciplinaridade e DH 3ª matrioska O olhar de confiabilidade: Um olhar não olhado 4ª matrioska O olhar compartilhado: O encontro de olhares 5ª matrioska O olhar para si: A Beira do Rio Matrioska Sistêmica E o olhar interdisciplinar O enigma do discurso metafórico é, algo que parece, poder inventar no duplo sentido da palavra: o que ela cria, descobre-o, o que ela encontra, inventa-o (RICOEUR, 1983, p. 357.
  • 8. CARACTERÍSTICAS DA INVESTIGAÇÃO • Não convencional; • Pesquisador e pesquisados constituem o grupo pesquisador (GAUTHIER, 2004); • Pesquisador e pesquisados são interlocutores parceiros da investigação; • Dialogicidade privilegia os participantes e alarga o campo conceitual; • Compreensão do papel fundamental da pesquisa; • Mudança de concepção na construção do conhecimento; A ciência pós-moderna sabe que nenhuma forma de conhecimento é em si mesma racional: só a configuração de todas elas é racional (SANTOS, 1996, p. 55) continua
  • 9. “O homem da ciência que estuda fatos físicos, biológicos ou sociais não poderá aceitar a condição de simples recebedor de métodos fabricados por especialistas em disciplinas filosóficas abstratas, “lógicas”, mas deve sentir-se capacitado a entender que a ele incumbe a descoberta das inovações metodológicas pela razão muito simples de que é ele no trabalho efetivo, que percebe as deficiências dos instrumentos teóricos de análise e interpretação de que dispõe e se acha motivado para conceber outros, ensaiá- los, aplicá-los e recolher os resultados dessa tentativa (PINTO, 1969, p. 388-389).
  • 10. QUAL A MISSÃO DO PESQUISADOR INTERDISCIPLINAR? O pesquisador interdisciplinar descobre pedras valiosas em sua pesquisa, pedras raras que surgem “na medida do interesse específico do individuo que pesquisa” (FAZENDA, 2003, p. 18). O pesquisador interdisciplinar reconhece a exigência de um novo compromisso epistemológico. No universo dos fenômenos sociais e humanos, os obstáculos só podem ser vencidos na medida que se compreende que as grandes questões que dominam hoje o conhecimento não são disciplinares e sim temáticas.
  • 11. HIPÓTESE DA INVESTIGAÇÃO O Curso de Mestrado em Desenvolvimento Humano: Formação, Políticas e Práticas Sociais mexeu com as estruturas internas dos mestrandos 2010? O que representou esse movimento para o desenvolvimento pessoal e profissional desses mestrandos?
  • 12. Se a realidade compartilhada e construída no cotidiano vivenciado, e as expectativas esperadas foram concretizadas para o desenvolvimento pessoal e profissional dos mestrandos 2010. Qual a resposta que a interpretação de dados procura compreender?
  • 13. QUESTÕES FUNDAMENTAIS DE INVESTIGAÇÃO Qual a contribuição do Mestrado em Desenvolvimento Humano: Formação, Políticas e Práticas Sociais para o desenvolvimento pessoal e profissional dos mestrandos? Qual a percepção dos mestrandos do ponto de vista dos relacionamentos estabelecidos?
  • 14. FONTES DA INVESTIGAÇÃO • Plano de Desenvolvimento Institucional; • Plano de curso do Mestrado Acadêmico em Desenvolvimento Humano: Formação, Políticas e Práticas Sociais; • Histórias de vida em memoriais autobiográficos; • Fala dos mestrandos captadas no convívio cotidiano em sala de aula; • Questionário com questões abertas.
  • 15. OS SUJEITOS DE PESQUISA Os sujeitos de pesquisa são os alunos do Mestrado em Desenvolvimento Humano: Formação, Políticas e Práticas Sociais, que ingressaram no Programa de Pós Graduação no ano de 2010. Do dezenove mestrandos matriculados, quatro não depositaram os volumes de suas dissertações, solicitando prorrogação do prazo e um trancou a matrícula. Contribuíram com esta pesquisa catorze destes, denominados mestrandos 2010. Caracterização As dissertações tiveram os seguintes focos: • 06 área de Educação; • 01 área de saúde (enfermagem) • 01 área da psicologia; • 02 área de Políticas Públicas; • 02 área do Serviço Social; • 02 sistemas organizacionais próprios das empresas. 74% 26% Dissertações Volumes Depositados Volumes não depositados 43% 7%7% 15% 14% 14% Dissertações (Focos diversificados) Educação Saúde Psicologia PolíticasPúblicas ServiçoSocial Sitemas Organizacion continua
  • 16. Caracterização Especialização dos mestrandos 2010: • 02 (dois) são pedagogos; • 02 (dois) são licenciados em Educação Física; • 02 (dois) são assistentes sociais; • 04 (quatro) são psicólogos; • 01 (um) é licenciado em Filosofia; • 01 (um) é bacharel em Ciências Contábeis; • 01 (um) é engenheiro; • 01 (um) é enfermeiro. Campo de trabalho dos mestrandos 2010: • 06 (seis) trabalham na área da educação; • 02 (dois) em obras assistenciais; • 03 (três) na área empresarial; • 03 (três) em prefeituras municipais . 15% 14% 14% 29% 7% 7% 7% 7% Especialização Pedagogos Licenciados em Educação Física Assistentes Sociais Psicólogos Licenciado em Filosofia Bacharel em Ciências Contábeis Engenheiro Enfermeiro 20% 20% 20% 40% Campo de Trabalho Área da Educação Obras Assistenciais Área Empresarial Prefeituras Municipais OS SUJEITOS DE PESQUISA
  • 17. • O contexto de investigação é o microssistema, onde se alicerçam as atividades proximais ou aquelas nas quais um comportamento continuado é percebido, como tendo significação pelos participantes do ambiente; CONTEXTO DE INVESTIGAÇÃO • Esta zona contém o mundo que se acha ao meu alcance, um mundo em que atuo, a fim de modificar a realidade dele, o mundo em que trabalho” (BERGER; LUCKMANN, 2009, p. 38- 39). Um fenômeno pode ser muitas coisas ao mesmo tempo, a pesquisa e o foco dado a ela que decomporá as diferentes dimensões que o fenômeno contém.
  • 18. Perspectiva Qualitativa • A fonte de investigação é o microssistema cotidiano onde foram recolhidos os dados que dão suporte à investigação: fala dos alunos, narrativas em memoriais e respostas a questionário sobre o percurso vivenciado. • O interesse predominante é pelo processo de construção do sentido partilhado da realidade; • A atuação do pesquisador é participativa e produz observações que servem de base à interpretação de dados segundo sua perspectiva ou pontos de vista. NATUREZA DA INVESTIGAÇÃO
  • 19. Perspectiva Quantitativa: • A quantidade de aspectos trazidos na narrativa dos memoriais propiciaram o tratamento de dados pelo Software ALCESTE – Análise Lexical por Contexto de um Conjunto de Segmentos do Texto; • O tratamento da investigação na perspectiva “quali/quanti” está voltado para a compreensão da interconexão entre conceitos de realidades múltiplas recolhidas no cotidiano da investigação. Utilização conjunta de abordagem qualitativa e quantitativa. NATUREZA DA INVESTIGAÇÃO
  • 20. Contexto teórico: Pesquisa “quali/quanti” 2 Nuvem de palavras originada a partir do software ALCESTE no aplicativo Wordle 2
  • 21. QUAL A RELEVÂNCIA DA INVESTIGAÇÃO PARA A PESQUISADORA E PESQUISADOS? Contribuir para o avanço do conhecimento relativo a interdisciplinaridade e suas possíveis aplicações na formação em Desenvolvimento Humano. Contribuir para aperfeiçoamento dos estudos de práticas interdisciplinares, em um curso de Mestrado que se propõe interdisciplinar no seu tratamento metodológico. Analisar o indispensável engajamento no trabalho conjunto, tendo como fundamento a concepção da sociedade como produção humana e o conhecimento como construção social. Possibilitar a retomada individual do percurso existencial dos mestrandos 2010 e da pesquisadora, por meio de histórias de vida que contribuem para o autoconhecimento e desenvolvimento pessoal e profissional.
  • 22. QUAL A RELEVÂNCIA DA INVESTIGAÇÃO PARA OS ESTUDOS ACADÊMICOS? Um novo olhar, sobre o avanço do conhecimento relativo a interdisciplinaridade e suas aplicações na formação e no desenvolvimento humano.
  • 23. LÓGICAS INTERDISCIPLINARES LÓGICA FRANCESA LÓGICA ANGLO-SAXONICA LÓGICA BRASILEIRA Relevância epistemológica e conceitual Saber / Saber Relevância prática e instrumental Saber / Fazer Relevância na pessoa e na reflexão do agir humano Saber / Ser A investigação privilegia a lógica brasileira de Fazenda – O saber Ser. 8 LENOIR, 2005/2006 8
  • 24. Metodologia Inserção ecológica – Modelo PPCT Pesquisador e pesquisado movimentam-se em direção à investigação interdisciplinar no mestrado acadêmico. Os temas abordados são de interesse do pesquisador e pesquisado pois tratam das histórias de vida e a forma como se dá o desenvolvimento inserido no contexto em estudo (PRATI et al, 2008, p. 64) Convívio prolongado entre pesquisador e pesquisado (sala de aula, seminários de pesquisa, bancas de qualificação, defesa de dissertação, encontros informais). Interesse persistente no acompanhamento do andamento da pesquisa e respectiva interpretação dos dados. Fortalecimento de vínculos proporcionados pelos processos proximais estabelecidos no convívio acadêmico. Pilares Metodológicos 3 3 CECCONELLO; KOLLER (2003).
  • 25. A indagativo olhar o matrioska: primeira 4 Vídeos das Matrioskas desenvolvido s pelo Professor Felipe Piccina para Marilda Prado Yamamoto .
  • 26.
  • 27. As Grandes Áreas de Concentração e as Linhas de Pesquisa. Mestrado em Desenvolvimento Humano: Formação, Políticas e Práticas Sociais 5 Quadro adaptado a partir das considerações de CHAMON et al (2009). 5 Desenvolvimento Humano (Produto e Processo)
  • 28. O Mestrado em Desenvolvimento Humano: Formação, Políticas e Práticas Sociais tem como finalidade o próprio desenvolvimento dos sujeitos que nele convivem e para eles destinam seus processos formativos e projetos de pesquisas, aprimorando competências para agir nas políticas de promoção e intervenção social nos contextos formativos e informativos em comunidades de prática e ambientes não escolares.
  • 29. FUNDAMENTOS EPISTEMOLÓGICOS E METODOLÓGICOS DAS LINHAS DE PESQUISA AVALIAR: COMPREENDER: INVESTIGAR: • Políticas Públicas; • Instâncias reguladoras; • Implementação de direitos sociais para o exercício da cidadania. a influência da formação na: • Construção das identidades; • Construção de representações sociais. 1 2 3 EPISTEMOLOGIA • Formas de aprendizagem; • Práticas de formação mediadas pelo trabalho, saúde e doença; • Rede de relação e práticas sociais. METODOLOGIA • Pesquisa quantitativa (questionário, escalas); • Pesquisa qualitativa: diários de formação, entrevistas, grupo focal, tratamentos computacionais e sociogramas. • Ambientes imediatos e distantes; • Contextos da formação. DH 7 Identificação por algarismos arábicos das propostas temáticas da linha de pesquisa 6 Proposta do mestrado acadêmico Interdisciplinar (CHAMON et al, 2009, p. 14-15) 6 7
  • 30. Do fazer Interdisciplinar Para o pensar PROPOSTA INTERDISCIPLINAR prática da tolerância diferentes olhares afastamento da arrogância É preciso do olhar do outro para o aproximar da totalidade do conhecimento Reorientação para agregação de valores éticos e humanos para o desenvolvimento humano. MOVIMENTO INTERDISCIPLINAR
  • 31. MOVIMENTO INTERDISCIPLINAR Desvendar novos saberes Redimensionar o Já conhecido Posicionamento Pró-ativo Alargamento do Campo conceitual Desafios Dialogicidade Escuta sensível Espera vigiada Parceria Humildade Alteridade Cumplicidade Envolvimento Comprometimento Reciprocidade
  • 32. Construção de forma persistente e continuada para o desenvolvimento pessoal e profissional do pesquisador e pesquisados. O MUNDO FISIONÔMICO Com o quê? ENCANTOS DESENCANTOS De que forma? COM O SEU JEITO PRÓPRIO DE SER O que dele flui? INDAGAÇÕES CUMPLICIDADES COMPARTILHAMENTOS Do que? • de expectativas Para que? • de sentimentos 8 Imagem mundo fisionômico. Disponível em: http://ipco.org.br/ipco/acao/plinio-correa-de-oliveira/o-problema-dos-4-irmaos#.UmhRiHDDxOI 8
  • 33. Processo Pessoa Contexto Decorrente de Relação interpessoal Dimensão humana e social Espaços formativos e informativos Tempo Específico do curso Compreensão do indivíduo em seus ambientes Interativos: família, escola, trabalho, trocando relações complexas 9 Teoria Bioecológica do Desenvolvimento Humano de Brofenbrenner (1996,2011). Organização das atividades de pesquisa 8
  • 34. É o tempo do movimento do aprender, que leva ao cruzamento das fronteiras, do conhecimento para assumir o espaço do “entre”, do “vazio” entre uma disciplina e outra. Construir um diálogo e criar um novo saber, um novo fazer, contendo a dimensão criativa do tempo vivido (QUELUZ, 2001, p. 141). QUAL O TEMPO DA PESQUISA INTERDISCIPLINAR?
  • 35. A segunda matrioska: Interdisciplinaridade a cumplicidade do olhar e Desenvolvimento Humano
  • 36.
  • 37. Novo compromisso epistemológico da interdisciplinaridade Respeito ao ponto de vista de diferentes especialistas Valorização do conhecimento das pessoas Interlocução e diálogo entre diferentes áreas do conhecimento Compreensão da provisoriedade do conhecimento A unicidade do conhecimento e a construção de um paradigma integrador sistêmico Reflexão sobre diferentes aspectos da verdade, revelados por diferentes pontos de vista Construção do conhecimento novo - “Tornar novo o velho” (FAZENDA, 2003, p. 82) O saber pensar Ênfases Ênfases
  • 38. Novo compromisso epistemológico de interdisciplinaridade O pesquisador é o locutor. Os interlocutores são os próprios pesquisados O conhecimento é revelado na interlocução entre pesquisador e pesquisado Partilhamento de conhecimento e experiências versadas no respeito mútuo e reciprocidade; Relações cotidianas no microssistema estáveis e significativas Proximidade do pesquisador com o universo investigativo: história de vida da pesquisadora e dos pesquisados Pesquisador e pesquisado são “pesquisadores de si mesmo” Resgate da memória do pesquisador coloca o curso da pesquisa na dimensão interdisciplinar Relação Pesquisador - Pesquisado O saber ser Ênfases Ênfases
  • 39. Novo compromisso epistemológico de interdisciplinaridade Partilhamento de novas e velhas ações Trazer à reflexão diferentes aspectos da verdade – Desconstrução conceitual Esforço intencional para expressar descobertas e contradições na compreensão da realidade Funcionamento das coisas é mais importante que os agentes que as determinam Revelação do mundo significativo para a vida Diálogo intenso entre objetividade e subjetividade que questiona o que é conhecimento e onde ele está? Processo O saber fazer Ênfases Ênfases
  • 40. O que se compreende por interdisciplinaridade? É atitude de ousadia e busca frente ao conhecimento e principalmente a construção do conhecimento novo (FAZENDA, 2008, p. 7)
  • 41. Quando ouço que não sabemos o que é interdisciplinaridade eu me preocupo. Sabemos o que é e o que não é. Não sabemos tudo porque não existe verdade absoluta. Mas sabemos. Como não sabermos? A procura é contínua e eminente, mas neste momento com o que sabemos a interdisciplinaridade é prática e propicia metodologias práticas (FAZENDA, 2002). 10 Colocação feita em sala de aula, sistematizada em registros de memória em 06 de novembro de 2002 – PUC/SP. 10
  • 42. RESPEITO • Próprio • Com os outros Olhar em camadas: • Sobre si mesmo; • Sobre o outro; • Sobre o objeto; • Sobre o contexto; • Sobre o cotidiano. Coerência Humildade Fio condutor • Compartilhamento harmônico, entre os acontecimentos do fenômeno investigativo para sua conexão lógica. • Abertura e respeito ao olhar do outro. • Reconhecimento da pessoa diante de si mesma e diante do contexto social. Desapego • Desvinvculamento das certezas absolutas e referencias estabilizadas, permitindo-se à incorporação de novos olhares e pontos de vista para a construção do conhecimento novo. Espera • Movimento de maturação permanente que incita à atitude de alerta (espera vigiada); • Incursão detalhada às conexões relacionais do universo rodeante para novas possibilidades de ser, pensar e fazer. Reconhecimento da dignidade e da autonomia pessoal é imperativo ético Reconhecimento do desenvolvimento pessoal e profissional é imperativo ético Atitude Interdisciplinar Categoria de ação
  • 43. Desafios : Teóricos, Pessoais e Metodológicos. Interdisciplinaridade Científica Interdisciplinaridade Metodológica • Fundamentada na criteriosa revisão conceitual e revisita dos clássicos aos velhos livros e anotações persistentes.; • Percepção da provisoriedade do conhecimento. • Fundamentada na descoberta pela pesquisadora de sua própria história de vida – o que de mais significativo e profundo nela existe. Interdisciplinaridade Profissional • Sustentada pela importância e sentido do trabalho, como parte significativa da vida; • Sustentada pela importância da reflexão do tipo de profissional que somos e do percurso para nos tornarmos no que hoje somos. Interdisciplinaridade Prática • Sustentada pela compreensão da importância do cotidiano, como o local privilegiado onde a complexa rede de relações interpessoais acontecem; • Sustentada pela evidência da prática na intimidade com os fenômenos investigados. Pesquisa Interdisciplinar:
  • 44. Metodologia de Pesquisa Interdisciplinar O pesquisador deve descobrir na sua própria história de vida, as motivações que conduzem até “aquela” reflexão, até então irrefletida e a sua relação com ela. Retomada da história de vida da pesquisadora e dos sujeitos de pesquisa do Mestrado 2010 em Desenvolvimento Humano: Formação, Políticas e Práticas Sociais.
  • 45. Porque Fazenda reafirma ser a interdisciplinaridade um olhar em camadas? Porque permite o aprofundamento do percurso ontogênico dos sujeitos de pesquisa e de cada pesquisador que se voltam para as questões de retomada subjetiva e cultural de seu curso de vida.
  • 46. “é aquele que enxerga em camadas para aos poucos descobrir o que estava aparentemente oculto” (FAZENDA, 2011). O que é o olhar interdisciplinar para Fazenda? 11 Imagem de olhar. Disponível em: http://pesquisadisclosure.blogspot.com.br/
  • 47. É o olhar em múltiplas direções, que vai buscar na subjetividade (do indivíduo) e objetividade (construção compartilhada da realidade) o sentido próprio do real. O olhar em camadas permite interpretar o contexto ou o mundo pessoal de cada um com diferentes metáforas.
  • 48. É o olhar sobre si mesmo, sobre o outro, sobre o objeto, sobre as circunstâncias, sobre o próprio cotidiano, que dá vida e colorido à pesquisa. 12 Olhar para o outro. Disponível em: http://assuntogeral.spaceblog.com.br/
  • 49. O olhar interdisciplinar é o princípio estruturante da interdisciplinaridade. Um olhar de dentro para fora e de fora para dentro, para os lados e para os outros. Um olhar que desvende os olhos e, vigilante, deseja mais do que lhe é dado ver. Um olhar que transcende as regras e as disciplinas, olhar que só acredita que só existe o mundo de ordem para quem nunca se dispôs a olhar. Um olhar inflado de desejo, de querer mais, de querer melhor, um olhar que recuse a cegueira da consciência (GAETA, 2001, p. 224). 13 Olhares. Disponível em: http://mariateresareno.blogspot.com.br/2011/06/olhares.html
  • 50. O que é investigar o Desenvolvimento Humano? É penetrar num território de grande extensão, mas nem por isso desértico. Exige generosidade, compreensão, abertura para o novo, ultrapassando áreas cinzentas do conhecimento, para que ele flua, além dos limites hermenêuticos de cada ciência criando acima do que já foi criado. Necessidade de um paradigma integrador e de reconhecimento da complexidade das relações humanas.
  • 51. A Orientação para o Desenvolvimento Humano. O Desenvolvimento Humano, concebe a Pessoa como um ser desenvolvente num processo de crescimento contínuo. O Desenvolvimento Humano ocorre num Processo de inter-relação social e pode ser estimulado ou inibido na dependência do grau de interação com pessoas que ocupam uma variedade de papéis. O Desenvolvimento Humano perpassa todo o Tempo existencial e se estabelece de forma contínua e recíproca. As interações em um contexto, por todo tempo influenciam outros ambientes em um processo de intensa reciprocidade. O Desenvolvimento Humano é um empreendimento, onde a pessoa desenvolvente adquire profissionalmente uma concepção mais ampla do Contexto onde vive e nele se estabiliza e o transforma. 14 Teoria Bioecológica do Desenvolvimento Humano de Brofenbrenner. (1996, 2011) 14
  • 52. O Modelo Biológico de Desenvolvimento Humano MODELO PPCT Processo (P) Pessoa (P) Interação díadica • Socializador, que se desenvolve por um período regular e extenso de tempo; • proximais que alcançam atividades progressivamente mais complexas; •Pesquisas do cotidiano estimuladas pela interação dentro dos processos proximais. • Ser desenvolvente que amplia seu universo de relações; •Ser com potencial de influencia e de transformação do meio ambiente; •Ser ativo que constrói-se na interação com outros e imprime sentido e significado ao ambiente. Tempo (T) • eventos temporais (da nascimento a morte) tem influência no desenvolvimento humano; • no tempo histórico acontecem mudanças que podem influenciar positiva ou negativamente o desenvolvimento humano; •O tempo expandido de convivência indica as possibilidades de pesquisa de inserção ecológica. Contexto (C) • Sistema aberto com equifinalidade, integração e perspectiva evolutiva; •Nível sistêmico mais abrangente influenciando os demais níveis (micro, meso, exo e macro) e por eles influenciado; os microssistemas são os mais próximos da pessoa – universo de pesquisa. Agregação de experiências pessoais e culturais Troca de relações objetivas e subjetivas Sistema espaço temporal Modelo PPCT de Inserção Ecológica 15 CECCONELLO; KOLLER (2003) 15
  • 53. A terceira matrioska: Um olhar não olhado o olhar de confiabilidade
  • 54.
  • 55. Entra em cena um sujeito que se torna autor ao pensar a sua existencialidade (JOSSO, 2004) Implicações Autoconhecimento Desenvolvimento Humano Compreensão dos Processos formativos Mobilização de Competências Interdisciplinares Intuitiva Intelectiva Prática Emocional Protagonismo existencial Aprender consigo a Apreender Formação para um Projeto de vida
  • 56. Ser finalidade de si Autofinalidade Mundo próprio Processo de Hominização O ser humano em desenvolvimento não só se relaciona com um ambiente natural particular, mas também com uma ordem cultural e social específica, que é medializado para ele pelos outros significativos que o têm ao seu cargo (BERGER; LUCKMANN, 2009, p. 69) Correlação interativa Com o outro próximo Com pares de outros Com outrens Microssistema Mesossistema Exossistema Macrossistema
  • 57. A singularidade existencial ocorre numa espécie de jogo dialético entre interioridade (o que se vive e se pensa no interior de si) e exterioridade (o que é sócio histórico cultural)... (JOSSO, 2004, p. 70). O PARADOXO VITAL A dialética em si não sabe ser conservadora e inovadora. “Ensina o sábio a ser ao mesmo tempo conservador e inovador” (PINTO, 1969, p. 388)
  • 58. Desafio de assumir a abordagem autobiográfica Abordagem interdisciplinar Ambiguidade Provisoriedade da verdade Riscos de ilusão e erros Curiosidade Interesse Os Mestrandos 2010 revelam suas histórias Diálogos Expressões orais no convívio cotidiano Memoriais autobiográficos Questionário com questões abertas Universo de narrativas
  • 59. Universo das narrativas dos Mestrandos 2010 (expressões orais e escritas). Uma Pessoa em direção à sua construção identitária e desenvolvimento pessoal e profissional Um Processo revelador das complexas relações interativas na família, escola e trabalho. Um Contexto imediato e não imediato, que apresenta desafios, possibilidades de escolhas, estabilidade e desequilíbrio transformador. Um Tempo de expectativas, curiosidade e interesse a ser desvelado.
  • 60. A pessoa ...engaja-se em processos proximais em um microssistema em um determinado tempo ...ou, melhor dito, em vários microssistemas P Microssistema Microssistema Exossistema P Com influência de pessoas fora do microssistema Microssistema P Exossistema Macrossistema ...dentro de um macrossistemas no tempo existencial Microssistema Legenda P – Pessoa P – Processo C – Contexto T - Tempo C C C C C C C C C C C P T P P P T T T P P 16 Adaptado de TUDGE, J. A teoria de Urie Brofenbrenner: Uma teoria contextualista? Universidade da Carolina do Norte em Greensboro, EUA. UFRGS, Programa de Pós Graduação em Psicologia, 2006-2007. T T T T T T T T C C T continua
  • 61. Microssistema P objetossímbolos pessoas Microssistema P Exossistema Macrossistema (Cultura)TEMPO TEMPO 17 Adaptado de TUDGE, J. A teoria de Urie Brofenbrenner: Uma teoria contextualista? Universidade da Carolina do Norte em Greensboro, EUA. UFRGS, Programa de Pós Graduação em Psicologia, 2006-2007. Ou Valores Aparato ideológico Crenças Aparato cultural Estilos de vida Grupos Oportunidades Instituições Obstáculos Padrões de troca Intercâmbios Políticas Públicas nas diferentes esferas de governo Influência de cenários externos Sociedadeemgeral Relações interpessoais Papeis Símbolos Objetos Atividades Exercícios C C C P P C Legenda P – Pessoa P – Processo C – Contexto T - Tempo C
  • 62. É um processo constante e contínuo, dentro de um tempo – o tempo permanente de inter-relação de pessoa com pessoas, objetos e símbolos de seu mundo imediato e outros não imediatos, num movimento de reorganização e reestruturação do universo vivenciado. O Desenvolvimento Humano é um Empreendimento Humano. DESENVOLVIMENTO HUMANO
  • 63. Reconhecimento de si – ser para si e para o outro. A construção de um projeto de vida – o sentido da existência humana. A consciência da maturação do autoconhecimento e do processo de formação, conhecimento e aprendizagem. A persistência da alternância de momentos de objetividade e subjetividade – a dialética do existir. Dimensão Quali-Quantitativa Dimensão Quali-Quantitativa Ser reconhecido (...) seria para cada pessoa receber garantia plena de sua identidade, graças ao reconhecimento por outrem de seu império de capacidades (RICOUER, 2006, p. 262). Os Mestrandos: escritores de sua singularidade existencial
  • 64. Os Mestrandos 2010 revelam suas expectativas existenciais. (Classes temáticas) INSERÇÃO PRÁTICA INSERÇÃO ACADÊMICA • Expressão do apelo às práticas sociais e de pesquisa acadêmica. • Expressão do significado da trajetória pessoal até ingresso na Universidade; • Retorno e continuidade dos estudos ligado à busca da valorização profissional. Dimensão Quantitativa Dimensão Qualitativa Do conjunto de expressões temáticas depreende-se a importância dos processos de socialização primários e secundários. • Expressão da importância de pertencimento ao grupo social e aos traços e atributos individuais; • Compreensão do mundo a partir da relação com o outro. • Expressão de respeito pelo contexto próprio e pelas pessoas que o integram; • Relações estabelecidas fundamentam escolhas futuras. INSERÇÃO PROFISSIONAL IDENTIDADE PESSOAL E SOCIAL CONTEXTO Representação infográfica ou nuvem de palavras a partir do Software ALCESTE Trama de relações complexas e interativas • Expressão da dimensão do trabalho – papéis da pertença profissional e sedimentação de posições sociais.
  • 65. A quarta matrioska: Encontro de olhares o olhar compartilhado
  • 66.
  • 67. Processo formativo (perspectiva da investigação) Pessoa Processo • Mestrandos 2010; • Interlocutor principal das experiências; • Mobilizadores das forças virtuais: motivação, estímulo pessoal, inteligência, habilidades. • Interativo com pessoas e contextos – próximos e distantes; •Relações de complexidades crescentes; • Equilíbrio dialético – entre estabilidade ou continuidade e desequilíbrio ou transformação. Tempo • Perspectiva cronológica – tempo acadêmico do curso; •Perspectiva do tempo do mundo, e da alma – “passado, presente e futuro são tempos humanos” (RICOUER, 1980, p. 31) Contexto • Curso planejado dentro de uma proposta interdisciplinar, com foco nos agentes formativos e alunos em formação multidisciplinar. Observação do pesquisador Falas dos pesquisados Observação do pesquisador Falas dos pesquisados
  • 68. “A grande questão é sair do próprio ninho...” (mestrandos 2010) “A gente aprende a colher... Se planto do mesmo jeito vou colher da mesma forma”. (mestrandos 2010) O Mestrando 2010 (pessoa) expressa seu sentido de pertencimento e a necessidade de no seu processo de desenvolvimento fazer uma nova prática social, circunstante à contingência do real ou do contexto. Há a consciência de um tempo natural – o tempo de ser e a exigência do desfio de sair do conforto – do próprio ninho e plantar questionamentos para colher de forma diferente. Extratos das falas dos Mestrandos 2010 “Por trás de uma expressão existe um significado que ultrapassa o sintático para movimentar-se em direção ao semântico, além das regras da aparência” (FAZENDA, 2003).
  • 69. “Todo processo de transformação implica em avanços e retrocessos. Na questão dialética não dá para ver de forma polarizada. É isto e aquilo também... O meu dilema é resolver esta polaridade” (mestrandos 2010) O trânsito do processo de desenvolvimento implica na dialética da polaridade – “o que sou” e o que “não sou”. A pessoa desenvolvente movimenta-se entre a continuidade de seu comportamento e a ruptura homeostática. O reconhecimento das fraquezas é o grande passo em direção ao autoconhecimento como produtor de si mesmo e de cultura. O percurso existencial tem avanços e retrocessos. A realidade tem que ser percebida para o equilíbrio dessa polaridade existencial. Extratos das falas dos Mestrandos 2010 “Há estreita correlação entre a forma dinâmica de pensar e a atitude problematizadora do próprio conhecimento” (FAZENDA, 2003).
  • 70. “A história da trajetória profissional mostra a busca de sentido para a vida. O meu lugar como profissional. E este lugar estrutura-se numa abordagem de Desenvolvimento Humano” (mestrandos 2010) Ao pensar – o lugar como profissional e procurar contextualizá-lo como abordagem de Desenvolvimento Humano é centrar-se na procura do lugar de si mesmo que entra no cenário da construção dessas histórias de vida. Um novo no qual a pessoa está imersa no processo de busca de sentido para sua vida no contexto articulado no tempo de sua existência. Extratos das falas dos Mestrandos 2010 “O Homem que fala supõe um sentido: é a sua maneira verbal de obrar” (FAZENDA, 2003, p. 7-8).
  • 71. “A interdisciplinaridade só existe a partir do aprofundamento de cada disciplina. Se a atitude interdisciplinar chegar à Universidade, ela chegará à escola básica”. (mestrandos 2010) A interdisciplinaridade propõe abertura para a construção do conhecimento novo, a convergência do conhecimento e a noção de obstáculo epistemológico. É importante que cada parcela disciplinar do conhecimento preserve a sua relação temporal – passado, presente, futuro dentro da perspectiva do como, do onde, do porque, para que e com o que? Existe a compreensão por parte dos mestrandos, que a academia possui uma dívida com os demais níveis escolares. Extratos das falas dos Mestrandos 2010 É necessário no ensino universitário a exigência de uma atitude interdisciplinar, caracterizada pelo respeito ao ensino organizado por disciplinas e por uma revisão das relações entre o conhecimento acadêmico valorizado e os reais problemas da sociedade.
  • 72. “Precisamos nos colocar na condição de permanentes aprendizes. Eu me desenvolvi a partir do que? Refletir sobre minha vida e perceber os momentos significativos de minha trajetória pessoal são indispensáveis”. (mestrandos 2010) O movimento que leva à condição de permanente aprendizes é o apelo ao “saber ser” da interdisciplinaridade brasileira. Reabre-se constantemente os questionamentos que levam ao sentido do existir – para quê? Porque? Como pessoas só se fazem na vida labutando, a importância do sentido do existir, torna-os eternos aprendizes. Extratos das falas dos Mestrandos 2010 “O saber advindo do conhecimento mesmo descompromissado precisa do risco da dúvida e da pergunta, muito mais que da afirmação e resposta” (FAZENDA, 2008, p. 14).
  • 73. “A realidade está sempre em construção e é sempre um movimento de adaptação para os indivíduos realizarem uma leitura dos fatos ocorridos no mundo de vida” (ESPÍNDOLA, 2012, p. 163); A construção do sentido comum de realidade
  • 74. “Estou sozinho no mundo dos meus sonhos, mas sei que o mundo da vida cotidiana é tão real para os outros quanto para mim mesmo”. (BERGER; LUCKMANN, 2009, p. 39) “Não há nenhuma racionalidade científica que seja capaz de aprisionar os meus sonhos. É tempo e hora de reconhecer a importância da realidade que nos cerca e o que dela se partilha em comum” (FAZENDA, 2001). 18 Colocação feita em sala de aula, sistematizada em registros de memória em 18 de abril de 2001 – PUC/SP 18 19 Vídeo de sonhos desenvolvido pelo Professor Felipe Piccina para Marilda Prado Yamamoto.
  • 75. Razões e Expectativas que motivaram a procura do curso • motivo da procura; • características do curso; •Conhecimento da proposta. Conteúdos Curriculares Acadêmicos e relação com outros sistemas vivenciais • conteúdo acadêmico interdisciplinar; • relação com outros sistemas vivenciais; •Relevância no tratamento dos conteúdos curriculares. Contribuições para o Desenvolvimento Humano Contribuição para o crescimento pessoal e aprimoramento das práticas sociais; Aspectos relevantes no Desenvolvimento Humano; Impacto na formação profissional. Processo de interação cotidiano e troca de experiências • interação e relacionamento com os colegas; •Oportunidades vivenciais proporcionadas pelo curso; •Necessidade e importância da troca de experiências. • Com o orientador; Construção do sentido comum da realidade Construção do sentido comum da realidade • Impacto pessoal e acadêmico. Bloco de intenção Investigativa (questionamentos) RELAÇÃO INTRACURSO
  • 76. A realidade objetiva é resultado da exteriorização da realidade pessoal e da interiorização da realidade social – processo dialético e socializador. A realidade objetiva é resultado de ações e papéis tipificados e que possibilitam aos sujeitos nela viverem de forma ordenada e acessível. A realidade objetiva é produto da troca interativa entre pessoas, sistemas e contextos imediatos e não imediatos. É construído lado a lado com o outro. A realidade objetiva estará sempre em construção e se constitui num movimento adaptativo para a interpretação dos fatos, ocorridos no mundo de vida (ESPÍNDOLA, 2012). O mundo em que nascemos e vivemos no cotidiano é, desde o princípio um mundo intersubjetivo (CALDAS, 2009, p. 139). Partilhamento do mundo dos mestrandos 2010 A construção do sentido comum de realidade
  • 77. Pesquisa Interdisciplinar e Atitude Interdisciplinar encontram convergência na dimensão do saber ser interdisciplinar. A movimentação das matrioskas, da mais externa para a mais interior é semelhante ao movimento de construção da pesquisa
  • 78. o olhar para si A quinta matrioska: À beira do rio
  • 79.
  • 80. 18 Migração de peixes em Bonaire. Vídeo de de rrokab. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=YGrEhQQm2rA&hd=1
  • 81. O movimento de busca pelo autoconhecimento imprescindível para o conhecimento do outro. O movimento de busca da interioridade com a profunda penetração no conhecimento interior. O movimento do exercício do rompimento corajoso, com o que está guardado e nunca esquecido. O movimento da constante busca pelo pensamento em abertura, enriquecido com a troca e o diálogo e que permite alcançar o olhar que não se mostra. O caminho da pesquisadora O caminho dos pesquisados Caminhando com a Interdisciplinaridade
  • 82. Da persistente e prazerosa docência universitária. Da prática social comprometida em instituições filantrópicas. Da participação política e do exercício de mandatos eletivos. Da vivência comunitária em instâncias consultivas, deliberativas, associativas e recreativas. Dos grupos associativos Da Família O caminho da Pesquisadora Dos clubes de serviços Da Escola Da coordenação da Fundação Universitária e Secretaria de Governo Municipal. De onde vim? Para tornar-me no que hoje sou!
  • 83. Porque vim? 19;20 19 Autoria de Odila Amélia Veiga França 20 Fundo Musical – A day without rain – Enya (do álbum A day without rain - Warner Music, 2000)
  • 84. • Para uma volta reflexiva e busca persistente de mim mesmo; • Para construção do conhecimento e afastamento da ignorância. • Para a procura do saber que não sabemos e alargamento do campo epistemológico; • Para o movimento de abertura e disponibilidade à construção de novo conhecimento. • Para aprender comigo mesma e entender a necessidade de dar significado a novas vivências; • Para desempenho de práticas políticas e transformadoras. • Para o compartilhamento do conhecimento construído e eticamente aprimorado; • Para aprendizagem da vivência intersetorial que mobiliza saberes interdisciplinares. O caminho da Pesquisadora GEPI GEPI Porque vim? E lá fui... e Cá estou.
  • 85. Disse-me a interdisciplinaridade: - O importante é o “saber ser”, “saber viver”; Como vivendo juntas, você ainda não aprendeu ou praticou essa máxima? - Olho, vejo, penso. A minha volta tudo está vazio. As pessoas me parecem anônimas, Sem faces e sem expressões. O mundo está inerte. Sem movimento - nem o das folhas de outono. Tudo é cinzento, esfumaçado, Sinto-me na Caverna de Platão Então eu disse: Diálogo com a interdisciplinaridade Então a interdisciplinaridade rapidamente retrucou: - Não! Não existe arma mais forte do que a vontade e o amor. Siga para dentro de si. Vá fundo, reflita e leia o que diz sua alma, E você achará o significado do seu tempo, Aquele que só reside em você.
  • 86. A interdisciplinaridade logo concluiu: - Mobilize sua consciência Ponha-a na ação e em ação. Descerre e desvele os véus desse mundo entorpecido. Reorganize os valores, conceitos e crenças que sustentam seu existir. Aprume-se! Apresse-se! O tempo voa. Olhe em frente, e para todos os cantos. Para os lados e para trás, E para aquilo que objetivamente você vivencia e vê, E para aquilo que subjetivamente está em sua alma. Então resolvi: Andar à beira do rio Para sentir e partilhar da felicidade dos peixes. E fiz-me para sempre interdisciplinar. Então eu perguntei: - Como chegar lá, bem perto de minhas emoções, Do meu mundo interior e de meu estado de espírito?
  • 87. É e sempre será o produto do renascer das cinzas, sem perder nada daquilo que se foi. O que se foi, será sempre reaproveitado. A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO É FÊNIX 21 Vídeo da Fênix desenvolvido pelo Professor Felipe Piccina para Marilda Prado Yamamoto.
  • 88.
  • 90. Microssistema (sala de aula) e cronossistema. X Y PropostadoMestradoemDesenvolvimentoHumano:Formação, PolíticasePráticasSociais Interdisciplinaridade e Desenvolvimento Humano UNIVERSO DAS RELAÇÕES COTIDIANAS UNIVERSO DAS RELAÇÕES PARTILHADAS UNIVERSO DAS RELAÇÕES OBJETIVAS E SUBJETIVAS REPRESENTAÇÃO DO GAP ENTRE EXPECTATIVA ESPERADA E EXPECTATIVA CONCRETIZADA – MESTRADO EM DESENVOLVIMENTO HUMANO: FORMAÇÃO, POLÍTICAS E PRÁTICAS SOCIAIS UNIVERSO DA PRÁTICA COTIDIANA Fonte: Adaptado a partir do modelo de Ienaga (1998). In: Revista de Administração de Empresas, p. 11, v. 41, n 1, jan/mar, 2001 e BRONFENBRENNER, 1996; FAZENDA, 2001; BERGER; LUCKMANN, 2009; GERGEN; GERGERN, 2010; SCHUTZ, 2012. G A P
  • 91. Fonte: Adaptado a partir do modelo de Ienaga (1998). In: Revista de Administração de Empresas, p. 11, v. 41, n 1, jan/mar, 2001 e FAZENDA, 2001; TARDIF, 2002; BERGER; LUCKMANN, 2009; GERGEN; GERGERN, 2010; SCHUTZ, 2012. G A P Microssistema (sala de aula) e cronossistema. X Y PropostadoMestradoemDesenvolvimentoHumano:Formação, PolíticasePráticasSociais UNIVERSO DAS RELAÇÕES COTIDIANAS UNIVERSO DAS RELAÇÕES PARTILHADAS UNIVERSO DAS RELAÇÕES OBJETIVAS E SUBJETIVAS REPRESENTAÇÃO DOS FATORES DE DISSONÂNCIA ENTRE EXPECTATIVA ESPERADA E EXPECTATIVA CONCRETIZADA – MESTRADO EM DESENVOLVIMENTO HUMANO: FORMAÇÃO, POLÍTICAS E PRÁTICAS SOCIAIS UNIVERSO DA PRÁTICA COTIDIANA Ação Ação Fatoresem movimento Desestímulo à continuidade dos estudos. Desordenamento curricular Afastamento dos colegas na elaboração da dissertação. Necessidade da intensificação de trocas de experiências. Relações de poder desconfortáveis. Estímulo à competição acadêmica Revisão continuada da proposta interdisciplinar e gestão do conteúdo disciplinar. Fatoresdedissonânciaapontadasapartirda percepçãodosmestrandos2010 Falta de diretriz na orientação dissertativa. Orientação ambivalente. Parte administrativa muito confusa.
  • 92. UNIVERSO DA PRÁTICA Movimento Interdisciplinar Alteridade X Y PropostadoMestradoemDesenvolvimentoHumano:Formação,Políticas ePráticasSociais Comprometimento Envolvimento Parceria Diálogo Ação Ação Aproximação progressiva UNIVERSO DAS RELAÇÕES COTIDIANAS UNIVERSO DAS RELAÇÕES PARTILHADAS UNIVERSO DAS RELAÇÕES OBJETIVAS E SUBJETIVAS Espera vigiada Escuta sensível Humildade Cumplicidade Reciprocidade Microssistema (sala de aula) e cronossistema. REPRESENTAÇÃO DAS APROXIMAÇÕES ENTRE A EXPECTATIVA ESPERADA E A EXPECTATIVA CONCRETIZADA – MOVIMENTO INTERDISCIPLINAR. MESTRADO EM DESENVOLVIMENTO HUMANO: FORMAÇÃO, POLÍTICAS E PRÁTICAS SOCIAIS Expectativasesperadaseconcretizadasconstruídasprogressivamenteapartirdapercepçãodos mestrandos2010–Movimentointerdisciplinar Fonte: Adaptado a partir do modelo de Ienaga (1998). In: Revista de Administração de Empresas, p. 11, v. 41, n 1, jan/mar, 2001 e FAZENDA, 2001, BERGER; LUCKMANN, 2009; GERGEN; GERGEN, 2010; SCHUTZ, 2012.
  • 93. Microssistema (sala de aula) e cronossistema. X Y ExpectativassobreapropostadoMestradoemDesenvolvimento Humano:Formação,PolíticasePráticasSociais UNIVERSO DAS RELAÇÕES COTIDIANAS UNIVERSO DAS RELAÇÕES PARTILHADAS UNIVERSO DAS RELAÇÕES OBJETIVAS E SUBJETIVAS REPRESENTAÇÃO DOS FATORES DE CONVERGÊNCIA ENTRE EXPECTATIVA ESPERADA E EXPECTATIVA CONCRETIZADA – MESTRADO EM DESENVOLVIMENTO HUMANO: FORMAÇÃO, POLÍTICAS E PRÁTICAS SOCIAIS UNIVERSO DA PRÁTICA COTIDIANA Fonte: Adaptado a partir do modelo de Ienaga (1998). In: Revista de Administração de Empresas, p. 11, v. 41, n 1, jan/mar, 2001 e FAZENDA, 2001, BERGER, LUCKMANN, 2009; GERGEN, GERGEN, 2010, SCHUTZ, 2012. Ação Ação Fatoresem movimento Intensificação das relações interativas com pessoas e grupos. Formação de pesquisadores Valorização dos conhecimentos próprios. Relação com contextos socializadores e construção identitária. Formação continuada. Ressignificação das práticas sociais e profissionais. Valorização do mestrando como interlocutor principal do conhecimento. Fatoresdeconvergênciaapontadasapartirdapercepção dosmestrandos2010 Docência como escolha profissional. Experiência dos mestrandos: sentido e significado das histórias de vida. Solidificação deamizades. Relacionamento participativo na apresentação de trabalhos e seminários. União da teoria com a prática. Afetividade presença fundamental do orientador. Crescimento pessoal e profissional Formação e auto- formação
  • 94. Fonte: Adaptado a partir do modelo de Ienaga (1998). In: Revista de Administração de Empresas, p. 11, v. 41, n 1, jan/mar, 2001 e BRONFENBRENNER, 1996; FAZENDA, 2001. UNIVERSO DAS RELAÇÕES PARTILHADAS UNIVERSO DAS RELAÇÕES COTIDIANAS Microssistema (sala de aula) e cronossistema. X Y UNIVERSO EPISTEMOLÓGICO INTERDISCIPLINARIDADE Categoria de ação REPRESENTAÇÃO DO UNIVERSO EPISTEMOLÓGICO – MESTRADO EM DESENVOLVIMENTO HUMANO: FORMAÇÃO, POLÍTICAS E PRÁTICAS SOCIAIS UNIVERSO DA PRÁTICA COTIDIANA Articulação da Teoria e Prática A sociedade é realidade objetiva, subjetiva e interiorizada. A pessoa é produto deste contexto por meio de processos socializadores no tempo de sua existência; O Desenvolvimento Humano é produto e processo, por meio do qual a pessoa desenvolvente adquire uma concepção mais ampliada das possibilidades do contexto, no tempo em que vive; O desafio para as pessoas e para o tempo futuro e à construção partilhada de processos de relações colaborativas que possam melhorar o contexto no qual vivem; Articulação da Teoria e Prática Coerência Humildade Espera Desapego Intensificação das trocas de experiências (período acadêmico e elaboração da dissertação); Reordenação curricular com a inclusão de contato semanal durante o período de elaboração da dissertação; Diálogo entre as linhas de pesquisa para preservar a visão de totalidade do conhecimento; Criação de grupos de pesquisa para interação produtiva entre alunos e ex- alunos; Revisão das relações de poder nos processos avaliativos, incorporando o sentido interdisciplinar emancipatório; Mediação dos alunos como interlocutores da percepção da realidade do curso considerando suas sugestões como feedback produtivo. mobilização Coerência Humildade Espera Desapego PropostadoMestradoemDesenvolvimentoHumano:Formação, PolíticasePráticasSociais Sugestõesdosmestrandos2010paraaperfeiçoamentodocursodeMestrado emDesenvolvimentoHumano:Formação,PolíticasePráticasSociais
  • 95. UNIVERSO DAS RELAÇÕES PARTILHADAS UNIVERSO DAS RELAÇÕES COTIDIANAS CONTINUA Micro, meso, exo, macrossistema e cronossistema. X Y UNIVERSO EPISTEMOLÓGICO UNIVERSO METODOLÓGICO TEORIA BIOECOLÓGICA DE DESENVOLVIMENTO HUMANO E PROPOSTA DO CURSO DE MESTRADO EM DESENVOLVIMENTO HUMANO: FORMAÇÃO, POLÍTICAS E PRÁTICAS SOCIAIS UNIVERSO EPISTEMOLÓGICO Fonte: Adaptado a partir do modelo de Ienaga (1998). In: Revista de Administração de Empresas, p. 11, v. 41, n 1, jan/mar, 2001 e BRONFENBRENNER, 1996, 2011. Desenvolvimento Humano é processo que resulta da mutualidade da relação entre pessoas e seus contextos significativos imediatos e não imediatos durante o tempo existencial; Desenvolvimento Humano é processo constante e contínuo onde a pessoa é concebida como um ser desenvolvente, produto das distinções culturais do contexto no tempo de sua vida; Desenvolvimento Humano é processo dialético de estabilidade e mudança onde pessoas passam por transições ecológicas, nos contextos onde vivem incorporando distinções temporais. TRAJETÓRIA PESSOAL  Identidade pessoal;  Inserção acadêmica;  Inserção profissional;  Inserção prática. Reorganização Re-equilibrio homeostático PropostadoMestradoemDesenvolvimentoHumano:Formação, PolíticasePráticasSociais HISTÓRIA DE VIDA  mestrandos e pesquisadora. TRAJETÓRIA PESSOAL  Identidade pessoal;  Inserção acadêmica;  Inserção profissional;  Inserção prática. HISTÓRIA DE VIDA  mestrandos e pesquisadora. ATIVIDADES CONJUNTAS  Reciprocidade;  Equilíbrio de poder;  Afetividade. OBSERVACIONAL PRIMÁRIA ATIVIDADES CONJUNTAS ATIVIDADES RECÍPROCAS ATIVIDADES AFETIVAS Impacto desenvolvimental Aprendizagem observacional Díades Díadesdesenvolvimentais
  • 96. Micro, meso, exo, macrossistema e cronossistema. X Y UNIVERSO EPISTEMOLÓGICO UNIVERSO METODOLÓGICO TEORIA BIOECOLÓGICA DE DESENVOLVIMENTO HUMANO E PROPOSTA DO CURSO DE MESTRADO EM DESENVOLVIMENTO HUMANO: FORMAÇÃO, POLÍTICAS E PRÁTICAS SOCIAIS UNIVERSO DA PRÁTICA COTIDIANA Fonte: Adaptado a partir do modelo de Ienaga (1998). In: Revista de Administração de Empresas, p. 11, v. 41, n 1, jan/mar, 2001 e BRONFENBRENNER, 1996, 2011. Díade observacional – no contexto cotidiano de sala de aula entre professores, alunos e pesquisadora; TRAJETÓRIA PESSOAL Identidade pessoal; Inserção acadêmica; Inserção profissional; Inserção prática. Reorganização Reequilibrio homeostático PropostadoMestradoemDesenvolvimentoHumano:Formação, PolíticasePráticasSociais HISTÓRIA DE VIDA  mestrandos e pesquisadora. TRAJETÓRIA PESSOAL Identidade pessoal; Inserção acadêmica; Inserção profissional; Inserção prática. PRIMÁRIA Díade de atividade conjunta: Nas trocas afetivas de pares interativos; Na abordagem de conflitos e equilíbrio de poder; Na reciprocidade de trocas acadêmicas objetivas e intersubjetivas;. Díade primária – na manutenção do grau de compartilhamento pós- curso. Aprendizagem observacional – pelo partilhamento de atividades comuns permeadas por intensa afetividade: trabalhos em grupo, seminários de pesquisa, relações de poder e competição, participação em qualificação e defesa de tese acadêmica. Impactodesenvovimentalerelacionamentopositivonoengajamento deatividadesprogressivamentecomplexasnocursodeMestradoem DesenvolvimentoHumano:Formação,PolíticasePráticasSociais ATIVIDADES CONJUNTAS  Reciprocidade;  Equilíbrio de poder;  Afetividade. OBSERVACIONAL ATIVIDADES CONJUNTAS ATIVIDADES RECÍPROCAS ATIVIDADES AFETIVAS Impacto desenvolvimental Aprendizagem observacional Díades Desenvolvimentais HISTÓRIA DE VIDA  mestrandos e pesquisadora.
  • 97. O novo tempo pede que sejamos educadores (pesquisadores) de coração grande. De coração humano muito grande (para que as pesquisas estejam voltadas para a relevância do benefício coletivo). De coração humano e complexo (para detectar as contradições da realidade). Isso exige capacidade de aventura (de ousadia interdisciplinar), de regeneração (de construir o novo a partir do já conhecido, estabilizado e depurado). Capacidade de morrer (determinar a morte às verdades absolutas) e renascer (para o crescimento permanente a partir da provisoriedade da verdade) (p. 171). E parafraseando Edgar Morin, retomado por Santos Neto (2002): 22 Nuvem. Disponível em: http://www.olhar-43.net/nuvem-coracao-imagens-fofas-para-tumblr-we-heart-it-etc/ 23 Fundo Musical – Across the iron river – Andreas Vollenweider (do álbum promocional de Merck Laboratórios - New Age – Sony Music, 1996)
  • 98. O Mito da caverna. Vídeo de Rodrigo Freire . Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=Rft3s0bGi78&hd=1
  • 99.
  • 100. O mito da Caverna continua atual e se faz presente em vários setores da atividade humana. A ciência tem o poder de retirar mais gente da Caverna (CHIZZOTTI, 2010).
  • 101. Marilda Prado Yamamoto 2013 É a ousadia da pesquisa e dos pesquisadores interdisciplinares que pode mostrar para muitos o mundo real fora da caverna A pesquisa é um esforço intencional para expressar descobertas e contradições que aparecem nas diversas formas de compreender a realidade, contribuindo para agregação de valores humanos e éticos.