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O CULTO DA UTOPIA É VIRTUDE INERENTE AO SER HUMANO1
Desde os primórdios da civilização, a utopia fulgura como contagiante
encanto de uma estrela que aquece o espirito, gera projetos e mobiliza as
originalidades das pessoas. É a fonte da perseverança engajada no alcance
dos objetivos traçados.
A necessidade de mudanças no modelo de vida em que sobrevive a
sociedade humana é patente. Salta aos olhos. Só não a vê quern padece de
miopia social. Ou, então, quem dele se beneficia. A cultura da desigualdade
sustenta injustiças que não podem mais ser accitas. Não apenas no Brasil,
mas no mundo inteiro. A globalização da economia restringiu-se à
internacionalização dos interesses econômicos que privilegiam as minorias
detentoras do poder. Sua visível consequência é a globalização da
desigualdade, ainda que dissimulada pelas aparências ilusórias bem
trabalhadas. É sombrio o panorama da ordem social vigente.
A produção deste livro representa um esforço para contribuir com a
consciência crítica, indispensável à análise das causas e dos efeitos do
cenário global de discriminação humana, o qual precisa ser revertido. O
texto visa estimular a convergencia de energias, capaz de mudar a
realidade a partir de ações transformadoras latentes em todas as classes
sociais. A analise da origem e das características da ordem reinante
permite convencer as pessoas do valor do seu próprio potencial
construtivo, que só desperta pela reflexão devidamente esculpida.
Para cumprir o objetivo maior desta publicação, um minucioso roteiro
sintetiza a sequência dos conteúdos que abordam o tema central, ou seja,
a subversão pacífica da ordem. Os conhecimentos que o autor busca
aprofundar, ao longo dos capitulos, cobrem amplo espectro de
considerações, enriquecendo a discussão almejada. Partindo da origem da
palavra “ordem”, o texto delineia os mecanismos de "manutenção da or-
dem" por meio de condicionamentos comportamentais coletivos ou pela
violenta "repressão" comandada pelo Estado. Por outro lado, procura
tambem esclarecer o significado correto do termo "subversão", mostrando
como foi deliberadamente distorcido para justificar a lógica das forças
repressivas, criadas e mantidas pelos donos do poder.
Com base nos tópicos que alicerçam o diagnóstico das manobras
subjacentes às estruturas dos governos, o Pequeno tratado de subversão
da ordem traz de volta a validade conceitual das ações subversivas,
formulando os princípios éticos que as devem nortear. Fica, pois, bem claro,
no teor do livro, que as práticas não pacíficas configuram violência a ser
sempre rejeitada, e não se incluem no legítimo contexto defendido para a
subversão verdadeira da ordem.
Outro recurso convincente é a reflexão sobre o grandioso legado de quatro
líderes históricos que adotaram a não violência como princípio fundamental
das iniciativas, por meio das quais mobilizavam as populações. Com efeito,
a síntese biográfica de Francisco de Assis, Martin Luther King, Mahatma
1
Reprodução das pgs 9 e 10 do livro “Pequeno Tratado de Subversão da Ordem”.
2
Gandhi e Nelson Mandela enriquece exemplarmente a essência do texto
desenvolvido. As louváveis conquistas que eles alcançaram provam a
coerência da subversão pacífica da ordem, entendida como único caminho
para a concretização do sonho de mudar a sociedade.
As referencias bibliograficas, que sustentam a tese em causa, compõem um
acervo diferenciado de obras publicadas em distintas eras e da mais ampla
abrangência, comprometidas com o bem da humanidade. São as fontes de
ideias e pensamentos qualificados que emprestaram grande lucidez à
fundamentação filosófica e científica presente em todos os capítulos.
Finalmente, cabe ressaltar que o autor desta obra, assim como boa parte
daqueles em que se inspira, tem formação intelectual enraizada na
educação humanista adquirida pela leitura e pelo estudo de textos que
respondem às suas constantes indagações, oriundas da vivência em
diferentes contextos institucionais, sociais e internacionais. Graduado em
medicina e posgraduado em pediatria, exerceu a importante função de
professor universitário nessa área que requer visão global e transcendente
para se projetar no território do humanismo sem limite. Em sintonia com
iniciativas inadiáveis para a contínua evolução da humanidade, seus artigos
e livros publicados demonstram o engajamento com a causa. Dois deles,
intitulados Até quando? e Crianças do mundo inteiro, uni-vos!, comprovam
a trajetória intelectual que agora culmina no Pequeno tratado de subversão
da ordem.
A SOCIEDADE HUMANA CHEGOU AO TERCEIRO MILÊNIO A DURAS
PENAS2
Sobreviveu a tragédias diversas. Padeceu de epidemias arrasadoras que
dizimaram populações. Jamais abriu mão da guerra como instrumento de
destruição. Cultivou todas as formas de violência contra o próximo. Valeu-
se da exploração do mais fraco. Legitimou o roubo como mecanismo de
enriquecimento. Desenvolveu estratégias cada vez mais eficazes de
controle da opinião pública. Consolidou, ao longo de séculos, a
desigualdade entre classes sociais ricas e pobres. Escravizou os negros,
segregando-os com a mais humilhante forma de discriminação. Oprimiu os
pobres, negando-lhes direitos fundamentais. Cometeu genocídios e
holocaustos. Refletiu sempre o poder dos endinheirados exercido sobre os
despossuidos. Das elites sobre os desprovidos. Dos aristocratas sobre os
plebeus. Do homem sobre a mulher. De todos sobre a criança.
A explosao demográfica só não foi maior porque as enfermidades
contagiosas eliminavam contingentes expressivos de habitantes do planeta.
Além disso, sempre houve o morticinio resultante de práticas de dominação
selvagem, ademais do aborto, infanticídio e abandono de crianças (uma vez
que muitas delas morrem em razão deste abandono). Apesar de
moralmente condenáveis, essas práticas eram atitudes rotineiras no
2
Reprodução das pgs 13 a 18 do livro “Pequeno Tratado de Subversão da Ordem”.
3
passado e persistem até os dias de hoje, sem qualquer razão válida a
justificá-las. Mesmo assim; o número de habitantes do planeta atingiu a
cifra de sete bilhões. Um enorme desafio, mormente se considerado o
modelo econômico em vigor – a economia capitalista globalizada –,
inapropriado para garantir condições de vida minimamente indispensáveis à
dignidade humana a que todos têm direito.
Melhorias na qualidade dos recursos materiais de que dependem a
existência saudável das pessoas atravessaram os tempos. Inovação tem
sido a tônica do processo. O surgimento da metodologia científica no século
XVI, desencadeado pela genialidade do filósofo inglês Francis Bacon,
propiciou a libertação de potenciais de originalidade criativa da espécie
Homo sapiens, até então represados pelo embotamento mental do
misticismo que imperava universalmente. A produção de conhecimentos
adquiriu objetividade confiável, desvendou enigmas milenares no campo da
metafísica, aguçou a acurácia do pensamento crítico, derrubou preconceitos
e dogmas ancestrais, abriu as portas do saber, iluminou recônditos redutos
da percepção consciente e esclareceu fenômenos internos e externos
experimentados pelo indivíduo no curso das incontáveis gerações que nos
trouxeram aos tempos modernos.
A ciência foi, sem dúvida, um marco revolucionário na evolução da espécie
humana. Cumpriu, inclusive, o papel de alicerce para a sólida sustentação
da capacidade inventiva do homem, mérito que lhe é inerente desde as
idades pré-históricas da pedra, do fogo e do metal. Nasceu, assim, a era da
tecnologia, metamorfose que gerou novidades criativas, equipamentos
atraentes, ferramentas utilitárias fascinantes, facilitando a vida daqueles
que têm acesso a esses benefícios. A criatura humana desembarcou no
novo milênio munida da extraordinária ferramenta da informática, semente
cuja disseminação fez desabrochar a cultura do mundo virtual, que mudou
rapidamente hábitos e costumes, moldou comportamentos inimagináveis
para as novas gerações e diluiu fronteiras físicas, contribuindo para a
universalidade esperada.
As perspectivas de diferenciação progressiva da sociedade humana são
reais. Não faltam conhecimentos científicos seguros nem capacidade
preditiva fundada em quesitos palpáveis. Tampouco inexistem recursos
diagnósticos para a identificação de transtornos socioeconômicos, físicos e
psíquicos de toda natureza. Tornou-se também possível delimitar as causas
que estejam na gênese de crises, catástrofes e câmbios comportamentais
destoantes dos pressupostos de crescimento evolutivo da humanidade. O
acervo de domínio cognitivo desdobrado em avanços tecnológicos é imenso.
Não tem limite. No âmbito dos recursos materiais disponíveis para o bem-
estar das pessoas, a sociedade não carece de investimentos além dos que
têm sido feitos.
O progresso produtivo é inquestionável. Colocou-se em níveis
estratosféricos. Mas a evolução de valores éticos, morais, culturais e a
elevação do grau de consciência individual e coletiva avançaram em ritmo
aquém do desejável. E não por acaso. Ao contrário, como consequência
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previsível de modelos de vida incompatíveis com a plenitude dos
mencionados valores, muito mais humanistas do que materialistas. À luz
dos graves sintomas corrosivos do organismo social, esboça-se a hipótese
diagnóstica de uma falência múltipla de órgãos que levará a sociedade
humana à fase terminal, a menos que a causa dos males seja erradicada e
se renovem profundamente a estrutura e a dinâmica funcional do
organismo em decomposição. Medidas meramente paliativas serão
ineficazes.
A dimensão existencial do ser humano é a riqueza maior da espécie.
Nenhuma outra se lhe compara. Sem dúvida, requer condições materiais
para sua expressão. Mas que sejam recursos ambientais concebidos
unicamente para supri-las de forma equilibrada. Disponíveis para a função
de meio, não le fim. O objetivo existencial singular da espécie há de pairar
acima do conceito de riqueza material. Do contrário, prevalecem os desvios
de rota que ameaçam descarrilar a composição de uma sociedade humana
em deslocamento para um destino insustentável.
Com a percepção subjetiva de que há uma suposta ordem universal
presidindo a vida no planeta, o homem incorporou sinais indicativos de
alguma lógica comportamental a ser respeitada, mirando-se nas evidências
externas presentes nos fenômenos da natureza. Ao se delinear a formação
da sociedade, a chamada lei do mais forte, inspirada no cenário das demais
espécies animais, terminou convertendo-se em princípio natural a regrar a
convivência entre humanos. Originaram-se, assim, as normas e relações de
poder derivadas do empirismo econômico que impulsionou o modelo
capitalista reinante na maior parte da história da civilização. Essas regras
adquiriram status de verdadeira crença religiosa da atualidade; assim, a
sociedade passou a ser tratada, na esfera social, como reprodução do
regramento percebido na natureza. Preceitos, leis, regras e condutas
configuraram o formato de uma convivência que tem, por finalidade, a
riqueza material individual do mais forte. A dimensão existencial humana
perde-se na categoria de simples meio para o acúmulo de tal tipo de
riqueza. Uma inversão que extrapola os limites racionais conciliáveis com a
universalidade da consciência.
Os ínvios [intransitáveis] caminhos da mistificação deliberada conduziram à
doutrina do capitalismo, regime socioeconômico que sustenta o dogma de
um paradigma social imutável para a espécie humana, mercê de estreita
relação com a sistemática dos fenômenos naturais à sua volta. Implantou-
se, por isso mesmo, a ordem econômica e social estruturada segundo a lei
do mais forte, fonte de injustiças e desigualdades que desafiam o mundo
todo e, mais ainda, fonte da voracidade consumista estimulada para
empoderamento cada vez maior das classes dominantes. Em outras
palavras, das elites protegidas pelo culto de um modelo social espúrio,
infundido na mente da maioria dos povos pela sutileza de ilimitados
mecanismos criados para mantê-lo a qualquer preço.
Rose Marie Muraro (1930-2014), em importante obra publicada,
Reinventando o capital/dinheiro, historia o surgimento do dinheiro na
5
sociedade humana. A escritora lembra que, ao ser inventado, o dinheiro
prestava-se apenas à substituição do escambo, visando facilitar o volume
crescente de troca de produtos entre as pessoas. Afirma, com propriedade,
que "o dinheiro nada cria mas tudo orienta". No século VI a.C., nasceu o
inescrupuloso artifício financeiro do juro, tornando-se a manobra corrente
que arquitetou a edificação do capital, produto do juro. "O capitalismo
moderno não se originou da compra e venda de mercadorias, isso é
característica do mercantilismo, mas sim da existência do juro", esclarece a
mesma autora. A firula do roubo monetário, consubstanciado na sutileza
extorsiva do juro, que visa unicamente a tirar proveito do dinheiro,
converte-se na fonte de riqueza material do mais forte. Garante-lhe o poder
embutido no capital acumulado. Legalizou-se, destarte, o roubo na socie-
dade capitalista, travestindo-o com a palavra juro, cuja sinonímia
verdadeira mantém-se oculta.
Deflui, de tais observações, que a ordem econômica reinante no planeta se
apoia em bases moralmente inaceitáveis. Não se coaduna com os objetivos
éticos que justificam a vida em sociedade e persiste graças à estratégia de
sua manutenção, cujo êxito conta com a capilaridade contributiva dos
principais campos de atividade, delimitados pelo desenvolvimento do
capitalismo. A dissimulação circula nas veias desse regime econômico e
reforça-lhe as corrompidas entranhas. A mentira é o ríncipal veículo de sua
propagação ideológica. Procura banalizar a natureza violenta, desonesta,
exploradora e sanguinária como se fosse imanência distintiva da condição
humana. Não reconhece nenhum outro valor que seja desprovido de com-
promisso com o capital, logo, com o roubo legalizado. A ordem econômica e
social impede o despertar da consciência; afasta a divergência crítica;
comanda a mídia; escraviza, pela sedução consumista, a maioria
inconsciente; reprime, com brutalidade, as iniciativas que põem em dúvida
a veracidade dos conceitos dogmatizados; sacraliza o negócio como alma
das relações pecuniárias abençoadas pela santidade empresarial; e
desrespeita a organização reinante na natureza, sacrificada irresponsa-
velmente por projetos devastadores que espoliam o planeta em busca de
mais capital, condenando-o à exaustão e colocando em risco a
sobrevivência da humanidade.
O capitalismo atravessa uma crise generalizada. Parece que as medidas
adotadas para revertê-la perderam fôlego. O esforço de travessia vai sendo
feito sem que se veja uma luz no fim do túnel. O ordenamento econômico
em questão perde a competência de iludir as coletividades, e o momento
histórico é oportuno para que se discuta um novo modelo de sociedade
humana e se avance nas providências para sua implantação. É hora de
subverter o sistema capitalista, desmascarando a falsidade de conceitos e
valores em que se refugia de maneira enganosa. A perseverança na busca
por mudanças essenciais à qualificação da vida de todas as pessoas,
indistintamente, não pode se fragilizar. Seria acumpliciar a derrocada
planetária cujos indícios avultam no horizonte do terceiro milênio.
À guisa de pequeno tratado, este livro traz à tona as questões mais
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candentes que expõem o declínio irreversível do regime de vida capitalista.
Na primeira parte, os capítulos abordam a origem do conceito de ordem; os
principais setores da sociedade que contribuem sub-repticiamente para
mantê-la; a polêmica noção de progresso, estandarte mais utilizado para a
propaganda do modelo econômico em vigor; e o atraso imposto aos valores
éticos, negando-lhes a primazia referencial que lhes deve caber. Na
segunda parte, é analisada a origem do termo "subversão". O real
significado da palavra contrapõe-se à adjetivação perversa que lhe é
aplicada pelas forças encarregadas de reprimir toda e qualquer ação
contrária aos interesses dominantes. Do entendimento que se depreende
das atividades ditas subversivas, desdobram-se exemplos de subversão da
ordem conduzidos por líderes exemplares na pertinácia da luta
empreendida, na ética vigorosamente cultivada, no equilíbrio sem o qual
um movimento de tão nobre substância não poderia prosperar. Esses
líderes conquistaram avanços importantes e reverteram brutais condutas
das elites opressoras, articuladas para massacrar direitos elementares de
segmentos desfavorecidos da população. Os perfis escolhidos são os de
Francisco de Assis, Martin Luther Kíng, Nelson Mandela e Mahatma Gandhi.
A partir da revisão sintética de suas consistentes biografias, constata-se a
estreita correlação entre os métodos semelhantes utilizados em tempos
diferentes. O mesmo teor humanista, inspirado no radicalismo ético, na
simplicidade desconcertante e na paciência inesgotável, desmoralizou a
violência repressiva que enfrentavam desarmados, convictos da
sublimidade da causa defendida. A subversão da ordem assim liderada
atraiu adesões de todas as classes sociais, tornando-se imbatível.
O livro reforça a validade da subversão como único caminhO a ser
percorrido em nome da substituição do modelo capitalista. A sociedade
fundada no lucro há de ceder lugar para a preciosa vida humana que tem
sido propositalmente distanciada da convivência entre indivíduos, pessoas,
povos e nações do mundo todo. Uma vida que cultive e respeite os recursos
nateriais como requisito para o alcance da dimensão existencial da
humanidade, única riqueza a justificar a passagem pelo planeta. Nos
capítulos finais, enfatiza a substância ética da ação subversiva. É a virtude
integradora dos participantes comprometidos com o empurrão final para o
desenraizamento progressivo da cultura desumana implantada pelo
capitalismo. A obra ressalta a relevância das novas tecnologias de
comunicação, facilmente utilizáveis para a interação geradora da
consciência que a subversão da ordem requer. Afinal, a causa é de todos e
a responsabilidade é de cada um.
Fonte: “Pequeno Tratado de Subversão da Ordem” de Dioclécio Campos
Júnior. Baruerí: Editora Manole, 2015.

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Pequeno Tratado de Subversão da Ordem

  • 1. 1 O CULTO DA UTOPIA É VIRTUDE INERENTE AO SER HUMANO1 Desde os primórdios da civilização, a utopia fulgura como contagiante encanto de uma estrela que aquece o espirito, gera projetos e mobiliza as originalidades das pessoas. É a fonte da perseverança engajada no alcance dos objetivos traçados. A necessidade de mudanças no modelo de vida em que sobrevive a sociedade humana é patente. Salta aos olhos. Só não a vê quern padece de miopia social. Ou, então, quem dele se beneficia. A cultura da desigualdade sustenta injustiças que não podem mais ser accitas. Não apenas no Brasil, mas no mundo inteiro. A globalização da economia restringiu-se à internacionalização dos interesses econômicos que privilegiam as minorias detentoras do poder. Sua visível consequência é a globalização da desigualdade, ainda que dissimulada pelas aparências ilusórias bem trabalhadas. É sombrio o panorama da ordem social vigente. A produção deste livro representa um esforço para contribuir com a consciência crítica, indispensável à análise das causas e dos efeitos do cenário global de discriminação humana, o qual precisa ser revertido. O texto visa estimular a convergencia de energias, capaz de mudar a realidade a partir de ações transformadoras latentes em todas as classes sociais. A analise da origem e das características da ordem reinante permite convencer as pessoas do valor do seu próprio potencial construtivo, que só desperta pela reflexão devidamente esculpida. Para cumprir o objetivo maior desta publicação, um minucioso roteiro sintetiza a sequência dos conteúdos que abordam o tema central, ou seja, a subversão pacífica da ordem. Os conhecimentos que o autor busca aprofundar, ao longo dos capitulos, cobrem amplo espectro de considerações, enriquecendo a discussão almejada. Partindo da origem da palavra “ordem”, o texto delineia os mecanismos de "manutenção da or- dem" por meio de condicionamentos comportamentais coletivos ou pela violenta "repressão" comandada pelo Estado. Por outro lado, procura tambem esclarecer o significado correto do termo "subversão", mostrando como foi deliberadamente distorcido para justificar a lógica das forças repressivas, criadas e mantidas pelos donos do poder. Com base nos tópicos que alicerçam o diagnóstico das manobras subjacentes às estruturas dos governos, o Pequeno tratado de subversão da ordem traz de volta a validade conceitual das ações subversivas, formulando os princípios éticos que as devem nortear. Fica, pois, bem claro, no teor do livro, que as práticas não pacíficas configuram violência a ser sempre rejeitada, e não se incluem no legítimo contexto defendido para a subversão verdadeira da ordem. Outro recurso convincente é a reflexão sobre o grandioso legado de quatro líderes históricos que adotaram a não violência como princípio fundamental das iniciativas, por meio das quais mobilizavam as populações. Com efeito, a síntese biográfica de Francisco de Assis, Martin Luther King, Mahatma 1 Reprodução das pgs 9 e 10 do livro “Pequeno Tratado de Subversão da Ordem”.
  • 2. 2 Gandhi e Nelson Mandela enriquece exemplarmente a essência do texto desenvolvido. As louváveis conquistas que eles alcançaram provam a coerência da subversão pacífica da ordem, entendida como único caminho para a concretização do sonho de mudar a sociedade. As referencias bibliograficas, que sustentam a tese em causa, compõem um acervo diferenciado de obras publicadas em distintas eras e da mais ampla abrangência, comprometidas com o bem da humanidade. São as fontes de ideias e pensamentos qualificados que emprestaram grande lucidez à fundamentação filosófica e científica presente em todos os capítulos. Finalmente, cabe ressaltar que o autor desta obra, assim como boa parte daqueles em que se inspira, tem formação intelectual enraizada na educação humanista adquirida pela leitura e pelo estudo de textos que respondem às suas constantes indagações, oriundas da vivência em diferentes contextos institucionais, sociais e internacionais. Graduado em medicina e posgraduado em pediatria, exerceu a importante função de professor universitário nessa área que requer visão global e transcendente para se projetar no território do humanismo sem limite. Em sintonia com iniciativas inadiáveis para a contínua evolução da humanidade, seus artigos e livros publicados demonstram o engajamento com a causa. Dois deles, intitulados Até quando? e Crianças do mundo inteiro, uni-vos!, comprovam a trajetória intelectual que agora culmina no Pequeno tratado de subversão da ordem. A SOCIEDADE HUMANA CHEGOU AO TERCEIRO MILÊNIO A DURAS PENAS2 Sobreviveu a tragédias diversas. Padeceu de epidemias arrasadoras que dizimaram populações. Jamais abriu mão da guerra como instrumento de destruição. Cultivou todas as formas de violência contra o próximo. Valeu- se da exploração do mais fraco. Legitimou o roubo como mecanismo de enriquecimento. Desenvolveu estratégias cada vez mais eficazes de controle da opinião pública. Consolidou, ao longo de séculos, a desigualdade entre classes sociais ricas e pobres. Escravizou os negros, segregando-os com a mais humilhante forma de discriminação. Oprimiu os pobres, negando-lhes direitos fundamentais. Cometeu genocídios e holocaustos. Refletiu sempre o poder dos endinheirados exercido sobre os despossuidos. Das elites sobre os desprovidos. Dos aristocratas sobre os plebeus. Do homem sobre a mulher. De todos sobre a criança. A explosao demográfica só não foi maior porque as enfermidades contagiosas eliminavam contingentes expressivos de habitantes do planeta. Além disso, sempre houve o morticinio resultante de práticas de dominação selvagem, ademais do aborto, infanticídio e abandono de crianças (uma vez que muitas delas morrem em razão deste abandono). Apesar de moralmente condenáveis, essas práticas eram atitudes rotineiras no 2 Reprodução das pgs 13 a 18 do livro “Pequeno Tratado de Subversão da Ordem”.
  • 3. 3 passado e persistem até os dias de hoje, sem qualquer razão válida a justificá-las. Mesmo assim; o número de habitantes do planeta atingiu a cifra de sete bilhões. Um enorme desafio, mormente se considerado o modelo econômico em vigor – a economia capitalista globalizada –, inapropriado para garantir condições de vida minimamente indispensáveis à dignidade humana a que todos têm direito. Melhorias na qualidade dos recursos materiais de que dependem a existência saudável das pessoas atravessaram os tempos. Inovação tem sido a tônica do processo. O surgimento da metodologia científica no século XVI, desencadeado pela genialidade do filósofo inglês Francis Bacon, propiciou a libertação de potenciais de originalidade criativa da espécie Homo sapiens, até então represados pelo embotamento mental do misticismo que imperava universalmente. A produção de conhecimentos adquiriu objetividade confiável, desvendou enigmas milenares no campo da metafísica, aguçou a acurácia do pensamento crítico, derrubou preconceitos e dogmas ancestrais, abriu as portas do saber, iluminou recônditos redutos da percepção consciente e esclareceu fenômenos internos e externos experimentados pelo indivíduo no curso das incontáveis gerações que nos trouxeram aos tempos modernos. A ciência foi, sem dúvida, um marco revolucionário na evolução da espécie humana. Cumpriu, inclusive, o papel de alicerce para a sólida sustentação da capacidade inventiva do homem, mérito que lhe é inerente desde as idades pré-históricas da pedra, do fogo e do metal. Nasceu, assim, a era da tecnologia, metamorfose que gerou novidades criativas, equipamentos atraentes, ferramentas utilitárias fascinantes, facilitando a vida daqueles que têm acesso a esses benefícios. A criatura humana desembarcou no novo milênio munida da extraordinária ferramenta da informática, semente cuja disseminação fez desabrochar a cultura do mundo virtual, que mudou rapidamente hábitos e costumes, moldou comportamentos inimagináveis para as novas gerações e diluiu fronteiras físicas, contribuindo para a universalidade esperada. As perspectivas de diferenciação progressiva da sociedade humana são reais. Não faltam conhecimentos científicos seguros nem capacidade preditiva fundada em quesitos palpáveis. Tampouco inexistem recursos diagnósticos para a identificação de transtornos socioeconômicos, físicos e psíquicos de toda natureza. Tornou-se também possível delimitar as causas que estejam na gênese de crises, catástrofes e câmbios comportamentais destoantes dos pressupostos de crescimento evolutivo da humanidade. O acervo de domínio cognitivo desdobrado em avanços tecnológicos é imenso. Não tem limite. No âmbito dos recursos materiais disponíveis para o bem- estar das pessoas, a sociedade não carece de investimentos além dos que têm sido feitos. O progresso produtivo é inquestionável. Colocou-se em níveis estratosféricos. Mas a evolução de valores éticos, morais, culturais e a elevação do grau de consciência individual e coletiva avançaram em ritmo aquém do desejável. E não por acaso. Ao contrário, como consequência
  • 4. 4 previsível de modelos de vida incompatíveis com a plenitude dos mencionados valores, muito mais humanistas do que materialistas. À luz dos graves sintomas corrosivos do organismo social, esboça-se a hipótese diagnóstica de uma falência múltipla de órgãos que levará a sociedade humana à fase terminal, a menos que a causa dos males seja erradicada e se renovem profundamente a estrutura e a dinâmica funcional do organismo em decomposição. Medidas meramente paliativas serão ineficazes. A dimensão existencial do ser humano é a riqueza maior da espécie. Nenhuma outra se lhe compara. Sem dúvida, requer condições materiais para sua expressão. Mas que sejam recursos ambientais concebidos unicamente para supri-las de forma equilibrada. Disponíveis para a função de meio, não le fim. O objetivo existencial singular da espécie há de pairar acima do conceito de riqueza material. Do contrário, prevalecem os desvios de rota que ameaçam descarrilar a composição de uma sociedade humana em deslocamento para um destino insustentável. Com a percepção subjetiva de que há uma suposta ordem universal presidindo a vida no planeta, o homem incorporou sinais indicativos de alguma lógica comportamental a ser respeitada, mirando-se nas evidências externas presentes nos fenômenos da natureza. Ao se delinear a formação da sociedade, a chamada lei do mais forte, inspirada no cenário das demais espécies animais, terminou convertendo-se em princípio natural a regrar a convivência entre humanos. Originaram-se, assim, as normas e relações de poder derivadas do empirismo econômico que impulsionou o modelo capitalista reinante na maior parte da história da civilização. Essas regras adquiriram status de verdadeira crença religiosa da atualidade; assim, a sociedade passou a ser tratada, na esfera social, como reprodução do regramento percebido na natureza. Preceitos, leis, regras e condutas configuraram o formato de uma convivência que tem, por finalidade, a riqueza material individual do mais forte. A dimensão existencial humana perde-se na categoria de simples meio para o acúmulo de tal tipo de riqueza. Uma inversão que extrapola os limites racionais conciliáveis com a universalidade da consciência. Os ínvios [intransitáveis] caminhos da mistificação deliberada conduziram à doutrina do capitalismo, regime socioeconômico que sustenta o dogma de um paradigma social imutável para a espécie humana, mercê de estreita relação com a sistemática dos fenômenos naturais à sua volta. Implantou- se, por isso mesmo, a ordem econômica e social estruturada segundo a lei do mais forte, fonte de injustiças e desigualdades que desafiam o mundo todo e, mais ainda, fonte da voracidade consumista estimulada para empoderamento cada vez maior das classes dominantes. Em outras palavras, das elites protegidas pelo culto de um modelo social espúrio, infundido na mente da maioria dos povos pela sutileza de ilimitados mecanismos criados para mantê-lo a qualquer preço. Rose Marie Muraro (1930-2014), em importante obra publicada, Reinventando o capital/dinheiro, historia o surgimento do dinheiro na
  • 5. 5 sociedade humana. A escritora lembra que, ao ser inventado, o dinheiro prestava-se apenas à substituição do escambo, visando facilitar o volume crescente de troca de produtos entre as pessoas. Afirma, com propriedade, que "o dinheiro nada cria mas tudo orienta". No século VI a.C., nasceu o inescrupuloso artifício financeiro do juro, tornando-se a manobra corrente que arquitetou a edificação do capital, produto do juro. "O capitalismo moderno não se originou da compra e venda de mercadorias, isso é característica do mercantilismo, mas sim da existência do juro", esclarece a mesma autora. A firula do roubo monetário, consubstanciado na sutileza extorsiva do juro, que visa unicamente a tirar proveito do dinheiro, converte-se na fonte de riqueza material do mais forte. Garante-lhe o poder embutido no capital acumulado. Legalizou-se, destarte, o roubo na socie- dade capitalista, travestindo-o com a palavra juro, cuja sinonímia verdadeira mantém-se oculta. Deflui, de tais observações, que a ordem econômica reinante no planeta se apoia em bases moralmente inaceitáveis. Não se coaduna com os objetivos éticos que justificam a vida em sociedade e persiste graças à estratégia de sua manutenção, cujo êxito conta com a capilaridade contributiva dos principais campos de atividade, delimitados pelo desenvolvimento do capitalismo. A dissimulação circula nas veias desse regime econômico e reforça-lhe as corrompidas entranhas. A mentira é o ríncipal veículo de sua propagação ideológica. Procura banalizar a natureza violenta, desonesta, exploradora e sanguinária como se fosse imanência distintiva da condição humana. Não reconhece nenhum outro valor que seja desprovido de com- promisso com o capital, logo, com o roubo legalizado. A ordem econômica e social impede o despertar da consciência; afasta a divergência crítica; comanda a mídia; escraviza, pela sedução consumista, a maioria inconsciente; reprime, com brutalidade, as iniciativas que põem em dúvida a veracidade dos conceitos dogmatizados; sacraliza o negócio como alma das relações pecuniárias abençoadas pela santidade empresarial; e desrespeita a organização reinante na natureza, sacrificada irresponsa- velmente por projetos devastadores que espoliam o planeta em busca de mais capital, condenando-o à exaustão e colocando em risco a sobrevivência da humanidade. O capitalismo atravessa uma crise generalizada. Parece que as medidas adotadas para revertê-la perderam fôlego. O esforço de travessia vai sendo feito sem que se veja uma luz no fim do túnel. O ordenamento econômico em questão perde a competência de iludir as coletividades, e o momento histórico é oportuno para que se discuta um novo modelo de sociedade humana e se avance nas providências para sua implantação. É hora de subverter o sistema capitalista, desmascarando a falsidade de conceitos e valores em que se refugia de maneira enganosa. A perseverança na busca por mudanças essenciais à qualificação da vida de todas as pessoas, indistintamente, não pode se fragilizar. Seria acumpliciar a derrocada planetária cujos indícios avultam no horizonte do terceiro milênio. À guisa de pequeno tratado, este livro traz à tona as questões mais
  • 6. 6 candentes que expõem o declínio irreversível do regime de vida capitalista. Na primeira parte, os capítulos abordam a origem do conceito de ordem; os principais setores da sociedade que contribuem sub-repticiamente para mantê-la; a polêmica noção de progresso, estandarte mais utilizado para a propaganda do modelo econômico em vigor; e o atraso imposto aos valores éticos, negando-lhes a primazia referencial que lhes deve caber. Na segunda parte, é analisada a origem do termo "subversão". O real significado da palavra contrapõe-se à adjetivação perversa que lhe é aplicada pelas forças encarregadas de reprimir toda e qualquer ação contrária aos interesses dominantes. Do entendimento que se depreende das atividades ditas subversivas, desdobram-se exemplos de subversão da ordem conduzidos por líderes exemplares na pertinácia da luta empreendida, na ética vigorosamente cultivada, no equilíbrio sem o qual um movimento de tão nobre substância não poderia prosperar. Esses líderes conquistaram avanços importantes e reverteram brutais condutas das elites opressoras, articuladas para massacrar direitos elementares de segmentos desfavorecidos da população. Os perfis escolhidos são os de Francisco de Assis, Martin Luther Kíng, Nelson Mandela e Mahatma Gandhi. A partir da revisão sintética de suas consistentes biografias, constata-se a estreita correlação entre os métodos semelhantes utilizados em tempos diferentes. O mesmo teor humanista, inspirado no radicalismo ético, na simplicidade desconcertante e na paciência inesgotável, desmoralizou a violência repressiva que enfrentavam desarmados, convictos da sublimidade da causa defendida. A subversão da ordem assim liderada atraiu adesões de todas as classes sociais, tornando-se imbatível. O livro reforça a validade da subversão como único caminhO a ser percorrido em nome da substituição do modelo capitalista. A sociedade fundada no lucro há de ceder lugar para a preciosa vida humana que tem sido propositalmente distanciada da convivência entre indivíduos, pessoas, povos e nações do mundo todo. Uma vida que cultive e respeite os recursos nateriais como requisito para o alcance da dimensão existencial da humanidade, única riqueza a justificar a passagem pelo planeta. Nos capítulos finais, enfatiza a substância ética da ação subversiva. É a virtude integradora dos participantes comprometidos com o empurrão final para o desenraizamento progressivo da cultura desumana implantada pelo capitalismo. A obra ressalta a relevância das novas tecnologias de comunicação, facilmente utilizáveis para a interação geradora da consciência que a subversão da ordem requer. Afinal, a causa é de todos e a responsabilidade é de cada um. Fonte: “Pequeno Tratado de Subversão da Ordem” de Dioclécio Campos Júnior. Baruerí: Editora Manole, 2015.