1) O documento discute a necessidade de mudanças na ordem social vigente para corrigir desigualdades e injustiças. A sociedade humana chegou ao terceiro milênio enfrentando problemas como violência, exploração, discriminação e concentração de riqueza e poder nas mãos de poucos.
2) Apesar dos avanços científicos e tecnológicos, os valores éticos e a consciência coletiva não evoluíram o suficiente. O modelo capitalista globalizado é incompatível com o bem-est
1) O autor critica a "razão indolente" que subjaz ao conhecimento hegemônico ocidental e propõe uma "razão cosmopolita" como alternativa.
2) A "razão metonímica" é criticada por ver a totalidade como absoluta, ignorando a diversidade e as partes que a compõem.
3) Uma "sociologia das ausências" e uma "sociologia das emergências" são propostas para expandir o presente e valorizar experiências sociais alternativas.
O documento resume o capítulo 1 do livro "Renovar a Teoria Crítica e Reiventar a Emancipação Social" de Boaventura de Sousa Santos. O capítulo discute a "Sociologia das Ausências" e a "Sociologia das Emergências" como formas de entender racionalidades alternativas ignoradas. Propõe a "tradução" entre saberes como forma de ampliar nosso entendimento do mundo.
O documento discute a necessidade de renovar a teoria crítica e reinventar a emancipação social. Aborda temas como: (1) a tensão entre regulação e emancipação na sociedade moderna; (2) a proposta de uma "nova cultura política emancipatória" baseada em uma ecologia de saberes; (3) os desafios de se construir uma democracia de alta intensidade que promova a redistribuição social.
O documento discute as ideias do sociólogo Boaventura de Sousa Santos sobre a necessidade de uma nova abordagem para as ciências sociais que vá além das teorias desenvolvidas para as sociedades modernas do Norte. Ele argumenta que a maioria das sociedades têm características e formas próprias de conhecimento que precisam ser levadas em conta. O texto também resume brevemente as principais áreas de estudo de Santos e apresenta os conceitos de democracia liberal e participativa.
Este documento discute os fundamentos culturais da educação em direitos humanos, abordando diversos tópicos como globalização, multiculturalismo e diversidade étnica, de gênero, sexual, geracional e religiosa. Apresenta também uma reflexão sobre como a racionalidade moderna foi questionada e novas formas de pensar a sociedade emergiram, levando em conta a diversidade humana.
O documento discute a relação entre filosofia, capitalismo e formação social. Apresenta a visão de que o sistema capitalista impõe dominação e exploração das classes oprimidas. Também reflete sobre o papel do filósofo em questionar ideias dominantes e compreender a realidade de forma crítica, ao invés de apenas explicá-la.
Este documento discute a evolução da ciência ao longo do tempo, desde os primeiros tempos em que a religião dominava até a era moderna da experimentação. Também aborda os limites éticos da ciência e a necessidade de uma "ciência com consciência".
O documento discute as características da modernidade e como elas se transformaram na pós-modernidade. A modernidade trouxe emancipação e positividade, mas na pós-modernidade esses aspectos foram colocados a serviço do neoliberalismo selvagem, levando a exclusão social. A religião também foi afetada, passando a ser vista como assunto privado enquanto a técnica e ciência explicam os fatos sem referência ao sagrado. Isso levou a diversificação religiosa e relativismo.
1) O autor critica a "razão indolente" que subjaz ao conhecimento hegemônico ocidental e propõe uma "razão cosmopolita" como alternativa.
2) A "razão metonímica" é criticada por ver a totalidade como absoluta, ignorando a diversidade e as partes que a compõem.
3) Uma "sociologia das ausências" e uma "sociologia das emergências" são propostas para expandir o presente e valorizar experiências sociais alternativas.
O documento resume o capítulo 1 do livro "Renovar a Teoria Crítica e Reiventar a Emancipação Social" de Boaventura de Sousa Santos. O capítulo discute a "Sociologia das Ausências" e a "Sociologia das Emergências" como formas de entender racionalidades alternativas ignoradas. Propõe a "tradução" entre saberes como forma de ampliar nosso entendimento do mundo.
O documento discute a necessidade de renovar a teoria crítica e reinventar a emancipação social. Aborda temas como: (1) a tensão entre regulação e emancipação na sociedade moderna; (2) a proposta de uma "nova cultura política emancipatória" baseada em uma ecologia de saberes; (3) os desafios de se construir uma democracia de alta intensidade que promova a redistribuição social.
O documento discute as ideias do sociólogo Boaventura de Sousa Santos sobre a necessidade de uma nova abordagem para as ciências sociais que vá além das teorias desenvolvidas para as sociedades modernas do Norte. Ele argumenta que a maioria das sociedades têm características e formas próprias de conhecimento que precisam ser levadas em conta. O texto também resume brevemente as principais áreas de estudo de Santos e apresenta os conceitos de democracia liberal e participativa.
Este documento discute os fundamentos culturais da educação em direitos humanos, abordando diversos tópicos como globalização, multiculturalismo e diversidade étnica, de gênero, sexual, geracional e religiosa. Apresenta também uma reflexão sobre como a racionalidade moderna foi questionada e novas formas de pensar a sociedade emergiram, levando em conta a diversidade humana.
O documento discute a relação entre filosofia, capitalismo e formação social. Apresenta a visão de que o sistema capitalista impõe dominação e exploração das classes oprimidas. Também reflete sobre o papel do filósofo em questionar ideias dominantes e compreender a realidade de forma crítica, ao invés de apenas explicá-la.
Este documento discute a evolução da ciência ao longo do tempo, desde os primeiros tempos em que a religião dominava até a era moderna da experimentação. Também aborda os limites éticos da ciência e a necessidade de uma "ciência com consciência".
O documento discute as características da modernidade e como elas se transformaram na pós-modernidade. A modernidade trouxe emancipação e positividade, mas na pós-modernidade esses aspectos foram colocados a serviço do neoliberalismo selvagem, levando a exclusão social. A religião também foi afetada, passando a ser vista como assunto privado enquanto a técnica e ciência explicam os fatos sem referência ao sagrado. Isso levou a diversificação religiosa e relativismo.
Este documento apresenta um resumo do livro "Relativizando: Uma Introdução à Antropologia Social" de Roberto DaMatta. O autor discute como a antropologia social se diferencia das ciências naturais ao estudar fenômenos sociais complexos em vez de fatos isoláveis. Ele também argumenta que a antropologia deve adotar uma perspectiva humilde ao estudar outras culturas, reconhecendo que podemos aprender com elas. A antropologia nos ensina a relativizar nossas certezas e a entender o mundo a partir da perspectiva do "
Renovar a teoria crítica e reinventar a emancipação social (boaventura de sou...Lívia Willborn
Este documento apresenta informações sobre a equipe responsável pela publicação do livro "Renovar a teoria crítica e reinventar a emancipação social" de Boaventura de Sousa Santos, incluindo editora, tradução, revisão, design da capa e produção.
O documento discute os conceitos de globalização de acordo com Gilles Lipovetsky e Milton Santos. Lipovetsky define a globalização como levando ao surgimento de uma "cultura-mundo" influenciada por economia, tecnologia e geopolítica. Santos vê a globalização como tendo aspectos positivos e negativos, sendo negativa a forma perversa como promove desigualdades, e positiva o potencial de novas tecnologias para promover uma globalização mais ética.
Revista interfaces -_discursos_virtuais_sobre_o_concreto_-_prof._dostoiewskiTico Dostoiewski
O documento discute o ser humano e o humanismo na sociedade da informação. Apresenta visões otimistas de que as relações virtuais podem estabelecer novos tipos de vínculos, e visões mais críticas de que essas relações são superficiais e levam a uma "vida líquida" sem compromissos. Debate também a ideia de uma "epidemia humana" que pode levar a destruição do planeta e da própria humanidade caso os desequilíbrios ambientais continuem.
Fome e pobreza têm suas gêneses por motivos diversos, desde que o homem se apropriou do solo (agricultura), pessoas ficaram ricas, e outras na miséria. Com o feudalismo, mais e mais pessoas passaram a ter escassez de recursos naturais. Depois, com a Revolução Industrial, milhões de seres humanos passaram a não só ficarem famintas, mas na condição deplorável de miseráveis. Farrapos humanos mendigavam, outros furtavam, ou roubavam, para mitigarem, por breves momentos, as dores cruciantes que percorriam seus sistemas digestivos e suas mentes.
O documento discute a evolução da sociologia contemporânea, abordando tópicos como a expansão do capitalismo, desenvolvimento versus crescimento econômico, globalização, pobreza e exclusão social. A sociologia contemporânea é influenciada por outras disciplinas e busca entender a sociedade de forma interdisciplinar.
O documento discute a evolução da antropologia contemporânea e como seus objetos de estudo e abordagens teóricas mudaram ao longo do tempo. A antropologia abandonou paradigmas estruturalistas e funcionalistas em favor de uma abordagem hermenêutica e interpretativa, focada na construção de identidades culturais. Também analisa como a globalização e padronização cultural desafiam a manutenção de identidades distintas, e como minorias passaram a reivindicar o reconhecimento de suas diferenças.
O documento discute a formação intelectual do autor e sua trajetória como pesquisador. Ele foi influenciado inicialmente pelo positivismo, depois pelo marxismo através da sociologia do conhecimento, e pela sociologia norte-americana. Sua pesquisa focou em entender a realidade histórica da América Latina e do Brasil. Ele defendia usar a imaginação para pensar soluções originais em vez de reproduzir o saber convencional.
O documento discute a formação de tribos na pós-modernidade como palco para relacionamentos sociais. A pós-modernidade é caracterizada por valores arcaicos e tecnológicos combinados e grupos se formam com base na partilha de signos e valores comuns. As tribos fornecem sentido de pertencimento e identidade aos indivíduos em um contexto de mudanças constantes e fragmentação das instituições tradicionais.
Esta edição da Revista de Educação da APEOESP contém subsídios para professores se prepararem para concursos públicos, com resumos de livros da bibliografia. Ao mesmo tempo, critica avaliações excludentes promovidas pelo governo. Espera-se que os professores tirem proveito dos subsídios para obter bom desempenho nos concursos.
Aula da disciplina de Estrutura e Dinâmica Social, Universidade Federal do ABC, São Bernardo do Campo - SP, outubro de 2019.
Gravação de aula disponível em: https://youtu.be/xCTM4xq0VxQ
Este documento fornece informações sobre educação de jovens e adultos, abordando tópicos como: 1) o material é organizado para aqueles que desejam completar os estudos rapidamente e de maneira eficiente; 2) o material foi elaborado por profissionais qualificados e respeita metodologias de aprendizagem modernas; 3) acredita-se que entendimento e reflexão sobre princípios como transparência e respeito permitirão alcançar padrões morais e éticos mais elevados.
O documento discute a educação após Auschwitz segundo Theodor Adorno. Ele argumenta que (1) evitar a repetição de Auschwitz deve ser o objetivo primordial da educação; (2) as forças sociais que levaram a Auschwitz ainda existem, então a educação deve focar na consciência crítica e auto-reflexão dos indivíduos; (3) a educação da primeira infância é crucial para moldar o caráter e prevenir futuros crimes.
Este documento discute conceitos de pobreza, destacando o caso brasileiro. Apresenta definições de pobreza relativa e absoluta, e argumenta que a distinção entre elas é equivocada, já que as necessidades básicas variam entre sociedades e épocas. Também examina as causas históricas atribuídas à pobreza e a necessidade de combatê-la através de políticas sociais eficientes no Brasil.
1. O documento discute os principais pensadores e correntes teóricas da Antropologia, como o evolucionismo cultural, funcionalismo e escola historicista.
2. Aborda as origens da Antropologia na Europa e suas influências do positivismo e evolucionismo. Também discute conceitos como etnocentrismo.
3. Explica como a Antropologia moderna passou a enfatizar o trabalho de campo e o relativismo cultural, rejeitando visões evolucionistas e etnocêntricas anteriores.
Este documento discute as teorias do currículo no contexto da modernidade. Apresenta como as primeiras teorias do currículo foram influenciadas pela racionalidade científica e técnica da modernidade, levando a uma visão do currículo como um plano racional e objetivo (currículo-como-plano). Também discute como as visões pós-estruturalistas rejeitam a ideia de que o currículo pode ser descoberto objetivamente, vendo-o como uma construção social e cultural.
Antropologia e psicologia apontamentos para um diálogo aberto, 2004Jailda Gama
O documento discute as bases epistemológicas da antropologia e psicologia e como elas se relacionam. A autora argumenta que a antropologia enfatiza o contexto social enquanto a psicologia foca no indivíduo. No entanto, ambas as disciplinas reconhecem a influência mútua entre indivíduo e sociedade. A autora também discute como conceitos como "cultura" evoluíram para incorporar dinamicidade e agência individual.
O documento discute como a educação no livro Admirável Mundo Novo reproduzia as relações sociais de forma rígida, privando as pessoas de liberdade e pensamento crítico. Também compara esta situação com os atuais sistemas educacionais brasileiros que parecem ter o objetivo de manter o status quo através do condicionamento desde cedo.
Este documento apresenta uma introdução sobre o desenvolvimento da Antropologia como campo científico. Apresenta alguns marcos históricos importantes, como Heródoto no século V a.C, que já fazia observações sobre diferentes povos, e destaca o surgimento da Antropologia como ciência no final do século XVIII. Explica também que, embora a curiosidade sobre o ser humano seja antiga, foi necessário um processo de organização do conhecimento para a constituição da Antropologia como estudo sistemático do homem.
Here is a 3 sentence summary of the document:
[SUMMARY] This document discusses the conference opening of the 12th National Meeting of ABRAPSO. The opening talk focuses on the challenges of the contemporary moment and ABRAPSO's role in resisting domination and creating strategies of resistance through critical reflection on social psychology practice and knowledge production in Brazil. The large number of submissions to the conference indicates the richness and plurality of social practices being experimented with in contemporary society.
1) O documento discute a presença da ideologia nos Estados, não apenas de forma explícita, mas também de forma oculta e dissimulada.
2) A ideologia está presente em todos os Estados através das opções constitucionais e legais que impõem determinadas ideologias dominantes.
3) Embora alguns Estados assumam explicitamente uma ideologia de Estado totalitária, a maioria impõe ideologias de forma mais sutil através das estruturas e instituições derivadas das leis.
1) O documento discute a negação do racismo e propõe que o racismo surgiu historicamente como uma estrutura socialmente estruturante derivada de comportamentos de identificação humanos na história evolutiva.
2) Argumenta-se que negar a existência do racismo é a melhor forma de encobri-lo, e que simplificá-lo como patologia individual ou ideologia reduz sua natureza sistêmica.
3) Defende-se a hipótese de que formas iniciais de comportamentos de identificação entre humanos distantes na evol
Este documento apresenta um resumo do livro "Relativizando: Uma Introdução à Antropologia Social" de Roberto DaMatta. O autor discute como a antropologia social se diferencia das ciências naturais ao estudar fenômenos sociais complexos em vez de fatos isoláveis. Ele também argumenta que a antropologia deve adotar uma perspectiva humilde ao estudar outras culturas, reconhecendo que podemos aprender com elas. A antropologia nos ensina a relativizar nossas certezas e a entender o mundo a partir da perspectiva do "
Renovar a teoria crítica e reinventar a emancipação social (boaventura de sou...Lívia Willborn
Este documento apresenta informações sobre a equipe responsável pela publicação do livro "Renovar a teoria crítica e reinventar a emancipação social" de Boaventura de Sousa Santos, incluindo editora, tradução, revisão, design da capa e produção.
O documento discute os conceitos de globalização de acordo com Gilles Lipovetsky e Milton Santos. Lipovetsky define a globalização como levando ao surgimento de uma "cultura-mundo" influenciada por economia, tecnologia e geopolítica. Santos vê a globalização como tendo aspectos positivos e negativos, sendo negativa a forma perversa como promove desigualdades, e positiva o potencial de novas tecnologias para promover uma globalização mais ética.
Revista interfaces -_discursos_virtuais_sobre_o_concreto_-_prof._dostoiewskiTico Dostoiewski
O documento discute o ser humano e o humanismo na sociedade da informação. Apresenta visões otimistas de que as relações virtuais podem estabelecer novos tipos de vínculos, e visões mais críticas de que essas relações são superficiais e levam a uma "vida líquida" sem compromissos. Debate também a ideia de uma "epidemia humana" que pode levar a destruição do planeta e da própria humanidade caso os desequilíbrios ambientais continuem.
Fome e pobreza têm suas gêneses por motivos diversos, desde que o homem se apropriou do solo (agricultura), pessoas ficaram ricas, e outras na miséria. Com o feudalismo, mais e mais pessoas passaram a ter escassez de recursos naturais. Depois, com a Revolução Industrial, milhões de seres humanos passaram a não só ficarem famintas, mas na condição deplorável de miseráveis. Farrapos humanos mendigavam, outros furtavam, ou roubavam, para mitigarem, por breves momentos, as dores cruciantes que percorriam seus sistemas digestivos e suas mentes.
O documento discute a evolução da sociologia contemporânea, abordando tópicos como a expansão do capitalismo, desenvolvimento versus crescimento econômico, globalização, pobreza e exclusão social. A sociologia contemporânea é influenciada por outras disciplinas e busca entender a sociedade de forma interdisciplinar.
O documento discute a evolução da antropologia contemporânea e como seus objetos de estudo e abordagens teóricas mudaram ao longo do tempo. A antropologia abandonou paradigmas estruturalistas e funcionalistas em favor de uma abordagem hermenêutica e interpretativa, focada na construção de identidades culturais. Também analisa como a globalização e padronização cultural desafiam a manutenção de identidades distintas, e como minorias passaram a reivindicar o reconhecimento de suas diferenças.
O documento discute a formação intelectual do autor e sua trajetória como pesquisador. Ele foi influenciado inicialmente pelo positivismo, depois pelo marxismo através da sociologia do conhecimento, e pela sociologia norte-americana. Sua pesquisa focou em entender a realidade histórica da América Latina e do Brasil. Ele defendia usar a imaginação para pensar soluções originais em vez de reproduzir o saber convencional.
O documento discute a formação de tribos na pós-modernidade como palco para relacionamentos sociais. A pós-modernidade é caracterizada por valores arcaicos e tecnológicos combinados e grupos se formam com base na partilha de signos e valores comuns. As tribos fornecem sentido de pertencimento e identidade aos indivíduos em um contexto de mudanças constantes e fragmentação das instituições tradicionais.
Esta edição da Revista de Educação da APEOESP contém subsídios para professores se prepararem para concursos públicos, com resumos de livros da bibliografia. Ao mesmo tempo, critica avaliações excludentes promovidas pelo governo. Espera-se que os professores tirem proveito dos subsídios para obter bom desempenho nos concursos.
Aula da disciplina de Estrutura e Dinâmica Social, Universidade Federal do ABC, São Bernardo do Campo - SP, outubro de 2019.
Gravação de aula disponível em: https://youtu.be/xCTM4xq0VxQ
Este documento fornece informações sobre educação de jovens e adultos, abordando tópicos como: 1) o material é organizado para aqueles que desejam completar os estudos rapidamente e de maneira eficiente; 2) o material foi elaborado por profissionais qualificados e respeita metodologias de aprendizagem modernas; 3) acredita-se que entendimento e reflexão sobre princípios como transparência e respeito permitirão alcançar padrões morais e éticos mais elevados.
O documento discute a educação após Auschwitz segundo Theodor Adorno. Ele argumenta que (1) evitar a repetição de Auschwitz deve ser o objetivo primordial da educação; (2) as forças sociais que levaram a Auschwitz ainda existem, então a educação deve focar na consciência crítica e auto-reflexão dos indivíduos; (3) a educação da primeira infância é crucial para moldar o caráter e prevenir futuros crimes.
Este documento discute conceitos de pobreza, destacando o caso brasileiro. Apresenta definições de pobreza relativa e absoluta, e argumenta que a distinção entre elas é equivocada, já que as necessidades básicas variam entre sociedades e épocas. Também examina as causas históricas atribuídas à pobreza e a necessidade de combatê-la através de políticas sociais eficientes no Brasil.
1. O documento discute os principais pensadores e correntes teóricas da Antropologia, como o evolucionismo cultural, funcionalismo e escola historicista.
2. Aborda as origens da Antropologia na Europa e suas influências do positivismo e evolucionismo. Também discute conceitos como etnocentrismo.
3. Explica como a Antropologia moderna passou a enfatizar o trabalho de campo e o relativismo cultural, rejeitando visões evolucionistas e etnocêntricas anteriores.
Este documento discute as teorias do currículo no contexto da modernidade. Apresenta como as primeiras teorias do currículo foram influenciadas pela racionalidade científica e técnica da modernidade, levando a uma visão do currículo como um plano racional e objetivo (currículo-como-plano). Também discute como as visões pós-estruturalistas rejeitam a ideia de que o currículo pode ser descoberto objetivamente, vendo-o como uma construção social e cultural.
Antropologia e psicologia apontamentos para um diálogo aberto, 2004Jailda Gama
O documento discute as bases epistemológicas da antropologia e psicologia e como elas se relacionam. A autora argumenta que a antropologia enfatiza o contexto social enquanto a psicologia foca no indivíduo. No entanto, ambas as disciplinas reconhecem a influência mútua entre indivíduo e sociedade. A autora também discute como conceitos como "cultura" evoluíram para incorporar dinamicidade e agência individual.
O documento discute como a educação no livro Admirável Mundo Novo reproduzia as relações sociais de forma rígida, privando as pessoas de liberdade e pensamento crítico. Também compara esta situação com os atuais sistemas educacionais brasileiros que parecem ter o objetivo de manter o status quo através do condicionamento desde cedo.
Este documento apresenta uma introdução sobre o desenvolvimento da Antropologia como campo científico. Apresenta alguns marcos históricos importantes, como Heródoto no século V a.C, que já fazia observações sobre diferentes povos, e destaca o surgimento da Antropologia como ciência no final do século XVIII. Explica também que, embora a curiosidade sobre o ser humano seja antiga, foi necessário um processo de organização do conhecimento para a constituição da Antropologia como estudo sistemático do homem.
Here is a 3 sentence summary of the document:
[SUMMARY] This document discusses the conference opening of the 12th National Meeting of ABRAPSO. The opening talk focuses on the challenges of the contemporary moment and ABRAPSO's role in resisting domination and creating strategies of resistance through critical reflection on social psychology practice and knowledge production in Brazil. The large number of submissions to the conference indicates the richness and plurality of social practices being experimented with in contemporary society.
1) O documento discute a presença da ideologia nos Estados, não apenas de forma explícita, mas também de forma oculta e dissimulada.
2) A ideologia está presente em todos os Estados através das opções constitucionais e legais que impõem determinadas ideologias dominantes.
3) Embora alguns Estados assumam explicitamente uma ideologia de Estado totalitária, a maioria impõe ideologias de forma mais sutil através das estruturas e instituições derivadas das leis.
1) O documento discute a negação do racismo e propõe que o racismo surgiu historicamente como uma estrutura socialmente estruturante derivada de comportamentos de identificação humanos na história evolutiva.
2) Argumenta-se que negar a existência do racismo é a melhor forma de encobri-lo, e que simplificá-lo como patologia individual ou ideologia reduz sua natureza sistêmica.
3) Defende-se a hipótese de que formas iniciais de comportamentos de identificação entre humanos distantes na evol
Este documento discute os desafios da tecnociência e da complexidade da vida em três pontos:
1) A cisão entre cultura científica e humanidades que dificulta a comunicação entre saberes;
2) Os impactos complexos da tecnociência no meio ambiente e na condição humana;
3) A necessidade de uma ética e cidadania planetárias para lidar com os problemas globais gerados pela modernidade.
O documento discute a evolução da antropologia contemporânea e como a globalização levou a uma crise de identidade. A antropologia passou de um enfoque em distanciamento cultural para um paradigma hermenêutico de interpretação, reconhecendo a capacidade simbólica dos sujeitos. Grupos minoritários também ganharam voz política à medida que instituições perderam capacidade de consolidar identidades.
As 3 frases resumem:
1) Auguste Comte foi um fundador da sociologia e propôs a "lei dos três estados" para explicar a evolução do pensamento humano de teológico para positivo.
2) A sociologia surgiu no contexto de transformações sociais na Europa no século XVIII como a Revolução Industrial e a Revolução Francesa.
3) O positivismo de Comte defendia que a ciência, incluindo a nova ciência social da sociologia, poderia reformular a sociedade para trazer ordem e progresso.
WOLMER A.C & WOLKMER Ma Fatima- Pluralismo jurídico y Constitucionalismo ema...j g
Este documento apresenta as atas de um colóquio internacional sobre epistemologias do sul realizado em Coimbra, Portugal. O colóquio discutiu temas como constitucionalismo transformador, interculturalidade e reforma do estado considerando perspectivas do sul global. O documento fornece detalhes sobre a programação do evento incluindo sessões, palestras musicais e apresenta agradecimentos às instituições envolvidas na organização do colóquio.
Santos boaventura de s. & cunha teresa (ed). colóquio internacional epis...j g
Este documento apresenta as atas de um colóquio internacional sobre epistemologias do sul realizado em Coimbra, Portugal. O colóquio discutiu temas como constitucionalismo transformador, interculturalidade e reforma do estado a partir de uma perspectiva pós-colonial. O documento inclui a programação cultural do evento, agradecimentos às instituições envolvidas e uma introdução conceitual sobre como as epistemologias do sul desafiam a ciência eurocêntrica.
Santos boaventura de s. & cunha teresa (ed). colóquio internacional epis...j g
Este documento discute as epistemologias do sul e a necessidade de reconhecer a diversidade de conhecimentos além da ciência eurocêntrica. Aponta que as respostas do paradigma eurocêntrico têm sido fracas diante das grandes questões colocadas pelas sociedades atuais. Defende que é urgente uma busca epistemológica mais crítica que reconheça outros saberes híbridos e racionalidades presentes no mundo.
Este artigo discute o modelo decolonial e a importância de dar voz aos outros e ouvir suas perspectivas. Ele argumenta que os pensadores decoloniais questionam o sistema massificador que suprimiu os modos de ser e pensar das populações tradicionais na América Latina. Além disso, defende que o desenvolvimento deve ser baseado na promoção das comunidades locais e em seu protagonismo, diminuindo interferências externas. Por fim, a interculturalidade é importante para ouvir os calados e torná-los visíveis e protagonistas de seu pró
1) O documento discute a relação entre filosofia, capitalismo e formação social, analisando como o sistema capitalista impõe dominação e exploração das classes oprimidas.
2) É destacado que a filosofia questiona ideias que parecem indiscutíveis e busca compreender a totalidade da realidade, ao contrário da ciência que divide o conhecimento em fragmentos.
3) O conhecimento é visto como uma produção social dependente das relações entre as pessoas, embora na atualidade haja apropriação individual do
A Sociedade dos Corpos Dóceis? Uma Metáfora Perfeita! - Claudinéia Barbosa - ...Claudinéia Barbosa
A partir das notáveis considerações de Michael Foucaut, provoco reflexões sobre a trajetória evolutiva do ser humano, considerando um “olhar” atento sobre as “realidades” que proporcionam experiências empíricas, pretendendo discutir sobre a precisa capacidade de interpretar o que existe e o que é vislumbrado nos micro-espaços e para além deles. E estimular a arte de pensar sobre por que o ser humano existe e para que é dotado de potencialidades, das quais a maioria ainda latentes por falta de reconhecimento do próprio ser humano. Que condicionado por uma educação de controle, não os permitiram pensar em si mesmos enquanto seres em evolução.
A intenção deste artigo foi traçar uma possível crítica epistemológica e perceptual dos conceitos e sentimentos, observada entre o devir artístico e a atualidade do mundo pós-moderno no Brasil. Estas reflexões em filosofia contemporânea transpareceram a partir da leitura das Antinomias da Razão Pura, na ‘CRÍTICA DA RAZÃO PURA’ de Immanuel Kant1, e possíveis causalidades imanentes presentes no trajeto que Dante Alighieri faz sob os cuidados de seu mestre Virgílio pelos caminhos do Inferno na ‘DIVINA COMÉDIA’2, até a sua chegada no Canto XVII [Gerión3 - Espíritos de famílias da alta nobreza].
O documento discute a relação entre filosofia e família ao longo da história. A família não recebeu muita atenção dos filósofos, que se concentraram em outros tópicos como o cosmos, a pólis e o indivíduo. Também analisa como oposições como biológico vs social prejudicaram a reflexão filosófica sobre a família.
1) O texto discute o discurso sobre sexualidade e como Freud ajudou a estabelecer uma conexão entre corpo e saber.
2) Freud desenvolveu a psicanálise que buscava revelar os segredos inconscientes das pessoas.
3) Ele acreditava que a civilização se baseia na repressão dos impulsos sexuais, gerando sentimentos de culpa.
O documento discute a noção de cultura e como ela diferencia os seres humanos. Apresenta várias definições de cultura ao longo da história e discute teorias que tentam explicar a diversidade cultural entre as sociedades humanas, rejeitando determinismos biológicos ou geográficos. Também aborda como a cultura condiciona a visão de mundo dos indivíduos.
O documento discute o etnocentrismo e como ele se transformou em racismo com a mistura dos povos. Afirma que o racismo surgiu como uma doutrina para justificar a dominação européia sobre outros povos durante o período colonial, ao argumentar que existiam diferenças biológicas naturais entre as raças que determinavam sua capacidade de evoluir.
Este documento discute diferentes epistemologias e saberes tradicionais. Em particular, três pontos principais: 1) A epistemologia ocidental dominante excluiu outros saberes; 2) Existem "Epistemologias do Sul" que valorizam conhecimentos locais e tradicionais; 3) É possível estabelecer pontes entre saberes científicos e tradicionais, reconhecendo a validade de ambos.
O documento resume os principais conceitos e pensadores da filosofia moderna e contemporânea, desde o surgimento da burguesia durante a Reforma Protestante e o Renascimento até os debates atuais sobre ética, meio ambiente e direitos humanos. Aborda pensadores como Descartes, Locke, Kant, Marx, Freud e Nietzsche e como eles influenciaram temas como política, ciência, religião e psicanálise.
O documento discute etnocentrismo versus relativismo cultural, abordando: 1) Etnocentrismo surge do choque cultural e vê a própria cultura como absoluta, arriscando violências; 2) Relativismo cultural propõe enxergar outras culturas em seu próprio contexto, sem um centro, mas também recebe críticas; 3) É necessário um equilíbrio entre os dois para evitar extremismos e promover diálogos interculturais.
Este documento discute como os mitos criam e organizam comunidades. Aponta que os mitos dão vida a uma sociedade, organizando-a e lançando-a rumo ao seu destino, através de um sentimento do mundo compartilhado que cria laços sociais e normas comunitárias. Também estrutura as personalidades individuais e origina visões de mundo coerentes.
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O documento lista 10 atitudes positivas para o sucesso profissional, incluindo disposição, pontualidade, aprendizado constante, proatividade, resiliência, profissionalismo, coragem, temperança, altruísmo e empatia. Essas atitudes ajudam a construir um patrimônio moral e evitar demissões devido a más atitudes, ao invés de deficiências técnicas ou resultados ruins.
1. O documento discute as características da geração iGen, nascidos após 1995, baseado na pesquisa de Jean Twenge.
2. A iGen é caracterizada por menos leitura, menos felicidade e menos habilidades sociais devido ao uso excessivo de telas e mídias sociais.
3. Eles também demonstram menos comunidade, saúde mental, altruísmo, esperança e alinhamento político.
Quando dizemos “mundo ocidental” estamos falando da Europa Ocidental, das Américas e da Australásia. Muitas diferenças existem entre essas regiões, tanto na geografia, na economia e na cultura...
Jordan defende que a vida é um processo continuado de ordem e caos. Apregoa que o ser humano busca sempre a ordem, uma situação estável de vida em que possa viver confortavelmente, mas o ser humano também sabe que para evoluir precisa arriscar-se, buscar novos horizontes, tentar situações de incerteza, que ele chama de caos.
O documento lista várias leituras realizadas pelo Prof. Giba Canto sobre uma variedade de tópicos incluindo história, filosofia, psicologia, educação e negócios. As leituras abrangem livros de autores como Peter Burke, Yuval Harari, Mihaly Csikszentmihalyi e Milton Friedman.
Os estádios esportivos eram tradicionalmente símbolos de orgulho cívico e lugares onde pessoas de diferentes classes sociales se reuniam. No entanto, as corporações passaram a patrocinar estádios e times, e camarotes de luxo separaram os ricos do público comum, corroendo os laços sociais e ensinamentos cívicos outrora proporcionados pelos esportes.
O poema questiona onde está a verdade em meio às mentiras, meias-verdades e falsas verdades que ouvimos. O autor afirma ter procurado a verdade em diversas fontes como livros, filmes, pessoas e lugares diferentes, mas ainda não ter encontrado.
It has long been common practice for companies to take out insurance on the lives of their CEOs and top executives, to offset the significant cost of replacing them if they die.
1) O autor reflete sobre como as relações entre homens e mulheres podem ter piorado em termos de afeto desde a pré-história, com o aumento do tédio.
2) Ele imagina uma conversa com homens e mulheres da pré-história sobre se os vínculos baseados na responsabilidade e carinho entre os sexos são valorizados hoje.
3) O autor sugere que as pessoas da pré-história lidavam melhor com a vida porque dependiam umas das outras, ao contrário das pessoas contemporâneas que terceirizam tudo.
O documento discute o conceito de narcisismo de acordo com a psicanálise freudiana, distinguindo narcisismo primário e secundário. Explica que o narcisismo patológico surge de experiências negativas no estágio primário e leva a baixa autoestima e incapacidade de vínculos afetivos. Também descreve como a cultura contemporânea é marcada por um narcisismo patológico generalizado, com ênfase no ego e negação da solidão.
1) O autor argumenta que 6 bilhões de pessoas buscando felicidade individual de forma insaciável não é sustentável para o planeta.
2) A felicidade entendida como realização de desejos individuais pode não ser o que melhor adapta a nossa espécie evolutivamente, já que não evoluímos em um ambiente de felicidade individual.
3) Há dúvidas se a espécie humana suporta tanta ênfase e possibilidade de felicidade sem se tornar irrelevante.
1. 1
O CULTO DA UTOPIA É VIRTUDE INERENTE AO SER HUMANO1
Desde os primórdios da civilização, a utopia fulgura como contagiante
encanto de uma estrela que aquece o espirito, gera projetos e mobiliza as
originalidades das pessoas. É a fonte da perseverança engajada no alcance
dos objetivos traçados.
A necessidade de mudanças no modelo de vida em que sobrevive a
sociedade humana é patente. Salta aos olhos. Só não a vê quern padece de
miopia social. Ou, então, quem dele se beneficia. A cultura da desigualdade
sustenta injustiças que não podem mais ser accitas. Não apenas no Brasil,
mas no mundo inteiro. A globalização da economia restringiu-se à
internacionalização dos interesses econômicos que privilegiam as minorias
detentoras do poder. Sua visível consequência é a globalização da
desigualdade, ainda que dissimulada pelas aparências ilusórias bem
trabalhadas. É sombrio o panorama da ordem social vigente.
A produção deste livro representa um esforço para contribuir com a
consciência crítica, indispensável à análise das causas e dos efeitos do
cenário global de discriminação humana, o qual precisa ser revertido. O
texto visa estimular a convergencia de energias, capaz de mudar a
realidade a partir de ações transformadoras latentes em todas as classes
sociais. A analise da origem e das características da ordem reinante
permite convencer as pessoas do valor do seu próprio potencial
construtivo, que só desperta pela reflexão devidamente esculpida.
Para cumprir o objetivo maior desta publicação, um minucioso roteiro
sintetiza a sequência dos conteúdos que abordam o tema central, ou seja,
a subversão pacífica da ordem. Os conhecimentos que o autor busca
aprofundar, ao longo dos capitulos, cobrem amplo espectro de
considerações, enriquecendo a discussão almejada. Partindo da origem da
palavra “ordem”, o texto delineia os mecanismos de "manutenção da or-
dem" por meio de condicionamentos comportamentais coletivos ou pela
violenta "repressão" comandada pelo Estado. Por outro lado, procura
tambem esclarecer o significado correto do termo "subversão", mostrando
como foi deliberadamente distorcido para justificar a lógica das forças
repressivas, criadas e mantidas pelos donos do poder.
Com base nos tópicos que alicerçam o diagnóstico das manobras
subjacentes às estruturas dos governos, o Pequeno tratado de subversão
da ordem traz de volta a validade conceitual das ações subversivas,
formulando os princípios éticos que as devem nortear. Fica, pois, bem claro,
no teor do livro, que as práticas não pacíficas configuram violência a ser
sempre rejeitada, e não se incluem no legítimo contexto defendido para a
subversão verdadeira da ordem.
Outro recurso convincente é a reflexão sobre o grandioso legado de quatro
líderes históricos que adotaram a não violência como princípio fundamental
das iniciativas, por meio das quais mobilizavam as populações. Com efeito,
a síntese biográfica de Francisco de Assis, Martin Luther King, Mahatma
1
Reprodução das pgs 9 e 10 do livro “Pequeno Tratado de Subversão da Ordem”.
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Gandhi e Nelson Mandela enriquece exemplarmente a essência do texto
desenvolvido. As louváveis conquistas que eles alcançaram provam a
coerência da subversão pacífica da ordem, entendida como único caminho
para a concretização do sonho de mudar a sociedade.
As referencias bibliograficas, que sustentam a tese em causa, compõem um
acervo diferenciado de obras publicadas em distintas eras e da mais ampla
abrangência, comprometidas com o bem da humanidade. São as fontes de
ideias e pensamentos qualificados que emprestaram grande lucidez à
fundamentação filosófica e científica presente em todos os capítulos.
Finalmente, cabe ressaltar que o autor desta obra, assim como boa parte
daqueles em que se inspira, tem formação intelectual enraizada na
educação humanista adquirida pela leitura e pelo estudo de textos que
respondem às suas constantes indagações, oriundas da vivência em
diferentes contextos institucionais, sociais e internacionais. Graduado em
medicina e posgraduado em pediatria, exerceu a importante função de
professor universitário nessa área que requer visão global e transcendente
para se projetar no território do humanismo sem limite. Em sintonia com
iniciativas inadiáveis para a contínua evolução da humanidade, seus artigos
e livros publicados demonstram o engajamento com a causa. Dois deles,
intitulados Até quando? e Crianças do mundo inteiro, uni-vos!, comprovam
a trajetória intelectual que agora culmina no Pequeno tratado de subversão
da ordem.
A SOCIEDADE HUMANA CHEGOU AO TERCEIRO MILÊNIO A DURAS
PENAS2
Sobreviveu a tragédias diversas. Padeceu de epidemias arrasadoras que
dizimaram populações. Jamais abriu mão da guerra como instrumento de
destruição. Cultivou todas as formas de violência contra o próximo. Valeu-
se da exploração do mais fraco. Legitimou o roubo como mecanismo de
enriquecimento. Desenvolveu estratégias cada vez mais eficazes de
controle da opinião pública. Consolidou, ao longo de séculos, a
desigualdade entre classes sociais ricas e pobres. Escravizou os negros,
segregando-os com a mais humilhante forma de discriminação. Oprimiu os
pobres, negando-lhes direitos fundamentais. Cometeu genocídios e
holocaustos. Refletiu sempre o poder dos endinheirados exercido sobre os
despossuidos. Das elites sobre os desprovidos. Dos aristocratas sobre os
plebeus. Do homem sobre a mulher. De todos sobre a criança.
A explosao demográfica só não foi maior porque as enfermidades
contagiosas eliminavam contingentes expressivos de habitantes do planeta.
Além disso, sempre houve o morticinio resultante de práticas de dominação
selvagem, ademais do aborto, infanticídio e abandono de crianças (uma vez
que muitas delas morrem em razão deste abandono). Apesar de
moralmente condenáveis, essas práticas eram atitudes rotineiras no
2
Reprodução das pgs 13 a 18 do livro “Pequeno Tratado de Subversão da Ordem”.
3. 3
passado e persistem até os dias de hoje, sem qualquer razão válida a
justificá-las. Mesmo assim; o número de habitantes do planeta atingiu a
cifra de sete bilhões. Um enorme desafio, mormente se considerado o
modelo econômico em vigor – a economia capitalista globalizada –,
inapropriado para garantir condições de vida minimamente indispensáveis à
dignidade humana a que todos têm direito.
Melhorias na qualidade dos recursos materiais de que dependem a
existência saudável das pessoas atravessaram os tempos. Inovação tem
sido a tônica do processo. O surgimento da metodologia científica no século
XVI, desencadeado pela genialidade do filósofo inglês Francis Bacon,
propiciou a libertação de potenciais de originalidade criativa da espécie
Homo sapiens, até então represados pelo embotamento mental do
misticismo que imperava universalmente. A produção de conhecimentos
adquiriu objetividade confiável, desvendou enigmas milenares no campo da
metafísica, aguçou a acurácia do pensamento crítico, derrubou preconceitos
e dogmas ancestrais, abriu as portas do saber, iluminou recônditos redutos
da percepção consciente e esclareceu fenômenos internos e externos
experimentados pelo indivíduo no curso das incontáveis gerações que nos
trouxeram aos tempos modernos.
A ciência foi, sem dúvida, um marco revolucionário na evolução da espécie
humana. Cumpriu, inclusive, o papel de alicerce para a sólida sustentação
da capacidade inventiva do homem, mérito que lhe é inerente desde as
idades pré-históricas da pedra, do fogo e do metal. Nasceu, assim, a era da
tecnologia, metamorfose que gerou novidades criativas, equipamentos
atraentes, ferramentas utilitárias fascinantes, facilitando a vida daqueles
que têm acesso a esses benefícios. A criatura humana desembarcou no
novo milênio munida da extraordinária ferramenta da informática, semente
cuja disseminação fez desabrochar a cultura do mundo virtual, que mudou
rapidamente hábitos e costumes, moldou comportamentos inimagináveis
para as novas gerações e diluiu fronteiras físicas, contribuindo para a
universalidade esperada.
As perspectivas de diferenciação progressiva da sociedade humana são
reais. Não faltam conhecimentos científicos seguros nem capacidade
preditiva fundada em quesitos palpáveis. Tampouco inexistem recursos
diagnósticos para a identificação de transtornos socioeconômicos, físicos e
psíquicos de toda natureza. Tornou-se também possível delimitar as causas
que estejam na gênese de crises, catástrofes e câmbios comportamentais
destoantes dos pressupostos de crescimento evolutivo da humanidade. O
acervo de domínio cognitivo desdobrado em avanços tecnológicos é imenso.
Não tem limite. No âmbito dos recursos materiais disponíveis para o bem-
estar das pessoas, a sociedade não carece de investimentos além dos que
têm sido feitos.
O progresso produtivo é inquestionável. Colocou-se em níveis
estratosféricos. Mas a evolução de valores éticos, morais, culturais e a
elevação do grau de consciência individual e coletiva avançaram em ritmo
aquém do desejável. E não por acaso. Ao contrário, como consequência
4. 4
previsível de modelos de vida incompatíveis com a plenitude dos
mencionados valores, muito mais humanistas do que materialistas. À luz
dos graves sintomas corrosivos do organismo social, esboça-se a hipótese
diagnóstica de uma falência múltipla de órgãos que levará a sociedade
humana à fase terminal, a menos que a causa dos males seja erradicada e
se renovem profundamente a estrutura e a dinâmica funcional do
organismo em decomposição. Medidas meramente paliativas serão
ineficazes.
A dimensão existencial do ser humano é a riqueza maior da espécie.
Nenhuma outra se lhe compara. Sem dúvida, requer condições materiais
para sua expressão. Mas que sejam recursos ambientais concebidos
unicamente para supri-las de forma equilibrada. Disponíveis para a função
de meio, não le fim. O objetivo existencial singular da espécie há de pairar
acima do conceito de riqueza material. Do contrário, prevalecem os desvios
de rota que ameaçam descarrilar a composição de uma sociedade humana
em deslocamento para um destino insustentável.
Com a percepção subjetiva de que há uma suposta ordem universal
presidindo a vida no planeta, o homem incorporou sinais indicativos de
alguma lógica comportamental a ser respeitada, mirando-se nas evidências
externas presentes nos fenômenos da natureza. Ao se delinear a formação
da sociedade, a chamada lei do mais forte, inspirada no cenário das demais
espécies animais, terminou convertendo-se em princípio natural a regrar a
convivência entre humanos. Originaram-se, assim, as normas e relações de
poder derivadas do empirismo econômico que impulsionou o modelo
capitalista reinante na maior parte da história da civilização. Essas regras
adquiriram status de verdadeira crença religiosa da atualidade; assim, a
sociedade passou a ser tratada, na esfera social, como reprodução do
regramento percebido na natureza. Preceitos, leis, regras e condutas
configuraram o formato de uma convivência que tem, por finalidade, a
riqueza material individual do mais forte. A dimensão existencial humana
perde-se na categoria de simples meio para o acúmulo de tal tipo de
riqueza. Uma inversão que extrapola os limites racionais conciliáveis com a
universalidade da consciência.
Os ínvios [intransitáveis] caminhos da mistificação deliberada conduziram à
doutrina do capitalismo, regime socioeconômico que sustenta o dogma de
um paradigma social imutável para a espécie humana, mercê de estreita
relação com a sistemática dos fenômenos naturais à sua volta. Implantou-
se, por isso mesmo, a ordem econômica e social estruturada segundo a lei
do mais forte, fonte de injustiças e desigualdades que desafiam o mundo
todo e, mais ainda, fonte da voracidade consumista estimulada para
empoderamento cada vez maior das classes dominantes. Em outras
palavras, das elites protegidas pelo culto de um modelo social espúrio,
infundido na mente da maioria dos povos pela sutileza de ilimitados
mecanismos criados para mantê-lo a qualquer preço.
Rose Marie Muraro (1930-2014), em importante obra publicada,
Reinventando o capital/dinheiro, historia o surgimento do dinheiro na
5. 5
sociedade humana. A escritora lembra que, ao ser inventado, o dinheiro
prestava-se apenas à substituição do escambo, visando facilitar o volume
crescente de troca de produtos entre as pessoas. Afirma, com propriedade,
que "o dinheiro nada cria mas tudo orienta". No século VI a.C., nasceu o
inescrupuloso artifício financeiro do juro, tornando-se a manobra corrente
que arquitetou a edificação do capital, produto do juro. "O capitalismo
moderno não se originou da compra e venda de mercadorias, isso é
característica do mercantilismo, mas sim da existência do juro", esclarece a
mesma autora. A firula do roubo monetário, consubstanciado na sutileza
extorsiva do juro, que visa unicamente a tirar proveito do dinheiro,
converte-se na fonte de riqueza material do mais forte. Garante-lhe o poder
embutido no capital acumulado. Legalizou-se, destarte, o roubo na socie-
dade capitalista, travestindo-o com a palavra juro, cuja sinonímia
verdadeira mantém-se oculta.
Deflui, de tais observações, que a ordem econômica reinante no planeta se
apoia em bases moralmente inaceitáveis. Não se coaduna com os objetivos
éticos que justificam a vida em sociedade e persiste graças à estratégia de
sua manutenção, cujo êxito conta com a capilaridade contributiva dos
principais campos de atividade, delimitados pelo desenvolvimento do
capitalismo. A dissimulação circula nas veias desse regime econômico e
reforça-lhe as corrompidas entranhas. A mentira é o ríncipal veículo de sua
propagação ideológica. Procura banalizar a natureza violenta, desonesta,
exploradora e sanguinária como se fosse imanência distintiva da condição
humana. Não reconhece nenhum outro valor que seja desprovido de com-
promisso com o capital, logo, com o roubo legalizado. A ordem econômica e
social impede o despertar da consciência; afasta a divergência crítica;
comanda a mídia; escraviza, pela sedução consumista, a maioria
inconsciente; reprime, com brutalidade, as iniciativas que põem em dúvida
a veracidade dos conceitos dogmatizados; sacraliza o negócio como alma
das relações pecuniárias abençoadas pela santidade empresarial; e
desrespeita a organização reinante na natureza, sacrificada irresponsa-
velmente por projetos devastadores que espoliam o planeta em busca de
mais capital, condenando-o à exaustão e colocando em risco a
sobrevivência da humanidade.
O capitalismo atravessa uma crise generalizada. Parece que as medidas
adotadas para revertê-la perderam fôlego. O esforço de travessia vai sendo
feito sem que se veja uma luz no fim do túnel. O ordenamento econômico
em questão perde a competência de iludir as coletividades, e o momento
histórico é oportuno para que se discuta um novo modelo de sociedade
humana e se avance nas providências para sua implantação. É hora de
subverter o sistema capitalista, desmascarando a falsidade de conceitos e
valores em que se refugia de maneira enganosa. A perseverança na busca
por mudanças essenciais à qualificação da vida de todas as pessoas,
indistintamente, não pode se fragilizar. Seria acumpliciar a derrocada
planetária cujos indícios avultam no horizonte do terceiro milênio.
À guisa de pequeno tratado, este livro traz à tona as questões mais
6. 6
candentes que expõem o declínio irreversível do regime de vida capitalista.
Na primeira parte, os capítulos abordam a origem do conceito de ordem; os
principais setores da sociedade que contribuem sub-repticiamente para
mantê-la; a polêmica noção de progresso, estandarte mais utilizado para a
propaganda do modelo econômico em vigor; e o atraso imposto aos valores
éticos, negando-lhes a primazia referencial que lhes deve caber. Na
segunda parte, é analisada a origem do termo "subversão". O real
significado da palavra contrapõe-se à adjetivação perversa que lhe é
aplicada pelas forças encarregadas de reprimir toda e qualquer ação
contrária aos interesses dominantes. Do entendimento que se depreende
das atividades ditas subversivas, desdobram-se exemplos de subversão da
ordem conduzidos por líderes exemplares na pertinácia da luta
empreendida, na ética vigorosamente cultivada, no equilíbrio sem o qual
um movimento de tão nobre substância não poderia prosperar. Esses
líderes conquistaram avanços importantes e reverteram brutais condutas
das elites opressoras, articuladas para massacrar direitos elementares de
segmentos desfavorecidos da população. Os perfis escolhidos são os de
Francisco de Assis, Martin Luther Kíng, Nelson Mandela e Mahatma Gandhi.
A partir da revisão sintética de suas consistentes biografias, constata-se a
estreita correlação entre os métodos semelhantes utilizados em tempos
diferentes. O mesmo teor humanista, inspirado no radicalismo ético, na
simplicidade desconcertante e na paciência inesgotável, desmoralizou a
violência repressiva que enfrentavam desarmados, convictos da
sublimidade da causa defendida. A subversão da ordem assim liderada
atraiu adesões de todas as classes sociais, tornando-se imbatível.
O livro reforça a validade da subversão como único caminhO a ser
percorrido em nome da substituição do modelo capitalista. A sociedade
fundada no lucro há de ceder lugar para a preciosa vida humana que tem
sido propositalmente distanciada da convivência entre indivíduos, pessoas,
povos e nações do mundo todo. Uma vida que cultive e respeite os recursos
nateriais como requisito para o alcance da dimensão existencial da
humanidade, única riqueza a justificar a passagem pelo planeta. Nos
capítulos finais, enfatiza a substância ética da ação subversiva. É a virtude
integradora dos participantes comprometidos com o empurrão final para o
desenraizamento progressivo da cultura desumana implantada pelo
capitalismo. A obra ressalta a relevância das novas tecnologias de
comunicação, facilmente utilizáveis para a interação geradora da
consciência que a subversão da ordem requer. Afinal, a causa é de todos e
a responsabilidade é de cada um.
Fonte: “Pequeno Tratado de Subversão da Ordem” de Dioclécio Campos
Júnior. Baruerí: Editora Manole, 2015.