O documento descreve um estudo sobre os aspectos clínicos do pé diabético. A neuropatia periférica foi a causa mais comum de pé diabético e a vasculopatia foi a principal causa de amputação. A orientação sobre prevenção de lesões no pé é importante para reduzir incapacidades entre pacientes diabéticos.
Atenção integral ao portador de pé diabéticoadrianomedico
Este documento apresenta as principais orientações sobre a atenção às complicações do pé diabético. São descritas as neuropatias diabéticas, as lesões vasculares periféricas e as múltiplas apresentações da infecção do pé diabético. São também fornecidos cuidados preventivos que podem impedir o estabelecimento ou a evolução dessas complicações. Protocolos são sugeridos para diferentes níveis de atenção nos serviços públicos de saúde, visando a redução de amputações, internações e óbitos relacion
O documento relata o caso de um paciente com diabetes melito tipo 2 que desenvolveu uma infecção no pé direito após um trauma leve. O paciente apresentava neuropatia periférica e foi diagnosticado com osteomielite no pé após exames de imagem. O texto também descreve o protocolo de avaliação e tratamento do pé diabético adotado pelo serviço de endocrinologia do hospital.
O documento descreve um estudo que avalia a eficácia de uma escala de classificação de risco do pé diabético e fatores associados ao desenvolvimento de úlceras em pés de pacientes diabéticos. Foram analisados dados de 218 pacientes atendidos entre 2002-2004, com acompanhamento de 3 anos. A escala de risco apresentou baixa sensibilidade, e neuropatia, doença vascular e deformidades mostraram associação com úlceras. Melhorias no controle glicêmico foram observadas, mas medidas de
O documento discute as diretrizes do Projeto Diretrizes para o diagnóstico e tratamento de hérnia de disco lombar em adultos jovens. Ele fornece recomendações sobre quando realizar exames de imagem, indicações para cirurgia versus tratamento conservador, e diferentes técnicas cirúrgicas.
O documento fornece informações sobre a prevenção do pé diabético, incluindo: (1) a epidemiologia da diabetes em Portugal, com taxas de prevalência entre 9,5-14,2%; (2) as complicações da diabetes, como lesões nos pés; e (3) a importância da educação do paciente na prevenção através do controle glicêmico, exames regulares dos pés, e cuidados apropriados.
O documento discute o diabetes mellitus, suas complicações como úlceras nos pés, e a importância da prevenção. O diabetes está aumentando globalmente e é uma epidemia. As úlceras são causadas pela neuropatia periférica e doença vascular periférica, e a prevenção envolve educação sobre controle glicêmico, higiene dos pés, e autocuidado.
O documento discute a abordagem clínica do pé diabético, definindo-o como uma situação de infecção, ulceração e/ou destruição de tecidos profundos dos pés associados a anormalidades neurológicas e vascular periférica. Aborda a epidemiologia, fisiopatologia, avaliação clínica, organização dos níveis de cuidado, tratamento de úlceras e infecções, e antibióticos usados no tratamento.
1) As úlceras por pressão são lesões de pele ou tecidos moles causadas por pressão prolongada, principalmente em áreas ósseas proeminentes, levando à isquemia tecidual.
2) Sua incidência é alta em pacientes acamados, variando de 37-59% dependendo da população, com alto custo de tratamento.
3) A prevenção é mais efetiva que o tratamento, requerendo uma equipe multiprofissional para identificar fatores de risco e áreas mais suscetíveis como região sacral,
Atenção integral ao portador de pé diabéticoadrianomedico
Este documento apresenta as principais orientações sobre a atenção às complicações do pé diabético. São descritas as neuropatias diabéticas, as lesões vasculares periféricas e as múltiplas apresentações da infecção do pé diabético. São também fornecidos cuidados preventivos que podem impedir o estabelecimento ou a evolução dessas complicações. Protocolos são sugeridos para diferentes níveis de atenção nos serviços públicos de saúde, visando a redução de amputações, internações e óbitos relacion
O documento relata o caso de um paciente com diabetes melito tipo 2 que desenvolveu uma infecção no pé direito após um trauma leve. O paciente apresentava neuropatia periférica e foi diagnosticado com osteomielite no pé após exames de imagem. O texto também descreve o protocolo de avaliação e tratamento do pé diabético adotado pelo serviço de endocrinologia do hospital.
O documento descreve um estudo que avalia a eficácia de uma escala de classificação de risco do pé diabético e fatores associados ao desenvolvimento de úlceras em pés de pacientes diabéticos. Foram analisados dados de 218 pacientes atendidos entre 2002-2004, com acompanhamento de 3 anos. A escala de risco apresentou baixa sensibilidade, e neuropatia, doença vascular e deformidades mostraram associação com úlceras. Melhorias no controle glicêmico foram observadas, mas medidas de
O documento discute as diretrizes do Projeto Diretrizes para o diagnóstico e tratamento de hérnia de disco lombar em adultos jovens. Ele fornece recomendações sobre quando realizar exames de imagem, indicações para cirurgia versus tratamento conservador, e diferentes técnicas cirúrgicas.
O documento fornece informações sobre a prevenção do pé diabético, incluindo: (1) a epidemiologia da diabetes em Portugal, com taxas de prevalência entre 9,5-14,2%; (2) as complicações da diabetes, como lesões nos pés; e (3) a importância da educação do paciente na prevenção através do controle glicêmico, exames regulares dos pés, e cuidados apropriados.
O documento discute o diabetes mellitus, suas complicações como úlceras nos pés, e a importância da prevenção. O diabetes está aumentando globalmente e é uma epidemia. As úlceras são causadas pela neuropatia periférica e doença vascular periférica, e a prevenção envolve educação sobre controle glicêmico, higiene dos pés, e autocuidado.
O documento discute a abordagem clínica do pé diabético, definindo-o como uma situação de infecção, ulceração e/ou destruição de tecidos profundos dos pés associados a anormalidades neurológicas e vascular periférica. Aborda a epidemiologia, fisiopatologia, avaliação clínica, organização dos níveis de cuidado, tratamento de úlceras e infecções, e antibióticos usados no tratamento.
1) As úlceras por pressão são lesões de pele ou tecidos moles causadas por pressão prolongada, principalmente em áreas ósseas proeminentes, levando à isquemia tecidual.
2) Sua incidência é alta em pacientes acamados, variando de 37-59% dependendo da população, com alto custo de tratamento.
3) A prevenção é mais efetiva que o tratamento, requerendo uma equipe multiprofissional para identificar fatores de risco e áreas mais suscetíveis como região sacral,
Este documento descreve um estudo sobre a avaliação da condição de saúde oral de pacientes candidatos a transplante de órgãos sólidos. O objetivo foi descrever as condições de saúde oral e necessidade de tratamento odontológico destes pacientes. Foram examinados 113 pacientes pré-transplante e verificou-se alta prevalência de doenças orais como cárie e gengivite/periodontite. A maioria dos pacientes necessitava de tratamento periodontal, restaurador e cirúrgico.
Allan artigo 2013 rev ctbmf patologia unitAllan Ulisses
1) O documento apresenta os resultados de um estudo retrospectivo sobre lesões bucais diagnosticadas no laboratório de patologia bucal da Universidade Tiradentes entre 2002-2010;
2) Foram analisados 128 laudos histopatológicos, sendo que a maioria das lesões foi benigna (92,9%) e o diagnóstico mais comum foi hiperplasia fibrosa inflamatória;
3) Os pacientes eram majoritariamente do gênero feminino, com idade média de 36,8 anos, e a lesão estava localizada principalmente no lá
1) O Projeto Diretrizes tem o objetivo de padronizar condutas médicas a partir de informações da área, auxiliando na tomada de decisão dos médicos.
2) O documento discute critérios para o tratamento de fraturas supracondilianas do úmero em crianças, comparando abordagens cirúrgicas abertas e fechadas.
3) Geralmente fraturas tipo III de Gartland requerem redução e fixação, porém estudos apresentam resultados conflitantes sobre se o tratamento deve ser realizado em cará
Este documento apresenta os principais recursos fisioterapêuticos utilizados em amputados transfemorais durante a fase de pré-protetização, incluindo cinesioterapia, massoterapia, enfaixamento do coto, eletrotermofototerapia e hidroterapia. A amputação transfemoral ocorre entre a desarticulação do joelho e da anca. O objetivo da fisioterapia é preparar o coto para a prótese e tornar o indivíduo o mais independente possível.
Afecçoes neurovasculares no pé diabético ii ciclo de debates em ortoprotesiaManuel Parreira
O documento discute as afecções neurovasculares nos membros inferiores em pacientes diabéticos. Aborda a epidemiologia da diabetes, o pé diabético, a neuropatia diabética, a isquemia periférica e o pé de Charcot. Também fornece detalhes sobre o exame clínico e os testes para avaliar a neuropatia e a isquemia vascular.
Apresentação pé diabético - William e Stéfani (Cuidar-te/EPE)William Castilho
Este documento discute o pé diabético, incluindo sua fisiopatologia, epidemiologia, complicações como neuropatia e doença vascular periférica, avaliação e tratamento de úlceras e infecções, e o papel da enfermagem no cuidado do pé diabético.
Pé diabético no contexto da neuropatia diabética e doença arterial periféricaadrianomedico
O documento discute o pé diabético no contexto da neuropatia e doença arterial periférica, definindo-o como infecção, ulceração ou destruição dos tecidos profundos associados a anormalidades neurológicas e doença arterial. Apresenta dados epidemiológicos sobre amputações e úlceras em diabéticos e fatores de risco. Também descreve exames para detecção de neuropatia e classificação de risco, enfatizando a importância do rastreamento e prevenção do pé diabético.
Este artigo discute o pé diabético, uma complicação comum da diabetes. O pé diabético pode ser causado por neuropatia, doença vascular periférica ou uma combinação dos dois, e pode levar a úlceras e infecções que ameaçam membros e vidas. O artigo revisa a epidemiologia, fisiopatologia, diagnóstico e importância clínica e econômica do pé diabético.
O documento fornece informações sobre o pé diabético, incluindo suas causas, complicações e tratamentos. Discute como o diabetes pode danificar os nervos e vasos sanguíneos dos pés, levando a feridas e infecções. Também descreve cuidados preventivos, como usar calçados adequados, e tratamentos como oxigenoterapia hiperbárica para promover a cicatrização.
Este estudo retrospectivo analisou 141 pacientes submetidos a amputações relacionadas ao diabetes em um hospital no Brasil entre 2000-2005. A maioria dos pacientes eram homens idosos (acima de 70 anos), com hipertensão arterial como comorbidade mais comum. A principal causa de internação foi pé diabético. Não houve diferenças estatisticamente significativas entre as variáveis estudadas.
O documento discute o pé diabético, desde a prevenção até o tratamento. Apresenta as orientações da DGS sobre o assunto ao longo dos anos e as competências dos cuidados primários no tratamento do pé diabético. Descreve também a consulta de pés diabéticos de um centro de saúde, incluindo critérios de referenciação hospitalar.
Seminário sobre Pé Diabético, referente à disciplina de Cínica Médica do Internato, Faculdade de Medicina, Universidade de Cuiabá, Mato Grosso, Brasil.
Este documento relata o caso de uma adolescente de 13 anos que desenvolveu déficit neurológico importante 3 anos após o tratamento para meduloblastoma. Ela foi submetida a cirurgia, quimioterapia e radioterapia para o tumor no cérebro. Anos depois, apresentou crises convulsivas e hemiplegia, exames mostraram oclusões vasculares no cérebro, possivelmente como efeito tardio da radioterapia. O documento discute as complicações neurológicas tardias relacionadas ao tratamento do medulo
O documento discute o tratamento de infecções no pé diabético, incluindo a avaliação de lesões, agentes etiológicos comuns, classificação da gravidade da infecção e orientações para escolha da terapia antimicrobiana empírica e definitiva de acordo com a gravidade da infecção.
O documento discute o pé diabético, definindo-o como uma complicação crônica caracterizada por lesões nos pés de pacientes diabéticos. Apresenta fatores de risco, sinais e sintomas, exames para diagnóstico, classificações e tratamentos para o pé diabético.
O documento discute o pé diabético, incluindo sua epidemiologia, definição, avaliação, prevenção e tratamento. Aborda os fatores de risco, classificação do risco de úlcera, sinais e sintomas, além de sistemas de classificação de úlceras.
O documento discute as doenças reumatológicas, incluindo sua epidemiologia, classificação e critérios. As doenças reumáticas mais prevalentes são a artrose, reumatismos extra-articulares e fibromialgia. As doenças são classificadas de acordo com critérios internacionais que combinam características clínicas, testes laboratoriais e outros fatores para identificar condições específicas.
Importância da prevenção e cuidados ao pé diabético ( TCC)Alex Carvalho
O documento discute a importância da prevenção e cuidados de enfermagem ao pé diabético. Aborda a definição de pé diabético, a hipótese de que falta educação contínua sobre prevenção, e a identificação de ferramentas nos cuidados de enfermagem. Também descreve a atuação do enfermeiro na sistematização dos cuidados e a importância do trabalho em equipe multidisciplinar para motivar os portadores de diabetes a adotar mudanças nos cuidados com os pés.
Este documento discute o papel do ortopedista no tratamento do pé diabético. Apresenta as alterações neuropáticas e isquêmicas no pé diabético que levam a deformidades ósseas, e descreve os diferentes métodos de tratamento cirúrgico e conservador utilizados pelo ortopedista para corrigir deformidades e prevenir ulcerações. Também discute a condição de Pé de Charcot e as suas fases de evolução e tratamento.
O documento discute o tratamento e reabilitação de amputações, incluindo enfaixamento do membro residual, dessensibilização, fortalecimento muscular, tipos de próteses e seu encaixe.
O documento discute o pé diabético, incluindo sua fisiopatologia, fatores de risco, sintomas e complicações como neuropatia, doença arterial periférica, artropatia de Charcot e úlceras/infecções. Aborda também o diagnóstico diferencial e tratamento destas complicações.
Este documento descreve um estudo sobre a avaliação da condição de saúde oral de pacientes candidatos a transplante de órgãos sólidos. O objetivo foi descrever as condições de saúde oral e necessidade de tratamento odontológico destes pacientes. Foram examinados 113 pacientes pré-transplante e verificou-se alta prevalência de doenças orais como cárie e gengivite/periodontite. A maioria dos pacientes necessitava de tratamento periodontal, restaurador e cirúrgico.
Allan artigo 2013 rev ctbmf patologia unitAllan Ulisses
1) O documento apresenta os resultados de um estudo retrospectivo sobre lesões bucais diagnosticadas no laboratório de patologia bucal da Universidade Tiradentes entre 2002-2010;
2) Foram analisados 128 laudos histopatológicos, sendo que a maioria das lesões foi benigna (92,9%) e o diagnóstico mais comum foi hiperplasia fibrosa inflamatória;
3) Os pacientes eram majoritariamente do gênero feminino, com idade média de 36,8 anos, e a lesão estava localizada principalmente no lá
1) O Projeto Diretrizes tem o objetivo de padronizar condutas médicas a partir de informações da área, auxiliando na tomada de decisão dos médicos.
2) O documento discute critérios para o tratamento de fraturas supracondilianas do úmero em crianças, comparando abordagens cirúrgicas abertas e fechadas.
3) Geralmente fraturas tipo III de Gartland requerem redução e fixação, porém estudos apresentam resultados conflitantes sobre se o tratamento deve ser realizado em cará
Este documento apresenta os principais recursos fisioterapêuticos utilizados em amputados transfemorais durante a fase de pré-protetização, incluindo cinesioterapia, massoterapia, enfaixamento do coto, eletrotermofototerapia e hidroterapia. A amputação transfemoral ocorre entre a desarticulação do joelho e da anca. O objetivo da fisioterapia é preparar o coto para a prótese e tornar o indivíduo o mais independente possível.
Afecçoes neurovasculares no pé diabético ii ciclo de debates em ortoprotesiaManuel Parreira
O documento discute as afecções neurovasculares nos membros inferiores em pacientes diabéticos. Aborda a epidemiologia da diabetes, o pé diabético, a neuropatia diabética, a isquemia periférica e o pé de Charcot. Também fornece detalhes sobre o exame clínico e os testes para avaliar a neuropatia e a isquemia vascular.
Apresentação pé diabético - William e Stéfani (Cuidar-te/EPE)William Castilho
Este documento discute o pé diabético, incluindo sua fisiopatologia, epidemiologia, complicações como neuropatia e doença vascular periférica, avaliação e tratamento de úlceras e infecções, e o papel da enfermagem no cuidado do pé diabético.
Pé diabético no contexto da neuropatia diabética e doença arterial periféricaadrianomedico
O documento discute o pé diabético no contexto da neuropatia e doença arterial periférica, definindo-o como infecção, ulceração ou destruição dos tecidos profundos associados a anormalidades neurológicas e doença arterial. Apresenta dados epidemiológicos sobre amputações e úlceras em diabéticos e fatores de risco. Também descreve exames para detecção de neuropatia e classificação de risco, enfatizando a importância do rastreamento e prevenção do pé diabético.
Este artigo discute o pé diabético, uma complicação comum da diabetes. O pé diabético pode ser causado por neuropatia, doença vascular periférica ou uma combinação dos dois, e pode levar a úlceras e infecções que ameaçam membros e vidas. O artigo revisa a epidemiologia, fisiopatologia, diagnóstico e importância clínica e econômica do pé diabético.
O documento fornece informações sobre o pé diabético, incluindo suas causas, complicações e tratamentos. Discute como o diabetes pode danificar os nervos e vasos sanguíneos dos pés, levando a feridas e infecções. Também descreve cuidados preventivos, como usar calçados adequados, e tratamentos como oxigenoterapia hiperbárica para promover a cicatrização.
Este estudo retrospectivo analisou 141 pacientes submetidos a amputações relacionadas ao diabetes em um hospital no Brasil entre 2000-2005. A maioria dos pacientes eram homens idosos (acima de 70 anos), com hipertensão arterial como comorbidade mais comum. A principal causa de internação foi pé diabético. Não houve diferenças estatisticamente significativas entre as variáveis estudadas.
O documento discute o pé diabético, desde a prevenção até o tratamento. Apresenta as orientações da DGS sobre o assunto ao longo dos anos e as competências dos cuidados primários no tratamento do pé diabético. Descreve também a consulta de pés diabéticos de um centro de saúde, incluindo critérios de referenciação hospitalar.
Seminário sobre Pé Diabético, referente à disciplina de Cínica Médica do Internato, Faculdade de Medicina, Universidade de Cuiabá, Mato Grosso, Brasil.
Este documento relata o caso de uma adolescente de 13 anos que desenvolveu déficit neurológico importante 3 anos após o tratamento para meduloblastoma. Ela foi submetida a cirurgia, quimioterapia e radioterapia para o tumor no cérebro. Anos depois, apresentou crises convulsivas e hemiplegia, exames mostraram oclusões vasculares no cérebro, possivelmente como efeito tardio da radioterapia. O documento discute as complicações neurológicas tardias relacionadas ao tratamento do medulo
O documento discute o tratamento de infecções no pé diabético, incluindo a avaliação de lesões, agentes etiológicos comuns, classificação da gravidade da infecção e orientações para escolha da terapia antimicrobiana empírica e definitiva de acordo com a gravidade da infecção.
O documento discute o pé diabético, definindo-o como uma complicação crônica caracterizada por lesões nos pés de pacientes diabéticos. Apresenta fatores de risco, sinais e sintomas, exames para diagnóstico, classificações e tratamentos para o pé diabético.
O documento discute o pé diabético, incluindo sua epidemiologia, definição, avaliação, prevenção e tratamento. Aborda os fatores de risco, classificação do risco de úlcera, sinais e sintomas, além de sistemas de classificação de úlceras.
O documento discute as doenças reumatológicas, incluindo sua epidemiologia, classificação e critérios. As doenças reumáticas mais prevalentes são a artrose, reumatismos extra-articulares e fibromialgia. As doenças são classificadas de acordo com critérios internacionais que combinam características clínicas, testes laboratoriais e outros fatores para identificar condições específicas.
Importância da prevenção e cuidados ao pé diabético ( TCC)Alex Carvalho
O documento discute a importância da prevenção e cuidados de enfermagem ao pé diabético. Aborda a definição de pé diabético, a hipótese de que falta educação contínua sobre prevenção, e a identificação de ferramentas nos cuidados de enfermagem. Também descreve a atuação do enfermeiro na sistematização dos cuidados e a importância do trabalho em equipe multidisciplinar para motivar os portadores de diabetes a adotar mudanças nos cuidados com os pés.
Este documento discute o papel do ortopedista no tratamento do pé diabético. Apresenta as alterações neuropáticas e isquêmicas no pé diabético que levam a deformidades ósseas, e descreve os diferentes métodos de tratamento cirúrgico e conservador utilizados pelo ortopedista para corrigir deformidades e prevenir ulcerações. Também discute a condição de Pé de Charcot e as suas fases de evolução e tratamento.
O documento discute o tratamento e reabilitação de amputações, incluindo enfaixamento do membro residual, dessensibilização, fortalecimento muscular, tipos de próteses e seu encaixe.
O documento discute o pé diabético, incluindo sua fisiopatologia, fatores de risco, sintomas e complicações como neuropatia, doença arterial periférica, artropatia de Charcot e úlceras/infecções. Aborda também o diagnóstico diferencial e tratamento destas complicações.
O documento discute as causas, níveis e reabilitação de amputações. Ele define amputação como a remoção cirúrgica total ou parcial de um membro e lista as principais causas como doenças vasculares, diabetes, traumas, tumores e congênitas. Também descreve os diferentes níveis de amputação em membros superiores e inferiores e as etapas da reabilitação com foco em preparação do coto e uso de próteses.
Este documento fornece um resumo sobre diabetes, incluindo suas causas, sintomas, tipos (tipo 1 e tipo 2), tratamentos e recomendações. A diabetes ocorre quando o corpo não produz insulina suficiente ou quando as células do corpo não respondem adequadamente à insulina produzida, resultando em níveis elevados de açúcar no sangue. O documento discute as principais causas, sintomas e consequências dos tipos 1 e 2 de diabetes, além de abordar formas de prevenção e tratamento.
1) As úlceras venosas são comuns e causam significativo impacto social e econômico devido à sua natureza recorrente.
2) O diagnóstico clínico é baseado na história, exame físico e exames complementares como ultrassonografia Doppler.
3) O tratamento envolve cicatrização da úlcera e prevenção de recidivas através de terapias clínicas e cirúrgicas.
Pé diabetico uma avaliação sistematizadaadrianomedico
1) O documento descreve um estudo sobre a avaliação sistematizada dos pés de pacientes diabéticos para classificar o grau de risco para desenvolvimento de úlceras.
2) Foram avaliados 228 pacientes diabéticos em três locais e 79,5% apresentaram grau de risco 0, 12% grau de risco 1 e 8,5% grau de risco 2.
3) O objetivo foi descrever o processo de avaliação dos pés baseado em critérios ortopédicos, dermatológicos e neurovas
Aula sobre Pé Diabético, Cuidads Gerais, artropatia de Charcot, Diabetes Mellitus e Tratamentos.
Professor: Dr. Brunno Rosique
Cirurgião Plástico
UNIRV
AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCO DO PÉ PROPOSTO PELO GRUPO DE T...Câmara de Vereadores
AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE
RISCO DO PÉ PROPOSTO PELO GRUPO DE
TRABALHO INTERNACIONAL SOBRE O PÉ - HOSPITAL DA POLÍCIA MILITAR DE
MINAS GERAIS, 2002-2007
DIABÉTICO - LUCIMARA VIDAL
O documento resume a história, classificação e manifestações clínicas da neuropatia hereditária sensitiva e motora (CMT). A CMT é uma doença genética que afeta os nervos periféricos, possui diferentes tipos com padrões de herança variados e causa fraqueza e atrofia muscular progressiva principalmente nos membros inferiores. O diagnóstico é realizado através de exames clínicos, eletrofisiológicos e genéticos. O tratamento é multidisciplinar e visa prevenir complicações e man
O documento discute procedimentos odontológicos e fornece diretrizes para realizá-los de forma segura. Aborda tópicos como anamnese, tipos de tratamento, fatores médicos a serem considerados e suas implicações, como doenças cardíacas, hepáticas, diabetes, e uso de medicamentos como bifosfonatos.
O documento discute o pé diabético, incluindo sua epidemiologia, definição, avaliação, prevenção e tratamento. Aborda os fatores de risco, as entidades clínicas, a fisiopatologia, a avaliação do risco e o encaminhamento do paciente. Também descreve sistemas de classificação de úlceras e o tratamento padrão.
O documento discute o pé diabético, incluindo sua epidemiologia, definição, avaliação, prevenção e tratamento. Aborda os fatores de risco, diagnóstico, classificação de úlceras e sistemas de cuidados do pé diabético. Fornece detalhes sobre a consulta multidisciplinar de prevenção do pé diabético no Hospital de Faro.
O documento descreve as principais estratégias para avaliar fatores de risco que levam ao desenvolvimento de complicações nos membros inferiores em pessoas com diabetes. Cerca de 50% das amputações não-traumáticas em membros inferiores ocorrem em pessoas com diabetes, geralmente precedidas por úlceras causadas por neuropatia, doença vascular e deformidades. A avaliação dos pés é fundamental para identificar alterações neurológicas, vasculares e biomecânicas de forma precoce e prevenir lesões e amputações.
[1] O documento descreve a doença reumatóide, incluindo sua definição, etiologia, sintomas, diagnóstico e tratamentos. [2] A doença é uma condição inflamatória que afeta principalmente as articulações e é caracterizada por dor, rigidez e deformidades articulares. [3] O tratamento é geralmente clínico, com medicamentos, e cirúrgico, quando há complicações como tenossinovites.
O documento discute vasculites raras sistêmicas primárias da infância, incluindo sua definição, causas, sintomas, diagnóstico e tratamento. Essas doenças envolvem inflamação dos vasos sanguíneos e não são hereditárias ou contagiosas. O diagnóstico é complexo e requer exames clínicos, de imagem e biópsia. O tratamento envolve medicamentos imunossupressores e corticosteróides para controlar a doença a longo prazo.
O CUIDADO DE ENFERMAGEM EM PACIENTES DIABÉTICOS: UM ENFOQUE NA NEUROPATIA PER...Carla Regina de Lima Goés
Este documento discute o cuidado de enfermagem em pacientes diabéticos, com foco na neuropatia periférica e pé diabético. Apresenta o diabetes mellitus e suas complicações, destacando a importância da educação do paciente e medidas preventivas como inspeção dos pés para prevenir lesões. Também aborda fatores de risco e diagnósticos de enfermagem relevantes, concluindo que intervenções específicas podem reduzir alterações e melhorar a qualidade de vida desses pacientes.
Lúpus eritematoso sistêmico na gravidezmedtubebrasil
O documento discute o lúpus eritematoso sistêmico e sua relação com a gravidez. O lúpus pode ser exacerbado durante a gravidez, especialmente no terceiro trimestre e pós-parto, levando a complicações maternas e perinatais. Pacientes com lúpus ativo ou com nefropatia lúpica ativa correm maior risco. O tratamento precoce é importante para reduzir riscos, mas algumas drogas como corticosteroides podem afetar o desenvolvimento fetal.
Alterações cardíacas em crianças com sida correlação clínico patológicagisa_legal
O documento descreve um estudo prospectivo de 21 pacientes adultos com AIDS que foram acompanhados até o óbito. Muitos pacientes apresentaram alterações cardíacas como pericardite e miocardiopatia dilatada. Quatro pacientes morreram devido a complicações cardíacas como endocardite bacteriana e miocardite. Houve boa correlação entre os achados clínicos, ecocardiográficos e anatomopatológicos na maioria dos casos.
endocardite, doença causado por inflamação do miocádioJoão (Mg)
O documento discute a endocardite infecciosa, uma doença cardíaca grave causada por infecção. Apesar dos avanços no diagnóstico e tratamento, ela ainda possui alta taxa de mortalidade e sequelas. O documento descreve a patogênese, sintomas, exames de diagnóstico e critérios para definir a doença, além de discutir estratégias para melhorar o impacto da endocardite infecciosa.
O documento discute a Síndrome de Sturge-Weber, uma doença rara caracterizada por malformações vasculares faciais e no cérebro. Apresenta as principais manifestações clínicas, incluindo manchas faciais semelhantes a vinho do Porto, glaucoma e convulsões. O diagnóstico é feito principalmente por ressonância magnética e o tratamento foca nas manifestações de pele, olhos e controle de convulsões.
Este artigo descreve um estudo realizado em uma enfermaria de geriatria para estimar a frequência da síndrome de imobilidade. Os principais resultados foram: 1) 12 dos 47 pacientes (25,53%) preencheram os critérios para síndrome de imobilidade; 2) a idade média destes pacientes foi de 85,3 anos e a principal causa de internação foi infecção; 3) quando comparados aos demais pacientes, aqueles com síndrome de imobilidade apresentaram taxa de mortalidade maior (50% vs 25%).
Este documento discute a osteoartrite, uma condição degenerativa que afeta principalmente a cartilagem articular. Apresenta definições, epidemiologia, fisiopatologia, diagnóstico e tratamento da osteoartrite. O tratamento envolve medidas físicas, farmacológicas e, em alguns casos, cirúrgicas para aliviar a dor e manter a funcionalidade articular.
A síndrome nefrótica é caracterizada por proteinúria maciça, edema, hipoproteinemia e dislipidemia. O documento revisa os critérios clínicos e laboratoriais para o diagnóstico da síndrome nefrótica primária em adultos e discute as principais glomerulopatias que causam a síndrome, incluindo o tratamento e prognóstico.
O documento discute as alterações cutâneas associadas ao diabetes mellitus, dividindo-as em quatro grupos: 1) lesões fortemente associadas ao diabetes, como a necrobiose lipoídica e o granuloma anular; 2) infecções cutâneas; 3) reações a medicamentos; e 4) pé diabético. O artigo fornece detalhes clínicos e histológicos dessas condições e aborda seu tratamento.
Este documento apresenta o plano de ensino de uma disciplina de fisiologia para o curso de enfermagem. O plano descreve o perfil do curso, as competências do período, a ementa da disciplina, os objetivos gerais e o cronograma de aulas com os conteúdos, atividades de avaliação e forma de aproveitamento.
O documento discute a epidemia global de diabetes tipo 2 e seu impacto na saúde individual e pública. A prevalência de diabetes vem aumentando devido a estilos de vida sedentários e dietas ricas em gorduras. Isso leva a um aumento nas complicações crônicas como doenças cardíacas e renais, colocando pressão sobre os sistemas de saúde. Embora a prevenção seja possível através da promoção de hábitos saudáveis, a tendência atual é preocupante.
Este estudo analisou a variabilidade da frequência cardíaca (V-RR) em indivíduos normotensos e hipertensos leves e moderados. A V-RR foi menor nos hipertensos do que nos normotensos, indicando perda da capacidade de modulação do sistema nervoso autônomo sobre o coração. Essa diferença foi mais evidente entre os 40-59 anos. A presença de hipertrofia ventricular, sobrepeso ou diabetes não influenciaram significativamente a V-RR.
Este documento apresenta as VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão e contém 9 capítulos que abordam conceitos, epidemiologia, prevenção, diagnóstico, avaliação de risco, decisão terapêutica, tratamento não medicamentoso, tratamento medicamentoso, hipertensão secundária e hipertensão em situações especiais.
Este documento discute a isquemia crônica crítica de membro, incluindo sua definição, sintomas e incidência. A isquemia crônica crítica é definida como a isquemia crônica com dor em repouso intensa que requer opiáceos e pode levar a úlceras ou gangrena. Estudos estimam que a incidência anual é de aproximadamente 500 a 1000 casos por milhão de habitantes. A proporção de homens afetados é maior, embora ap
1) A insuficiência venosa crônica é uma doença comum que causa sérios problemas de saúde e socioeconômicos como úlceras e afastamento do trabalho.
2) Ela é definida como uma anormalidade no sistema venoso causada por incompetência valvular ou obstrução do fluxo venoso, podendo afetar os sistemas venosos superficial e profundo.
3) O diagnóstico é clínico mas exames complementares como doppler podem ser usados, e o tratamento envolve meias de compressão, curativos
1) A insuficiência venosa crônica é uma doença comum que causa sérios problemas de saúde e socioeconômicos como úlceras e afastamento do trabalho.
2) Ela é definida como uma anormalidade no sistema venoso causada por incompetência valvular ou obstrução do fluxo venoso, podendo afetar os sistemas venosos superficial e profundo.
3) Sua prevalência aumenta com a idade e estima-se que de 5 a 15% dos adultos entre 30-70 anos apresentam a doença.
Este documento discute a hipertensão arterial como um importante fator de risco para doenças cardiovasculares. Ele revisa evidências de estudos epidemiológicos que mostram que a hipertensão arterial sistêmica aumenta significativamente o risco de complicações cardiovasculares como doença arterial coronariana e acidente vascular cerebral. O documento também discute os mecanismos pelos quais a hipertensão arterial contribui para o desenvolvimento de aterosclerose e analisa as características clínicas da pressão arterial elevada que estão associadas a maior r
Este documento relata o caso de uma paciente com Arterite de Takayasu que desenvolveu hipertensão arterial pulmonar grave e acidente vascular encefálico. A paciente apresentava estenoses múltiplas nas artérias pulmonares e cerebrais. O resumo descreve como a inflamação vascular causada pela doença pode levar a complicações cardiovasculares e neurológicas.
O documento discute a hipótese de que a hipertensão arterial sistêmica pode ser programada no útero, com base em estudos que mostram correlação entre baixo peso ao nascer e pressão arterial elevada na vida adulta, e estudos em fetos que sugerem menor desenvolvimento renal em fetos pequenos para a idade gestacional. Isso aponta para uma possível "programação intra-uterina" da pressão arterial. A cardiologia fetal poderia explorar essa relação através de estudos interdisciplinares.
Este documento discute a doença vascular e diabetes. 1) A doença vascular afeta os diabéticos de maneiras únicas, levando a amputações e complicações mais graves. 2) A arterioesclerose diabética envolve principalmente as artérias distais das pernas, diferentemente dos não-diabéticos. 3) A neuropatia diabética contribui para a formação de úlceras nos pés através de mecanismos como aumento de pressão e deformidades, tornando as lesões mais suscetíveis à infecção.
1. A epidemia de diabetes mellitus está aumentando em todo o mundo, com estimativas de 173 milhões de casos em 2002 e projeção de 300 milhões em 2030.
2. No Brasil, estudos apontam para taxas crescentes de prevalência de diabetes, variando entre 7,6% e 13,5% na população adulta.
3. Fatores como envelhecimento populacional, urbanização, obesidade, sedentarismo e maior sobrevida de diabéticos contribuem para o crescimento dos números.
1. A epidemia de diabetes mellitus está aumentando em todo o mundo, com estimativas de 173 milhões de casos em 2002 e projeção de 300 milhões em 2030.
2. No Brasil, estudos apontam para taxas crescentes de prevalência de diabetes, variando entre 7,6% e 13,5% na população adulta.
3. Fatores como envelhecimento populacional, urbanização, obesidade, sedentarismo e maior sobrevida de diabéticos contribuem para o crescimento dos números.
Este documento é uma errata para a edição de julho de 2010 do volume 95 (1), suplemento 1, páginas 1-51 dos Arquivos Brasileiros de Cardiologia. O nome do autor Altamiro Reis da Costa foi omitido inadvertidamente da lista de participantes do Grupo 7 das VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. A errata visa corrigir esta omissão.
Este documento fornece diretrizes sobre a hipertensão arterial para profissionais do Sistema Único de Saúde brasileiro. Ele discute a epidemiologia, diagnóstico, avaliação e tratamento da hipertensão, incluindo abordagens farmacológicas e não farmacológicas. O documento também fornece considerações sobre a hipertensão em populações especiais como idosos, crianças e pessoas com obesidade ou diabetes.
Este documento discute a fisiopatologia da dor em 3 frases:
1) A dor é causada por estímulos nocivos que ativam nociceptores, gerando sinais que viajam para a medula espinhal e encéfalo através de fibras nervosas, e podem ser modulados por fatores inflamatórios e neuromoduladores.
2) Na medula espinhal, os sinais nociceptivos são processados e transmitidos a áreas do encéfalo através de vias ascendentes, enquant
O documento discute os mecanismos fisiopatológicos da dor, distinguindo dor aguda e crônica. A dor aguda é fisiológica e útil, enquanto a dor crônica é patológica e incapacitante. A dor é gerada por estímulos que ativam os nociceptores e causam inflamação, sensibilizando os nervos periféricos. A transmissão da dor é modulada no sistema nervoso central e periférico por mecanismos inibitórios e
O documento descreve o sistema endócrino e suas principais glândulas, incluindo a hipófise, tireóide, paratireóides, suprarrenais, pâncreas e gônadas. Discorre sobre os hormônios produzidos por cada glândula e suas funções no organismo.
O documento discute a importância do eixo hipotálamo-pituitária-adrenal e dos receptores de glicocorticóides na depressão. Ele resume evidências de que a depressão está associada à hiperatividade do eixo HPA e deficiência no feedback negativo mediado por glicocorticóides. Além disso, sugere que os antidepressivos atuam melhorando a função dos receptores de glicocorticóides e normalizando a atividade do eixo HPA.
O documento descreve a função do hipotálamo e da hipófise no sistema endócrino. O hipotálamo regula a liberação de hormônios da hipófise, que por sua vez secretam nove hormônios que controlam outras glândulas e tecidos. Um mecanismo de retroalimentação controla os níveis hormonais no sangue.
2. 12 J Vasc Br 2005, Vol. 4, Nº1 Pé diabético: aspectos clínicos – Brasileiro JL et alii
mente 25% dos diabéticos previamente diagnosticados Há ainda a forma mista (neuroisquêmica), em que
não realizavam qualquer tipo de tratamento. A análise tanto a neuropatia como a angiopatia contribuem para
através de projeções estima que, entre 1995 e 2025, o o desenvolvimento de lesões no pé.
número de indivíduos diabéticos crescerá em 42% nos Além disso, a perda da sensibilidade nos membros
países industrializados e 170% nos países em desenvol- inferiores pode resultar na formação da osteoartropatia
vimento5-7. neurogênica (neuroartropatia diabética ou artropatia
Em relação às suas complicações crônicas, o pé de Charcot). Uma complicação que afeta aproximada-
diabético constitui a causa mais freqüente de compli- mente 0,2% dos diabéticos, em geral entre 50 e 60 anos
cações, com uma alta taxa de amputação, internação de idade, com patologia de pelo menos 10 anos de
prolongada e custo hospitalar elevado em nosso meio. duração. Resulta em fraturas agudas, subluxações ou
Nos Estados Unidos, o diabetes é responsável por deslocamento que geram deformidade permanente no
quase a metade das amputações não traumáticas de pé, esta geralmente associada a redução ou perda da
membro inferior8,9. sensação protetora e seletiva da sensação térmica e
De etiologia freqüentemente multifatorial, o pé vibratória, apresentando curso clínico assintomático,
diabético caracteriza-se por uma variedade de anor- com progressiva degeneração óssea e articular22-24.
malidades resultante da combinação de neuropatia Quanto ao desenvolvimento de ulceração no pé
e/ou vasculopatia em pacientes portadores do diabe- diabético, a neuropatia e a vasculopatia periféricas
tes melito 10. são os fatores mais importantes, contudo, o compro-
A neuropatia, cujo mecanismo patogênico mais metimento neural é a principal causa da maioria das
aceito é o da via poliol, pode apresentar-se sob três lesões no pé diabético. Em geral, os pacientes procu-
formas: 1) motora, caracterizada por alteração da ram o hospital devido a ulcerações ou necrose secun-
arquitetura do pé que desloca os sítios de pressão dárias ao trauma trivial não doloroso. O fato mais
plantar e por alterações do colágeno, queratina e importante da neuropatia periférica sobre o pé diabé-
coxim adiposo; 2) autonômica, em que há disfunção tico é a perda da sensibilidade, que o torna vulnerável
simpática, resultando em redução da sudorese e alte- aos traumas triviais, é porta de entrada das bactérias,
ração da microcirculação; 3) sensorial, a mais co- e ocasiona infecções silenciosas e graves, caso não
mum, na qual se observa perda da sensação protetora sejam tratadas precocemente.
de pressão, calor e propriocepção, de modo que Assim, para o sucesso do tratamento de uma úlcera,
traumas menores repetitivos e, até mesmo, danos é importante, ainda na avaliação inicial, determinar o
maiores, não são percebidos pelos pacientes11-17. fator etiológico (isquêmico, neuropático ou neuroisqu-
Quanto à vasculopatia diabética, estudos êmico), o que pode ser realizado através de dados
observaram que a idade e a duração do diabetes clínicos e exames complementares25,26.
melito, assim como na neuropatia, também estavam A presença de infecção também deve ser investigada
correlacionadas com a sua prevalência. A vasculopatia precocemente através do exame do pé (localização de
pode apresentar-se sob duas formas: 1) micro- sinais flogísticos) ou na vigência de desordem sistêmica
angiopatia, que, segundo LoGerfo & Coffman 18, (como febre e mau controle glicêmico), pois constitui
não é considerada um fator importante na patogênese um fator importante de morbidade e mortalidade em
das lesões, pois, apesar do espessamento da membrana pacientes com úlceras. A maior suscetibilidade do dia-
basal capilar, não compromete a redução do fluxo bético à infecção é decorrente do prejuízo da resposta
sangüíneo para o pé no diabético; 2) macroangiopatia, inflamatória e do sistema antioxidante, da alteração da
que resulta em processo aterosclerótico que, no migração, fagocitose e quimiotaxia de leucócitos e da
diabético, é mais freqüente, prematuro, progressivo menor produção de citocinas. A hiperglicemia é o sinal
e mais distal, portanto, mais grave. No membro mais precoce de infecção, enquanto que a febre, a
inferior, os vasos mais comumente afetados por leucocitose, os calafrios e os sinais de inflamação podem
arteriosclerose são as artérias tibiais, sendo geralmente estar ausentes em até 2/3 dos casos, devido à presença
preservadas as artérias fibulares e as do pé. A concomitante de alterações neuropáticas e/ou vascula-
calcificação arterial pode estar presente, sendo res. Assim, a severidade da infecção não está relacionada
observada em 94% dos pacientes cuja duração da ao patógeno causal e não deve ser a base para a decisão
patologia diabética foi de 35 anos 12,19-21. da terapia17,27-29.
3. Pé diabético: aspectos clínicos – Brasileiro JL et alii J Vasc Br 2005, Vol. 4, Nº1 13
A cultura de uma lesão infectada pode identificar os correção da doença oclusiva vascular necessária, já
agentes etiológicos, porém, somente se for coletada e que dificulta o fornecimento de nutrientes e antibi-
processada adequadamente. A curetagem ou raspado de óticos à área lesada30,36.
lesão da base de uma úlcera desbridada e o material Em relação a intervenção cirúrgica, o desbridamen-
cirúrgico obtido do tecido constituem peças confiáveis to é um importante método auxiliar, pois remove tecido
para cultura, sendo que geralmente a infecção é de desvitalizado, ajuda no controle da infecção e estimula
natureza polimicrobiana, envolvendo microrganismos a fase proliferativa da cicatrização. Já a ressecção de
aeróbicos e anaeróbicos30,31. cabeça do metatarso baseia-se na finalidade de diminuir
Quanto aos exames radiológicos, a tomografia com- o elevado pico de pressão focal em torno das cabeças
putadorizada helicoidal permite rápida avaliação dos metatarsianas afetadas, contudo, Edmonds37 observou
membros, porém possui alto custo. A ressonância mag- uma taxa de reulceração de 52% após 35 meses de
nética, além de ser um exame caro, não permite a acompanhamento15,38.
avaliação da densidade física direta, apesar de Gefen et Dependendo da evolução clínica e do grau de
al.32 terem considerado tal exame efetivo na demonstra- comprometimento, a amputação do membro inferior,
ção de tecidos lesados por ulceração. A ultra-sonografia apesar de suas implicações individuais e sociais, pode
é pouco eficiente por causa das sombras do osso e por ser necessária. É classificada em duas formas: menor
não penetrar efetivamente na presença de ar. Já a (quando é realizada distalmente ao tornozelo) e maior
radiografia digital e a convencional geram perda de (quando realizada proximalmente ao tornozelo)39.
informações tridimensionais, distorção geométrica e
Assim, o presente estudo tem como objetivos ana-
relativa pobreza de contraste de tecidos moles, embora
lisar os casos de pé diabético do Hospital Universitário
sejam úteis no diagnóstico de artropatia de Charcot e da
de Mato Grosso do Sul (NHU/UFMS), estimar a
osteomielite33.
prevalência de amputações, bem como avaliar a evolu-
Para a avaliação vascular, o nível anatômico da ção clínica do pé diabético.
estenose arterial pode ser obtido através da palpação de
pulsos em membros inferiores. A arteriografia com
contraste é considerada o padrão-ouro, mas a medida Material e método
do índice de pressão tornozelo/braquial permanece um
instrumento essencial para avaliação, exceto na presen- Foi realizada avaliação retrospectiva dos prontu-
ça de calcificação de artérias do membro inferior34. ários de pacientes portadores de pé diabético acom-
panhados pelo serviço de Angiologia e Cirurgia Vas-
Quanto à avaliação da neuropatia, a biópsia do
cular do Hospital Universitário de Mato Grosso do
nervo inteiro ou a punção de pele associada à imu-
Sul (NHU/UFMS) no período de janeiro de 1998 a
noistoquímica, e os testes eletrofisiológicos e de
dezembro de 2002.
sensibilidade vibratória e tátil são alguns dos méto-
dos existentes, porém, na prática clínica diária, o
exame físico com monofilamento e o diapasão são os
Resultados
métodos mais utilizados16,35.
Dos 56 pacientes estudados, 33 (58,9%) eram do
O tratamento do pé diabético é baseado na redu-
sexo masculino e 23 (41,1%) do sexo feminino, en-
ção da pressão tecidual do pé, controle da infecção,
quanto a raça predominante foi a branca (69,6%),
correção isquêmica e cuidados com a lesão. O repou-
seguida da parda (28,6%) e da negra (1,8%).
so e a elevação do membro devem ser iniciados
imediatamente, sendo ideal a retirada de todo peso Quanto à distribuição etária, a maioria (60,8%) dos
nos membros inferiores. Quanto à infecção, apesar pacientes tinha entre 51 e 70 anos, enquanto 10 (17,8%)
da cultura e do antibiograma ajudarem na escolha de pacientes tinham entre 31 e 50 anos, 10 (17,8%)
regimes antimicrobianos, na maioria das vezes, a pacientes tinham idade superior a 70 anos e apenas dois
terapia empírica com drogas de largo espectro é (3,6%) tinham menos de 30 anos.
necessária antes dos resultados da cultura estarem Em relação à procedência, a maioria (57,1%) era
disponíveis. Comprometimento vascular deve ser de Campo Grande (MS), enquanto 39,3% eram de
investigado no exame físico inicial e também na outros municípios de MS e 3,6% eram de outros
vigência de uma má resposta terapêutica, tornando a Estados brasileiros.
4. 14 J Vasc Br 2005, Vol. 4, Nº1 Pé diabético: aspectos clínicos – Brasileiro JL et alii
O diabetes melito tipo 2 (ou insulino-independen- No atendimento inicial, através de dados clínicos
te) foi o mais comum (94,6%), enquanto apenas 5,4% relatados ou de diagnóstico prévio, 27 (48,2%) pacien-
dos casos eram do tipo 1 (ou insulino-dependente). tes apresentavam pé neuropata, 26 (46,4%) apresenta-
Quanto ao período desde o diagnóstico do diabetes vam pé isquêmico, e três (5,4%) apresentavam pé misto
melito até a admissão hospitalar por pé diabético, (neuroisquêmico). Aumento de volume (57,1%), dor
somente em 11 (19,6%) casos não foi possível avaliar o (50%) e hiperemia (48,2%) foram as queixas mais
tempo de duração da doença, pois em sete casos tal dado comumente observadas, seguidas da presença de secre-
não constava do prontuário, e quatro pacientes desco- ção purulenta (41,1%), calor (26,8%) e gangrena
nheciam o diagnóstico no momento da internação. Nos (19,6%). Outras manifestações clínicas observadas fo-
casos cuja duração era conhecida, em 24 (53,3%) ram: necrose, alterações tróficas, cianose de extremida-
pacientes o tempo era inferior a 10 anos, e em 21 des e parestesia (Figura 1). Sinais de infecção estavam
(46,7%) casos o período era superior a 10 anos. presentes em 36 (64,3%) casos.
Quanto ao tratamento do diabetes melito, 47
(83,9%) pacientes realizavam tratamento, enquanto
nove (16,1%) não realizavam, ou por desconhecimento
da patologia ou por conduta própria (quatro e cinco
casos, respectivamente). Dos que realizavam tratamen-
to, 29 (61,7%) pacientes faziam uso de hipoglicemian- Aumento de volume 57,10%
tes orais, 16 (34%) usavam insulina, e dois (4,3%) Dor 50,0%
usavam insulina e hipoglicemiantes orais associada- Hiperemia 48,20%
Secreção purulenta 41,10%
mente.
Necrose 39,30%
Em relação às complicações diabéticas, a retinopa- Calor 26,80%
Gangrena 19,60%
tia esteve presente em 16 (28,6%) casos, enquanto em
Alterações tróficas 5,30%
relação à nefropatia, nove (16,1%) pacientes apresenta- Cianose 3,60%
vam graus variáveis de disfunção renal, sendo que três Parestesia 1,80%
(33,3%) já necessitavam de diálise periodicamente.
Episódios de estados hiperglicêmicos prévios foram Figura 1 - Manifestações clínicas observadas nos pacien-
relatados em seis (10,7%) diabéticos, sendo que, destes, tes portadores de pé diabético, NHU/UFMS,
50% só tiveram um episódio, 33,3% tiveram dois a 1998-2002
cinco episódios, e 16,7% tiveram mais de cinco episó-
dios. A gastroparesia diabética foi encontrada em um
(1,8%) paciente.
Em sete (12,5%) pacientes havia história de ampu- Quanto à evolução (isto é, o período desde a mani-
tação prévia, sendo que seis (85,7%) eram do tipo festação inicial até a admissão hospitalar), 31 (55,4%)
menor e um (14,3%) era do tipo maior, com variação casos tinham de 8 a 30 dias de evolução, enquanto 11
do período entre 1 mês e 7 anos. (19,6%) tinham até 7 dias, oito (14,3%) casos tinham
As patologias associadas ao diabetes melito esta- entre 30 e 60 dias, e seis (10,7%) apresentavam tempo
vam presentes em 35 (62,5%) indivíduos, sendo que de evolução superior a 60 dias. O tempo médio de
a hipertensão arterial sistêmica foi a mais prevalente evolução foi de 37,9 dias.
(91,2%), seguida de acidente vascular cerebral Em relação à extensão anatômica do acometimento
(23,5%), insuficiência cardíaca congestiva (14,7%) e do pé diabético, 32,1% estava restrito aos pododáctilos,
dislipidemia (5,9%). Outras patologias encontradas 28,6% até o antepé, 16,1% até a perna, 10,7% apresen-
em menor proporção foram gastrite, hiperplasia pros- tava acometimento de todo o pé, 7,1% restringia-se ao
tática benigna, obesidade, doença pulmonar obstru- retropé, e 5,4% ao antepé e mediopé. Considerando-se
tiva crônica, coronariopatia, anemia, insuficiência apenas o acometimento digital, o primeiro pododáctilo
venosa e alterações psiquiátricas. Contudo, 21 foi o mais acometido (50%), seguido do segundo com
(37,5%) pacientes não apresentavam outras patolo- 44,4%, enquanto o terceiro foi atingido em 27,8% dos
gias além do diabetes melito. casos, o quarto em 16,7%, e o quinto em 5,5%. Já
5. Pé diabético: aspectos clínicos – Brasileiro JL et alii J Vasc Br 2005, Vol. 4, Nº1 15
quanto à quantidade de pododáctilos afetados por caso,
a maioria (66,7%) apresentava acometimento de ape- Amputação menor
71,4%
Amputação maior
nas um dedo, 22,2% de dois dedos, e 11,1% de três
dedos.
44,7%
O membro mais acometido foi o esquerdo (51,8%), 57,5% 21,4%
enquanto em 44,6% dos casos, o lado direito foi o mais
acometido, e 3,6% dos casos apresentavam envolvi-
mento bilateral. 42,5% 5,3%
Exames radiológicos foram solicitados em 43
(76,8%) casos, sendo que, destes, a radiografia simples Desbridamento Amputação Revascularização Outros
do pé acometido foi realizada em 31 (73,8%) pacientes periférica
e a angiografia do membro inferior em 24 (55,8%)
pacientes. Em todos os pacientes submetidos à angio- Figura 2 - Procedimentos cirúrgicos realizados nos casos
de pé diabético, NHU/UFMS, 1998-2002
grafia foram evidenciados graus variáveis de arteriopa-
tia, sendo que, em dois casos, detectou-se oclusão de
artérias ilíacas (Síndrome de Leriche).
A cultura foi realizada em 24 (42,8%) casos, sendo O pé diabético isquêmico foi a principal causa de
que, destes, o encontro de espécies gram-negativas foi o amputação no presente estudo. Dos 26 pacientes por-
mais comum (62,5%), seguido de espécies gram-posi- tadores de vasculopatia, 23 (88,5%) foram submetidos
tivas em 41,7% dos casos; anaeróbios não foram evi- a amputação, com 12 amputações maiores e 11 ampu-
denciados. Resultados negativos foram observados em tações menores (Tabelas 1 e 2). A necessidade de
três (12,5%) casos, e, em um (4,2%) caso, a cultura amputação após a revascularização periférica ocorreu
relatava contaminação. Apenas espécies gram-negativas em nove indivíduos, com sete amputações menores e
foram observadas em 41,7% dos casos, somente espéci- duas maiores.
es gram-positivas foram encontradas em 20,8%, e a Houve dois (3,6%) óbitos, um por choque sép-
presença de ambos os tipos foi evidenciada em 20,8% tico e o outro por embolia pulmonar durante a
dos resultados. Encontrou-se apenas uma espécie em internação hospitalar. Os demais pacientes recebe-
41,6% dos casos, enquanto que 33,3% apresentavam ram alta hospitalar sem intercorrências. Contudo,
duas espécies, e tanto a presença de três como de quatro oito (14,8%) pacientes tiveram que ser reinternados
espécies foi observada em 4,2%. após um curto período (inferior a 1 mês) por compli-
O germe mais comumente isolado foi o Proteus cações infecciosas, principalmente em coto de ampu-
(29,2%), ficando em segundo lugar o Enterococcus e tação. Porém, houve um caso de complicação infec-
Klebsiella (ambos com 20,8%). ciosa na prótese vascular, de modo que, dentre os
Quanto aos procedimentos cirúrgicos realizados, oito pacientes reinternados, em 50% foram realiza-
44,7% dos pacientes foram submetidos a desbridamen- dos desbridamento e amputação, em 25% apenas
to, 71,4% a amputação – sendo que, dentre as amputa- desbridamento, em 12,5% apenas amputação, e em
ções, 55% foram amputações menores, 25% amputa- 12,5% foi realizada exérese da prótese vascular. Nes-
ções transtibiais, e 20% amputações transfemorais – ses casos, as amputações foram do tipo menor em
21,4% foram submetidos a revascularização periférica dois casos, e do tipo maior em três.
e 5,3% a outros procedimentos (a saber, tromboembo- Quanto à evolução do pé diabético, houve recor-
lectomia e simpatectomia lombar) (Figura 2). rência em um período inferior a 1 ano em dois casos
Em 13 (23,2%) pacientes, o tratamento cirúrgico (3,7%), desde a última admissão hospitalar, sendo que
constituiu-se somente de desbridamento, enquanto foi um deles foi submetido a uma amputação menor (de
necessária a realização de amputação em 20 (35,7%) e um pododáctilo), enquanto o outro, a uma amputação
ambos procedimentos em 10 casos (17,9%). Conside- maior (em região supracondiliana).
rando todas as intervenções e reintervenções cirúrgicas, Avaliando-se o tempo total de internação hospi-
foram realizados 105 procedimentos, sendo que a mé- talar por pé diabético, observou-se que a média
dia observada foi de 1,87 procedimentos/paciente. encontrada foi de 30,7 dias, com uma média de cerca
6. 16 J Vasc Br 2005, Vol. 4, Nº1 Pé diabético: aspectos clínicos – Brasileiro JL et alii
de 32 dias para pacientes submetidos a amputação. foi de 33,8 dias para os casos restritos ao pododácti-
Baseando-se no nível anatômico de acometimento lo, 30,3 dias para aqueles restritos ao pé, e 25,9 dias
do membro inferior à admissão hospitalar, a média para aqueles com acometimento da perna.
Tabela 1 - Amputação e as variáveis sexo, idade, características relacionadas ao diabetes melito, tipo de
pé e história de amputação prévia, NHU/UFMS, 1998-2002
Variáveis Categorias n Amputação
n %
Sexo Masculino 33 25 75,7
Feminino 23 15 65,2
Idade < 30 anos 2 1 50,0
31-50 anos 10 7 70,0
51-70 anos 34 25 73,5
> 70 anos 10 7 70,0
Diabetes Tipo 1 3 2 66,7
Tipo 2 53 38 71,7
Duração < 10 anos 24 17 70,8
Duração > 10 anos 21 14 66,7
Medicamento: insulina 16 08 50,0
Medicamento: hipoglicemiantes orais 29 22 75,9
Medicamento: insulina + hipoglicemiantes orais 2 – –
Tipo de pé Neuropático 27 16 59,2
diabético Isquêmico 26 23 88,5
Misto 3 1 33,3
Amputação prévia Presente 7 5 71,4
Ausente 49 35 71,4
Tabela 2 - Tipo de amputação em relação ao sexo, faixa etária e tipo de pé diabético, NHU/UFMS,
1998-2002
Variáveis Categorias n Amputação menor Amputação maior
n % n %
Sexo Masculino 33 12 36,4 13 39,4
Feminino 23 10 43,5 5 21,7
Idade < 30 anos 2 – – 1 50,0
31-50 anos 10 4 40,0 3 30,0
51-70 anos 34 16 47,0 9 26,5
> 70 anos 10 2 20,0 5 50,0
Tipo de pé
diabético Neuropático 27 11 40,7 5 18,5
Isquêmico 26 11 42,3 12 46,1
Misto 3 – – 1 33,3
7. Pé diabético: aspectos clínicos – Brasileiro JL et alii J Vasc Br 2005, Vol. 4, Nº1 17
Em relação às seqüelas do pé diabético, conside- Dentre as patologias associadas ao diabetes, a hiper-
rando-se tanto pacientes com antecedente de ampu- tensão arterial sistêmica foi a mais comum (91,2%),
tação prévia (que não necessitaram de nova amputa- uma vez que esses pacientes apresentam elevados níveis
ção durante o período observado) quanto as amputa- de fatores de risco cardiovasculares. Além disso, a
ções realizadas durante o estudo, dos 54 pacientes ocorrência da associação dessas duas patologias multi-
que receberam alta, 41 (75,9%) indivíduos sofreram plica os fatores de risco para doença micro e macrovas-
amputações, sendo que, destes, 23 (56,1%) foram do cular, resultando em maior aumento do risco de mor-
tipo menor e 18 (43,9%) do tipo maior. Desse talidade cardiovascular, doença coronariana, insufici-
mesmo grupo, seis (11,1%) indivíduos evoluíram ência cardíaca congestiva, doença cérebro-vascular e
com óbito posterior – cinco (83,3%) deles tinham doença vascular periférica7,42.
sido submetidos a amputação de membro inferior, A demora no início do tratamento adequado de pé
em um período variável de 2 a 38 (média de 13,8) diabético aumenta a ocorrência de complicações e a
meses após a última internação, por etiologia não necessidade de amputação. Neste trabalho, a média de
relacionada ao pé diabético. evolução foi de 37,9 dias, sendo que houve casos cujo
tempo foi superior a 2 meses (10,7%)36.
Discussão Já no atendimento inicial, é importante a determi-
O pé diabético constitui uma complicação de etio- nação do fator etiológico (isquêmico, neuropático ou
logia freqüentemente multifatorial, em que pode haver neuroisquêmico) para decidir a conduta diagnóstica e
comprometimento neural, articular, vascular e infecci- terapêutica, o que pode ser deduzido através da história
oso. Além disso, pode gerar mutilação, de modo a clínica e do exame físico do paciente.
ocasionar sofrimento, incapacidade e afastamento do A úlcera do tipo neuropático tem geralmente a alta
trabalho26. pressão como sua origem, por mudança na sua distri-
Assim como observado por El-Shazly et al.40, as buição plantar, embora também possa ocorrer na au-
complicações de extremidade inferior em pacientes sência desse fator através de uma pressão constante ou
portadores de diabetes melito foram mais comuns no pressão moderada repetida, sendo comumente localiza-
sexo masculino (58,9%) e na faixa etária entre 51 e 70 da na cabeça metatarsiana. Outros tipos de úlcera têm
anos (60,8%). origem química, térmica e são causados por más condi-
ções higiênicas43,44.
Conforme relatado por Milman et al.8, o pé diabé-
tico foi mais freqüente no diabetes melito tipo 2. Já na úlcera isquêmica, o uso de calçados, principal-
Contudo, este trabalho diverge ao observar que o grupo mente novos, é causa significativa de ulceração, além da
de pacientes com maior prevalência no surgimento de contribuição para a deformidade do pé. Os locais mais
lesões em membros inferiores era aquele com diabetes comuns são a primeira e a quinta cabeça metatarsiana,
melito de duração menor que 10 anos (53,3%). com tendência a não se desenvolver em regiões planta-
res, onde o suprimento sangüíneo é relativamente mais
Embora El-Shazly et al.40 relatem que o diabetes
preservado12,37.
tipos 1 e 2 em uso de insulina (o que denota fase
avançada) sejam preditores de complicações em mem- As úlceras puramente isquêmicas são relativa-
bros inferiores, observou-se que o tipo 2 em uso de mente incomuns, sendo que tais pacientes, devido à
hipoglicemiantes orais foi o mais prevalente (61,7%). neuropatia associada, podem apresentar perda teci-
dual ou gangrena como primeiro sinal severo da
A presença de retinopatia e nefropatia, que são
doença vascular periférica, assim como os sintomas
complicações crônicas do diabetes melito, é impor-
podem estar ausentes apesar da presença de isquemia
tante, pois, assim como no pé diabético, a duração da
severa17,45.
doença de base é o maior tempo determinante para
seu surgimento, sendo encontrada em 28,6 e 16,1% Estima-se que entre 70 e 100% das lesões no pé
dos casos, respectivamente. A gastroparesia diabéti- apresentam sinais evidentes de neuropatia. Assim, a
ca, uma alteração na motilidade gastrointestinal de- neuropatia diabética representa um fator freqüente-
corrente de neuropatia, também surge tardiamente mente relacionado a ulcerações, de modo que deve ser
ao diagnóstico do diabetes melito e foi encontrada ressaltado que a ausência de quadro clínico não exclui
em apenas um paciente19,41. sua presença nem o risco de ulceração do pé16,45.
8. 18 J Vasc Br 2005, Vol. 4, Nº1 Pé diabético: aspectos clínicos – Brasileiro JL et alii
Quanto aos exames complementares, a angiografia além de ser mais freqüente a presença de bacilos gram-
com contraste foi realizada em 24 pacientes, sendo que negativos aeróbicos (como E. coli e Enterobacter). Con-
todos apresentaram graus variáveis de arteriopatia, o tudo, nas infecções mais graves, torna-se necessária a
que já era esperado, pois a arteriosclerose é estatistica- cobertura terapêutica para anaeróbios gram-negativos
mente mais freqüente nos diabéticos. No entanto, (como Bacteroides) e bacilos gram-negativos não-fer-
embora haja acometimento característico dos vasos mentadores (como Pseudomonas e Acinetobacter)47.
infrapoplíteos, pode, assim como nos casos de síndro- Além disso, é importante ressaltar que, atualmente,
me de Leriche observados, envolver também as artérias observa-se um aumento do número de casos de infecção
aorta abdominal, ilíacas e femorais20,21. por patógenos multirresistentes, envolvendo principal-
Apesar da arteriografia ser o padrão-ouro para mente bacilos gram-negativos (como Enterobacter, Ser-
avaliação de doença arterial periférica, é um procedi- ratia, Providencia, Citrobacter, Morganella, E. coli e
mento invasivo, e pacientes com função renal limi- Klebsiella pneumoniae)48.
tante podem ter nefrotoxicidade induzida por con- Em relação ao tratamento cirúrgico, o desbrida-
traste, de modo que a indicação de seu uso deve ser mento constitui um meio útil, pois além de auxiliar no
criteriosa, isto é, somente nos pacientes que serão diagnóstico, através da avaliação da extensão e profun-
submetidos a cirurgia 34. didade do acometimento, também atua na terapêutica,
A radiografia simples da área acometida foi solicita- por diminuir a carga bacteriana no local, por remover
da em 31 pacientes, sendo o meio mais simples, acessí- tecido necrótico e por estimular a cicatrização, de modo
vel e de menor custo para detectar envolvimento ósseo, que há casos em que a sua realização, associada a
embora a tomografia computadorizada e a ressonância antibióticos parenterais e a cuidados locais (como cura-
nuclear magnética, cujo fator limitante é o alto custo, tivo, repouso e proteção do membro) e da doença de
apresentem melhor acurácia30,38. base, são suficientes para a cura da ulceração, de modo
Em relação aos resultados da cultura, o encontro de a evitar a necessidade de amputação38.
espécies gram-negativas foi o mais comum (62,5%), Por outro lado, amputações foram realizadas em
sendo que a maioria isolava uma a duas espécies (74,9%). mais da metade dos casos de pé diabético (71,4%), o
A presença de espécies de ambos os grupos gram só que demonstra que a amputação de membro inferior,
ocorreu em 20,8% dos resultados. No entanto, estudos apesar dos avanços no tratamento de úlceras e das
relatam que espécies gram-positivas são os patógenos sérias implicações para o estado funcional, bem-estar
predominantes, e que geralmente a infecção é polimi- e sobrevivência dos indivíduos, ainda são necessárias
crobiana, com quatro a cinco organismos envolvi- em muitos casos, sendo que a tríade de neuropatia
dos12,17,25,46. periférica, vasculopatia e susceptibilidade para infec-
Germes anaeróbios não foram evidenciados no ção é um clássico cenário de alto risco para sua
exame, porém Steed38 estima que sejam encontrados realização12,36,49.
em cerca de 25% das lesões diabéticas, e que, pela Estatísticas feitas nos Estados Unidos e Suécia
dificuldade no adequado processamento de culturas observaram que 50 e 32% das amputações de membro
anaeróbicas, eles possam estar presentes mesmo quando inferior de causa não-traumática estão relacionados ao
não forem identificados na cultura. diabetes, enquanto um estudo realizado no Rio de
A infecção no pé diabético pode ser classificada em Janeiro e na Baixada Fluminense encontrou uma inci-
sem risco (ou leve) e com risco de perda do membro. Na dência cerca de 13 vezes maior de amputação em
primeira, por ser superficial, sem toxicidade sistêmica e comparação a indivíduos não portadores do diabetes45.
com baixo grau de isquemia, é normalmente causada Além disso, embora a maioria das amputações tenha
por estreptococos e estafilococos sensíveis à oxacilina e sido realizada em indivíduos em torno dos 50 anos,
à maioria dos beta-lactâmicos, sendo que cocos gram- pacientes jovens também podem ser submetidos à am-
positivos anaeróbios podem ser encontrados. Já no putação, como observado neste estudo e por Levin25.
segundo grupo, pela presença de isquemia importante, Embora a neuropatia seja o fator etiológico mais
de linfangite e de maior extensão e profundidade de freqüente no pé diabético, a doença vascular periférica
acometimento, predominam cocos gram-positivos ae- foi a causa mais prevalente de amputação nesse traba-
róbicos (estafilococos, estreptococos e enterococos), lho. A importância da sua associação com diabetes está
9. Pé diabético: aspectos clínicos – Brasileiro JL et alii J Vasc Br 2005, Vol. 4, Nº1 19
no fato de contribuir para ulceração, gangrena e retardo cada vez maior, pois observa-se que o tempo e os custos
da cura, ao diminuir a habilidade de defesa contra gerados são menores em comparação com as grandes
infecção por prejudicar o fornecimento de nutrientes e despesas hospitalares e medicamentosas geradas pelo
antibióticos para a área afetada. Desse modo, o trata- tratamento, além do menor desgaste físico-psicossocial
mento da vasculopatia, após o controle da lesão e/ou do paciente e de sua família. Também foi observado que
infecção, deve ser avaliado, já que a possibilidade de pacientes diabéticos que acompanham um programa de
melhorar o fluxo sangüíneo é um importante fator para atenção ao pé diabético têm um risco oito a 22 vezes
evitar uma amputação maior17,19. menor de ulceração44,54.
Contudo, mesmo após a revascularização periféri- Enfim, nota-se que a última e mais importante
ca, pode haver a necessidade de realização de uma assistência baseia-se nas orientações para prevenção de
amputação posterior, principalmente do tipo menor, ulcerações. Contudo, o diabetes melito é uma patolo-
assim como também notado por Calle-Pascual et al.50. gia de manejo complexo, pois além da continuidade
A causa de re-internação hospitalar após um perío- da terapêutica medicamentosa, envolve também uma
do curto da alta estava relacionada com a presença de série de mudanças nos hábitos de vida do indivíduo.
infecção, principalmente no coto da amputação. O São necessários paciência e rigor para conseguir um
tratamento é dramático, pois, se o desbridamento iso- bom controle glicêmico e também cuidado adequa-
ladamente não for eficaz, há a necessidade de amputa- do dos pés, através de sua inspeção diária, de visitas
ções cada vez mais proximais. regulares ao especialista, de calçados apropriados que
Houve recorrência de ulceração em dois pacientes não gerem pressão, da atenção ao cortar a unha e ao
em um período inferior a um ano e ambos pacientes surgimento de calos, e da higiene adequada com
tiveram que ser amputados. Contudo, é importante substâncias que não provoquem irritação ou lesões
lembrar que, pelo fato de cerca da metade dos pacientes na pele. Assim, a conscientização e a colaboração,
(42,9%) não ser procedente de Campo Grande, o que tanto do paciente quanto da sua família, é fundamen-
dificultou o acompanhamento periódico, tal valor pode tal para o sucesso da prevenção de ulceração e de
não corresponder à realidade. complicações do pé diabético, além de uma equipe
multidisciplinar apta a orientar, diagnosticar preco-
Assim como observado nos outros estudos, o pé
cemente e tratar a patologia diabética 45,55.
diabético está associado a taxas importantes de ocupa-
ção e permanência hospitalar, com repetidas interven-
ções cirúrgicas e hospitalizações anuais. Além disso, o
sucesso na cura de úlcera de pé diabético requer longo Conclusões
período de tratamento, envolvendo visitas clínicas,
O pé diabético foi mais prevalente em indivíduos
hospitalizações e troca de curativos8,51,52.
do sexo masculino, da faixa etária entre 51 e 70 anos,
Estima-se que a prevalência de úlcera seja de 04 a portadores de diabetes tipo 2 em uso de hipoglicemian-
10% em pacientes diabéticos, e que sua presença prece- tes orais e com duração inferior a 10 anos.
de cerca de 85% das amputações de membro inferior.
A neuropatia periférica foi a etiologia mais preva-
Portanto, vários estudos observaram que a identificação
lente no pé diabético, enquanto que a vasculopatia foi
dos fatores de risco para ulceração e o tratamento
a causa mais freqüente de amputação.
precoce, como bom controle glicêmico, avaliação peri-
ódica (pelo menos anualmente) dos níveis de hemoglo- Apesar das implicações no bem-estar e sobrevida
bina glicosilada, além do cuidado adequado do pé dos pacientes, a amputação ainda é necessária e foi
(através de calçados terapêuticos, inspeção diária, pro- realizada em 71,4% dos casos.
teção a traumas, visitas regulares ao médico e manuseio As medidas preventivas são essenciais na assistên-
das unhas e calos por profissionais), estão diretamente cia ao pé diabético. O controle do diabetes melito, as
relacionados com uma menor incidência de amputação orientações para evitar ulcerações através de cuidado
em pacientes portadores de diabetes45,53. adequado dos pés e visitas regulares ao médico, assim
Por conseguinte, atualmente, apesar dos recentes como a colaboração do paciente e de seus familiares
avanços no conhecimento e no tratamento de pé diabé- são fundamentais na prevenção de incapacidades e
tico, a importância de sua prevenção tem-se tornado deformidades por pé diabético.
10. 20 J Vasc Br 2005, Vol. 4, Nº1 Pé diabético: aspectos clínicos – Brasileiro JL et alii
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