1) O Projeto Diretrizes tem o objetivo de padronizar condutas médicas a partir de informações da área, auxiliando na tomada de decisão dos médicos.
2) O documento discute critérios para o tratamento de fraturas supracondilianas do úmero em crianças, comparando abordagens cirúrgicas abertas e fechadas.
3) Geralmente fraturas tipo III de Gartland requerem redução e fixação, porém estudos apresentam resultados conflitantes sobre se o tratamento deve ser realizado em cará
O documento discute as diretrizes do Projeto Diretrizes para o diagnóstico e tratamento de hérnia de disco lombar em adultos jovens. Ele fornece recomendações sobre quando realizar exames de imagem, indicações para cirurgia versus tratamento conservador, e diferentes técnicas cirúrgicas.
TRATAMENTO CONSERVADOR DE HÉRNIA DISCAL CERVICAL - RELATO DE CASOTHIAGO MELANIAS
O documento relata o caso de uma paciente de 33 anos com hérnia discal cervical que foi submetida a tratamento conservador com bloqueios foraminais após falha do tratamento clínico. O tratamento conservador levou a melhora dos sintomas da paciente e demonstra a eficácia das infiltrações foraminais no manejo da hérnia discal cervical refratária.
Este documento relata o caso de uma adolescente de 13 anos que desenvolveu déficit neurológico importante 3 anos após o tratamento para meduloblastoma. Ela foi submetida a cirurgia, quimioterapia e radioterapia para o tumor no cérebro. Anos depois, apresentou crises convulsivas e hemiplegia, exames mostraram oclusões vasculares no cérebro, possivelmente como efeito tardio da radioterapia. O documento discute as complicações neurológicas tardias relacionadas ao tratamento do medulo
Este documento apresenta os principais recursos fisioterapêuticos utilizados em amputados transfemorais durante a fase de pré-protetização, incluindo cinesioterapia, massoterapia, enfaixamento do coto, eletrotermofototerapia e hidroterapia. A amputação transfemoral ocorre entre a desarticulação do joelho e da anca. O objetivo da fisioterapia é preparar o coto para a prótese e tornar o indivíduo o mais independente possível.
O documento descreve um estudo sobre os aspectos clínicos do pé diabético. A neuropatia periférica foi a causa mais comum de pé diabético e a vasculopatia foi a principal causa de amputação. A orientação sobre prevenção de lesões no pé é importante para reduzir incapacidades entre pacientes diabéticos.
O estudo avaliou a acurácia do ecocardiograma como método isolado para indicação cirúrgica em 493 pacientes com cardiopatia congênita, comparando os achados com a cirurgia e/ou cateterismo. O ecocardiograma foi suficiente para indicar cirurgia em 94,3% dos casos sem cateterismo. Houve 8 casos falsos positivos e 39 falsos negativos, mas nenhum erro levou a complicações cirúrgicas. O ecocardiograma mostrou-se um método seguro e sensível para indicar cirurgia na maioria
O documento descreve um estudo que avalia a eficácia de uma escala de classificação de risco do pé diabético e fatores associados ao desenvolvimento de úlceras em pés de pacientes diabéticos. Foram analisados dados de 218 pacientes atendidos entre 2002-2004, com acompanhamento de 3 anos. A escala de risco apresentou baixa sensibilidade, e neuropatia, doença vascular e deformidades mostraram associação com úlceras. Melhorias no controle glicêmico foram observadas, mas medidas de
O documento discute as diretrizes do Projeto Diretrizes para o diagnóstico e tratamento de hérnia de disco lombar em adultos jovens. Ele fornece recomendações sobre quando realizar exames de imagem, indicações para cirurgia versus tratamento conservador, e diferentes técnicas cirúrgicas.
TRATAMENTO CONSERVADOR DE HÉRNIA DISCAL CERVICAL - RELATO DE CASOTHIAGO MELANIAS
O documento relata o caso de uma paciente de 33 anos com hérnia discal cervical que foi submetida a tratamento conservador com bloqueios foraminais após falha do tratamento clínico. O tratamento conservador levou a melhora dos sintomas da paciente e demonstra a eficácia das infiltrações foraminais no manejo da hérnia discal cervical refratária.
Este documento relata o caso de uma adolescente de 13 anos que desenvolveu déficit neurológico importante 3 anos após o tratamento para meduloblastoma. Ela foi submetida a cirurgia, quimioterapia e radioterapia para o tumor no cérebro. Anos depois, apresentou crises convulsivas e hemiplegia, exames mostraram oclusões vasculares no cérebro, possivelmente como efeito tardio da radioterapia. O documento discute as complicações neurológicas tardias relacionadas ao tratamento do medulo
Este documento apresenta os principais recursos fisioterapêuticos utilizados em amputados transfemorais durante a fase de pré-protetização, incluindo cinesioterapia, massoterapia, enfaixamento do coto, eletrotermofototerapia e hidroterapia. A amputação transfemoral ocorre entre a desarticulação do joelho e da anca. O objetivo da fisioterapia é preparar o coto para a prótese e tornar o indivíduo o mais independente possível.
O documento descreve um estudo sobre os aspectos clínicos do pé diabético. A neuropatia periférica foi a causa mais comum de pé diabético e a vasculopatia foi a principal causa de amputação. A orientação sobre prevenção de lesões no pé é importante para reduzir incapacidades entre pacientes diabéticos.
O estudo avaliou a acurácia do ecocardiograma como método isolado para indicação cirúrgica em 493 pacientes com cardiopatia congênita, comparando os achados com a cirurgia e/ou cateterismo. O ecocardiograma foi suficiente para indicar cirurgia em 94,3% dos casos sem cateterismo. Houve 8 casos falsos positivos e 39 falsos negativos, mas nenhum erro levou a complicações cirúrgicas. O ecocardiograma mostrou-se um método seguro e sensível para indicar cirurgia na maioria
O documento descreve um estudo que avalia a eficácia de uma escala de classificação de risco do pé diabético e fatores associados ao desenvolvimento de úlceras em pés de pacientes diabéticos. Foram analisados dados de 218 pacientes atendidos entre 2002-2004, com acompanhamento de 3 anos. A escala de risco apresentou baixa sensibilidade, e neuropatia, doença vascular e deformidades mostraram associação com úlceras. Melhorias no controle glicêmico foram observadas, mas medidas de
Allan artigo 2013 rev ctbmf patologia unitAllan Ulisses
1) O documento apresenta os resultados de um estudo retrospectivo sobre lesões bucais diagnosticadas no laboratório de patologia bucal da Universidade Tiradentes entre 2002-2010;
2) Foram analisados 128 laudos histopatológicos, sendo que a maioria das lesões foi benigna (92,9%) e o diagnóstico mais comum foi hiperplasia fibrosa inflamatória;
3) Os pacientes eram majoritariamente do gênero feminino, com idade média de 36,8 anos, e a lesão estava localizada principalmente no lá
Este documento apresenta uma introdução à urologia clínica para médicos gerais, abordando tópicos como:
1) A importância de uma anamnese e exame físico adequados para o diagnóstico diferencial em urologia.
2) Orientações sobre a realização da história clínica, com foco nos sintomas, antecedentes e queixa do paciente.
3) Exemplos de sintomas comuns em urologia e seu diagnóstico diferencial, como dor e febre.
O documento relata o caso de um paciente de 57 anos que apresentava um osteocondroma na região cervical da coluna vertebral, causando dor e outros sintomas. Foi realizada uma cirurgia para remover o tumor com sucesso e o paciente teve melhora dos sintomas após o procedimento.
O documento descreve o caso de um paciente de 2 anos com hidrocefalia que recebeu fisioterapia por 20 meses. A fisioterapia melhorou sua classificação no Sistema de Classificação da Função Motora Grossa de Nível IV para Nível II e melhorou suas habilidades funcionais e equilíbrio, permitindo que adquirisse a posição bípede e deambulação com apoio. O protocolo de intervenção baseado na literatura contribuiu para a aquisição de novas habilidades.
O documento discute tumores da região de cabeça e pescoço, fornecendo informações sobre diagnóstico, estadiamento e conduta cirúrgica. Aborda a importância de exames físicos e complementares para identificar o tumor primário e metástases. Descreve o sistema TNM de classificação clínica e estadiamento dos tumores, considerando extensão do tumor, acometimento linfonodal e metástases à distância.
ECO no TTO percutâneo dos defeitos septaisgisa_legal
1) O documento discute o papel da ecocardiografia no tratamento percutâneo de defeitos septais, incluindo a avaliação de pacientes, monitoramento de procedimentos e avaliação pós-procedimento.
2) A ecocardiografia é essencial para identificar candidatos adequados, guiar a escolha e posicionamento de dispositivos, e avaliar a oclusão do defeito.
3) Técnicas avançadas como ecocardiografia 3D e intracardíaca melhoraram a abordagem percutânea de defeitos complex
1) O documento discute as opções cirúrgicas para o tratamento da artrose de joelho, comparando osteotomia e artroplastia.
2) Recomenda exercícios funcionais e educação para pacientes na fila de espera para artroplastia para melhorar a função do joelho.
3) Conclui que a artroscopia não é eficaz para aliviar sintomas da artrose, e que a artroplastia total do joelho oferece melhores resultados do que a osteotomia tibial proximal.
[1] A cirurgia do pé diabético envolve o tratamento de infecções, úlceras crônicas e isquemia através de desbridamento, drenagem e revascularização quando possível para prevenir amputações. [2] A amputação é indicada quando a infecção e necrose são irreversíveis ou para criar uma unidade funcional. [3] O objetivo da cirurgia é controlar a infecção, promover a cicatrização e preservar quanto do pé for possível.
Estudo epidemiológico das cc na infância e adolescênciagisa_legal
O documento apresenta os resultados de um estudo epidemiológico de 4.538 casos de cardiopatias em crianças e adolescentes atendidos em um hospital infantil no Paraná entre 1995-1997. Foram observados 2.017 casos (44,4%) de cardiopatia congênita, sendo a comunicação interventricular a anomalia mais comum. As cardiopatias congênitas foram mais frequentes em lactentes e neonatos. Crianças com cardiopatia congênita apresentaram idade e peso significativamente menores que crianças normais.
O documento discute os métodos de diagnóstico da lesão do ligamento cruzado anterior do joelho, tanto na fase aguda quanto crônica. O teste de Lachman é o melhor teste no exame físico para o diagnóstico da lesão aguda, enquanto o teste da gaveta anterior e o teste de Lachman são os mais indicados para o diagnóstico da lesão crônica. A ressonância magnética pode ser útil para diagnosticar lesões associadas, mas não é necessária no diagnóstico inicial da lesão aguda.
O documento descreve um estudo sobre o perfil de pacientes com feridas neoplásicas em um hospital de câncer em Pernambuco. A maioria dos pacientes eram homens entre 40-60 anos com câncer de cabeça e pescoço ou mama. As feridas estavam principalmente localizadas na cabeça e pescoço e em estágio avançado. Os tratamentos utilizados foram colagenase e ácidos graxos essenciais.
O documento discute as diretrizes do Projeto Diretrizes da Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina para o diagnóstico e tratamento de lesões traumáticas da coluna cervical. Inclui recomendações sobre exames, tratamento para fraturas de C1, C2 e espondilolistese do axis, e métodos de artrodese cervical.
O osteossarcoma é um câncer raro que afeta principalmente crianças e adolescentes, desenvolvendo-se nos ossos. Os principais sintomas são dor e inchaço no osso afetado. O diagnóstico envolve exames de imagem, análises de sangue e biópsia do tumor. O tratamento consiste em cirurgia para remover o tumor, quimioterapia e radioterapia, podendo resultar na amputação do membro em alguns casos. Novas técnicas cirúrgicas e medicamentos em estudo buscam melhorar
Livro caderno de enfermagem em ortopediakarol_ribeiro
1) O documento apresenta orientações sobre curativos para profissionais de enfermagem de um hospital ortopédico no Rio de Janeiro.
2) Inclui informações sobre tipos de cicatrização, avaliação de feridas, e descrições de diferentes curativos como álcool 70%, solução fisiológica, clorexidina alcoólica e sulfadiazina de prata.
3) O objetivo é fornecer conhecimentos sobre curativos para facilitar a recuperação de lesões de pacientes ortop
Banner-RESSONÂNCIA MAGNÉTICA COMO AUXILIAR NA PREVENÇÃO E DIAGNÓSTICO DO ACID...Lana Delly Nascimento
A Ressonância Nuclear Magnética (RNM) ou simplesmente,
Ressonância Magnética (RM), desde 1982 oferece o benefício de avaliação na representação de tecidos moles nos planos anatômicos da área de interesse a ser examinada, melhor indicada para o estudo e diagnóstico de doenças cerebrovasculares. É um procedimento essencial no diagnóstico do Acidente Vascular Cerebral (AVC).
O AVC é a doença crônica não transmissível que mais mata no Brasil. Quando diagnosticado precocemente e tratado de forma
adequada, permite a possibilidade de melhora nas disfunções e até na recuperação aparente.
O documento descreve os Centros de Atenção Especializada do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO). São apresentados 11 centros que fornecem tratamento especializado em diferentes áreas da ortopedia, incluindo cirurgias de coluna, quadril, joelho, mão e pé. O papel da enfermagem em cada centro é descrito, com foco nos cuidados pré e pós-operatório fornecidos aos pacientes.
O documento discute as principais causas e tratamentos da neoplasia de cabeça e pescoço. Ele explica que fatores como tabagismo e consumo de álcool são as causas mais relevantes, e que os tratamentos podem incluir cirurgia, quimioterapia e radioterapia. O objetivo é aumentar a conscientização sobre como esses fatores de risco podem levar ao desenvolvimento do câncer.
Um novo sistema de classificação para doença discaladrianomedico
O documento apresenta um novo sistema de classificação para a doença degenerativa discal da coluna lombar baseado em imagens de ressonância magnética, discografia provocativa, radiografias simples e considerações anatômicas. O sistema classifica o segmento intervertebral em duas partes - a coluna anterior e a coluna posterior - levando em consideração o estado de degeneração do disco intervertebral e das articulações facetárias. O sistema de classificação será validado através de um estudo cego com 100 pacientes e tem como objetivo fornecer
AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCO DO PÉ PROPOSTO PELO GRUPO DE T...Câmara de Vereadores
AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE
RISCO DO PÉ PROPOSTO PELO GRUPO DE
TRABALHO INTERNACIONAL SOBRE O PÉ - HOSPITAL DA POLÍCIA MILITAR DE
MINAS GERAIS, 2002-2007
DIABÉTICO - LUCIMARA VIDAL
O documento discute a cirurgia fetal para correção da mielomeningocele, uma malformação na coluna vertebral. A cirurgia fetal minimiza os efeitos da exposição prolongada das raízes nervosas no líquido amniótico, melhorando os resultados motores, urinários e intestinais da criança. Um estudo americano mostrou que a cirurgia fetal reduz a necessidade de procedimentos posteriores e melhora a mobilidade em comparação com o tratamento pós-natal. A técnica vem sendo realizada com sucesso no Brasil
O documento discute a classificação e epidemiologia do traumatismo craniano. A classificação inclui lesões fechadas, fraturas com afundamento e fraturas expostas. O TCE é uma das principais causas de morte e incapacidade entre jovens e causa anualmente 100.000 mortes nos EUA. As lesões intracranianas podem incluir contusões, hematomas e hemorragias.
Allan artigo 2013 rev ctbmf patologia unitAllan Ulisses
1) O documento apresenta os resultados de um estudo retrospectivo sobre lesões bucais diagnosticadas no laboratório de patologia bucal da Universidade Tiradentes entre 2002-2010;
2) Foram analisados 128 laudos histopatológicos, sendo que a maioria das lesões foi benigna (92,9%) e o diagnóstico mais comum foi hiperplasia fibrosa inflamatória;
3) Os pacientes eram majoritariamente do gênero feminino, com idade média de 36,8 anos, e a lesão estava localizada principalmente no lá
Este documento apresenta uma introdução à urologia clínica para médicos gerais, abordando tópicos como:
1) A importância de uma anamnese e exame físico adequados para o diagnóstico diferencial em urologia.
2) Orientações sobre a realização da história clínica, com foco nos sintomas, antecedentes e queixa do paciente.
3) Exemplos de sintomas comuns em urologia e seu diagnóstico diferencial, como dor e febre.
O documento relata o caso de um paciente de 57 anos que apresentava um osteocondroma na região cervical da coluna vertebral, causando dor e outros sintomas. Foi realizada uma cirurgia para remover o tumor com sucesso e o paciente teve melhora dos sintomas após o procedimento.
O documento descreve o caso de um paciente de 2 anos com hidrocefalia que recebeu fisioterapia por 20 meses. A fisioterapia melhorou sua classificação no Sistema de Classificação da Função Motora Grossa de Nível IV para Nível II e melhorou suas habilidades funcionais e equilíbrio, permitindo que adquirisse a posição bípede e deambulação com apoio. O protocolo de intervenção baseado na literatura contribuiu para a aquisição de novas habilidades.
O documento discute tumores da região de cabeça e pescoço, fornecendo informações sobre diagnóstico, estadiamento e conduta cirúrgica. Aborda a importância de exames físicos e complementares para identificar o tumor primário e metástases. Descreve o sistema TNM de classificação clínica e estadiamento dos tumores, considerando extensão do tumor, acometimento linfonodal e metástases à distância.
ECO no TTO percutâneo dos defeitos septaisgisa_legal
1) O documento discute o papel da ecocardiografia no tratamento percutâneo de defeitos septais, incluindo a avaliação de pacientes, monitoramento de procedimentos e avaliação pós-procedimento.
2) A ecocardiografia é essencial para identificar candidatos adequados, guiar a escolha e posicionamento de dispositivos, e avaliar a oclusão do defeito.
3) Técnicas avançadas como ecocardiografia 3D e intracardíaca melhoraram a abordagem percutânea de defeitos complex
1) O documento discute as opções cirúrgicas para o tratamento da artrose de joelho, comparando osteotomia e artroplastia.
2) Recomenda exercícios funcionais e educação para pacientes na fila de espera para artroplastia para melhorar a função do joelho.
3) Conclui que a artroscopia não é eficaz para aliviar sintomas da artrose, e que a artroplastia total do joelho oferece melhores resultados do que a osteotomia tibial proximal.
[1] A cirurgia do pé diabético envolve o tratamento de infecções, úlceras crônicas e isquemia através de desbridamento, drenagem e revascularização quando possível para prevenir amputações. [2] A amputação é indicada quando a infecção e necrose são irreversíveis ou para criar uma unidade funcional. [3] O objetivo da cirurgia é controlar a infecção, promover a cicatrização e preservar quanto do pé for possível.
Estudo epidemiológico das cc na infância e adolescênciagisa_legal
O documento apresenta os resultados de um estudo epidemiológico de 4.538 casos de cardiopatias em crianças e adolescentes atendidos em um hospital infantil no Paraná entre 1995-1997. Foram observados 2.017 casos (44,4%) de cardiopatia congênita, sendo a comunicação interventricular a anomalia mais comum. As cardiopatias congênitas foram mais frequentes em lactentes e neonatos. Crianças com cardiopatia congênita apresentaram idade e peso significativamente menores que crianças normais.
O documento discute os métodos de diagnóstico da lesão do ligamento cruzado anterior do joelho, tanto na fase aguda quanto crônica. O teste de Lachman é o melhor teste no exame físico para o diagnóstico da lesão aguda, enquanto o teste da gaveta anterior e o teste de Lachman são os mais indicados para o diagnóstico da lesão crônica. A ressonância magnética pode ser útil para diagnosticar lesões associadas, mas não é necessária no diagnóstico inicial da lesão aguda.
O documento descreve um estudo sobre o perfil de pacientes com feridas neoplásicas em um hospital de câncer em Pernambuco. A maioria dos pacientes eram homens entre 40-60 anos com câncer de cabeça e pescoço ou mama. As feridas estavam principalmente localizadas na cabeça e pescoço e em estágio avançado. Os tratamentos utilizados foram colagenase e ácidos graxos essenciais.
O documento discute as diretrizes do Projeto Diretrizes da Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina para o diagnóstico e tratamento de lesões traumáticas da coluna cervical. Inclui recomendações sobre exames, tratamento para fraturas de C1, C2 e espondilolistese do axis, e métodos de artrodese cervical.
O osteossarcoma é um câncer raro que afeta principalmente crianças e adolescentes, desenvolvendo-se nos ossos. Os principais sintomas são dor e inchaço no osso afetado. O diagnóstico envolve exames de imagem, análises de sangue e biópsia do tumor. O tratamento consiste em cirurgia para remover o tumor, quimioterapia e radioterapia, podendo resultar na amputação do membro em alguns casos. Novas técnicas cirúrgicas e medicamentos em estudo buscam melhorar
Livro caderno de enfermagem em ortopediakarol_ribeiro
1) O documento apresenta orientações sobre curativos para profissionais de enfermagem de um hospital ortopédico no Rio de Janeiro.
2) Inclui informações sobre tipos de cicatrização, avaliação de feridas, e descrições de diferentes curativos como álcool 70%, solução fisiológica, clorexidina alcoólica e sulfadiazina de prata.
3) O objetivo é fornecer conhecimentos sobre curativos para facilitar a recuperação de lesões de pacientes ortop
Banner-RESSONÂNCIA MAGNÉTICA COMO AUXILIAR NA PREVENÇÃO E DIAGNÓSTICO DO ACID...Lana Delly Nascimento
A Ressonância Nuclear Magnética (RNM) ou simplesmente,
Ressonância Magnética (RM), desde 1982 oferece o benefício de avaliação na representação de tecidos moles nos planos anatômicos da área de interesse a ser examinada, melhor indicada para o estudo e diagnóstico de doenças cerebrovasculares. É um procedimento essencial no diagnóstico do Acidente Vascular Cerebral (AVC).
O AVC é a doença crônica não transmissível que mais mata no Brasil. Quando diagnosticado precocemente e tratado de forma
adequada, permite a possibilidade de melhora nas disfunções e até na recuperação aparente.
O documento descreve os Centros de Atenção Especializada do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO). São apresentados 11 centros que fornecem tratamento especializado em diferentes áreas da ortopedia, incluindo cirurgias de coluna, quadril, joelho, mão e pé. O papel da enfermagem em cada centro é descrito, com foco nos cuidados pré e pós-operatório fornecidos aos pacientes.
O documento discute as principais causas e tratamentos da neoplasia de cabeça e pescoço. Ele explica que fatores como tabagismo e consumo de álcool são as causas mais relevantes, e que os tratamentos podem incluir cirurgia, quimioterapia e radioterapia. O objetivo é aumentar a conscientização sobre como esses fatores de risco podem levar ao desenvolvimento do câncer.
Um novo sistema de classificação para doença discaladrianomedico
O documento apresenta um novo sistema de classificação para a doença degenerativa discal da coluna lombar baseado em imagens de ressonância magnética, discografia provocativa, radiografias simples e considerações anatômicas. O sistema classifica o segmento intervertebral em duas partes - a coluna anterior e a coluna posterior - levando em consideração o estado de degeneração do disco intervertebral e das articulações facetárias. O sistema de classificação será validado através de um estudo cego com 100 pacientes e tem como objetivo fornecer
AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCO DO PÉ PROPOSTO PELO GRUPO DE T...Câmara de Vereadores
AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE
RISCO DO PÉ PROPOSTO PELO GRUPO DE
TRABALHO INTERNACIONAL SOBRE O PÉ - HOSPITAL DA POLÍCIA MILITAR DE
MINAS GERAIS, 2002-2007
DIABÉTICO - LUCIMARA VIDAL
O documento discute a cirurgia fetal para correção da mielomeningocele, uma malformação na coluna vertebral. A cirurgia fetal minimiza os efeitos da exposição prolongada das raízes nervosas no líquido amniótico, melhorando os resultados motores, urinários e intestinais da criança. Um estudo americano mostrou que a cirurgia fetal reduz a necessidade de procedimentos posteriores e melhora a mobilidade em comparação com o tratamento pós-natal. A técnica vem sendo realizada com sucesso no Brasil
O documento discute a classificação e epidemiologia do traumatismo craniano. A classificação inclui lesões fechadas, fraturas com afundamento e fraturas expostas. O TCE é uma das principais causas de morte e incapacidade entre jovens e causa anualmente 100.000 mortes nos EUA. As lesões intracranianas podem incluir contusões, hematomas e hemorragias.
Anéis vasculares na infância diagnóstico e t togisa_legal
Este documento descreve um estudo de 22 crianças com anomalias do arco aórtico tratadas em um hospital entre 1985-2000. Os sintomas mais comuns foram respiratórios como chiado e pneumonia. O diagnóstico foi geralmente tardio após 1 ano de idade. O exame mais útil foi o esofagograma. A correção cirúrgica melhorou os sintomas, embora alguns persistiram por até 6 meses.
O documento discute anestesia para cirurgias bucomaxilofaciais e odontológicas. Aborda os tipos de procedimentos, avaliação pré-anestésica, técnicas anestésicas, intubação, monitorização, sangramento e cuidados pós-operatórios. O foco é fornecer anestesia segura de acordo com o porte cirúrgico, condições do paciente e características de cada procedimento.
O documento discute o traumatismo cranioencefálico (TCE), definindo-o como qualquer lesão decorrente de trauma externo ao crânio ou cérebro. Descreve as estruturas anatômicas envolvidas como o cérebro, cerebelo e meninges, e explica a classificação, causas, sinais e sintomas, complicações e objetivos do tratamento do TCE.
O documento apresenta informações sobre um caso clínico de uma paciente de 68 anos que será submetida à colecistectomia videolaparoscópica. A paciente apresenta ansiedade e medo em relação ao procedimento, além de não ter compreendido bem a explicação médica e não ter assinado o consentimento informado. O texto também fornece respostas detalhadas para questões sobre situações de risco para o pós-operatório e cuidados para prevenção de infecção no sítio cirúrgico.
O documento discute aspectos da cirurgia pediátrica, incluindo: 1) a história da especialidade e fatores que levaram à queda da mortalidade infantil; 2) considerações fisiológicas importantes no recém-nascido; 3) detalhes do pré-operatório como anamnese, exames e situações especiais.
1) As úlceras por pressão são lesões de pele ou tecidos moles causadas por pressão prolongada, principalmente em áreas ósseas proeminentes, levando à isquemia tecidual.
2) Sua incidência é alta em pacientes acamados, variando de 37-59% dependendo da população, com alto custo de tratamento.
3) A prevenção é mais efetiva que o tratamento, requerendo uma equipe multiprofissional para identificar fatores de risco e áreas mais suscetíveis como região sacral,
Acompanhamento da PBMF em caso de Carcinoma Epidermóide em criançaFundecto
O documento descreve o caso de uma criança de 10 anos diagnosticada com carcinoma mucoepidermóide no palato. Após a excisão cirúrgica do tumor, que deixou uma comunicação bucosinusal, uma placa palatina foi instalada para reabilitação. Desde então, não há evidência de recidiva do câncer, e a paciente tem sido acompanhada a cada dois meses.
1) As úlceras venosas são comuns e causam significativo impacto social e econômico devido à sua natureza recorrente.
2) O diagnóstico clínico é baseado na história, exame físico e exames complementares como ultrassonografia Doppler.
3) O tratamento envolve cicatrização da úlcera e prevenção de recidivas através de terapias clínicas e cirúrgicas.
O documento descreve um estudo sobre o uso da litotripsia extracorpórea no tratamento de cálculos urinários em crianças. Os resultados mostraram que a litotripsia foi eficaz para cálculos piélicos, caliciais, ureterais e vesicais, com taxas de fragmentação de 77,8% a 100%. Cálculos localizados no cálice inferior e cálculos coraliformes tiveram resultados menos favoráveis.
O documento descreve um estudo de 57 pacientes com capsulite adesiva do ombro tratados com uma abordagem multidisciplinar. Os pacientes foram avaliados antes e depois do tratamento. A maioria dos pacientes tinha histórico de tratamento prévio sem melhora. O tratamento proposto envolveu principalmente fisioterapia e medicação, manipulação sob anestesia ou infiltração. Os resultados finais mostraram melhora da mobilidade em muitos pacientes, mas alguns permaneceram com limitações.
1) O documento relata um caso de esclerodermia em golpe de sabre em uma paciente jovem.
2) A biópsia da lesão mostrou resultado compatível com esclerodermia e o diagnóstico foi confirmado.
3) Após tratamento com betametasona tópica, vitamina E e fenitoína, houve melhora significativa do quadro clínico da paciente.
1) O documento relata um caso de esclerodermia em golpe de sabre em uma paciente jovem.
2) A biópsia da lesão mostrou resultado compatível com esclerodermia e o diagnóstico foi confirmado.
3) Após tratamento com betametasona tópica, vitamina E e fenitoína, houve melhora significativa do quadro clínico da paciente.
Este documento relata o caso de uma criança com um cisto neuroentérico raro que comprimiu a medula cervical alta entre C1 e C3. O tumor foi removido completamente através de uma laminotomia com bons resultados. O cisto neuroentérico é um tumor embrionário intraespinhal que geralmente causa sintomas de compressão medular e pode estar associado a outras malformações.
O documento discute o exame clínico necessário para a confecção de próteses totais. Ele descreve os detalhes que devem ser observados, incluindo lesões na boca, condições médicas do paciente, e estruturas anatômicas. Realizar um exame clínico completo é essencial para estabelecer um diagnóstico e prognóstico precisos e informar corretamente o paciente.
Este documento descreve um estudo de revisão bibliográfica sobre a intervenção fisioterapêutica em pacientes com fratura de fêmur. Ele discute as características anatômicas e etiológicas das fraturas de fêmur, os tratamentos cirúrgicos comuns e as complicações encontradas após a cirurgia.
A esclerose múltipla é uma doença inflamatória crônica que compromete o sistema nervoso central, afetando principalmente a mielina. Ela possui causas genéticas e ambientais, e seus sintomas incluem problemas de visão, locomoção e equilíbrio. Atualmente, os tratamentos existentes focam nos sintomas, na modificação da doença e nos surtos agudos, apesar dos possíveis efeitos colaterais. Pesquisas com células-tronco mesenquimais e hematopoiéticas são
O documento discute a assistência de enfermagem para distúrbios neurológicos e renais em adultos. A primeira seção aborda acidente vascular encefálico, incluindo sua fisiopatologia, sinais e sintomas e avaliação inicial do paciente. A segunda seção tratará de outros distúrbios neurológicos. A terceira seção discutirá distúrbios renais como infecções urinárias e insuficiência renal.
Semelhante a Fratura supracondiliana-do-umero-na-crianca AMB (20)
Concepção, gravidez, parto e pós-parto: perspectivas feministas e interseccionais
Livro integra a coleção Temas em Saúde Coletiva
A mais recente publicação do Instituto de SP traça a evolução da política de saúde voltada para as mulheres e pessoas que engravidam no Brasil ao longo dos últimos cinquenta anos.
A publicação se inicia com uma análise aprofundada de dois conceitos fundamentais: gênero e interseccionalidade. Ao abordar questões de saúde da mulher, considera-se o contexto social no qual a mulher está inserida, levando em conta sua classe, raça e gênero. Um dos pontos centrais deste livro é a transformação na assistência ao parto, influenciada significativamente pelos movimentos sociais, que desde a década de 1980 denunciam o uso irracional de tecnologia na assistência.
Essas iniciativas se integraram ao movimento emergente de avaliação tecnológica em saúde e medicina baseada em evidências, resultando em estudos substanciais que impulsionaram mudanças significativas, muitas das quais são discutidas nesta edição. Esta edição tem como objetivo fomentar o debate na área da saúde, contribuindo para a formação de profissionais para o SUS e auxiliando na formulação de políticas públicas por meio de uma discussão abrangente de conceitos e tendências do campo da Saúde Coletiva.
Esta edição amplia a compreensão das diversas facetas envolvidas na garantia de assistência durante o período reprodutivo, promovendo uma abordagem livre de preconceitos, discriminação e opressão, pautada principalmente nos direitos humanos.
Dois capítulos se destacam: ‘“A pulseirinha do papai”: heteronormatividade na assistência à saúde materna prestada a casais de mulheres em São Paulo’, e ‘Políticas Públicas de Gestação, Práticas e Experiências Discursivas de Gravidez Trans masculina’.
Parabéns às autoras e organizadoras!
Prof. Marcus Renato de Carvalho
www.agostodourado.com
Síndrome do Desconforto Respiratório do Recém-Nascido (SDR).pptx
Fratura supracondiliana-do-umero-na-crianca AMB
1. 1
Projeto Diretrizes
Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina
O Projeto Diretrizes, iniciativa conjunta da Associação Médica Brasileira e Conselho Federal
de Medicina, tem por objetivo conciliar informações da área médica a fim de padronizar
condutas que auxiliem o raciocínio e a tomada de decisão do médico. As informações contidas
neste projeto devem ser submetidas à avaliação e à crítica do médico, responsável pela conduta
a ser seguida, frente à realidade e ao estado clínico de cada paciente.
Autoria: Sociedade Brasileira de
Ortopedia e Traumatologia
Elaboração Final: 24 de outubro de 2007
Participantes: Kotzias Neto A, Belangero WD
Fratura Supracondiliana
do Úmero na Criança
2. Projeto Diretrizes
Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina
2 Fratura Supracondiliana do Úmero na Criança
DESCRIÇÃO DO MÉTODO DE COLETA DE EVIDÊNCIA:
Foram realizadas buscas na base de dados PubMed, utilizando as seguintes
palavras-chaves: Humeral Fractures/surgery*, Fracture Fixation/instrumentation*,
Risk Assessment. No tema “Emergência ou Urgência”, não foi encontrado
estudo de melhor nível de evidência, sendo sete estudos do tipo série de
casos. No tema “Redução aberta ou fechada?”, foram selecionados sete es-
tudos, sendo apenas um controlado e randomizado.
GRAU DE RECOMENDAÇÃO E FORÇA DE EVIDÊNCIA:
A: Estudos experimentais ou observacionais de melhor consistência.
B: Estudos experimentais ou observacionais de menor consistência.
C: Relatos de casos (estudos não controlados).
D: Opinião desprovida de avaliação crítica, baseada em consensos, estudos
fisiológicos ou modelos animais.
OBJETIVO:
Estabelecer critérios para o tratamento das fraturas supracondilianas do úmero
na criança.
CONFLITO DE INTERESSE:
Nenhum conflito de interesse declarado.
3. 3Fratura Supracondiliana do Úmero na Criança
Projeto Diretrizes
Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina
INTRODUÇÃO
As fraturas supracondilianas do úmero correspondem a 17%
das fraturas na infância, sendo as mais freqüentes do membro
superior nas crianças, perfazendo 60% das ocorrências, com pico
de incidência entre os quatro e sete anos de idade1
(D). A conduta
não-cirúrgica tem sido mostrada associada à alta freqüência de
complicações, incluindo falha de obtenção e manutenção da re-
dução, lesão nervosa, comprometimento vascular e síndrome de
compartimento.
O terço distal do úmero apresenta como particularidade
anatômica uma área óssea delgada entre as fossas do olécrano e
coronóide, cercada pelas colunas medial e lateral, que são mais
espessas. A fratura ocorre quando a criança cai com o cotovelo em
hiperextensão, impactando o olécrano contra a fossa olecraneana.
Isso cria uma alavanca, cujo fulcro do movimento está localizado
exatamente na região supracondiliana do úmero, determinando
assim a fratura. Cabe lembrar que na faixa etária em que essa
fratura é mais freqüente há maior lassidão ligamentar, que permi-
te a hiperextensão do cotovelo, facilitando assim a ocorrência da
fratura. Nesse mecanismo de trauma (hiperextensão), que aco-
mete 95% dos casos, o traço de fratura habitualmente é transver-
so e desloca-se no sentido póstero-superior para ântero-inferior.
O fragmento distal pode desviar, em 75% dos casos, para posteri-
or ou para posterior em varo (póstero-medial), ou em valgo (póstero-
lateral). Se a queda ocorrer com o cotovelo em semiflexão (menos
de 5% dos casos), o fragmento desvia-se anteriormente, o traço
de fratura é oblíquo, de ântero-superior para póstero-inferior, o
que torna mais difícil sua redução, bem como a manutenção está-
vel dos fragmentos1
(D).
A sintomatologia apresentada pelo paciente é exuberante,
com dor, limitação funcional, edema, equimose e, dependendo
da energia do trauma, deformidade e lesão dos tecidos moles
que envolvem o cotovelo. Lesões neurológicas e vasculares es-
tão presentes em 10% a 15% dessas fraturas2,3
(C). Assim sen-
do, o exame minucioso da função motora e sensitiva deve ser
realizado, buscando-se a lesão dos nervos mediano (nervo
interósseo anterior), radial e, mais raramente, do ulnar. Do
mesmo modo, deve-se avaliar a presença da perfusão periféri-
4. Projeto Diretrizes
Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina
4 Fratura Supracondiliana do Úmero na Criança
ca, do pulso da artéria braquial e radial e de
sinais da síndrome de compartimento.
Radiografias simples são suficientes e de
fundamental importância para o diagnóstico e
planejamento do tratamento. A dor e a ansie-
dade apresentada pela criança e pelos familiares
podem dificultar o exame radiológico. Para se
obter a radiografia na incidência ântero-poste-
rior, deve-se colocar sobre o chassi a extremida-
de distal do braço, não importando o grau de
flexão do cotovelo. Do mesmo modo, deve ser
feita a radiografia em perfil.
Apesar de ser mais descritiva e prática para
a definição da conduta terapêutica, a classifica-
ção de La Grange não é a mais utilizada. Essa
classificação divide as fraturas em quatro tipos,
a saber: tipo I: sem desvio, tipo II: com desvio
em um só plano, tipo III: com desvio em mais
de um plano e com contato entre as corticais e
tipo IV: com desvio em mais de um plano e
sem contato entre as corticais4
(D). A classifica-
ção mais usada é a de Gartland, descrita em
1959, e que divide as fraturas em três tipos:
sem desvio é classificada como tipo I; com des-
vio e com a cortical posterior íntegra, como tipo
II; com desvio e sem contato entre as corticais
dos fragmentos ósseos recebe o tipo III na
classificação5
(D).
Complicações acontecem no manejo de qual-
quer fratura, mas no caso específico da fratura
supracondiliana na criança, não somente pode
haver alterações na morfologia da articulação,
como também poderá ocorrer deformidade re-
sidual em varo, com repercussão na função ar-
ticular. No entanto, padronização de acesso e
técnicas cirúrgicas têm diminuído grandemente
a incidência de maus resultados. Cúbito varo
resultante da falha do tratamento não é somen-
te uma deformidade com efeitos cosméticos, mas
pode ter outras conseqüências tardias, como ris-
co de fratura do côndilo lateral, paralisia tardia
do ulnar e instabilidade rotatória do cotovelo.
FRATURAS DO TIPO II E III DE GARTLAND
URGÊNCIA OU EMERGÊNCIA?
A idéia de se tratar as fraturas supra-
condilianas do úmero na criança tipo III de
Gartland na urgência é baseada nas premissas
de que esta medida não somente é útil para
aliviar a dor, mas também para se evitar com-
plicações de ordem vascular, conseqüentes ao
edema local. O retardo do tratamento poderia
favorecer o aumento do edema e assim dificul-
tar a identificação dos acidentes anatômicos
importantes para a redução e a fixação da fra-
tura e predispor à instalação da síndrome de
compartimento.
O acompanhamento prospectivo de uma
coorte de 220 crianças com fraturas
supracondilianas do úmero, que necessitaram
de redução e fixação percutânea, sendo excluí-
dos os casos de fratura exposta, e aqueles que
tinham algum grau de comprometimento
vascular inicial, objetivou correlacionar a influ-
ência do tempo de espera até a realização do
procedimento cirúrgico, com a incidência de
complicações agudas, ou peri-operatórias. Fo-
ram definidos dois tipos de tratamento: precoce
e tardio. O grupo definido como precoce foi tra-
tado em, no máximo, oito horas após o trauma
(n=52), e, no tardio, o tempo era maior de oito
horas após o trauma (n=146). Não houve di-
ferença significativa entre os dois grupos com
relação à necessidade de redução aberta, nem
5. 5Fratura Supracondiliana do Úmero na Criança
Projeto Diretrizes
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quanto à incidência de complicações peri-ope-
ratórias, infecção ou lesão nervosa
iatrogênica6
(B).
Em estudo retrospectivo de 158 crianças,
com idade média de cinco anos, com FDU tipo
III, foi avaliado o efeito do tempo precedendo o
tratamento cirúrgico quanto a possíveis reper-
cussões sobre o tempo de intra-operatório, tem-
po de internação, necessidade de abordagem
aberta e evolução desfavorável. O tempo médio
que precedia ao procedimento foi de 21,3 ho-
ras, o tempo de intra-operatório de 53 minutos
e o de internação variou de 1 a 5 dias, não ha-
vendo nenhuma diferença nestes parâmetros
dependente do tempo de espera para o trata-
mento cirúrgico7
(B).
Outro estudo retrospectivo não encontrou
nenhum efeito do tempo de espera para o pro-
cedimento cirúrgico em 150 crianças com
FDU, tendo como referência grupos com espe-
ra maior ou menor que 12 horas, quanto à ne-
cessidade de redução aberta, infecção dos fios,
lesão iatrogênica de nervo, complicações
vasculares ou incidência de síndrome de
compartimento8
(B).
O relato dos resultados do tratamento de
291 crianças, tendo a maioria delas sido trata-
da no dia da admissão (77%), embora os auto-
res não tenham relacionado os dados com o tem-
po de espera para o procedimento, referem não
existir consenso quanto a este aspecto9
(C).
Resultados diferentes aos anteriormente re-
latados, quanto ao tempo de espera para o tra-
tamento das FDU em crianças foram obtidos
em estudo retrospectivo de 171 crianças, de-
monstrando que os casos tratados com mais de
8 horas, a partir da apresentação no serviço de
emergência até o procedimento cirúrgico tive-
ram maior incidência de procedimento com
necessidade de abertura do foco de fratura. Apre-
sentaram tendência a maior tempo de procedi-
mento cirúrgico, tendo os autores recomenda-
do o tratamento precoce destas fraturas. Em-
bora alguns autores tenham questionado este
resultado pelo fato de não se ter exatamente o
tempo de espera entre o acidente e o procedi-
mento cirúrgico, este estudo coloca dúvidas so-
bre os dados anteriores10
(B).
A redução da fratura em FDU em crianças
não modifica agudamente os valores da pressão
em compartimentos, o que poderia sugerir que
o argumento da urgência do tratamento das
FDU em função do risco da síndrome de com-
partimento não seria apoiado pelos resultados
de outro estudo11
(C).
Até o momento, pode-se sugerir que fratu-
ras do tipo III que não sejam expostas ou que
não apresentem lesão neurovascular (não-
complicadas), e que tenham tempo de fratura
menor que oito horas, possam ser tratadas em
caráter de não-emergência, podem ser mani-
puladas parcialmente e imobilizadas com o
cotovelo em semiflexão (20º a 30º), com tala
gessada, no pronto-socorro. No entanto, deve-
se manter observação cuidadosa da perfusão
tecidual e da dor, até que se realize o tratamento
definitivo. Aguardam-se estudos prospectivos
controlados e randomizados para melhorar o
grau de recomendação sobre o assunto.
REDUÇÃO ABERTA OU FECHADA?
Há diferentes tipos de comparações de tra-
tamento, como pode ser observado na Tabela 1.
6. Projeto Diretrizes
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6 Fratura Supracondiliana do Úmero na Criança
Tabela 1
Comparação de estudos quanto ao tipo de redução e de fixação em fraturas supracondilianas do
úmero em crianças Classificação TNM da UICC, 2002
Autores/ano Comparação n Resultados
Cramer12
(B) RF + fio N=15 14/15 – excelentes ou bons;*
Nenhuma lesão de nervos
RA + fio N=14 12/14 – idem
Objetivo é a redução anatômica.Tentar 1º redução fechada; se não,
redução aberta
Yusof13
(B) RF + gesso N=13 Perda redução
RA + fio N =15 < tempo hospitalização, <
número de complicações,
melhor redução
Ababneh14
(B) RF + fio percut. N total 87% bons resultados; 8%
= 135 ruins
RF + fio percut. 60% bons resultados
RF + gesso 74% bons resultados
Kaewpornsawan15
(A) RA + fios N=14 > escore de satisfação dos
RF + fios N=14 pais e observadores
Todos com cura, sem cúbito varo, sem infecção, sem diferença no ângulo de
Bauman e nos critérios de Flynn
Oh16
(B) RF + fios N=21 18 excelentes, 12 bons *
RA após RF N= 14 Ângulo Bauman - sem
diferença
Resultados semelhantes
Khan17
(B) RF + fio cruzado Excelente ou bom – 85%
RF + gesso Excelente ou bom – 60%
Kraus18
(C) Fios K 30,7s Exposição a raios
Haste IM elástica 80,0s
Fixação externa 41,4s
Usar o limite de tempo de
exposição também como
critério de mudar de
redução fechada
para aberta
Pode-se concluir que, com relação ao tipo da fi-
xação,osestudosquenãoutilizarammaterialdesín-
tese tiveram porcentagem elevada de maus resulta-
dos,nãohavendolugarparaousodeaparelhogessado
exclusivamente nas fraturas supracondilianas do
úmero tipo II ou III de Gartland.
7. 7Fratura Supracondiliana do Úmero na Criança
Projeto Diretrizes
Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina
Quanto à indicação de redução aberta ou
fechada, as séries de caso não demonstraram
diferenças significativas em relação aos critéri-
os de Flynn, ao ângulo de Baumann (tendo
como referência a medida contralateral), ou à
lesão de nervos. Porém, no único estudo
randomizado e controlado, foi observado que o
escore de satisfação dos pais e dos observadores
foi maior na redução fechada. Desta forma,
pode-se indicar que a melhor conduta será ini-
ciar o procedimento com redução fechada e, se
não for obtida a redução anatômica, deve-se
realizar a redução aberta. O tempo de exposi-
ção à radiação também deve ser levado em con-
sideração para a indicação da redução aberta.
FIXAÇÃO CRUZADA OU LATERAL?
A questão sobre o posicionamento dos fios
paralelos ou cruzados nas FDU em crianças é
bastante discutida na literatura. Revisão siste-
mática sobre o tema incluiu dois estudos
randomizados, oito estudos de coorte e 25 séri-
es de casos, totalizando 2054 crianças. Foi de-
monstrado que, quando os fios são colocados
de forma cruzada, a probabilidade de lesão ulnar
é cinco vezes maior do que quando os fios são
colocados de forma paralela. Se for considerada
qualquer lesão de nervo, este valor passa a ser
de 1,84. Por outro lado, foi observado que a
fixação com fios cruzados apresenta maior es-
tabilidade, com risco de perda de redução 0,58
vezes menor que a paralela. Considerando-se
somente os estudos prospectivos, foi demons-
trado que não houve diferenças significativas na
incidência de lesão nervosa ou de evolução com
deformidade ou desvio. Em conclusão, a fixa-
ção com fios cruzados corresponde à configura-
ção mais estável, mas também a de maior risco
de lesão de nervos19
(A). Quando o ângulo entre
o fio e o úmero, no plano sagital, é próximo a
12º, a possibilidade de lesão nervosa é signifi-
cativamente menor do que quando este valor é
próximo a 2º20
(C). Estudo biomecânico em 32
úmeros provenientes de cadáveres demonstrou
que a montagem com fios cruzados apresenta
maior estabilidade e menor perda de redução,
quando comparada à haste elástica ou fixador
externo com fios K ou pino de Schanz21
(D).
Embora não tenha a relevância da lesão
ulnar, a perda da redução também foi estudada
em função do tipo de posicionamento dos fios.
Estudo que avaliou as causas de perda de fixa-
ção após o tratamento das FSC da criança fez
levantamento retrospectivo de 279 fraturas, das
quais, oito tiveram perda da redução. Todas eram
fraturas do tipo III de Gartland, e sete de oito
tinham sido tratadas com dois fios laterais. Foi
demonstrado que a perda de fixação era signifi-
cativamente menor com o uso de três fios cru-
zados em relação a dois paralelos. No entanto,
em todos os casos de perda de redução, pode ser
constatada uma falha técnica: falha na redução
de ambos os fragmentos com dois fios ou mais;
falha na obtenção de fixação bicortical e/ou fal-
ta de divergência adequada entre os fios22
(C).
Conclui-se que os dados dos estudos de me-
lhor qualidade não demonstraram diferenças
quanto aos riscos dos dois tipos de fixação. No
entanto, as séries de casos, que talvez reflitam
melhor as dificuldades da prática clínica, de-
monstraram maior risco na fixação com fios
cruzados. Deve-se levar em conta que os estu-
dos prospectivos foram realizados com controle
da técnica, poucos cirurgiões envolvidos, enfim
com características nem sempre presentes na
prática do dia-a-dia. Assim sendo, fios laterais
colocados com técnica adequada podem ser uti-
lizados nas fraturas Gartland II e III, sem risco
de lesão do nervo ulnar.
8. Projeto Diretrizes
Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina
8 Fratura Supracondiliana do Úmero na Criança
HÁ INDICAÇÃO PARA A TRAÇÃO
ESQUELÉTICA?
Na literatura, não existem trabalhos clínicos
randomizados que comparem a tração esquelética
com a fixação percutânea, há referências de séries
de casos onde se demonstra a eficácia da tração
esquelética para o tratamento dessa fratura. Resul-
tadosde112criançascomfraturassupracondilianas
fechadas do úmero, sem déficit vascular, tratadas
por tração em média por 22 dias, no período de
1995 a 2000, sendo a idade média de seis anos e
dois meses, mostrou que as fraturas por extensão,
classificadas como tipo II e III de Gartland, foram
as mais freqüentes, em número de 107. Os resul-
tados finais foram avaliados pela medida do arco de
flexo-extensão, ângulo de carregamento e deformi-
dade rotacional residual, além das medidas
radiográficasconvencionais.Houve104resultados
excelentesoubons.Todosospacientesquenãoevo-
luíram bem tinham mais de 10 anos de idade23
(C).
O uso da tração esquelética aplicada no
olecrano, por meio de um parafuso que permite a
correção dos desvios progressivamente, em 193
crianças, com fraturas supracondilianas desviadas,
no período de 1980 a 2001, mostrou que ocorreu
cúbito varo somente em quatro delas24
(C).
Do pequeno número de estudos disponíveis
na literatura, pode-se concluir que a tração
esquelética não é método de rotina, mas não deve
ser excluída como opção terapêutica das fraturas
supracondilianas do úmero em crianças.
FISIOTERAPIA É NECESSÁRIA PARA A
REABILITAÇÃO DO COTOVELO NESSAS
CRIANÇAS?
A necessidade da fisioterapia e a sua indica-
ção no tratamento e na reabilitação do cotovelo
da criança após a fratura supracondiliana do
úmero não está suficientemente definida na li-
teratura. Foram estudados dois grupos com 21
e 22 crianças, sem déficit neurovascular, para
avaliar a eficiência da fisioterapia no ganho do
arco de movimento do cotovelo. As crianças
apresentavam fraturas classificadas como
Felsenreich tipo II e III, que podem ser compa-
radas com a classificação de Gartland II e III.
Essas crianças foram tratadas com redução aber-
ta e fixação com dois fios de K, colocados no
epicôndilo lateral. Após distribuição aleatória,
o grupo que realizou fisioterapia fazia duas a
três sessões por semana, onde se estimulava a
movimentação ativa e passiva. As crianças fo-
ram avaliadas por um examinador que não sa-
bia a qual grupo os pacientes pertenciam. Após
12 e 18 semanas, o grupo que realizava fisiote-
rapia semanalmente apresentou melhor arco de
movimento que o grupo que não realizava fisio-
terapia. No entanto, após um ano de seguimen-
to, não houve mais diferença entre os dois gru-
pos. Os autores concluíram que a fisioterapia é
desnecessária para o tratamento de crianças com
fraturas do úmero sem déficit muscular25
(A).
Embora a literatura seja escassa, o estudo
acima mostra que as crianças com FSCU não
necessitam de encaminhamento para tratamento
fisioterápico, sendo suficiente a realização de
exercícios domiciliares e de atividades infantis
para ganho de amplitude do arco de movimento
em curto espaço de tempo.
QUAIS AS POSSÍVEIS LESÕES NERVOSAS
ASSOCIADAS?
O porcentual de 7% a 15% das fraturas
apresenta lesão dos nervos mediano, radial ou
ulnar, podendo acontecer a lesão no momento
da fratura, durante a realização das manobras
9. 9Fratura Supracondiliana do Úmero na Criança
Projeto Diretrizes
Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina
de redução ou pela compressão devido à isquemia
de Volkmann2,3
(C). O predomínio maior é de
lesão do nervo interósseo anterior, ramo do ner-
vo mediano, principalmente no desvio póstero-
lateral. Nestes pacientes não acontece déficit da
sensibilidade, mas há perda motora dos múscu-
los flexores do polegar e indicador, com o res-
tante das funções do nervo mediano conserva-
das. O nervo radial é acometido nas fraturas
com desvio póstero-medial, sendo lesado pela
espícula lateral do fragmento proximal do
úmero. O nervo ulnar é afetado nas fraturas
em flexão, estando sua lesão mais relacionada
ao tratamento cirúrgico quando o nervo é
transfixado pelo fio de Kirschner utilizado para
a fixação da fratura. A grande maioria das le-
sões é do tipo neuropraxia, os casos de
neurotmese são restritos aos traumas de maior
energia, como nas fraturas expostas.
QUAIS AS COMPLICAÇÕES MAIS
FREQÜENTES?
As fraturas reduzidas de maneira anatômica
raramente apresentam déficit funcional ou li-
mitação da mobilidade articular. O arco de
movimento de extensão é o menos comprome-
tido e quando acontece não ultrapassa os 4 graus,
o que não interfere nas atividades diárias destes
indivíduos26
(C). A perda de movimento de flexão
se deve a inúmeras causas, como a persistência
de desvio posterior, translocação posterior, ro-
tação com protusão anterior da espícula medial
e os casos de abordagem posterior transtricipital.
A deformidade angular, como o cúbito varo,
ocorre em 39%, e tem como principal causa a
falha na redução do desvio do fragmento distal
no plano coronal. Outras causas menos freqüen-
tes podem ser a fratura impactada tipo galho
verde da coluna medial, e o desvio lateral pela
abertura do foco de fratura, que leva o fragmento
distal para a linha média. Considera-se que a
deformidade seja triplanar, que determinaria
maior deformidade pela perda das relações
anatômicas das eminências dos ossos que for-
mam a articulação do cotovelo27
(B). Todas es-
tas decorrentes da correção incompleta do des-
vio da fratura no momento do tratamento. Uma
outra causa seria o transtorno do crescimento
da coluna medial ou sobrecrescimento do capí-
tulo, ou fise da tróclea.
O cúbito valgo raramente acontece em 2%
dos casos, e está relacionado às fraturas com
desvio póstero-lateral que se associam à rotação
lateral do fragmento distal, fazendo com que as
inserções distais dos músculos bíceps e tríceps
tornem-se mais laterais, tracionando o fragmen-
to distal no mesmo sentido. A deformidade es-
tética é discreta, sendo que a preocupação mai-
or do médico assistente deve ser o desenvolvi-
mento tardio de paralisia do nervo ulnar.
A miosite ossificante é complicação de difí-
cil prevenção, que se estabelece precocemente.
COMO SE EVITA A LESÃO DO NERVO ULNAR
NA FIXAÇÃO CRUZADA?
A lesão do nervo ulnar ocorre em torno de
2% a 3% na fixação de forma “cruzada”, inse-
rindo-se os fios de Kirchner nos epicôndilos la-
teral e medial28
(C). Na tentativa de minimizar
a possibilidade de lesão do nervo ulnar quando
da abordagem no lado medial, existem relatos
na literatura sugerindo que, após a fixação do
aspecto lateral, deve-se fazer uma leve extensão
do cotovelo com o objetivo de “alargar” o canal
ulnar e facilitar a translocação posterior do
nervo29
(C). Outros autores utilizam-se de
estimulador de nervo periférico para a melhor
10. Projeto Diretrizes
Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina
10 Fratura Supracondiliana do Úmero na Criança
localização do nervo ulnar28
(C). Nas crianças
menores em relação à faixa etária habitualmen-
te acometida, ou na presença de grandes edemas,
o cirurgião, encontrando dificuldade em palpar
o epicôndilo, deve optar pela realização de uma
pequena incisão no bordo medial para identifi-
car o nervo ulnar e afastá-lo adequadamente,
antes da introdução do fio de Kirchner30
(D).
COMO IDENTIFICAR E QUE CONDUTA
TOMAR NA FALTA DE PULSO OU PERFUSÃO?
O comprometimento vascular do membro
traumatizado exige exame prolixo da região afe-
tada, com a avaliação dos pulsos radial e ulnar,
e o controle da perfusão das polpas digitais que
devem fazer parte da rotina de avaliação destes
pacientes. Importante salientar que a ausência
de pulso não significa lesão do sistema vascular,
bem como sua presença não a descarta, mas são
elementos que devem ser identificados e valori-
zados para bem avaliar e acompanhar a evolu-
ção destes pacientes, sobretudo nas primeiras
doze horas desde a ocorrência do trauma. A exis-
tência de fratura com deformidade póstero-la-
teral importante deve levar o médico assistente
a considerar a existência de lesão muscular gra-
ve e isquemia da musculatura adjacente ao foco
de fratura, a presença de dor em repouso, dor
provocada pela extensão passiva dos dedos e a
incapacidade de contrair ativamente os múscu-
los do antebraço devem alertar para a possibili-
dade de transtorno vascular da região.
A síndrome compartimental traduz-se pe-
los sinais clássicos de dor, palidez, cianose, au-
sência de pulso radial, parestesia e paralisia. O
aumento da pressão intracompartimental é im-
portante, mas quando apresentar valores baixos
associados aos sinais clínicos não contra-indica
a fasciotomia31
(C). A perfusão é fator impor-
tante na avaliação do membro traumatizado.
Caso não retorne em até 30 minutos, a
arteriografia ou a ultra-sonografia dirigida por
ecodoppler devem ser realizadas para melhor
estudo do sistema vascular da região, e caso con-
firmada lesão, obliteração ou compressão dos
vasos, a indicação da exploração cirúrgica por
via anterior para a sua avaliação, liberação ou
reconstituição se impõe.
11. 11Fratura Supracondiliana do Úmero na Criança
Projeto Diretrizes
Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina
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