O documento descreve um estudo que investigou os efeitos do óleo essencial de Pimpinella anisum em camundongos com síndrome do ovário policístico induzida experimentalmente. Os resultados mostraram que o tratamento com 200-400 mg/kg de extrato de óleo de anis causou a recuperação dos ovários, diminuindo os cistos e aumentando o peso ovariano. Isso sugere que o óleo de anis pode ter benefícios no tratamento da síndrome do ovário policístico.

1. [Ovário policístico 006]
Óleo essencial: Pimpinella anisum
Composto: Não demonstrado
Título: Effects of Pimpinella anisum oil Extract on Some Biochemical Parameters in Mice
experimentally induced for human Polycystic Ovary Syndrome
“Efeitos do extrato de óleo de Pimpinella anisum sobre alguns parâmetros bioquímicos
em camundongos induzidos experimentalmente para a síndrome do ovário policístico
humano”
Autor: Rasha Abdul-Hussien Mahood
Journal: Journal of Biotechnology Research Center
Vol (Issue): 6 (2)
Ano: 2012
DOI: -
TAGs: Síndrome do ovário policístico; distúrbio endócrino feminino; distúrbio endócrino
e metabólico heterogêneo; puberdade prematura; hirsutismo; anormalidades
menstruais; infertilidade; intolerância à glicose; diabetes mellitus; doenças
cardiovasculares; anis; Pimpinella anisum; anotol; eugenol; ciclicidade estral; via oral;
cistos; tecido ovariano; peso ovarian; FSH; ovulação; progesterona; LH; estrogênio;
desenvolvimento folicular; saúde da mulher; ginecologia natural; in vivo.
Sobre o artigo:
A síndrome do ovário policístico, o distúrbio endócrino feminino mais comum, é um
distúrbio endócrino e metabólico heterogêneo, afetando 6 a 10% das mulheres em idade
reprodutiva. As características do SOP podem se manifestar em qualquer idade,
variando de infância (puberdade prematura), adolescência (hirsutismo, anormalidades
menstruais), início da idade adulta e meia-idade (infertilidade, intolerância à glicose) e
mais tarde (diabetes mellitus e doenças cardiovasculares).
Várias dessas características aumentam o risco de doenças cardiovasculares (DCV) em
mulheres e a prevalência de hipertensão em mulheres com SOP é de cerca de 40% em
comparação com uma prevalência de cerca de 25,8 na população em geral. A SOP
também está associada a um maior risco de infarto do miocárdio (risco relativo) e a um
perfil cardiovascular comprometido independente da obesidade em mulheres jovens.
Como planta aromática, o anis (Pimpinella anisum L.) é uma erva anual nativa do Irã,
Índia, Turquia e muitas outras regiões quentes do mundo. O óleo de anis tem anotol
(85%) como ingrediente ativo e também eugenol, metilchavicol, anisaldeído e estragol.

2. O anis tem sido utilizado como efeito estimulante da digestão e como antiparasitário,
antibacteriano, antifúngico e antipirético. Além disso, a planta e especialmente o óleo
essencial de sua fruta têm sido usados para o tratamento de algumas doenças, incluindo
convulsões e epilepsia.
Portanto, o objetivo deste projeto foi estudar os efeitos do extrato de óleo de anis sobre
alguns parâmetros bioquímicos e clínicos em camundongos com SOP como modelo
para humanos.
A ciclicidade estral de 24 camundongos adultos em ciclo foi monitorada por esfregaços
vaginais. Após cerca de 4 dias, 18 camundongos receberam uma injeção intramuscular
(IM) de uma dose única de valerato de estradiol (EV), um mg em 0,1 ml de óleo de milho
para induzir (SOP), óleo de milho foi injetado nos seis camundongos no controle grupo.
Após 60 dias da injeção, camundongos com (SOP) foram administrados por via oral em
doses múltiplas (200, 400) mg / kg de peso corporal de extrato de óleo de anis por 15
dias.
Resultados:
Camundongos com SOP que foram tratados com (200, 400) mg / kg de Pimpinella
anisum mostraram recuperação demonstrada por exame morfológico macroscópico e
microscópico dos ovários. No tecido ovariano, os cistos apareceram, mas após a
administração de P. Anisum, os cistos desapareceram (Figura 1).
Figura 1: (esquerda) no tecido ovariano, os cistos apareceram após única dose
intramuscular de valerato de estradiol; (direita) No tecido ovariano, os cistos
desapareceram após o tratamento com óleo de anis (400 mg).
Os resultados indicaram que a administração de 200 e 400 mg / kg de óleo de anis
causou um aumento significativo no peso ovariano. O mecanismo dos efeitos do anis
sobre o ovário parece estar relacionado ao seu alto teor de compostos polifenólicos
antioxidantes, como lignanas e flavonoides, que influenciam o estresse oxidativo.
Nenhuma diferença foi encontrada no nível sérico de FSH dos grupos de tratamento em
comparação com o controle. Isso pode sugerir que (200, 400) mg / kg de extrato de óleo

3. de anis estimulou a ovulação, o que pode ter resultado na estimulação subsequente da
síntese de progesterona e na inibição resultante do pico de LH.
O FSH estimula indiretamente a gametogênese em ambos os sexos e estimula
diretamente a síntese de estrogênio e o desenvolvimento folicular. Ele também mantém
a estrutura das gônadas em conjunto com LH. Por outro lado, o LH é crítico para a
luteinização dos folículos ovarianos e função folicular pós-ovulatória.
A ovulação ocorre como resultado do "pico de LH" que ocorre desde o início do estro e
diminui após a ovulação devido ao aumento do nível sérico de HP. Durante a pós-
ovulação, o folículo rompido é estimulado por LH para se tornar próximo à estrutura,
corpus lúteo, que secreta estrogênio e progesterona. Quando isso ocorre, ocorre uma
inibição por feedback negativo de FSH e LH.
Na prática:
Os pesquisadores demonstraram que o tratamento com (200, 400) mg / kg de extrato
de óleo da folha de anis diminui os sinais de SOP em camundongos modelo, tendo efeito
sobre as histo-morfologias do ovário e mudanças nos níveis séricos de FSH, LH e
progesterona.