Este documento fornece uma introdução aos conceitos-chave da fotografia como instrumento de pesquisa em ciências sociais. Resume que a fotografia pode ser usada para registrar evidências visuais que fornecem novas perspectivas para entender fenômenos sociais, e que o método fotoetnográfico combina fotografias e texto para contar narrativas etnográficas de forma híbrida.
A restituição é uma ação ética, prática da pesquisa etnográfica. A partir das experiências de formação científica em dois núcleos de pesquisa em antropologia visual na UFRGS, refletimos sobre as aprendizagens nos exercícios de etnografia com imagens e descrevemos formas de socializar as pesquisas com imagens.
Conceito, origem, propósito, função, dimensão epistemológica da Antropologia visual, interface com o design, a publicidade e as diversas linguagens artísticas.
No contexto da popularização de imagens íntimas em aplicativos de fácil captura e manipulação na atualidade, tal qual o Instagram, é impossível não observar a explosão de perfis imagéticos voltados para a publicização da vida cotidiana. O desejo de ser observado naturaliza o registro e transformação de si e do corpo como vestígios de uma consciência presente no tempo e espaço. Nota-se o surgimento de um novo tipo de fotógrafo que atrai e sente-se atraído por determinadas temáticas que se repetem em aglutinações de fotografias, formando grupos autônomos e comunidades independentes, interligadas por associação de afetos que se entrecruzam. Entretanto, determinados símbolos concebidos dentro desses aplicativos apresentam-se como repetições de elementos que sempre estiveram presentes no imaginário de produção iconográfica compartilhada pelo homem, em períodos anteriores à digitalização, e que transportam uma dinâmica que pensamento que perpassa os séculos em diferentes suportes. A persistência dessas subjetividades como forma de comunicação produz constelações visuais presentes desde a época dos registros de Chauvet-Pont-D’arc, passando pelo Atlas Mnemosine de Aby Warburg, remanescendo na época dos Novos Olimpianos da cultura de massa do século XX e que continuam enquanto materialização do desejo de permanência do “eu”, expresso nos autorretratos do rosto e do próprio corpo, publicados diariamente na contemporaneidade.
Palavras-Chave: Instagram; Comunidades virtuais; Autorretrato Digital; Imaginário.
A restituição é uma ação ética, prática da pesquisa etnográfica. A partir das experiências de formação científica em dois núcleos de pesquisa em antropologia visual na UFRGS, refletimos sobre as aprendizagens nos exercícios de etnografia com imagens e descrevemos formas de socializar as pesquisas com imagens.
Conceito, origem, propósito, função, dimensão epistemológica da Antropologia visual, interface com o design, a publicidade e as diversas linguagens artísticas.
No contexto da popularização de imagens íntimas em aplicativos de fácil captura e manipulação na atualidade, tal qual o Instagram, é impossível não observar a explosão de perfis imagéticos voltados para a publicização da vida cotidiana. O desejo de ser observado naturaliza o registro e transformação de si e do corpo como vestígios de uma consciência presente no tempo e espaço. Nota-se o surgimento de um novo tipo de fotógrafo que atrai e sente-se atraído por determinadas temáticas que se repetem em aglutinações de fotografias, formando grupos autônomos e comunidades independentes, interligadas por associação de afetos que se entrecruzam. Entretanto, determinados símbolos concebidos dentro desses aplicativos apresentam-se como repetições de elementos que sempre estiveram presentes no imaginário de produção iconográfica compartilhada pelo homem, em períodos anteriores à digitalização, e que transportam uma dinâmica que pensamento que perpassa os séculos em diferentes suportes. A persistência dessas subjetividades como forma de comunicação produz constelações visuais presentes desde a época dos registros de Chauvet-Pont-D’arc, passando pelo Atlas Mnemosine de Aby Warburg, remanescendo na época dos Novos Olimpianos da cultura de massa do século XX e que continuam enquanto materialização do desejo de permanência do “eu”, expresso nos autorretratos do rosto e do próprio corpo, publicados diariamente na contemporaneidade.
Palavras-Chave: Instagram; Comunidades virtuais; Autorretrato Digital; Imaginário.
O Conceito de Cultura & O Imaginário é uma RealidadeLuiza Araujo
Seminário desenvolvido para a disciplina de Identidade e Imagem Institucional, ministrada pelo Prof. Rudimar Baldissera. Com base nos textos de Thompson e Maffesoli:
THOMPSON, J. O Conceito de Cultura. In: Ideologia e Cultura Moderna, p. 165-192
MAFFESOLI, M. O Imaginário é uma Realidade. In: Revista Famecos, ago/2001, p. 74-82.
Fabico - UFRGS - 2014.1
Slides utilizados na apresentação do artigo "Eterni.me: a tele-existência após a morte", apresentado na Divisão Temática "Comunicação e Cultura Digital" do XIV IBERCOM - 2015. O artigo foi escrito em coautoria com Deusiney Robson, doutorando do Programa de Comunicação e Semiótica da PUC-SP.
Apresentação do resumo estendido no COLÓQUIO SOCIODROMOLOGIAS I: MAPEAMENTOS SETORIAS DA ACELERAÇÃO DA VIDA COTIDIANA, promovido pelo CENCIB - Centro Interdisciplinar de Pesquisas em Comunicação e Cibercultura. PROJETO: COMUNICAÇÃO E VELOCIDADE (CNPq).
Modelo de termo de autorização de uso de imagem e vozRavel Gimenes
MODELO DE TERMO DE AUTORIZAÇÃO DE USO DE IMAGEM E VOZ
Pessoal, fotografar hoje em dia exige do profissional (ou até do amador) sérios cuidados que até tempos atrás não eram tão exigidos.
Quando realizar imagens e nessas imagens existem pessoas é aconselhável que uma autorização de uso de imagem seja preenchido para que o fotografo tenha em suas mãos essa autorização.
Não existe um modelo oficial, porém utilizo esse modelo como padrão, por isso resolvi disponibilizar o documento, lembrando que a utilização é POR SUA CONTA E RISCO.
O Conceito de Cultura & O Imaginário é uma RealidadeLuiza Araujo
Seminário desenvolvido para a disciplina de Identidade e Imagem Institucional, ministrada pelo Prof. Rudimar Baldissera. Com base nos textos de Thompson e Maffesoli:
THOMPSON, J. O Conceito de Cultura. In: Ideologia e Cultura Moderna, p. 165-192
MAFFESOLI, M. O Imaginário é uma Realidade. In: Revista Famecos, ago/2001, p. 74-82.
Fabico - UFRGS - 2014.1
Slides utilizados na apresentação do artigo "Eterni.me: a tele-existência após a morte", apresentado na Divisão Temática "Comunicação e Cultura Digital" do XIV IBERCOM - 2015. O artigo foi escrito em coautoria com Deusiney Robson, doutorando do Programa de Comunicação e Semiótica da PUC-SP.
Apresentação do resumo estendido no COLÓQUIO SOCIODROMOLOGIAS I: MAPEAMENTOS SETORIAS DA ACELERAÇÃO DA VIDA COTIDIANA, promovido pelo CENCIB - Centro Interdisciplinar de Pesquisas em Comunicação e Cibercultura. PROJETO: COMUNICAÇÃO E VELOCIDADE (CNPq).
Modelo de termo de autorização de uso de imagem e vozRavel Gimenes
MODELO DE TERMO DE AUTORIZAÇÃO DE USO DE IMAGEM E VOZ
Pessoal, fotografar hoje em dia exige do profissional (ou até do amador) sérios cuidados que até tempos atrás não eram tão exigidos.
Quando realizar imagens e nessas imagens existem pessoas é aconselhável que uma autorização de uso de imagem seja preenchido para que o fotografo tenha em suas mãos essa autorização.
Não existe um modelo oficial, porém utilizo esse modelo como padrão, por isso resolvi disponibilizar o documento, lembrando que a utilização é POR SUA CONTA E RISCO.
No decorrer da luta você vai se descobrindo:
Experiências com o vídeo etnográfico na representação de processos sociais, por Ana Lúcia Marques Camargo Ferraz
Quase tudo do pouco que sabemos sobre o conhecimento produzido nos chega pelos
meios de informação e comunicação. Estes, por sua vez, também constroem imagens do mundo. Imagens para deleitar, entreter, vender, sugerindo o que devemos vestir, comer, aparentar, pensar. Em nossa sociedade contemporânea discute-se a necessidade de uma alfabetização visual, que se expressa em várias designações, como leitura de imagens e compreensão crítica da cultura visual. Freqüentes mudanças de expressões e conceitos dificultamo entendimento dessas propostas para o currículo escolar, assim como a própria definição doprofessor ou professora que será responsável por esse conhecimento e seu referencial teórico. Este artigo apresenta os conceitos que fundamentam as propostas da leitura de imagens e cultura visual, sinalizando suas proximidades e distâncias. Contrasta alguns referenciais teó-
ricos da antropologia, arte, educação, história, sociologia, e sugere linhas de trabalho em ambientes de aprendizagem para que se possa refletir a permanente formação docente (fonte: http://www.scielo.br/pdf/cp/v36n128/v36n128a09.pdf)
proposta curricular para educação de jovens e adultos- Língua portuguesa- anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano). Planejamento de unidades letivas para professores da EJA da disciplina língua portuguesa- pode ser trabalhado nos dois segmentos - proposta para trabalhar com alunos da EJA com a disciplina língua portuguesa.Sugestão de proposta curricular da disciplina português para turmas de educação de jovens e adultos - ensino fundamental. A proposta curricular da EJa lingua portuguesa traz sugestões para professores dos anos finais (6º ao 9º ano), sabendo que essa modalidade deve ser trabalhada com metodologias diversificadas para que o aluno não desista de estudar.
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Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir" - Jorge e MateusMary Alvarenga
A música 'Tem Que Sorrir', da dupla sertaneja Jorge & Mateus, é um apelo à reflexão sobre a simplicidade e a importância dos sentimentos positivos na vida. A letra transmite uma mensagem de superação, esperança e otimismo. Ela destaca a importância de enfrentar as adversidades da vida com um sorriso no rosto, mesmo quando a jornada é difícil.
livro em pdf para professores da educação de jovens e adultos dos anos iniciais ( alfabetização e 1º ano)- material excelente para quem trabalha com turmas de eja. Material para quem dar aula na educação de jovens e adultos . excelente material para professores
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdfenpfilosofiaufu
Caderno de Resumos XVIII Encontro de Pesquisa em Filosofia da UFU, IX Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e VII Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio
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orientação e técnica para o uso da fotografia como instrumento de pesquisa em ciências sociais-parte 1
1.
2. ORIENTAÇÃO E TÉCNICA PARA O USO DA
FOTOGRAFIA COMO INSTRUMENTO DE
PESQUISA EM CIÊNCIAS SOCIAIS
CARLOS LEONARDO COELHO RECUERO
3. Carlos Leonardo Recuero
Professor da Universidade Católica de Pelotas
Pesquisador de Comunicação e Fotografia
Doutorando em Lingüística Aplicada
Mestre em Desenvolvimento Social
Mestre em Ciências Sociais com
ênfase em antropologia
Fotografo
Site do projeto: projetoilhadosmarinheiros.wordpress.com
Site pessoal: carlosrecuero.wordpress.com
crecuerok@gmail.com
@crecuero
4. “SE PUDESSE NARRAR COM
PALAVRAS, NÃO NECESSITARIA
ARRASTAR UMA CÂMARA ATRÁS
DE MIM” (Lewis Hine).
5. Bronislaw Malinowski afirma que:
“Conhecer bem a teoria cientifica e estar a par de suas últimas
descobertas não significa estar sobrecarregado de idéias preconcebidas.
Se um homem parte numa expedição decidido a provar certas hipóteses
e é incapaz de mudar seus pontos de vista constantemente,
abandonando-os sem hesitar ante a pressão da evidência, sem dúvida seu
trabalho será inútil. Mas quanto maior for o número de problemas que
leve consigo para o trabalho de campo, quanto mais esteja habituado a
moldar suas teorias aos fatos e a decidir quão relevantes eles são às suas
teorias, tanto mais estará bem equipado para o seu trabalho de pesquisa.
As idéias pré-concebidas são perniciosas a qualquer estudo científico; a
capacidade de levantar problemas, no entanto, constitui uma das
maiores virtudes do cientista.” ( Malinowski.1978. p.22)
6. O QUE VEREMOS NESTA OFICINA?
1. Alguns conceitos importantes.
7. O QUE VEREMOS NESTA OFICINA?
2. A fotografia como instrumento de pesquisa
8. O QUE VEREMOS NESTA OFICINA?
3. A importância de uma equipe na pesquisa fotoetnográfica
9. O QUE VEREMOS NESTA OFICINA?
4. Orientações e técnicas para o uso da fotografia na pesquisa
10. O QUE VEREMOS NESTA OFICINA?
4. O Caso do Projeto Fotográfico Ilha dos Marinheiros
12. ETNOLOGIA
Etnologia é um termo originário do século
XIX para designar estudos comparativos
dos modos de vida dos seres humanos.
13. CIÊNCIAS SOCIAIS
É um ramo da Ciência que estuda os aspectos sociais
do mundo humano, ou seja, a vida social de
indivíduos e grupos humanos.
Antropologia
Estudos da Comunicação
Economia
Administração
Arqueologia
Contabilidade
Geografia Humana
História
Linguística
Ciência Política
Estátistica
Psicologia Social
Direito
Sociologia.
14. A PESQUISA
Pesquisa é um processo
sistemático de construção do
conhecimento que tem como metas
principais gerar novos
conhecimentos e/ou corroborar ou
refutar algum conhecimento pré-
existente. É basicamente um
processo de aprendizagem tanto do
indivíduo que a realiza quanto da
sociedade na qual esta se
desenvolve.
15. ETNOGRAFIA
Etnografia - Grafia vem do grego graf(o) significa
escrever sobre, escrever sobre um tipo particular -
um etn(o) ou uma sociedade em particular. .
Para Geertz, praticar etnografia não é
somente estabelecer relações, selecionar
informantes transcrever textos, levantar
genealogias, mapear campos, manter um
diário "o que define é o tipo de esforço
intelectual que ele representa: um risco
elaborado para uma "descrição
densa" (Geertz, 1989, p. 15)
.
16. ETNOGRAFIA
Etnografia é escrita do visível. A descrição etnográfica
depende das qualidades de observação, de sensibilidade
ao outro, do conhecimento sobre o contexto estudado, da
inteligência e da imaginação científica do etnógrafo.
17. ETNOGRAFIA
O trabalho cientifico etnográfico no dizer,
de Marcel Mauss(2006), adverte que
“(...)tiene como fin la observación de las
sociedades; como objetivo, el conocimiento
de los hechos sociales. Registra esos
hechos, por necesidad establece sus
estadísticas y publica documentos que
brindan el máximo de certeza” (MAUSS,
2006:21).
18. SOBRE A IMAGEM
“O primeiro homem
que ‘imaginou’
escrever começou por
desenhar ou pintar
casas, árvores,
pássaros. Escrevia
como pensava, por
Imagens” (CERFAUX,
1974:5).
19. SOBRE A IMAGEM
“Conhecer é ver”, diziam
os gregos. O que se vê? A
imagem de uma realidade.
Ressalta Teilhard de Chardim “(...) a história
do mundo vivo se resume na elaboração de
olhos cada vez mais perfeitos no seio de um
cosmos, onde é possível ver cada vez
mais” (CHARDIM, apud CERFAUX,
1974:3).
20. A compreensão da realidade age no domínio
da visibilidade e no domínio da recodificação
mental da natureza observada. Durkheim
entendia que:
(...) Para toda forma de
pensamento de atividade humana,
não se pode questionar a natureza
e a origem dos fenômenos sem
antes tê-los identificado e
analisado, e também descoberto
em que medida as relações que os
unem bastam para explicá-los
(DURKHEIM apud LEVI-
STRAUSS, 1993:14).
21. FOTOGRAFIA
FOTO = vem do grego φως [fós], LUZ
GRAFIA = γραφις, vem do grego e significa escrever, desenhar.
Fotografia seria
então: “Escrever com
a luz”; “Desenhar
com a luz”; “Narrar
com a luz” .
22. Atribui-se à Etienne-Renaud-Agustin Serres as
primeiras raízes e fundamentos no uso da
fotografia como forma investigativa na ciência. O
uso da fotografia em trabalhos antropológicos,
com o artigo percursor “Observations sur
lápplication de la phorographie à l’etude dês
races humaines” pelo “Comples rendus
hebdomadaires des séances de l’Académie dês
Sciences”, ( t. XXI, de 21 de julio de 1845, pp
242.246)
23. FOTOGRAFIA
Susan Sontag diz que
“A fotografia implica
inevitavelmente certo
patrocínio da
realidade. Por estar “la
fora”, o mundo passa a
estar “dentro” da
fotografia (SONTAG,
1981: 79)
24. A sugestão de
E.R.A.Serres, diz “(...)
señalamos la gran
utilidad que este arte
prometia para el
estúdio de las razas
humanas, o
antropologia
comparada”.
(SERRES, in
NARANJO, 2006: 26)
25. Arlindo Machado, em seu livro “A Ilusão
Especular” (1984), ao referir-se ao uso da
fotografia nas ciências sociais, dizia “(...)
para apurar o exame objetivo do “real”, a
sociologia e a antropologia poderiam obter
resultados mais produtivos se passassem a
examinar a maneira como cada comunidade
fotografa e se deixa
fotografar” (MACHADO, 1984:55).
26. FOTOGRAFIA
O pensamento de Pierre
Bourdieu que diz ”La
placa fotográfica no
interpreta nada, solamente
registra. Su exactitud, su
fidelidad no puedem ser
puestas em cuestión”
(Bourdieu. 2003. P.135).
27. FOTOGRAFIA
Milton Guran diz: “(...) recorrer à fotografia permite,
ao contrário, ver e rever, portanto, olhar melhor (...)
(GURAN apud ACHUTTI, 1998:116), evidenciando
uma supremacia da imagem técnica, sobre a visão
normal e da possibilidade de se rever o fenômeno sem
ter que esperar que ele aconteça novamente.
28. FOTOGRAFIA
Marcel Mauss também sugere o uso do método fotográfico
em trabalhos de etnografia ao mencionar “métodos de
observação” em seu livro “Manual de Etnografia”, pois, ela (a
fotografia) fornece a possibilidade de interpretar a realidade
captada ao se tomá-la como objeto e se tentar compreender os
ícones que compõem os sistemas simbólicos registrados
sobre as representações sociais.
29. , John Collier Jr. afirma
que “(...) o valor da
fotografia, nesta
circunstância, é que ela
oferece modos
singulares de observar e
descrever a cultura, o
que pode fornecer novas
indicações para a
significância das
variáveis” (COLLIER
JR., 1973:34).
32. Margaret Mead “pressentia e intuía na época ,
do trabalho “Balinese Character”, que chegava
o momento onde não bastaria “falar e
discursar” em torno do homem, apenas
“descrevendo-o”. Haver-se-ía de “mostrá-lo,
“expô-lo”, “torná-lo visível” para melhor
conhece-lo, sendo a objetividade de tal
empreendimento não mais ameaçada pelo
“visor” da câmara do que pelo “caderno de
campo” do antropólogo” (SAMAIN,
1995:24).
33. “La representación
fidedigna de los tipos
humanos es la base de la
antropologia y se obtiene
mediante dos
procedimentos, ambos
efectivos: el daguerrotipo,
por um lado, y el vaciado
de bustos em escayola, por
outro” (SERRES, apud
NARANJO, 2006: 32).
36. Então...
FOTOETNOGRAFIA
“(...) o resultado de um exercício utilizando-me da fotografia, no
sentido da constituição de uma narrativa etnográfica” (ACHUTTI,
1997: 15)
37. FOTOETNOGRAFIA
O método Fotoetnográfico
desenvolvido por Achutti
(1997) e que busca “(...) dar a
mesma importância à
linguagem escrita e à
linguagem visual, fotográfica,
no caso” (ACHUTTI,
2004:73). É o que sugerimos
para pesquisas etnográficas na
área da comunicação social.
38. FOTOETNOGRAFIA
Fotoetnografia é “(...) o
resultado de um exercício
utilizando-me da fotografia,
no sentido da constituição de
uma narrativa
etnográfica” (ACHUTTI,
1997: 15)
39. FOTOETNOGRAFIA
Ao se falar de fotoetnografia, se fala de uma hiperescrita (textos
híbridos não lineares) entre diferentes meios e variados discursos
(STAM. 2001), que são utilizados para apresentar, documentar e
descrever um acontecimento observado. É onde através desta
técnica de ir mesclando imagens e textos escritos da forma
tradicional, tentam descrever um fenômeno social, de uma forma
mais clara e inteligível, além de proporcionar ao observador a
possibilidade de elaborar outras interpretações além da descrita
pela letras e palavras.
41. A VISÃO
Digo que, “(...) a formação do
conhecimento ocidental se faz pelos
sentidos, principalmente pela
visão” (RECUERO, 2006:200), e que a
máquina fotográfica não se apresenta
como um remédio para nossas
limitações visuais, mas como um
auxiliar para nossa
percepção”(COLLIER JR., 1973:01).
42. A Fotografia e o seu uso como
instrumento de pesquisa.
A fotografia parece
atrelar à imagem sentidos
diretamente relacionados
com um discurso tanto
verbal, quanto não-verbal.
Não-verbal pela sua
propriedade imagética,
icônica e visual capaz de
p ro d u z i r s i g n i f i c a d o s
inteligíveis ao sujeito.
43. Quando se pensa que a interação
entre os registros verbais e os
registros visuais, como diz Samain,
ao falar sobre o livro de Bateson e
Mead, “Balinese Character”,
devem ser “(...) concebidos como
verdadeiras fontes de pesquisa e
não apenas como meras e possíveis
ilustrações” (SAMAIN. apud
ALVES, 2004: 53), define-se e
caracteriza-se a importância da
fotografia, no caso, para a
realização do trabalho de pesquisa.
44. A imagem não é um equivalente ao texto. Ela não
possui a capacidade enunciativa da linguagem escrita
tradicional, mas traz consigo algumas particularidades
que vão além do olhar e do ver, mas que fazem pensar,
por ser “(...) uma representação das
representações” (SAMAIN, apud ALVES, 2004: 71),
pois vão adquirindo então uma imperturbável imutação
desta realidade registrada, que ali aprisionada mostra o
que diz Sontag “(...) o qüão irreal e remota é a
realidade” (SONTAG, 1981: 157).
45. ESCREVER COM IMAGENS
Assim, como se ordenam as letras, as palavras e as
frases, para se enunciar uma informação, as fotografias
necessitam também desta organização, de forma a
fazerem o observador pensar, através da simbolização
da realidade que elas trazem consigo, como Aumont
descreve, “ (...) a imagem tem dessa maneira a
capacidade de transmitir e talvez, de fabricar reflexão
no que diz respeito ao mundo” (AUMONT apud
ALVES, 2004: 71).
50. A observação participante exige que se insira no
ambiente da pesquisa e assim se possa ir
construindo o própria objeto e se redefinindo os
objetivos de sua pesquisa.
51. Uma pesquisa com fotografias, exige o
desenvolvimento de uma observação
participante.
53. É preciso aprender quando perguntar e quando
não perguntar, assim como que perguntas fazer
na hora certa
54. É
importante ter o registro de TUDO em
imagens fotográficas e em um diário de campo.
55. Os tropeços no convívio com os moradores,
fazem aprender a pensar e a refletir sobre a
natureza de suas relações com os informantes
56. Para um etnólogo, um antropólogo ou mesmo um
fotógrafo, se faz necessário desempenhar, a função
do “flâneur” para poder se conhecer o objeto de
estudo.
57. Procure desenvolver um amplo conhecimento
sobre o seu objeto de pesquisa. Conheça bem o
seu campo de pesquisa.
59. É importante um sentido de “TIME”, para a
realização de um bom trabalho.
60. A organização do material de pesquisa de
campo é fundamental.
Projeto Ilha dos Marinheiros
Formulário de mapeamento das casas da Ilha
Nome:____________________________Coordenador: ________________________
Local: ______________________________Data:____________________________
N* da Foto N* da casa / cor Nome da Família N* de habitantes Autoriza
fotos?
61. Autorizações de uso de imagem são muito
importantes para a pesquisa.
AUTORIZAÇÃO PARA USO DE IMAGEM
Pelo presente instrumento particular,
Eu, ___________________________________________________________
residente à Ilha dos Marinheiros, município de Rio Grande (RS).
Data de nascimento: _____________________________________________
RG:_________________________ CPF:_________________________
doravante denominado(a) LICENCIANTE e o Projeto Ilha dos Marinheiros, doravante denominado
LICENCIADO, têm entre si junto e acertado o que segue:
1. O LICENCIANTE autoriza o LICENCIADO a utilizar sua imagem fixada na obra adiante
especificada: mostras fotográficas, aulas expositivas, congressos, impressões em livros e jornais
e ou em matérias referentes ao Projeto Ilha dos Marinheiros.
2. O LICENCIADO é a Universidade Católica de Pelotas, aqui denominada de Projeto Ilha dos
Marinheiros.
3. A presente autorização confere ao LICENCIADO o direito de usar a imagem do LICENCIANTE
fixada na obra abaixo discriminada como ilustração de mostras fotográficas do Projeto Ilha dos
Marinheiros por prazo indeterminado.
4. O LICENCIADO não responderá pelos direitos autorais de quem captou sua imagem, sempre que
a fixação desta tenha sido especialmente feita para os fins desta autorização.
5. O LICENCIANTE recuperará todos os direitos aqui cedidos sobre sua imagem fixada em obra
que não tiver sido publicada após 1 (um) ano da data deste instrumento, mediante simples carta
do LICENCIANTE ao LICENCIADO solicitando a devolução do suporte físico correspondente.
6. O presente contrato confere exclusivamente ao LICENCIADO, obrigando-se o LICENCIANTE a
não autorizar para terceiros a utilização da imagem deste contrato, salvo a anuência escrita do
LICENCIADO.
Rio Grande, de 2004.
LICENCIANTE _________________________________
Assinatura do fotografado
LICENCIADO _________________________________
Assinatura do fotógrafo
62. A
pesquisa tradicional com questionários e
entrevistas são muito importantes.
PROJETO ILHA DOS MARINHEIROS
QUESTIONÁRIO MORADORES DA ILHA
ALUNO:____________________________________
GRUPO:__________________________________
1. NOME:________________________________________________I
DADE:______________________
2. N*
CASA/LOCAL:______________________________________ESC
OLARIDADE:____________
3. PROFISSÃO:____________________________________________
___________________________
4. QUANTO TEMPO RESIDE NA
ILHA?________________________________________________
5. VOCÊ POSSUI MUITAS FOTOGRAFIAS SUAS(EM QUE VC
APARECE)? ( ) SIM ( ) NÃO
6. VOCÊ JÁ SE VIU, EM FOTOGRAFIAS, TRABALHANDO?
( ) SIM ( ) NÃO
OBS.: ANOTAR O NOME E IDADE DE TODOS OS
INTEGRANTES DA FAMÍLIA
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________
63. É importante uma inserção na comunidade a ser investigada, e a
orientação é do pesquisador procurar uma a convivência diária com
o objeto de pesquisa é o sugere uma “(...) “aculturação” do
observador...” (MALINOWSKI, 1984:XII)
64. A equipe deve estar comprometida com o
trabalho e disposta a enfrentar todas as
adversidades para uma boa realização da
pesquisa.
65. A equipe disposta a enfrentar todas as
adversidades para uma boa realização da
pesquisa.
66. Ao retornar ao fotografado, leve sempre as
fotografias da visita anterior e lhe de as fotos
de presente.
67. A entrevista com as fotografias é muito
importante para o trabalho.
68. A pesquisa sobre a comunidade, sobre a sua
história e sua cultura é muito importante.
69.
70. O feedback entre o grupo de pesquisa é muito
importante para verificar distorções no trabalho
e as corrigir. cultura é muito importante.
71. REFERENCIAL TEÓRICO
TRABALHO DE CAMPO ANALISE DOS DADOS
A REFLEXÃO SOBRE ESTES ELEMENTOS É QUE
NOS DARÁ AS CONCLUSÕES, SOBRE O
TRABALHO FOTOETNOGRÁFICO
73. Elaborar um trabalho de antropologia visual, na área de
ciências sociais, com a utilização de imagens fotográficas,
exige um minucioso planejamento e uma construção, que deve
ser muito bem elaborada.
.
74. Fotografar:
É registrar o que vemos.
É selecionar entre o que vemos e o que queremos
mostrar.
É Contar o que vemos, por imagens.
É Escrever com imagens,
PARA DEPOIS FAZER OS OUTROS VEREM!
75. Antes de fotografar identifique-se e
procure esclarecer sobre os motivos pelos
quais deseja fotografar.
76. A realização de fotografias
só deverá ser feita após:
VOCE OBTER UMA AUTORIZAÇÃO
77. • As fotografias só deverão serem realizadas
se os moradores visitados permitirem.
81. Suas atitudes podem comprometer o
trabalho de todos, fotografe com
responsabilidade.
82. • Fotógrafo é muito importante que: Você
ganhe a confiança das pessoas as quais vai
fotografar.
83. • As fotografias servem para descrever a
situação de uma comunidade.
• Fotografe tudo.
84. Uma boa fotografia para a pesquisa será o resultado da
utilização das boas técnicas de fotografar, aliadas ao
resultado de BOAS RELAÇÕES HUMANAS
estabelecidas com os Ilhéus.
86. Uma solicitação de permissão para o assunto a
ser fotografado e o fornecimento de uma
autorização, ainda que tácita, são importantes.
87. Mostre a cena fotografada, de forma que relate
o que está vendo.
88. Bata sempre, NO MINÍMO, duas ou três
fotografias de cada assunto ou cena.
89. As fotografias nos permitirão inserirmo-nos no
seio da comunidade. Porém, do mesmo modo,
rápida e totalmente pode nos tornar rejeitados,
se nos fizermos CULPADOS de intrusão
indevida com a câmara. ( John Collier Jr.)
90. Toda história deve
ter principio, meio e
fim. Ao fotografar
conte sua história
com imagens e
dentro desta lógica.
91. Fotógrafo :
• NUNCA MOSTRE AS FOTOGRAFIAS
D E U M A FA M Í L I A O U G R U P O
SOCIAL, PARA OUTRO, MESMO QUE
SEJAM PARENTES, AMIGOS OU
VIZINHOS.
92. Portanto o uso da fotografia em pesquisa, onde “os aparelhos
são produtos da técnica que, por sua vez, é um texto
científico aplicado” (FLUSSER, 1998, p.33), busca uma
reflexão de como o sujeito compreende a sua sociabilidade e
a sua cultura a partir destas imagens que narram suas práticas
sociais.
93. Assim, utilizando a fotografia, o investigador poderá registrar e aproximar-se o
mais perto possível de uma realidade que se modifica rapidamente, e ir ao
encontro do que Levi-Strauss dizia sobre a pesquisa em etnografia: “(...)
consiste na observação e análise de grupos humanos considerados em sua
particularidade” (LEVI-STRAUSS, 1967:14). A fotografia, ao fragmentar a
realidade, a particulariza, pois ao congelar o movimento da própria vida, o
fragmenta e o descreve com eloquência.
100. A fotografia é um aprendizado de observação paciente,
de elaboração minuciosa de diferentes estratégias de
aproximação com o objeto, de desenvolvimento de
uma percepção seletiva, de uma vigilância constante e
de prontidão para captar o acontecimento no momento
do acontecimento. A dupla capacidade da câmara de
subjetivar e objetivar a realidade, a constante
consciência de que se é responsável por este processo,
por uma técnica de apreensão da realidade, de que se é
sujeito deste acontecimento, é um ensinamento
epistemológico. (LEAL apud ACHUTTI, 1997: XXIII)
101. Assim, utilizando a fotografia, o investigador poderá registrar e aproximar-se o
mais perto possível de uma realidade que se modifica rapidamente, e ir ao
encontro do que Levi-Strauss dizia sobre a pesquisa em etnografia: “(...)
consiste na observação e análise de grupos humanos considerados em sua
particularidade” (LEVI-STRAUSS, 1967:14). A fotografia, ao fragmentar a
realidade, a particulariza, pois ao congelar o movimento da própria vida, o
fragmenta e o descreve com eloquência.
104. Sugestão de suporte fotográfico e
sensibilidade para o trabalho
• Trabalhar com ISO 400, preferencialmente.
• Sem o uso do flash, se reporta melhor ao
clima e ao efeito da luz na cena a ser
fotografada.
• Falta Luz! Use o tripé!
• Com filme tradicional use um ISO 400
105. • Fotometre, enquadre bem, percorra os quatro
cantos do visor da câmara fotográfica antes do
clic final.
106. A utilização de closes, serve para nos
“detalhar” temas e assuntos com maior
precisão.
107. Fotógrafo :
• Não esqueça dos filmes, das baterias de
reserva e de usar as técnicas fotográficas
em TODAS as fotografias.
122. É embaraçoso e às vezes impossível guardar
distância, enquanto se fazem registros
humanos.
123. As vezes é mais produtivo “visitar”,
conversar, do que fazer o trabalho de
campo.
124. Mostre as situações sociais da comunidade
apresentando em imagens os dados
etnográficos dos Ilhéus e de como é a vida
naquele momento.
125. A empatia, a paciência, a educação e a sua
compreensão, servirão para que as
pessoas, acreditem no seu trabalho e se
tornem seus parceiros, como “assuntos”.
126. John Collier Jr. (1974), sugere uma práxis em
trabalhos desta natureza. Que as imagens colhidas
anteriormente (na visita anterior) sejam devolvidas
ampliadas a cada nova visita que se faz ao
fotografado.
127. É necessário que se interesse pelo outro,
por sua vida, seus afazeres, suas
necessidades e sentimentos.
128. • A simpatia e a
intimidade não podem
ser impostas.
• Elas tem que serem
conquistadas.
129. Os dados etnográficos devem ser mostrados em
imagens, apresentando como é a vida naquele
momento do objeto de pesquisa.
130. • Apresente aspectos etnográficos
particulares do vestir e do viver no dia a
dia.
131. • Lembrem-se, estamos invadindo a
privacidade das pessoas e lhes devemos
respeito e consideração.
133. Não há trabalho de campo que requeira
maior responsabilidade, relacionamento,
amizade do que um relato fotográfico
íntimo de uma cultura social e familiar.