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O texto: modalidades e
funções
Maria Margarida de Andrade
Prof.ª: Ana Germana Rodrigues
• Texto:
Tecido feito de palavras que se reúnem em frases, períodos e
parágrafos, representados concretamente pelos sons vocais
ou pela escrita.
Conjunto de enunciados linguísticos.
• Criação de um texto (GREIMAS; COURTÈS, 1988):
Estruturas profundas: na mente do enunciador, onde existe
uma bagagem de conhecimentos e experiências de vida,
pessoal e intransferível, no nível consciente, subconsciente;
Definem a maneira de ser de um indivíduo, a sua “visão de
mundo”.
Estruturas superficiais: ideias selecionadas e ordenadas,
tendo em vista a possibilidade de expressá-las.
Estruturas de manifestação: organiza-se coerentemente o
que se deseja expressar ou enunciar, ou seja, as ideias e
conceitos serão representados pelas palavras, frases e
parágrafos que constituirão o texto manifestado
concretamente.
• Modalidades do texto manifestado:
Caráter pragmático, transmitir avisos, mensagens comuns.
Caráter informativo
Caráter emotivo, demonstrando a beleza da mensagem
em si mesma.
Caráter predominantemente científico ou referencial,
objetivo, denotativo.
• Para cada contexto, usa-se uma diferente modalidade de
texto.
• A linguagem é matéria-prima extremamente maleável, que
se presta a todo e qualquer tipo de comunicação.
• Karl Bühler: função representativa da linguagem:
 Representar ideias, pensamentos e sentimentos.
• Outras funções:
a) Exteriorização psíquica: manifestam-se os estados da
alma, que constitui a expressão no sentido estrito,
particular;
b) Atuação social ou apelo: realiza-se a expressão no
sentido amplo ou social.
• Jakobson (1971): correlação entre as funções da linguagem
e os elementos envolvidos no processo da comunicação.
• Esquema, p. 17: para realizar a comunicação, torna-se
necessário que o receptor capte a mensagem do emissor. A
mensagem utiliza um código, para apresentar um conteúdo
ou referente, que é transmitido por um canal.
• Função metalinguística:
A linguagem se refere à própria linguagem – código.
Dicionários, livros didáticos.
Texto, p. 33.
• Função fática:
A finalidade do texto é preparar a comunicação – canal.
Texto, p. 33-34.
• Função poética ou estética:
Destaca-se na mensagem o estilo da linguagem.
Como se diz, colocando em evidência a escolha das
palavras e os recursos estilísticos.
Textos em verso em prosa poética
Texto, p. 34.
• Função expressiva ou emotiva:
A mensagem dá destaque para o “eu” enunciador.
Autobiografias e outros escritos na 1ª pessoa.
Texto, p. 34.
• Função conativa:
A mensagem dirige-se ao destinatário.
Propaganda, catequese.
Texto, p. 35.
• Função referencial:
 O conteúdo, o assunto, o referente.
 Noticiários, linguagem jornalística e textos científicos e
didáticos.
1.1 Texto jornalístico
• Função referencial da linguagem.
• Texto, p. 20:
a)
Linguagem: objetiva, denotativa, dispensa adjetivos,
hipóteses, suposições, figuras de linguagem.
Enfatiza números, locais, informações técnicas e precisas.
b)
 Nada é objetivo, real, tudo são suposições, imagens,
poesia, que pode até ter sido inspirada em um fato real.
1.2 Texto científico
• Linguagem referencial: clara, objetiva, despojada dos
torneios literários.
• Finalidade: transmitir informações e ensinamentos e,
por esse motivo, não deve conter:
 Elementos que desviem o leitor de seu objetivo ou
 Que tornem difícil a compreensão do conteúdo.
Exemplos: b) e a), p. 22.
• b) Tema:
• Linguagem: elaborada, conotativa, visivelmente poética.
• A enumeração dos órgãos envolvidos na formação da voz
(anima vocis) vem acompanhada de adjetivos de natureza
conotativa: “esponja dos pulmões; tubo anelado e viloso da
traqueia; dobras retesadas da laringe...”
• Seleção vocabular: “a linguagem como fenômeno vocal é
descrita na sua laboriosa gestação, pelo escavamento do
corpo.”
• Palavras de natureza poética, que representam imagens
construídas com a finalidade de identificar os órgãos
envolvidos no processo da formação dos sons vocais.
a)
• a) Tema: Formação dos sons da fala.
• Linguagem: despojada, simples, denotativa, referencial.
• O autor enumera os órgãos envolvidos nesse processo, de
maneira bem objetiva: “pulmões, tubo da traqueia, boca,
fossas nasais”.
• Descreve o fato: os “sons a que se dá o nome genérico de
voz, determinados pela corrente de ar expelida dos
pulmões, no fenômeno vital da respiração...”
• O texto de Bosi apresenta grande beleza poética:
 Emprego de imagens;
 Escolha do vocabulário;
 Jogo de palavras;
 Aliterações
• No entanto, a compreensão da mensagem torna-se um
tanto dificultada para quem ainda está aprendendo a
matéria, justamente pelo uso desses recursos.
• Quando o mais importante é transmitir o conteúdo da
mensagem, a forma mais simplificada é mais adequada a
essa situação.
• O texto de Câmara Jr. apresenta a mensagem de maneira
mais direta, objetiva, mais facilmente compreensível.
 A linguagem denotativa é mais adequada à função
referencial.
1.3 Texto literário
• Literatura: função poética e função emotiva ou expressiva
estão muito próximas.
• Mesmo tipo de linguagem; diferentes focos narrativos.
a)
• Função poética
• “ele” – 3ª pessoa do singular
• Figuras de linguagem, vocabulário escolhido
• Último parágrafo: função emotiva – 1ª pessoa.
b)
• “eu” – 1ª pessoa: função emotiva
1.4 Texto religioso e publicitário
• Voltados para o receptor ou destinatário;
• Objetivo: levar o interlocutor a proceder de determinada
forma.
• Função conativa ou apelativa.
• Vocativos e 2ª pessoa do modo imperativo.
• Apelo religioso: mais direto;
• Apelo publicitário: mais discreto, sutil. Nem sempre em
primeiro plano.
 Recursos empregados: comparação, ironia, mensagem
em forma de versos, jogo de palavras, música, apelo
visual e gestual.
 Outros textos com função conativa: sermões, discursos,
exortações, orações, poesia épica, teatro didático etc.
 Textos, p. 26 e 27.
1.5 Texto literário e não literário
• Conteúdo e forma?
• Ex. p. 22:
 Mesmo conteúdo ou referente.
 Os aspectos formais também não diferenciam uma forma
de expressão da outra.
• O caráter afetivo?
 Predomina na poesia, mas não é exclusivo dela;
 Ele prevalece na poesia quando o poema pressupõe uma
escolha pessoal, individual e subjetiva do vocabulário e da
forma.
 Uma poesia pode se referir a um tema prosaico, e uma
prosa pode estar carregada de poesia.
• A diferença baseia-se na linguagem empregada e nas suas
finalidades.
• Em geral, um texto literário
 não é informativo,
 não tem compromisso com a realidade,
 sua finalidade pode ser apresentar um fato, real ou
ficcional, de maneira literária subjetiva, conforme a visão
particular do autor,
 A ênfase não está no fato, mas na maneira pela qual ele é
relatado.
• Portanto, devemos recorrer à identificação de sua função
principal (a que se sobressai):
 Finalidade do texto.
• Poemas, p. 32 e 33.

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  • 1. O texto: modalidades e funções Maria Margarida de Andrade Prof.ª: Ana Germana Rodrigues
  • 2. • Texto: Tecido feito de palavras que se reúnem em frases, períodos e parágrafos, representados concretamente pelos sons vocais ou pela escrita. Conjunto de enunciados linguísticos. • Criação de um texto (GREIMAS; COURTÈS, 1988): Estruturas profundas: na mente do enunciador, onde existe uma bagagem de conhecimentos e experiências de vida, pessoal e intransferível, no nível consciente, subconsciente; Definem a maneira de ser de um indivíduo, a sua “visão de mundo”. Estruturas superficiais: ideias selecionadas e ordenadas, tendo em vista a possibilidade de expressá-las. Estruturas de manifestação: organiza-se coerentemente o que se deseja expressar ou enunciar, ou seja, as ideias e conceitos serão representados pelas palavras, frases e parágrafos que constituirão o texto manifestado concretamente.
  • 3. • Modalidades do texto manifestado: Caráter pragmático, transmitir avisos, mensagens comuns. Caráter informativo Caráter emotivo, demonstrando a beleza da mensagem em si mesma. Caráter predominantemente científico ou referencial, objetivo, denotativo. • Para cada contexto, usa-se uma diferente modalidade de texto. • A linguagem é matéria-prima extremamente maleável, que se presta a todo e qualquer tipo de comunicação.
  • 4. • Karl Bühler: função representativa da linguagem:  Representar ideias, pensamentos e sentimentos. • Outras funções: a) Exteriorização psíquica: manifestam-se os estados da alma, que constitui a expressão no sentido estrito, particular; b) Atuação social ou apelo: realiza-se a expressão no sentido amplo ou social. • Jakobson (1971): correlação entre as funções da linguagem e os elementos envolvidos no processo da comunicação. • Esquema, p. 17: para realizar a comunicação, torna-se necessário que o receptor capte a mensagem do emissor. A mensagem utiliza um código, para apresentar um conteúdo ou referente, que é transmitido por um canal.
  • 5. • Função metalinguística: A linguagem se refere à própria linguagem – código. Dicionários, livros didáticos. Texto, p. 33. • Função fática: A finalidade do texto é preparar a comunicação – canal. Texto, p. 33-34. • Função poética ou estética: Destaca-se na mensagem o estilo da linguagem. Como se diz, colocando em evidência a escolha das palavras e os recursos estilísticos. Textos em verso em prosa poética Texto, p. 34.
  • 6. • Função expressiva ou emotiva: A mensagem dá destaque para o “eu” enunciador. Autobiografias e outros escritos na 1ª pessoa. Texto, p. 34. • Função conativa: A mensagem dirige-se ao destinatário. Propaganda, catequese. Texto, p. 35. • Função referencial:  O conteúdo, o assunto, o referente.  Noticiários, linguagem jornalística e textos científicos e didáticos.
  • 7. 1.1 Texto jornalístico • Função referencial da linguagem. • Texto, p. 20: a) Linguagem: objetiva, denotativa, dispensa adjetivos, hipóteses, suposições, figuras de linguagem. Enfatiza números, locais, informações técnicas e precisas. b)  Nada é objetivo, real, tudo são suposições, imagens, poesia, que pode até ter sido inspirada em um fato real.
  • 8. 1.2 Texto científico • Linguagem referencial: clara, objetiva, despojada dos torneios literários. • Finalidade: transmitir informações e ensinamentos e, por esse motivo, não deve conter:  Elementos que desviem o leitor de seu objetivo ou  Que tornem difícil a compreensão do conteúdo. Exemplos: b) e a), p. 22.
  • 9. • b) Tema: • Linguagem: elaborada, conotativa, visivelmente poética. • A enumeração dos órgãos envolvidos na formação da voz (anima vocis) vem acompanhada de adjetivos de natureza conotativa: “esponja dos pulmões; tubo anelado e viloso da traqueia; dobras retesadas da laringe...” • Seleção vocabular: “a linguagem como fenômeno vocal é descrita na sua laboriosa gestação, pelo escavamento do corpo.” • Palavras de natureza poética, que representam imagens construídas com a finalidade de identificar os órgãos envolvidos no processo da formação dos sons vocais. a)
  • 10. • a) Tema: Formação dos sons da fala. • Linguagem: despojada, simples, denotativa, referencial. • O autor enumera os órgãos envolvidos nesse processo, de maneira bem objetiva: “pulmões, tubo da traqueia, boca, fossas nasais”. • Descreve o fato: os “sons a que se dá o nome genérico de voz, determinados pela corrente de ar expelida dos pulmões, no fenômeno vital da respiração...”
  • 11. • O texto de Bosi apresenta grande beleza poética:  Emprego de imagens;  Escolha do vocabulário;  Jogo de palavras;  Aliterações • No entanto, a compreensão da mensagem torna-se um tanto dificultada para quem ainda está aprendendo a matéria, justamente pelo uso desses recursos. • Quando o mais importante é transmitir o conteúdo da mensagem, a forma mais simplificada é mais adequada a essa situação. • O texto de Câmara Jr. apresenta a mensagem de maneira mais direta, objetiva, mais facilmente compreensível.  A linguagem denotativa é mais adequada à função referencial.
  • 12. 1.3 Texto literário • Literatura: função poética e função emotiva ou expressiva estão muito próximas. • Mesmo tipo de linguagem; diferentes focos narrativos. a) • Função poética • “ele” – 3ª pessoa do singular • Figuras de linguagem, vocabulário escolhido • Último parágrafo: função emotiva – 1ª pessoa. b) • “eu” – 1ª pessoa: função emotiva
  • 13. 1.4 Texto religioso e publicitário • Voltados para o receptor ou destinatário; • Objetivo: levar o interlocutor a proceder de determinada forma. • Função conativa ou apelativa. • Vocativos e 2ª pessoa do modo imperativo. • Apelo religioso: mais direto; • Apelo publicitário: mais discreto, sutil. Nem sempre em primeiro plano.  Recursos empregados: comparação, ironia, mensagem em forma de versos, jogo de palavras, música, apelo visual e gestual.  Outros textos com função conativa: sermões, discursos, exortações, orações, poesia épica, teatro didático etc.  Textos, p. 26 e 27.
  • 14. 1.5 Texto literário e não literário • Conteúdo e forma? • Ex. p. 22:  Mesmo conteúdo ou referente.  Os aspectos formais também não diferenciam uma forma de expressão da outra. • O caráter afetivo?  Predomina na poesia, mas não é exclusivo dela;  Ele prevalece na poesia quando o poema pressupõe uma escolha pessoal, individual e subjetiva do vocabulário e da forma.  Uma poesia pode se referir a um tema prosaico, e uma prosa pode estar carregada de poesia. • A diferença baseia-se na linguagem empregada e nas suas finalidades.
  • 15. • Em geral, um texto literário  não é informativo,  não tem compromisso com a realidade,  sua finalidade pode ser apresentar um fato, real ou ficcional, de maneira literária subjetiva, conforme a visão particular do autor,  A ênfase não está no fato, mas na maneira pela qual ele é relatado. • Portanto, devemos recorrer à identificação de sua função principal (a que se sobressai):  Finalidade do texto. • Poemas, p. 32 e 33.