O documento discute a formação de profissionais de saúde no Brasil e propõe um "quadrilátero da formação" que integre ensino, gestão, atenção e controle social. Atualmente, a formação é centrada em aspectos técnicos e desconectada da gestão do SUS e da participação popular. O quadrilátero visa reorientar a formação considerando esses diferentes aspectos do sistema de saúde.
A formacao-de-profissionais-da-saude-aprendizagem-significativa-a-luz-da-prom...PROIDDBahiana
Este documento discute a formação de profissionais da saúde à luz da promoção da saúde. Ele argumenta que o empoderamento deve ser o eixo central da formação, levando ao desenvolvimento de competências. Integração ensino-serviço e metodologias ativas de ensino são apontadas como estratégias para formação voltada para as necessidades da população e aprendizagem significativa.
Este documento discute a importância da integralidade na educação em saúde no Programa Saúde da Família (PSF) no Brasil. Argumenta-se que as práticas de educação em saúde no PSF precisam incorporar o princípio da integralidade para que o modelo assistencial possa ser reorientado de acordo com os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS). A integralidade implica integrar ações preventivas e assistenciais, envolver equipes multiprofissionais, e considerar os usuários de forma holística em vez de
O documento descreve o perfil de competências profissionais do Agente Comunitário de Saúde (ACS) no Brasil. Ele apresenta o conceito de competência profissional usado e lista as competências-chave do ACS, incluindo integração da equipe de saúde com a população local e planejamento e implementação de ações de promoção da saúde.
O documento discute a integralidade no Sistema Único de Saúde brasileiro, enfatizando a importância da educação em saúde para promover a autonomia e emancipação dos indivíduos. Defende que a formação dos profissionais de saúde deve estimular o trabalho interdisciplinar e em equipe para garantir um cuidado integral à população.
1. O documento discute a educação permanente em saúde e sua importância para a integralidade e humanização do SUS.
2. A educação permanente promove a discussão sobre educação, atenção, gestão e controle social para consolidar o princípio da integralidade na prática.
3. Inclui reflexões sobre como produzir ações educativas nas relações de cuidado em diabetes de forma a promover a integralidade.
O documento discute as políticas de formação e desenvolvimento de recursos humanos na saúde no Brasil. Apresenta a trajetória das conferências nacionais e internacionais de saúde que influenciaram essas políticas ao longo dos anos. Também aborda a educação permanente em saúde como estratégia para qualificar os profissionais do SUS.
Educação permanente e a regionalização do sistema estadual de saúde na Bahia:...EducaSaude1
Educação permanente e a regionalização do sistema estadual de saúde na Bahia: ensino-aprendizagem e políticas de saúde como composião do tempo. Revista Baiana de Saúde Pública.
A formacao-de-profissionais-da-saude-aprendizagem-significativa-a-luz-da-prom...PROIDDBahiana
Este documento discute a formação de profissionais da saúde à luz da promoção da saúde. Ele argumenta que o empoderamento deve ser o eixo central da formação, levando ao desenvolvimento de competências. Integração ensino-serviço e metodologias ativas de ensino são apontadas como estratégias para formação voltada para as necessidades da população e aprendizagem significativa.
Este documento discute a importância da integralidade na educação em saúde no Programa Saúde da Família (PSF) no Brasil. Argumenta-se que as práticas de educação em saúde no PSF precisam incorporar o princípio da integralidade para que o modelo assistencial possa ser reorientado de acordo com os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS). A integralidade implica integrar ações preventivas e assistenciais, envolver equipes multiprofissionais, e considerar os usuários de forma holística em vez de
O documento descreve o perfil de competências profissionais do Agente Comunitário de Saúde (ACS) no Brasil. Ele apresenta o conceito de competência profissional usado e lista as competências-chave do ACS, incluindo integração da equipe de saúde com a população local e planejamento e implementação de ações de promoção da saúde.
O documento discute a integralidade no Sistema Único de Saúde brasileiro, enfatizando a importância da educação em saúde para promover a autonomia e emancipação dos indivíduos. Defende que a formação dos profissionais de saúde deve estimular o trabalho interdisciplinar e em equipe para garantir um cuidado integral à população.
1. O documento discute a educação permanente em saúde e sua importância para a integralidade e humanização do SUS.
2. A educação permanente promove a discussão sobre educação, atenção, gestão e controle social para consolidar o princípio da integralidade na prática.
3. Inclui reflexões sobre como produzir ações educativas nas relações de cuidado em diabetes de forma a promover a integralidade.
O documento discute as políticas de formação e desenvolvimento de recursos humanos na saúde no Brasil. Apresenta a trajetória das conferências nacionais e internacionais de saúde que influenciaram essas políticas ao longo dos anos. Também aborda a educação permanente em saúde como estratégia para qualificar os profissionais do SUS.
Educação permanente e a regionalização do sistema estadual de saúde na Bahia:...EducaSaude1
Educação permanente e a regionalização do sistema estadual de saúde na Bahia: ensino-aprendizagem e políticas de saúde como composião do tempo. Revista Baiana de Saúde Pública.
O documento discute a Política Nacional de Educação Popular em Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde brasileiro. Ele descreve os princípios da educação popular em saúde como diálogo, amorosidade e emancipação e define os objetivos gerais e específicos da política, como promover a participação popular e o controle social. Também estabelece as responsabilidades do Ministério da Saúde e secretarias estaduais e municipais para implementar a política.
O documento discute a aplicação de modelos de administração e gerenciamento na gestão de hospitais e como esses programas afetam as organizações de saúde. Identifica elementos que podem contribuir para o sucesso ou fracasso dos programas de qualidade e como eles podem melhorar a gestão hospitalar. Também aborda a importância do ensino de administração e gerenciamento nos cursos de enfermagem.
Este documento apresenta a Política Nacional de Educação Popular em Saúde no Sistema Único de Saúde brasileiro. A política se baseia nos princípios da Educação Popular, que surgiu como movimento libertário nas décadas de 1950-1960 e se consolidou como perspectiva teórico-prática para promover a autonomia, consciência crítica e participação cidadã das classes populares. A política define os objetivos, princípios, eixos estratégicos e responsabilidades das esferas de gestão do SUS
O documento discute a incorporação da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) no sistema de informação em saúde brasileiro. Ele propõe a adoção da CIF para melhorar a formação, o modelo de cuidado e os sistemas de informação, gerando indicadores sobre funcionalidade e saúde da população.
O documento discute a incorporação da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) no sistema de informação em saúde brasileiro. Ele propõe estratégias para a implementação da CIF nos eixos de formação e educação, modelo de atenção e cuidado, e desenvolvimento de formulários e sistemas de informação.
1. O estudo investigou se a Estratégia Saúde da Família é discutida com a população pelos profissionais e a compreensão desses sobre Educação em Saúde.
2. Por meio de entrevistas, identificou-se que a ESF não é objeto de educação e os profissionais tem práticas educativas verticalizadas e focadas em doenças.
3. Refletiu-se sobre os conceitos de Educação em Saúde dos profissionais e a importância da educação permanente para aproximar as práticas da
O plano municipal de saúde de Santa Rosa para 2014-2017 tem como objetivo sistematizar o contexto da saúde no município, identificando prioridades e estabelecendo eixos, diretrizes, metas e indicadores. O documento apresenta uma análise situacional da saúde no município e aponta desafios como a redução da mortalidade infantil e a qualificação da atenção à saúde por meio das áreas técnicas.
Este documento discute a história da atenção básica no Brasil e o Programa Saúde da Família. Apresenta os princípios da atenção básica como vínculo, humanização e acolhimento. Também descreve a criação do Programa Agentes Comunitários de Saúde em 1991 e do Programa Saúde da Família em 1994.
O documento discute a Educação Permanente em Saúde, definindo-a como um processo educativo que analisa o cotidiano do trabalho em saúde e permite a reflexão coletiva. A Educação Permanente em Saúde exige a atualização contínua das práticas de acordo com novos conhecimentos e a construção de relações entre equipes de saúde. Sua implementação é um desafio ambicioso mas necessário devido à complexidade do setor da saúde.
Unidade 1 apresenta três modelos de educação em saúde: educação para a saúde, educação em saúde e educação popular em saúde. A educação para a saúde vê a educação como instrumento para obter saúde, enquanto a educação em saúde enfatiza o diálogo entre saberes. A educação popular em saúde promove a participação ativa da comunidade nos processos de saúde.
1. O documento descreve a experiência do Pólo de Capacitação da UFJF em utilizar a metodologia da problematização no Curso Introdutório para Equipes de Saúde da Família.
2. A metodologia da problematização foi adequada ao curso, favoreceu a aprendizagem dos participantes de forma criativa e envolveu o grupo na construção dos conhecimentos.
3. O estudo analisou documentos e avaliações de 55 cursos realizados entre 2000-2002, que capacitaram mais de 2.800 profissionais
Educação permanente e a aprendizagem significativaMonica Oscalices
Este documento discute a educação permanente na prática de enfermagem. Reflete sobre como a educação permanente pode enriquecer a assistência de enfermagem através da melhoria contínua da qualidade do cuidado. Argumenta que a educação permanente é essencial para capacitar profissionais de saúde e transformar as práticas por meio de aprendizagem significativa no trabalho.
O documento discute a educação popular no Brasil, seu pioneirismo na década de 1950 ligado à igreja e Paulo Freire, e como ela difere de educação informal. Também aborda como a educação popular mudou das práticas alternativas para estratégia de reorientação das políticas de saúde, quebrando o paradigma biomédico e valorizando a diversidade, intercomunicação e diálogo entre saberes popular e científico.
Relações éticas na atenção básica em saúdeNikarovitch
O documento discute a percepção de estudantes de medicina sobre as relações éticas envolvidas em ações de saúde na comunidade. A Faculdade de Medicina de Marília oferece experiências práticas desde o início do curso para reflexão sobre ética e prática na Atenção Básica. Os estudantes desenvolvem capacidades para identificar necessidades de saúde e elaborar planos de cuidado, interagindo com a comunidade. A pesquisa analisou como estudantes das primeiras séries percebem questões como formação ética e profissional, sig
Centro de educação tecnológica de teresina / plano assistencialSolange Leite
1. O documento descreve um plano assistencial de enfermagem para uma unidade de saúde, abordando os componentes de recursos humanos, materiais e físicos.
2. Ele apresenta os objetivos do plano, que incluem refletir sobre a gestão de recursos e promover a integração entre teoria e prática no cuidado de enfermagem.
3. A metodologia inclui uma revisão do assunto discutido em sala de aula e a elaboração de um resumo para a confecção do plano assistencial.
O documento discute as relações possíveis entre educação em saúde e pesquisa qualitativa. A educação em saúde surgiu no Brasil no século XX para combater epidemias e mudou para adotar medidas que reduzem desigualdades culturais. A pesquisa qualitativa é útil para educação em saúde libertadora ao respeitar os indivíduos em seus contextos. Ambos os campos fazem parte das ciências sociais e buscam soluções a partir das pessoas.
O documento discute educação em saúde, definindo-a como um processo de desenvolvimento da consciência crítica sobre causas de problemas de saúde e participação na superação desses problemas. Aborda também teorias como a Teoria Cognitiva Social e Grupos Operativos, que utilizam dinâmicas de grupo para promover saúde.
Aula Educação em Saúde - Savassi - UFOP 2o período 2014Leonardo Savassi
SAVASSI, LCM. Educação em Saúde. [aula] Disciplina Práticas em Serviços de Saúde II, 2o período, Medicina, UFOP, 2014. [online] [http://sites.google.com/site/leosavassi][acesso em ##/##/20##]
Este documento é um caderno sobre educação popular e saúde publicado pelo Ministério da Saúde do Brasil. O caderno fornece uma introdução à educação popular no contexto do Sistema Único de Saúde brasileiro e apresenta experiências e reflexões sobre educação popular e saúde de vários autores.
A formacao-de-profissionais-da-saude-aprendizagem-significativa-a-luz-da-prom...PROIDDBahiana
Este documento discute a formação de profissionais da saúde à luz da promoção da saúde. Ele enfatiza que o empoderamento deve ser o eixo central da formação, levando ao desenvolvimento de competências. Integração ensino-serviço e metodologias ativas de ensino são estratégias para formação voltada para as necessidades da população e aprendizagem significativa.
Este documento discute processos educativos no contexto da saúde pública brasileira. Aborda a educação permanente em saúde como política orientadora da formação contínua de profissionais do SUS e reconhece que a educação e saúde são práticas sociais interdependentes. Também revisa abordagens pedagógicas tradicionais como transmissão e condicionamento versus aquelas centradas no aprendiz como humanista e cognitivista.
O documento discute os conceitos e diretrizes da educação em saúde coletiva. Em três frases ou menos, resume-se:
A educação em saúde coletiva objetiva a formação da consciência crítica dos cidadãos estimulando soluções coletivas para problemas de saúde e a participação no controle social. Ela deve ser baseada em métodos participativos que valorizam os saberes e experiências locais na transformação da realidade por meio de reflexão, busca de causas e ações dos grupos.
O documento discute a Política Nacional de Educação Popular em Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde brasileiro. Ele descreve os princípios da educação popular em saúde como diálogo, amorosidade e emancipação e define os objetivos gerais e específicos da política, como promover a participação popular e o controle social. Também estabelece as responsabilidades do Ministério da Saúde e secretarias estaduais e municipais para implementar a política.
O documento discute a aplicação de modelos de administração e gerenciamento na gestão de hospitais e como esses programas afetam as organizações de saúde. Identifica elementos que podem contribuir para o sucesso ou fracasso dos programas de qualidade e como eles podem melhorar a gestão hospitalar. Também aborda a importância do ensino de administração e gerenciamento nos cursos de enfermagem.
Este documento apresenta a Política Nacional de Educação Popular em Saúde no Sistema Único de Saúde brasileiro. A política se baseia nos princípios da Educação Popular, que surgiu como movimento libertário nas décadas de 1950-1960 e se consolidou como perspectiva teórico-prática para promover a autonomia, consciência crítica e participação cidadã das classes populares. A política define os objetivos, princípios, eixos estratégicos e responsabilidades das esferas de gestão do SUS
O documento discute a incorporação da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) no sistema de informação em saúde brasileiro. Ele propõe a adoção da CIF para melhorar a formação, o modelo de cuidado e os sistemas de informação, gerando indicadores sobre funcionalidade e saúde da população.
O documento discute a incorporação da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) no sistema de informação em saúde brasileiro. Ele propõe estratégias para a implementação da CIF nos eixos de formação e educação, modelo de atenção e cuidado, e desenvolvimento de formulários e sistemas de informação.
1. O estudo investigou se a Estratégia Saúde da Família é discutida com a população pelos profissionais e a compreensão desses sobre Educação em Saúde.
2. Por meio de entrevistas, identificou-se que a ESF não é objeto de educação e os profissionais tem práticas educativas verticalizadas e focadas em doenças.
3. Refletiu-se sobre os conceitos de Educação em Saúde dos profissionais e a importância da educação permanente para aproximar as práticas da
O plano municipal de saúde de Santa Rosa para 2014-2017 tem como objetivo sistematizar o contexto da saúde no município, identificando prioridades e estabelecendo eixos, diretrizes, metas e indicadores. O documento apresenta uma análise situacional da saúde no município e aponta desafios como a redução da mortalidade infantil e a qualificação da atenção à saúde por meio das áreas técnicas.
Este documento discute a história da atenção básica no Brasil e o Programa Saúde da Família. Apresenta os princípios da atenção básica como vínculo, humanização e acolhimento. Também descreve a criação do Programa Agentes Comunitários de Saúde em 1991 e do Programa Saúde da Família em 1994.
O documento discute a Educação Permanente em Saúde, definindo-a como um processo educativo que analisa o cotidiano do trabalho em saúde e permite a reflexão coletiva. A Educação Permanente em Saúde exige a atualização contínua das práticas de acordo com novos conhecimentos e a construção de relações entre equipes de saúde. Sua implementação é um desafio ambicioso mas necessário devido à complexidade do setor da saúde.
Unidade 1 apresenta três modelos de educação em saúde: educação para a saúde, educação em saúde e educação popular em saúde. A educação para a saúde vê a educação como instrumento para obter saúde, enquanto a educação em saúde enfatiza o diálogo entre saberes. A educação popular em saúde promove a participação ativa da comunidade nos processos de saúde.
1. O documento descreve a experiência do Pólo de Capacitação da UFJF em utilizar a metodologia da problematização no Curso Introdutório para Equipes de Saúde da Família.
2. A metodologia da problematização foi adequada ao curso, favoreceu a aprendizagem dos participantes de forma criativa e envolveu o grupo na construção dos conhecimentos.
3. O estudo analisou documentos e avaliações de 55 cursos realizados entre 2000-2002, que capacitaram mais de 2.800 profissionais
Educação permanente e a aprendizagem significativaMonica Oscalices
Este documento discute a educação permanente na prática de enfermagem. Reflete sobre como a educação permanente pode enriquecer a assistência de enfermagem através da melhoria contínua da qualidade do cuidado. Argumenta que a educação permanente é essencial para capacitar profissionais de saúde e transformar as práticas por meio de aprendizagem significativa no trabalho.
O documento discute a educação popular no Brasil, seu pioneirismo na década de 1950 ligado à igreja e Paulo Freire, e como ela difere de educação informal. Também aborda como a educação popular mudou das práticas alternativas para estratégia de reorientação das políticas de saúde, quebrando o paradigma biomédico e valorizando a diversidade, intercomunicação e diálogo entre saberes popular e científico.
Relações éticas na atenção básica em saúdeNikarovitch
O documento discute a percepção de estudantes de medicina sobre as relações éticas envolvidas em ações de saúde na comunidade. A Faculdade de Medicina de Marília oferece experiências práticas desde o início do curso para reflexão sobre ética e prática na Atenção Básica. Os estudantes desenvolvem capacidades para identificar necessidades de saúde e elaborar planos de cuidado, interagindo com a comunidade. A pesquisa analisou como estudantes das primeiras séries percebem questões como formação ética e profissional, sig
Centro de educação tecnológica de teresina / plano assistencialSolange Leite
1. O documento descreve um plano assistencial de enfermagem para uma unidade de saúde, abordando os componentes de recursos humanos, materiais e físicos.
2. Ele apresenta os objetivos do plano, que incluem refletir sobre a gestão de recursos e promover a integração entre teoria e prática no cuidado de enfermagem.
3. A metodologia inclui uma revisão do assunto discutido em sala de aula e a elaboração de um resumo para a confecção do plano assistencial.
O documento discute as relações possíveis entre educação em saúde e pesquisa qualitativa. A educação em saúde surgiu no Brasil no século XX para combater epidemias e mudou para adotar medidas que reduzem desigualdades culturais. A pesquisa qualitativa é útil para educação em saúde libertadora ao respeitar os indivíduos em seus contextos. Ambos os campos fazem parte das ciências sociais e buscam soluções a partir das pessoas.
O documento discute educação em saúde, definindo-a como um processo de desenvolvimento da consciência crítica sobre causas de problemas de saúde e participação na superação desses problemas. Aborda também teorias como a Teoria Cognitiva Social e Grupos Operativos, que utilizam dinâmicas de grupo para promover saúde.
Aula Educação em Saúde - Savassi - UFOP 2o período 2014Leonardo Savassi
SAVASSI, LCM. Educação em Saúde. [aula] Disciplina Práticas em Serviços de Saúde II, 2o período, Medicina, UFOP, 2014. [online] [http://sites.google.com/site/leosavassi][acesso em ##/##/20##]
Este documento é um caderno sobre educação popular e saúde publicado pelo Ministério da Saúde do Brasil. O caderno fornece uma introdução à educação popular no contexto do Sistema Único de Saúde brasileiro e apresenta experiências e reflexões sobre educação popular e saúde de vários autores.
A formacao-de-profissionais-da-saude-aprendizagem-significativa-a-luz-da-prom...PROIDDBahiana
Este documento discute a formação de profissionais da saúde à luz da promoção da saúde. Ele enfatiza que o empoderamento deve ser o eixo central da formação, levando ao desenvolvimento de competências. Integração ensino-serviço e metodologias ativas de ensino são estratégias para formação voltada para as necessidades da população e aprendizagem significativa.
Este documento discute processos educativos no contexto da saúde pública brasileira. Aborda a educação permanente em saúde como política orientadora da formação contínua de profissionais do SUS e reconhece que a educação e saúde são práticas sociais interdependentes. Também revisa abordagens pedagógicas tradicionais como transmissão e condicionamento versus aquelas centradas no aprendiz como humanista e cognitivista.
O documento discute os conceitos e diretrizes da educação em saúde coletiva. Em três frases ou menos, resume-se:
A educação em saúde coletiva objetiva a formação da consciência crítica dos cidadãos estimulando soluções coletivas para problemas de saúde e a participação no controle social. Ela deve ser baseada em métodos participativos que valorizam os saberes e experiências locais na transformação da realidade por meio de reflexão, busca de causas e ações dos grupos.
Caderno de educação popular e saúde. ms%2 c 2007Mariangela Gama
1) O documento descreve a criação de uma área técnica no Ministério da Saúde que incorpora os princípios da educação popular em saúde.
2) Essa área técnica tem como missão apoiar o desenvolvimento de práticas que fortaleçam a participação da população como sujeitos ativos e transformadores.
3) A criação desse espaço institucional está vinculada ao movimento de reflexão crítica sobre as práticas de educação em saúde nos serviços e movimentos populares.
1) O documento descreve a criação de uma área técnica no Ministério da Saúde dedicada aos princípios da educação popular em saúde.
2) Essa área técnica tem como missão apoiar o desenvolvimento de práticas que fortaleçam a participação da população como sujeitos ativos e transformadores.
3) A criação desse espaço institucional está vinculada ao movimento de reflexão crítica sobre as práticas de educação em saúde nos serviços e movimentos populares.
1) O documento discute o modelo de atenção básica em saúde no Brasil, criticando sua expansão acompanhada da terceirização da força de trabalho e privatização da gestão.
2) A atenção básica deve cumprir funções como resolutividade, coordenação e responsabilização pela saúde dos usuários para alcançar a integralidade preconizada pelo SUS.
3) Há desafios em implementar práticas de cuidado na atenção básica que atendam à eficácia, efetividade e integralidade no sentido de
Este documento descreve os objetivos e princípios da Política Nacional de Humanização do SUS. Ela visa promover a humanização nos serviços de saúde por meio da inclusão de trabalhadores, usuários e gestores, e da adoção de princípios como transversalidade, indissociabilidade entre atenção e gestão, e protagonismo dos sujeitos. A política busca resultados como redução de filas, atendimento acolhedor e valorização dos trabalhadores.
AULA 01 4B- EDUCAÇÃO EM SAÚDE para o 1 ano de medicina.pptxNelsonMartinsen1
I. O documento discute as diferenças entre educação em saúde e educação na saúde, e como a educação é importante na formação de médicos.
II. A educação em saúde envolve práticas educativas para indivíduos e comunidades melhorarem sua saúde, enquanto a educação na saúde é para profissionais de saúde aprimorarem seus conhecimentos.
III. A educação é uma estratégia importante de cuidado à população e faz parte da formação contínua de profissionais de saúde
1. Este documento descreve uma sessão de educação para a saúde realizada para crianças do 1o ciclo do ensino fundamental.
2. A sessão abordou três temas: etiqueta respiratória, higienização das mãos e cuidados com feridas, com o objetivo de promover estilos de vida saudáveis e prevenir doenças.
3. O documento inclui o enquadramento teórico destes temas e o papel do enfermeiro na educação para a saúde escolar.
Abertura de um eixo reflexivo para a educação da saúde o ensino e o trabalhoPaulo Marostica
1) O documento discute a evolução histórica da educação médica, desde o surgimento da medicina como disciplina científica até os debates atuais.
2) A avaliação do ensino médico nos EUA no início do século XX levou à profissionalização da medicina e influenciou a educação médica em todo o mundo.
3) No Brasil, o movimento sanitário dos anos 1970 propôs integrar ensino e trabalho em saúde, enfatizando as necessidades da população, em contraste com o modelo anterior focado no indiv
1) O documento descreve um caderno produzido pelo Ministério da Saúde sobre educação popular e saúde.
2) Ele contém textos que refletem sobre experiências de educação popular em saúde realizadas por diversos atores.
3) O caderno tem o objetivo de qualificar as práticas de educação em saúde no Brasil com base nos princípios da educação popular.
Este guia prático destina-se aos profissionais da Estratégia Saúde da Família e tem como objetivo auxiliar no planejamento e execução de ações educativas em saúde. O documento discute o conceito de educação em saúde, desafios, estratégias de planejamento e execução de ações, enfatizando a importância da participação da comunidade.
1) O documento discute as relações interpessoais no processo de trabalho em serviços de saúde, enfatizando a comunicação, ética, humanização e capacidade de empatia.
2) As atribuições dos membros da equipe de saúde da família incluem conhecer as famílias atendidas, identificar problemas de saúde, realizar visitas domiciliares e incentivar a participação comunitária.
3) O agente comunitário de saúde faz o mapeamento de sua área, cadastra famílias e orienta o
Este documento discute a Vigilância da Saúde no contexto da municipalização do Sistema Único de Saúde brasileiro (SUS). Ele apresenta uma sistematização teórica e conceitual da Vigilância da Saúde e como ela pode contribuir para a reorganização dos modelos assistenciais de saúde no nível municipal. O documento enfatiza o uso da epidemiologia e das ciências sociais na análise da saúde da população e no planejamento de ações para enfrentar problemas de saúde específicos em territórios delimit
1. O conceito de saúde é complexo e dinâmico, dependendo da época, local, classe social e valores.
2. Historicamente, o que era considerado doença variou, como a masturbação no passado.
3. A palavra saúde vem do latim e significa salvação e bem-estar. A dificuldade em conceituá-la vem desde a Grécia Antiga.
Este manual apresenta as reflexões e experiências da equipe do Curso de Especialização em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde da UNICAMP, com ênfase na Atenção Básica. O curso utilizou o Método de Apoio Institucional Paidéia e teve como objetivo formar gestores e trabalhadores da saúde para uma nova prática de co-gestão. Os alunos desenvolveram Projetos de Intervenção em seus locais de trabalho visando melhorar a atenção à saúde. Como resultado, os alunos relataram
Desde a implantação do SUS na oitava conferência de saúde e sua retificação pela Constituição Federal as Instituições de ensino tentam sem sucesso adequar seu ensino as demandas do país.
A Contribuição do professor de Educação Física no Programa Saúde da FamíliaGutto Vieira
O documento discute o Programa Saúde na Escola (PSE) e o papel do professor de educação física nesse programa. O PSE tem como objetivo promover a saúde e qualidade de vida dos estudantes através de ações educativas. O professor de educação física pode contribuir desenvolvendo atividades que incentivem hábitos saudáveis e estilo de vida.
Desenvolvimento curricular cbc-bollela-amaral-grossemanPROIDDBahiana
1) O documento discute o desenvolvimento de currículos médicos baseados em competências, de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para Medicina no Brasil.
2) Essas diretrizes definem competências gerais como atenção à saúde, tomada de decisões, comunicação e outras que devem ser desenvolvidas nos estudantes.
3) O documento propõe uma matriz de competências adaptada de uma organização americana para estruturar o currículo de acordo com as diretrizes.
Semelhante a O quadrilátero da formação para a saúde ensino, gestão, atenção e controle social (20)
1960 Quarto de despejo - Carolina maria de jesus.Rosane Domingues
La pandemia de COVID-19 ha tenido un impacto significativo en la economía mundial y las vidas de las personas. Muchos países han impuesto medidas de confinamiento que han cerrado negocios y escuelas. Aunque estas medidas han ayudado a reducir la propagación del virus, también han causado un aumento en el desempleo y problemas económicos. Se espera que la recuperación económica lleve tiempo a medida que los países reabran gradualmente y las personas se sientan seguras para volver a trabajar y gastar.
101 questões- Ética no serviço social - simulado grupo de estudo- CONCURSO SE...Rosane Domingues
A empresa de tecnologia anunciou um novo smartphone com câmera avançada, tela grande e bateria de longa duração por um preço acessível. O aparelho tem como objetivo atrair mais consumidores para a marca e aumentar sua participação no competitivo mercado de smartphones.
Parte 3 de 4- ECA -2017- Anotado e Interpretado- atualizado até a Lei 13.441d...Rosane Domingues
Para leitura online- Rosane Domingues
*Parte 1 de 4- ECA -2017- Anotado e Interpretado- atualizado até a Lei 13.441de 08-05-17.Da página 01 a 146 continua
LINK- https://www.slideshare.net/RosaneGafa/parte-1-de-4-eca-2017-anotado-e-interpretado-atualizado-at-a-lei-13441de-080517
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*Parte 2 de 4-ECA -2017- Anotado e Interpretado- atualizado até a Lei 13.441de 08-05-17 -Da pagina 147 até 306- continua.
*LINK- https://www.slideshare.net/RosaneGafa/parte-2-de-4eca-2017-anotado-e-interpretado-atualizado-at-a-lei-13441-de-080517-da-pagina-147-at-306
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*Parte 3 de 4-ECA -2017- Anotado e Interpretado- atualizado até a Lei 13.441de 08-05-17 -Da página 307 até 466- continua
LINK- https://www.slideshare.net/RosaneGafa/parte-3-de-4-eca-2017-anotado-e-interpretado-atualizado-at-a-lei-13441de-080517-da-pgina-307-at-466
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*Parte 4 de 4-ECA -2017- Anotado e Interpretado- atualizado até a Lei 13.441de 08-05-17-Da página 467 até 623.
LINK- https://www.slideshare.net/RosaneGafa/parte-4-de-4eca-2017-anotado-e-interpretado-atualizado-at-a-lei-13441de-080517da-pgina-467-at-623
Parte 2 de 4-ECA -2017- Anotado e Interpretado- atualizado até a Lei 13.441 d...Rosane Domingues
Para leitura online- Rosane Domingues
*Parte 1 de 4- ECA -2017- Anotado e Interpretado- atualizado até a Lei 13.441de 08-05-17.Da página 01 a 146 continua
LINK- https://www.slideshare.net/RosaneGafa/parte-1-de-4-eca-2017-anotado-e-interpretado-atualizado-at-a-lei-13441de-080517
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*Parte 2 de 4-ECA -2017- Anotado e Interpretado- atualizado até a Lei 13.441de 08-05-17 -Da pagina 147 até 306- continua.
*LINK- https://www.slideshare.net/RosaneGafa/parte-2-de-4eca-2017-anotado-e-interpretado-atualizado-at-a-lei-13441-de-080517-da-pagina-147-at-306
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*Parte 3 de 4-ECA -2017- Anotado e Interpretado- atualizado até a Lei 13.441de 08-05-17 -Da página 307 até 466- continua
LINK- https://www.slideshare.net/RosaneGafa/parte-3-de-4-eca-2017-anotado-e-interpretado-atualizado-at-a-lei-13441de-080517-da-pgina-307-at-466
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*Parte 4 de 4-ECA -2017- Anotado e Interpretado- atualizado até a Lei 13.441de 08-05-17-Da página 467 até 623.
LINK- https://www.slideshare.net/RosaneGafa/parte-4-de-4eca-2017-anotado-e-interpretado-atualizado-at-a-lei-13441de-080517da-pgina-467-at-623
Parte 1 de 4- ECA -2017- Anotado e Interpretado- atualizado até a Lei 13.441d...Rosane Domingues
Este documento é um resumo e comentário da Lei no 8.069/1990, conhecida como Estatuto da Criança e do Adolescente. O texto traz atualizações da lei até 2017 e análises das principais questões relacionadas aos direitos das crianças e adolescentes no Brasil.
Este questionário socioeconômico coleta informações sobre dados pessoais, família, trabalho, habitação, educação, transporte, saúde, lazer e atividades do entrevistado em mais de 80 perguntas.
FORMULÁRIO DE DENÚNCIA ÉTICA-SERVIÇO SOCIAL- versão 2016Rosane Domingues
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MANUAL DE ELABORAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIALRosane Domingues
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OS CONTEÚDOS E AS REFERÊNCIAS PARA CONSTRUÇÃO DO PLANO ESTADUAL DA CULTURA E ...Rosane Domingues
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ORIENTAÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL PLURIANUAL DE ASSISTÊNCIA SO...Rosane Domingues
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Plano municipal social - Vulnerabilidade e riscos sociais-2012Rosane Domingues
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PEDAGOGIA- 176 DE 809 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PARA ESTUDANTE E PROFESSORES...Rosane Domingues
O documento lista 176 referências bibliográficas sobre pedagogia, metodologias de ensino, avaliação educacional, educação a distância e outros tópicos relacionados à educação. As referências abrangem livros e publicações sobre diversas disciplinas como alfabetização, ciências, geografia, matemática, entre outros.
PEDAGOGIA- 276 DE 809 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PARA ESTUDANTE E PROFESSORES...Rosane Domingues
Para leitura online
-Rosane Domingues.
• Coletânea - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS-
PEDAGOGIA- 200 DE 809 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PARA ESTUDANTE E PROFESSORES- PARTE -PARTE 1
PEDAGOGIA- 150 DE 809 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PARA ESTUDANTE E PROFESSORES- PARTE 2
►PEDAGOGIA- 276 DE 809 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PARA ESTUDANTE E PROFESSORES- PARTE 3
PEDAGOGIA- 176 DE 809 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PARA ESTUDANTE E PROFESSORES- PARTE 4
PEDAGOGIA- 150 DE 809 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DE PEDAGOGIA PARA ESTUDANTE ...Rosane Domingues
Este documento lista 150 referências bibliográficas sobre pedagogia para estudantes e professores, divididas em dois volumes. As referências vão de livros sobre história oral na sala de aula a obras sobre intervenção psicopedagógica, abrangendo tópicos como educação especial, tecnologia educacional, formação de professores e metodologias de ensino de diferentes disciplinas.
PEDAGOGIA- 200 DE 809 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PARA ESTUDANTE E PROFESSORES...Rosane Domingues
[1] O documento lista 200 referências bibliográficas sobre pedagogia para estudantes e professores, abrangendo diversos temas como educação especial, alfabetização, políticas públicas, didática, avaliação educacional, entre outros.
[2] As referências incluem livros, artigos e outros materiais sobre temas como organização e legislação educacional, uso do portfólio no ensino superior, educação nos trópicos, saberes docentes, história da educação no Brasil e aspectos da prática pedagógica.
[3] A
REGULAMENTO DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...Eró Cunha
XIV Concurso de Desenhos Afro/24
TEMA: Racismo Ambiental e Direitos Humanos
PARTICIPANTES/PÚBLICO: Estudantes regularmente matriculados em escolas públicas estaduais, municipais, IEMA e IFMA (Ensino Fundamental, Médio e EJA).
CATEGORIAS: O Concurso de Desenhos Afro acontecerá em 4 categorias:
- CATEGORIA I: Ensino Fundamental I (4º e 5º ano)
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Realização: Unidade Regional de Educação de Imperatriz/MA (UREI), através da Coordenação da Educação da Igualdade Racial de Imperatriz (CEIRI) e parceiros
OBJETIVO:
- Realizar a 14ª edição do Concurso e Exposição de Desenhos Afro/24, produzidos por estudantes de escolas públicas de Imperatriz e região tocantina. Os trabalhos deverão ser produzidos a partir de estudo, pesquisas e produção, sob orientação da equipe docente das escolas. As obras devem retratar de forma crítica, criativa e positivada a população negra e os povos originários.
- Intensificar o trabalho com as Leis 10.639/2003 e 11.645/2008, buscando, através das artes visuais, a concretização das práticas pedagógicas antirracistas.
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Imperatriz/MA, 15 de fevereiro de 2024.
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TUTORIAL PARA LANÇAMENTOGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGG
O quadrilátero da formação para a saúde ensino, gestão, atenção e controle social
1. O Quadrilátero da Formação para a Área da Saúde: ...
PHYSIS: Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 14(1):41-65, 2004 41
O Quadrilátero da Formação para a Área da
Saúde: Ensino, Gestão,Atenção e Controle Social
RICARDO BURG CECCIM
1
LAURA C. M. FEUERWERKER2
RESUMO
O artigo apresenta o conceito de quadrilátero da formação para a área da
saúde: ensino, gestão, atenção e controle social. Os autores buscam, a partir
de uma prática em experimentação como política de educação para o Sistema
Único de Saúde, formular uma teoria-caixa de ferramentas que permita a
análise crítica da educação que temos feito no setor da saúde e a construção
de caminhos desafiadores. A imagem do quadrilátero da formação serve à
construção e organização de uma gestão da educação na saúde integrante da
gestão do sistema de saúde, redimensionando a imagem dos serviços como
gestão e atenção em saúde e valorizando o controle social.
Palavras-chave: Educação permanente em saúde; educação dos profissionais
de saúde; formação e práticas de saúde; formulação de políticas de formação
em saúde; ensino em saúde.
2. 42
Ricardo Burg Ceccim e Laura C. M. Feuerwerker
PHYSIS: Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 14(1):41-65, 2004
1. Introdução
Este ensaio pretende situar a formação dos profissionais de saúde como
um projeto educativo que extrapola a educação para o domínio técnico-científico
da profissão e se estende pelos aspectos estruturantes de relações e de práticas
em todos os componentes de interesse ou relevância social que contribuam à
elevação da qualidade de saúde da população, tanto no enfrentamento dos
aspectos epidemiológicos do processo saúde-doença, quanto nos aspectos de
organização da gestão setorial e estruturação do cuidado à saúde. Assentado
sobre o desafio da gestão pública do setor da saúde, de ordenar políticas de
formação, como prevê a Constituição Nacional no Brasil, o texto registra um
movimento analítico sobre uma prática em experimentação.
A prática em experimentação aqui referida é a formulação de uma
política pública apresentada pelo Ministério da Saúde para a educação dos
profissionais, sustentada nos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde
(SUS) e proposta para implementar processos com capacidade de impacto no
ensino, na gestão setorial, nas práticas de atenção e no controle social em
saúde.
A formação dos profissionais de saúde tem permanecido alheia à
organização da gestão setorial e ao debate crítico sobre os sistemas de
estruturação do cuidado, mostrando-se absolutamente impermeável ao controle
social sobre o setor, fundante do modelo oficial de saúde brasileiro. As
instituições formadoras têm perpetuado modelos essencialmente conservadores,
centrados em aparelhos e sistemas orgânicos e tecnologias altamente
especializadas, dependentes de procedimentos e equipamentos de apoio
diagnóstico e terapêutico (Feuerwerker, 2002; Feuerwerker, Llanos eAlmeida,
1999).
Merhy (1997, p. 71-72) coloca que justamente o modo como se
estruturam e são gerenciados os processos de trabalho configuram “um dos
grandes nós críticos” das propostas que apostam na mudança do modelo
tecnoassistencial em saúde no Brasil, “que se tem mostrado comprometido
com muitos tipos de interesse, exceto com a saúde dos cidadãos”. Uma das
características que dá ao SUS singularidade histórica e internacional é que, no
Brasil, a participação popular não é para a avaliação do grau de satisfação
com a atenção, para a cooperação ou extensão comunitária, para a organização
de programas de educação para a saúde ou consultiva. No Brasil, a população
tem assento nas instâncias máximas da tomada de decisões em saúde, por isso
3. O Quadrilátero da Formação para a Área da Saúde: ...
PHYSIS: Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 14(1):41-65, 2004 43
a denominação controle social dada à participação da sociedade no SUS (Côrtes,
1996a; 1996b). Controle social, no sistema de saúde brasileiro, quer dizer direito
e dever da sociedade de participar do debate e da decisão sobre a formulação,
execução e avaliação da política nacional de saúde.
Campos (2003, p. 9) coloca que o trabalho das equipes e das
organizações de saúde “deve apoiar os usuários para que ampliem sua
capacidade de se pensar em um contexto social e cultural”. Para o autor, “isto
poderia ser realizado tanto durante as práticas clínicas quanto as de saúde
coletiva”. O que Campos defende é que “caberia repensar modelos de atenção
que reforçassem a educação em saúde, objetivando com isso ampliar a
autonomia e a capacidade de intervenção das pessoas sobre suas próprias vidas”.
A prática em experimentação, submetida aqui ao ensaio textual, acolhe
como exigência política um sistema de gestão que, ao mesmo tempo, ofereça
propostas de transformação das práticas profissionais, baseando-se na reflexão
crítica sobre o trabalho em saúde e a experimentação da alteridade com os
usuários. Permite, assim, que o quotidiano de relações da organização da gestão
setorial e estruturação do cuidado à saúde se incorpore ao aprender e ao ensinar,
formando profissionais para a área da saúde, mas formando para o SUS.
A formação não pode tomar como referência apenas a busca eficiente
de evidências ao diagnóstico, cuidado, tratamento, prognóstico, etiologia e
profilaxia das doenças e agravos. Deve buscar desenvolver condições de
atendimento às necessidades de saúde das pessoas e das populações, da gestão
setorial e do controle social em saúde, redimensionando o desenvolvimento da
autonomia das pessoas até a condição de influência na formulação de políticas
do cuidado.
A atualização técnico-científica é apenas um dos aspectos da
qualificação das práticas e não seu foco central. A formação engloba aspectos
de produção de subjetividade, produção de habilidades técnicas e de pensamento
e o adequado conhecimento do SUS. A formação para a área da saúde deveria
ter como objetivos a transformação das práticas profissionais e da própria
organização do trabalho, e estruturar-se a partir da problematização do processo
de trabalho e sua capacidade de dar acolhimento e cuidado às várias dimensões
e necessidades de saúde das pessoas, dos coletivos e das populações.
4. 44
Ricardo Burg Ceccim e Laura C. M. Feuerwerker
PHYSIS: Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 14(1):41-65, 2004
2. Crítica à Formação para a Saúde que Temos Feito no Brasil
Em nosso país, o setor da saúde vem sendo submetido a um significativo
processo de reforma de Estado, protagonizado por importantes segmentos sociais
e políticos, cuja ação é fundamental à continuidade e ao avanço do movimento
pela Reforma Sanitária, bem como para a concretização do SUS. Por essa
razão, as várias instâncias do SUS devem cumprir um papel indutor no sentido
da mudança, tanto no campo das práticas de saúde como no campo da formação
profissional.
No setor do ensino, entretanto, revela-se necessário e urgente
semelhante movimento social por uma Reforma da Educação3
que expresse o
atendimento dos interesses públicos no cumprimento das responsabilidades de
formação acadêmico-científica, ética e humanística para o desempenho
tecnoprofissional. Deve expressar ainda a produção de conhecimento e promoção
de avanços nos campos científico, tecnológico e cultural e prestação de serviços,
principalmente de cooperação e assessoramento técnicos, de retaguarda e
avaliação tecnológica e de documentação e disseminação dos saberes produzidos
nos serviços, nos movimentos sociais e nas práticas populares.
O SUS tem assumido papel ativo na reorientação das estratégias e
modos de cuidar, tratar e acompanhar a saúde individual e coletiva. Tem sido
capaz de provocar importantes repercussões nas estratégias e modos de ensinar
e aprender sem que, entretanto, se tenha formulado uma forte potência aos
modos de fazer formação. No máximo se interpuseram fatores críticos, ao se
revelar a necessidade de re-formar os profissionais para atuar no SUS.
Formados estavam para atuar onde?
De fato, muitas iniciativas do setor propiciaram o desenvolvimento de
um certo pensamento crítico e estimularam o fortalecimento do movimento por
mudanças no processo de formação. Programas como os de Interiorização do
Trabalho em Saúde (Pits), de Incentivo às Mudanças Curriculares nos Cursos
de Medicina (Promed), de Capacitação e Formação em Saúde da Família, de
Profissionalização dos Trabalhadores da Área da Enfermagem (Profae), de
Aperfeiçoamento ou Especialização de Equipes Gestoras, de Formação de
Conselheiros de Saúde, entre outros, caminharam nessa direção e possibilitaram
a mobilização de pessoas e instituições, no sentido de uma aproximação entre
instituições formadoras e ações e serviços do SUS.
Após uma seqüência de rodadas de avaliação, efetuadas de fevereiro
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a julho de 2003, com coordenadores, gestores municipais e estaduais e docentes
universitários, pode-se formular que todas essas iniciativas foram muito tímidas
na sua capacidade de promover mudanças nas práticas dominantes no sistema
de saúde. Limitadas a introduzir mudanças pontuais nos modelos hegemônicos
de formação e cuidado em saúde, mantiveram a lógica programática das ações
e não conseguiram desafiar os distintos atores para uma postura de mudança e
problematização de suas próprias práticas. Por se apresentarem de forma
desarticulada ou fragmentada e corresponderem a orientações conceituais
heterogêneas, as capacidades de impacto das ações do SUS em educação têm
sido muito limitadas, no sentido de alimentar os processos de mudança sobre
as instituições formadoras, e nulas em apresentar a formação como uma política
do SUS: potência de interpor lógicas, diretrizes e processos organizados,
coerentes e desafiadores dos modos de fazer.
Roubando uma idéia de Deleuze (1992, p. 7), poderíamos afirmar que
a formação como política do SUS poderia se inscrever como uma
“micropotência” inovadora do pensar a formação, agenciamento de
possibilidades de mudança no trabalho e na educação dos profissionais de saúde
e invenção de modos no cotidiano vivo da produção dos atos de saúde.
Uma proposta de ação estratégica para transformar a organização
dos serviços e dos processos formativos, as práticas de saúde e as práticas
pedagógicas implicaria trabalho articulado entre o sistema de saúde (em suas
várias esferas de gestão) e as instituições formadoras. Colocaria em evidência
a formação para a área da saúde como construção da educação em serviço/
educação permanente em saúde: agregação entre desenvolvimento individual
e institucional, entre serviços e gestão setorial e entre atenção à saúde e controle
social.
A necessária aproximação entre construção da gestão descentralizada
do SUS, o desenvolvimento da atenção integral como acolhida e responsabilidade
do conjunto integrado do sistema de saúde e o fortalecimento da participação
popular com características de formulação política deliberativa sobre o setor -
características fundantes de uma educação em serviço - têm ficado relegadas
à condição de produto secundário quando interrogamos as relações entre
educação dos profissionais e trabalho no SUS.
De produto secundário, a implementação das diretrizes constitucionais
do SUS deveria passar a objetivo central e a educação em serviço ganhar
estatuto de política pública governamental. De outra parte, as instituições
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Ricardo Burg Ceccim e Laura C. M. Feuerwerker
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formadoras, mediadas pelo Estado, deveriam demonstrar a relevância pública
de seu projeto político-pedagógico e os significados que emprestam à produção
de conhecimento e prestação de serviços e, assim, permitir o julgamento, pela
sociedade, do cumprimento de suas funções públicas, igualando-se ao SUS ao
reconhecer o direito de controle da sociedade sobre a gestão pública do ensino.
3. Introdução da Formação em Saúde como Política Pública sob Controle
Social
O papel de constatar a realidade e de produzir sentidos, no caso da
saúde, pertence tanto ao SUS como às instituições formadoras de suas
profissões. Cabe ao SUS e às instituições formadoras coletar, sistematizar,
analisar e interpretar permanentemente informações da realidade, problematizar
o trabalho e as organizações de saúde e de ensino, e construir significados e
práticas com orientação social, mediante participação ativa dos gestores setoriais,
formadores, usuários e estudantes.
Em publicação anterior, Ceccim (Ceccim e Bilibio, 2002) afirmava que,
na formação que temos feito no Brasil a título de aprendizagem significativa,
encontramos registro sobre a relevância da integração ensino - serviço. Mas
praticamente inexiste o registro sobre a relevância e necessidade da integração
ensino - serviço - gestão - controle social e a articulação com o movimento
estudantil de graduação nas profissões da saúde. Afirmava também que ainda
podem ser caracterizadas como inovadoras as experiências integradas entre
gestores, formadores, usuários e estudantes, com o objetivo de qualificar a
formação dos trabalhadores para as reais necessidades de saúde.Aexperiência
acumulada de mudança na formação, dentro e fora do país, se centra na tríade
instituições de ensino - instituições de serviço - associações científico-
profissionais, ou pela tríade ensino - serviço - comunidade (Feuerwerker,
2002, p. 280-285; Ceccim e Bilibio, 2002, p. 347).
Naquela publicação, como agora, se destaca que o componente serviço
não pode se restringir à noção de práticas de atenção. Deve revelar uma
estrutura de condução das políticas, a gerência do sistema e organização de
conhecimentos do setor. Da mesma forma, a atenção não pode informar apenas
o domínio de habilidades em fisiopatologia ou busca de evidências, recaindo
sobre a alteridade com os usuários das ações e serviços de saúde e a produção
de sentidos nos atos de cuidar, tratar e acompanhar, sejam problemas de saúde,
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PHYSIS: Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 14(1):41-65, 2004 47
seja a promoção de melhor qualidade de vida.
Propunha-se, na mesma publicação, o componente comunidade como
algo diferente da interação com a população, pela introdução da noção de
relevância e responsabilidade social do ensino: á formação como um direito
social e dever do Estado. A formação tecnoprofissional, a produção de
conhecimento e a prestação de serviços pelas instituições formadoras somente
fazem sentido quando têm relevância social. O ensino em saúde guarda o
mandato público de formar segundo as necessidades sociais por saúde da
população e do sistema de saúde, devendo estar aberto à interferência de
sistemas de avaliação, regulação pública e estratégias de mudança.
Por último, no componente ensino, além do reconhecimento dos
dirigentes e docentes como atores das instituições formadoras, destaca-se a
articulação com o movimento estudantil, como ator político diferente das
instituições formadoras. Seu protagonismo deve ser incentivado como
movimento político de construção de inovações ao ensino e de sentido aos
serviços de saúde. Dessa reflexão nasceu, em 2003, o conceito de quadrilátero
da formação: ensino - gestão - atenção - controle social. A qualidade da
formação passa a resultar da apreciação de critérios de relevância para o
desenvolvimento tecnoprofissional, o ordenamento da rede de atenção e a
alteridade com os usuários.
Por que é tão importante essa noção quadrilátera para a política de
formação? Cada face libera e controla fluxos específicos, dispõe de
interlocutores específicos e configura espaços-tempos com diferentes
motivações. Então, ao disputar uma apreciação crítica da formação que fazemos
e uma formação com vigor político para um processo de mudanças na realidade,
nos deparamos com a necessidade de ativar certos processos e controlar outros.
Formar sempre foi muito diferente de informar, mas parece que facilmente
caímos nessa armadilha. Como formar sem colocar em análise o ordenamento
das realidades? Como formar sem colocar em análise os vetores que forçam o
desenho das realidades? Como formar sem ativar vetores de potência contrária
àqueles que conservam uma realidade dada que queremos modificar?
Cada face comporta uma convocação pedagógica, uma imagem de
futuro, uma luta política e uma trama de conexões. Cada interseção resulta em
trajetos formativos postos em ato. Merhy (1994) percebe isso quando afirma
que a busca da qualidade dos serviços de saúde está em aproveitar os ruídos
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Ricardo Burg Ceccim e Laura C. M. Feuerwerker
PHYSIS: Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 14(1):41-65, 2004
do cotidiano dos serviços e colegiadamente reorganizar o processo de trabalho.
Para Merhy (1997), não se pode admitir ou propor a captura do trabalho em
saúde pela lógica dos saberes e práticas expressos nos equipamentos e técnicas
estruturados. Podemos dizer que o objeto da saúde não é objetificável, que
não pode ser reificado. Para Merhy, as tecnologias de ação mais estratégicas
em saúde configuram processos de intervenção em ato, operando tecnologias
de relações. O trabalho em saúde promove processos de subjetivação, está
além de práticas e saberes tecnológicos estruturados.
4. Aspectos da Interinstitucionalidade e da Intra-institucionalidade na
Ordenação da Formação para a Área da Saúde
Escolher uma perspectiva de análise que coloca em lugar central as
responsabilidades institucionais com a qualidade dos serviços sob controle social
permite propor que as instituições formadoras não possam existir
independentemente de regulação pública e da direção política do SUS. Esse
sistema está constitucionalmente comprometido com o ordenamento da
formação e submetido ao controle social. Não pode, portanto, o ordenamento
informar ações regulatórias de caráter formalista, administrativista ou de
distribuição de vagas ou ritos burocráticos de autorização para a abertura de
cursos.
As instituições formadoras devem prover os meios adequados à
formação de profissionais necessários ao desenvolvimento do SUS e a sua
melhor consecução, permeáveis o suficiente ao controle da sociedade no setor,
para que expressem qualidade e relevância social coerentes com os valores de
implementação da reforma sanitária brasileira.
O controle social em saúde possui dois dispositivos importantes para
orientar os sentidos da formação. Previstos em lei específica sobre a participação
ativa da sociedade na direcionalidade do setor, esses dispositivos são os conselhos
de saúde - instâncias de caráter permanente - e as conferências de saúde -
convocadas em intervalos de quatro anos (Côrtes, 2002). Os conselhos têm-se
configurado desde a esfera nacional (Conselho Nacional de Saúde) até as
esferas de serviço (Conselhos Gestores de Unidades/Programas), passando
por esferas regionais, micro e macrorregionais, locais, distritais, municipais,
estaduais etc.
O controle social não se contrapõe à autonomia das instituições
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formadoras, uma vez que essa autonomia não pode implicar independência das
políticas públicas e da regulação de Estado, ou a desobrigação de prestar contas
sobre a forma com que respondem aos interesses públicos e à tarefa social de
formar as novas gerações de profissionais. A propalada autonomia não é uma
soberania institucional4
. Sendo a formação uma tarefa socialmente necessária,
ela deve guardar para com a sociedade compromissos ético-políticos. Portadora
de futuro, a formação não pode estar atrelada aos valores tradicionais, mas ao
movimento de transformações na sociedade, e ser capaz de sofisticada escuta
aos valores em mutação. Nesse sentido, a autonomia deve buscar, sempre,
atender a interesses coletivos e à construção de novidade em saberes e em
práticas.
Para a área da saúde, entretanto, a formação não apenas gera
profissionais que possam ser absorvidos pelos postos de trabalho do setor. O
trabalho em saúde é um trabalho de escuta, em que a interação entre profissional
de saúde e usuário é determinante da qualidade da resposta assistencial. A
incorporação de novidade tecnológica é premente e constante, e novos processos
decisórios repercutem na concretização da responsabilidade tecnocientífica,
social e ética do cuidado, do tratamento ou do acompanhamento em saúde. A
área da saúde requer educação permanente.
A educação permanente parte do pressuposto da aprendizagem
significativa (que promove e produz sentidos) e propõe que a transformação
das práticas profissionais deva estar baseada na reflexão crítica sobre as práticas
reais de profissionais reais em ação na rede de serviços (Haddad, Roschke e
Davini, 1994). Portanto, os processos de qualificação do pessoal da saúde
deveriam ser estruturados a partir da problematização do seu processo de
trabalho. Seu objetivo deve ser a transformação das práticas profissionais e da
própria organização do trabalho, tomando como referência as necessidades de
saúde das pessoas e das populações, da gestão setorial e do controle social em
saúde.
Para Haddad, Roschke e Davini (1994), considerando-se os textos
organizados na coletânea sobre educação permanente em saúde, que
empreenderam ao propor tal concepção e desafio de gestão estratégica setorial
para a Organização Pan-Americana da Saúde, a formação profissional exige
continuidade. Entretanto, enquanto a educação continuada aceita o acúmulo
sistemático de informações e o cenário de práticas como território de aplicação
da teoria, a educação permanente entende que o cenário de práticas informa e
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Ricardo Burg Ceccim e Laura C. M. Feuerwerker
PHYSIS: Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 14(1):41-65, 2004
recria a teoria necessária, recriando a própria prática.
Uma formação, assim colocada, envolve a mudança das estratégias
de organização e do exercício da atenção, que passam a ser problematizadas
na prática concreta dos profissionais em terreno e dos quadros dirigentes. As
demandas para educação em serviço não se definem somente a partir de uma
lista de necessidades individuais de atualização, nem das orientações dos níveis
centrais, mas prioritariamente a partir dos problemas da organização do trabalho,
considerando a necessidade de prestar atenção relevante e de qualidade, com
integralidade e humanização, e considerando ainda a necessidade de conduzir
ações, serviços e sistemas com produção em rede e solidariedade intersetorial.
É a partir da problematização do processo e da qualidade do trabalho - em
cada serviço de saúde - que são identificadas as necessidades de qualificação,
garantindo a aplicabilidade e a relevância dos conteúdos e tecnologias
estabelecidas.
A lógica da educação permanente é descentralizadora, ascendente e
transdisciplinar. Essa abordagem pode propiciar: a democratização institucional;
o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, da capacidade de docência
e de enfrentamento criativo das situações de saúde; de trabalhar em equipes
matriciais e de melhorar permanentemente a qualidade do cuidado à saúde,
bem como constituir práticas técnicas críticas, éticas e humanísticas.
Desse modo, transformar a formação e a gestão do trabalho em saúde
não podem ser consideradas questões simplesmente técnicas, já que envolvem
mudança nas relações, nos processos, nos atos de saúde e, principalmente, nas
pessoas. São questões tecnopolíticas e implicam a articulação de ações para
dentro e para fora das instituições de saúde, na perspectiva de ampliação da
qualidade da gestão, do aperfeiçoamento da atenção integral, do domínio do
conceito ampliado de saúde e do fortalecimento do controle social no sistema.
A ordenação da formação para a área da saúde como política pública
afirma a perspectiva da construção de espaços locais, microrregionais e regionais
com capacidade de desenvolver a educação das equipes de saúde, dos agentes
sociais e de parceiros intersetoriais para uma saúde de melhor qualidade.
Em todos esses âmbitos, deverão ser trabalhados os elementos que
conferem à “integralidade do atendimento de saúde” (diretriz constitucional)
forte capacidade de impacto sobre a atenção à saúde. Estes são essenciais
para a superação dos limites da formação e das práticas tradicionais de saúde:
11. O Quadrilátero da Formação para a Área da Saúde: ...
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acolhimento, vínculo, responsabilização dos profissionais para com os problemas
de saúde sob seu cuidado, desenvolvimento da autonomia dos usuários e
resolutividade da atenção (Merhy e Onocko, 1997; Cecílio, 1994). A
integralidade da atenção envolve a compreensão da noção de ampliação da
clínica, o conhecimento sobre a realidade, o trabalho em equipe multiprofissional
e transdisciplinar e a ação intersetorial. Completa a integralidade do atendimento,
a noção de humanização (Kunkel, 2002), recuperando para a produção do
conhecimento e configuração da formação, a reconciliação entre o
conhecimento científico e as humanidades, entre ciência da saúde e arte da
alteridade.
Serres (1993, p. IX)5
pergunta: “como aconteceu de as ciências
humanas ou sociais não falarem jamais sobre o mundo, como se os grupos
permanecessem no vazio (...). Como as ciências ditas duras deixam os homens
de lado?”. O autor quer que nos interroguemos: “como nossos principais saberes
se perpetuam hemiplégicos?”. Afirma que será preciso fazer com que os
saberes aprendam “a caminhar com os dois pés, a utilizar as duas mãos”. Para
Serres, essa mestiçagem designa corpos completados, ainda que cause horror
“aos filósofos da pureza”. Como duas populações, de um lado as ciências
sociais ou naturais, donde a saúde, e, de outro, as humanidades, donde a arte, a
alteridade, as sensibilidades e os afetos. A atenção à saúde requer ambas,
reconciliação, uma pedagogia mestiça (Ferla, 2002).
Para alcançar a atenção integral à saúde, com base nas necessidades
sociais por saúde, a atenção básica cumpre um papel estratégico na dinâmica
de funcionamento do SUS, por seu estabelecimento de relações contínuas com
a população. Em todas as suas modalidades de operação, a atenção básica
deve buscar a atenção integral e de qualidade, a resolutividade e o fortalecimento
da autonomia das pessoas no cuidado à saúde, estabelecendo articulação
orgânica com o conjunto da rede de serviços. Esta, entretanto, precisa incorporar
a noção de Atenção Integral à Saúde6
, entendendo a rede de ações e serviços
como “cadeia de cuidado progressivo à saúde” (Cecílio, 1997), onde não haja
dicotomia entre os diversos âmbitos da rede única do SUS. A educação em
serviço é uma proposta apropriada para trabalhar a construção desse modo de
operar o sistema, pois permite articular gestão, atenção, ensino e controle social
no enfrentamento dos problemas concretos de cada equipe de saúde em seu
território geopolítico de atuação.
A educação permanente em saúde interpõe, nesta vertente, a reflexão
12. 52
Ricardo Burg Ceccim e Laura C. M. Feuerwerker
PHYSIS: Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 14(1):41-65, 2004
crítica sobre as práticas assistenciais e de gestão. Pode-se/deve-se realizar a
educação aplicada ao trabalho (capacitações tradicionais), mas também a
educação que pensa o trabalho e a educação que pensa a produção do mundo.
Em ambos os casos, podem-se/devem-se inserir fluxos à reflexão crítica.
Se a responsabilidade dos serviços de saúde no processo de
transformação das práticas profissionais e das estratégias de organização da
atenção à saúde levar ao desenvolvimento da proposta da educação em serviço,
como um recurso estratégico para a gestão do trabalho e da educação na
saúde, não se tratará de organizar um menu de cursos ou pacotes programáticos
pontuais, mas sempre o ordenamento do processo formativo e a educação
permanente em saúde. Muitas vezes, cursos necessários ao pessoal de serviços
são ainda mais necessários ao pessoal docente para instalar sustentabilidade
pedagógica locorregional, buscando fortalecer e levar para dentro da educação
superior e profissional os valores éticos, técnicos, humanísticos e organizacionais
aqui mencionados.
A interinstitucionalidade e a locorregionalização expressam a
diversidade de atores sociais envolvidos no processo da educação permanente,
quer seja como dirigentes, profissionais em formação, trabalhadores, usuários
das ações e serviços de saúde ou estudantes. A partir deles é que se podem
definir as exigências de aprendizagem em cada equipe, serviço e esfera de
gestão.
A multiplicidade de interesses e pontos de vista existentes nos territórios
locorregionais deixa clara também a necessidade de negociação e pactuação
política nesse processo de estabelecimento de orientações concretas para a
educação permanente em saúde. O núcleo central da política de formação
para a área da saúde é constituído pela própria população. Suas necessidades
sanitárias e mesmo de educação para a gestão social das políticas públicas de
saúde devem ser contempladas, promovendo-se o desenvolvimento da autonomia
diante das ações, dos serviços e dos profissionais de saúde. Para que sejam
identificados os efeitos das ações desenvolvidas, deve-se prever mecanismos
de avaliação dos processos de educação permanente em saúde, bem como
mecanismos de monitoramento que possibilitem ordenar e/ou reordenar cada
articulação interinstitucional na política de formação para a área da saúde. A
avaliação, segundo Silva e Brandão (2003), tem a capacidade de forjar novas
organizações e novas realidades a partir da realidade avaliada, colocando os
programas sob avaliação em processo de geração de conhecimento e de
13. O Quadrilátero da Formação para a Área da Saúde: ...
PHYSIS: Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 14(1):41-65, 2004 53
práticas.
A avaliação e o monitoramento deverão considerar como condição
relevante a territorialização política e social das necessidades em saúde, de
modo a permitir a compatibilização da formação com as intervenções
epidemiológicas, demográficas e culturais necessárias em cada população
territorializada. Ao eleger as necessidades em saúde e a cadeia do cuidado
progressivo à saúde como fatores de exposição às aprendizagens e para o
processo de educação permanente, os diversos atores em formação deverão
desenvolver novas propostas pedagógicas, que sejam capazes de mediar a
construção do conhecimento e dos perfis subjetivos, nessa perspectiva.
Serão necessários novos mecanismos de planejamento e gestão para
que os serviços possam ser espaços de aprendizagem. Especial atenção deve
ser dada à formulação de novos pactos de trabalho, capazes de absorver as
demandas de cuidado às pessoas e populações, o ensino e a produção do
conhecimento nos espaços locais e no conjunto da rede de atenção à saúde.
Na perspectiva da educação permanente e da significação dos processos de
formação pelas necessidades sociais em saúde, integralidade do atendimento e
rede de cuidados, é necessário que as instituições formadoras também realizem
importantes iniciativas inovadoras na área do planejamento e da gestão
educacionais.
Articulações interinstitucionais precisam ser providenciadas e apoiadas
pelo SUS, para que a educação permanente em saúde constitua espaços de
planejamento, gestão e mediação. E ainda para que as diretrizes políticas de
ordenação da formação na área da saúde se materializem de forma agregadora
e com direcionalidade pelo interesse público, em sintonia com as peculiaridades
locorregionais.
O conjunto de atores envolvidos se constituirá como interlocutor
permanente nos diálogos necessários à construção das propostas e das correções
de trajetória se dispositivos de gestão e controle social forem organizados. Na
experiência brasileira, apresentada pelo Ministério da Saúde, isso passou a ser
designado, em 2003, como Pólos de Educação Permanente em Saúde (Portaria
Ministerial no
198/2004).
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Ricardo Burg Ceccim e Laura C. M. Feuerwerker
PHYSIS: Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 14(1):41-65, 2004
5. Implementação Operacional do Quadrilátero da Formação: Educação
Permanente em Saúde como Política Pública Nacional
De acordo com a Norma Operacional Básica sobre Recursos Humanos
do Sistema Único de Saúde (NOB/RH-SUS), a qualidade da atenção à saúde
está relacionada com a formação de pessoal específico, que disponha do domínio
tanto de tecnologias para a atenção individual de saúde, quanto para a saúde
coletiva. Segundo esse documento, resultado da ação direta do Conselho
Nacional de Saúde7
na formulação de uma proposta política para a área, novos
enfoques teóricos e de produção tecnológica no campo da saúde passaram a
exigir novos perfis profissionais. Por isso, tornou-se imprescindível e obrigatório
o comprometimento das instituições de ensino em todos os níveis, desde o
ensino fundamental, com o SUS e com o projeto tecnoassistencial definido nas
Leis n. 8.080/90 e 8.142/90.
Para a NOB/RH-SUS, uma formulação de diretrizes curriculares deve
contemplar: as prioridades expressas pelo perfil epidemiológico e demográfico
das várias regiões do país; a implementação de uma política de formação de
docentes orientada para o SUS; a formação de gestores capazes de romper
com os atuais paradigmas de gestão e a garantia de recursos necessários ao
desenvolvimento do ensino, da pesquisa e da extensão.
Em setembro de 2003, o Ministério da Saúde, por meio de seu
Departamento de Gestão da Educação na Saúde, apresentou e aprovou, junto
ao Conselho Nacional de Saúde, a “Política de educação e desenvolvimento
para o SUS: caminhos para a educação permanente em saúde”. Esta tem
como objetivo atender aos requisitos citados na NOB/RH-SUS, propondo-se a
conquistar relações orgânicas entre as estruturas de gestão da saúde (práticas
gerenciais e organização da rede), as instituições de ensino (práticas de
formação, produção de conhecimento e prestação de serviço), os órgãos de
controle social (conselhos de saúde, movimentos sociais e de educação popular)
e os serviços de atenção (profissionais e suas práticas). Elegeu como dispositivo
de gestão o citado Pólo de Educação Permanente em Saúde: instâncias
locorregionais de articulação interinstitucional para a gestão da educação em
serviço.
A proposta apresentada pelo Departamento de Gestão da Educação
na Saúde, do Ministério da Saúde, supõe a integração entre ensino e serviço,
formação e gestão setorial e desenvolvimento institucional e controle social
15. O Quadrilátero da Formação para a Área da Saúde: ...
PHYSIS: Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 14(1):41-65, 2004 55
(Ceccim, 2003; Feuerwerker, 2003). Deste ponto de vista, o gestor federal,
proponente da educação permanente em saúde para o SUS, desencadeou um
processo de constituição de uma gestão colegiada da educação permanente
em saúde. Para o gestor federal do SUS, uma articulação interinstitucional
para a educação permanente, com uma gestão colegiada, quebra a regra da
verticalidade única e hierarquizada nos fluxos organizativos. Também supera a
racionalidade gerencial hegemônica e a tradicional concepção educativa dos
treinamentos para pessoal de serviço.
Acreditamos que, com a gestão colegiada (Campos, 2000), como uma
roda de co-gestão da educação permanente em saúde, se instituirá novidade
aos atores em parceria. Serão viabilizados novos arranjos e estruturas
organizativas, que possam estar fortemente comprometidas com o projeto ético-
político da Reforma Sanitária Brasileira, segundo uma ética de planejamento e
de gestão descentralizados.
Não é demais sugerir que, quando a Constituição Federal incorporou
essa ética na lei, emprestou à expressão “regionalização e hierarquização” o
sentido da luta política de universalização do direito à saúde: acessibilidade e
resolutividade (aproximar ao máximo as ações e serviços de cada população -
regionalizar - e elevar ao máximo a capacidade de resposta de cada âmbito da
atenção - hierarquizar). A regionalização e a hierarquização devem acontecer
sob o desígnio da rede única e sob três diretrizes: comando único por esfera de
governo, atendimento integral capaz de enfatizar as ações coletivas da atenção
básica e participação organizada da população (Ceccim e Armani, 2002).
É importante destacar que o desafio da roda, em lugar da verticalidade,
como nos organogramas de hierarquia, impõe não apenas a mudança na
estrutura, mas na imagem/concepção do sistema e de sua condução (Campos,
2000). A concepção padrão é a da pirâmide, tanto na imagem conhecida da
relação entre hospitais e serviços de atenção básica, quanto na visibilidade dos
chamados níveis centrais. A idéia e a imagem do nível revelam subordinação,
atentam contra o princípio do Estado configurado em entes federados que se
comunicam sem hierarquia (negociam e pactuam) - daí a importância de propor
outra relação, que produza outra imagem. Com essa nova imagem, esperamos
nova aprendizagem sobre o Estado brasileiro, sobre a capacidade da
interinstitucionalidade e sobre a potência da intersetorialidade.
Não há motivos para repetir a hierarquia organizacional da racionalidade
gerencial hegemônica, para mudá-la por dentro em seus atos. A gestão colegiada
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deve explicitar o compromisso com a mudança, suprimindo a imagem da
pirâmide e a noção de níveis de gerenciamento, trazendo para a cena a
capacidade de valorizar o potencial de mobilização e de desestabilização das
estruturas tradicionais. Quando um município se compromete com a educação,
temos novidade de Estado; quando uma instituição formadora se compromete
com a gestão da saúde, temos uma novidade de Estado; quando estados se
colocam em mediação pedagógica com municípios e instituições formadoras,
temos uma novidade de Estado; quando a formação reúne educação superior,
educação técnica, educação básica e educação popular, temos enorme novidade
de Estado.
As instituições formadoras e os municípios, no caso da formação para
a área da saúde, possuem a condição de reconstituírem a si mesmos, pois
tradicionalmente um é o campo de exercício do ensino, e o outro o campo de
exercício dos serviços. Quanto maior o comprometimento dessas instâncias,
maior a imposição ética de mudarem a si mesmas. A educação em serviço
reconhece os municípios como fonte de vivências, autorias e desafios, lugar de
inscrição das populações, das instituições formadoras, dos projetos político-
pedagógicos, dos estágios para estudantes e de mobilização das culturas. A
educação permanente em saúde/educação em serviço contribui para interfaces,
interações e intercomplementaridades entre estados e municípios na construção
de um sistema único para a saúde, incentivando todos os processos de gestão
descentralizada e colegiada do SUS, no tocante à construção e à produção de
conhecimento no interesse do SUS. A idéia da locorregionalização vem para
contribuir para a localização dos papéis responsáveis da União, dos estados e
dos municípios, na montagem de sistemas de saúde com capacidade de atenção
integral e humanizada as populações.
A mudança somente repercutirá na formação e na atenção quando
todas as instâncias estiverem centralmente comprometidas. Entretanto, dentro
de um colegiado, todas as instituições têm poder igual e, assim, as instâncias de
gestão exercem sua própria transformação, desenvolvendo compromissos com
a inovação da gestão democrática e horizontal e contextualizada na realidade
concreta onde estão inseridas. A roda a ser caracterizada para a gestão
colegiada tem natureza política e crítico-refexiva. Quando os executores das
ações passarem a ser cada instituição ou arranjos entre instituições integrantes
da roda, ou conforme debate nela ocorrido, começará a ruir a concepção de
que a boa produção de conhecimento, a boa formação profissional e a boa
cooperação técnica possam ser alheias à realidade locorregional e firmadas
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PHYSIS: Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 14(1):41-65, 2004 57
numa ciência superior a essa realidade.
A roda (reafirmando: articulação interinstitucional e locorregional),
agora, podemos melhor colocar, não representa apenas um mecanismo mais
democrático e participativo de gestão, é um dispositivo de criação local de
possibilidades (neste tempo e lugar). Por não ser meramente um arranjo
gerencial, lhe cabe cartografar a realidade a que se refere e operar processos
pedagógicos de ordenamento da rede de atenção, de permeabilidade às práticas
populares, de qualificação das práticas pela integralidade da atenção e de
produção de aprendizagens significativas, pela alteridade com as pessoas,
histórias de vida e histórias culturais que buscam as ações, os serviços e os
sistemas de saúde. A roda serve para alimentar circuitos de troca, mediar
aprendizagens recíprocas e/ou associar competências. É por estarem em roda
que os parceiros criam possibilidades à realidade, recriam a realidade e/ou
inventam realidades segundo a ética da vida que se anuncia nas bases em que
são geradas.
A cooperação financeira recupera o objetivo de ampliar os recursos
de poder dos grupos condutores da mudança, conferindo-lhes governabilidade
para executar ações estratégicas na construção da mudança em seu território
específico.
Especificamente em relação ao ensino, o objeto desejável da mudança
é menos relativo aos currículos, papel de responsabilidade do setor da educação,
e mais dirigido à orientação dos cursos. O apoio à mudança no ensino pode e
deveria ter como objetivo o engendramento de novas relações de compromisso
e responsabilidade entre as instituições formadoras e o SUS. Novas relações
de compromisso e responsabilidade incluem, necessariamente, a implementação
das diretrizes curriculares nacionais para os cursos de graduação do grupo de
ciências da saúde, por seu modo ímpar de produção. Novamente aqui, há um
papel importante do controle social na área da saúde, uma vez que o Conselho
Nacional de Saúde interpôs decisivamente sua opinião junto ao Conselho
Nacional de Educação, abrindo, de maneira inédita, uma audiência pública com
as entidades de ensino das profissões de saúde para a versão final das Diretrizes
Curriculares Nacionais (Maranhão e Silva, 2001; Rosenblatt et al., 2001; Costa
et al., 2001; Arruda e Siqueira Campos, 2001).
De outra parte, podem e deveriam ser incluídas iniciativas relativas: à
participação ativa das instituições formadoras, em projetos locorregionais de
educação permanente em saúde; ao estabelecimento de projetos de cooperação
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técnica para o desenvolvimento de capacidades e competências locais junto
aos sistemas, ações e serviços de saúde; à produção de conhecimento relevante
para a consolidação e o avanço do SUS desde as bases locais, passando por
construções locorregionais, até as bases estaduais e nacional; à construção de
um ensino em saúde de maneira articulada e negociada com o SUS. Ainda,
deveria ser estabelecida uma agenda de cooperação institucional que
contribuísse tanto para o provimento e fixação de profissionais de saúde pelos
vários locais de vida em nosso país, como para a qualificação da gestão local e
locorregional do SUS em descentralização, por todos os territórios do país.
Com a cooperação técnica, financeira e/ou operacional para as
instituições formadoras que se dispuserem a entrar em processos de mudança
que levem a um trabalho articulado com o sistema de saúde e com a população,
à adoção de metodologias ativas de ensino-aprendizagem e à formação geral -
crítica e humanística -, poder-se-ia providenciar, como prevêem a NOB/RH-
SUS e as Diretrizes Curriculares Nacionais, o desenvolvimento da orientação
ao Sistema Único de Saúde e a perspectiva da multiprofissionalidade e
transdisciplinaridade, sob a referência de ampliação da clínica em saúde (o
trabalho em equipe, a integralidade da atenção à saúde e a responsabilização
da gestão).
A cooperação cumpriria os objetivos de apoiar os processos de
mudança, ajudando as instituições formadoras ou atores dessas instituições a
terem uma compreensão mais ampla do processo de mudança e de sua
condução estratégica. Serviria, também, para alimentar o debate e abrir
possibilidades de qualificação em torno de temas importantes para a mudança,
tais como: ampliação da clínica, trabalho em equipes multiprofissionais e
transdisciplinares, metodologias ativas de ensino-aprendizagem e metodologias
de avaliação da educação permanente.
Se, por um processo de adesão, forem mobilizadas as instituições
formadoras, então poder-se-ia captar a inclusão de cursos de todas as carreiras
de saúde interessadas e em condições de aderir à proposta de mudança. A
pactuação de compromisso com as carreiras das áreas de humanidades e de
gestão pública poderia, ainda, ampliar o desenvolvimento da abordagem sobre
saúde e sociedade, planificação e administração, epidemiologia social e saúde
das populações, estabelecendo a realidade do trabalho interinstitucional e
intersetorial.
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PHYSIS: Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 14(1):41-65, 2004 59
6. Conclusão
A educação permanente em saúde, incorporada ao cotidiano da gestão
setorial e da condução gerencial dos serviços de saúde, colocaria o SUS como
um interlocutor nato das instituições formadoras, na formulação e
implementação dos projetos político-pedagógicos de formação profissional, e
não mero campo de estágio ou aprendizagem prática.
A noção de gestão colegiada, mecanismo de gestão proposto pelo
Departamento de Gestão da Educação na Saúde, do Ministério da Saúde, para
a educação em serviço, faz com que todos sejam convidados a participar de
uma operação conjunta em que usufruem do protagonismo e da produção
coletiva. Sai a arquitetura do organograma para entrar a dinâmica da roda.
Sem a pirâmide composta por uma base larga de municípios, depois os estados
nos níveis intermediários e, no topo, a União - um desenho clássico de comando
-, abre-se o desafio que permite a entrada das instituições formadoras, do
movimento estudantil e do movimento popular. Todos os que entram na roda
têm poderes iguais sobre o território de que falam.AUnião e os estados teriam
que problematizar para si a função de coordenação descentralizadora e os
municípios e as instituições formadoras teriam a função execução significativa
para o sistema e não para a produtividade intelectual e assistencial. Enquanto
os últimos são os lugares de produção da atenção aos grupos sociais
territorializados, os anteriores são os apoiadores de ativação para que essa
atenção seja integral e resolutiva.
A imagem do quadrilátero da formação para a área da saúde - ensino
/ gestão setorial / práticas de atenção / controle social - propõe construir e
organizar uma educação responsável por processos interativos e de ação na
realidade para operar mudanças (desejo de futuro), mobilizar caminhos (negociar
e pactuar processos), convocar protagonismos (pedagogia in acto) e detectar
a paisagem interativa e móvel de indivíduos, coletivos e instituições, como cenário
de conhecimentos e invenções (cartografia permanente). No quadrilátero estão
aspectos éticos, estéticos, tecnológicos e organizacionais, operando em
correspondência, agenciando atos permanentemente reavaliados e
contextualizados.
Uma política de educação assim terá, sabemos, muita dificuldade de
aceitação e compreensão pelo Estado instituído nas nossas políticas públicas
administrativas vigentes. Na tecnoburocracia dura ou leve com que convivemos
nas consciências atuais de dirigentes, docentes e/ou conselheiros de saúde, o
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esforço é ainda maior: não falamos de um artifício arquitetônico, falamos de
uma dinâmica. Uma dinâmica instaura a decisão e a avaliação em moto
contínuo: está em questão a responsabilidade e não a formalidade. A roda, o
dispositivo de gestão dessa anunciada formação, não preexiste ao seu arranjo
em movimento. Assim, é na instabilidade (ou metaestabilidade) que serão
tentados os acordos provisórios. Um processo de valorização, ativação e
mutação das potências locais não pode originar atos desde as capacidades
instaladas, mas desde as capacidades em processo de reinvenção, de descoberta
e até em auto-análise. O movimento da roda terá de ser o de seguir e respeitar
multiplicidades, em busca de resultados responsáveis.
Como viabilizar, desde o Estado instituído, a cooperação técnica,
financeira e operacional com instâncias estratégicas em estado de potência,
em vias de se fazer ou de se tornar, isto é, em estado instituinte, é a tarefa da
hora e, provavelmente, de um novo ensaio.
É da imagem de futuro que temos, que percebemos a necessidade de
o controle social assumir ativamente o papel de agente responsável por pleiteá-
lo. É da democracia em ato - exercício do controle social - que a novidade de
Estado anunciada pelo sistema de saúde brasileiro tem sua potencialidade
mobilizada em realidade, em específico no caso da formação para a área da
saúde.
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SERRES, M. Filosofia mestiça: le tiers instruit. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
1993.
SILVA, R. R.; BRANDÃO, D. Os quatro elementos da avaliação. Olho
Mágico, v. 10, n. 2, p. 59-66, abr./jun. 2003.
NOTAS
1
Mestre e doutor em Educação e Saúde, professor de Educação em Saúde, Programa de Mestrado e
Doutorado em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul; diretor do Departamento de
Gestão da Educação na Saúde do Ministério da Saúde.
2
Mestre e doutora em Saúde Pública; pesquisadora da Rede Unida; coordenadora de Ações Estratégicas
de Educação na Saúde, Departamento de Gestão da Educação na Saúde do Ministério da Saúde.
3
É o caso da reforma universitária.
4
Sobre o tema da autonomia universitária, convém lembrar que, durante os anos da ditadura, o
movimento estudantil disputava fortemente a autonomia, entendendo-a como preservação da
liberdade de pensamento na produção de conhecimento e formação das novas gerações profissionais.
Estava em questão a preservação da escuta da sociedade, suas necessidades e mutações da cultura;
nunca a independência e descolamento da sociedade e de seus fóruns democráticos de formulação e
participação direta; em hipótese alguma a dissociação com as lutas e causas sociais.
5
Serres se refere a sua obra anterior, Eclaircissements (1992).
6
Propomos a Atenção Integral à Saúde como noção à aceitação ativa das histórias de vida,
familiares e culturais na conformação das necessidades de saúde e na configuração dos estados
singulares de adoecimento de cada pessoa para o conjunto da rede de serviços e não apenas na
atenção básica. Implica que todo o sistema de saúde seja capaz de acolher (respeitar, valorizar e
compreender) e responsabilizar-se (responder com qualidade em alguma medida e dar garantia de
proteção à saúde) pelas necessidades dos usuários e não apenas por diagnosticar e tratar segundo os
padrões técnicos definidos pelos profissionais e pelos serviços, como numa hierarquia dos problemas
anátomo-clínicos e/ou fisiopatológicos. A noção ou imagem de uma cadeia do cuidado progressivo
24. 64
Ricardo Burg Ceccim e Laura C. M. Feuerwerker
PHYSIS: Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 14(1):41-65, 2004
à saúde propõe, então, a garantia do acesso a todas as tecnologias disponíveis para enfrentar as
doenças e prolongar a vida, pensando o sistema de saúde desde a atenção básica até o hospital
universitário e a articulação entre todas as ações e serviços. A população jamais flui de forma
organizada entre os serviços, e a formalização da referência e contra-referência jamais se coaduna
com a realidade das pessoas e dos serviços. Não há por que idealizar essas condições e sistematicamente
negar a realidade, as crenças e os valores, impondo fluxos obrigatórios e responsabilizando sempre
os outros âmbitos pela insuficiência da atenção de saúde em cada esfera da assistência. O que se
observa em geral nas propostas de hierarquia de complexidade crescente é uma postura prescritivista
e um racionalismo funcionalista, como se para todas as pessoas a compreensão do sistema de saúde
fosse a mesma e os padrões de adoecimento fossem os mesmos. Em todos os âmbitos das ações e
serviços de saúde, deve-se ter a preocupação com a necessidade de oferecer informação e
conhecimento suficiente para que as pessoas possam alcançar a máxima autonomia no seu próprio
cuidado e na relação com os profissionais e com os serviços de saúde. Devem ter acesso ainda a
todas as tecnologias de saúde - os cuidados progressivos de uma tecnologia a outra, mas em uma
cadeia de cuidados, não em uma rede de encaminhamentos em que cada profissional ou serviço que
encaminha se desresponsabiliza, acusa outros âmbitos ou se considera dispensado da escuta à
pessoa. A participação dos usuários, e não o racionalismo burocrático, deve ter poder disciplinador
sobre os vários desenhos organizativos da atenção e sobre as condições de estruturação do sistema.
7
A NOB/RH-SUS é um documento referencial para informar a ação normativa do SUS. Pertence à
deliberação do Conselho Nacional de Saúde e recomenda à Comissão Intergestores Tripartite a
elaboração de uma Norma Operacional Básica de caráter nacional para a gestão do trabalho e da
educação no SUS, bem como o encaminhamento dessa carta de princípios e diretrizes às Comissões
Intergestores Bipartites, para as adequações às realidades estaduais e regionais. A elaboração desse
instrumento foi decisão do Conselho Nacional de Saúde, decorrente dos debates e resoluções da 10a
Conferência Nacional de Saúde, também para a área de recursos humanos, e propôs instrumentos
normativos com capacidade de orientar a gestão do sistema de saúde. Na 11a
Conferência Nacional
de Saúde, deliberou-se a necessidade de agregar gestores, trabalhadores e formadores em debate para
o aperfeiçoamento de tal instrumento referencial.
25. O Quadrilátero da Formação para a Área da Saúde: ...
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ABSTRACT
A Four-Way Approach to Training in the Health Field: Teaching,
Management, Care, and Social Control
This article presents the concept of a four-way approach to training in the
health field, based on teaching, management, care, and social control. Based
on an experiment under way as a training policy for the Unified National
Health System (SUS), the authors seek to formulate a toolbox theory allowing
a critical analysis of the education that has been implemented in the Brazilian
health sector and the establishment of challenging paths for training. The
image of a four-way training approach fosters the development and
organization of health education as an integral part of health system
management, reshaping the image of health management and health care
services and enhancing social control.
Key words: Continuing health education; health workers’ education; health
training and practices; health training policy-making; teaching in health.
Recebido em: 12/04/2004.
Aprovado em: 03/05/2004.