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ESTUDO E PESQUISA NA BIBLIOTECA
Apesar de não ser o responsável pela organização das prateleiras, cabe ao professor conhecer a
variedade de títulos e materiais disponível nas bibliotecas escolares para, como um
planejamento eficiente e estratégias pensadas, enriquecer o ensino dos conteúdos curriculares.
"O docente deve procurar saber quais são as possibilidades para a sua disciplina. Essa etapa vai
facilitar a discussão sobre o formato e o papel das atividades", afirma Lucila Martínez,
especialista que implementou políticas da área para governos latino-americanos pela
Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco).
Segundo ela, com a correta utilização das obras, é possível expandir o conhecimento da turma e
ampliar os horizontes dos estudantes, que sentirão necessidade de acessar outras estações,
como bibliotecas públicas. "Também é possível valorizar a produção própria dos alunos, que vão
ser representados entre os autores tradicionais, e estimular a leitura pelo prazer, em rodas de
leitura, por exemplo", complementa a especialista.
Pesquisas feitas pelo governo federal nos últimos anos já detectaram uma relação clara entre o
uso frequente do espaço e o bom desempenho dos estudantes. "A biblioteca escolar bem
utilizada funciona como uma potente ferramenta para o desenvolvimento do aluno, de sua
autonomia intelectual e também do processo de ensino e aprendizagem", afirma Marcelo
Soares, diretor de Políticas de Formação, Materiais Didáticos e de Tecnologias para a Educação
Básica, do Ministério da Educação (MEC).
Por meio de livros, mas também de revistas, mapas, atlas e materiais multimídia, o educador de
todas as disciplinas pode ampliar a bagagem das crianças, ensinar e fazê-las tomar gosto pelo
conhecimento e pela leitura. Confira, a seguir, as seis estratégias fundamentais para utilizar a
biblioteca escolar de forma mais eficaz com a turma.
Educação, cultura e informação
Educação engloba os
processos de ensinar
e aprender. É um
fenômeno observado
em qualquer
sociedade e nos
grupos constitutivos
destas, responsável
pela sua manutenção
e perpetuação a partir
da transposição, às
gerações que se
seguem, dos modos
culturais de ser, estar
e agir necessários à
convivência e ao
ajustamento de um
membro no seu grupo
ou sociedade.
Enquanto processo de sociabilização, a educação é exercida nos diversos espaços de convívio
social, seja para a adequação do indivíduo à sociedade, do indivíduo ao grupo ou dos grupos à
sociedade. Nesse sentido, educação coincide com os conceitos de socialização e
endoculturação, mas não se resume a estes.
Nivel de alfabetização pelo planeta inteiro: veja as desigualdades do sistema de ensino em cada
região do mundo, ampliando a imagem.
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A prática educativa formal — que ocorre nos espaços escolarizados, que sejam da Educação
Infantil à Pós Graduação — dá-se de forma intencional e com objetivos determinados, como no
caso das escolas. No caso específico da educação formal exercida na escola, pode ser definida
como Educação Escolar. No caso específico da educação exercida para a utilização dos
recursos técnicos e tecnológicos e dos instrumentos e ferramentas de uma determinada
comunidade, dá-se o nome de Educação Tecnológica. A educação sofre mudanças, das mais
simples às mais radicais, de acordo com o grupo ao qual ela se aplica, e se ajusta a forma
considerada padrão na sociedade. Mas, acontece também no dia-a-dia, na informalidade, no
cotidiano do cidadão. Nesse caso sendo ela informal.
Cultura (do latim colere, que significa cultivar) é um conceito de várias acepções, sendo a mais
corrente a definição genérica formulada por Edward B. Tylor, segundo a qual cultura é “aquele
todo complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos
os outros hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como membro da sociedade”. Em
Roma, na língua latina, seu antepassado etimológico tinha o sentido de “agricultura” (significado
que a palavra mantém ainda hoje em determinados contextos), como empregado por Varrão, por
exemplo.2 Cultura é também associada, comumente, a altas formas de manifestação artística
e/ou técnica da humanidade, como a música erudita europeia (o termo alemão “Kultur” – cultura
– se aproxima mais desta definição). Definições de cultura foram realizadas por Ralph Linton,
Leslie White, Clifford Geertz, Franz Boas, Malinowski e outros cientistas sociais. Em um estudo
aprofundado, Alfred Kroeber e Clyde Kluckhohn encontraram pelo menos 167 definições
diferentes para o termo cultura.
Por ter sido fortemente associada ao conceito de civilização no século XVIII, a cultura muitas
vezes se confunde com noções de: desenvolvimento, educação, bons costumes, etiqueta e
comportamentos de elite. Essa confusão entre cultura e civilização foi comum, sobretudo, na
França e na Inglaterra dos séculos XVIII e XIX, onde cultura se referia a um ideal de elite.3 Ela
possibilitou o surgimento da dicotomia (e, eventualmente, hierarquização) entre “cultura erudita”
e “cultura popular”, melhor representada nos textos de Matthew Arnold, ainda fortemente
presente no imaginário das sociedades ocidentais.
Informação é o resultado do processamento, manipulação e organização de dados, de tal forma
que represente uma modificação (quantitativa ou qualitativa) no conhecimento do sistema
(pessoa, animal ou máquina) que a recebe.
Informação enquanto conceito carrega uma diversidade de significados, do uso quotidiano ao
técnico. Genericamente, o conceito de informação está intimamente ligado às noções de
restrição, comunicação, controle, dados, forma, instrução, conhecimento, significado, estímulo,
padrão, percepção e representação de conhecimento.
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É comum nos dias de hoje ouvir-se falar sobre a Era da Informação, o advento da "Era do
Conhecimento" ou sociedade do conhecimento. Como a sociedade da informação, a tecnologia
da informação, a ciência da informação e a ciência da computação em informática são assuntos
e ciências recorrentes na atualidade, a palavra "informação" é frequentemente utilizada sem
muita consideração pelos vários significados que adquiriu ao longo do tempo.
De acordo com o Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa, informação vem
do latim informatio,onis, ("delinear, conceber ideia"), ou seja, dar forma ou moldar na mente,
como em educação, instrução ou treinamento.
A palavra do grego antigo para forma era μορφή (morphe; cf. morfo) e também εἶδος (eidos)
"tipo, ideia, forma, 'aquilo que se vê', configuração", a última palavra foi usada famosamente
em um sentido filosófico técnico por Platão (e mais tarde Aristóteles) para denotar a
identidade ideal ou essência de algo (ver Teoria das ideias). "Eidos" também podem ser
associados com pensamento, proposição ou mesmo conceito.
De acordo com o Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa, informação vem do
latim informatio,onis, ("delinear, conceber ideia"), ou seja, dar forma ou moldar na mente,
como em educação, instrução ou treinamento.
A palavra do grego antigo para forma era μορφή (morphe; cf. morfo) e também εἶδος (eidos)
"tipo, ideia, forma, 'aquilo que se vê', configuração", a última palavra foi usada famosamente
em um sentido filosófico técnico por Platão (e mais tarde Aristóteles) para denotar a
identidade ideal ou essência de algo (ver Teoria das ideias). "Eidos" também podem ser
associados com pensamento, proposição ou mesmo conceito.
Como utulizar a biblioteca: é aberta ao público em geral para consultas e pesquisas, sendo
que a retirada de materiais é permitida apenas para alunos e usuários residentes na Cidade de
São Paulo. Para utilizar a biblioteca basta associar-se.
Hábito de leitura e pesquisa: refere-se à frequência em que um indivíduo lê, principalmente
livros e jornais, embora o termo seja mais amplo e inclua qualquer espécie de leitura. Pode-se
dizer que existem três objetivos básicos para aquele que cultiva o hábito de ler, a saber ler por
prazer, para estudar ou para se informar,1 mostrando, assim, que não se vincula somente a um
objetivo geral de educação mas também às vontades e ambições individuais de cada um. Nos
dias atuais, no entanto, o termo também é marcadamente ligado à questões como o alfabetismo
e a educação de crianças. A leitura frequente auxilia no conhecimento de novas ideias, palavras,
expressões, é capaz de corrigir conceitos pré-determinados, ajudando, assim, o leitor a viajar por
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ambientes vastos como a gramática, a literatura, etc., embora o termo "hábito de leitura" ou
"hábito de ler" não se referia somente a um hábito frequente; isso significa que o termo pode ser
utilizado também àquele homem que cultiva o hábito de ler somente um jornal de manhã, por
exemplo, ou um adolescente que leia regularmente, ou raramente, e assim por diante, sendo um
termo neutro. De qualquer forma a leitura diversificada amplica o vocabulário e a capacidade de
argumentação.
O acervo bibliográfico: conhecimento e preservação
Biblioteca Nacional (2009) entende a preservação como sendo “todas as ações que se fonteinam
a salvaguardar e a recuperar as condições físicas dos suportes que contém informações, com
vistas à permanência [das] fontes materiais para as futuras gerações”, acrescentando que esta
“é o ‘guarda – chuva’, sob o qual se ‘abrigam’ a conservação preventiva, a conservação
reparadora e a restauração”.
Atividades do processo de preservação
Conservação preventiva
Conservação preventiva é o estudo e o controle das principais fontes de degradação do acervo.
Para evitar disseminação dos efeitos da degradação, deve-se tomar medidas preventivas contra
essas ações. Os três principais agentes de destruição de acervos, são: os fatores internos;
fatores externos; ação do homem sobre o acervo.
Conservação reparadora
Procedimento simples destinado ao tratamento do livro como remendos e reparos em geral que
sejam necessários ao resgate estrutural das partes danificadas, como rasgos nas folhas ou
capas; perda do suporte das folhas ou capas; lombadas rasgadas ou danificadas; capas
separadas do corpo do livro e folhas dobradas, vincadas que necessitam reforços para evitar
rasgos.
Elemento fundamental de atenção na mediada em que as ações se realizarão diretamente
na obra a ser preservada:
manuseio dos livros e documentos em geral;
reprodução do acervo;
transferência do suporte*
*microfilmagem, digitalização e fotografia.
De acordo com Boito (2003) “o termo conservação refere-se a toda ação estabilizadora que visa
desacelerar ou interromper o processo de degradação”. De modo semelhante, a Biblioteca
Nacional (c2009) enxerga “a conservação como um conjunto de procedimentos que tem por
objetivo melhorar o estado físico do suporte, aumentar sua permanência e prolongar-lhe a vida
útil, possibilitando [dessa maneira] o seu acesso por parte das futuras gerações”.
Etapas do processo de conservação
O trabalho de conservação deverá se acontecer de forma continua obedecendo ao seguinte
processo:
Limpeza página a página, utilizando, para tanto, material adequado;
Acondicionamento dos itens do acervo em caixas-boxe, quando necessário;
Diagnóstico da obra (descrição pormenorizada de marcas que indiquem a condição de obra rara,
como assinaturas, dedicatórias, exlíbris, carimbos entre outros)
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Amarrar com cadarço, quando necessário;
Restauração
Para Boito (2003) “o termo restauração refere-se a ações que visam reter danos físicos e
químicos, possibilitando a recuperação e restituindo a funcionalidade dos documentos
deteriorados”.
Para a Biblioteca Nacional (2009) o processo de restauração consiste em “um conjunto de
procedimentos que visa recuperar, o máximo possível, o seu estado original”. Para tanto “são
realizadas intervenções de tratamento individual por peça” (BN, 2009).
Proteção para a cabeça
Entre os equipamentos usados para proteger a cabeça, podemos destacar:
Óculos de segurança ou óculos de proteção
Os óculos de segurança precisam ser de qualidade comprovada, garantindo proteção contra a
contaminação de substâncias poluentes, evitando doenças como conjuntivite, irritações oculares
e alergias. Deve-se proporcionar ao profissional uma visão transparente, sem distorções ou
opacidade.
Proteção respiratória (máscara)
As máscaras semi-faciais, descartáveis, são leves e oferecem proteção ao rosto do funcionário e
não causam irritação.
Os tipos mais simples dessas máscaras destinam-se exclusivamente a reter poeira, devendo ser
descartadas após o dia de trabalho. Nenhum tipo de manutenção ou reparo deve ser realizado: a
própria peça facial é filtrante. Deve ser trocada sempre que se encontrar saturada, perfurada,
rasgada, com elástico solto ou rompido, ou quando o usuário perceber o cheiro de poeira.
É indicado para proteger o aparelho respiratório contra partículas nocivas suspensas no ar
(poeira, vapores e partículas sólidas) evitando sérios problemas respiratórios. Existem vários
modelos que oferecem praticidade e proteção. Contudo, depende do usuário escolher a que
melhor se adaptar à sua necessidade.
Toucas protetoras
As toucas descartáveis são leves e de polipropileno “spum bonded”, material que oferece
resistência e ventilação, seladas eletronicamente por ultra-som, com garantia de melhor
acabamento. Seguem as normas internacionais de qualidade e segurança. Oferecem maior
conforto, melhor ajuste, apresentam elástico especial em todo o perímetro da touca.
É indicado para proteger a cabeça contra partículas suspensas no ar. O cabelo exposto absorve
essas partículas que causam sérios danos à saúde do couro cabeludo e dos folículos pilosos de
quem executa a higienização do acervo.
Protetores para o tronco e os membros
Avental ou jaleco
O tipo mais comum de protetor para o tronco é o avental ou jaleco. Além dos tradicionais de
tecido 100% algodão, existem produtos leves e confortáveis que são confeccionados em não-
tecidos - 100% polipropileno ou sontara (55% polpa de celulose e 45% poliéster), fabricado pelo
processo de filamentos contínuos consolidados por termo-soldagem, constituindo-se como
elemento básico de maior confiabilidade para confecção de produtos descartáveis de proteção,
por ser atóxico, anti-alérgico, permeável ao ar, não inflamável.
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Os aventais devem, preferencialmente, cobrir completamente as vestimentas, ou seja, serem
fechados nas costas, compridos e terem mangas longas, protegendo o profissional contra
dermatites e alergias.
São indicados para proteger as roupas contra a sujidade na realização da higienização,
oferecendo maior segurança, conforto e proteção ao corpo humano.
Proteção dos membros superiores
Luvas
As luvas de látex para o procedimento são fabricadas para que sejam suficientemente
resistentes de acordo com as normas internacionais. Elaboradas com látex natural, hipo-alérgica,
para uso ambidestro, punhos longos com reforço para reduzir rupturas.
São indicadas para proteção contra os microorganismos, que podem causar dermatites. Durante
o trabalho, o funcionário munido de luvas não deve levar as mãos aos olhos, à boca ou ao nariz.
Recomenda-se descartá-las a cada dia de trabalho, porque são produtos de uso único.
Proteção dos membros inferiores (pés)
Pró-pé/ botas
O pro-pé é um acessório indicado para ser usado em ambientes especiais, como: sala de obras
raras, museu e outros que o profissional julgar necessário. Com formato anatômico e confortável
têm, por finalidade, evitar a entrada de partículas vindas do ambiente externo, trazidas nas solas
dos sapatos, além de dar proteção para o profissional contra fluídos corporais.
É indicado para proteção dos pés contra microorganismos em ambientes de muita
contaminação, salas de depósito ou no caso de inundação.