A heráldica após o seu período áureo – marcado pelo processo de elitização social do Antigo Regime – perdeu os seus pergaminhos de exclusividade para se democratizar em benefício dum projecto nacional de identidade e unificação das pessoas em colectividades e em comunidades. Por isso se assistiu ao aparecimento da “heráldica de domínio” – mais propriamente uma heráldica municipalista – que depois de brasonar todos os concelhos estendeu-se muito recentemente às freguesias, numa onda de fobia heráldica sem precedentes, quiçá ameaçadora do rigor e credibilidade da velha tradição armorial. Foi o sentimento, a consciência e o espírito de Liberdade, que levou os habitantes do sítio do Montenegro a exigirem a sua emancipação, alcandorando-se ao estatuto de freguesia. Mas foi sobretudo a alma, a sensibilidade e a percepção da Fraternidade comunitária que os uniu, não só no caminho da sua autonomia administrativa como também na construção dos seus símbolos heráldicos.
Fronteiras do Tempo: Revista de Estudos Amazônicos - nº 4, 2013 - Periodismo ...joaocarreir
HISTORY. Loriga, Serra da Estrla Portugal, Elementos de Estudo. Fronteiras do Tempo: Revista de Estudos Amazônicos - nº 4, 2013 - Periodismo Loriguense, A Voz dos Expratiados das Serras na Planice Amazônica. Brasil. Trabalho do Senhor Professor Geraldo Sá Peixoto Pinheiro, M. D. Professor Doutor da Universidade Federal do Amazonas, Brasil, Doutor em História pela Universidade do Porto.
A história de Bragança está marcada pela presença de ordens religiosas que construíram património e contribuíram para a educação. Os Jesuítas estabeleceram um colégio que poderia ter levado Bragança a ter uma universidade. No século XVIII, Bragança tornou-se o maior centro populacional, comercial e industrial de Trás-os-Montes, apesar das dificuldades causadas por guerras.
A estrada de ferro da bahia ao são francisco trabalhadores e atos desordeiros...UNEB
1) O artigo analisa a implantação da Estrada de Ferro da Bahia ao São Francisco na cidade de Queimadas entre 1880-1890, focando nos trabalhadores e nos atos de desordem que ocorreram.
2) Busca entender como a sociedade local recebeu a ferrovia e os motivos que levaram os trabalhadores a provocarem distúrbios.
3) Também compara esses atos com distúrbios em ferrovias paulistas para verificar se houve semelhanças.
O documento descreve a história do estado de Minas Gerais no Brasil desde o século XVI, quando os bandeirantes começaram a explorar ouro e pedras preciosas na região. Detalha o ciclo da mineração e o povoamento do estado, com foco nas cidades históricas da Rota do Ouro, como Ouro Preto, Mariana e Diamantina. Também aborda a economia baseada no café no século XIX e a industrialização subsequente.
Trabalho de investigação sobre a preservação das terras de degredo mais de um século depois de terem sido extintos os Coutos de homiziados em Portugal. O Algarve, e nomeadamente a vila de Castro Marim, foi uma das primeiras regiões de Portugal a receber cartas de Couto para obstar ao fenómeno socioeconómico do ermamento demográfico.
Vila Real de Santo António no I Centenário do seu FundadorJosé Mesquita
1) O documento descreve as comemorações do centenário da morte do Marquês de Pombal em Vila Real de Santo António em 1882.
2) Uma comissão foi formada para organizar os eventos, incluindo um sarau literário-musical para inaugurar as comemorações.
3) O sarau contou com discursos sobre a vida e obra do Marquês de Pombal, bem como performances musicais.
Tavira, o Marquês de Pombal e a fábrica de TapeçariasJosé Mesquita
A acção política do marquês de Pombal na 2ª metade do séc. XVIII teve como objectivo a centralização do poder no Estado-Pessoa. Porém, quase em simultâneo, desenvolveu iniciativas de fomento económico que, em grande parte, contribuíram para um vasto programa de reformas, quer na organização da administração pública, quer no ordenamento social, introduzindo ideias e projectos que se assemelham, em certa medida, à revolução iluminista. O fomento do sector industrial foi um dos sectores de maior sucesso e grande dinamismo económico durante o seu consulado. A cidade de Tavira foi contemplada com o apoio à instalação de uma unidade fabril dedicada à produção de tapeçarias. Razões de vária ordem, nomeadamente o afastamento do Marquês do poder, contribuíram para o insucesso mercantil e encerramento desta unidade industrial, única em toda a História do Algarve.
Breve ensaio geo-económico sobre o Algarve na primeira metade do séc. XIXJosé Mesquita
O documento descreve a economia do Algarve na primeira metade do século XX. A economia era baseada principalmente na agricultura, pesca e indústria conserveira. A região litoral era mais próspera do que o interior serrano, devido à fertilidade dos solos e culturas de regadio. A pesca e indústria conserveira eram importantes fontes de renda, apesar de dependerem de investimento estrangeiro.
Fronteiras do Tempo: Revista de Estudos Amazônicos - nº 4, 2013 - Periodismo ...joaocarreir
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A história de Bragança está marcada pela presença de ordens religiosas que construíram património e contribuíram para a educação. Os Jesuítas estabeleceram um colégio que poderia ter levado Bragança a ter uma universidade. No século XVIII, Bragança tornou-se o maior centro populacional, comercial e industrial de Trás-os-Montes, apesar das dificuldades causadas por guerras.
A estrada de ferro da bahia ao são francisco trabalhadores e atos desordeiros...UNEB
1) O artigo analisa a implantação da Estrada de Ferro da Bahia ao São Francisco na cidade de Queimadas entre 1880-1890, focando nos trabalhadores e nos atos de desordem que ocorreram.
2) Busca entender como a sociedade local recebeu a ferrovia e os motivos que levaram os trabalhadores a provocarem distúrbios.
3) Também compara esses atos com distúrbios em ferrovias paulistas para verificar se houve semelhanças.
O documento descreve a história do estado de Minas Gerais no Brasil desde o século XVI, quando os bandeirantes começaram a explorar ouro e pedras preciosas na região. Detalha o ciclo da mineração e o povoamento do estado, com foco nas cidades históricas da Rota do Ouro, como Ouro Preto, Mariana e Diamantina. Também aborda a economia baseada no café no século XIX e a industrialização subsequente.
Trabalho de investigação sobre a preservação das terras de degredo mais de um século depois de terem sido extintos os Coutos de homiziados em Portugal. O Algarve, e nomeadamente a vila de Castro Marim, foi uma das primeiras regiões de Portugal a receber cartas de Couto para obstar ao fenómeno socioeconómico do ermamento demográfico.
Vila Real de Santo António no I Centenário do seu FundadorJosé Mesquita
1) O documento descreve as comemorações do centenário da morte do Marquês de Pombal em Vila Real de Santo António em 1882.
2) Uma comissão foi formada para organizar os eventos, incluindo um sarau literário-musical para inaugurar as comemorações.
3) O sarau contou com discursos sobre a vida e obra do Marquês de Pombal, bem como performances musicais.
Tavira, o Marquês de Pombal e a fábrica de TapeçariasJosé Mesquita
A acção política do marquês de Pombal na 2ª metade do séc. XVIII teve como objectivo a centralização do poder no Estado-Pessoa. Porém, quase em simultâneo, desenvolveu iniciativas de fomento económico que, em grande parte, contribuíram para um vasto programa de reformas, quer na organização da administração pública, quer no ordenamento social, introduzindo ideias e projectos que se assemelham, em certa medida, à revolução iluminista. O fomento do sector industrial foi um dos sectores de maior sucesso e grande dinamismo económico durante o seu consulado. A cidade de Tavira foi contemplada com o apoio à instalação de uma unidade fabril dedicada à produção de tapeçarias. Razões de vária ordem, nomeadamente o afastamento do Marquês do poder, contribuíram para o insucesso mercantil e encerramento desta unidade industrial, única em toda a História do Algarve.
Breve ensaio geo-económico sobre o Algarve na primeira metade do séc. XIXJosé Mesquita
O documento descreve a economia do Algarve na primeira metade do século XX. A economia era baseada principalmente na agricultura, pesca e indústria conserveira. A região litoral era mais próspera do que o interior serrano, devido à fertilidade dos solos e culturas de regadio. A pesca e indústria conserveira eram importantes fontes de renda, apesar de dependerem de investimento estrangeiro.
O documento descreve a história da cidade de Serro no Brasil, desde os primeiros assentamentos no século XVIII até os dias atuais. Detalha a influência das minas de ouro e diamantes na região e como isso atraiu colonizadores portugueses. Também discute a rica cultura local e as muitas figuras proeminentes que vieram de Serro em áreas como política, direito e literatura.
Este documento discute o património imaterial do Vale do Tâmega e Sousa, focando-se em três pontos principais: 1) O património cultural de uma região é definido pelas pessoas que vivem nela e mantêm vivas as tradições; 2) A identidade cultural é dinâmica e resultado de trocas culturais, não devendo ser vista de forma estanque; 3) É importante valorizar as pluralidades culturais e reconhecer a importância do diálogo intercultural na construção de identidades.
O documento discute a intolerância, racismo e xenofobia na sociedade madeirense. Aponta que falta estudos históricos e sociológicos sobre os comportamentos atuais e como eles mudaram ao longo do tempo, especialmente após ondas de migração para a ilha. Também explora como a "invejidade", ou inveja refinada, é um pecado original do povo madeirense que limita o progresso social.
As cidades antigas geralmente se localizavam nos vales de grandes rios e eram governadas por uma elite teocrática que morava no centro para facilitar o controle sobre as outras classes. A maioria das cidades antigas tinha entre 2 mil a 20 mil habitantes, próximo ao tamanho de um bairro atual. As cidades medievais se desenvolveram como centros de produção, comércio e trocas, reunindo artesanato e atividades econômicas dentro de seus muros.
Este documento descreve um projeto de extensão universitária que tem como objetivo investigar os Grupos de Folia de Reis em Nova Friburgo, Rio de Janeiro. O projeto será desenvolvido em cinco etapas ao longo de um ano: entrevistas com representantes das folias, mapeamento dos grupos, registro audiovisual das manifestações, disponibilização dos materiais coletados online, e oficinas nas comunidades. O projeto visa preservar a cultura local por meio do turismo cultural e da conscientização das comunidades sobre a importância de sua identidade
O traje tradicional portugues e o folcloreJoseMgraca
O documento discute a evolução do traje regional português e sua relação com o folclore. Ele descreve como o traje evoluiu de peles de animais para tecidos retangulares, e como foi influenciado por culturas romanas e islâmicas ao longo dos séculos. Também explica como a sociedade portuguesa se dividia em classes no passado e como a moda emergiu nas cortes européias no século 14.
1) Até o século IX, a elite participava da cultura popular, que tinha pouco a ver com a cultura romana ou cristã e misturava crenças pagãs.
2) No mundo medieval, tudo era possível, inclusive magias e espíritos, em um mundo mágico onde as línguas locais teciam a cultura oral.
3) Ao longo dos séculos, surgiram novas classes sociais como mercadores e artesãos, assim como instituições como universidades e corporações de ofícios que influenciaram a cultura.
O documento descreve a cultura da catedral do século XII até meados do século XV. Aborda o ressurgimento das cidades após um período de estabilidade climática e paz, o desenvolvimento da arte gótica e novas práticas financeiras. Também discute as universidades medievais, as primeiras escolas e a escolástica, além dos diferentes tipos de cultura existentes nesse período.
Cópia de Identidades Culturais - Cultura NordestinaEmerson Paulista
1. O documento discute a construção histórica do conceito de Nordeste e a identidade nordestina. 2. O Nordeste surgiu como uma região definida no início do século XX devido a fatores políticos, econômicos e sociais. 3. Estereótipos negativos do nordestino foram formados ao longo do tempo e levaram a preconceito e discriminação contra essa população.
Programação X Festa de Manuelzão - Semana Cultural - em Andrequicéodanielson
Este documento descreve a programação da 10a Semana Cultural Festa de Manuelzão em Andrequicé, Três Marias, Minas Gerais. A Semana Cultural celebra a cultura e história da região retratada nos escritos de Guimarães Rosa e inclui apresentações culturais, oficinas, peças teatrais, shows musicais e encontros entre grupos culturais ao longo de vários dias.
A Sociedade Medieval - Literatura portuguesaTatiana Azenha
Este documento descreve a estrutura social medieval na Península Ibérica, dividida em três ordens principais: clero, nobreza e povo. Embora estas classes fossem delimitadas por suas funções religiosa, militar e trabalhadora, respectivamente, os limites entre elas nem sempre eram rígidos. O documento também discute a cultura literária da época, dominada pelo clero e expressa principalmente em latim, assim como as origens da poesia trovadoresca galaico-portuguesa dos séculos XII-XIV.
1) A Feira do ISED ocorrerá no dia 28 de novembro para apresentar trabalhos interdisciplinares de alunos da FUNEDI/UEMG e estreitar laços entre a academia e a sociedade.
2) Alunos do curso de História visitaram Paraty entre os dias 6 e 8 de novembro para conhecer a importante cidade histórica litorânea.
3) O boletim informativo apresenta eventos e cursos relacionados à História, como seminários em São José do Rio Preto e Campina Grande, e
O documento discute a evolução dos símbolos oficiais da cidade do Rio de Janeiro ao longo da história, desde o primeiro brasão de armas em 1565 até os logotipos e sistemas de identidade visual mais recentes. Apesar das diversas mudanças nos desenhos ao longo dos anos, poucas parecem ter correlação clara com eventos históricos específicos. Elementos como a esfera armilar e as setas de São Sebastião permaneceram presentes na maioria das versões, embora suas posições tenham variado.
Este documento discute passeios noturnos iluminados nos menires de Vila do Bispo, Portugal. Vários especialistas locais compartilham suas perspectivas sobre a importância de preservar e promover o patrimônio arqueológico e cultural da região para o desenvolvimento sustentável do turismo. O documento também fornece contexto histórico sobre o significado dos menires e seu papel na sociedade neolítica.
1. O documento discute a construção histórica do conceito de Nordeste e a identidade nordestina. 2. O Nordeste surgiu como uma região definida no início do século XX devido a fatores políticos, econômicos e sociais. 3. A migração nordestina foi marcada por estereótipos que escondiam a agência dos migrantes e os retratavam como vítimas passivas da seca e da fome.
Este documento descreve a evolução histórica da bandeira nacional portuguesa desde a fundação da monarquia portuguesa até a atualidade. Explica os principais elementos que compõem a bandeira como as quinas, castelos e besantes. Também discute a origem do termo "quinas" e quando este passou a ser usado para descrever os escudetes da bandeira.
1) Fortaleza começou como um pequeno forte construído em 1603 e cresceu lentamente ao longo dos séculos.
2) No século XVIII, a exportação de algodão deu à cidade maior importância econômica e impulsionou seu desenvolvimento.
3) No século XIX, Fortaleza se tornou a capital de fato do Ceará e sua população e economia continuaram a crescer, estabelecendo a cidade como um importante centro urbano no nordeste brasileiro.
Este boletim informativo discute como os jovens compreendem o mundo e como os docentes buscam proporcionar oportunidades para lidar com o conhecimento de forma desafiadora. Dois artigos abordam a Festa de Reinado em Divinópolis e a história encontrada nos nomes das ruas de São Paulo. Há também informes sobre eventos, cursos e o blog "Festa na História!".
Guia Cultural de Governador Valadares - Volume I - Favela é Isso AíFavela é isso aí
O bairro de Santa Terezinha em Governador Valadares começou a ser ocupado na década de 1950 para abrigar trabalhadores migrantes. Inicialmente as casas eram simples, feitas de madeira ou barro, e a infraestrutura era precária, com água sendo retirada de córregos. Atualmente o bairro possui mais de 4.500 moradores e melhor infraestrutura.
O surgimento das línguas vulgares, como parte do processo de formação das mon...Rudy Reis
O documento descreve o processo de formação das monarquias nacionais na Europa, desde a Idade Média até o século XV. Na época, o poder estava descentralizado entre senhores feudais. A partir do século XI, as monarquias começaram a se formar à medida que reis, burgueses e parte da nobreza se aliaram para centralizar o poder real. Isso resultou na delimitação de fronteiras nacionais e na unificação de leis, moedas e outras estruturas.
O ódio nacionalista ao rei D. Pedro IV.pdfJosé Mesquita
O documento discute a oposição nacionalista ao rei D. Pedro IV no início do liberalismo português. Detalha como o país se dividiu entre partidários de D. Pedro e D. Miguel durante esta época turbulenta. Também descreve um dos maiores inimigos de D. Pedro, Joaquim António da Silva, conhecido como "Silva das Barbas", que distribuía panfletos difamatórios contra o rei.
As instituições reguladoras da Fazenda Pública no Algarve nos primórdios do l...José Mesquita
O documento descreve as principais instituições reguladoras da fazenda pública no Algarve no início do período liberal em Portugal. Estas incluíam a Provedoria da Fazenda Pública, a Superintendência Geral dos Tabacos, o Corregedor e os Juízes de Fora, que supervisionavam a cobrança de impostos e a gestão financeira dos municípios. O documento também discute outros tributos como a sisa.
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O traje tradicional portugues e o folcloreJoseMgraca
O documento discute a evolução do traje regional português e sua relação com o folclore. Ele descreve como o traje evoluiu de peles de animais para tecidos retangulares, e como foi influenciado por culturas romanas e islâmicas ao longo dos séculos. Também explica como a sociedade portuguesa se dividia em classes no passado e como a moda emergiu nas cortes européias no século 14.
1) Até o século IX, a elite participava da cultura popular, que tinha pouco a ver com a cultura romana ou cristã e misturava crenças pagãs.
2) No mundo medieval, tudo era possível, inclusive magias e espíritos, em um mundo mágico onde as línguas locais teciam a cultura oral.
3) Ao longo dos séculos, surgiram novas classes sociais como mercadores e artesãos, assim como instituições como universidades e corporações de ofícios que influenciaram a cultura.
O documento descreve a cultura da catedral do século XII até meados do século XV. Aborda o ressurgimento das cidades após um período de estabilidade climática e paz, o desenvolvimento da arte gótica e novas práticas financeiras. Também discute as universidades medievais, as primeiras escolas e a escolástica, além dos diferentes tipos de cultura existentes nesse período.
Cópia de Identidades Culturais - Cultura NordestinaEmerson Paulista
1. O documento discute a construção histórica do conceito de Nordeste e a identidade nordestina. 2. O Nordeste surgiu como uma região definida no início do século XX devido a fatores políticos, econômicos e sociais. 3. Estereótipos negativos do nordestino foram formados ao longo do tempo e levaram a preconceito e discriminação contra essa população.
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A Sociedade Medieval - Literatura portuguesaTatiana Azenha
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1) A Feira do ISED ocorrerá no dia 28 de novembro para apresentar trabalhos interdisciplinares de alunos da FUNEDI/UEMG e estreitar laços entre a academia e a sociedade.
2) Alunos do curso de História visitaram Paraty entre os dias 6 e 8 de novembro para conhecer a importante cidade histórica litorânea.
3) O boletim informativo apresenta eventos e cursos relacionados à História, como seminários em São José do Rio Preto e Campina Grande, e
O documento discute a evolução dos símbolos oficiais da cidade do Rio de Janeiro ao longo da história, desde o primeiro brasão de armas em 1565 até os logotipos e sistemas de identidade visual mais recentes. Apesar das diversas mudanças nos desenhos ao longo dos anos, poucas parecem ter correlação clara com eventos históricos específicos. Elementos como a esfera armilar e as setas de São Sebastião permaneceram presentes na maioria das versões, embora suas posições tenham variado.
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1. O documento discute a construção histórica do conceito de Nordeste e a identidade nordestina. 2. O Nordeste surgiu como uma região definida no início do século XX devido a fatores políticos, econômicos e sociais. 3. A migração nordestina foi marcada por estereótipos que escondiam a agência dos migrantes e os retratavam como vítimas passivas da seca e da fome.
Este documento descreve a evolução histórica da bandeira nacional portuguesa desde a fundação da monarquia portuguesa até a atualidade. Explica os principais elementos que compõem a bandeira como as quinas, castelos e besantes. Também discute a origem do termo "quinas" e quando este passou a ser usado para descrever os escudetes da bandeira.
1) Fortaleza começou como um pequeno forte construído em 1603 e cresceu lentamente ao longo dos séculos.
2) No século XVIII, a exportação de algodão deu à cidade maior importância econômica e impulsionou seu desenvolvimento.
3) No século XIX, Fortaleza se tornou a capital de fato do Ceará e sua população e economia continuaram a crescer, estabelecendo a cidade como um importante centro urbano no nordeste brasileiro.
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O ódio nacionalista ao rei D. Pedro IV.pdfJosé Mesquita
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O Terror Miguelista no Algarve - perseguição e devassaJosé Mesquita
O Algarve, pelo evoluir dos acontecimentos políticos, que marcaram a primeira metade do séc. XIX, constituiu-se numa espécie de enclave revolucionário, liberal-constitucionalista, de
apoio e em consonância com a Junta Governativa do Porto. Se tivesse havido melhor coordenação de meios, e sobretudo mais apoio no efectivo castrense, a revolta cartista do eixo Porto-Algarve não teria desembocado no triste episódio da “belfastada”. O fracasso da “Revolta de Maio”, em 1828 no Algarve, contribuiu decisivamente para a usurpação miguelista e para a restauração do absolutismo, cujo clima persecutório acabaria por desencadear a guerra civil.
Na verdade, a prepotência miguelista deixou-se resvalar para os limites da insanidade política, num quotidiano excessivamente repressivo, vedando à nação os seus mais elementares direitos de cidadania. O autismo político do regime absolutista dividiu o país em dois projectos distintos – o do passado tradicionalista,
apostólico e legitimista; e o do futuro, liberal, constitucional e parlamentar. A grande diferença entre os dois projectos políticos incidia na concepção e cedência da liberdade, para transformar os vassalos em cidadãos.
O primeiro relógio público de Lagoa, adquirido em 1828José Mesquita
Artigo de investigação sobre o primeiro relógio público comprado pela Câmara Municipal de Lagoa em 1828, através de uma colecta subscrita integralmente pelos moradores daquela vila algarvia. Todavia, a autarquia não tinha meios financeiros para pagar regularmente um salário a alguém que se responsabilizasse pela manutenção desse grande símbolo do progresso e da modernidade, ao som de cujas badaladas passou a regular-se a vida quotidiana dos lagoenses. Esse relógio ainda hoje figura na torre da Igreja Matriz daquela bela e tradicional vila algarvia.
José Carlos Vilhena Mesquita, As minhas memórias académicas e cívicas com o P...José Mesquita
Depoimento memorialista sobre o convívio, a amizade e a vida académica desenvolvida ao longo de anos com o Prof. Doutor Joaquim Antero Romero Magalhães, eminente historiador, docente da universidade de Coimbra, deputado da 1ª Assembleia Constituinte após o 25 de Abril, e figura de relevo na sociedade portuguesa, no último quartel do século XX.
Loulé no contexto político e socioeconómico das Lutas LiberaisJosé Mesquita
Durante as lutas liberais no século XIX, Loulé e o Algarve apoiaram amplamente as forças liberais devido à sua mentalidade cosmopolita moldada pelo comércio e à sua proximidade com o Porto, centro do movimento liberal. Embora não tenha participado ativamente nas revoluções iniciais, o Algarve expressou apoio à Constituição de 1826. Nas disputas entre absolutistas e liberais, os algarvios ficaram do lado dos liberais e de Pedro IV, apesar das questões de legitimidade de ambos os l
Felipa de Sousa, algarvia condenada na Inquisição pelo "pecado nefando da sod...José Mesquita
O documento descreve o caso de Felipa de Sousa, uma mulher de Tavira, Portugal condenada pela Inquisição no Brasil colonial no século XVI pelo "pecado nefando da sodomia". Ela foi acusada junto com outra mulher após interrogatório forçado. Este foi o primeiro caso registrado de condenação por lesbianismo pela Inquisição nas Américas. O documento também fornece contexto histórico sobre a Inquisição e a sociedade colonial brasileira na época.
A Banha da Cobra - uma patranha com históriaJosé Mesquita
Entende-se por “Banha da Cobra” tudo aquilo que sendo um simples placebo, isto é, inócuo e inútil, se difunde e propaga publicamente como algo comprovadamente eficaz, seguro, poderoso e miraculosamente infalível. Para os lexicólogos significa algo que se publicita ou anuncia para endrominar incautos; um palavreado com o velado propósito de enganar os outros; uma proposta ou promessa de que não existe intenção de cumprir. Em suma, uma mentira, uma trapaça, um ludíbrio, uma vigarice. Hoje a expressão “banha da cobra” é usualmente empregue de modo pejorativo. E o "vendedor de banha da cobra" identifica alguém que é mentiroso, charlatão e de falsa índole. A banha da cobra é sempre a mesma, porque o prazer psicótico da fraude não se refreia perante a ganância de lucros tão arrebatadores. O que muda é a embalagem, isto é, o design e o marketing, porque a finalidade é sempre a mesma, sendo inclusivamente comum à mensagem hipocrática: submeter a dor e o sofrimento, vencer a doença. A diferença é que os charlatães visam apenas o lucro pelo embuste, enquanto os médicos e a medicina validam a ciência no confronto com a doença e o padecimento, na quimérica ilusão de triunfarem sobre a morte.
Para a História da Saúde no Algarve. As epidemias do cólera-mórbus no século XIXJosé Mesquita
1. O documento discute as epidemias ao longo da história, incluindo a Peste Negra que matou metade da população européia no século XIV.
2. Ele define os termos infecção, epidemia e peste, explicando como as doenças se espalham.
3. O foco é nas epidemias de cólera no século XIX no Algarve, Portugal.
Cenótáfio do bispo D. António Pereira da Silva na Sé de FaroJosé Mesquita
Trata-se de um breve apontamento sobre o significado histórico do Cenotáfio, enquanto túmulo simbólico ou memorial em homenagem aos heróis caídos em defesa da pátria, da religião, da liberdade ou de supremos ideais humanitários.
Sagres um lugar na história e no património universalJosé Mesquita
A insignificante aldeia, que de Sagres usufrui o nome, despertou para a luz da ribalta histórica pela mão do Infante D. Henrique. À partida e no regresso da expedição a Ceuta se ficou a dever o seu primeiro contacto com o Algarve e no preço das surtidas pescarescas dos seus marinheiros, que arpoavam as baleias no mar alto e se defendiam bravamente dos corsários marroquinos, parece residir a sua escolha e o seu encanto por estas recônditas paragens. Concentrado no desafio dos mares e na expansão da Fé, o Infante lança ferro na baía de Lagos, o seu "grande porto de armamento". Daí até à fundação daquela que ficou conhecida como a "vila do Infante" será um pequeno passo no tempo.
Artigo científico, cujo texto constitui a comunicação apresentada às VI Jornadas Regionais sobre Monumentos Militares, realizadas em Vila do Bispo, Lagos Silves, Loulé e Faro, de 28 de Novembro a 1 de Dezembro de 1986, sob a égide da APAC - Associação Portuguesa dos Amigos dos Castelos.
Este documento é um projeto de 1825 para construir um canal no rio Séqua em Tavira, desviando seu curso diretamente para o mar. Isso abriria uma nova barra e evitaria assoreamento, revitalizando o porto da cidade. O projeto parece simples e eficiente, aproveitando a topografia para poupar custos e preservar o meio ambiente. Infelizmente, sem o orçamento completo, não se pode avaliar sua viabilidade.
Salazar e Duarte Pacheco não ouviam a mesma músicaJosé Mesquita
Apesar de Salazar ser um ultraconservador, antidemocrata e antipartidário, de espírito rural, atreito a modernismos e inovações reformistas, teve no seio do seu primeiro governo uma figura de marcante iniciativa, contagiante ativismo, destacado empreendedorismo e de fulgurante reputação, que foi o Eng.º Duarte Pacheco. Não foi um convicto partidário do corporativismo salazarista, ate porque nas manifestações oficiais e públicas, em que intervinha, não fazia a saudação fascista nem evidenciava o júbilo esfuziante, quase fanático, dos outros ministros e acólitos do «Estado Novo». Inclino-me a aceitar que Duarte Pacheco nunca foi um fascista, na verdadeira asserção do termo, mas já não tenha duvidas quanto as suas convicções nacionalistas.
O documento descreve a história da pesca na cidade de Tavira no século XIX. Resume que a pesca sempre foi uma indústria importante para a economia de Tavira, com várias espécies de peixe sendo capturadas, como sardinha e atum. Também discute como os pescadores se organizavam em grupos e como pagavam impostos sobre sua captura de peixe.
O Remexido e a resistência miguelista no AlgarveJosé Mesquita
Desenvolvida análise do trajecto de vida de José Joaquim de Sousa Reis, vulgo o Remexido, não só como heróico guerrilheiro miguelista, mas também como cidadão, como político local e como militar. O trabalho está estribado em documentação inédita e em credíveis fontes bibliográficas. A sua leitura pode ser muito proveitosa até mesmo àqueles que se sentem menos familiarizados com a temático das Lutas Liberais no nosso país.
Artigo científico sobre a acção político-militar de José Joaquim de Sousa Reis, depois transformado no herói popular que o vulgo designava por Remexido, famoso guerrilheiro que sustentou a causa miguelista até ao fim do período histórico conhecido por Setembrimo. Foi, e ainda é, uma das mais carismáticas figuras da história regional algarvia, retratado em diversas obras da literatura portuguesa, desde o séc. XIX até à actualidade.
Da extinção à restauração do concelho de AljezurJosé Mesquita
O antigo ordenamento administrativo português tornara-se, no decurso dos séculos, numa imbricada confusão de concelhos, vilas coutos e honras, a que ninguém ousava pôr cobro. Era uma herança da História que só uma revolução das mentalidades, como aquela que resultaria da vitória liberal em 1834, poderia alterar. Esse foi um princípio de honra e compromisso político do novo regime. Teorizada por José Henriques Nogueira, esboçado por Mouzinho da Silveira mas levada à prática por Manuel da Silva Passos, a Reforma Administrativa exarada no decreto de 6-11-1836 exterminou os coutos da Igreja, as vilas e honras da Nobreza, e reduziu a menos de metade os concelhos então existentes. Não vamos agora dissecar o assunto. Em todo o caso, para se fazer uma ideia do seu profundo alcance, bastará dizer que dos 816 concelhos então existentes apenas se mantiveram 351, dos quais o Algarve foi uma pseudo-vítima.
Na verdade, dos 17 concelhos que o Algarve possuía apenas se extinguiram quatro, a saber: Alvor, Sagres, Aljezur e Castro Marim. Das suas 68 freguesias reduziram-se-lhe duas: N.ª S.ª do Verde, em Monchique, e S. João da Venda, em Faro, a qual se restabeleceria em 1842, mas no concelho de Loulé. Com Aljezur passou-se algo inusitado, pois que estando previsto fundir-se no concelho de Lagos acabaria por ser anexado a Monchique, o que causava grandes transtornos aos seus moradores.
O problema da reforma administrativa nunca foi pacífico e, de certo modo, agudizou-se com a publicação do Código, uma espécie de bandeira do novo regime liberal. Se no Código Administrativo de Passos Manuel, de 1836, os concelhos, como vimos, foram reduzidos para 351, no Código de Costa Cabral, de 1842, cresceram para 381; mas com Rodrigues Sampaio, em 1878, reduziram-se para 290, em 1880 Luciano de Castro não mexeu nos municípios e com João Franco, em 1895, apenas se acrescentou um concelho. Como se constata pela análise dos diversos códigos administrativos, não foi o Algarve objecto de grandes mudanças, pois que desde 1836 se manteve nos 15 concelhos e cerca de 70 freguesias. Porém, não podemos deixar de afirmar que os concelhos algarvios que mais sofreram com as bolandas da reforma administrativa foram Castro Marim, Vila do Bispo e Aljezur. A sua justificação era sempre a mesma: escassez populacional, isolamento geográfico e falta de letrados para a execução do poder autárquico.
Silvio Pellico, ao longo da sua penosa existência, metamorfoseou a sua personalidade política em diferentes opções e sucessivas etapas, hesitando sempre no caminho a escolher. Por isso, começou por ser um fervoroso nacionalista, passou ligeiramente pelas fileiras clandestinas da carbonária, apodreceu durante dez anos nas masmorras austríacas e acabou por se converter definitivamente à causa religiosa, regressando à paz católica em que nascera.
Este último gesto, talvez o de um desiludido, fará de Silvio Pellico uma espécie de desilusão pública do revolucionarismo político, o que lhe granjeará sérios dissabores, entre os quais o escárnio da traição. Para a maioria dos nacionalistas italianos, As Minhas Prisões de Silvio Pellico, são um “bluff”, espécie de literatura de seminário, que ninguém aproveita a não ser os inimigos da própria Itália. Por conseguinte, Silvio Pellico é um traidor à causa independentista italiana, um reles pacifista a quem não cabem as honras de perfilar ao lado de Garibaldi, de Cavour ou de Mazzini.
Este documento discute a origem e autoria do órgão da Sé de Faro. Apresenta três teorias principais: 1) Que foi construído pelo mestre organeiro alemão Arp Schnitger em 1701; 2) Que foi encomendado em 1715 ao organeiro João Henriques de Lisboa; 3) Que sua origem permanece incerta devido à falta de evidências conclusivas sobre seu construtor. O autor analisa cada teoria e argumenta que, embora possa ter influência alemã, a autoria de Schnitger não é definitivamente comprovada
Este documento descreve as tradições de Natal portuguesas. Apresenta as principais tradições como a queima do madeiro, a consoada, a missa do galo, o presépio, as janeiras e reis, e os cortejos dos reis magos. Explora as variações regionais destas tradições, especialmente no que diz respeito à gastronomia de Natal, e discute a origem e significado destas celebrações.
A Juventude e a Educação - da política da cigarra ao sacrifício da formigaJosé Mesquita
Urge proceder à “alfabetização cultural” da nação portuguesa, não só através duma educação auto-sustentada, como principalmente dum programa nacional de instrução das massas laborais, urbanas e rurais. O processo educativo deve contemplar não só os jovens estudantes, como também as classes etárias intermédias ou produtivas. Aos desempregados deverá ser dada prioridade num programa de formação intelectual e de reaprendizagem da vida produtiva. Aos idosos deverá ser franqueada a entrada nas universidades para obterem cursos reais e efectivos, e não apenas a simples ocupação dos tempos livres, como acontece nas designadas Universidades para a Terceira Idade.
Convém incutir não só nos jovens como nas classes adultas uma educação autodidáctica, estribada na observação e na análise empírica, a qual poderá vir a ser consolidada por um acompanhamento de leituras educativas a preços controlados e acessíveis. O Estado precisa de optar urgentemente por uma política do Livro, que facilite a edição a baixo custo e proporcione o consumo e a popularização da leitura. Daqui resultará uma política de defesa e valorização da língua portuguesa, uma divulgação e fomento da leitura pelo prazer da descoberta autodidáctica dos grandes valores da literatura nacional.
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REGULAMENTO DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...Eró Cunha
XIV Concurso de Desenhos Afro/24
TEMA: Racismo Ambiental e Direitos Humanos
PARTICIPANTES/PÚBLICO: Estudantes regularmente matriculados em escolas públicas estaduais, municipais, IEMA e IFMA (Ensino Fundamental, Médio e EJA).
CATEGORIAS: O Concurso de Desenhos Afro acontecerá em 4 categorias:
- CATEGORIA I: Ensino Fundamental I (4º e 5º ano)
- CATEGORIA II: Ensino Fundamental II (do 6º ao 9º ano)
- CATEGORIA III: Ensino Médio (1º, 2º e 3º séries)
- CATEGORIA IV: Estudantes com Deficiência (do Ensino Fundamental e Médio)
Realização: Unidade Regional de Educação de Imperatriz/MA (UREI), através da Coordenação da Educação da Igualdade Racial de Imperatriz (CEIRI) e parceiros
OBJETIVO:
- Realizar a 14ª edição do Concurso e Exposição de Desenhos Afro/24, produzidos por estudantes de escolas públicas de Imperatriz e região tocantina. Os trabalhos deverão ser produzidos a partir de estudo, pesquisas e produção, sob orientação da equipe docente das escolas. As obras devem retratar de forma crítica, criativa e positivada a população negra e os povos originários.
- Intensificar o trabalho com as Leis 10.639/2003 e 11.645/2008, buscando, através das artes visuais, a concretização das práticas pedagógicas antirracistas.
- Instigar o reconhecimento da história, ciência, tecnologia, personalidades e cultura, ressaltando a presença e contribuição da população negra e indígena na reafirmação dos Direitos Humanos, conservação e preservação do Meio Ambiente.
Imperatriz/MA, 15 de fevereiro de 2024.
Produtora Executiva e Coordenadora Geral: Eronilde dos Santos Cunha (Eró Cunha)
Leis de Mendel - as ervilhas e a maneira simples de entender.ppt
O brasão da freguesia de Montenegro, em Faro
1. O Brasão da Freguesia de Montenegro, em Faro
José Carlos Vilhena Mesquita
Nos anos subsequentes à “Revolução dos Cravos” assistiu-se a uma espécie de
ressurgimento do movimento foraleiro, ou seja, à emergência do independentismo e do
orgulho localista, não já com base na Carta de Foral, mas antes com base na adopção
da simbologia heráldica, do escudo de armas do concelho ou da freguesia. Na maioria
dos casos reflectiam a criação de novos concelhos, para os quais havia que idealizar
um brasão municipal. Aliás a noção ou o
espírito de identificação das populações
com algo que simbolizasse a sua
comunidade não é sintoma recente, mas
antes uma atitude que remonta à formação
da nacionalidade.
A freguesia de Montenegro é a mais recente
na história do concelho de Faro. Criada em
20-6-1997, a verdade é que desde há muito
justificava essa classificação administrativa,
não só pelos seus quase 10 mil habitantes,
como ainda pelo próspero desenvolvimento
operado desde a década de sessenta com a
construção do Aeroporto Internacional de Faro e, sobretudo, desde a década de
noventa com a fixação no sítio das Gambelas da Universidade do Algarve. Embora
distando da cidade cerca de cinco quilómetros pode considerar-se como freguesia
suburbana, sendo quase certo que na próxima década não haverá estradas de acesso,
mas antes ruas de ligação a Faro. Em termos comparativas deverá ser a freguesia que
nos últimos vinte anos mais evoluiu em todo o Algarve, não só do ponto de vista do
demográfico, mas também no processo de crescimento económico, cultural, urbano e
turístico. Socialmente pode dizer-se que no Montenegro reside uma larga franja da elite
terciária, pois que uma parte significativa dos quadros superiores do comércio, da
banca, da aeronáutica, do ensino e dos serviços mudou-se para as novas urbanizações
construídas entre as Gambelas e a zona do Ludo.
2. O brasão da freguesia de Montenegro, em Faro
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Curiosamente os equipamentos sociais de maior importância urbana, à excepção do
Hospital Distrital, encontram-se na freguesia de Montenegro, que apenas sente a
carência de estruturas destinadas ao apoio social e principalmente de escolas do
ensino pré-primário. De resto possui tudo. Senão vejamos. No apoio ao turismo, além
do aeroporto, possui ainda vários hotéis e restaurantes, uma pousada, parque de
campismo, residenciais e colónias de férias para crianças. Em termos ambientais
possui a única praia acessível aos farenses e uma vasta zona lagunar que compõe o
Parque Natural da Ria Formosa, no qual nidificam dezenas de espécies de aves
migratórios. A flora silvestre é muito rica e diversificada, podendo vir a ser melhor
explorada para fins turísticos. O comércio cresceu de forma exponencial e reparte-se
por diversas actividades, desde a moda, passando pelas livrarias, equipamentos
informáticos, supermercados, sapatarias, drogaria, cabeleireiros, e culminando nas
lojas de transacção imobiliária. Na área da Saúde possui um Centro de Saúde, Posto
Médico, laboratório, farmácia e consultórios privados. No sector do ensino preenchem-
se todos os níveis, do pré-primário ao universitário. A agricultura resume-se à produção
hortícola e citrícola, em estufas e pomares de média dimensão. A indústria limita-se à
construção civil de prédios e bonitas vivendas nas novas urbanizações. Possui na área
do desporto um pavilhão, campo de jogos, courts de ténis, centro de equitação e
ginásio de musculação. Nos domínios do associativismo destacam-se o Clube
Desportivo Montenegro, o Clube de Caça e Pesca Desportiva, a Associação dos
Jornalistas e Escritores do Algarve, a Tuna Académica da Universidade do Algarve, e
outras colectividades ligadas à música e ao folclore. Ao sector terciário pertencem
também várias instituições bancárias, caixa agrícola, delegações de seguros,
escritórios de profissões liberais e a Fundação Montalvão Marques.
Pela conjugação e dinamização de todas estas estruturas suscitou-se em torno do
lugar de Montenegro uma onda de progresso, que culminaria na criação da freguesia.
Quatro anos volvidos, a população escolheu o dia de São João para comemorar o
orgulho montenegrino, simbolicamente materializado no seu recém-criado escudo de
armas. Não tendo um passado histórico que lhe proporcionasse a outorga de maiores
pergaminhos, o povo da freguesia de Montenegro recebeu o seu novo brasão como
uma espécie de carta de foral do terceiro milénio.
Para os menos acostumados na matéria convirá acrescentar alguns informes acerca do
conhecimento heráldico, da sua arte e simbologia.
3. O brasão da freguesia de Montenegro, em Faro
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Identidade e municipalização heráldica
No seio da nobreza o brasão, com o entrosamento dos símbolos heráldicos familiares,
transmitia uma coesão histórica no tempo e no espaço, que com o advento do
Liberalismo se estendeu a outros sectores menos aristocráticos, mas nem por isso
menos representativos da nobreza de sentimentos, da filantropia e da solidariedade
com que se identificavam os seus membros. Foi o caso dos emblemas heráldicos
adoptados pelas universidades, pelas associações socioprofissionais, pelas ordens
laborais, pelos sindicatos, etc. A colectivização de interesses, sentimentos e bens,
tornou-se bastante comum na última centúria, passando por razões de funcionalidade
identificadora a adoptar um escudo de armas, mercê do qual fosse possível transmitir
união, força, progresso e prosperidade. Digamos que a heráldica após o seu período
áureo – marcado pelo processo de elitização social do Antigo Regime – perdeu os seus
pergaminhos de exclusividade para se democratizar em benefício dum projecto
nacional de identidade e unificação das pessoas em colectividades e em comunidades.
Por isso se assistiu ao aparecimento da “heráldica de domínio” – mais propriamente
uma heráldica municipalista – que depois de brasonar todos os concelhos estendeu-se
muito recentemente às freguesias, numa onda de fobia heráldica sem precedentes,
quiçá ameaçadora do rigor e credibilidade da velha tradição armorial.
Origens, arte e conhecimento da Heráldica
Para os menos esclarecidos nestas matérias, devemos elucidar que a Heráldica é, em
síntese, o estudo e interpretação do significado social e simbólico da representação
icónica da Nobreza, ou seja, dos seus escudos de armas, vulgo Brasão ou Pedra
d’Armas.
As origens da Heráldica remontam à Idade Média, sensivelmente por volta do séc. XII,
talvez por acção do cavaleiro Rui de Beaumont, que ostentava nos torneios de armas
um escudo com um emblema pintado, pretendendo com esse ícone identificar a sua
família e o poder político-militar da sua casa feudal. No campo de batalha o uso do
escudo armoriado tornou-se bastante funcional, pois permitia destrinçar o inimigo e
coordenar estratégias de combate entre as diversas “casas feudais” presentes na
refrega. Rapidamente a “moda” heráldica estendeu-se da França à Inglaterra, onde
teve – e ainda tem – grande aceitação, acabando por cobrir toda a Europa.
4. O brasão da freguesia de Montenegro, em Faro
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Curiosamente, mil anos antes da nossa era, já os “senhores da guerra” (Shoguns) no
Japão usavam emblemas e sinais ideográficos, como símbolos do poder político e da
força militar das suas famílias. Em boa verdade a heráldica deve as suas origens ao
Feudalismo, visto que como regime político-socioeconómico estribou-se no poder
militar das primeiras e principais famílias europeias.
Tomando como exemplo o nosso país, podemos dizer que a nossa heráldica remonta à
época da formação do Estado e ao período da chamada Reconquista Cristã. No tecto
da denominada «Sala dos Veados», no Paço Real de Sintra, estão patentes os
cinquenta brasões mais antigos de Portugal, representando os apelidos das principais
famílias da nobreza lusitana. Podem ainda hoje ser ali observados, e, pelo menos do
ponto de vista artístico, merecem uma apreciação atenta e demorada.
Os primeiros brasões – régios, nobiliárquicos e eclesiásticos – vieram a público nas
moedas (numismática) e nos selos medievais (esfragística) que pendiam dos
documentos oficiais, nomeadamente forais, diplomas régios, cartas de mercê, bulas
etc. As famílias nobres usavam os seus brasões ou escudo de armas como símbolo de
posse, encontrando-se ainda hoje visíveis por todo o país, sobretudo na frontaria dos
solares, nos portões dos palácios, nas capelas das igrejas, nas sepulturas, etc. É,
como se compreende, na região Norte que têm a sua principal concentração.
Conforme o fim a que se destina, a heráldica pode dividir-se em vários tipos. Assim,
pode ser de Família, que é a mais clássica, por dizer respeito à Nobreza. Pode ser
Eclesiástica quando se refere à Igreja e às Ordens Religiosas; de Domínio, quando se
reporta à Divisão Administrativa do Território, podendo ser do género estadual,
municipal e paroquial, quando diga respeito às armas da cidade, vila ou freguesia.
Existe também a heráldica Corporativa relativa às colectividades, associações
profissionais, sindicatos, etc.
Um outro aspecto importante é o da “função social” da Heráldica, que consiste na
identificação da família, do grupo ou da comunidade com determinados símbolos que
traduzam factos históricos, honras e factores de independência, que identifiquem e
unam aqueles que usam essas pedras de armas. No fundo a heráldica serve para
estabelecer relações de proximidade e orgulho entre a simbologia e o sentimento.
Quanto à “forma” existem diferentes tipologias de escudos heráldicos. Não os vamos
aqui enunciar. Apenas acrescentaremos que a forma Nacional é arredondada no pé,
contrastando com a clássica boleada de bico que é afrancesada e medieval. A origem
dos vários formatos prende-se logicamente com os escudos guerreiros.
5. O brasão da freguesia de Montenegro, em Faro
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O Campo do escudo divide-se em “chefe”, “flancos” e “pé” ou “contra-chefe”. As figuras
que ilustram os brasões podem ser: naturais, artificias e quiméricas. As naturais
englobam animais, plantas, árvores, astros, figuras humanas, etc. As artificias inspiram-
se na guerra, arquitectura militar, armaria, cavalaria, marinha, caça, etc. As quiméricas
englobam figuras míticas como dragões, sereias, tritões, etc. As figuras animais
representam-se sempre de perfil e em atitudes próprias.
As cores heráldicas definem-se pela sua natureza e representação gráfica e
correspondem a metais nobres ou a esmaltes. Os metais são o ouro e a prata. Os
esmaltes são vermelho, azul, verde, preto e púrpura. As cores, metais ou esmaltes,
relacionam-se com pedras preciosas e astros. Por exemplo: ouro – topázio – Sol;
vermelho – rubi – Marte, etc…
O brasão possui ainda a Coroa, que servia para distinguir os títulos de Duque e de
Conde, assim como as ordens religiosas e militares. No caso das armas de domínio é
comum a coroa mural, geralmente constituída por três torres.
Opcionalmente pode ostentar um Listel, que é uma tarja, de metal ou de esmalte, com
uma legenda em português, latim ou outra língua. Se o “listel” figura na parte inferior
diz-se que está em tensão.
Elementos constitutivos do brasão de Montenegro
Quanto à forma, é em Escudo do tipo Nacional. Apresenta uma Coroa mural com três
torres. No Campo o metal predominante é o Ouro, que simboliza a riqueza, a fidelidade
e a força, mas também se associa ao Sol, que, no caso presente, é o astro mais
identificativo do Algarve.
Ostenta em “chefe” uma árvore de verde e arrancada, isto é, que tem as raízes visíveis.
A árvore é o símbolo da vida em perpétua evolução, e quando ascende em direcção ao
céu evoca todo o simbolismo da verticalidade. Por outro lado, a árvore também
simboliza a regeneração da vida e a comunicação com o sagrado, através dos seus
ramos mais elevados. As árvores tiveram desde tempos imemoriais um sentido mítico
havendo até rituais de adoração, sobretudo sobre as árvores mais altas e mais raras. O
carvalho celta, a tília germânica, o freixo escandinavo, a oliveira islâmica, a bétula
siberiana, etc, estão associados a cultos ancestrais.
Neste caso está representado um Pinheiro, que simboliza a imortalidade, por causa da
persistência da folha e da incorruptibilidade da resina. Por vezes também é utilizado
6. O brasão da freguesia de Montenegro, em Faro
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para exprimir a longevidade. Além disso o Pinheiro está aqui identificado com as
origens toponímicas da freguesia. Com efeito, reza a tradição que a designação de
Montenegro está relacionada com a densa mancha florestal que cobria quase toda a
freguesia, a qual observada à distância, desde a cidade de Faro, parecia assemelhar-
se a um Monte Negro.
Nos “flancos” do escudo apresenta duas Cegonhas de vermelho, sancadas de negro
(sancadas quer dizer apoiadas, em pernas de outra cor). Em heráldica representa-se
firmada no pé direito, com a perna esquerda encolhida, por ser considerada essa a sua
posição mais natural e identificativa.
A Cegonha é um símbolo sagrado do cristianismo, pelo facto de fazer parte da sua
dieta o extermínio de répteis, que identificam o mal, nomeadamente as serpentes. Mas
também simboliza a ressurreição, porque retorna todos os anos das suas viagens
migratórias ao mesmo local onde nidifica. Por outro lado, a Cegonha exprime a
longevidade, a felicidade e a piedade filial. Pelo facto de em repouso se sustentar num
pé só simboliza a meditação ou a contemplação filosófica. Neste caso, a sua
representação em cor vermelha significa a fecundidade e o amor filial.
O “Pé” do escudo apresenta-se ondado de verde e prata. As ondas verdes significam a
Ria Formosa e as prateadas o Oceano, simbolizando a força, a agitação e a
vivacidade.
O “Listel” figura em branco com a legenda em preto: Montenegro – Faro.
Além do escudo de armas foi concedida à Junta de Freguesia do Montenegro a
permissão de uso de Bandeira. Apresenta ao centro o brasão sobre fundo esmaltado
de Vermelho, o que significa valor e intrepidez, ou seja o ânimo decidido na defesa dos
oprimidos.
Foi o sentimento, a consciência e o espírito de Liberdade, que levou os habitantes do
sítio do Montenegro a exigirem a sua emancipação, alcandorando-se ao estatuto de
freguesia. Mas foi sobretudo a alma, a sensibilidade e a percepção da Fraternidade
comunitária que os uniu, não só no caminho da sua autonomia administrativa como
também na construção dos seus símbolos heráldicos.
[texto integral da palestra de apresentação do brasão de Montenegro, proferida em 24-6-2001]