1. O documento discute a construção histórica do conceito de Nordeste e a identidade nordestina. 2. O Nordeste surgiu como uma região definida no início do século XX devido a fatores políticos, econômicos e sociais. 3. Estereótipos negativos do nordestino foram formados ao longo do tempo e levaram a preconceito e discriminação contra essa população.
1. O documento discute a construção histórica do conceito de Nordeste e a identidade nordestina. 2. O Nordeste surgiu como uma região definida no início do século XX devido a fatores políticos, econômicos e sociais. 3. A migração nordestina foi marcada por estereótipos que escondiam a agência dos migrantes e os retratavam como vítimas passivas da seca e da fome.
PANORAMA GEOHISTÓRICO-PATRIMONIAL DE ÁREA DE FRONTEIRA: ESTUDO DE CASO SÃO BO...Muriel Pinto
A monografia discute o patrimônio histórico-cultural compartilhado entre as cidades de São Borja-RS-BR e Santo Tomé-CORRIENTES-AR. A formação dos assentamentos na região fronteiriça está ligada a disputas territoriais e relações comerciais e culturais. O estudo realizou um inventário do patrimônio e analisou a identidade cultural compartilhada considerando aspectos como artesanato, instituições, monumentos e tradições.
Este documento apresenta 5 questões sobre história para um concurso vestibular. A primeira questão trata da Inquisição na Europa e no Brasil colonial. A segunda aborda a relação do homem com o tempo no Antigo Regime e na era moderna. A terceira compara os processos de abolição da escravidão no Haiti e no Brasil. A quarta discute mudanças ocorridas no Brasil na década de 1950. E a quinta analisa as crises financeiras de 1929 e 2008.
O documento analisa a história da Vila de Cabeças, Bahia de 1920 a 1962, quando se tornou a cidade de Governador Mangabeira. Discute o apogeu econômico da Vila com o beneficiamento de tabaco e a importância política do Coronel João Altino da Fonseca. Também explora a origem do nome "Cabeças" e o contexto histórico do Recôncavo Baiano como região produtora de tabaco.
Este edital abre inscrições para 11 prêmios estaduais de cultura em Santa Catarina, com um total de R$7 milhões em recursos. Os projetos serão avaliados por Comissões Autônomas de Seleção em categorias como artes populares, artes visuais, dança, literatura, música e patrimônio cultural. O edital define regras de participação, documentação necessária, distribuição de recursos entre os prêmios e composição das comissões avaliadoras.
Este documento apresenta informações sobre o segundo bimestre do 9o ano de História no Rio de Janeiro em 2014. Aborda temas como desigualdade, exclusão e alternativas propostas, como a Revolução Russa. Fornece detalhes sobre a sociedade russa pré-revolução, dividida principalmente entre nobres, funcionários do Estado e camponeses.
Este documento é uma dissertação de mestrado apresentada à Universidade Federal da Grande Dourados que analisa a construção cultural e identitária de Mato Grosso do Sul pelos intelectuais locais. O trabalho estuda a relação desses intelectuais com o poder político e como eles usaram a história, a literatura e outros símbolos para criar e divulgar uma identidade sul-mato-grossense.
O documento discute um projeto de lei aprovado na Câmara dos Deputados que daria ao médico o monopólio sobre o diagnóstico e tratamento de doenças, prejudicando outros profissionais de saúde e aumentando os custos para os pacientes. O autor argumenta que a lei elevaria os preços dos planos de saúde e das consultas, ao mesmo tempo em que poderia comprometer a qualidade do tratamento ao concentrar decisões em apenas uma classe profissional.
1. O documento discute a construção histórica do conceito de Nordeste e a identidade nordestina. 2. O Nordeste surgiu como uma região definida no início do século XX devido a fatores políticos, econômicos e sociais. 3. A migração nordestina foi marcada por estereótipos que escondiam a agência dos migrantes e os retratavam como vítimas passivas da seca e da fome.
PANORAMA GEOHISTÓRICO-PATRIMONIAL DE ÁREA DE FRONTEIRA: ESTUDO DE CASO SÃO BO...Muriel Pinto
A monografia discute o patrimônio histórico-cultural compartilhado entre as cidades de São Borja-RS-BR e Santo Tomé-CORRIENTES-AR. A formação dos assentamentos na região fronteiriça está ligada a disputas territoriais e relações comerciais e culturais. O estudo realizou um inventário do patrimônio e analisou a identidade cultural compartilhada considerando aspectos como artesanato, instituições, monumentos e tradições.
Este documento apresenta 5 questões sobre história para um concurso vestibular. A primeira questão trata da Inquisição na Europa e no Brasil colonial. A segunda aborda a relação do homem com o tempo no Antigo Regime e na era moderna. A terceira compara os processos de abolição da escravidão no Haiti e no Brasil. A quarta discute mudanças ocorridas no Brasil na década de 1950. E a quinta analisa as crises financeiras de 1929 e 2008.
O documento analisa a história da Vila de Cabeças, Bahia de 1920 a 1962, quando se tornou a cidade de Governador Mangabeira. Discute o apogeu econômico da Vila com o beneficiamento de tabaco e a importância política do Coronel João Altino da Fonseca. Também explora a origem do nome "Cabeças" e o contexto histórico do Recôncavo Baiano como região produtora de tabaco.
Este edital abre inscrições para 11 prêmios estaduais de cultura em Santa Catarina, com um total de R$7 milhões em recursos. Os projetos serão avaliados por Comissões Autônomas de Seleção em categorias como artes populares, artes visuais, dança, literatura, música e patrimônio cultural. O edital define regras de participação, documentação necessária, distribuição de recursos entre os prêmios e composição das comissões avaliadoras.
Este documento apresenta informações sobre o segundo bimestre do 9o ano de História no Rio de Janeiro em 2014. Aborda temas como desigualdade, exclusão e alternativas propostas, como a Revolução Russa. Fornece detalhes sobre a sociedade russa pré-revolução, dividida principalmente entre nobres, funcionários do Estado e camponeses.
Este documento é uma dissertação de mestrado apresentada à Universidade Federal da Grande Dourados que analisa a construção cultural e identitária de Mato Grosso do Sul pelos intelectuais locais. O trabalho estuda a relação desses intelectuais com o poder político e como eles usaram a história, a literatura e outros símbolos para criar e divulgar uma identidade sul-mato-grossense.
O documento discute um projeto de lei aprovado na Câmara dos Deputados que daria ao médico o monopólio sobre o diagnóstico e tratamento de doenças, prejudicando outros profissionais de saúde e aumentando os custos para os pacientes. O autor argumenta que a lei elevaria os preços dos planos de saúde e das consultas, ao mesmo tempo em que poderia comprometer a qualidade do tratamento ao concentrar decisões em apenas uma classe profissional.
EDUCAÇÃO PATRIMONIAL: Apostila viagem de estudos em Santo Antônio da Patrulh...Leonardo Gedeon
O documento descreve uma viagem educativa de alunos a Santo Antônio da Patrulha e Osório, com visitas a locais históricos e culturais como museus, bibliotecas e parques. O roteiro inclui normas de conduta e informações sobre os pontos turísticos.
1) O documento discute a formação histórica da região Nordeste do Brasil, desde o período colonial até a criação da Sudene.
2) A colonização portuguesa trouxe uma nova territorialidade e paisagem à região, substituindo a vegetação nativa e a cultura indígena. Uma estrutura econômica baseada na cana-de-açúcar e na escravidão persiste até hoje.
3) A noção de uma região Nordeste distinta só surgiu no passado recente, embora elementos de sua formação
Proletário refere-se ao trabalhador assalariado, que vive da venda de sua força de trabalho.
b) burguês:_____________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
O documento discute a intolerância, racismo e xenofobia na sociedade madeirense. Aponta que falta estudos históricos e sociológicos sobre os comportamentos atuais e como eles mudaram ao longo do tempo, especialmente após ondas de migração para a ilha. Também explora como a "invejidade", ou inveja refinada, é um pecado original do povo madeirense que limita o progresso social.
O documento discute as dificuldades em identificar regiões culturais distintas em países de grande escala continental como o Brasil. Ao longo do tempo, várias tentativas foram feitas usando critérios diferentes, mas somente no século 20 estudos antropológicos e culturais começaram a mapear essas regiões de forma mais precisa.
Guia Cultural de Governador Valadares - Volume I - Favela é Isso AíFavela é isso aí
O bairro de Santa Terezinha em Governador Valadares começou a ser ocupado na década de 1950 para abrigar trabalhadores migrantes. Inicialmente as casas eram simples, feitas de madeira ou barro, e a infraestrutura era precária, com água sendo retirada de córregos. Atualmente o bairro possui mais de 4.500 moradores e melhor infraestrutura.
Nascemos colônia. Nascemos como “não-nação”. Nosso sentido, enquanto Consulta Popular, está em construir um Projeto Popular para o Brasil que possibilite transformarmos a “não-nação” em uma Nação. O desenvolvimento da luta exige conhecimento do país, de modo científico.
Só venceremos a luta contra a colonização, a dependência, se conhecermos nossa sociedade e nosso terreno melhor que ninguém.
Para auxiliar neste estudo sobre a “não-nação” e sua dependência, é que elaboramos esta Cartilha no 3: “História, Crise e Dependência do Brasil”. São apresentadas os principais elementos para iniciar um profundo estudo da realidade brasileira. É resultado do que acumulamos até o presente, na árdua luta para construirmos um país soberano, socialista.
Incluimos nessa edição revisada um texto de análise do período da política neoliberal, do economista Delfim Neto, que por si só é revelador, do seu desastre para nossa economia.
Que esta Cartilha possibilite a todos e todas a contribuírem na elaboração do Projeto Popular e na formação da consciência social e política do povo brasileiro. Com ela queremos educar nosso povo e multiplicar suas formas organizativas de lutas.
Este catálogo descreve uma exposição realizada pela Biblioteca Nacional sobre o Nordeste brasileiro. Apresenta seções sobre bibliografias e catálogos, enciclopédias e dicionários, estatística, sociologia, folclore e artes populares, cangaceiros e fanáticos, economia, secas, transportes, etnologia e linguística, biologia, alimentação, literatura, biografia e memórias, geografia, história, mapas e plantas, iconografia e jornais relacionados à regi
O surgimento do bairro asa branca na dcada de 1980 em boa vista-rrRenie Melo
Este documento é uma monografia apresentada à Universidade Federal de Roraima que analisa o surgimento do bairro Asa Branca na década de 1980 em Boa Vista, Roraima. A monografia busca entender os processos migratórios que levaram à ocupação e criação do bairro, incorporando a memória dos migrantes nordestinos envolvidos. A pesquisa baseia-se em fontes orais e documentais e está organizada em dois capítulos que discutem a migração como fator de transformações espaciais e a
Uma análise da população indígena na cidade de altamira, estado do pará, com ...Caetano
1. O documento analisa a população indígena na cidade de Altamira, Pará, com base nos dados do Censo de 2010.
2. Apresenta um breve histórico da formação da cidade e da presença de indígenas das etnias Arara, Juruna, Kuruaya e Xipaya desde o século 18.
3. Discute o processo de etnogênese pelo qual estas populações passaram nos últimos anos, tornando-se visíveis novamente após estudos para a construção da hidrelétrica de Belo Monte
FREGUESIAS ESQUECIDAS: “CIDADES” DO SÉCULO XIX QUE NUNCA SE TORNARAM CIDADESOtávio Sales
1. O documento analisa três localidades no sul de Minas Gerais - Douradinho, Córrego do Ouro e Barranco Alto - que eram distritos no século XIX, mas nunca se tornaram municípios.
2. Explica o status de distrito e município ao longo do tempo no Brasil e em Minas Gerais.
3. Descreve as três localidades e busca entender os possíveis motivos pelos quais elas nunca se emanciparam como municípios.
Este artigo analisa as diversas interpretações do Movimento Divisionista na historiografia, o surgimento do Movimento Cultural Guaicuru e sua importância na busca de uma identidade sul-mato-grossense. Discute-se como os índios Guaicurus influenciaram a construção dessa identidade e como o Movimento Guaicuru representou a primeira plataforma social, econômica e cultural do novo estado.
Este resumo apresenta os principais pontos do capítulo 1:
1) Os Tupi eram os principais grupos indígenas da região de São Paulo no século XVI. Sua população sofreu um declínio acentuado com a chegada dos colonizadores portugueses.
2) Jesuítas e colonos entraram em conflito na busca por terras e mão-de-obra indígena. Enquanto os jesuítas defendiam uma aproximação mais pacífica, os colonos passaram a realizar incursões arm
Turismo Criativo - Projeto conceitual do Parque Turístico Ambiental da Integr...EscolaDeCriatividade
Este documento apresenta a concepção inicial de um Parque Turístico Ambiental na fronteira entre Brasil e Argentina, abrangendo as cidades de Barracão (PR), Dionísio Cerqueira (SC) e Bernardo de Irigoyen (Argentina). O parque visa promover a integração entre os povos por meio da história, cultura e meio ambiente da região, além de atrair novos fluxos turísticos. Será organizado em temáticas como arte, cultura, esporte, lazer e meio ambiente, oferecendo atra
HISTÓRIA E MEMÓRIA: UM RESGATE DA CULTURA INDÍGENA DO LITORAL PERNAMBUCANO NO...guest243097
O documento descreve a cultura indígena Tupi que habitava o litoral pernambucano no período colonial, mencionando sua língua, localização e traços culturais. O texto é dividido em três capítulos que abordam a língua Tupi, o contato com os colonizadores europeus e as formas de inserção e aculturação dos indígenas na nova sociedade colonial.
O documento descreve a história do estado de Minas Gerais no Brasil desde o século XVI, quando os bandeirantes começaram a explorar ouro e pedras preciosas na região. Detalha o ciclo da mineração e o povoamento do estado, com foco nas cidades históricas da Rota do Ouro, como Ouro Preto, Mariana e Diamantina. Também aborda a economia baseada no café no século XIX e a industrialização subsequente.
O documento descreve a emancipação política do município de Duque de Caxias em 1943. Começa com uma breve história da região desde o século XVI, passando pelos ciclos econômicos do ouro e do café. Fala sobre o crescimento da região no século XX e a elevação de Caxias à categoria de município em 31 de dezembro de 1943, recebendo o nome de Duque de Caxias. Resume os avanços da cidade nas últimas décadas e as perspectivas de futuro.
Este documento descreve o projeto de modernização do Rio de Janeiro no início do século XX que visava transformar a cidade em uma "Europa possível". Isso envolveu a abertura de novas avenidas, a higienização da cidade e a remoção das camadas populares para a periferia. A cultura popular resistiu a essas mudanças através de comunidades como a casa da Tia Ciata, que preservava tradições africanas.
QUILOMBOS NA AMAZÔNIA: UM ESBOÇO PRELIMINAR DO ESTUDO DE “COMUNIDADES DE PRET...Geraa Ufms
1) O documento discute a presença de comunidades negras, chamadas de "quilombolas", na Amazônia, especialmente no Complexo do Rio Madeira.
2) Essas comunidades estão ameaçadas por projetos de desenvolvimento do governo brasileiro, como a construção de hidrelétricas, que podem afetar suas terras e modo de vida.
3) O autor analisa fontes históricas para mapear a presença negra na Amazônia ao longo dos séculos e como essas comunidades são referidas nos documentos of
Este documento descreve a pesquisa realizada sobre o Terceiro Eixo Ocupacional de Rio Branco, que ocorreu entre 1971-1982. O texto apresenta a introdução da pesquisa, que analisou a ocupação e formação da área próxima ao antigo aeroporto da cidade. A pesquisa buscou entender o processo de expansão urbana para a área e como os moradores desenvolveram suas identidades locais. O documento também lista agradecimentos às instituições que apoiaram a pesquisa e apresenta o sumário dos capítulos
1) O documento apresenta o tema e os eixos da IV Conferência Nacional de Saúde Mental, que discutirá a política de saúde mental no Brasil.
2) Os três eixos são: I) Saúde Mental e Políticas de Estado, focado na política e pactuação intersetorial; II) Consolidar a Rede de Atenção Psicossocial, focado no cuidado; III) Direitos Humanos e Cidadania, focado na intersetorialidade.
3) Cada eixo contém subeixos que discutirão temas especí
A reunião contou com a presença de vários membros para discutir assuntos importantes. Foram abordados pontos cruciais que necessitam de atenção e solução, visando o melhor andamento dos trabalhos. Acordos foram firmados para que sejam tomadas medidas efetivas nos próximos passos.
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1) O documento discute a formação histórica da região Nordeste do Brasil, desde o período colonial até a criação da Sudene.
2) A colonização portuguesa trouxe uma nova territorialidade e paisagem à região, substituindo a vegetação nativa e a cultura indígena. Uma estrutura econômica baseada na cana-de-açúcar e na escravidão persiste até hoje.
3) A noção de uma região Nordeste distinta só surgiu no passado recente, embora elementos de sua formação
Proletário refere-se ao trabalhador assalariado, que vive da venda de sua força de trabalho.
b) burguês:_____________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
O documento discute a intolerância, racismo e xenofobia na sociedade madeirense. Aponta que falta estudos históricos e sociológicos sobre os comportamentos atuais e como eles mudaram ao longo do tempo, especialmente após ondas de migração para a ilha. Também explora como a "invejidade", ou inveja refinada, é um pecado original do povo madeirense que limita o progresso social.
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O bairro de Santa Terezinha em Governador Valadares começou a ser ocupado na década de 1950 para abrigar trabalhadores migrantes. Inicialmente as casas eram simples, feitas de madeira ou barro, e a infraestrutura era precária, com água sendo retirada de córregos. Atualmente o bairro possui mais de 4.500 moradores e melhor infraestrutura.
Nascemos colônia. Nascemos como “não-nação”. Nosso sentido, enquanto Consulta Popular, está em construir um Projeto Popular para o Brasil que possibilite transformarmos a “não-nação” em uma Nação. O desenvolvimento da luta exige conhecimento do país, de modo científico.
Só venceremos a luta contra a colonização, a dependência, se conhecermos nossa sociedade e nosso terreno melhor que ninguém.
Para auxiliar neste estudo sobre a “não-nação” e sua dependência, é que elaboramos esta Cartilha no 3: “História, Crise e Dependência do Brasil”. São apresentadas os principais elementos para iniciar um profundo estudo da realidade brasileira. É resultado do que acumulamos até o presente, na árdua luta para construirmos um país soberano, socialista.
Incluimos nessa edição revisada um texto de análise do período da política neoliberal, do economista Delfim Neto, que por si só é revelador, do seu desastre para nossa economia.
Que esta Cartilha possibilite a todos e todas a contribuírem na elaboração do Projeto Popular e na formação da consciência social e política do povo brasileiro. Com ela queremos educar nosso povo e multiplicar suas formas organizativas de lutas.
Este catálogo descreve uma exposição realizada pela Biblioteca Nacional sobre o Nordeste brasileiro. Apresenta seções sobre bibliografias e catálogos, enciclopédias e dicionários, estatística, sociologia, folclore e artes populares, cangaceiros e fanáticos, economia, secas, transportes, etnologia e linguística, biologia, alimentação, literatura, biografia e memórias, geografia, história, mapas e plantas, iconografia e jornais relacionados à regi
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Este documento é uma monografia apresentada à Universidade Federal de Roraima que analisa o surgimento do bairro Asa Branca na década de 1980 em Boa Vista, Roraima. A monografia busca entender os processos migratórios que levaram à ocupação e criação do bairro, incorporando a memória dos migrantes nordestinos envolvidos. A pesquisa baseia-se em fontes orais e documentais e está organizada em dois capítulos que discutem a migração como fator de transformações espaciais e a
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1. O documento analisa a população indígena na cidade de Altamira, Pará, com base nos dados do Censo de 2010.
2. Apresenta um breve histórico da formação da cidade e da presença de indígenas das etnias Arara, Juruna, Kuruaya e Xipaya desde o século 18.
3. Discute o processo de etnogênese pelo qual estas populações passaram nos últimos anos, tornando-se visíveis novamente após estudos para a construção da hidrelétrica de Belo Monte
FREGUESIAS ESQUECIDAS: “CIDADES” DO SÉCULO XIX QUE NUNCA SE TORNARAM CIDADESOtávio Sales
1. O documento analisa três localidades no sul de Minas Gerais - Douradinho, Córrego do Ouro e Barranco Alto - que eram distritos no século XIX, mas nunca se tornaram municípios.
2. Explica o status de distrito e município ao longo do tempo no Brasil e em Minas Gerais.
3. Descreve as três localidades e busca entender os possíveis motivos pelos quais elas nunca se emanciparam como municípios.
Este artigo analisa as diversas interpretações do Movimento Divisionista na historiografia, o surgimento do Movimento Cultural Guaicuru e sua importância na busca de uma identidade sul-mato-grossense. Discute-se como os índios Guaicurus influenciaram a construção dessa identidade e como o Movimento Guaicuru representou a primeira plataforma social, econômica e cultural do novo estado.
Este resumo apresenta os principais pontos do capítulo 1:
1) Os Tupi eram os principais grupos indígenas da região de São Paulo no século XVI. Sua população sofreu um declínio acentuado com a chegada dos colonizadores portugueses.
2) Jesuítas e colonos entraram em conflito na busca por terras e mão-de-obra indígena. Enquanto os jesuítas defendiam uma aproximação mais pacífica, os colonos passaram a realizar incursões arm
Turismo Criativo - Projeto conceitual do Parque Turístico Ambiental da Integr...EscolaDeCriatividade
Este documento apresenta a concepção inicial de um Parque Turístico Ambiental na fronteira entre Brasil e Argentina, abrangendo as cidades de Barracão (PR), Dionísio Cerqueira (SC) e Bernardo de Irigoyen (Argentina). O parque visa promover a integração entre os povos por meio da história, cultura e meio ambiente da região, além de atrair novos fluxos turísticos. Será organizado em temáticas como arte, cultura, esporte, lazer e meio ambiente, oferecendo atra
HISTÓRIA E MEMÓRIA: UM RESGATE DA CULTURA INDÍGENA DO LITORAL PERNAMBUCANO NO...guest243097
O documento descreve a cultura indígena Tupi que habitava o litoral pernambucano no período colonial, mencionando sua língua, localização e traços culturais. O texto é dividido em três capítulos que abordam a língua Tupi, o contato com os colonizadores europeus e as formas de inserção e aculturação dos indígenas na nova sociedade colonial.
O documento descreve a história do estado de Minas Gerais no Brasil desde o século XVI, quando os bandeirantes começaram a explorar ouro e pedras preciosas na região. Detalha o ciclo da mineração e o povoamento do estado, com foco nas cidades históricas da Rota do Ouro, como Ouro Preto, Mariana e Diamantina. Também aborda a economia baseada no café no século XIX e a industrialização subsequente.
O documento descreve a emancipação política do município de Duque de Caxias em 1943. Começa com uma breve história da região desde o século XVI, passando pelos ciclos econômicos do ouro e do café. Fala sobre o crescimento da região no século XX e a elevação de Caxias à categoria de município em 31 de dezembro de 1943, recebendo o nome de Duque de Caxias. Resume os avanços da cidade nas últimas décadas e as perspectivas de futuro.
Este documento descreve o projeto de modernização do Rio de Janeiro no início do século XX que visava transformar a cidade em uma "Europa possível". Isso envolveu a abertura de novas avenidas, a higienização da cidade e a remoção das camadas populares para a periferia. A cultura popular resistiu a essas mudanças através de comunidades como a casa da Tia Ciata, que preservava tradições africanas.
QUILOMBOS NA AMAZÔNIA: UM ESBOÇO PRELIMINAR DO ESTUDO DE “COMUNIDADES DE PRET...Geraa Ufms
1) O documento discute a presença de comunidades negras, chamadas de "quilombolas", na Amazônia, especialmente no Complexo do Rio Madeira.
2) Essas comunidades estão ameaçadas por projetos de desenvolvimento do governo brasileiro, como a construção de hidrelétricas, que podem afetar suas terras e modo de vida.
3) O autor analisa fontes históricas para mapear a presença negra na Amazônia ao longo dos séculos e como essas comunidades são referidas nos documentos of
Este documento descreve a pesquisa realizada sobre o Terceiro Eixo Ocupacional de Rio Branco, que ocorreu entre 1971-1982. O texto apresenta a introdução da pesquisa, que analisou a ocupação e formação da área próxima ao antigo aeroporto da cidade. A pesquisa buscou entender o processo de expansão urbana para a área e como os moradores desenvolveram suas identidades locais. O documento também lista agradecimentos às instituições que apoiaram a pesquisa e apresenta o sumário dos capítulos
Semelhante a Cópia de Identidades Culturais - Cultura Nordestina (20)
1) O documento apresenta o tema e os eixos da IV Conferência Nacional de Saúde Mental, que discutirá a política de saúde mental no Brasil.
2) Os três eixos são: I) Saúde Mental e Políticas de Estado, focado na política e pactuação intersetorial; II) Consolidar a Rede de Atenção Psicossocial, focado no cuidado; III) Direitos Humanos e Cidadania, focado na intersetorialidade.
3) Cada eixo contém subeixos que discutirão temas especí
A reunião contou com a presença de vários membros para discutir assuntos importantes. Foram abordados pontos cruciais que necessitam de atenção e solução, visando o melhor andamento dos trabalhos. Acordos foram firmados para que sejam tomadas medidas efetivas nos próximos passos.
O documento resume uma resposta ao artigo de Ferreira Gullar criticando a campanha contra a internação de doentes mentais. A resposta argumenta que o artigo de Gullar ignora a complexidade do movimento pela reforma psiquiátrica e que manicômios continuam existindo de forma desumana. A resposta defende um modelo de atenção à saúde mental mais humano e eficiente.
O documento discute a campanha contra a internação de doentes mentais no Brasil. O autor argumenta que a campanha foi inspirada por ideias importadas da Itália que fracassaram e causaram um desastre. A lei resultante praticamente acabou com os hospitais psiquiátricos públicos, deixando os doentes mentais mais graves sem tratamento adequado e muitos nas ruas. O autor defende a revogação desta lei.
Texto domédico psiquiatra Julius Martins Teixeira, presidente da Associação dos Funcionários da Colônia Juliano Moureira, divuldado no site A Nova Democracia.
O documento discute pontos importantes sobre intervenção na área da Saúde Mental e Trabalho (SMT), incluindo modelos teóricos, efeitos do estresse no indivíduo e organização, dinâmica do reconhecimento no trabalho, limites do corpo sob pressão no ambiente de trabalho, e exemplos de possíveis intervenções focadas no indivíduo, grupo ou ambiente de trabalho.
I - O projeto de lei aprovado na Câmara dos Deputados concede ao médico o monopólio sobre o diagnóstico e prescrição terapêutica, retirando a autonomia de outros profissionais de saúde.
II - Isso prejudicará os cidadãos ao aumentar filas e custos com planos de saúde e consultas, já que todos precisarão passar por médico antes e depois de qualquer tratamento.
III - Há dúvidas se os médicos têm conhecimento suficiente para determinar tratamentos de todas as outras
O documento fornece um resumo das principais características e funcionalidades do sistema operacional Windows 98. Em três frases:
O Windows 98 introduz uma interface semelhante a navegadores da web, suporte a múltiplos monitores e novos hardwares. Ele também é mais rápido e estável que versões anteriores, embora exija pelo menos 16MB de RAM. O documento descreve em detalhes as melhorias e recursos trazidos pelo Windows 98.
Este documento resume os principais elementos da Constituição Federal brasileira, incluindo a estrutura da hierarquia das normas, direitos e garantias fundamentais, e princípios como separação dos poderes e isonomia. A Constituição é a norma máxima, seguida por leis complementares, ordinárias e decretos. Os direitos fundamentais incluem liberdades civis, políticas, sociais e econômicas, sujeitos a limitações legais e ponderação judicial em casos de conflito.
O documento discute contabilidade geral e conceitos patrimoniais. Ele apresenta os principais conceitos de escrituração contábil, demonstrações contábeis, auditoria, análise financeira e conceitos de ativo, passivo e patrimônio líquido.
O documento fornece orientações gerais para o trabalho final da disciplina, que consistirá em uma crítica da ficha social disponível no grupo. O objetivo é fazer um exercício de articulação das três dimensões da prática profissional no trato dos instrumentos cotidianamente utilizados pelo Serviço Social. O texto sugere que o trabalho se remeta a cada seção da ficha para facilitar a explanação das idéias.
Cópia de Identidades Culturais - Cultura Nordestina
1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO - UFRJ
ESCOLA DE SERVIÇO SOCIAL – ESS
IDENTIDADES CULTURAIS
GISELE
MARCELLE TRINDADE BEZERRA
MARIA CRISTINA JORGE DE CARVALHO
ROSANGELA SOARES
RIO DE JANEIRO – RJ
2008
SUMÁRIO SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ------------------------------------------------------------------------------------
03
2. NORDESTE: UMA CONSTRUÇÃO HISTÓRICA ---------------------------------------
03
3. A MIGRAÇÃO DO NORDESTINO ----------------------------------------------------------
04
4. ESTEREÓTIPO, PRECONCENTEIRO, DISCRIMINAÇÃO E ESTIGMA -------- 06
2. 5. A IDENTIDADE NORDESTINA --------------------------------------------------------------
08
6. DENÚNCIA -----------------------------------------------------------------------------------------
09
7. CONCLUSÃO --------------------------------------------------------------------------------------
10
8. ANEXOS --------------------------------------------------------------------------------------------
11
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS --------------------------------------------------------
12
1. INTRODUÇÃO
A subjetividade de um povo é construída intrinsecamente junto aos seus bens materiais e às suas
formas de poder. O Brasil é formado por uma variedade infinita de povos, raças, etnias, uma autêntica
miscigenação que mostra que somos todos frutos de um caldeirão étnico, o que implica em uma
impossibilidade de existir alguém que afirme pertencer a sua “raça pura”, perante sua árvore
genealógica cheia de filhos bastardos, nascidos em senzalas ou em tribos indígenas. Sobretudo, ainda
hoje o Brasil tem a cultura do colonizado, onde tudo que é feito e originário daqui não tem valor, até
3. regionalmente somos opressores, rimos do sotaque norte-nordestino, louvamos o sotaque paulista e
carioca, e os sulistas transformam a “regionalidade”1 nordestina em apelidos, e se sentem os
dominadores portugueses ao virem para as praias nordestinas, consumir seus bens e retornar para sua
terra natal com o sentimento legitimado de superioridade. O relevante aqui é problematizar e apresentar
o nordeste enquanto uma invenção, uma realidade histórica e cultural construída a partir de interesses
econômicos, políticos e sociais, justificados através de uma definição espaço-territorial com limites
precisos e da delimitação de fronteiras culturais e geográficas.
2. NORDESTE: UMA CONSTRUÇÃO HISTÓRICA
Em vez de pensar as culturas nacionais como unificadas, deveríamos
pensá-las como constituindo um dispositivo discursivo que representa a
diferença como unidade ou identidade (Hall, 2003).
Pensar o nordeste enquanto espaço inventado num dado momento histórico leva-se a pensar nas
representações em sua volta, e que depende da produção de um conhecimento, de meios e símbolos que
o retratam, enfim, de formas de legitimação e reconhecimento coletivo para tal construção.
O que vem a ser, então, o Nordeste?
A idéia de nordeste surge no início do século XX, como determinações de processos políticos, sociais e
econômicos, que geraram tensões intra-regionais. O discurso regionalista emerge das elites agrárias,
que após a constituição do Estado Nacional, algumas regiões perderam seu poder econômico, a partir
da queda de preços de seus principais produtos como o açúcar e o algodão, ficando fora das decisões
políticas2, recebendo pouca assistência por parte da União. Em contrapartida, a economia cafeeira do
Sul se tornava uma importante área em ascensão, exercendo uma grande influência política,
contrapondo-se aos interesses das elites de outras regiões, sobretudo a região do Norte, fazendo surgir
em meios aos representantes da região um discurso regionalista.
O Nordeste, que um dia foi o Brasil, o Brasil da Casa Grande e da Senzala,
o Brasil da nobreza e da quase nobreza portuguesa, o Brasil das capitanias
hereditárias e das sesmarias, dos engenhos de açúcar e das roças, do gado
e do algodão, tornou-se periferia desse mesmo Brasil, mas que já não é
mais o mesmo... (Favero e Santos, 2000, p. 27)
O Nordeste passou a ser assim chamado a partir da criação da Inspetoria Federal de Obras Contra as
Secas (IFOCS), em 1919, sendo identificada por esse nome à região que sofria com a estiagem na parte
Norte do país. A seca vai ser nesse processo inicial, o grande argumento do discurso que a elite
nordestina usará para angariar os recursos e a atenção da Federação, e é em cima dessa base que a
edificação Nordeste vai começar a se erigir. As províncias do Norte precisavam se defender da ameaça
da decadência total e por isso seu discurso precisava assumir um caráter político que as defendessem na
capital do país, e um caráter cultural que as afirmassem e legitimassem nas mentes dos outros e nas dos
próprios nordestinos.
3. A MIGRAÇÃO DO NORDESTINO
O sentido imaginário da migração nordestina se dá pela invisibilidade social dessa população. Essa
questão estava embasada no tripé nordeste/seca/fome, sendo que esta não é a realidade3. Antigamente,
o nordestino ficava em suas cidades, na época de plantações, no período de chuva. Com o passar deste
período, época de seca, o nordestino migrava para a região sudeste em busca da sobrevivência e
4. sustentação da sua família, sujeitando-se a trabalhos subalternizados. Pode-se constatar que a
historiografia da migração nordestina é fruto de uma dispersão vinculada diretamente desse tripé, sendo
assim, mascarando o fato de que a transumância se constitui num dos traços mais característicos das
populações de homens livres e pobres. Neste contexto, eram as migrações que lhes davam a
flexibilidade necessária para “escapar” das mazelas sociais (fome, violência, penúria, etc.).
No entanto, esse aspecto não pode ser escamoteado por conta da tremenda precariedade que esse modo
de vida impôs a grande contingente da população. Por um lado, a migração trouxe benefícios à
população nordestina. De outra forma, os nordestinos sujeitavam-se aos grandes latifundiários e ao
monopólio, em trabalho escravo4, Uma vez que apenas eram aproveitados residualmente e tal
mobilidade foi provocada por um sistema que marginalizava os homens livres e pobres.
Migrar, portanto, tem sempre um sentido ambíguo – como uma imposição das condições econômicas e
sociais ou ambientais – e, nesse caso, ela aparece na maioria das vezes como um dos mais fortes
elementos que explicariam uma destinação do ser nordestino, mas também como uma escolha contra a
miséria e a pobreza da vida no sertão. Migrar é, em última instância, dizer não à situação em que se
vive, é pegar o destino com as próprias mãos, resgatar sonhos e esperanças de vida melhor ou mesmo
diferente. O problema está no fato de que numa vasta produção discursiva, retirou-se do migrante a sua
condição de sujeito, como se migrar não fosse uma escolha, como se ele não tivesse vontade própria.
Migrar pode ser entendido como estratégia não só para minimizar as penúrias do cotidiano, mas
também para buscar um lugar social onde se possa driblar a exclusão pretendida pelas elites brasileiras
através de seus projetos modernizantes.
Quando se trata de migração nordestina, tudo se passa como se fosse uma decorrência sócio-econômica
natural, levando-se em conta a construção imaginária do tripé Nordeste/ seca/ migração. Essa
construção imaginária "destina" ao homem nordestino a condição de migrante, pobre e flagelado. De
certo modo, essa representação social contribui para criar a invisibilidade histórica em torno do
migrante, deslocando as questões para outros campos que não favoreciam o surgimento de uma história
social que os incluísse.
Não obstante, há aqueles que entendem que o migrar é em si uma violência, posto que acarretaria,
sobretudo, perda de identidade e um desenraizamento, tida como perda das relações sociais
constitutivas dos referenciais que informam a identidade. No entanto, ao entender o migrar com essas
características, confina-se novamente o migrante na condição de vítima, passivo diante de um ato que é
tido como não sendo de sua escolha, mas fruto de imposições históricas e estruturais, diante das quais
ele se mantém alheio. A perda das raízes se conforma à de exclusão social, presente já no lugar de
origem. Já existindo antes mesmo da partida, e nesse sentido, percebe-se a experiência de uma certa
precariedade dos modos sociais de existência que compelem à migração também como
desenraizamento, sendo, portanto, o enraizamento no lugar de origem apenas um pressuposto.
É apenas nesse sentido que migrar pode ser entendido como resistência, não só à exploração e
dominação existentes no local de origem, que produzem a exclusão social, mas, sobretudo, a se ver
fixado, emoldurado num lugar social e simbólico. Migrar é exercer o desejo de mudar, de não se
conformar.
4. ESTEREÓTIPO, PRECONCEITO, DISCRIMINAÇÃO E ESTIGMA.
O tipo nordestino vai se definindo como um tipo tradicional, voltado para
a preservação de um passado regional que estaria desaparecendo... ...se
5. situa na contramão do mundo moderno, rejeita as suas superficialidades,
sua vida delicada e histérica. Um homem de costumes conservadores,
rústicos, ásperos, masculinos; um macho capaz de resgatar aquele
patriarcalismo em crise; um ser viril, capaz de retirar a sua região da
situação de passividade e subserviência em que se encontrava.
( Albuquerque Jr, 2003, p. 162)
Aceitar a multiplicidade e a diversidade de vozes e presenças no Brasil nunca foi fácil para elite local.
Os sentimentos ambivalentes de fascínio e repulsa, preconceito e aceitação, envolvimento e
distanciamento e a dificuldade de reconhecimento do outro em si mesmo compõem a história da
construção da identidade nacional.
Os estereótipos formados historicamente ganham visibilidade, dirigindo a imagem do nordestino em
todo o país, inclusive na mídia, no cinema, nas músicas e na literatura. O nordestino tende a ser
colocado no lugar de vítima da seca e do destino.
O discurso da estereotipia é um discurso assertivo, repetitivo, é uma fala
arrogante, uma linguagem que leva a estabilidade acrítica, é fruto de uma
voz segura e auto-suficiente que se arroga o direito de dizer o que é o
outro em poucas palavras. (2001, p. 20)
O preconceito nasceu com os ideais dos intelectuais de que o Sudeste / Sul eram compostos de
população branca e moderna e o Nordeste era composto de mestiços entre negros e índios, onde seu
atraso impediria o desenvolvimento do país.
Sendo assim, o nordestino assume uma duplicidade de visões sobre si mesmo e sobre sua região. Ao
mesmo tempo em que a elaboração do Nordeste tradicional reconhece o Nordeste como à raiz do
brasileiro verdadeiro, por estar livre da influência estrangeira que imigrou para as cidades do Sul,
principalmente São Paulo, e sente orgulho de suas casas grandes, com seus senhores e das relações
dóceis entre estes e seus trabalhadores, o nordestino também assume uma posição de inferioridade em
relação ao Sul, cuja imagem construída é a de um oásis da prosperidade e do desenvolvimento
nacional.
...seja na imprensa do Sul, seja nos trabalhos de intelectuais que adotam
os paradigmas naturalistas,seja no próprio discurso da seca, o Norte
aparece como uma área inferior do país... A certeza de que o rápido
desenvolvimento do Sul, notadamente São Paulo, se explicava por ser um
Estado de clima temperado e raça branca, levava a que não se tivesse
dúvidas do destino desta área, puxar o trem descarrilhado de uma nação
tropical e mestiça . O Norte ficaria naturalmente para trás.
(Albuquerque Jr., 2001, p. 62)
O Nordeste é conhecido pelo verão da seca e da praia. Visto como a caatinga dos brasileiros e o
balneário dos estrangeiros, a região nordestina carrega consigo o estigma de um povo sofrido de fome
e de peste, raquítico de corpo e de mente. Apesar de suas belezas e de sua gente, em meio a esse
paradoxo de estereótipos, infelizmente o que impera é o mal entendido transmitido por esses pré-
conceitos definidos pela nação brasileira e, muitas vezes, pelo próprio nordestino.
Ao instituir uma imagem do nordestino, de forjar um ‘outro’, acabam dando-lhe o lugar do ‘diferente’,
o ‘diferente’ nessa perspectiva acaba tendo a conotação de inferioridade. Nesse sentido, o que mais
inquieta é que a imagem que produzem sobre esse sujeito, é reflexo de uma concepção de cultura
6. popular posta, como a outra face de uma suposta ‘verdadeira cultura’. Dessa forma, a cultura popular
nordestina constitui algo pitoresco, exótico, cômico e etc. A identidade cultural criada para o sujeito
nordestino, nesse sentido, torna-se algo ‘inferior’, que destina o olhar para o outro de forma
verticalizada, de cima para baixo, voltada sob o foco das culturas ‘subalternas’, tidas por menor, e por
isso mesmo folclorizada.
5. A IDENTIDADE NORDESTINA
A identidade nordestina é resultado de proposições e análises sobre o caráter regional de literatos,
políticos, artistas e cantores que se debateram com o dilema da identidade regional, buscando sua
autenticidade, essência ou “natureza”, dando pontos e unindo os retalhos de que é feito esse tecido e ao
mesmo tempo, dele se apropriando como algo dado, natural. O Nordeste da casa grande, dos engenhos,
do cangaço, do messianismo, do sertão e do litoral, entre outros temas "tipicamente" nordestinos, é
escrito, desenhado e cantado por artistas ou jornalistas nacionalmente reconhecidos e aclamados que
contribuem na construção e legitimação do Nordeste. A região passa a ser um espaço culturalmente
definido que demarca um mundo familiar, estruturado pela tradição com a qual a coletividade se
identifica.
A identidade, enquanto uma construção simbólica faz-se presente nas músicas de forró em relação à
região, com seus traços culturais característicos - costumes, crenças e valores morais - que interage
com outros referentes identitários, como a natureza e seus componentes especificamente regionais: o
solo, o sol, os animais, os pássaros, o clima quente. A força comunicativa destas músicas está na idéia
de origem, raízes nas quais está submersa a experiência humana da migração, da qual os autores
retiram o sustento que alimenta a idéia de nordestinidade5, um universo que se apóia nesta condição,
formada por um conjunto coeso de símbolos que consegue manter aceso o sentimento de pertencimento
e de reconhecimento entre os indivíduos, mesmo que se encontrem separados territorialmente.
Uma nova consciência do espaço surge, principalmente, entre
intelectuais que se sentem cada vez mais distantes do centro de
decisão, do poder, seja no campo político, seja no da cultura e da
economia. Uma distância tanto geográfica, quanto em termos de
capacidade de intervenção. (Albuquerque Jr, 2001, p.50)
6. DENÚNCIA
Abaixo segue uma lista de comunidades no Orkut com preconceito contra nordestinos. Algumas delas
tentam negar, na descrição, que sejam preconceituosas, provavelmente para evitar problemas com a
lei. Mas basta ler os tópicos para constatar o seu real conteúdo.
7. Obs.: as comunidades de cariocas chamam os nordestinos de "paraíba" e as comunidades paulistas
chamam os nordestinos de "baiano"
Paraíba tem cabeça widescreen (mais de 500 membros)
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=14530333
Odeio Paraíba em Itacoatiara (mais de 300 membros)
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=9463706
Odeio vizinho Paraíba (mais de 100 membros)
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=11801464
Odeio os paraíbas do aterro (mais de 100 membros)
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=222095
Lênin era cearense (mais de 1000 membros)
- Descrição: A quem ele quis enganar com essa cabeça chata?
http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=42779699
Odeio sotaque nordestino (mais de 100 membros)
http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=26013142
PQP SP só tem baiano (mais de 1000 membros)
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=10822818
Odeio Baiano Loco (note que a foto da comunidade é do Jeremias, que é pernambucano)
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=17247989
7. CONCLUSÃO
Pode-se dizer que o nordestino sabe o que é verdade a seu respeito, no que concerne à imagem feita
pelo resto do país. Sabe os exageros e as invencionices, sabe do Nordeste vendido como "coitadinho" e
do vendido como paraíso tropical do país, sabe das imagens que circulam nas fotos de revistas e nas
telas da TV, que trabalham na construção dessa caricatura nordestina. Mas mesmo sabendo disso, o
próprio Nordeste se utiliza dessa construção para alcançar seus fins.
O nordestino é como o restante do Brasil, ou seja, brasileiro por excelência. Possui suas mazelas,
porém não perde suas belezas, como todo o país, têm suas dificuldades e seus progressos. As regiões se
8. caracterizam por suas peculiaridades naturais, sociais, econômicas e culturais, todavia estão inseridas
no contexto nacional: cada uma tem um pouco da outra. Há nordestino morando no Sul, Sudestino no
Nordeste etc. Gente que nasceu num lugar, mas cresceu em outro. Sangue cearense, porém cultura
gaúcha – por exemplo. Por que criar estereótipos, então?
Apesar da indústria do humorismo, a alegria do nordestino não é piada para turista rir. A cultura de
nossa gente não é artesanato para exportar. A comida do nordeste não é farofa com carne de sol e
baião-de-dois. Ser cearense não é ser “cabra-da-peste” ou “arriégua macho” muito menos o baiano ser
“Oxente”. Nascer e viver no nordeste brasileiro é muito mais do que características simplórias e
“coisificadas”; é orgulhar-se do passado, trabalhar o presente e acreditar no futuro. Nordestino é da
serra, da praia, do sertão, do Brasil. Não só trabalha como estuda. Tem sofisticação e simplicidade.
Permeia entre o bem e o mal de viver sem perder sua identidade.
Precisamos ter um novo olhar sobre o Nordeste, sem piedade ou soberba. Uma visão perspicaz de seu
desenvolvimento e diversificação de culturas, não apenas como praia para os turistas ou sertão para os
brasileiros. Enxergar o celeiro de artistas, doutores e literários que há. Analisar a pobreza, o
analfabetismo e a seca, não como característica do Nordeste e sim, como problema do Brasil. Perceber
na região a possibilidade de lançar mão dos preconceitos e acreditar que todos nós somos nordestinos,
somos brasileiros.
Portanto, para que a região se configure é necessário que se forme uma “consciência moral” e uma
dimensão cultural que lhe dê respaldo, sem esquecer que a criação de símbolos e rituais, tais como
festas, músicas e indumentárias, fomentam tal construção.
8. ANEXOS
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALBUQUERQUE Jr., Durval Muniz de. A Invenção do Nordeste e outras artes. São Paulo: Cortez.
2001.
ALBUQUERQUE Jr., Durval Muniz de. Nordestino, uma invenção do falo, uma história do gênero
masculino (Nordeste 1920 1940). Maceió: Catavento. 2003.
ANDRADE, Vivian Galdino. A produção e instituição da identidade nordestina a partir das
linguagens da cinematografia brasileira. Revista Espaço Acadêmico Nº. 66, novembro/2006.
9. FAVERO, Celso Antônio e SANTOS, Stella Rodrigues dos. Semi-árido: fome, esperança, vida
digna. Salvador: UNEB, 2000.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2003.
LINDOSO, Ester de Carvalho. A fantástica construção do nordestino Seu Lunga. Monografia
apresentada à Universidade Federal do Ceará – Departamento de Comunicação Social. Fortaleza / CE.
2000
RACKEL, Helga. Somos nordestinos, somos brasileiros. Acessado no dia 16/11/08:
http://verblogando.wordpress.com/2008/01/21/somos-nordestinos-somos-brasileiros/
VASCONCELOS, Cláudia Pereira. A construção da imagem do nordeste/sertanejo na constituição
da identidade nacional. II encontro de estudos e cultura, UFBA. 2006.
1 Regionalidade:
2 Decisões políticas:
3 realidade
4 escravo
5 nordestinidade