Este documento descreve a estrutura social medieval na Península Ibérica, dividida em três ordens principais: clero, nobreza e povo. Embora estas classes fossem delimitadas por suas funções religiosa, militar e trabalhadora, respectivamente, os limites entre elas nem sempre eram rígidos. O documento também discute a cultura literária da época, dominada pelo clero e expressa principalmente em latim, assim como as origens da poesia trovadoresca galaico-portuguesa dos séculos XII-XIV.
O documento lista exemplos de empresas transnacionais de diversos países e descreve suas principais características e objetivos, como operar sob a mesma direção em mais de um país, construir novas unidades no exterior, adquirir outras empresas para aumentar lucros.
idade média - Crescimento ubano e sociedadeJoão Lima
O documento discute o crescimento das cidades na Idade Média entre os séculos XI e XIII na Europa e em Portugal. As cidades cresceram demograficamente e economicamente, gerando uma nova sociedade urbana e burguesa. Lisboa é usada como exemplo de como as cidades portuguesas cresceram para além de suas muralhas originais. O comércio floresceu nesse período, com novas rotas comerciais se desenvolvendo entre regiões como a Flandres, Itália e a Liga Hanseática.
O documento apresenta informações sobre redes e meios de transporte, incluindo:
1) Uma classificação dos transportes em terrestres, aquáticos e aéreos e as suas principais funções.
2) Uma descrição dos principais tipos de transporte terrestre, aquático e aéreo.
3) Um gráfico que mostra como a distância-custo e distância-tempo variam de acordo com o modo de transporte.
1) Os reis portugueses entre os séculos XIII e XIV realizaram reformas centralizadoras para reforçar o poder régio a nível local, criando novas estruturas administrativas e fazendo sentir a sua autoridade nos concelhos.
2) Estas medidas visavam combater a expansão do poder senhorial da Igreja e nobreza e promover as elites urbanas, aliadas da coroa no fortalecimento do Estado.
3) A legislação anti-senhorial enfrentou resistência violenta, levando a excomunhões papais sobre
A Atenas situava-se na península Ática, possuía um território extenso e bom porto que facilitava o comércio. Sua economia baseava-se na agricultura, pecuária, artesanato e comércio marítimo. A sociedade era dividida entre cidadãos, metecos e escravos, sendo que apenas os cidadãos tinham direitos políticos. A democracia ateniense dava poder ao povo e funcionava por meio de assembleias e tribunais.
As condições técnicas, sociais e geográficas favoreceram a expansão portuguesa, notadamente o domínio da navegação, apoio da coroa e nobreza, e bons portos. Os motivos incluíram ganhos econômicos, religião e prestígio. Portugal explorou primeiro as ilhas atlânticas e costa oeste africana, buscando ouro e especiarias.
O documento descreve a história do Império Otomano desde sua fundação até seu declínio e queda após a Primeira Guerra Mundial, incluindo os principais conflitos que enfraqueceram o império ao longo dos séculos, como as guerras contra os bizantinos e os balcânicos, e a derrota na Batalha de Viena, culminando na dissolução do império e no estabelecimento da República da Turquia liderada por Mustafá Kemal Atatürk.
O documento discute vários tópicos sobre o Império Romano, incluindo a localização e expansão de Roma, o conceito de império, fatores que promoveram a coesão imperial, poderes do imperador, instituições governativas, direito romano, e extensão da cidadania. O documento fornece detalhes sobre como Augusto consolidou o poder imperial e manteve as aparências da República, dividiu administrativamente o império, e como o direito romano e culto ao imperador promoveram a unidade do vasto territ
O documento lista exemplos de empresas transnacionais de diversos países e descreve suas principais características e objetivos, como operar sob a mesma direção em mais de um país, construir novas unidades no exterior, adquirir outras empresas para aumentar lucros.
idade média - Crescimento ubano e sociedadeJoão Lima
O documento discute o crescimento das cidades na Idade Média entre os séculos XI e XIII na Europa e em Portugal. As cidades cresceram demograficamente e economicamente, gerando uma nova sociedade urbana e burguesa. Lisboa é usada como exemplo de como as cidades portuguesas cresceram para além de suas muralhas originais. O comércio floresceu nesse período, com novas rotas comerciais se desenvolvendo entre regiões como a Flandres, Itália e a Liga Hanseática.
O documento apresenta informações sobre redes e meios de transporte, incluindo:
1) Uma classificação dos transportes em terrestres, aquáticos e aéreos e as suas principais funções.
2) Uma descrição dos principais tipos de transporte terrestre, aquático e aéreo.
3) Um gráfico que mostra como a distância-custo e distância-tempo variam de acordo com o modo de transporte.
1) Os reis portugueses entre os séculos XIII e XIV realizaram reformas centralizadoras para reforçar o poder régio a nível local, criando novas estruturas administrativas e fazendo sentir a sua autoridade nos concelhos.
2) Estas medidas visavam combater a expansão do poder senhorial da Igreja e nobreza e promover as elites urbanas, aliadas da coroa no fortalecimento do Estado.
3) A legislação anti-senhorial enfrentou resistência violenta, levando a excomunhões papais sobre
A Atenas situava-se na península Ática, possuía um território extenso e bom porto que facilitava o comércio. Sua economia baseava-se na agricultura, pecuária, artesanato e comércio marítimo. A sociedade era dividida entre cidadãos, metecos e escravos, sendo que apenas os cidadãos tinham direitos políticos. A democracia ateniense dava poder ao povo e funcionava por meio de assembleias e tribunais.
As condições técnicas, sociais e geográficas favoreceram a expansão portuguesa, notadamente o domínio da navegação, apoio da coroa e nobreza, e bons portos. Os motivos incluíram ganhos econômicos, religião e prestígio. Portugal explorou primeiro as ilhas atlânticas e costa oeste africana, buscando ouro e especiarias.
O documento descreve a história do Império Otomano desde sua fundação até seu declínio e queda após a Primeira Guerra Mundial, incluindo os principais conflitos que enfraqueceram o império ao longo dos séculos, como as guerras contra os bizantinos e os balcânicos, e a derrota na Batalha de Viena, culminando na dissolução do império e no estabelecimento da República da Turquia liderada por Mustafá Kemal Atatürk.
O documento discute vários tópicos sobre o Império Romano, incluindo a localização e expansão de Roma, o conceito de império, fatores que promoveram a coesão imperial, poderes do imperador, instituições governativas, direito romano, e extensão da cidadania. O documento fornece detalhes sobre como Augusto consolidou o poder imperial e manteve as aparências da República, dividiu administrativamente o império, e como o direito romano e culto ao imperador promoveram a unidade do vasto territ
O documento descreve aspectos da vida política, social e cultural da Grécia Antiga, incluindo: 1) A organização política das pólis e a democracia ateniense direta; 2) Os principais espaços e estruturas das cidades gregas como a ágora e a acrópole; 3) A importância da educação e das manifestações religiosas para a sociedade e cidadania.
O documento discute a diferença entre crescimento económico e desenvolvimento. O crescimento económico é medido por indicadores como o PIB e se refere ao aumento da produção e riqueza, enquanto o desenvolvimento é mais amplo e leva em conta fatores sociais, de qualidade de vida e sustentabilidade. Países menos desenvolvidos tendem a ter menores índices em educação, saúde e renda em comparação com países mais desenvolvidos.
O documento fornece definições de vários termos relacionados a figuras de estilo e recursos literários, incluindo adjetivação, advérbios de modo, alegoria, aliteração, anáfora, antítese, apóstrofe, assonância, comparação, elipse, enumeração, eufemismo, gradação, hipérbato, hipérbole, imagem, interjeição, ironia, metáfora, metonímia, onomatopeia, paralelismo, personificação, polissíndeto, repetição, siné
1) A peça critica a falsa religiosidade e a quebra dos votos por parte de membros do clero, condenando figuras como um frade que não praticava o celibato.
2) Um fidalgo é condenado pela sua vaidade, tirania sobre os mais fracos e por uma vida de prazeres e infidelidade.
3) Um onzeneiro é condenado por cobrar juros excessivos e ser demasiado ambicioso e avarento.
As migrações podem ser internas ou internacionais, definitivas ou temporárias. Geralmente envolvem adultos jovens em idade de trabalhar ou procriar. As migrações ocorrem por razões econômicas, naturais, étnicas, religiosas, políticas, sociais ou ambientais. A emigração traz consequências como alterações demográficas, socioeconômicas e contraste entre regiões nos países de origem, enquanto os países de destino beneficiam com aumento da mão-de-obra e rejuvenescimento
Os transportes são essenciais para o desenvolvimento econômico e social, mas também causam problemas ambientais e de saúde devido às emissões e à ocupação do solo. Em Portugal, as redes de transporte são mais desenvolvidas no litoral do que no interior e existem assimetrias regionais, com a rede rodoviária sendo mais uniforme do que a ferroviária. Os modos dominantes de transporte de passageiros e mercadorias são o rodoviário e o aéreo, em detrimento do transporte público e do ferroviário.
1. A religião grega era politeísta e antropomórfica, com deuses como Zeus, Apolo e Afrodite que viviam no Monte Olimpo.
2. Os gregos praticavam culto doméstico, cívico e pan-helénico, realizando oferendas, orações e jogos como os de Olímpia.
3. O teatro grego incluía tragédias de Ésquilo e comédias de Aristófanes, representadas em anfiteatros ao ar livre.
O documento discute os conceitos de acessibilidade e modos de transporte. A acessibilidade às grandes cidades é maior nas regiões mais povoadas e urbanizadas e menor em muitos países em desenvolvimento. A modernização das redes de transporte tem permitido ultrapassar barreiras, melhorar a segurança, reduzir tempos de viagem e custos, e diminuir o consumo de energia. Diferentes modos de transporte como terrestre, aquático e aéreo têm vantagens e desvantagens dependendo da distância e carga transportada.
1 - O documento apresenta informações sobre a vida e obra do poeta português Manuel Maria Barbosa du Bocage.
2 - Bocage publicou apenas três volumes de poemas conhecidos como Rimas, entre 1791 e 1804. Alguns de seus versos eróticos e satíricos circularam de forma clandestina.
3 - O pensamento liberal e irreverente de Bocage causou sua prisão após a divulgação de obras como a "Epístola a Marília" e o soneto dedicado a Napoleão, consideradas uma ameaça
O documento apresenta 11 fontes sobre os princípios e ideias do Iluminismo no século XVIII. Os filósofos iluministas defendiam a razão, a liberdade individual, a igualdade natural entre os homens e o progresso da humanidade através da educação e do conhecimento. Propunham também a separação dos poderes políticos e a soberania popular em substituição do absolutismo monárquico.
O documento descreve a organização e poderes da Igreja Católica durante a Idade Média, incluindo as disputas sobre investidura e o fortalecimento do poder papal. Também aborda herezias e perseguições, culminando na Inquisição, e as Cruzadas como resposta religiosa e militar ao avanço muçulmano.
Posicao de portugal na europa e no mundoIlda Bicacro
1) O documento apresenta informações sobre a geografia de Portugal, incluindo suas divisões territoriais internas e localização na Europa.
2) Também discute o processo de construção da União Europeia, marcos históricos e instituições atuais.
3) Por fim, menciona a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e seu significado para Portugal.
Nos séculos XII e XIII, novas escolas e universidades surgiram na Europa para atender às necessidades de formação de juristas, notários e outros profissionais para as cidades em expansão. As primeiras universidades, como as de Paris e Bolonha, se especializaram em áreas como teologia, direito e medicina. A primeira universidade portuguesa foi fundada por D. Dinis em Lisboa em 1290 e transferida para Coimbra em 1308.
Portugal localiza-se no extremo sudoeste da Europa, com território continental e insular nos Açores e Madeira. Integra a União Europeia desde 1986 e adotou o euro como moeda em 2002. Sua posição geográfica oferece oportunidades para conectar a Europa a outros continentes.
O documento descreve aspectos da sociedade, política e cultura da Grécia Antiga, com foco na cidade-estado de Atenas. Aborda temas como a organização política democrática de Atenas, a divisão social entre cidadãos, metecos e escravos, as crenças religiosas dos gregos e as festividades e teatro que marcaram sua cultura.
O documento descreve três tipos de fenómenos fonéticos: queda, adição e permuta de sons dentro das palavras. A queda inclui aférese, síncope e apócope. A adição inclui prótese, epêntese e paragoge. A permuta inclui assimilação, dissimilação, palatalização, nasalação, desnasalização, vocalização, sonorização, contração e metátese.
A competitividade dos diferentes modos de transporteIlda Bicacro
O documento discute a competitividade e complementaridade entre diferentes modos de transporte em Portugal. O transporte rodoviário é o mais utilizado, devido à sua flexibilidade e diversidade de veículos. No entanto, isso gera problemas ambientais. Há esforços para um equilíbrio maior entre os modos e redução do uso de combustíveis fósseis. O transporte intermodal combina vantagens de cada modo para viagens mais rápidas e econômicas.
Este documento lista cursos superiores portugueses que conferem habilitação própria para a docência de Português e Estudos Sociais/História, incluindo o nome do curso, estabelecimento, atos normativos/condições especiais, grau e escalão. Muitos cursos exigem aprovação em disciplinas como Linguística Portuguesa I e Literatura Portuguesa Moderna e Contemporânea.
O documento descreve a sociedade do Antigo Regime entre os séculos XVI e XVIII. Caracterizou-se por uma economia baseada na agricultura, sociedade hierarquizada e poder absoluto dos reis. A maior parte da população vivia no campo e pertencia ao Terceiro Estado, enquanto o clero e nobreza eram classes privilegiadas donas da terra.
O documento resume conceitos e características da Idade Média, incluindo sua estrutura política feudal, sociedade hierárquica e influência da Igreja Católica. Também aborda acontecimentos como as Cruzadas, a Peste Negra e revoltas camponesas, além de resumir o trovadorismo como a primeira produção literária do período na língua portuguesa.
O documento resume conceitos e características da Idade Média, incluindo sua estrutura política feudal, sociedade hierárquica e influência da Igreja Católica. Também aborda a produção literária da época, em especial o trovadorismo, que eram poesias cantadas sobre amor, amizade e sátiras. As cantigas dividiam-se em líricas e satíricas e eram interpretadas por trovadores e jograis.
O documento descreve aspectos da vida política, social e cultural da Grécia Antiga, incluindo: 1) A organização política das pólis e a democracia ateniense direta; 2) Os principais espaços e estruturas das cidades gregas como a ágora e a acrópole; 3) A importância da educação e das manifestações religiosas para a sociedade e cidadania.
O documento discute a diferença entre crescimento económico e desenvolvimento. O crescimento económico é medido por indicadores como o PIB e se refere ao aumento da produção e riqueza, enquanto o desenvolvimento é mais amplo e leva em conta fatores sociais, de qualidade de vida e sustentabilidade. Países menos desenvolvidos tendem a ter menores índices em educação, saúde e renda em comparação com países mais desenvolvidos.
O documento fornece definições de vários termos relacionados a figuras de estilo e recursos literários, incluindo adjetivação, advérbios de modo, alegoria, aliteração, anáfora, antítese, apóstrofe, assonância, comparação, elipse, enumeração, eufemismo, gradação, hipérbato, hipérbole, imagem, interjeição, ironia, metáfora, metonímia, onomatopeia, paralelismo, personificação, polissíndeto, repetição, siné
1) A peça critica a falsa religiosidade e a quebra dos votos por parte de membros do clero, condenando figuras como um frade que não praticava o celibato.
2) Um fidalgo é condenado pela sua vaidade, tirania sobre os mais fracos e por uma vida de prazeres e infidelidade.
3) Um onzeneiro é condenado por cobrar juros excessivos e ser demasiado ambicioso e avarento.
As migrações podem ser internas ou internacionais, definitivas ou temporárias. Geralmente envolvem adultos jovens em idade de trabalhar ou procriar. As migrações ocorrem por razões econômicas, naturais, étnicas, religiosas, políticas, sociais ou ambientais. A emigração traz consequências como alterações demográficas, socioeconômicas e contraste entre regiões nos países de origem, enquanto os países de destino beneficiam com aumento da mão-de-obra e rejuvenescimento
Os transportes são essenciais para o desenvolvimento econômico e social, mas também causam problemas ambientais e de saúde devido às emissões e à ocupação do solo. Em Portugal, as redes de transporte são mais desenvolvidas no litoral do que no interior e existem assimetrias regionais, com a rede rodoviária sendo mais uniforme do que a ferroviária. Os modos dominantes de transporte de passageiros e mercadorias são o rodoviário e o aéreo, em detrimento do transporte público e do ferroviário.
1. A religião grega era politeísta e antropomórfica, com deuses como Zeus, Apolo e Afrodite que viviam no Monte Olimpo.
2. Os gregos praticavam culto doméstico, cívico e pan-helénico, realizando oferendas, orações e jogos como os de Olímpia.
3. O teatro grego incluía tragédias de Ésquilo e comédias de Aristófanes, representadas em anfiteatros ao ar livre.
O documento discute os conceitos de acessibilidade e modos de transporte. A acessibilidade às grandes cidades é maior nas regiões mais povoadas e urbanizadas e menor em muitos países em desenvolvimento. A modernização das redes de transporte tem permitido ultrapassar barreiras, melhorar a segurança, reduzir tempos de viagem e custos, e diminuir o consumo de energia. Diferentes modos de transporte como terrestre, aquático e aéreo têm vantagens e desvantagens dependendo da distância e carga transportada.
1 - O documento apresenta informações sobre a vida e obra do poeta português Manuel Maria Barbosa du Bocage.
2 - Bocage publicou apenas três volumes de poemas conhecidos como Rimas, entre 1791 e 1804. Alguns de seus versos eróticos e satíricos circularam de forma clandestina.
3 - O pensamento liberal e irreverente de Bocage causou sua prisão após a divulgação de obras como a "Epístola a Marília" e o soneto dedicado a Napoleão, consideradas uma ameaça
O documento apresenta 11 fontes sobre os princípios e ideias do Iluminismo no século XVIII. Os filósofos iluministas defendiam a razão, a liberdade individual, a igualdade natural entre os homens e o progresso da humanidade através da educação e do conhecimento. Propunham também a separação dos poderes políticos e a soberania popular em substituição do absolutismo monárquico.
O documento descreve a organização e poderes da Igreja Católica durante a Idade Média, incluindo as disputas sobre investidura e o fortalecimento do poder papal. Também aborda herezias e perseguições, culminando na Inquisição, e as Cruzadas como resposta religiosa e militar ao avanço muçulmano.
Posicao de portugal na europa e no mundoIlda Bicacro
1) O documento apresenta informações sobre a geografia de Portugal, incluindo suas divisões territoriais internas e localização na Europa.
2) Também discute o processo de construção da União Europeia, marcos históricos e instituições atuais.
3) Por fim, menciona a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e seu significado para Portugal.
Nos séculos XII e XIII, novas escolas e universidades surgiram na Europa para atender às necessidades de formação de juristas, notários e outros profissionais para as cidades em expansão. As primeiras universidades, como as de Paris e Bolonha, se especializaram em áreas como teologia, direito e medicina. A primeira universidade portuguesa foi fundada por D. Dinis em Lisboa em 1290 e transferida para Coimbra em 1308.
Portugal localiza-se no extremo sudoeste da Europa, com território continental e insular nos Açores e Madeira. Integra a União Europeia desde 1986 e adotou o euro como moeda em 2002. Sua posição geográfica oferece oportunidades para conectar a Europa a outros continentes.
O documento descreve aspectos da sociedade, política e cultura da Grécia Antiga, com foco na cidade-estado de Atenas. Aborda temas como a organização política democrática de Atenas, a divisão social entre cidadãos, metecos e escravos, as crenças religiosas dos gregos e as festividades e teatro que marcaram sua cultura.
O documento descreve três tipos de fenómenos fonéticos: queda, adição e permuta de sons dentro das palavras. A queda inclui aférese, síncope e apócope. A adição inclui prótese, epêntese e paragoge. A permuta inclui assimilação, dissimilação, palatalização, nasalação, desnasalização, vocalização, sonorização, contração e metátese.
A competitividade dos diferentes modos de transporteIlda Bicacro
O documento discute a competitividade e complementaridade entre diferentes modos de transporte em Portugal. O transporte rodoviário é o mais utilizado, devido à sua flexibilidade e diversidade de veículos. No entanto, isso gera problemas ambientais. Há esforços para um equilíbrio maior entre os modos e redução do uso de combustíveis fósseis. O transporte intermodal combina vantagens de cada modo para viagens mais rápidas e econômicas.
Este documento lista cursos superiores portugueses que conferem habilitação própria para a docência de Português e Estudos Sociais/História, incluindo o nome do curso, estabelecimento, atos normativos/condições especiais, grau e escalão. Muitos cursos exigem aprovação em disciplinas como Linguística Portuguesa I e Literatura Portuguesa Moderna e Contemporânea.
O documento descreve a sociedade do Antigo Regime entre os séculos XVI e XVIII. Caracterizou-se por uma economia baseada na agricultura, sociedade hierarquizada e poder absoluto dos reis. A maior parte da população vivia no campo e pertencia ao Terceiro Estado, enquanto o clero e nobreza eram classes privilegiadas donas da terra.
O documento resume conceitos e características da Idade Média, incluindo sua estrutura política feudal, sociedade hierárquica e influência da Igreja Católica. Também aborda acontecimentos como as Cruzadas, a Peste Negra e revoltas camponesas, além de resumir o trovadorismo como a primeira produção literária do período na língua portuguesa.
O documento resume conceitos e características da Idade Média, incluindo sua estrutura política feudal, sociedade hierárquica e influência da Igreja Católica. Também aborda a produção literária da época, em especial o trovadorismo, que eram poesias cantadas sobre amor, amizade e sátiras. As cantigas dividiam-se em líricas e satíricas e eram interpretadas por trovadores e jograis.
O documento apresenta um resumo sobre a Idade Média na Europa, abordando tópicos como a estrutura política feudal, a sociedade hierarquizada e a influência da Igreja Católica. Também discute eventos históricos como as Cruzadas e a Peste Negra. Por fim, faz uma breve introdução sobre a produção literária da época, notadamente o trovadorismo, com suas cantigas de escárnio, amor e amigo.
O documento apresenta um resumo sobre a Idade Média na Europa, abordando tópicos como a estrutura política feudal, a sociedade hierarquizada e a influência da Igreja Católica. Também discute eventos históricos como as Cruzadas e a Peste Negra. Por fim, faz uma breve introdução sobre a produção literária da época, notadamente o trovadorismo, com suas cantigas de escárnio, amor e amigo.
O documento descreve o período medieval na Europa, caracterizado por (1) fomes, epidemias e retrocesso econômico após o fim da era clássica, (2) o surgimento do feudalismo com senhores locais assumindo o poder na ausência de reis fortes, e (3) a lenta recuperação econômica entre os séculos XI-XIV com o crescimento demográfico e melhorias técnicas.
Aula de Literatura: Do Trovadorismo ao Barroco Nivaldo Marques
O documento descreve o movimento literário Trovadorismo no Portugal medieval, abordando: 1) Sua produção poética era cantada e registrada posteriormente por escrito; 2) A cantiga mais antiga data de 1200 e trata de amor não correspondido; 3) O feudalismo vigorava nesse período, com senhores exercendo poder sobre suas terras.
O documento descreve o período histórico do trovadorismo durante a Idade Média, marcado pelo sistema feudal de dependência entre senhores e vassalos. As cantigas trovadorescas tratavam inicialmente de temas amorosos e de cavaleiros, mas depois passaram a incluir sátiras e críticas sociais. A poesia trovadoresca mesclava influências populares e provençais e era apresentada musicalmente.
O documento descreve o período histórico do trovadorismo durante a Idade Média, marcado pelo sistema feudal de dependência entre senhores e vassalos. As cantigas trovadorescas tratavam inicialmente de temas amorosos e de cavaleiros, mas depois passaram a incluir sátiras e críticas sociais. A poesia trovadoresca influenciou a prosa de romances de cavalaria em três ciclos distintos. A igreja controlava a vida cultural de forma teocêntrica, evitando influências pag
A Guerra dos Cem Anos (1337-1453) foi resultado de uma disputa pelo trono francês entre a família inglesa Plantageneta e a francesa Valois após a extinção da linhagem masculina direta dos Capetos. Interesses econômicos, como o comércio inglês na região da Bélgica, também motivaram os confrontos entre franceses e ingleses ao longo do conflito.
1) O documento discute a literatura medieval, com ênfase na influência da Igreja Católica e do sistema feudal;
2) A Igreja exercia grande poder político e controlava a produção cultural, enquanto a sociedade era organizada em torno do sistema feudal de senhores e vassalos;
3) A literatura da época, como a poesia trovadoresca e as novelas de cavalaria, refletia os valores de honra, lealdade e amor cortês dentro dessa estrutura social.
Este documento descreve a sociedade europeia entre os séculos IX e XII, dividida em três ordens: a nobreza que lutava, o clero que rezava e o povo que trabalhava. Detalha as funções e estilos de vida de cada grupo, incluindo as relações de dependência entre senhores e camponeses. Também resume os principais centros de cultura da época, como mosteiros, cortes reais e cultura popular.
Luiz Vaz de Camões foi um poeta português do século XVI considerado um dos maiores da literatura portuguesa. Viveu uma vida aventureira, servindo como soldado no Oriente onde escreveu sua obra prima Os Lusíadas, uma epopeia nacionalista que celebra as conquistas portuguesas. Sua poesia lírica foi reconhecida após sua morte e ele se tornou um símbolo importante da identidade portuguesa.
O documento fornece instruções sobre como estudar a apostila de história, incluindo ler atentamente os módulos, responder atividades propostas no caderno e consultar o dicionário. Também informa que as dúvidas devem ser tiradas com as professoras e que a apostila não deve ser escrita para ser trocada por outra em bom estado.
O documento descreve vários estilos literários ao longo da história, começando pelo Trovadorismo na Idade Média e incluindo o Classicismo, Barroco e Arcadismo. Cada estilo reflete valores culturais e sociais de sua época, abordando temas como amor, política e religião de maneiras características. A literatura produzida no Brasil colonial também evoluiu através desses estilos ao longo dos séculos.
O documento descreve vários estilos literários ao longo da história, começando pelo Trovadorismo na Idade Média e incluindo o Classicismo, Barroco e Arcadismo. Cada estilo reflete as características culturais e sociais de sua época, abordando temas como amor, política e valores religiosos. A literatura produzida no Brasil colonial foi influenciada pelos estilos europeus, mas também começou a desenvolver temas nacionais.
O documento descreve a arquitetura e cultura dos mosteiros durante a Alta Idade Média na Europa após a queda do Império Romano. A vida urbana diminuiu e a Igreja exerceu grande influência cultural. Os mosteiros desempenharam um papel importante na preservação do conhecimento e na reforma da Igreja. A arquitetura românica dos mosteiros era marcada por igrejas de pedra com pilares maciços e poucas e estreitas janelas.
O documento descreve a arquitetura e cultura dos mosteiros durante a Idade Média, especificamente o período românico. A arquitetura românica se caracterizava por igrejas de pedra com pilares maciços, abóbadas e poucas e estreitas janelas. Os mosteiros eram importantes centros culturais e religiosos nesse período turbulento após a queda do Império Romano.
1) Após a queda do Império Romano, a Europa passou por um período de instabilidade política e social conhecido como Alta Idade Média, marcado por invasões bárbaras.
2) Neste período, a Igreja exerceu um papel centralizador e pedagógico importante para unificar as populações.
3) A arquitetura românica, essencialmente sacra, evoluiu para valorizar os templos, influenciada por estilos como o visigótico e normando.
Semelhante a A Sociedade Medieval - Literatura portuguesa (20)
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A música 'Espalhe Amor', interpretada pela cantora Anavitória é uma celebração do amor e de sua capacidade de transformar e conectar as pessoas. A letra sugere uma reflexão sobre como o amor, quando verdadeiramente compartilhado, pode ultrapassar barreiras alcançando outros corações e provocando mudanças positivas.
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1. ESTRUTURA SOCIAL
A sociedade medieval é constituída por três classes ou ordens, mais ou menos bem
delimitadas: clero, nobreza e povo. Originariamente essas classes distinguiam-se
pela respectiva função: função religiosa , função guerreira , função
trabalhadora . O clero zelava pelo bem estar espiritual e pela salvação dos
homens; os nobres defendiam a comunidade das agressões; o povo sustentava,
com o seu trabalho, toda a sociedade.
No entanto, na realidade, os limites entre essas três ordens não eram tão rígidos
como esta descrição faz supor. Entre um membro da baixa nobreza empobrecido e
um burguês rico a diferença poderia não ser muito grande... Por outro lado, apesar
da relativa rigidez houve sempre alguma mobilidade social: ao longo dos séculos a
nobreza foi sendo renovada pela nobilitação de indivíduos de origem popular; e não
é de excluir a ideia de que algumas famílias nobres, por empobrecimento
progressivo, tenham perdido a sua ligação à classe de origem, integrando-se nos
estratos superiores do terceiro estado — o povo.
Clero
O clero constituía uma classe aberta , na medida em que os seus membros eram
recrutados entre o povo e a nobreza. Não era uma classe homogénea e há que
distinguir entre o alto clero (bispos, abades e outros dignitários) e o baixo clero .
Pela riqueza, pelo poder, pela consideração social e até pela origem, os altos
dignitários da Igreja estão muito perto da nobreza, onde quase sempre são
recrutados. Por sua vez muitos curas de aldeia mal se distinguem dos seus
paroquianos, partilhando com eles a pobreza e a ignorância.
Por esse motivo, as relações entre a hierarquia e o baixo clero nem sempre eram
pacíficas. No entanto, os seus membros tinham em comum a função religiosa
Constituía uma classe privilegiada : possuía isenção de impostos; regia-se por
um direito próprio e tinha tribunais específicos; possuíam direitos sobre certos
estratos populares na área sob seu domínio.
Pela natureza das suas funções constituíam a classe mais culta , a única
sistematicamente alfabetizada, o que explica que a cultura literária da Idade Média
seja marcadamente religiosa.
O seu poder tinha uma origem divina; por isso, o clero resistia ao poder régio e, por
vezes, tendia a suplantá-lo. Em Portugal, por exemplo, o rei D. Sancho II foi
afastado do trono por interferência directa do Papa, tendo sido substituído pelo
irmão, o Conde de Bolonha, com o nome de Afonso III. Este episódio, aliás, está na
origem de um número substancial de cantigas de escárnio e maldizer, como a seu
tempo se verá.
Nobreza
Ao contrário do clero, era uma classe fechada , visto que a condição de nobre
herdava-se com o nascimento — era nobre o filho de nobre. No entanto, o rei podia
nobilitar membros destacados da burguesia, como forma de recompensar os seus
serviços.
Também não era uma classe homogénea . No século XII existiam ricoshomens , infanções e cavaleiros . Dois ou três séculos depois continuamos a
2. encontrar nela estratos diferenciados, embora com designações diferentes:
vassalos do rei , cavaleiros e escudeiros .
Era também uma classe privilegiada : possuía isenção de impostos e direito
próprio. O seu poder económico vinha-lhe da posse da terra e do domínio que
exerciam sobre os servos, que deviam ao seu senhor trabalho não remunerado e o
pagamento de taxas diversas.
O desenvolvimento da economia mercantil, com maior circulação da moeda, e a
transformação dos servos em homens livres, a par da progressiva divisão da
propriedade pelos descendentes, foi debilitando o poder económico da nobreza, que
procurava reagir, lutando pela manutenção e aumento dos seus privilégios, pelo
casamento com membros da burguesia, ou pelo envolvimento em actividades
mercantis, em princípio vedadas aos membros da nobreza.
Povo
Também não era uma classe homogénea . Os vilãos eram homens livres , mas
entre eles havia os mais abastados, que tendiam pela riqueza e pelo
comportamento a aproximar-se da nobreza, a que alguns chegaram a ascender, e
outros que viviam pobremente. Uns e outros, encontramo-los, tanto no campo
como na cidade.
Os servos (ou semi-servos) não tinham o mesmo grau de liberdade dos vilãos.
Estavam na dependência de um senhor, nobre ou religioso, para o qual tinham de
trabalhar. À medida que os séculos passaram os servos foram ascendendo à
condição de homens livres, engrossando as fileiras dos vilãos.
Na sociedade medieval, os escravos foram sempre em número reduzido .
Basicamente este grupo era constituído por cativos de guerra (mouros).
Letrados
Distinguem-se pela sua formação literária . Quase sempre oriundos da burguesia
(a camada superior do povo) desempenham na sociedade tarefas especializadas
para as quais adquiriram formação específica: físicos (médicos), boticários,
tabeliães... Muitas vezes esses letrados eram membros do clero.
Pela sua formação, ocupavam frequentemente posições importantes da
administração régia.
CULTURA
A cultura literária era quase exclusiva do clero. Durante muito tempo só havia
escolas nas catedrais e alguns mosteiros . Até ao século XV, os "livros" eram
todos manuscritos e, por isso, extremamente caros. As oficinas de copistas
funcionavam em alguns mosteiros e dedicavam-se a produzir textos para uso da
Igreja. A língua utilizada era quase sempre o latim e o conteúdo essencialmente
religioso.
A partir do século XII, a cultura literária começou a sair para fora das catedrais e
conventos. Com o desenvolvimento da burguesia, a pouco e pouco foram surgindo
nas cidades escolas particulares , onde um mestre ensinava aos seus discípulos.
A Igreja procurou controlar essa actividade, autorizando o ensino apenas àqueles
que possuíssem a "licentia docendi" (daí o termo "licenciado") e sujeitando essas
3. pequenas aulas a uma autoridade comum (reitor). Surgiram assim as
universidades ("universitas scholarium et magistrorum"), a primeira delas em
Paris (1215), logo seguida por várias outras (entre elas, Lisboa, em 1288-1290).
A maioria da população, inclusive muitos nobres, era analfabeta e vivia mergulhada
numa cultura oral , que passava de pais para filhos. As manifestações menos
pragmáticas dessa cultura eram constituídas por narrativas e cantigas que os
jograis difundiam nas ocasiões festivas. Estas produções utilizavam, naturalmente,
as línguas nacionais e estão na origem das literaturas europeias.
ORIGEM DA POESIA TROVADORESCA
Da literatura oral à literatura escrita
Em todas as sociedades a literatura oral é anterior à literatura escrita. A cultura
oral , transmitida de geração em geração, comportava todos os conhecimentos que
permitiam às pessoas compreender a vida e o mundo à sua volta. Era uma cultura
essencialmente pragmática , mas onde havia também espaço para a dimensão
lúdica e estética . Faziam parte dela lendas , histórias míticas , narrativas
versificadas , cantigas ...
É essa literatura oral que está na origem das literaturas europeias, propriamente
ditas, que se começaram a constituir nos séculos XI e XII. Aconteceu assim na
península ibérica, com a poesia trovadoresca; na França, com a poesia provençal e
as canções de gesta, etc.
Que essas literaturas nacionais tenham começado pela poesia é fácil de entender,
dada a sua origem oral. De facto, o verso, a rima, o ritmo facilitam a
memorização e eram utilizados até nas narrativas.
Poesia trovadoresca
A expressão "poesia trovadoresca" é utilizada para designar as composições em
verso produzidas na península ibérica, entre os finais do século XII e meados do
século XIV . Trata-se de um conjunto de cerca de 1600 cantigas de carácter
profano, a que poderemos acrescentar cerca de 400 poemas de conteúdo religioso.
Esses poemas foram reunidos em cancioneiros diversos, tendo chegado até nós
três deles. O mais antigo, provavelmente uma cópia do século XIV, é o chamado
Cancioneiro da Ajuda. Conhecem-se outros dois, posteriores e mais completos, o
Cancioneiro da Biblioteca Nacional e o Cancioneiro da Vaticana, ambos cópias feitas
no século XVI, em Itália, a partir de um manuscrito mais antigo.>
Apesar de escrita em galaico-português , não se trata de uma poesia
estritamente portuguesa e galega, mas sim peninsular, uma vez que os cerca de
150 trovadores e jograis que as produziram eram oriundos de diversas regiões da
península. Esses trovadores eram geralmente nobres, enquanto os jograis , que
cantavam as cantigas nas feiras, romarias e até palácios, eram de origem popular.
Nesses cancioneiros encontramos cantigas de amigo , em que o sujeito poético é
uma donzela que exprime os seus sentimentos amorosos pelo amado (amigo), e
cantigas de amor , nas quais o poeta dá expressão ao seu amor por uma dama.
Há também cantigas de escárnio e maldizer ; de carácter satírico, como o nome
indica, distinguindo-se pelo facto de as primeiras não nomearem directamente a
pessoa a que se referem, o que acontece no segundo grupo.
4. Origem do lirismo trovadoresco
Ao longo dos anos tem-se discutido muito a questão da origem desta poesia, tendo
sido propostas várias explicações, nenhuma delas aceite de forma unânime. Alguns
insistiram na origem popular: estas cantigas mais não seriam do que a apropriação
de formas e temas populares por parte dos poetas. Outros quiseram fazê-las
herdeiras da poesia em latim produzida por clérigos durante a Idade Média. Houve
quem defendesse a sua dependência de formas poéticas moçárabes. Outros ainda
pretenderam que ela teria surgido na península por simples imitação da poesia
provençal (sul da França).
Qualquer destas teses, se tomada em exclusividade, é radical e insuficiente para
explicar o fenómeno. A posição mais consensual defende a acção combinada de
todas essas influências . Na verdade, a arte reflecte sempre a sociedade que a
produz, com a sua diversidade e as suas contradições. Mesmo quando uma
influência externa é evidente, há sempre um processo de adaptação à realidade
local, que passa pela integração de elementos autóctones ou anteriormente
absorvidos.
No caso da poesia trovadoresca é visível a presença de duas tradições poéticas
que, de certo modo, se fundiram. É evidente que as cantigas de amigo, pela
singularidade do sujeito poético feminino, pelo ambiente doméstico e rural que as
caracteriza, pela sua estrutura paralelística, manifestam uma origem popular . Já
as cantigas de amor reflectem claramente a influência provençal
É sensato imaginar que o início deste surto poético entre a nobreza peninsular
tenha surgido por influência da literatura provençal. Os contactos da península com
a França eram mais intensos do que se poderia imaginar: a luta contra os mouros
trouxe à península ibérica nobres franceses (o pai de Afonso Henriques, por
exemplo); Santiago de Compostela era um dos principais centros de peregrinação e
a ele acorriam, não apenas cristãos da península, mas também do resto da Europa;
a corte portuguesa tinha relações intensas com a corte de Aragão, junto à
Provença; o futuro rei Afonso III passou vários anos em França, na região de
Bolonha.
E uma vez iniciado o processo, a lírica popular acabou por ser também assimilada
pelos trovadores, cruzando-se as duas influências, de tal modo que aspectos
característicos das cantigas de amigo aparecem nas cantigas de amor e vice-versa.
CANTIGAS DE AMIGO
Lirismo feminino
As cantigas de amigo são uma das manifestações da poesia trovadoresca. Têm em
comum com as cantigas de amor o facto de a sua temática ser amorosa , mas,
enquanto nestas o sujeito poético é o homem, naquelas é a mulher que exprime
os seus sentimentos para com o "amigo" .
Do ponto de vista didáctico, as cantigas de amigo têm uma vantagem suplementar:
permitem distinguir com clareza o autor (ser real, com existência empírica
cronologicamente datável) do sujeito poético (um ser de ficção, que só existe
verdadeiramente no poema). É que, na formulação de Fernando Pessoa, "o poeta é
um fingidor". Isto é, não devemos nunca confundir o poeta, ser de carne e osso,
5. com o sujeito poético, uma espécie de ser de papel, que só no papel existe, tal
como, no discurso narrativo, é necessário distinguir o "autor" do "narrador".
Ora, nos primórdios da literatura portuguesa, exactamente nas cantigas de amigo,
encontramos já essa distinção feita com absoluta clareza. Assim, sabemos, sem
margem para dúvidas, que o trovador (ou jogral) Pêro Viviaez compôs a cantiga
"Pois nossas madres vam a San Simion", na qual uma donzela exprime o seu
desejo de exibir a sua graça e beleza na festa do santo.
Poesia tradicional e influência provençal
Sabemos que as cantigas de amigo têm um carácter tradicional, ou seja,
constituem a apropriação literária de antigas cantigas populares por parte
dos trovadores rendidos à moda do trovar provençal.
Na Idade Média, o termo "Provença" designava a região do sul da França com
frente para o Mediterrâneo. O clima ameno, a equilibrada distribuição da
propriedade, o comércio florescente, propiciaram o aparecimento nessa região de
uma sociedade próspera, favorável a uma cultura do prazer. Foi aí que os
membros da aristocracia encontraram condições para exprimirem através
da poesia e da música sentimentos requintados . A poesia perde aqui o
carácter didáctico que a Igreja lhe havia atribuído e passa a ser utilizada como
forma de alcançar o prazer estético, de exprimir sentimentos mais humanos que
divinos.
A moda da poesia provençal espalhou-se pela Europa e chegou inclusive ao
extremo da Península Ibérica. É que, nessas épocas remotas (séculos XI e XII) o
isolamento não era absoluto. Havia já, entre as várias regiões, contactos bastante
intensos, historicamente documentados, que faziam com que as novidades
circulassem e se fizessem sentir a grande distância.
Vale a pena lembrar que a monarquia portuguesa tem a sua origem num fidalgo de
além Pirinéus, D. Henrique de Borgonha, pai do primeiro rei de Portugal, D. Afonso
Henriques; frequentemente a casa real portuguesa procurava noivas em Aragão,
região oriental da Península Ibérica, vizinha da Provença; Santiago de Compostela
constituía na época um dos principais centros de peregrinação, atraindo gentes de
toda a Europa; a ordem religiosa de Cister, originária da França, implantou-se
também em Portugal, onde fundou vários conventos, entre eles o de Alcobaça.
Sob influência da poesia provençal, alguns nobres da península começaram
também a compor cantigas de amor e cantigas satíricas (escárnio e maldizer).
Depois de familiarizados com a poesia amorosa de inspiração provençal, os
trovadores apropriaram-se das cantigas de cunho popular e submeteram-nas, em
maior ou menor grau, aos artifícios versificatórios da arte de trovar. É assim que, a
par de formas puras de um e outro tipo, encontramos formas híbridas: cantigas de
amor com refrão, por exemplo, e cantigas de amigo em que o paralelismo
tradicional se encontra diluído.
Características das cantigas de amigo
Além do sujeito poético feminino , as cantigas de amigo têm outras
características marcantes.
O sujeito poético é, não apenas mulher, mas donzela , isto é, uma rapariga
solteira, pertencente aos estratos médios do povo. Essas cantigas documentam
bem a importância social da mulher, que era, na época, o garante da estabilidade
6. familiar, dado que os homens tinham que se ausentar frequentemente, envolvidos
nas campanhas militares de defesa e ataque que opunham cristãos e mouros.
A donzela aparece-nos inserida num ambiente doméstico e burguês, muitas vezes
em diálogo com as amigas e a própria mãe e as cantigas documentam todas as
fases e sentimentos do namoro.
A natureza não é um simples cenário em que decorre a acção; apresenta uma
espécie de vida própria, que documenta o animismo típico de sociedades mais
primitivas. É sempre uma espécie de testemunha viva das alegrias e tristezas da
donzela. Por vezes a sua personificação é total, como por exemplo na famosa
cantiga “Ai flores, ai flores do verde pino” , onde as flores respondem e
tranquilizam a donzela, saudosa e preocupada com a ausência do amigo. Essa
natureza é frequentemente representada pela fonte, o rio, a praia, o campo.
A atestar a antiguidade deste tipo de cantigas temos os arcaísmos que os
trovadores conservaram, provavelmente porque tomavam do povo anónimo temas
e versos inteiros que depois desenvolviam.
Tendo em conta os temas e sobretudo os ambientes retratados é usual distinguir
várias variedades nas cantigas de amigo: bailias ou bailadas; cantigas de
romaria ; marinhas ou barcarolas; albas ou alvoradas, entre outras.
Finalmente, as cantigas de amigo caracterizam-se pelo recurso em maior ou menor
grau ao paralelismo , que consiste na repetição da ideia expressa numa estrofe na
estrofe seguinte, formando pares, sendo cada uma delas encerrada por um refrão .
As cantigas paralelísticas perfeitas têm as seguintes características:
• Coplas de dois versos (dísticos), seguidos de refrão (um verso);
• As coplas organizam-se em pares, de tal modo que a copla par repete
integralmente as ideias expressas na copla ímpar anterior – paralelismo
semântico (1-2, 3-4, 5-6, ...);
• Utilização do leixa-prem — o 2º verso da copla 1 é o 1º verso da copla 3; o
2º verso da copla 2 é o primeiro da copla 4, etc.
Uma cantiga paralelística perfeita obedece, portanto, ao seguinte esquema:
Verso A
Verso B
Copla 1
Verso B
Copla 3
Refrão
1º par
Refrão
2º par
Verso A'
Copla 2
Verso B'
Refrão
CANTIGAS DE AMOR
Verso C
Verso B'
Copla 4
Verso C'
Refrão
7. O amor cortês
Vimos já algumas das circunstâncias que favoreceram o aparecimento da poesia
provençal, nos finais do século XI. Vejamos agora como surgiu e quais as
características do amor cortês, típico desse lirismo.
A prosperidade económica permitiu o aparecimento na Provença de pequenas
cortes. Nesse ambiente requintado, os cavaleiros conviviam com as damas,
suavizavam as suas maneiras rudes e entregavam-se aos prazeres da música, da
dança, da poesia.
O amor é o tema predominante dos seus poemas. Neles um trovador nobre
exprime o seu amor por uma dama, quase sempre casada, pertencente a um
estrato superior da nobreza. Trata-se de um amor idealizado, de inspiração
platónica, sentimento puro, em que o impulso sexual é sublimado, porque o seu
objecto é inacessível. Daí o sofrimento (a “coita” de amor), mas também o prazer
de amar na esperança de uma improvável compensação.
A exibição desse amor adúltero compreende-se, porque o casamento, na época, e
sobretudo entre os nobres, era um mero “negócio”, com o qual se procurava
manter ou aumentar o poder e o prestígio de uma família. No havia aí espaço para
o sentimento. Na concepção dos trovadores o amor só era possível fora do
casamento.
Foi também nesta época que a figura de Nossa Senhora começou a assumir um
papel de relevo na religião cristã e isso contribuiu para elevar o prestígio da mulher
na sociedade medieval.
Além disso, os trovadores transferem para o campo amoroso as relações típicas
do feudalismo . O poeta assume-se como vassalo e reconhece a sua dama como
“senhor”. Deve-lhe lealdade e obriga-se a prestar-lhe serviço.
Esse “ serviço amoroso ”, que o trovador deve à sua dama, rege-se por normas
estritas:
• O amor pela dama devia ser expresso de forma comedida (“mesura”), de
forma a não incorrer no seu desagrado (“sanha”);
• A identidade da dona deveria ser escondida, referindo-se a ela, quando
necessário, através de um pseudónimo (“senha”);
• A vassalagem amorosa decorria em quatro fases: “fenhedor” – o trovador
limita-se a exprimir o seu sofrimento; “precador” – ousa dirigir pedidos à
dama; “entendedor” – o sentimento do trovador é correspondido; “drut” – o
poeta transforma-se em amante.
Tendo surgido em ambiente palaciano e obedecendo a regras rígidas, a poesia
provençal apresenta com frequência um carácter artificial . Os motivos repetemse de poeta para poeta e a preocupação formal sobrepõe-se à expressão dos
sentimentos.
Cantigas de amor peninsulares
Nem todos os traços característicos do trovar provençal foram incorporados nas
cantigas de amor peninsulares , nomeadamente no que diz respeito às regras
do amor cortês. Por exemplo, a fase de “drut” (amante) jamais aparece nas nossas
cantigas de amor, mas apenas nas cantigas de escárnio e maldizer.
Quanto aos artifícios versificatórios utilizados pelos provençais, é possível encontrálos também na poesia peninsular. Mas também no aspecto formal a imitação não é
8. absoluta, visto que em muitas cantigas de amor encontramos recursos típicos das
cantigas de amigo, de cunho mais popular — o paralelismo semântico e o refrão —,
de tal modo que podemos distinguir entre cantigas de mestria (ao estilo
provençal) e cantigas de refrão .
A análise comparativa das cantigas de amigo e cantigas de amor revela claramente
que as primeiras são poemas para serem cantados, enquanto as segundas são
poemas para serem lidos. As cantigas de amigo são manifestações de uma cultura
oral, ao passo que as cantigas de amor são já produto da escrita literária.
CANTIGAS DE ESCÁRNIO E MALDIZER
A par da poesia lírica encontramos nos trovadores a poesia satírica . A tendência
para criticar os vícios e os defeitos dos outros é característica de todas as
sociedades e de todas as épocas. Por isso não é de estranhar que os trovadores
tenham aplicado os seus dotes poéticos ao exercício da crítica individual e social.
Nas cantigas de escárnio a crítica é feita de forma encoberta, sem que o objecto
de crítica seja claramente identificado. Nas cantigas de maldizer a vítima da
crítica é claramente identificada.
Esses poemas satíricos têm um grande valor documental , visto que nos revelam
qual a reacção das pessoas face a determinados acontecimentos e situações.
Através dessas cantigas podemos perceber melhor a sociedade da época e ter
acesso a informações que outros documentos, mais impessoais, não revelam.
No conjunto de cantigas que chegaram até nós é possível distinguir um conjunto de
temas que mais chamaram a atenção dos trovadores. São eles:
• A entrega dos castelos ao conde de Bolonha . — Na sequência de um
grave conflito que opôs o rei ao clero, em 1245 o papa retirou a D. Sancho
II o título de rei e entregou o governo do país a seu irmão, o conde de
Bolonha, futuro D. Afonso III. Seguiu-se um período de guerra civil, durante
a qual vários alcaides, a quem D. Sancho II havia confiado castelos,
entregaram essas fortalezas ao conde de Bolonha, violando desse modo o
código de honra da nobreza. Os traidores foram violentamente criticados
pelos trovadores.
• A cruzada da Balteira — as soldadeiras eram uma espécie de bailarinas
que se exibiam nas festas e eram conhecidas pelos seus comportamentos
dissolutos. A mais famosa delas parece ter sido uma tal Maria Peres,
conhecida por Balteira, que foi vítima frequente dos trovadores. Dado o seu
estatuto e a natureza das críticas que lhe eram feitas, muitas dessas
cantigas recorrem a uma linguagem obscena.
• Escândalo das amas — O relacionamento amoroso de fidalgos com
mulheres plebeias não era bem visto na época, embora fosse frequente. Daí
as críticas dos trovadores, principalmente quando uma simples ama era
louvada em cantigas de amor, como se fosse uma “dona”.
• As impertinências do jogral Lourenço — Os jograis eram homens do
povo a quem competia apenas executar em público as canções compostas
pelos trovadores. Alguns deles tornaram-se, no entanto, exímios poetas e
atreveram-se a compor as suas próprias cantigas, caindo no desagrado dos
trovadores que ridicularizavam com frequência as suas pretensões.
• A traição dos cavaleiros na guerra de Granada — Em 1264 o rei D.
Afonso X de Castela viu-se obrigado a combater uma revolta da população
moura sob o seu domínio, entretanto ajudados por cavaleiros vindos de
África. Face à gravidade da situação, pediu o auxílio dos nobres da
9. península. Alguns deles, receosos do inimigo, furtaram-se ao combate e
incorreram nas críticas do rei e outros trovadores.
Cantigas de Amigo
A ausência do amigo
"Ai flores, ai flores do verde pino"
Ai flores, ai flores do verde pino
se sabedes novas do meu amigo!
Ai Deus, e u é? (onde está?)
Ai flores, ai flores do verde ramo,
se sabedes novas do meu amado!
Ai Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amigo,
aquel que mentiu do que pôs (combinou) comigo!
Ai Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amado,
aquel que mentiu do que mh'á jurado! (me jurou)
Ai Deus, e u é?
- Vós me perguntades polo voss'amigo, (resposta da natureza)
e eu ben vos digo que é san'e vivo: (são e vivo)
Ai Deus, e u é?
Vós perguntades polo voss'amado,
e eu ben vos digo que é viv'e sano: (vivo e são)
Ai Deus, e u é?
E eu ben vos digo que é san'e vivo
e seerá vosc'ant'o prazo saído: (combinado)
Ai Deus, e u é?
E eu ben vos digo que é viv'e sano
e seerá vosc'ant'o prazo passado: (terminar o prazo)
Ai Deus, e u é?
____ - processo do leixa-pren
D. Dinis (CV I7I, CBN, 533)
10. Analise da cantiga de amigo de D. Dinis - "Ai flores, ai flores
do verde pino"
1. Estrutura externa do texto (descrição formal)
1.1. Estrutura estrófica
Poema composto por 8 dísticos (2 versos) seguidos de um monóstico (1 verso) que se repete no final
de cada estrofe - o refrão [8x(2+1)].
1.2. Estrutura métrica
"Ai | Deus,| e | u | é?" 5 silabas métricas
O monóstico é pentassilábico.
Os dísticos são:
"A|quel | que | men|tiu | do | que |mh'á| ju|ra|do!"
10 silabas métricas
Os quatro primeiros são decassilábicos.
"Vós | me | per|gun|ta|des | po|lo | vos|s'a|ma|do"
11 silabas métricas
Os quatro últimos são hendecassilábicos.
--------------------------------------- Parte em análise -----------------------------------------------
1.3. Estrutura rimática
2. Temática do texto
2.1. Assunto
2.2. Tema
3. Categorias da narrativa presente no poema
4. Processos de enriquecimento da mensagem e seu significado
4.1. Nível fónico
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
11. 4.2. Nível morfosintáctico
Verbos presentes na cantiga:
· Presente do indicativo - sabedes; digo; perguntais; é; perguntades
- indispensável ao diálogo. Tem um valor de actualidade.
· Futuro - será
- aponta para a hipótese de desfecho feliz tem um valor de certeza, confortando a donzela,
tranquilizando-a.
· Pretérito Perfeito do indicativo - pôs; mentiu; mh'á jurado
- valor de acção concluída. Remete para o passado, a despedida dos namorados e o momento da
partida do amigo, em que ele marcou a data do regresso.
4.3. Nível semântico
Figuras de estilo
Personificação da natureza, através das flores do pinheiro: "Ai flores, ai flores do verde pino,/se
sabedes novas do meu amigo!" (vs 1 e 2).
A natureza personificada assume o papel de confidente, tratando-se neste caso de uma confidente
eloquente, uma vez que responde à donzela. É a personificação da natureza que permite o diálogo, tornando a
cantiga mais viva, fazendo dela um embrião de texto dramático (teatro).
5. Classificação do texto
5.1. Género
Cantiga de amigo, pois fala a donzela na 1ª pessoa "se sabedes novas do meu amigo!" (v. 5)
5.2. Variedade temática
Tenção ou cantiga dialogada, uma vez que a natureza responde às interrogações da donzela.
5.3. Variedade formal
Cantiga paralelística perfeita.
O paralelismo constroí-se pelos seguintes artifícios:
- substituição sinonimica (através de sinónimos)
ex: verde pino/verde ramo
amigo/amado
- inversão da ordem das palavras
ex: san'e vivo/viv'e sano
- leixa-pren (deixa e retoma):
· o segundo verso da 1ª estrofe é o primeiro da 3ª estrofe;
· o segundo verso da 2ª estrofe é o 1º da 4ª estrofe
12. · e assim por diante...
Cantigas de Amigo
Bailadas ou bailias
"Bailemos nós já todas três..."
- Convite
Bailemos nós já todas três, ai amigas,
sô (debaixo) aquestas avelaneiras frolidas;
e quen for velida (bela), como nós velidas,
se amigo amar,
sô aquestas avelaneiras frolidas (floridas)
verrá (virá) bailar.
Bailemos nós já todas três, ai irmanas,
sô aqueste ramo destas avelanas (avelãs);
e quen for louçana, como nós, louçanas (formosas),
se amigo amar,
sô aqueste ramo destas avelanas
verrá bailar.
Par Deus, ai amigas, mentr'al (enquanto outra coisa) non fazemos,
sô aqueste ramo frolido bailemos,
e quen ben parecer, como nós parecemos,
se amigo amar,
sô aqueste ramo so-l'que (sob o sol) nós bailemos,
verrá bailar.
Airas Nunez de Santiago (CV 462, CBN, 818)
13. Analise da cantiga de amigo de Airas Nunez de Santiago "Bailemos nós já todas três"
1. Estrutura externa do texto (descrição formal)
1.1. Estrutura estrófica
Três quadras seguidas de refrão sob a forma de um dístico [3x(4x2)].
O primeiro verso do refrão aparece intercalado entre o 3º e 4º da quadra. Esta estrutura é idêntica à de
alguns poemas árabes da época conhecidos por "Zéjel". Esta estrutura também foi encontrada em livros
musicais do Mosteiro de S. Miguel de Limoges, na região dos mais antigos trovadores.
1.2. Estrutura métrica
Os dísticos são:
"Bai|le|mos | nós | já | to|das | três,| ai | a|mi|gas"
Os versos da quadra são hendecassilábicos.
"ver|rá | bai|lar"
4 silabas métricas
O versos do refrão - dístico são tetrassilábicos .
1.3. Estrutura rimática
A
A
emparelhada
A
B
Cruzada
A
B
Correspondência de sons:
rima consoante ou pura "avelanas/louçanas"
rima soante ou toante "amigas/frolidas"
Sílaba Tónica
frolidas/velidas - rima grave ou feminina
amar/bailar - rima aguda ou masculina
Classe de palavras
amigas/frolidas -rima rica
subst.
adj.
irmanas/avelanas - rima pobre
substantivos
2. Temática do texto
11 silabas métricas
14. 2.1. Assunto
O texto inicia-se com o convite de uma donzela a outras duas para que dancem sob as avelaneiras em
flor. No entanto este convite acaba por se alargar a todas as donzelas que sejam belas e estejam apaixonadas.
O convite reflecte-se nas duas restantes estrofes.
2.2. Tema
O facto de as donzelas serem 3 e também 3 as estrofes leva-nos a considerar o valor simbólico deste
número: totalidade, perfeição. Por outro lado, as donzelas dançam sob as avelaneiras em flor, facto que remete
para a primavera e, consequentemente, para o amor. Notemos ainda que entre a 1ª e 2ª estrofes existe uma
transformação significativa no último verso: Enquanto na 1ª é feita a referência à flor "avelaneiras frolidas", na
2ª já se refere o fruto "destas avelanas". Há, assim um sentido oculto que é importante desvendar: a
passagem da flor ao fruto significa amadurecimento - as donzelas estariam maduras, prontas para o amor.
Então podemos concluir tratar-se de uma dança ritual do amor (tema) em que as donzelas, terminam a
adolescência, passam a ser consideradas mulheres (cerimónia de iniciação pré-conjugal).
3. Categorias da narrativa presente no poema
Personagens
Caracterização das personagens
3 donzelas
"amigas"
"irmanas"
Espaço
Tempo
bailar
- velidas
Acção
debaixo das avelaneiras
na primavera/verão
- louçanas
- bem parecer
Conclusão: importância do feminino - 3 donzelas
4. Processos de enriquecimento da mensagem e seu significado
4.1. Nível fónico
a) pares rimáticos (efeitos rimáticos)
amigas/velidas
irmanas/louçanas
· auto caracterização
· auto elogio
As três jovens dançam e simultaneamente auto elogiam-se "velidas/louçanas" o que podemos
considerar como técnicas de sedução.
4.2. Nível morfosintáctico
Classes de palavras
a) Tempos verbais:
· imperativo (Bailemos) com o valor de: - exortação (incentivo)
- convite
Função apelativa
da linguagem
· futuro do indicativo (verrá bailar)
"conjugação perifrástica" - dois verbos que se conjugam em conjunto
15. valor de ordem - exortação colectiva:
particular ------------------- geral
3 amigas/irmanas
quen for velida
quen for louçana
quen bem parecer
Conclusão: Tenta alargar-se o âmbito do ritual. Trata-se de um apelo ás donzelas, estando presente
o tópico do feminino, característico das cantigas de amigo.
b) Adjectivos:
velidas (v. 3)
auto-caracterização
louçanas (v.9)
das personagens
Conclusão: Também presente o tópico do auto-elogio, igualmente característico das cantigas de
amigo. As donzelas sentem-se seguras e confiantes porque são amadas: "se amigo amar" (refrão).
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4.3. Nível semântico
5. Classificação do texto
5.1. Género
5.2. Variedade temática
5.3. Variedade formal
16. Cantigas de Amigo
Romarias ou Peregrinação
"Pois nossas madres vam a San Simon"
Pois nossas madres vam a San Simon
de Val de Prados candeas queimar,
nós, as meninhas, punhemos d' andar
con nossas madres, e elas enton
queimen candeas por nós e por si
e nós, meninhas, bailaremos i.
Nossos amigos todos lá iran
por nos veer, e andaremos nós
bailand'ant'eles, fremosas (en) cós, (sem manto)
e nossas madres, pois que alá van,
queimen candeas por nós e por si
e nós, meninhas, bailaremos i.
Nossos amigos iran por cousir (comtemplar)
como bailamos, e poden veer
bailar moças de bon parecer,
e nossas madres, pois lá queren ir,
queimen candeas por nós e por si
e nós, meninhas, bailaremos i.
Pero de Viviães (CV 336, CBN, 698)
Analise da cantiga de amigo de Pero de Viviães- "Pois nossas
madres vam a San Simon"
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1. Estrutura externa do texto (descrição formal)
1.1. Estrutura estrófica
1.2. Estrutura métrica
17. 1.3. Estrutura rimática
2. Temática do texto
2.1. Assunto
2.2. Tema
3. Categorias da narrativa presente no poema
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4. Processos de enriquecimento da mensagem e seu significado
4.1. Nível fónico
a) pares rimáticos
nós/cós
As donzelas propõem-se dançar sem manto para que os amigos melhor apreciarem as formas dos
seus corpos. Esta atitude, é obviamente, mais uma técnica de sedução.
A presente cantiga, juntamente com a cantiga de Airas Nunez "Bailemos nós já todas três, ai amigas"
revela-nos uma faceta curiosa das donzelas da Idade Média: Elas eram hábeis sedutoras.
4.2. Nível morfosintáctico
Classes de palavras
a) Tempos verbais:
· Presente do indicativo - van
- valor de facto, futuro próximo, apresenta o facto como certo. Essa certeza atinge maior
expressão na 3ª estrofe: "Bailemos, podem veer".
· futuro do indicativo - iran; bailaremos; andaremos
- valor de facto certo ou provável: as donzelas planeiam a sedução dos amigos.
Presente do Conjuntivo - punhamos; queima
- valor de exortação, de ordem. As donzelas exortam-se mutuamente a partir e revelam a sua
disposição de encarregar as mães de cumprirem as tarefas relacionadas com o sagrado.
b) Orações subordinadas causais:
Introduzidas por "Pois".
O facto de o texto começar por uma oração subordinada causal marca que é a decisão das mães de
irem à romaria que permitira a realização do projecto das donzelas. Torna-se evidente um conflito de gerações
mãe/filha, característico das cantigas de amigo - as motivações diferem:
18. Mãe
- queimar candeias
|
pagar promessas
|
actividade sagrada
Filha
- bailar
|
convite ao amor
|
actividade profana
4.3. Nível semântico
Figuras de estilo
- Anáfora
"Nossos amigos..." início da 2ª estrofe e da 3ª estrofe coloca em evidência a verdadeira razão que
motiva as donzelas a acompanharem as mães à romaria: dançar diante dos namorados e serem apreciadas por
eles.
5. Classificação do texto
5.1. Género
Cantiga de Amigo, pois fala a donzela na 1ª pessoa "E nós, meninhas, bailaremos i."
5.2. Variedade temática
Cantiga de romaria porque à referência a um local de peregrinação "Pois nossas madres vam a San
Simon/de Val de Prados candeas queimar," (vs 1 e 2).
5.3. Variedade formal
Cantiga de refrão - existência de refrão e na existência de paralelismo.