Os fungos são organismos eucarióticos que podem ser unicelulares ou multicelulares. Reproduzem-se sexuada ou assexuadamente, gerando esporos. São classificados de acordo com sua morfologia, fisiologia e reprodução. Desempenham papéis importantes na natureza e para o ser humano.
Material de apoio utilizado em aula ministrada no Centro de Formação Profissional e Educação Ambiental - CEFOPEA, da ONG Reciclázaro, São Paulo, SP, para o curso de capacitação em Jardinagem e Meio Ambiente.
Material de apoio utilizado em aula ministrada no Centro de Formação Profissional e Educação Ambiental - CEFOPEA, da ONG Reciclázaro, São Paulo, SP, para o curso de capacitação em Jardinagem e Meio Ambiente.
A agricultura é um setor que está em constante mudança e à algumas safras o número de produtores que fazem o plantio de uma safra no verão vem crescendo, juntamente com a cultura do girassol. Diante disto, é importante que se conheça a fisiologia e fenologia desta espécie para uma melhor tomada de decisão em busca de um manejo preciso e correto, bem como conhecer as interferências da ecofisiologia. Pensando nisso está apresentação aborta estes três tópicos de uma forma mais aprofundada afim de se ter uma base de conhecimentos a respeito do girassol.
O Manejo Integrado de Pragas é usado com medida para diminuir o uso de agrotóxicos , buscando promover melhor qualidade das plantas. Nesta apresentação é possível conhecer as principais bases e pilares do MIP, além de ter uma pequena noção das principais pragas que atingem a cultura da soja.
O objetivo deste material é ajudar as agricultoras e agricultores a melhorarem os seus trabalhos de acompanhamento e monitoramento das áreas de produção e armazenamento de forragens, algodão e mamona e auxiliar os técnicos e técnicas a desenvolverem suas atividades junto às famílias contribuindo para o processo de multiplicação de experiências.
O Brasil é hoje um dos países que mais consomem agrotóxicos do mundo, consumindo em média cerca de 1 bilhão de litros na safra 2013/2014. O uso desenfreado de defensivos químicos trás uma série de consequências como contaminação dos alimentos, do solo, da água e animais, além da intoxicação de agricultores. O controle biológico é definido como o uso de indivíduos ou organismos de ocorrência natural para prevenir, reduzir ou erradicar a infestação de pragas e doenças nas plantações. Esse método vem ganhando grande relevância não só na agricultura brasileira como mundial, pois é uma excelente alternativa para a redução de produtos químicos e suas consequências. Dessa forma, se faz necessário saber quais são os tipos de controles biológicos utilizados, agentes biológicos de controle (ABC) e forma de atuação, custos de manejo, além de diversos outros fatores que vão otimizar a utilização do controle biológico.
Estima-se que 70% das principais doenças das plantas são causadas por fungos – organismos minúsculos (apenas visíveis debaixo de um microscópio!) que produzem enormes quantidades de esporos (células que se separam e se dividem, sem fecundação, para formarem novas células), que são rapidamente propagados graças ao vento, à água, aos insectos ou aos animais. Existem mais de 10 mil tipos de fungos que, se não conseguem penetrar a cutícula e a epiderme (as barreiras mais fortes de uma planta), atacam as zonas mais sensíveis – os rebentos ou as áreas já danificadas por insectos. Uma planta infectada pode libertar até 100 milhões de esporos, uma quantidade difícil de combater, na medida em que rapidamente degrade as células das plantas, produzindo, em simultâneo, toxinas que interferem no funcionamento pleno do seu organismo. Os fungos são ainda difíceis de eliminar porque podem manter-se dormentes no solo, em restos de plantas que se encontram em decomposição ou numa planta saudável, à espera das condições climatéricas perfeitas para voltarem a contaminar.
- Apresentação da disciplina;
- Conceitos e história da Microbiologia;
- Classificação dos seres vivos;
- Importância dos microrganismos no cotidiano e nas atividades humanas.
A agricultura é um setor que está em constante mudança e à algumas safras o número de produtores que fazem o plantio de uma safra no verão vem crescendo, juntamente com a cultura do girassol. Diante disto, é importante que se conheça a fisiologia e fenologia desta espécie para uma melhor tomada de decisão em busca de um manejo preciso e correto, bem como conhecer as interferências da ecofisiologia. Pensando nisso está apresentação aborta estes três tópicos de uma forma mais aprofundada afim de se ter uma base de conhecimentos a respeito do girassol.
O Manejo Integrado de Pragas é usado com medida para diminuir o uso de agrotóxicos , buscando promover melhor qualidade das plantas. Nesta apresentação é possível conhecer as principais bases e pilares do MIP, além de ter uma pequena noção das principais pragas que atingem a cultura da soja.
O objetivo deste material é ajudar as agricultoras e agricultores a melhorarem os seus trabalhos de acompanhamento e monitoramento das áreas de produção e armazenamento de forragens, algodão e mamona e auxiliar os técnicos e técnicas a desenvolverem suas atividades junto às famílias contribuindo para o processo de multiplicação de experiências.
O Brasil é hoje um dos países que mais consomem agrotóxicos do mundo, consumindo em média cerca de 1 bilhão de litros na safra 2013/2014. O uso desenfreado de defensivos químicos trás uma série de consequências como contaminação dos alimentos, do solo, da água e animais, além da intoxicação de agricultores. O controle biológico é definido como o uso de indivíduos ou organismos de ocorrência natural para prevenir, reduzir ou erradicar a infestação de pragas e doenças nas plantações. Esse método vem ganhando grande relevância não só na agricultura brasileira como mundial, pois é uma excelente alternativa para a redução de produtos químicos e suas consequências. Dessa forma, se faz necessário saber quais são os tipos de controles biológicos utilizados, agentes biológicos de controle (ABC) e forma de atuação, custos de manejo, além de diversos outros fatores que vão otimizar a utilização do controle biológico.
Estima-se que 70% das principais doenças das plantas são causadas por fungos – organismos minúsculos (apenas visíveis debaixo de um microscópio!) que produzem enormes quantidades de esporos (células que se separam e se dividem, sem fecundação, para formarem novas células), que são rapidamente propagados graças ao vento, à água, aos insectos ou aos animais. Existem mais de 10 mil tipos de fungos que, se não conseguem penetrar a cutícula e a epiderme (as barreiras mais fortes de uma planta), atacam as zonas mais sensíveis – os rebentos ou as áreas já danificadas por insectos. Uma planta infectada pode libertar até 100 milhões de esporos, uma quantidade difícil de combater, na medida em que rapidamente degrade as células das plantas, produzindo, em simultâneo, toxinas que interferem no funcionamento pleno do seu organismo. Os fungos são ainda difíceis de eliminar porque podem manter-se dormentes no solo, em restos de plantas que se encontram em decomposição ou numa planta saudável, à espera das condições climatéricas perfeitas para voltarem a contaminar.
- Apresentação da disciplina;
- Conceitos e história da Microbiologia;
- Classificação dos seres vivos;
- Importância dos microrganismos no cotidiano e nas atividades humanas.
Conceitos e aplicações da Classificação de doenças de plantas de acordo com McNew (1960), baseada nos processos fisiológicos afetados.
*Aula ministrada para o curso de Agronomia na disciplina de Fitopatologia, como requisito da disciplina de Estágio em Docência, no Programa de Pós-graduação em Agronomia, na Universidade Estadual de Londrina, em agosto de 2013.
1. Morfologia,FisiologiaeClassificaçãodosFungos-DepartamentodeMicrobiologia-ICB/UFMG-NetMicro
Morfologia, Fisiologia e Classificação dos Fungos
Fungos são organismos eucarióticos quimio-heterotróficos, absorvem componentes orgâni-
cos como fonte de energia. São aeróbios em sua grande maioria, mas alguns fungos anaeró-
bicos estritos e facultativos são conhecidos. Podem ser uni ou multicelulares e reproduzem-se
sexuada ou assexuadamente. Alguns fungos apresentam ciclo parassexuado. Possuem parede
celular rígida que pode ser composta de celulose, glicanas, mananas ou quitina e membrana
celular com esteróis presentes. Seu principal material de reserva é o glicogênio.
Fungos unicelulares
As leveduras são fungos unicelulares não-filamentosos, caracteristicamente esféricas ou ovais.
Reproduzem-se por brotamento e formam colônias pastosas ou cremosas.
Fungos multicelulares
As colônias algodonosas, aveludadas ou pulverulentas são formadas por fungos de organi-
zação multicelular, os fungos filamentosos. O corpo de um fungo filamentoso é composto
de longos filamentos de células conectadas,
as hifas. Quando elas são divididas em uni-
dades celulares uninucleadas, são chamadas
hifas septadas. Os septos possuem poros que
fazem com que o citoplasma das células se
comunique. Em algumas classes de fungos as
hifas não têm septos e são denominadas ce-
nocíticas (Figura 1).
Fungos dimórficos
Fungos que exibem forma de crescimento uni
e multicelular. Apresentam forma de levedu-
ra in vivo e a 37ºC, mas quando cultivados a
25ºC apresentam forma filamentosa. Outros
fatores que regulam o dimorfismo são a con-
centração de CO2
e pH do meio.
Habitat
São amplamente encontrados na natureza.
Departamento de Microbiologia
Instituto de Ciências Biológicas
Universidade Federal de Minas Gerais
Av. Antônio Carlos 6627. 31270-901 Belo Horizonte MG
Tel: 31 3409-2756 e 3409-2728 �����������������Fax: 31 3409-2730
Figura 1: Syncephalastrum. Fungo filamentoso com
hifas asseptadas. Ilustração: Mário Silva
2. Morfologia,FisiologiaeClassificaçãodosFungos-DepartamentodeMicrobiologia-ICB/UFMG-NetMicro
Importância
Os fungos são os agentes etiológicos das micoses e de milhares de doenças que afetam plan-
tas economicamente importantes. Atuam também na decomposição e são simbiontes de ve-
getais (micorrizas). Servem de alimento e são utilizados pelo homem na produção de drogas
e comida. Também atuam no controle biológico de insetos.
Fisiologia
Os processos empregados na obtenção de energia são a respiração e fermentação, sendo o
último mais característico das leveduras. Diferentes fontes de carbono são utilizadas, incluin-
do carboidratos complexos como a lignina (componente da madeira) para a síntese de car-
boidratos, lipídeos, ácidos nucléicos e proteínas. Essas diferenças são utilizadas na taxonomia,
conjuntamente com a morfologia.
Nenhum fungo é capaz de fixar nitrogênio. Esse pode ser obtido na forma de nitrato, nitrito,
amônia ou nitrogênio orgânico, dependendo do fungo em questão.
Desenvolvem-se em locais com baixa umidade e com concentrações relativamente altas de
sais e açúcares. O pH ótimo para seu crescimento é próximo a cinco. Quase todos os fungos
são aeróbios, enquanto a maioria das leveduras é anaeróbia facultativa. Seu crescimento e
esporulação são influenciados por estes fatores e pela temperatura, teor de oxigênio, pressão,
luz, radiações, entre outros.
Reprodução assexuada
• Brotamento: A célula parental forma um
broto na sua superfície externa. Á medida que
o broto se desenvolve, o núcleo da célula pa-
rental se divide e um dos núcleos migra para
o broto. O material da parede celular é então
sintetizado entre o broto e a célula parental,
separando-os. Algumas leveduras produzem
brotos que não se separam e formam uma pe-
quena cadeia de células chamada de pseudo-
hifa ou pseudo-micélio.
• Fragmentação da hifa: As hifas crescem
por alongamento das extremidades. Um frag-
mento quebrado pode se alongar para formar
uma nova hifa.
• Esporos assexuais: Formados pelas hifas,
quando germinam tornam-se clones do indi-
víduo parental.
Figura 2: Candida albicans. Blastoconídeos
produzidos por brotamento. Ilustração: Mário Silva
3. Morfologia,FisiologiaeClassificaçãodosFungos-DepartamentodeMicrobiologia-ICB/UFMG-NetMicro
Tipos de esporos assexuais
• Conidiósporo ou conídio: produzidos em cadeia na extremidade de um conidióforo.
• Artrósporo ou artroconídios: resultam da fragmentação de uma hifa septada células únicas,
pequenas e levemente espessas.
• Blastoconídio: formados a partir de brotos de uma célula parental.
• Clamidósporo: formado por um arredondamento e alargamento no interior de um segmen-
to de hifa.
• Esporangiósporo: formados dentro dos esporângios na hifa reprodutiva.
Figura 3 e 4: Aspergillus
sp. e Curvularia sp.
Conídios organizados
em cadeias na
extremidade dos
conidióforos.
Ilustrações: Mário Silva
Figura 5: Rhizopus sp.
Esporangiosporos
dentro do esporângio.
Ilustração: Mário Silva
Figura 6: Coccidioides
immitis. Fragmentação
da hifa formando
artroconídios.
Ilustração: Mário Silva
4. Morfologia,FisiologiaeClassificaçãodosFungos-DepartamentodeMicrobiologia-ICB/UFMG-NetMicro
Reprodução sexuada
Espécies são heterotálicas quando os indivíduos apresentam gametas de células doadoras (+)
e de células receptoras (-) localizadas em talos separados ou quando apresentam ambos os
sexos, mas estes são auto-incompatíveis. Espécies homotálicas ou hermafroditas são repre-
sentadas por indivíduos que produzem gametas (+) e (-) autocompatíveis no mesmo talo.
O tecido é denominado dicariótico quando existem dois núcleos compatíveis na mesma hifa
e heterocariótico quando existem mais de dois tipos de núcleo na mesma hifa.
O esporo sexual resulta de três etapas
1. Plasmogamia: um núcleo haplóide de uma célula doadora penetra no citoplasma da célula
receptora.
2. Cariogamia: Os núcleos e se fundem para formar um zigoto diplóide.
3. Meiose: O núcleo diplóide origina um núcleo haplóide (esporos sexuais, dos quais alguns
podem ser recombinantes genéticos).
Processos de fecundação
• Conjugação planogamética: envolve o encontro de gametas móveis.
• Conjugação gametangial: ocorre plasmogamia.
• Contato gametangial: quando núcleo masculino passa para o gameta feminino
• Espermatização: o gameta masculino (aplanósporo) desprende-se do micélio aderindo ao
gameta feminino que permanece fixo ao talo.
• Somatogamia: hifas somáticas pouco ou não diferenciadas entram em contato, e então
ocorre a fusão e a transferência de gametas.
Ciclo parassexuado
A recombinação ocorre durante a mitose.
Classificação
Domínio Eucarya
Reino Fungi (Mycetae)
Divisão: Eumycota: Fungos Verdadeiros
1. Chytridiomycotina (Mastigomycotina): fungos aquáticos, hifas asseptadas, esporos flagela-
dos.
2. Zygomycotina: hifas asseptadas, reprodução sexuada com a formação do zigósporo. Repro-
dução assexuada pela formação do esporangiósporo.
3. Ascomycotina: Incluem fungos com hifas septadas e algumas leveduras. Seus esporos asse-
xuais são normalmente conídios. Ascósporos são esporos sexuados que se originam da fusão
do núcleo de duas células numa estrutura em forma de saco, o asco.
5. 4. Basidiomycotina: Fungos de hifas septadas que produzem cogumelos. Esses fungo produ-
zem esporos provenientes da reprodução sexuada exógena, os basidiósporos.
5. Deuteromycotina ou Fungi Imperfecti: fungos de hifas septadas, não apresentam reprodução
sexuada, porém alguns têm o ciclo parassexuado. As principais espécies patogênicas para o
homem e animais estão nesta subdivisão.
Bibliografia
RAVEN, P. Biologia Vegetal. 6.ed. Guanabara Koogan: Rio de Janeiro, 2001.
RESENDE, M. A. Morfologia e classificação dos fungos. In: AULA PARA A DISCIPLINA
MICROBIOLOGIA MÉDICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA, 2006,
UFMG,
Belo Horizonte.
TORTORA G.J. et al. Microbiologia. 8.ed. ��������������ArtMed. 2005.
Morfologia,FisiologiaeClassificaçãodosFungos-DepartamentodeMicrobiologia-ICB/UFMG-NetMicro